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IBET – Instituto Brasileiro de Estudos Tributários

Curso de Extensão em Contabilidade Tributária

Aula 1 – Normas Brasileiras de Contabilidade emitidas pelo Conselho Federal de


Contabilidade; Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade; Estrutura do
Patrimônio

1. Como podemos conceituar a Contabilidade? Cite três usuários da


Contabilidade.

A contabilidade pode ser conceituada como o ramo da ciência destinado ao estudo do


patrimônio de uma entidade, objetivando a informação aos usuários que dela se valem
para inúmeras funções.

Através da contabilidade as entidades gerem seus bens, direitos e obrigações,


informando à quem interessar possa o resultado das suas operações financeiras.

Haja vista as diferentes finalidades que a contabilidade possui, pode ser subdivida com
base no enfoque dado pelo emissor daquela mensagem. Por exemplo, a contabilidade
fiscal que é de extrema relevância para as autarquias e pessoas de direito público a fim
de verificação da apuração e recolhimento de tributos. Ou, ainda, a chamada
contabilidade financeira, considerada a contabilidade cuja finalidade é justamente a
elaboração das demonstrações financeiras da empresa (balanço patrimonial, fluxo de
caixa, mutações no patrimônio, etc.).

A contabilidade demonstra-se extremamente pertinente do ponto de vista dos seus


usuários, na medida em que, através da disponibilização dessas informações, será
possível tomar decisões negociais avaliando ativos, passivos e lucro operacional da
empresa.
Os usuários da contabilidade podem ser externos, quando não fizerem parte da efetiva
gestão da sociedade, mas precisa de informações acerca da mesma, ou internos,
quando fazem parte da gestão da empresa. Podemos citar: Acionistas, Investidores,
Fornecedores, Credores (bancos, por exemplo) e pessoas de direito públicos (União,
Estados, Municípios e autarquias), como usuários externos. E Conselho de
Administração, diretoria, acionistas majoritários da empresa como usuários internos.

Basicamente, todos os interessados nas informações contábeis, cada qual com interesse
em determinados aspectos da contabilidade da empresa.

Seja para distribuição de lucros e dividendos, no caso dos conselhos de administração,


seja para valuation, no caso dos investidores, por exemplo.

2. Cite e explique os Princípios Contábeis Fundamentais que são de observância


obrigatória a todos os profissionais de contabilidade, de acordo com a Resolução
nº 1.282/2010.

Nos termos da Resolução nº 1.282/2010, que atualizou e consolidou dispositivos das


Resolução CFC nº 750/93, os princípios contábeis fundamentais são:

Princípio da Continuidade: este princípio guarda relação com a expectativa que tem-se
de que a empresa continuará a exercer suas atividades ao longo dos anos, justificando a
necessidade de manter-se acompanhamento sobre todos os aspectos contábeis que
envolvem a operação.

Princípio da Oportunidade: diz respeito a verificar se as informações que comporão a


contabilidade são oportunas, ou seja, se são confiáveis/verdadeiras, e se, ao final,
interessam aos usuários.

Princípio do Registro pelo Valor Original: como o próprio nome diz, este princípio
determina que todos os componentes do patrimônio da empresa, sejam integrantes do
ativo ou passivo, devem ser incorporados pelo seu valor original de aquisição. No
transcorrer dos anos contábeis, sendo necessário, referidos valores vão sendo ajustados
(como por exemplo quando da desvalorização do ativo imobilizado).

Princípio da Competência: referido princípio guarda relação com a necessidade de que


receitas e despesas, quando correlatas, devem ser reconhecidas numa mesma
competência.

Princípio da Prudência: este princípio reza que os operadores da contabilidade devem


ser precavidos na análise e preenchimento das informações necessárias à compor os
demonstrativos financeiros, sobretudo, sendo fiéis aos valores, não os inflacionando,
ou deflacionando.

3. Segundo Iudícibus (2010) a representação quantitativa do patrimônio de uma


entidade é representada pela Demonstração Contábil denominada Balanço
Patrimonial. Do que é composta essa representação?

A representação quantitativa do patrimônio é basicamente a outorga de valores


monetários à bens, direitos e obrigações da empresa, sendo conhecida como balanço
patrimonial, comportando todas as contas do ativo, passivo e patrimônio líquido.

Nas contas do ativo são administrados basicamente todos os bens e direitos da empresa
(valores em caixa, estoques, ativo imobilizado, valores à receber, etc.), enquanto no
passivo são mantidas as obrigações com que a empresa sofrerá desembolsos perante
terceiros (alugueis, impostos, salários, empréstimos, etc.).

O patrimônio líquido, por sua vez, é justamente a diferença entre o valor do Ativo e o
valor do Passivo, indicando, por via de consequência lógica, o valor do capital dos
proprietários.
O balanço patrimonial, como um todo, é possivelmente o demonstrativo financeiro
mais importante para a maioria dos usuários, externos e internos, posto que tem como
finalidade precípua a apresentação da situação patrimonial da empresa como um todo.

Através da representação qualitativa é possível mensurar o valor dos bens, direitos e


obrigações da empresa, logo, chega-se a uma mensuração mais específica do tamanho
do patrimônio da empresa.

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