O documento descreve a estrutura fundiária desigual e arcaica do Brasil colonial, com grandes latifúndios e pouca terra para a população. Após a redemocratização, manifestou-se a necessidade de reforma agrária diante de quase metade da área agrícola ociosa e 12 milhões de famílias sem terra. O filme retrata a luta de 1.500 famílias acampadas reivindicando a desapropriação de um latifúndio improdutivo de 8.000 hectares no Rio Grande do
Descrição original:
Título original
Voltamos ao Brasil colonial onde a agricultura era baseada na monocultura
O documento descreve a estrutura fundiária desigual e arcaica do Brasil colonial, com grandes latifúndios e pouca terra para a população. Após a redemocratização, manifestou-se a necessidade de reforma agrária diante de quase metade da área agrícola ociosa e 12 milhões de famílias sem terra. O filme retrata a luta de 1.500 famílias acampadas reivindicando a desapropriação de um latifúndio improdutivo de 8.000 hectares no Rio Grande do
O documento descreve a estrutura fundiária desigual e arcaica do Brasil colonial, com grandes latifúndios e pouca terra para a população. Após a redemocratização, manifestou-se a necessidade de reforma agrária diante de quase metade da área agrícola ociosa e 12 milhões de famílias sem terra. O filme retrata a luta de 1.500 famílias acampadas reivindicando a desapropriação de um latifúndio improdutivo de 8.000 hectares no Rio Grande do
Voltamos ao Brasil colonial onde a agricultura era baseada na
monocultura, na mão de obra escrava e em grandes latifúndios, herança da
distribuição de sesmarias feita pelos portugueses. A Agricultura permanecia basicamente restrita à cana com alguns cultivos diferentes para subsistência da população da região, porém de pouca expressividade, ao dar ênfase à imagem da força do ser humano na construção do espaço. Com o passar dos anos vemos um considerável aumento demográfico da população brasileira e a manutenção de grandes latifúndios, gerando assim um desequilíbrio, pois ao analisar o quadro geral da estrutura fundiária brasileira, podemos considera-la arcaica e injusta. Após o fim da ditadura, quando o país passava pelo processo de redemocratização, ou seja, reorganização, com a agitação politica da população ficou evidente a necessidade de uma reforma agraria. O filme Terra para Rose, de Tetê Moraes, apresenta de inicio, dados interessantes a respeito da má divisão de terra que assolava o país, quase metade da área agrícola total estava inutilizada, onde os grandes proprietários de terra tinha uma contribuição baixa na agropecuária e quase 12 milhões de famílias sem terra. Diante deste contexto, com a organização dos trabalhadores rurais, o filme mostra a luta pela reforma agrária, gravando o cotidiano da ocupação de 1.500 famílias na fazenda Anoni, considerada um latifúndio improdutivo com mais de 8.000 hectares, que já estava há 14 anos em processo de desapropriação na justiça, no Rio Grande do Sul. O acampamento foi promovido pelo MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, grupo que havia sido fundado pouco tempo antes deste episódio.
Tendo como ênfase a relação Homem-Meio, constituição do espaço
através da força do seu trabalho na terra. “por suas características e por seu funcionamento, pelo que ele oferece a alguns e recusa a outros, pela seleção de localização feita entre as atividades e entre os homens, é o resultado de uma práxis coletiva que reproduz as relações sociais “. (SANTOS, 1978, p. 171). Com entrevistas os camponeses acampados demonstram a rotina difícil de suas vidas, mas ressaltam o valor da luta pela terra, como forma de garantir o futuro de seus filhos, e o sentimento de união entre si, sua solidariedade uns com os outros, os quais chamam de “companheiros”.