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DIREITO ELEITORAL - BANCA - FGV

1) Quinze diretórios regionais do partido político Alfa, distribuídos em todas as regiões do País,
tiveram suas contas anuais, concernentes à utilização dos recursos do Fundo Partidário,
rejeitadas pela Justiça Eleitoral.
Considerando a sistemática estabelecida pela Lei nº 9.096/95, é correto afirmar que as a
suspensão das cotas do Fundo Partidário alcançará
a) apenas os quinze diretórios regionais.
b) a integralidade dos diretórios do Partido Político Alfa.
c) os quinze diretórios regionais e os diretórios municipais do respectivo território.
d) o diretório nacional, os quinze diretórios regionais e os diretórios municipais do respectivo
território.
e) os diretórios regionais que tenham reincidido em irregularidades que ensejaram a rejeição das
contas.
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Base legal [Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/95)]
Art. 28 - § 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão das cotas do Fundo
Partidário, nem qualquer outra punição como conseqüência de atos praticados por órgãos regionais
ou municipais.

Gabarito: Letra A.
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2) Os partidos políticos Alfa, Beta e Gama formaram a coligação XYZ exclusivamente para as
candidaturas no âmbito estadual, não se estendendo, portanto, à eleição de âmbito nacional.
No curso da campanha eleitoral, o candidato João, filiado ao partido político Alfa, praticou uma
ilegalidade na propaganda eleitoral e foi multado pela Justiça Eleitoral.
À luz da sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que a coligação XYZ
a) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e somente os partidos políticos que a integram
são solidariamente responsáveis pelo pagamento da multa.
b) deveria ser reproduzida no âmbito nacional e somente os partidos políticos que a integram são
solidariamente responsáveis pelo pagamento da multa.
c) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e somente o partido político Alfa é
solidariamente responsável pelo pagamento da multa.
d) deveria ser reproduzida no âmbito nacional e somente o partido político Alfa é solidariamente
responsável pelo pagamento da multa.
e) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e é solidariamente responsável pelo
pagamento da multa.
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CF, Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
* Logo, a coligação XYZ não precisa ser reproduzida em âmbito nacional, pois não há a obrigatoriedade
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
Lei 9.504, Art. 6°, § 5º A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda
eleitoral é solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos
mesmo quando integrantes de uma mesma coligação.
** Embora os partidos políticos Alfa, Beta e Gama estejam coligados, apenas o partido Alfa (ao qual o
candidato João é filiado) irá responder solidariamente pelo pagamento da multa decorrente da
propaganda eleitoral deste.

Gabarito: Letra C.
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3) Determinado Tribunal Regional Eleitoral, ao julgar recurso interposto contra sentença
proferida por Juiz Eleitoral, exarou acórdão que, no entender da defesa do réu, era
manifestamente contrário à Constituição da República de 1988. Considerando a sistemática
estabelecida na ordem jurídica, é correto afirmar que, estando preenchidos os demais requisitos
exigidos, é possível a interposição de recurso
a) extraordinário, endereçado ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) constitucional, endereçado ao Supremo Tribunal Federal.
c) extraordinário, endereçado ao Supremo Tribunal Federal.
d) ordinário, endereçado ao Tribunal Superior Eleitoral.
e) especial, endereçado ao Tribunal Superior Eleitoral.
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CF, Art. 121, § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; (NÃO HÁ
MUNICIPAIS)
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; (NÃO HÁ
MUNICIPAIS)
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
* DICA:
1) SE APARECER A PALAVRA "CONSTITUIÇÃO" OU "LEI", ENTÃO O RECURSO SERÁ ESPECIAL (INCISOS "I" E "II"
ACIMA). 2) OS DEMAIS SÃO RECURSOS ORDINÁRIOS (INCISOS "III", "IV" E "V" ACIMA).
*** Na Justiça Eleitoral, não há saltos de hierarquia, ou seja, o recurso de uma decisão do Juiz Eleitoral vai
para o TRE, o do TRE vai para o TSE e a do TSE vai para o STF (embora o STF não integre a Justiça Eleitoral, os
recursos das decisões do TSE devem ser endereçados ao STF). Por isso, o recurso deve ser enderaçado ao
TSE e, no caso em tela, é um recurso especial.

Gabarito: Letra E.
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4) O Promotor Eleitoral com atribuição ajuizou representação em face de João, seu vice e de seu
irmão Antônio. João, candidato a Prefeito Municipal, oferecera tijolos para que uma eleitora nele
votasse no dia da eleição, enquanto Antônio entregara os tijolos à eleitora. Sobre o caso, à luz da
sistemática estabelecida na legislação de regência, assinale a afirmativa correta
a) A eleitora também deveria figurar no polo passivo.
b) A conduta, em razão do seu cunho social, é lícita.
c) A eleição de João é condição de procedibilidade.
d) Antônio não poderia figurar no polo passivo.
e) A hipótese é de abuso de poder econômico.
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"[...] Captação ilícita de sufrágio. Ausência de prova robusta e inequívoca. Recurso ordinário
conhecido e provido. 1. O terceiro não candidato não tem legitimidade para figurar no polo
passivo da representação calcada no artigo 41-A da Lei nº 9.504/97. Precedente. 2. O conjunto fático-
probatório - prova testemunhal e material - não é suficiente para a caracterização da prática de
captação ilícita de sufrágio, preconizada no artigo 41-A da Lei das Eleições [...]".

(Ac. de 22.4.2014 no RO nº 692966, rel. Min. Laurita Vaz.)

Gabarito: Letra D.
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5) Pedro, de 18 anos, pretende ser candidato a vereador. É brasileiro naturalizado, está no pleno
exercício dos direitos políticos, está filiado a partido político e tem domicílio eleitoral no
Município limítrofe àquele em que pretende candidatar-se, tendo, portanto, pleno conhecimento
da realidade social.
À luz da sistemática constitucional, Pedro:
a) preenche todas as condições de elegibilidade exigidas;
b) não preenche a condição de elegibilidade baseada no critério etário;
c) não preenche a condição de elegibilidade consistente no domicílio eleitoral;
d) não preenche a condição de elegibilidade consistente na nacionalidade brasileira nata;
e) não preenche as condições de elegibilidade consistentes no critério etário e no domicílio eleitoral.
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Para se responder à questão em tela, devem-se saber as seguintes informações em relação a uma
pessoa que pretende se candidatar a Vereador:
1) A pessoa deve ter 18 anos na data-limite para o pedido de registro de candidatura (Lei 9.504, Art. 11, §
2º e CF, Art. 14, VI, "d").
2) O cargo de Vereador não é privativo de brasileiro nato. Logo, um brasileiro naturalizado poderá
concorrer para tal cargo eletivo (CF, Art. 12, § 3º).
3) Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição
pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo (Lei 9.504, Art. 9).
Portanto, Pedro preenche as condições de nacionalidade (brasileiro naturalizado) e o critério etário (18
anos), porém ele não preenche o requisito de domicílio eleitoral, já que Pedro tem domicílio eleitoral no
Município limítrofe àquele em que pretende candidatar-se, e a legislação impõe que o candidato deve
ter domicílio eleitoral na respectiva circunscrição à qual pretende concorrer (no caso da questão, ele
deveria ter domicílio eleitoral no próprio Município ao qual pretende se candidatar). Logo, Pedro não
preenche a condição de elegibilidade consistente no domicílio eleitoral e o gabarito em tela é a letra "c".

Gabarito: Letra C.
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6) Maria há anos estava filiada ao Partido Político Delta. Com a alteração de suas concepções
ideológicas, decidiu filiar-se ao partido Alfa, sem que tivesse sido previamente providenciada a
desfiliação do Partido Delta.
Na segunda quinzena de outubro do ano da nova filiação, ambos os Partidos Políticos
encaminharam, à Justiça Eleitoral, a relação com o nome de todos os seus filiados.
À luz da legislação eleitoral vigente, a Justiça Eleitoral deve:
a) determinar o cancelamento de ambas as filiações;
b) intimar Maria para que opte por uma das filiações;
c) determinar o cancelamento da filiação mais recente;
d) cancelar, pela infidelidade, o alistamento eleitoral de Maria;
e) determinar o cancelamento da filiação mais antiga.
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Fundamento legal: art. 22, § único, Lei n. 9.096/1995 (Partidos Políticos):

Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais


recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.

Gabarito: Letra E.
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7) Candidato que oferece vantagem econômica a eleitor para obter seu voto está sujeito à
cassação de seu registro desde que o fato:
a) tenha ocorrido entre a convenção que delibera por sua candidatura e o dia da eleição;
b) tenha ocorrido nos três meses que antecedem o pleito;
c) tenha se tornado público durante o ano eleitoral;
d) tenha ocorrido entre o dia do registro e a data da eleição;
e) tenha ocorrido antes do trânsito em julgado do pedido de registro de sua candidatura.
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Lei 9.504/97
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por
esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto,
bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o
registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil
Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei
Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de 1999)
§ 1º Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a
evidência do dolo, consistente no especial fim de agir. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem praticar atos de violência ou grave
ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe o voto. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
(...)

Gabarito: Letra D.
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8) Determinado deputado estadual pretende que seus assessores, detentores de cargos
comissionados em seu gabinete, participem de campanha eleitoral em favor de aliado político,
candidato a prefeito.
Sobre a questão, é correto afirmar que esses assessores:
a) podem participar da campanha somente em comitês, vedada sua participação em comícios e
passeatas;
b) podem participar de atos de campanha, desde que fora do horário de expediente;
c) não podem participar de atos de campanha, uma vez que são servidores comissionados;
d) podem participar da campanha, desde que se desincompatibilizem com antecedência mínima de
3 meses antes do início da propaganda;
e) não podem participar de atos de campanha de candidato majoritário, uma vez que são
comissionados por detentor de cargo proporcional.
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LEI 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES)
DAS CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS EM CAMPANHAS ELEITORAIS
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a
afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
III – ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de
candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o
servidor ou empregado estiver licenciado.
* A REGRA É QUE É PROIBIDIO CEDER SERVIDOR PARA ATOS DE CAMPANHA. SE O SERVIDOR ESTIVER
LICENCIADO OU FORA DO HORÁRIO DE EXPEDIENTE, ENTÃO É POSSÍVEL CEDER.

Gabarito: Letra B.
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9) Maria interpôs recurso eleitoral buscando a reforma da sentença que julgou procedente a
representação contra si manejada, condenando-a ao pagamento de multa por violação do disposto no
artigo 23, §1º, da Lei nº 9.504/1997. Argumenta a recorrente que desconhecia a legislação eleitoral e
acreditou que não havia qualquer limite de valor para as doações de campanha, de modo que é patente
a sua boa-fé.
Levando em consideração os fatos e as circunstâncias descritas no problema, é correto afirmar que:
a) para a aferição da regularidade da doação é indispensável, além da prova do requisito objetivo
concernente ao limite legal, a prova do elemento subjetivo, isto é, a prova do dolo;
b) afasta-se a punibilidade da conduta do doador que infringiu o limite legal para a doação de campanha, se
o candidato beneficiado não obtiver êxito na eleição;
c) as doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido político dispensam a
emissão de recibo, em razão de sua natureza jurídica;
d) os candidatos, partidos ou coligações respondem solidariamente com o doador na hipótese de fraude ou
erros nas doações realizadas por meio da internet, dispensada a prova do prévio conhecimento;
e) a aferição do dolo, da culpa ou da boa-fé do doador, em matéria de doação acima do limite legal, deverá
ser realizada para o fim da dosimetria da sanção a ser aplicada.
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a) ERRADO. A irregularidade de excesso de doação tem caráter objetivo, sendo irrelevante apurar-se a boa-fé do
doador (Precedente: TRE/SP. RE 447-92, Rel. Juiz Costa Wagner, j. 06/05/2014).
b) ERRADO.O critério adotado pelo legislador é objetivo, qual seja, a doação acima do limite do valor permitido, pouco
importando se o candidato logrou ou não êxito nas eleições. (RECURSO ELEITORAL nº 3982, Acórdão de 19/10/2016,
Relator(a) ANDRE RICARDO CRUZ FONTES, Publicação: DJERJ Data 26/10/2016, Página 27/33 )
c) ERRADO.Ausência de registro do recebimento de doação estimável em dinheiro e da emissão do correspondente
recibo eleitoral. Irregularidade que viola o disposto no artigo 10 da Resolução TSE n° 23.406/14.IV. Impugnação
ministerial procedente. Contas de campanha desaprovadas.
(IMPUGNAÇÃO EM PRESTAÇÃO DE CONTAS nº 521532, Acórdão de 05/12/2014, Relator(a) EDSON AGUIAR DE VASCONCELOS,
Publicação: DJERJ - Diário da Justiça Eletrônico do TRE-RJ, Tomo 348, Data 07/12/2014, Página 02/06 )
d) ERRADO.Lei 9504/97 Art. 23 § 6o Na hipótese de doações realizadas por meio da internet, as fraudes ou erros
cometidos pelo doador sem conhecimento dos candidatos, partidos ou coligações não ensejarão a responsabilidade
destes nem a rejeição de suas contas eleitorais.
e) CERTO. O critério adotado pela legislação é objetivo e independe de aferição de dolo, culpa ou boa-fé, que apenas pode
se refletir no campo da dosimetria da sanção, aplicada, in casu, em seu patamar mínimo de cinco vezes o valor excedido,
perfazendo o montante de R$ 88.463,10.4. Inexistência de natureza confiscatória. (RECURSO ELEITORAL nº 553, Acórdão de
01/08/2016, Relator(a) MARCO JOSÉ MATTOS COUTO, Publicação: DJERJ Data 10/08/2016, Página 10/22 )

Gabarito: Letra E.
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10) A Lei Complementar n. 64/90, Lei das Inelegibilidades, alterada pela Lei Complementar n.
135/2010 - Lei da Ficha Limpa - , trata do ato abusivo.
a) Para a configuração do ato abusivo será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da
eleição, além da gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
b) Para a configuração do ato abusivo não será considerada a potencialidade de o fato alterar o
resultado da eleição, tampouco a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
c) Para a configuração do ato abusivo será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da
eleição, mas não a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
d) Para a configuração do ato abusivo não será considerada a potencialidade de o fato alterar o
resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
e) Para a configuração do ato abusivo será considerada a efetiva alteração do resultado da eleição pelo
fato, além da gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
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Lei 64/90, art. 22: XVI – para a configuração do ato abusivo, NÃO será considerada a potencialidade de
o fato alterar o resultado da eleição, mas APENAS A GRAVIDADE das circunstâncias que o caracterizam.

Gabarito: Letra D.
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11) Com relação ao alistamento eleitoral, assinale a afirmativa incorreta.
a) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
b) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e facultativos para
os analfabetos, maiores de setenta anos e para os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito
anos.
c) O militar alistável, se contar com menos de dez anos de serviço castrense, deverá afastar-se da
atividade para se tornar elegível.
d) O mandato eletivo poderá ser impugnado perante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados
da posse, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
e) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
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O mandato eletivo poderá ser impugnado perante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados APÓS A DIPLOMAÇÃO, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
ou fraude.

Gabarito: Letra D.
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12) Caio Tício, cantor profissional, resolve se lançar candidato ao cargo de deputado estadual. A
respeito da possibilidade de seguir exercendo a sua atividade profissional durante o período
eleitoral, conforme entendimento do TSE, é correto afirmar que
a) é livre o exercício da atividade profissional do candidato, sem restrição de qualquer ordem, com base
no artigo 5º, IX, da Constituição da República, garantido o seu direito de se apresentar em showmícios.
b) é permitido o exercício de sua profissão, desde que restrita a casas de espetáculo de natureza
particular, em eventos de natureza privada.
c) se permite a apresentação profissional do candidato com a finalidade de promover sua candidatura,
desde que não seja remunerado pelo exercício dessa atividade.
d) Caio Tício está impedido de exercer sua atividade profissional até o término do período eleitoral.
e) o candidato pode seguir no exercício de sua profissão, em eventos de natureza pública ou particular,
desde que não tenha finalidade eleitoral, vedada qualquer alusão à candidatura, ainda que em caráter
subliminar.
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É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que
a lei estabelecer (CF, art. 5º, inc. XIII). É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado
para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a
finalidade de animar comício e reunião eleitoral (Lei n.º 9.504/97, art. 39, § 7º). Como conciliar a situação
do Caio Tício, cantor profissional, candidato a deputado estadual? No entender do TSE, o candidato pode
seguir no exercício de sua profissão, em eventos públicos ou privados, desde que não tenha finalidade
eleitoral e não haja alusão à candidatura, mesmo em caráter subliminar. Nesse sentido, o seguinte
aresto jurisprudencial: CONSULTA. CANDIDATO. CANTOR. EXERCÍCIO DA PROFISSÃO EM PERÍODO ELEITORAL. 1.
O candidato que exerce a profissão de cantor pode permanecer exercendo-a em período eleitoral, desde
que não tenha como finalidade a animação de comício ou reunião eleitoral e que não haja nenhuma
alusão à candidatura ou à campanha eleitoral, ainda que em caráter subliminar. 2. Eventuais excessos
podem ensejar a configuração de abuso do poder econômico, punível na forma do art. 22 da Lei
Complementar nº 64/90, ou mesmo outras sanções cabíveis. Consulta respondida afirmativamente.
(Consulta nº 1.709/DF, rel. Min. Arnaldo Versiani, em 15.4.2010, DJE de 20.05.2010).

Gabarito: Letra E.
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13) Nos três meses que antecediam as eleições gerais, nas quais estariam em disputa os cargos eletivos dos
Poderes Executivo e Legislativo a nível federal e estadual, o Prefeito do Município que sediava a capital do
Estado realizou publicidade institucional de obras e serviços relativos à sua gestão. Como a referida
publicidade estava gerando, na população, grande simpatia em relação ao partido político do Prefeito
Municipal e, por via reflexa, ao seu candidato ao cargo de Governador do Estado, um partido político de
oposição solicitou que seu advogado se posicionasse sobre a licitude da referida publicidade. Considerando
a sistemática estabelecida na Lei nº 9.504/97, o advogado respondeu corretamente que o Prefeito
Municipal:
a) não praticou conduta vedada aos agentes públicos, pois a lei eleitoral somente impede a publicidade
institucional por parte do agente que concorra à reeleição.
b) praticou conduta vedada aos agentes públicos, apenas nos três meses anteriores ao pleito, afetando a
igualdade de oportunidades entre os candidatos.
c) não praticou conduta vedada aos agentes públicos, nos três meses anteriores ao pleito, pois os cargos
municipais não estavam em disputa na eleição.
d) não praticou conduta vedada aos agentes públicos, pois a lei eleitoral não veda a realização de propaganda
institucional pelo agente competente.
e) praticou conduta vedada aos agentes públicos nos seis meses anteriores ao pleito, afetando a igualdade de
oportunidades entre os candidatos.
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Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a
afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
...VI - nos três meses que antecedem o pleito:
...b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado,
autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta,
salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
§ 3º As vedações do inciso VI do caput, alíneas b e c, aplicam-se apenas aos agentes públicos das
esferas administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição.

Gabarito: Letra C.
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14) Para relacionar o Direito Eleitoral com os partidos políticos, assinale a afirmativa correta.
a) A partir da edição da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) e da alteração do Código Civil Brasileiro
pela Lei nº 10.825/2003, os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito privado;
todavia, sendo relevante seu papel no Estado Democrático de Direito, os partidos políticos ocupam
posição de destaque no campo do Direito Eleitoral.
b) A partir da edição da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) e da alteração do Código Civil Brasileiro
pela Lei nº 10.825/2003, os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público e
estão abrangidos de modo integral no campo do Direito Eleitoral.
c) A partir da edição da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) e da alteração do Código Civil Brasileiro
pela Lei nº 10.825/2003, os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público; não
obstante, sua abrangência ao campo do Direito Eleitoral é parcial.
d) A partir da edição da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) e da alteração do Código Civil Brasileiro
pela Lei nº 10.825/2003, os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito privado;
todavia, sendo relevante seu papel no Estado Democrático de Direito, toda a matéria relativa aos
partidos políticos está no âmbito da competência da Justiça Eleitoral.
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CÓDIGO CIVIL
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos)
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do
regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal.
D) ERRADA. Nem toda questão relacionada a partido político será julgada pela Justiça Eleitoral, a
exemplo da ação em que filiado discute ato deliberativo, de natureza interna corporis, de partido
político, na qual se decidiu que a competência da Justiça Eleitoral só se caracteriza após o início do
procedimento eleitoral (CC 19.321/MG).

Gabarito: Letra A.
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15) Nas eleições municipais de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral liberou cautelarmente, por maioria, a
realização de live com artista musical, a fim de arrecadar recursos para campanha de candidato a
prefeito, com ressalva (Ação Cautelar nº 0601600-03).
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar
recursos para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda
ser comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad.
b) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar
recursos para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda
ser comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad,
dispensado esse pagamento prévio se o músico cantar exclusivamente músicas de sua autoria individual.
c) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar
recursos para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos.
d) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar
recursos para campanha, e também poderá o músico, nesse tipo de evento, fazer pedido expresso de votos,
haja vista a amplitude do princípio constitucional da liberdade de expressão artística.
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A apresentação artística em eventos de arrecadação para campanha eleitoral não está inserida
na proibição à realização de “showmícios”.

É vedada a realização, remunerada ou não, de “showmícios”, conforme o disposto no art. 39, § 7º,
da Lei nº 9.504/1997.

STF. Plenário. ADI 5970/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 7/10/2021 (Info 1033).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou, na sessão desta quinta-feira (5), a realização de show
virtual com artista – a chamada live – para arrecadação de recursos para campanha. Os ministros
destacaram, porém, que nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos.

Não foi tratado no julgamento a questão dos direitos autorais.

Gabarito: Letra C.
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16) Deputado estadual disputando reeleição descobre que um candidato de outro partido vem
realizando em sua campanha atos que configuram, em tese, abuso de poder econômico. Desejando
cassar seu registro ou eventual diploma por esse motivo, o deputado em questão poderá ajuizar:
a) Ação de Investigação Judicial Eleitoral, desde que o faça até a data da diplomação;
b) Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, desde que o faça até 15 dias após a eleição;
c) Recurso contra Expedição de Diploma, desde que o faça até 3 dias depois da diplomação;
d) Ação de Impugnação de Registro de Candidatura, desde que o faça até a data da eleição;
e) Representação por conduta vedada, desde que o faça até 15 dias após a eleição.
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A ação de investigação judicial eleitoral está prevista no art. 22 da LC nº 64/90, e tem por objetivo
coibir a prática de qualquer ato de abuso de poder econômico ou político, assegurando a
normalidade e a legitimidade das eleições; A lei não prevê o termo inicial para a propositura da ação
de investigação judicial eleitoral.

Dessa forma, o TSE decidiu que essa ação deverá ser proposta após o registro da candidatura. No
entanto, poderá levar a exame fatos ocorridos antes mesmo das convenções partidárias, porquanto
não cabe confundir o período em que se conforma o ato ilícito com aquele no qual se admite a sua
averiguação. O termo final para o ajuizamento da AIJE é a data da diplomação dos candidatos
eleitos.

Gabarito: Letra A.
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17) Marcos é candidato a vereador no Município Alfa.
Ao fim de um comício, Pedro, na presença de Marcos, ofereceu cestas básicas aos eleitores João e Maria, os
quais prontamente aceitaram a oferta e anuíram com o pedido de voto em Marcos, o qual permaneceu
presente e em silêncio durante todo o tempo.
Em razão do ocorrido, o Partido Político JHT, que tinha candidatos registrados para concorrer ao cargo de
vereador, ajuizou representação, por captação ilícita de votos, em face de Pedro, Marcos, João e Maria.
Em momento posterior, ocorreu a eleição e Marcos foi eleito.
À luz da narrativa acima, assinale a afirmativa correta.
a) Somente Marcos teria legitimidade para figurar no polo passivo, devendo o processo ser extinto caso não seja
julgado até a eleição.
b) Somente Marcos teria legitimidade para figurar no polo passivo, devendo o processo ser julgado mesmo após
a eleição.
c) O polo passivo foi regularmente formado, devendo o processo ser extinto caso não seja julgado até a eleição.
d) O polo passivo foi regularmente formado, devendo o processo ser julgado mesmo após a eleição.
e) Somente Pedro e Marcos deveriam figurar no polo passivo, devendo o processo ser julgado mesmo após a
eleição.
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Trata-se da ação denominada de Representação por captação ilícita de sufrágio
Fundamento legal: Lei 9.504/97, art. 41-A
Legitimados ativos: partidos políticos, desde que não coligados, coligações, candidatos e MP
Legitimado passivo: o candidato.
Observação: O terceiro não candidato não tem legitimidade para figurar no polo passivo da presente ação. Neste
sentido: TSE (Ac de 22.4.2014 no RO 692.966, rel. Min. Laurita Vaz).
Objeto: compra de votos
Prazo: desde o registro da candidatura até a diplomação dos eleitos
Efeito da decisão de procedência: cassação do registro ou do diploma e multa.
Lei 13.165/2015 (conhecida como lei da minirreforma eleitoral) alterou diversos dispositivos da legislação eleitoral.
Dentre as mudanças promovidas, vale destacar o acréscimo nos §§ 3º e 4º do artigo 224 do Código Eleitoral:
Art. 224 (...)
§ 3º A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato
de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições,
independentemente do número de votos anulados.
§ 4º A eleição a que se refere o § 3º correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será:
I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; II - direta, nos demais casos.

Gabarito: Letra B.
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18) O Partido Político Alfa impugnou o registro de candidatura de João ao cargo eletivo de senador,
sob o argumento de que ele estava filiado ao respectivo partido político há apenas 10 (dez) meses
antes da eleição.
O Tribunal Regional Eleitoral julgou improcedente o pedido de impugnação, o que levou o Partido
Político Gama a interpor recurso direcionado ao Tribunal Superior Eleitoral.
Sobre o caso narrado, à luz da sistemática vigente, assinale a afirmativa correta.
a) A filiação atende à condição de elegibilidade prevista na legislação vigente; o Partido Político Gama
teria legitimidade para interpor o recurso.
b) A filiação não atende à condição de elegibilidade prevista na legislação vigente; o Partido Político
Gama não teria legitimidade para interpor o recurso.
c) A filiação atende à condição de elegibilidade prevista na legislação vigente; o Partido Político Gama
não teria legitimidade para interpor o recurso.
d) A filiação não atende à condição de elegibilidade prevista na legislação vigente; o Partido Político
Gama teria legitimidade para interpor o recurso.
e) A filiação não atende à condição de elegibilidade prevista na legislação vigente; não é cabível recurso
contra a decisão proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral.
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Lei 9.504, Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva
circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
L.C. 64, Art. 3º Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5
(cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição
fundamentada.
"A legitimidade para interposição dos recursos eleitorais é conferida, em princípio, ao candidato, ao partido
político ou coligação e ao Ministério Público. Contudo, ao usarmos subsidiariamente o Art. 499, do Código de
Processo Civil, o terceiro (eleitor) prejudicado, também tem legitimidade para interpor recurso eleitoral."
Súmula 11 do TSE: No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade
para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.
" A filiação partidária no Direito Eleitoral Brasileiro é matéria de ordem constitucional por ser uma das
condições de elegibilidade, art. 14, § 3º., V, da CF, de forma que não sendo o eleitor filiado a Partido Político ele
não poderá concorrer a cargo eletivo."
Pelo fato de filiação partidária ser matéria constitucional, o Partido Político Gama, mesmo não tendo
impugnado inicialmente o registro de candidatura, possui legitimidade para interpor o recurso contra a
decisão do Tribunal Regional Eleitoral.

Gabarito: Letra A.
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