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da Educação
Revisa Goiás
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Língua Portuguesa
Junho | 2023
3ª Série
Estudante
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Leia os textos.
5. No trecho: “Um palácio se revelou aos olhos dos
arqueólogos.”, a expressão destacada causa um “efeito Texto 1
de sentido”. Qual é esse efeito de sentido? Cerrado, um risco de extinção em Goiás
O Cerrado é a segunda maior cobertura vegetal do Brasil,
fi cando atrás somente da Floresta Amazônica.
Tipos de argumentos
1) Argumento de autoridade: Os autores recorrem
à opinião de especialistas para conferir credibilidade
e autoridade ao texto, deixando-o mais rico e dando
8. Identifique o tipo de argumento utilizado em cada trecho. Leia o texto, as questões e os itens.
a) “Em Goiás, os parques de preservação represen-
tam apenas 1% de todo cerrado goiano, enquanto que
em outros estados a média é de 2,5%, esses dados
estão muito abaixo das metas internacionais que é de
10%, esse percentual deveria ser revertido em reser-
vas ambientais em Goiás.”
11. Responda.
9. Indique as alternativas que apresentam a figura de a) Qual é o efeito de sentido da repetição da expres-
linguagem personificação, também chamada de proso- são “não arruma”?
popeia. Justifique sua resposta.
a) “...os sonhos abrem suas asas e voam...”
b) “...o vento livre embala o canto dos pássaros...” b) Qual palavra no texto comprova esse efeito de
c) “Olhos d´água que espiam a pureza da vida!” sentido?
d) “Fonte que mata a sede de milhares e milhares de
vidas...”
e) “...os buritis se agrupam em cadeias isoladas...”
f) “...as nuvens viajam de carona no vento...” 12. No trecho “Arrumo sim!”, a forma verbal destacada
foi usada para
(A) fazer um pedido.
(B) emitir uma opinião.
10. No texto, “O Cerrado”, nos versos: “Vertentes rubras
no céu anunciam o anoitecer/o fim do dia quente/o início (C) introduzir um relato.
da noite fria” a figura de linguagem foi utilizada para (D) expressar uma ação.
(E) apresentar um convite.
(A) apontar a inspiração causada pelo anoitecer.
(B) indicar a beleza retratada pela poesia sobre o cerrado.
13. No trecho: “Você não arruma os brinquedos, não ar-
(C) demonstrar a surpresa causada pela chegada da
ruma a cama, não arruma o armário, não arruma nada!”
noite.
A ordem em que as palavras destacadas aparecem nes-
(D) revelar a liberdade estética defendida pelo eu lírico se texto sugere um/uma
do poema.
(A) exagero.
(E) intensificar o sentido daquilo que se fala por meio
do uso de termos com sentidos opostos no discurso. (B) inversão.
(C) gradação.
(D) repetição.
(E) personificação.
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Leia o texto.
► Tema, conflito gerador e efeitos de sentido
O ASSALTO
Carlos Drummond de Andrade
Estudante, nesta atividade, analisaremos o gênero
crônica e seus elementos, com o objetivo de aprofun-
dar seus conhecimentos e, assim, ampliar o ensino-
-aprendizagem. Leia o texto, atentamente, e procure
responder às atividades propostas, juntamente com
o(a) seu(sua) professor(a).
Refletindo!!!
— No que você vai a fim do assalto, eles assaltam sua caixa. — É um assalto! Chuchu por aquele preço é um verda-
Ele nem escutou. Então os passageiros também acha- deiro assalto!
ram de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de ANDRADE, C. Drummond de, et al. Para gostar de ler. São Paulo:
Ática, 1978. v. 3. p. 12-14.
saber, que vem movendo o homem, desde a idade da
pedra até a idade do módulo lunar. Disponível em: https://leituramelhorviagem.fi les.wordpress.com/2013/05/texto-para-leitura_o-
-assalto-carlos-drummond-de-andrade.pdf. Acesso em: 27 mar. 2023 (adaptado).
Outros ônibus pararam, a rua entupiu.
— Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles 14. Qual é o assunto do texto “O assalto”, de Carlos
não podem dar no pé. Drummond de Andrade?
— É uma mulher que chefia o bando!
— Já sei. A tal dondoca loira.
— A loura assalta em São Paulo. Aqui é morena.
15. A frase dita pela senhora provocou uma enorme con-
— Está de metralhadora. Eu vi. fusão. Por quê?
— Minha Nossa Senhora, o mundo está virado!
— Vai ver que está caçando é marido.
— Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue es-
correndo! 16. Na fala da senhora: “Isto é um assalto!”, qual é o
— Sangue nada, é tomate. sentido dado à palavra “assalto”, no texto?
Na confusão, circularam notícias diversas. O assalto fora
a uma joalheria, as vitrinas tinham sido esmigalhadas a
bala. E havia joias pelo chão, braceletes, relógios. O que
os bandidos não levaram, na pressa, era agora objeto 17. No trecho, “Foi um deitar no chão geral [...].”, as pes-
de saque popular. Morreram no mínimo duas pessoas, e soas deitavam-se no chão porque
três estavam gravemente feridas.
(A) havia joias espalhadas pelo chão.
Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da convulsão
coletiva. Era preciso abrir caminho a todo custo. No rumo (B) uma metralhadora estava sendo disparada.
do assalto, para ver, e no rumo contrário, para escapar. (C) algumas pessoas caiam em cima de outras.
Os grupos divergentes chocavam-se, e às vezes trocavam (D) pensaram que havia joias espalhadas pelo chão.
de direção; quem fugia dava marcha à ré, quem queria
espiar era arrastado pela massa oposta. Os edifícios de (E) pensaram que uma metralhadora estava sendo
apartamentos tinham fechado suas portas, logo que o pri- disparada.
meiro foi invadido por pessoas que pretendiam, ao mesmo
tempo, salvar o pelo e contemplar lá de cima. Janelas e 18. O texto conta uma história curta, apresentando
balcões apinhados de moradores, que gritavam: elementos tradicionais da narrativa como persona-
— Pega! Pega! Correu pra lá! gens, tempo bem breve, espaço e enredo bem corri-
— Olha ela ali! queiro, do cotidiano.
— Eles entraram na Kombi ali adiante! Levando em conta esses elementos, pode-se afirmar que
o texto pertence ao gênero
— É um mascarado! Não, são dois mascarados!
Ouviu-se nitidamente o pipocar de uma metralhadora, a
pequena distância. Foi um deitar no chão geral, e como
não havia espaço uns caíam por cima de outros. Cessou 19. Qual é o fato gerador de conflito, isto é, o que provo-
o ruído, Voltou. Que assalto era esse, dilatado no tempo, cou o desenrolar dos fatos?
repetido, confuso?
— Olha, um menino tocando matraca! E a gente com
dor-de-barriga, pensando que era metralhadora!
20. Qual é o cenário onde se desenrola o acontecimento?
Caíram em cima do garoto, que soverteu na multidão. A
senhora apareceu, muito vermelha, protestando sempre:
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22. De acordo com o texto, das notícias que circularam, Estudante, nesta atividade, continuaremos a anali-
a única verdadeira é sar o gênero crônica, as figuras de linguagem, com
( ) um menino tocava matraca. o objetivo de aprofundar seus conhecimentos e, as-
sim, ampliar o ensino-aprendizagem. Leia o texto,
( ) tem um assalto ali adiante!
atentamente, e procure responder às atividades pro-
( ) morreram no mínimo duas pessoas. postas, juntamente com o(a) seu(sua) professor(a).
( ) era uma mulher que chefiava o bando.
25. Observe o trecho:
23. No texto, as ações na feira se tornaram um caos. As
"... Janelas e balcões apinhados de moradores, que gri-
ações das personagens transcorrem numa certa sequ-
tavam: — Pega! Pega! Correu pra lá!”
ência temporal. Enumere as ações enunciadas a seguir,
na ordem em que elas ocorrem no texto. A repetição da palavra destacada tem como intenção,
por parte do autor, de
( ) Outros ônibus pararam, a rua entupiu.
( ) Houve um rebuliço.
( ) Na confusão, circularam notícias diversas.
( ) O ônibus na rua transversal parou para assuntar.
( ) Caíram em cima do garoto... Refletindo!!!
( ) Moleques de carrinho corriam em todas as direções...
( ) Ouviu-se nitidamente o pipocar de uma metra-
lhadora...
24. No trecho,
“Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados con-
tra o preço do chuchu: Figuras de Linguagem
— Isto é um assalto! Comparação: expressão de termo comparativo.
Quase sempre acompanhada da conjunção “como”.
Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram.”
Levando em consideração o foco narrativo, o narrador Faço versos como quem chora
(A) participa da história, narrando-a em 3ª pessoa. De desalento... de desencanto...
(B) se torna também um personagem, assumindo a Manuel Bandeira
condição de narrador protagonista. Metáfora: comparação mental ou abreviada em que
(C) participa ativamente dos fatos narrados, ou seja, é prevalece a relação de semelhança. Não aparece a
um dos personagens da história. conjunção “como”.
(D) participa, onisciente, dos fatos relatados, conhece Na sua mente povoa só maldade.
toda a história, detalhadamente, em 3ª pessoa. Meu coração é um balde despejado.
(E) descreve os acontecimentos, abordando as sensa- Catacrese: metáfora que caiu no uso popular, corri-
ções e os sentimentos das personagens, em 1ª pessoa. queira, muito comum.
As pernas da mesa estão bambas.
Quero morar no coração da cidade.
O tempo passou na janela e só Carolina não viu. (E) ironizar sobre o transporte coletivo.
Chico Buarque de Holanda
Hipérbole: afirmação exagerada. 28. O autor se vale de palavras e expressões típicas de re-
gistros informais da língua, de marcada oralidade. Nas pas-
Falei mil vezes para você!
sagens abaixo, substitua a palavra sublinhada que carac-
Morri de estudar para o vestibular. teriza o registro informal pela pertinente no registro formal.
Sinestesia: interpretação de planos sensoriais, mis-
tura de sensações de sentidos diferentes. Como na a) “— Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante!”
metáfora, relaciona elementos de universos diferentes.
Senti um cheiro doce no ar.
b) “— Olha ela ali!”
Eufemismo: emprego de termos considerados mais
leves para suavizar uma expressão considerada
cruel ou ofensiva.
Foi para o céu, em vez de morreu. 29. No fragmento “Janelas e balcões apinhados de mo-
Está forte, em vez de está gorda. radores, que gritavam: — Pega! Pega! Correu pra lá!”, a
Monteiro Lobato palavra destacada é, na língua, um registro
Imagem disponível em: https://www.freepik.com/. Acesso em: 27 abr. 2023. (A) formal.
Disponível em: https://escrevendoofuturo.org.br/caderno_docente/cronica/os-recursos-do-
-cronista/. Acesso em: 27 abr. 2023. (B) arcaico.
(C) informal.
(E) regional.
26. Observe o fragmento:
(D) científico.
“Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes
era como a própria sirena policial, documentando, por
seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria
consumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém
pudesse evitá-la.”
De acordo como o trecho, responda:
a) De quem era a voz que subia pelo mar de barracas?
As palavras em destaque estabelecem, respectivamen- rios e até o fundo do mar. O impulso industrial também
te, uma ideia de contribuiu para o surgimento das metrópoles – e, quanto
(A) causa e condição. mais gente confinada em determinado espaço, mais de-
tritos se acumulam.
(B) adição e oposição. Disponível em: https://cides.com.br/os-desafios-da-era-do-lixo/. Acesso em: 24 abr. 2023.
(C) finalidade e causa.
(D) adição e explicação. TEXTO II
(E) causa e consequência. Uns perdem, outros transformam
Quanto mais rico o país, mais lixo se joga fora, mais lixo
Proposta de Produção Textual – 2ª e 3ª SÉRIES se recolhe, mais lixo se reaproveita e mais dinheiro se
ganha com isso. Compare:
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Os desafios da era do lixo
W. F. Padovani
A urbanização trouxe progresso e melhorou a vida da
humanidade, mas deixou muita sujeira pelo caminho. A
questão de nosso tempo: o que fazer com o espantoso
– e quase inevitável – volume de detritos das grandes
cidades de modo a transformá-lo em riqueza.
[...]
O lixo, evidentemente, é tão velho quanto a humanidade.
Nem sempre, porém, foi problema. Na pré-história, gru-
pos nômades alimentavam-se da caça, da pesca e dos
vegetais e os restos da refeição – ossos, peles e casca
dos frutos – eram largados no solo e seguiam o ciclo
natural, numa espécie de éden ecológico. Cada rajada
de progresso desde então contribuiu para que os de-
tritos aumentassem, sem que isso incomodasse muito
as pessoas em volta (o asseio, em diversas socieda-
des, foi um conceito que custou a pegar). São muitas
as ilustrações de Londres e Paris na Idade Média que
mostram ruas emporcalhadas e dejetos sendo lançados
das janelas sobre transeuntes incautos. Jean-Baptiste
Debret, o retratista do Rio de Janeiro antigo, e outros
Segundo especialistas, se o problema do lixo já estives-
artistas daquele tempo desenharam os escravos, cha-
se bem resolvido no Brasil, 10% da sua energia poderia
mados de tigres, que à noite transportavam em tonéis,
ter como fonte o biogás, constituído basicamente por
nas costas, o lixo das casas e o despejavam no mar e
metano e dióxido de carbono liberados por detritos. Na
em lagoas. A visão do lixo como problema a ser enfren-
contabilidade geral, somando-se inclusive o dineiro usa-
tado só se firmou no século XIX, quando a Revolução
do por governos e prefeituras para cuidar de aterros que
Industrial instituiu um novo patamar de tecnologia, de
não geram energia, está-se jogando no lixo, por assim
conforto, de produtos – e de resíduos. O lixo, a partir daí,
dizer, uma receita que pode alcançar 10 bilhões de reais.
e empurrado pela comprovação científica de seu papel
Pois é: além de fazer bem ao meio ambiente, à saúde
como causador de doenças várias, começou a ser um
e à paisagem, o tratamento adequado do lixo ajuda a
desafio para a humanidade. A industrialização incorpo-
economia. É o desafio de uma nova era.
rou ao cotidiano das pessoas uma série de novos pro-
Disponível em: https://cides.com.br/os-desafios-da-era-do-lixo/. Acesso em: 24 abr. 2023.
dutos – e, mais que todos eles, o onipresente plástico,
que, por demorar um século para se decompor e nunca
desaparecer completamente, hoje enfeia ruas, praias,
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