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* CURSO: EFA Escolar Nível Secundário * TURMA: EFA-NS-B * PERCURSO:

* UFCD: CLC_5 * DESIGNAÇÃO: Cultura, comunicação e media


17-03- 28-03-
* FORMADOR(A): Pedro Teixeira * DATA INÍCIO: * DATA FIM:
2022 2022
FORMANDO: Mediador: Miguel Silva

CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO


UNIDADE 5: Cultura, comunicação e media

Objetivo: Desenvolve uma atitude crítica face aos conteúdos disponibilizados através da internet e
dos meios de comunicação social no geral.

ATIVIDADE Nº 3:
Plano de Trabalho
Parte 1
Texto A
Educação para os media
Apesar do consenso de que a democracia e a cidadania ativa se realizam na relação crítica com os
meios, em Portugal, a conquista de um espaço para a educação para os media apresenta-se difícil.
Há muito, é certo, que a Escola tem estabelecido laços com os meios de comunicação de massas. O
cinema, o jornalismo, a adoção de tecnologias para melhorar a aprendizagem, incipientes tentativas
de educação para a cidadania com enfoque nos media e estudos sobre a comunicação e os media,
são algumas linhas que desenham o percurso da relação da escola com os media, segundo Manuel
Pinto. No entanto, o autor considera que nenhuma delas traduz o que se entende hoje por educação
para os media, reconhecendo-lhes, não obstante, terem dado um contributo importante nesse
sentido. Segundo o autor,
A educação para os media não se reduz à introdução e à utilização das novas
tecnologias da informação e comunicação na escola; não se pode circunscrever ao
estudo dos media nem à produção dos jornais. Considera quer a dimensão da análise
(leitura crítica) quer a da produção, procurando desenvolver uma perspetiva holística
que entende os media não apenas como conteúdos ou mensagens, mas também
como indústrias e serviços político-económica e socialmente situados, e como
propostas diferencialmente apropriadas e significadas ao nível das práticas sociais e
dos contextos de receção.
A inovação pela introdução das novas tecnologias na escola não carrega consigo uma força de
mudança, no sentido de tornar os alunos mais autónomos, independentes, críticos e ativos. Só a
educação para os media “procura promover a tomada de consciência dos modos socioculturalmente
distintos de comunicar, de desenvolver competências de expressão e de comunicação de todos, em
ordem a uma participação ativa e esclarecida na vida local e social”. Esta proposta apresenta-se não
necessariamente como uma área autónoma, mas articulável com as práticas na sala de aula nas
diferentes disciplinas e nas atividades escolares em geral. A educação para os media em Portugal tem
sido reduzida à sua vertente técnica. Manuel Pinto salienta que se tem adotado uma abordagem
“tecnocêntrica”, que corre o perigo de se transformar em “tecnocracia”, que é “ por sua vez, uma
forma de dissimulação do poder e dos interesses de quem controla a técnica e a produção
tecnológica”. Quer isto dizer que não se pode fazer equivaler a educação para os media ao uso de
equipamentos e materiais diferentes. Relativamente à Internet, por exemplo, criaram-se vários mitos,
como o da comunicação automática e universal, e alimentá-los é bastante conveniente para aqueles
que lucram com ela. No entanto, bem mais premente é fazer uma interrogação séria acerca do que
significa “navegar” na Internet, em vez de julgar uma panaceia para todos os males o simples facto
de a usar. O discurso vigente faz-nos acreditar na necessidade de infoalfabetização, sob pena de
exclusão social e cultural e assim se introduzem e usam os computadores nas escolas, como se tal
acarretasse a educação para os media. Se tal acontecesse não estaríamos a discutir esta problemática.
O certo é que, reafirmámo-lo, a questão das tecnologias não é somente um problema técnico. O facto
de a Internet estar associada a uma carga positiva, pelas muito proclamadas interatividade,
autoaprendizagem e pesquisa autónoma, faz com que se torne um ídolo, que os grupos multinacionais
alimentam, com a intenção de aumentar os seus lucros. Os objetivos da educação para os media
passam pois, em nossa opinião, por uma dessacralização da Internet,
enfatizando o lugar dos sujeitos e dos grupos que interagem com a mediação das
tecnologias, tendo em conta os seus respetivos contextos de vida. Trata-se de acentuar
orientações de pendor pedagógico e cultural dirigidos para o exercício da cidadania
esclarecida e participada, em que o recurso às tecnologias e à compreensão do seu
lugar na vida social habilitem cada vez mais as pessoas e os grupos a uma vida mais
autónoma, mais significativa e mais feliz.

O PAPEL DA INTERNET NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO


Uma perspetiva crítica sobre a relação dos alunos do 3º Ciclo com a Internet .
Tese Mestrado em Ciências da Comunicação – Comunicação, Cidadania e Educação.
Cidália de Lurdes Pereira Neto, março de 2006

ATIVIDADE

1. Partindo do texto, explique qual deve ser, no seu entender, o papel da escola no
desenvolvimento de uma atitude crítica face aos conteúdos disponibilizados através da internet e
dos meios de comunicação social no geral.
O papel da escola é importante no desenvolvimento de uma atitude crítica dos alunos e as novas
tecnologias podem ser utilizadas com o propósito de desenvolver atividades promotoras de uma
educação mais sólida, com o propósito de tornar os alunos mais autónomos, independentes, críticos
e ativos. Só com uma educação para os media é possível “promover a tomada de consciência dos
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modos socioculturalmente distintos de comunicar, de desenvolver competências de expressão e de
comunicação de todos, em ordem a uma participação ativa e esclarecida na vida local e social”.

2. “No entanto, bem mais premente é fazer uma interrogação séria acerca do que significa
“navegar” na Internet, em vez de julgar uma panaceia para todos os males o simples facto de a
usar.”
Tendo em conta esta frase, que projetos, iniciativas, atividades e/ou experiências conhece que
tenham sido desenvolvidos nos últimos anos com o intuito de melhorar a literacia dos cidadãos na
sua relação com a internet?

Por exemplo, algumas bibliotecas da região algarvia têm desenvolvido, nos últimos anos,
atividades com o intuito de melhorar a literacia digital, em particular junto dos mais velhos. A
intenção destas atividades é que literacia digital seja ampliada e permita que os cidadãos tenham
ferramentas aos seu dispor para “navegarem” na internet de uma forma mais segura. Por outro lado,
este trabalho ajuda as pessoas a adaptarem-se ao mundo em que vivemos e às novas formas de
comunicação digital.

Parte 2
ATIVIDADE
VISITA DE ESTUDO
1. Num texto bem estruturado, com o mínimo de 200 palavras, faça uma reflexão sobre a visita
de estudo efetuada à Biblioteca Nacional de Portugal e à exposição do artista Tony Conrad, na
Culturgest. Não se esqueça de abordar os seguintes tópicos:
a) Temáticas das exposições visitadas;
b) Contributo das instituições culturais para a formação de um pensamento crítico em contexto
de globalização.

No sábado, dia 26 de março, às 06:15 da manhã, viajamos para a capital, Lisboa. Nesse dia,
fizemos uma visita de estudo à exposição “Bibliotecas limpas – Censura dos livros impressos no
séc. XV a XIX”, na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e à exposição do artista Tony Conrad,
na Culturgest.
Começamos por ir visitar a BNP. Entramos e reparei nos quadros de grandes dimensões que
existem na entrada da biblioteca que despertaram logo a minha atenção. Em seguida subimos até ao
piso onde estava patente a exposição que íamos ver. A exposição tinha livros impressos nos séculos
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XV a XIX e que foram censurado em Portugal durante este período. A partir de 1768, o órgão da
censura dos livros passa a ser uma estrutura não eclesiástica, a Real Mesa Censória, com pessoal
religioso e civil. Naquela altura existia uma grande censura de livros e as pessoas eram proibidas de
aceder a determinado conhecimento. Deve ter sido uma época muito difícil, porque existia um
grande nível de analfabetismo e nem todas as pessoas tinham a possibilidade de aprender. Achei a
biblioteca com muitos pontos interessantes para conhecer. Tivemos, ainda, a oportunidade de ver
outra exposição que não estava dentro daquilo que tinha sido proposto, a exposição de Emilio Biel
“Viagem a um país desconhecido”. Emílio Biel foi um editor e fotógrafo alemão, considerado um
dos pioneiros da fotografia em Portugal.
Por volta das 16:00 fomos à exposição do artista Tony Conrad que foi um dos maiores nomes do
experimentalismo na arte ocidental dos últimos cinquenta anos. Nesta exposição estavam alguns
dos trabalhos mais marcantes da sua trajetória enquanto artista. Desta exposição, a obra que me
chamou mais atenção foi a da Sala 9 Underwear. Os trabalhos expostos eram peças de roupa
interior, semelhante às utilizadas no fim de vida. Uma reflexão um pouco profunda sobre
envelhecer, sobre o estado do corpo e da mente.
Por último, fomos ao Teatro Nacional D. Maria II, “celebrar o dia mundial do teatro”, assistir a
uma leitura da obra “Os Lusíadas” de Luís de Camões, com o ator António Fonseca. Gostei muito
desta visita de estudo, fui ver obras que só pensei ir ver quando terminasse a escola e tivesse
oportunidade, ter ido ao teatro foi uma delas. Engraçado foi ver o António Fonseca ao vivo e a
cores, dado que só estou habituado a vê-lo nas telenovelas.

Links úteis:

http://www.bnportugal.gov.pt/
https://www.culturgest.pt/pt/media/tony-conrad/

Formador – Pedro Teixeira: ________________________________________________________

Formando(a): David Viegas: _______________________________________________________

Mediador – Miguel Silva:__________________________________________________________

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