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CURSO TÉCNICO DE

ELETRÔNICA

ELETRICIDADE

2°MÓDULO

2011
SUMÁRIO
1 LÂMPADAS (FONTE DE LUZ)
LUZ)......................................................................5
UZ)
1.1 Incandescente ................................................................................................................................. 5

1.2 Halógena ......................................................................................................................................... 6

1.3 Fluorescentes .................................................................................................................................. 6

1.4 Néon................................................................................................................................................. 7

1.5 Sódio ................................................................................................................................................ 7

1.6 Multivapores................................................................................................................................... 8
2 RADIAÇÃO INFRAVERMELHA
INFRAVERMELHA .....................................................................8
3 REATORES....................................................................................................9
REATORES
3.1 Eletromagnéticos .......................................................................................................................... 10
3.1.1 Starter ........................................................................................................................................ 12

3.2 Eletrônicos .................................................................................................................................... 12


4 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS...................................................................... 15
5 ATERRAMENTO..........................................................................................
ATERRAMENTO 15
5.1 Objetivos do aterramento............................................................................................................ 15

5.2 Porque dar preferência para sistemas aterrados....................................................................... 16

5.3 Definições : Terra, Neutro, e Massa ........................................................................................... 17


6 CIRCUITO ELÉTRICO ................................................................................. 19

6.1 Equipamento de leitura e uso em instalações elétricas residenciais......................................... 21


6.1.1 Lâmpada Néon .......................................................................................................................... 21
6.1.2 Teste com uma Lâmpada........................................................................................................... 22
6.1.3 Lâmpada em “Série” ................................................................................................................. 23
7 DISPOSITIVOS ELÉTRICOS ...................................................................... 23
8 PADRÕES DE CONDUTORES .................................................................. 24

8.1 CLASSES DE TENSÃO .............................................................................................................. 24

8.2 Baixa Tensão: Fios e Cabos ......................................................................................................... 24


8.2.1 Bitolas até 16 mm²..................................................................................................................... 24
9 CARGA INSTALADA.................................................................................. 26
9.1 Previsão de cargas conforme NBR 5410/2004............................................................................ 26

9.2 iluminação ,................................................................................................................................... 26

9.3 Tomadas........................................................................................................................................ 28
9.3.1 Quantidade mínima de tomadas com condições de Uso Geral (TUG’s) ................................... 28
9.3.2 Potências atribuíveis aos pontos de tomada do itém anterior. ................................................... 30
9.3.3 Condições especificas para tomadas (TUE’s) ........................................................................... 32
9.3.4 Potências típícas de alguns aparelhos eletromésticos ................................................................ 33
10 CONEXÕES E EMENDAS .......................................................................... 34
10.1 Introdução..................................................................................................................................... 34

10.2 Emendas de condutores em prolongamento .............................................................................. 35

10.3 Emenda de condutores dentro de caixas de derivação ou passagem (condutores rígidos) .... 35

10.4 Emenda entre condutor rígido e flexível .................................................................................... 36

10.5 Emenda entre condutores flexíveis ............................................................................................. 36

10.6 Emendas de condutores em derivação........................................................................................ 36

10.7 Olhal .............................................................................................................................................. 37


11 RECOMENDAÇÕES SOBRE CONEXÕES ................................................ 38

11.1 Conexões Bimetálicas (NBR 5410:2004 item 6.2.8.15) .............................................................. 39


12 SOLDAGEM DA EMENDA ......................................................................... 41
12.1 Cachimbo ...................................................................................................................................... 41
13 ISOLAMENTO............................................................................................. 42

13.1 Fita isolante de borracha (autofusão) ......................................................................................... 42

13.2 Fita isolante plástica..................................................................................................................... 42

13.3 Isolante termocontrátil ................................................................................................................ 42

13.4 Isolante líquido ............................................................................................................................. 43

13.5 Processo de isolamento utilizando Fita plástica......................................................................... 43

13.6 Simbologia..................................................................................................................................... 44
13.6.1 Quadros de destribuição ....................................................................................................... 44
13.6.2 Interruptores.......................................................................................................................... 44
13.6.3 Luminárias, refletores e lâmpadas ........................................................................................ 47
13.6.4 Tomadas ............................................................................................................................... 49
14 ESQUEMAS ELÉTRICOS........................................................................... 50
14.1 Esquema de ligação para Baixa Tensão ..................................................................................... 50

14.2 Esquema funcional ....................................................................................................................... 50

14.3 Esquema Multifilar ...................................................................................................................... 51

14.4 Unifilar .......................................................................................................................................... 52


15 INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE UMA TOMADA........................................... 53
16 ACIONAMENTO DE DUAS LÂMPADAS COM INTERRUPTOR DE DUAS
SEÇÕES............................................................................................................. 55
17 ACIONAMENTO DE DUAS LÂMPADAS COM INTERRUPTOR DE TRÊS
SEÇÕES............................................................................................................. 57
PLANTA BAIXA ................................................................................................. 59
18 LIGAÇÃO DE LÂMPADA FLUORESCENTE ............................................. 59
18.1............................................................................................................................................................... 61

18.2............................................................................................................................................................... 61

18.3............................................................................................................................................................... 61

18.4 Interruptores paralelos (Three-Way) ......................................................................................... 62

18.5 Interruptor Intermediário (Four Way) ...................................................................................... 65


19 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES....................................................... 70

19.1 Fase................................................................................................................................................ 70

19.2 Seção do Condutor Neutro .......................................................................................................... 71


20 DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR PELA CAPACIDADE DE
CORRENTE........................................................................................................ 73

20.1 Dimensionamento de carga ......................................................................................................... 75


20.1.1 Tomadas de uso geral ........................................................................................................... 75
20.1.2 Tomadas de uso especifico ................................................................................................... 75
20.1.3 Iluminação ............................................................................................................................ 76
20.1.4 Numero mínimo de tomada por cômodo .............................................................................. 77

20.2 Considerações sobre instalações elétricas residenciais.............................................................. 79

20.3 Previsão de cargas ........................................................................................................................ 89


20.3.1 Tomadas ............................................................................................................................... 90
20.3.2 Iluminação ............................................................................................................................ 91
20.3.3 Reparos ................................................................................................................................. 91
20.3.4 Estabelecendo a quantidade mínima de tomadas de uso geral e específico.......................... 92
20.3.5 Prevendo as cargas de tomadas de uso geral e específico..................................................... 92
21 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 93
Eletricidade - 3ºMod 5
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1 Lâmpadas (Fonte de luz)

Podemos encontrar vários padrões e tipos de lâmpadas no


mercado atual, mas os principais, os mais usados são os seguintes:

 Incandescente;

 Halógena;

 Fluorescentes;

 Néon;

 Sódio;

 Multivapores;

1.1 Incandescente

Primeira lâmpada comercialmente viável, ela funciona quando a


corrente elétrica passa pelo filamento de tungstênio e o aquece,
deixando-o em brasa. Emite mais calor do que luz na prática, apenas
6% do que consome de energia é transformado em luz visível, e o
restante é transformado em calor. Sua durabilidade é de, no máximo,
mil horas pelo fato de o filamento ir se tornando mais fino devido ao
aquecimento, causando a depreciação do fluxo luminoso até o
momento em que o filamento se rompe e a lâmpada queima.
Eletricidade - 3ºMod 6
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Figure 1:Estrutura da Lâmpada Incandescente

1.2 Halógena

Seu funcionamento segue o mesmo princípio da lâmpada


incandescente, da qual é considerada uma versão evoluída. A
diferença está no fato de que o gás halogênio no interior do bulbo
devolve ao filamento as partículas de tungstênio que se desprendem
com o calor. Com isso, ela ganha estabilidade de fluxo luminoso e um
aumento de durabilidade que pode chegar a 5 mil horas.

1.3 Fluorescentes

Dentro de uma lâmpada fluorescente existe vapor de mercúrio


à baixa pressão. Quando ionizado, o vapor de mercúrio gera energia
em forma de luz ultravioleta. Os olhos humanos não percebem a luz
ultravioleta, portanto essa energia ultravioleta é convertida em luz
visível pela camada de fósforo que reveste o bulbo.

A luz que você vê de uma lâmpada fluorescente é a luz gerada


pelo fósforo que recobre o interior do tubo (o fósforo fluoresce quando
energizado, daí o nome).
Eletricidade - 3ºMod 7
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Figure 2: Funcionamento da Fluorescente

1.4 Néon

A lâmpada néon é uma pequena lâmpada de vidro com dois


elétrodos, preenchida com gás de néon sob baixa pressão. O principio
por trás da lâmpada de néon é simples. Dentro do tubo de vidro, há
um gás como neônio, argônio ou criptônio a uma pressão muito baixa.
Nas duas pontas do tubo há eletrodos de metal. Quando você aplica
alta tensão nos eletrodos, o gás neônio se ioniza e os elétrons passam
através do gás. Esses elétrons excitam os átomos do gás neônio e
fazem com que eles emitam a luz que podemos ver. O neônio emite
luz vermelha quando energizado dessa forma. Outros gases emitem
outras cores.

1.5 Sódio

Atualmente usada na iluminação pública, a lâmpada de sódio


oferece luz amarela e monocromática que distorce as cores, em
contrapartida, oferece grande fluxo luminoso com baixo consumo. Seu
funcionamento é parecido com o das fluorescentes, exceto pela
Eletricidade - 3ºMod 8
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presença do sódio no lugar do mercúrio. A partida requer reator
específico e ignitor (espécie de starter que eleva a tensão na hora da
partida para 4 500 volts).

1.6 Multivapores

Tipo de lâmpada também conhecida como metálica, contém


iodetos metálicos. Seu funcionamento é similar ao da lâmpada de
sódio - requer reator e ignitor para elevar a tensão de partida. Tem
grande iluminância (Veremos sobre iluminância em Luminotécnica), e
é indicada para locais onde é necessário haver iluminação profissional,
como quadras de tênis, grandes eventos, jogos de futebol etc. Na hora
de substituir uma lâmpada metálica por uma de outra marca, deve-se
trocar também o reator e o ignitor, pois eles são incompatíveis.

2 Radiação infravermelha

A transferência de calor ocorre pela emissão de radiação a


partir de objetos mais quentes como o sol, uma lareira ou uma
lâmpada infravermelho em ambientes resfriados. Objetos que recebem
esta radiação partir de uma fonte de calor, absorvendo-a e tornando-se
mais quentes. As lâmpadas infravermelho usam este princípio de
radiação. Elas aquecem diretamente pessoa ou objetos a que são
direcionadas sem aquecer o ar. Isso é o que as tornam altamente
eficientes fontes de calor. A maioria das lâmpadas é utilizada para uma
ampla gama de aplicações, tais como aquecimento confortável,
indústria de semicondutores, modelagem de garrafas plásticas,
aquecimento em cabines infravermelho, secagem de tintas
automotivas, aquecimento de alimentos e etc.

Espectro visível (ou espectro óptico) é a porção do espectro


eletromagnético cuja radiação composta por fótons, pode ser captada
pelo olho humano. Identifica-se esta radiação como sendo a luz visível,
Eletricidade - 3ºMod 9
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ou simplesmente luz. Esta faixa do espectro situa-se entre a radiação
infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da luz visível é
associada uma cor.

Figure 3:Espectro da luz visível


O espectro visível pode ser subdividido de acordo com a cor,
com vermelho nos comprimentos de onda longos e violeta para os
comprimentos de onda mais curtos, conforme ilustrado acima ou nas
cores de um arco-íris. Os comprimentos de onda desta radiação estão
compreendidos entre os 700 e os 400 nanômetros.

O espectro visual varia muito de uma espécie animal para a


outra. Os cachorros e os gatos, por exemplo, não vêm todas as cores,
apenas azul e amarelo, mas de maneira geral, em preto e branco
numa nuance de cinzas. Nós humanos vemos numa faixa que vai do
vermelho ao violeta, passando pelo verde, o amarelo e o azul. Já as
cobras vêm no infravermelho e as abelhas no ultravioleta, cores para
as quais somos cegos. Mesmo entre os humanos pode haver grandes
variações. Por isto, os limites do espectro ótico não estão bem
definidos, como por exemplos pessoas daltônicas costumam ter
dificuldades em visualizar cores contidas em certas faixas do espectro.

3 Reatores

Reatores são equipamentos auxiliares necessários para o


acendimento de lâmpadas de descarga (fluorescente, sódio,
multivapores, néon e etc). Servem para limitar a corrente e adequar as
tensões ao perfeito funcionamento das lâmpadas.

A correta aplicação dos reatores garante o melhor desempenho


para projetos elétricos e contribui diretamente para a manutenção do
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fluxo luminoso e vida útil da lâmpada. Os reatores podem ser
eletromagnéticos ou eletrônicos.

Figure 4: Reator

3.1 Eletromagnéticos

Os eletromagnéticos fazem parte da primeira geração de


reatores. São constituídos por um núcleo de aço silício (com baixas
perdas) e bobinas de fio de cobre esmaltado, impregnados com resina
de poliéster adicionado com carga mineral, tendo grande poder de
isolamento e dissipação térmica. Conhecidos como reatores
“pesados”, são divididos em duas categorias por princípio de
funcionamento:

 Partida Convencional: Precisam de um starter para o


acendimento da lâmpada. Indicados para locais úmidos,
de baixa temperatura ou sem condições de aterramento.

 Partida rápida: Não há necessidade de starter e a


lâmpada acende rapidamente (desde que associado ao
uso de uma luminária de chapa metálica devidamente
aterrada). Neste tipo, os filamentos são aquecidos
constantemente pelo reator, o que facilita o acendimento
da lâmpada em curto espaço de tempo. Indicados para
ambientes agressivos como, por exemplo, em locais onde
se faz galvanoplastia.
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Há divergências quanto ao futuro dos reatores
eletromagnéticos. Alguns fabricantes acreditam que acabarão sendo
definitivamente substituídos, pois a tecnologia dos reatores eletrônicos
está em plena evolução e conquista cada vez mais espaço. Há
fabricantes, entretanto, que afirmam que há, sim, o que evoluir ainda
na tecnologia eletromagnética, mas reatores deste tipo ainda serão
largamente consumidos por um bom tempo. Defendem que,
analisando-se, por exemplo, reatores HID, a família dos eletrônicos
está limitada industrialmente à potência de 150w e restringe-se, na
maioria dos casos, à iluminação interna. O “serviço pesado” fica por
conta dos eletromagnéticos que, além de atenderem a todas as
potências (até 3500w), são extremamente resistentes tanto à
intempéries atmosféricas quanto à oscilações da rede elétrica, com
vida média superior a 20 anos. Esta é uma das razões pelas quais em
lâmpadas de descarga a alta pressão – como as de vapor de mercúrio,
vapor de sódio ou multivapores metálicos, entre outras – de potências
superiores a 150w, são normalmente utilizados reatores do tipo
eletromagnético. Algumas lâmpadas necessitam de um ignitor, que
tem a função semelhante ao starter nas fluorescentes. Todos os
ignitores são eletrônicos. Os ignitores fornecem um pico de tensão
para o acendimento da lâmpada. Para que as do tipo descarga de alta
pressão acendam corretamente, deverá ser obedecida uma distância
máxima entre reator e lâmpada, caso contrário, pode ocorrer queda de
tensão. Essa distância varia de acordo com o tipo de lâmpada.
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Figure 5: Reator Eletromagnético.

3.1.1 Starter
Trata-se de um interruptor automático de descarga, que
consiste em uma amola com gás néon, em um elemento bimetálico. O
conjunto é encerrado num invólucro de alumínio ou plástico e
apresenta dois terminais na parte inferior para as conexões em
receptáculo ou suporte próprio.

NOTA:
NOTA O starter é usado somente em circuitos convencionais.
Deve-se usar o modelo adequado para cada potência de lâmpada.

3.2 Eletrônicos

Os reatores eletrônicos são aqueles constituídos por


componentes eletrônicos (capacitores, indutores, resistores, circuitos
integrados e outros). Operam em alta frequência (de 20KHz a 50KHz),
proporcionando economia de energia, pois os reatores eletrônicos têm
menores perdas elétricas, comparados com os reatores
eletromagnéticos. Surgidos comercialmente em meados dos anos 80,
são o que há de mais moderno em termos de reatores para lâmpadas
de descarga. No Brasil, a empresa Begli iniciou o desenvolvimento de
reatores eletrônicos nacionais para lâmpadas fluorescentes, de forma
pioneira, em 1985. Conhecidos como reatores “leves”, os eletrônicos
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apresentam inúmeras vantagens em relação aos eletromagnéticos,
entre as quais:

 São mais compactos;

 Mais leves;

 Consomem menos energia;

 Aumentam a vida útil das lâmpadas;

 Eliminam efeitos estroboscópicos;

 São mais eficazes;

 Apresentam versões diferenciada de acendimento;

 Proporcionam uma luz com cor mais estável;

 Melhor manutenção lumínica.

Figure 6: Reator Eletrônico

Quanto ao acendimento da lâmpada, podem ser de:

 Partida rápida ou programada: o acendimento controla


eletronicamente o sistema de preaquecimento dos
filamentos da lâmpada. O reator gera uma pequena
tensão em cada filamento e, em seguida, uma tensão de
circuito aberto entre os extremos da lâmpada. O tempo
entre a energização do reator e o acendimento das
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lâmpadas fluorescentes ocorre em torno de 1 a 2,5
segundos.

 Partida instantânea: neste sistema não há o pré-


aquecimento dos filamentos. O reator gera diretamente a
tensão de circuito aberto para o acendimento instantâneo
das lâmpadas fluorescentes. Independente do tipo de
partida, o reator deve assegurar as características
necessárias para o correto funcionamento da lâmpada,
sem comprometer sua vida útil ou mediana.

Suas principais características são:

 Alto fator de potência (os de qualidade superior)

 Alta freqüência (elimina o efeito estroboscópico e o de


cintilação)

 Baixa carga térmica, que resulta em economia de energia

 Aumento de vida útil da lâmpada em 50% (os de alta


performance)

 Economia de energia em torno de 50%

 Possibilidade de dimerização e utilização de sistemas


inteligentes, com redução no consumo de energia de até
70% na comparação com os eletromagnéticos

Tais características dependem, entretanto, da qualidade de


projeto e fabricação do produto. O fato de o reator ser eletrônico, não
significa, necessariamente, que corresponderá a todas as vantagens
que se espera de um modelo desta tecnologia. Por serem
equipamentos eletrônicos de alta freqüência, podem causar
interferências que vão desde ruídos no rádio ou estremecimento de
imagem da TV, até o colapso de sistemas de computadores, de
comunicação, segurança, monitores hospitalares, entre inúmeros
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outros, caso não possuam filtros contra estas interferências. Quando
se deseja um sistema elétrico de qualidade, como instalações em
bancos, lojas, indústrias, hospitais, escritórios e grandes obras,
convém optar por reatores de alta performance.

4 Instalações elétricas

5 Aterramento

O termo aterramento se refere à terra propriamente dita ou a


uma grande massa que se utiliza em seu lugar. Quando falamos que
algo está "aterrado", queremos dizer então que, pelo menos, um de
seus elementos está propositalmente ligado à terra.

Em geral, os sistemas elétricos não precisam estar ligados à


terra para funcionarem e, de fato, nem todos os sistemas elétricos são
aterrados. Mas, nos sistemas elétricos, quando designamos as tensões,
geralmente, elas são referidas à terra. Dessa forma, a terra representa
um ponto de referência (ou um ponto de potencial zero) ao qual todas
as outras tensões são referidas. De fato, como um equipamento
computadorizado se comunica com outros equipamentos, uma tensão
de referência "zero" é crítica para a sua operação apropriada.

A terra, portanto, é uma boa escolha como ponto de referência


zero, uma vez que ela nos circunda em todos os lugares. Quando
alguém está de pé em contato com a terra, seu corpo está
aproximadamente no potencial da terra. Se a estrutura metálica de
uma edificação está aterrada, então todos os seus componentes
metálicos estão aproximadamente no potencial de terra.

5.1 Objetivos do aterramento

Aterrar o sistema, ou seja, ligar intencionalmente um condutor


fase ou, o que é mais comum, o neutro à terra, tem por objetivo
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controlar a tensão em relação à terra dentro de limites previsíveis.
Esse aterramento também fornece um caminho para a circulação de
corrente que irá permitir a deteção de uma ligação indesejada entre
os condutores vivos e a terra. Isso provocará a operação de
dispositivos automáticos que removerão a tensão nesses através de
condutores de equipotencialidade os mais curtos e retos possível
condutores.

O controle dessas tensões em relação à terra limita o esforço de


tensão na isolação dos condutores, diminui as interferências
eletromagnéticas e permite a redução dos perigos de choque para as
pessoas que poderiam entrar em contato com os condutores vivos.
ligar todos os condutores de equipotencialidade da instalação ao TAP
do modo mais curto e reto possível.

5.2 Porque dar preferência para sistemas aterrados

O primeiro objetivo do aterramento dos sistemas elétricos é


proteger as pessoas e o patrimônio contra uma falta (curto-circuito) na
instalação. Em termos simples, se uma das três fases de um sistema
não aterrado entrar em contato com a terra, intencionalmente ou não,
nada acontece. Nenhum disjuntor desliga o circuito, nenhum
equipamento pára de funcionar. Os sistemas não aterrados foram
muito populares nas instalações industriais na primeira metade do
século 20, precisamente porque as cargas acionadas por motores, que
eram muito comuns na época, não parariam simplesmente por causa
de um curto-circuito fase-terra. No entanto, uma consequência desse
tipo de sistema é que é possível energizar a carcaça metálica de um
equipamento com um potencial mais elevado do que o da terra,
colocando as pessoas que tocarem o equipamento e um componente
aterrado da estrutura simultaneamente, em condições de choque.
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O segundo objetivo de um sistema de aterramento é oferecer
um caminho seguro, controlado e de baixa impedância em direção à
terra para as correntes induzidas por descargas atmosféricas

O aterramento elétrico tem três funções principais:

1. Proteger o usuário do equipamento das descargas


atmosféricas, através da viabilização de um caminho
alternativo para a terra, de descargas atmosféricas.

2. “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças


das máquinas ou equipamentos para a terra.

3. Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (


fusíveis, disjuntores, etc. ), através da corrente desviada
para a terra

5.3 Definições : Terra, Neutro, e Massa

Antes de falarmos sobre os tipos de aterramento, devemos


esclarecer (de uma vez por todas !) o que é terra, neutro, e massa. Na
figura 1 temos um exemplo da ligação de um PC à rede elétrica, que
possui duas fases (+110 VCA, - 110 VCA), e um neutro. Essa
alimentação é fornecida pela concessionária de energia elétrica, que
somente liga a caixa de entrada ao poste externo se houver uma haste
de aterramento padrão dentro do ambiente do usuário. Além disso, a
concessionária também exige dois disjuntores de proteção.
Teoricamente, o terminal neutro da concessionária deve ter potencial
igual a zero volt. Porém, devido ao desbalanceamento nas fases do
transformador de distribuição, é comum esse terminal tender a
assumir potenciais diferentes de zero. O desbalanceamento de fases
ocorre quando temos consumidores com necessidades de potências
muito distintas, ligadas em um mesmo link. Por exemplo, um
transformador alimenta, em um setor seu, uma residência comum, e
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no outro setor, um pequeno supermercado. Essa diferença de
demanda, em um mesmo link, pode fazer com que o neutro varie seu
potencial (flutue).

Para evitar que esse potencial “flutue”, ligamos (logo na


entrada) o fio neutro a uma haste de terra. Sendo assim, qualquer
potencial que tender a aparecer será escoado para a terra.

Ainda analisando a figura abaixo , vemos que o PC está ligado


em 110 VCA, pois utiliza uma fase e o neutro.
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Mas, ao mesmo tempo, ligamos sua carcaça através de outro
condutor na mesma haste, e damos o nome desse condutor de “terra”.
Pergunta “fatídica”: Se o neutro e o terra estão conectados ao mesmo
ponto (haste de aterramento), porque um é chamado de terra e o
outro de neutro? Aqui vai a primeira definição : o neutro é um
“condutor” fornecido pela concessionária de energia elétrica, pelo qual
há o “retorno” da corrente elétrica. O terra é um condutor construído
através de uma haste metálica e que , em situações normais, não deve
possuir corrente elétrica circulante. Resumindo: A grande diferença
entre terra e neutro é que, pelo neutro há corrente circulando, e pelo
terra, não. Quando houver alguma corrente circulando pelo terra,
normalmente ela deverá ser transitória, isto é, desviar uma descarga
atmosférica para a terra, por exemplo. O fio terra, por norma, vem
identificado pelas letras PE, e deve ser de cor verde e amarela. Notem
ainda que ele está ligado à carcaça do PC. A carcaça do PC, ou de
qualquer outro equipamento é o que chamamos de “massa”.

6 Circuito elétrico

É o conjunto de equipamentos e condutores, ligados ao mesmo


dispositivo de proteção. É constituído, basicamente dos seguintes
elementos: fonte, condutores, proteção, dispositivos de comando
(interruptores) e carga.

Em uma instalação elétrica, existem dois tipos de circuito: O de


distribuição (que atende a várias cargas) e os circuitos terminais (que
atendem a uma carga específica ponto de utilização).

De fato, é desejável manter o aterramento do sinal de


referência (terra) isolado do aterramento do sistema elétrico de
distribuição (neutro), mas devido à dificuldade em se manter um
sistema de aterramento de sinal com qualidade e imune aos efeitos do
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aterramento principal, a NBR 5410 estabelece que os mesmos devem
estar conectados em um ponto específico

Na figura abaixo vemos os detalhes de uma entrada de energia,


desde a conexão do ramal de entrada com O ramal de ligação no poste
auxiliar do consumidor. Consultando a concessionária de energia
elétrica, comenta se que para consumidores residenciais a
equipotencialização do sistema (BEP) será na própria haste de
aterramento, que envolve a rede de entrada de energia juntamente
com o condutor de proteção (PE), que segue para a residência.
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6.1 Equipamento de leitura e uso em instalações
elétricas
elétricas residenciais

6.1.1 Lâmpada Néon


Trata-se de uma lâmpada que tem a característica de acender
quando um dos seus terminais é posto em contato com um elemento
energizado e outro é posto em contato com o “terra”. Normalmente, é
apresentada sob a forma de uma caneta ou chave de parafusos, onde
um dos terminais é a ponta da caneta (ou da chave) e o outro faz o
“terra” através do próprio corpo da pessoa.

Devido a grande resistência interna da lâmpada, a corrente


circulante não é suficiente para produzir a sensação de choque nas
pessoas. Entretanto, seu uso é restrito a circuito de baixa tensão,
como nas instalações elétricas residenciais.

A vantagem deste instrumento é o fato de indicar, de maneira


simples, a presença de tensão no local pesquisado: a lâmpada acende
quando a ponta do aparelho encosta no fio Fase energizado. Quando
se encosta no fio Neutro, não acende.

Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com


os mesmos princípios de funcionamento, que possibilitam identificar
também, além do fio Fase e o fio Neutro, o valor aproximado da
tensão, se é 127 V, 220 V ou 380 Volts.

IMPORTANTE:
IMPORTANTE Não se deve usar uma lâmpada de
néon individualmente (sem o invólucro), pois ela poderá
estourar, causando algum acidente.
Eletricidade - 2ºMod 22
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6.1.2 Teste com uma Lâmpada


A identificação dos fios: Fase (energizado) e o Neutro, de uma
instalação elétrica interna, pode ser feita com uma lâmpada
incandescente de 220
Volts, colocada em um
receptáculo com 2 fios
terminais. Um dos seus
terminais é posto em
contato com um dos
fios que se deseja
testar e o outro
terminal é posto em
contato com um
condutor devidamente aterrado (uma haste de terra cravada no chão).
Se a lâmpada acender, significa que o fio que se deseja identificar é o
fio Fase. Caso contrário, se a lâmpada permanecer apagada, significa
que o fio utilizado é o Neutro.

ATENÇÃO a lâmpada incandescente a ser utilizada, tem que ser


ATENÇÃO:
fabricada para a tensão de 220 Volts, pois pode ser que os dois fios
que deseja identificar, sejam Fase-Fase (220 Volts) ou que o
transformador que alimenta a instalação elétrica seja de 220Volts
entre Fase e Neutro. Daí, se a lâmpada for de 127 Volts, ela poderá
estourar no teste, provocando um acidente com a pessoa. É
recomendável que a lâmpada esteja protegida com um anteparo e
poderá ser de uma potência baixa, por exemplo: 15 ou 25 Watts.
Eletricidade - 2ºMod 23
Professor Luiz Fernando L Campos
6.1.3 Lâmpada em “Série”
A Lâmpada em “Série” possibilita verificar a continuidade de
um circuito ou equipamento elétrico.

A lâmpada utilizada deve ser de baixa potência (15 Watts) a fim


de limitar os valores da corrente, evitando danos ao equipamento sob
teste.

A lâmpada é colocada em série, com o equipamento a ser


testado. Ao ligar o aparelho, se a lâmpada acender, significa que o
aparelho está com “continuidade” (poderá não estar “queimado”) no
circuito elétrico.

7 Dispositivos
Dispositivos elétricos

É um equipamento integrante de um circuito elétrico, cujo


objetivo é desempenhar uma ou mais funções de manobra, proteção
ou controle. É importante observar que um dispositivo elétrico pode,
por sua vez, ser parte integrante de uma unidade maior. Normalmente,
o termo é utilizado para designar um componente que consome um
mínimo de energia elétrica no exercício de sua função (geralmente
comando, manobra ou proteção), correspondendo ao termo device,
como é definido na norma norte-americana NEC - National Electrical
Code.

As principais funções exercidas pelos dispositivos elétricos


(device) são:

 Manobra: mudança na configuração elétrica de um circuito,


feita manual ou automaticamente;

 Comando: ação destinada a efetuar a manobra, que pode ser


de desligamento, ligação ou variação da alimentação de
energia elétrica de toda ou parte de uma instalação, sob
condições de funcionamento normal;
Eletricidade - 2ºMod 24
Professor Luiz Fernando L Campos
 Proteção: ação automática provocada por dispositivos
sensíveis a determinadas condições anormais que ocorrem
em um circuito, a fim de evitar danos às pessoas e aos
animais e evitar ou limitar danos a um sistema ou
equipamento elétrico;

Controle: ação de estabelecer o funcionamento de


equipamentos elétricos sob determinadas condições de operação.

8 Padrões de condutores

8.1 CLASSES DE TENSÃO

Serão consideradas nesta Norma as seguintes classes de


tensão:

Extra Baixa Tensão (EBT): Tensão não superior a 50 Volts em


corrente alternada ou 120 Volts em corrente continua, entre fases ou
entre fase e terra;

Baixa Tensão (BT): Tensão superior a 50 Volts em corrente


alternada ou 120 Volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000
Volts em corrente alternada ou 1500 Volts em corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra;

Alta Tensão (AT): Tensão superior a 1000 Volts em corrente


alternada ou 1500 Volts em corrente contínua, entre fases ou entre
fase e terra.

8.2 Baixa Tensão: Fios e Cabos

8.2.1 Bitolas até 16 mm²


 Condutor de Fase

Fase R – cor Preta


Eletricidade - 2ºMod 25
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Fase S – cor Branca

Fase T – cor Vermelha

 Condutor de Neutro

Azul – Claro

(Nota: O fio veia com isolação azul-claro de um cabo multipolar


pode ser usada para outras funções, que não a de condutor neutro, se
ocircuito não possuir condutor neutro ou se o cabo possuir um
condutor periférico utilizado como neutro).

 Condutor de Proteção (PE)

Dupla coloração Verde – Amarela ou cor Verde

(Nota: Estas cores devem ser utilizadas exclusivamente na


função de proteção)

 Condutor PEN

Azul-Claro, com marcação em Verde-Amarelo;

 Condutores de Retorno

NOTA: Para instalações elétricas prediais, deverá ser utilizado


no comando de iluminação (retorno), cabo na cor AMARELA, entre
interruptor(es), paralelo(s) ou intermediário(s), ou entre interruptor(es)
e a(s) lâmpada(s).

Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo


multipolar utilizado como Condutor de Comando deve ser identificado
de acordo com esta função. Em caso de identificação por cor, poderá
ser utilizada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas
nesta norma.

Nota: Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de


isolação exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com
Eletricidade - 2ºMod 26
Professor Luiz Fernando L Campos
a dupla coloração Verde-Amarela, cores exclusivas do condutor de
proteção.

9 Carga instalada

9.1 Previsão de cargas conforme NBR 5410/2004

A norma NBR 5410/2004 estabelece as condições mínimas que


devem ser tomadas com relação à determinação das potencias , bem
como as quantidades aplicáveis a locais utilizados com habitação, fixa
ou temporária, compreendendo as unidades residenciais como um
todo e, no caso de hotéis, motéis, flats, apart-hoteis, casas de
repousos, condomínios, alojamentos e similares, as acomodações
destinadas aos hospedes , aos internos e a servir de moradia a
trabalhadores do estabelecimento.

9.2 iluminação ,

Métodos para o Cálculo de iluminação

Os principais requisitos para o cálculo da iluminação estão


relacionados com a quantidade e qualidade da Iluminação de uma
determinada área, seja de trabalho, lazer ou simples circulação.

Existem vários métodos para o cálculo da iluminação. São os


seguintes:

1. Pela carga mínima exigida pela norma NBR 5410:2004;

2. Pelo método dos lumens;

3. Pelo método das cavidades zonais;

4. Pelo método do ponto por ponto;


Eletricidade - 2ºMod 27
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5. Pelos métodos dos fabricantes: PHILIPS, GE, LUMICENTER,
etc;

A NBR 5410/2010 estabelece a quantidade mínima de pontos


de luz que devem atender às seguintes condições:

 Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto


pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por
interruptor;

 Arandelas de banheiros: a norma não faz nenhuma


referência a respeito das arandelas de banheiros. No
entanto, por critérios prátcios, recomenda-se a sua
utilização, mantendo uma distância mínima de
0,60m(60cm) do limite do boxe.

As potências mínimas de iluminação devem atender como


alternativa à aplicação da NBR 5413, podendo ser adotado o seguinte
critério:

a) Em cômodos ou dependências com área igual ou


inferior a 6m².

a.Deve ser prevista uma carga mínima de


100VA.

b) Em cômodos ou dependências com área superior a


6m².

a.Deve ser prevista uma carga mínima de


100VA para os primeiros 6m², acrescida de
60VA para cada aumento de 4m² internos.

c) Em áreas externas a NBR 5410/2010 não estabelece


critérios para iluminação, ficando a decisão por conta do
projetista e do cliente.
Eletricidade - 2ºMod 28
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9.3 Tomadas

9.3.1 Quantidade mínima de tomadas com condições de


Uso Geral (TUG’s)
O número de pontos de tomada deve ser determinado em
função da destinaçãodo local e dos equipamentos elétricos que podem
ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios.

Deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada,


próximo ao lavatório. Admitem-se tomadas de
corrente, no volume de 3 (área a partir de 60cm do
limite do boxe ou da banheira), desde que elas sejam:

Alimentadas individualmente por transformador de


separação de acordo com NBR 5410/2004 5.1.2.4; ou
Em banheiros amentadas em SELV (“separate extra-low voltage”),
uso de extrabaixa tensão, conforme 5.1.2.5 da norma;
ou protegidas por dispositivo DR com corrente
diferencial residual nominal não superior a 30mA.

Nenhum interruptor ou tomada de corrente deve ser


instalado a menos de 0,60m da abertura de uma
cabine de banho pré-fabricada (9.1.4.3.3)

Em cozinhas, Deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada


copas, copas- para cada 3,5m, ou fração, de perímetro, sendo que
cozinha, áreas acima da bancada da pia devem ser previstas no
de serviço, mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto
lavanderias e ou em pontos distintos (separados).
locais
analógos
(distintos,
porém
Eletricidade - 2ºMod 29
Professor Luiz Fernando L Campos
semelhantes).

Deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada.

Nota: Admiti-se que o ponto de tomada não seja


instalado na própria varanda, mas próximo ao seu
Em varandas
acesso, quando a ser usado para alimentação demais
de um equipamento tão uniformemente quanto
prossível.

Deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada


para cada 5m, ou fração, de perímetro, devendo esses
pontos ser espaçados tão uniformemente quanto
possível.

Nota: Particularmente no caso de salas de estar, deve-


Em salas e
se atentar para a possibilidade de que um ponto de
dormitórios.
tomada venha a ser usado para a alimentação de
mais de um equipamento (por ex. televesor,
vídeocassete, DVD, aparelho de TV a cabo, etc), sendo
recomendável equipa-lo com a quantidade de
tomadas julgada adequada (Norma, 4.2.1.2.3 “e”)

Em cada um Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou


dos demais dependência for igual ou inferior a 2,25m² e igual ou
cômodos e inferior a 6m².
dependências Um ponto de tomada para cada 5m, ou fração, de
de habitação
perímetro, se a área do cômodo ou dependência for
devem ser
superior a 6m², devendo esses pontos ser espaçados
previstos pelo tão uniformemente quanto possível.
menos.

NOTA: Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de


equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas,
Eletricidade - 2ºMod 30
Professor Luiz Fernando L Campos
barriletes (pequenos barris) e locais análogos (distintos, porém
semelhantes), deve ser previsto no mínimo um ponto de Tomada de
uso Geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída uma
potência de no mínimo 1.000VA.

9.3.2 Potências atribuíveis aos pontos de tomada do


itém anterior.
A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos
equipamentos que ele pode vir a alimentar e não deve ser inferior aos
seguintes valores mínimos:

Em banheiros, Atribuir no mínimo 600VA por ponto de tomada, até


três, e 100VA por ponto para as excedentes,
em cozinhas,
considerando-se cada um desses ambientes
copas, copas-
cozinha, áreas separadamente. Quando o total de tomadas no
conjunto desses ambientes for superior a seis pontos,
de serviço,
admite-se que o critério de atribuição de potências
lavanderias e
locais seja de no mínimo 600VA por ponto de tomada, até
dois pontos, e 100VA por ponto para os excedentes,
análogos
sempre considerando cada um dos ambientes
(distintos,
porém separadamente.

semelhantes)
proximos.

Nos demais Atribuir no mínimo 100VA por ponto de tomada.


cômodos ou
dependências.

NOTA: Para aquecedor elétrico de água a Norma diz que: “a conexão


do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser direta,
sem uso de tomada de corrente”,
corrente” conforme mostra figura abaixo.
Eletricidade - 2ºMod 31
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Para 220V

Ou

Para 110V
Eletricidade - 2ºMod 32
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9.3.3 Condições especificas para tomadas (TUE’s)


A quantidade de TUE’S é estabelecida de acordo com o número
de aparelhos de utilização, com corrente nominal superior a 10A.

Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado


ou à soma das potências nominais dos esquipamentos a serem
alimentados (por exemplo: sistema de ar condicionado,
hidromassagem, etc). Quando valores precisos não forem conhecidos,
a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois
critérios a seguir:

 Potência ou soma das potências dos equipamentos mais


potentes que o ponto pode vir a alimentar; ou potência
calculada com base na corrente de projeto e na tensão do
circuito respectivo.

 Os pontos de TUE’S devem ser localizados no máximo a 1,5m


do ponto previsto para a localização do equipamento a ser
alimentado.
Eletricidade - 2ºMod 33
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As tomadas de Uso Específico (TUE’S) são aquelas destinadas à
ligação de equipamentos fixos ou estacionários, como, por exemplo:
Chuveiro elétrico, torneira elétrica, lavadora de louças, lavadora de
roupas e etc.

Podemos concluir então que a carga de iluminação é


determinada em função da área do cômodo da residência, e a carga de
tomadas é determinada primeiramente pela quantidade e em função
da área do cômodo, valor do perímetro, valor da área e do perímetro.

9.3.4 Potências típícas de alguns aparelhos


eletromésticos
Eletricidade - 2ºMod 34
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10 Conexões e emendas

10.1 Introdução

Nas instalações elétricas em geral, as emendas ou conexões


são, na maioria da vezes, inevitáveis. A sua execução pode trazer
tanto problemas elétricos como mecânicos, por isso, sempre que
possível, devemos evitá-las.

Outro agravante na execução das emendas é a perda em torno


de 20% da força de tração e de 20% da capacidade de condução de
corrente elétrica.

Por isso, para eliminar os problemas com as emendas ou


conexões é necessário executá-las obedecendo a certos critérios, que
permitem a passagem da corrente elétrica sem perdas de energia
(perdas por efeito joule) e evitando também, problemas inerentes à
elevada densidade de corrente.
Eletricidade - 2ºMod 35
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10.2 Emendas de condutores em prolongamento

Essa operação consiste em unir condutores, para prolongar


linhas. Siga os seguintes passos:

Remova o isolante, aproximadamente 50 vezes o diâmetro (d)


do condutor, utilizando um alicate universal ou mesmo um alicate
especial para retirar a camada isolante do condutor;

Cruze as pontas, formando um ângulo de 90° a 120°,


aproximadamente.

10.3 Emenda
Emenda de condutores dentro de caixas de
derivação ou passagem (condutores rígidos)

É importante lembra que existe um limite para esse tipo de


emenda de no Maximo 4 condutores. As figuras a seguir demonstram
esse tipo de emenda, respeitando sempre a emenda inicial de 2
condutores e respectivamente 1 + 1 condutores separadamente.

Devemos descascar o fio aproximadamente 30(d) para este tipo


de emenda. Dependendo do diâmetro do condutor é importante utilizar
dois alicates.
Eletricidade - 2ºMod 36
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10.4 Emenda entre condutor rígido
rígido e flexível

É possível encontrarmos tipos de fios diferenciados em


instalações elétricas. Sendo recomendado utilizar um tipo de condutor
nas mesmas. Mas sendo inevitável devemos proceder da seguinte
maneira, o condutor regido tendo um cumprimento maior para contato
do que o condutor flexível.

Envolva o fio rígido com o flexível, posteriormente envolva o


flexível com o rígido.

10.5 Emenda entre condutores flexíveis

De acordo com item 14.2.

10.6 Emendas de condutores em derivação

Este tipo de emenda tem como objetivo unir o extremo de um


condutor (RAMAL) numa região intermediária (REDE), para retirar uma
alimentação elétrica.
Eletricidade - 2ºMod 37
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10.7 Olhal

Hoje em dia a maioria dos interruptores e tomadas não utilizam


essa forma de conexão, são diferenciadas pelo fato de encaixar o
conector em um orificio que será travado por um parafuso. Mas ainda
podemos encontrar tomadas que necessitem de se fazer um olhal.
Como veremos a seguir.
Eletricidade - 2ºMod 38
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11 Recomendações sobre
conexões

1. Remover a isolação do condutor, de tal forma que seja o


suficiente para que, no ato de emendá-los, não ocorra falta
nem sobra.

2. Após remover a isolação, o condutor de cobre deve estar


completamente limpo, isto é, isento de pó, partículas de
massa de reboco, tintas, substancias oleosas, etc.

3. As emendas ou conexões devem ser realizadas de modo


que a pressão de contanto independa do material isolante,
ou seja, devem ser bem apertadas, proporcionando ótima
resistência mecânica e excelente contato elétrico.

4. As emendas ou conexões devem ser soldadas. Essa


medida proporciona:

a. Aumento da resistência mecânica da emenda;


Eletricidade - 2ºMod 39
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b. Aumento da área de condutibilidade elétrica;

c. Evita a oxidação;

5. Toda emenda deve, obrigatoriamente, ser isolada.

6. As conexões de condutores entre si e com equipamentos


não devem ser submetidas a nenhum esforço de tração ou
de torção, exceto em casos de linhas áreas e
equipamentos móveis.

7. As conexões, quando necessárias, devem sempre ser


realizadas no interior de caixas, quadros, etc. e nunca no
interior de condutos fechados, cuja finalidade é garantir a
necessária acessibilidade e proteção mecânica.

8. A conexão em condutores de alumínio somente é admitida


por meio de conectores ou solda adequada.

11.1 Conexões Bimetálicas (NBR 5410:2004 item


6.2.8.15)

São destinadas a proporcionar a continuidade elétrica entre


condutores de materiais diferentes.

Muitas vezes torna-se necessária a interligação (conexão) de


condutores de cobre com condutores de alumínio. Esses metais
conectados, em contato com o ar ou submetidos a variações de
temperatura e umidade, causam um ddp (diferença de potencial) entre
elas, dando origem à corrosão galvânica.
Eletricidade - 2ºMod 40
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A corrosão galvânica pode ser evitada com a adoção das


seguintes regras básica:

 A parte de cobre a ser conectada ao alumínio deve ser


estanhada;

 Entre os metais, deve ser usado um inibidor metálico,


cuja função é impedir a formação da película de óxido que
é formada no alumínio. Geralmente é usado o bronze
estanhado como inibidor, conforme figura acima.

 Deve ser evitada a penetração de umidade no contato


entre o cobre e o alumínio. A umidade na conexão
bimetálica comporta-se como uma pilha, ou seja, existe
um ânodo (alumínio), um cátodo (cobre) e um eletrólito
(água);

 A conexão entre esses metais deve ser de tal forma que a


massa do alumínio seja maior do que a massa do cobre.
Eletricidade - 2ºMod 41
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12 Soldagem da emenda

12.1 Cachimbo

A soldagem deve ser feita nas emendas (prolongamento,


derivação ou junção). Ela deve ser feita logo após a emenda, nas
caixas de passagem ou derivação, o processo de soldagem é feito por
um cachimbo, normalmente feito na obra, conforme mostra figura
acima. Para as prolongações e junção podemos utilizar um ferro de
solda mais apropriado.
Eletricidade - 2ºMod 42
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13 Isolamento

Os materiais isolantes podem ser classificados em:

 Fita isolante, de borracha (autofusão) ou plástica;

 Isolante termocontrátil;

 Isolante líquido;

13.1 Fita
Fita isolante de borracha (autofusão)

É uma tira elástica fabricada com diversos compostos de


borracha e não possui adesivos. Possui como característica a
“AUTOFUSÃO”, isto é ela se funde quando sobreposta, formando uma
massa lisa e uniforme. Usada para reposição de camada isolante de
cabos elétricos em emendas e terminações de até 69kV.

13.2 Fita isolante plástica

É uma tira de material plástico, possui em um dos lados uma


substância adesiva à base de borracha sensível à pressão. É fabricada
em diversas cores, mais o mais comum é preta. Aplicações para
recomposição da camada isolante ou cobertura de cabos elétricos em
emendas e acabamentos nas instalações em geral, sendo a P44 para
750V e a P42 para 600V.

13.3 Isolante termocontrátil

São tubos flexíveis de poliolefina para uso continuo em


temperaturas até 125°C. Esse isolante de material termocontrátil pode
ser instalado com facilidade e rapidez, bastando utilizar aplicadores
automáticos ou dispositivos de aquecimento normais (soprador
térmico, maçarico, etc).
Eletricidade - 2ºMod 43
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Indicado para temperturas de 30°C a 124°C. Sendo mais
utilizado para aplicações acima de 115°C. Eles contraem até 50% do
diâmetro nominal.

13.4 Isolante líquido

É uma substância isolante de fácil utilização. Basta aplicá-la


com auxílio de um pincel nas emendas ou conexões. Sendo aplicado
com 1mm de espessura permite um isolamento de até 10kV.

13.5 Processo de isolamento utilizando Fita


plástica.

1. Prenda a ponta da fita isolante à isolação do condutor;

2. Inicie a primeira camada enrolando a fita isolante a


emenda, de modo que cada volta cubra metade da volta
anterior, conforme abaixo.

3. Sem cortar a fita, retorne até completar a segunda


camada;

4. Aspecto final da isolação com a fita mostrado abaixo;


Eletricidade - 2ºMod 44
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13.6 Simbologia

13.6.1 Quadros de destribuição

13.6.2 Interruptores
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13.6.3 Luminárias, refletores
refletores e lâmpadas
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13.6.4 Tomadas
Eletricidade - 2ºMod 50
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14 Esquemas elétricos

14.1 Esquema de ligação para Baixa Tensão

Os projetos elétricos em baixa tensão devem ser utilizados,


conforme esquemas de ligação, onde as ligações são desenvolvidas
através de símbolos. Os esquemas utilizados em instalações elétricas
de baixa tensão são dos esquemas funcional, multifilares e unifilares.

Para apresentação destes esquemas utilizaremos um interruptor uma


lampada.

14.2 Esquema funcional

Apresenta todo o sistema elétrico e permite interpreter, com


clareza e rapidez, o funcionamento ou sequencia functional dos
circuito.

Figure 7: Esquema funcional


Eletricidade - 2ºMod 51
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14.3 Esquema Multifilar

Representa do o sistema elétricos, com todos os seus


condutores e detalhes onde cada traço representa um cabo e a
simbologia utilizada fica restrita aos aparelhos de utilização. Para um
melhor entendimento vamos tomar como exemplo o circuito de uma
lâmpada acionada por um interruptor:

Figure 8: Esquema Multifilar

Figura 1: Ligação de uma lâmpada com um interruptor simples


Eletricidade - 2ºMod 52
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14.4 Unifilar

Baseado neste circuito apresentado no item acima podemos


desenhar o diagrama unifilar do circuito representado acima, onde os
traços de fase (R1) e neutro(N1) são oriundos de um quadro de luz.
Sempre deve-se interromper a fase do circuito através do interruptor.

Figura 2: Diagrama Unifilar do esquema apresentado


Eletricidade - 2ºMod 53
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15 Instalação elétrica de uma tomada

 Diagrama Multifilar

VISTA POR TRÁS


VISTA DE FRENTE

 Diagrama Unifilar
Eletricidade - 2ºMod 54
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NOTA:
NOTA OBSERVE DE FORMA CORRETA A SEQUÊNCIA ABAIXO:
Eletricidade - 2ºMod 55
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16 Acionamento de duas lâmpadas com Interruptor de


duas seções

 Diagrama Multifilar

 Diagrama Unifilar
Eletricidade - 2ºMod 56
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PLANTA BAIXA
Eletricidade - 2ºMod 57
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17 Acionamento de duas lâmpadas com Interruptor de


três seções
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Eletricidade - 2ºMod 59
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PLANTA BAIXA

18 Ligação
Ligação De Lâmpada Fluorescente

Como vimos, em período passado, encontramos reatores para


uma lâmpada, ou reatores para duas lâmpadas fluorescente, desta
forma, em uma luminária para duas lâmpadas você pode fazer a opção
por um ou dois reatores.

No reator, vêm gravadas todas as informações necessárias para


a instalação, tais como: tensão, corrente, número de lâmpadas,
potência e esquema de ligação.

É importante observar em qual dos fios vão ser ligados o neutro


e a fase, pois cada um tem a sua posição definida. Para a segurança e
bom funcionamento das lâmpadas, é necessário que se aterre a
carcaça do reator juntamente com a luminária.
Eletricidade - 2ºMod 60
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Eletricidade - 2ºMod 61
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Para um reator de 2 lâmpadas segue-se a mesma linha de pensamento


para a instalação de reator. Primeiramente observam-se a forma de
montagem e a ligação do reator conforme abaixo.

18.1

18.2

18.3
Eletricidade - 2ºMod 62
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18.4 Interruptores paralelos (Three-


(Three-Way)

Este tipo de interruptor é utilizado quando se deseja acionar


uma lâmpada ou um conjunto de lâmpadas através de dois pontos
distintos, evitando assim que o usuário tenha que retornar ao um
determinado ponto para desligar a lâmpada, o interruptor paralelo é
usado nos seguintes locais:

 Escadarias: A melhor solução é instalar um interruptor no


inicio da escada e outro no final daescada;

 Corredores: Podem ser instalados no inicio e no final do


corredor;

 Quartos: Instala-se um interruptor próximo à porta do


quarto e outro na cabeceira da cama. O interruptor
paralelo também pode ser chamado de three way, pois o
interruptor possui três terminais, onde o terminal central
é denominado terminal comum sendo este ligado na fase
Eletricidade - 2ºMod 63
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ou retorno para a lâmpada e os demais ligados os
retornos para o próximo interruptor paralelo. No diagrama
abaixo temos o circuito multifilar do interruptor paralelo.

Diagrama multifilar

 Diagrama Unifilar
Eletricidade - 2ºMod 64
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De forma prática temos:

Para dois pontos de luz num mesmo ambiente, e as mesmas


lâmpadas são comandadas por um único par de interruptores. Desta
forma as lâmpadas serão ligadas em paralelo. Conforme abaixo:
Eletricidade - 2ºMod 65
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Também é possível comandar lâmpadas fluorescentes por


interruptores paralelos (three way), como indica abaixo:

18.5 Interruptor Intermediário (Four Way)

O interruptor paralelo é utilizado quando é necessário


comandar uma lâmpada ou um conjunto de lâmpadas de três ou mais
pontos diferentes. Podem ser usados quantos interruptores paralelos
quanto se desejar, entretanto eles devem ser instalados sempre entre
dois interruptores intermediários. O interruptor paralelo também é
conhecido como interruptor four way, possui quatro terminais, onde
são interligados os retornos provenientes dos interruptores paralelos
ou intermediários no caso de instalação de mais de um interruptor
Eletricidade - 2ºMod 66
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intermediário. Na figura abaixo temos o diagrama multifilar de um
interruptor intermediário.
Eletricidade - 2ºMod 67
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ESQUEMA FUNCIONAL
Eletricidade - 2ºMod 68
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Figura 3: Esquema com um interruptor intermediário

Esquema com n pontos para interruptores intermediários:

PLANTA BAIXA COM INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO.


Eletricidade - 2ºMod 69
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Figura 4: Esquema
Esquema com dois interruptores intermediário

O interruptor intermediário funciona da seguinte maneira:


quando na posição I há contato entre o terminal A e o terminal D e o
terminal B com o terminal C mantendo o circuito desligado. Na posição
II há o contato entre o terminal A e C e os terminais B e D fazendo com
que a lâmpada acenda.
Eletricidade - 2ºMod 70
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Qualquer mudança em qualquer um dos interruptores paralelos
irá trocar o estado da lâmpada assim, se o interruptor estiver
desligando o circuito da lâmpada ela poderá ser ligada através de
qualquer um dos interruptores paralelos e vice-versa.

19 Seção mínima dos Condutores

19.1 Fase

As seções dos condutores fase, em circuitos CA, e dos


condutores vivos, em circuitos CC, não devem ser inferiores aos
valores dados abaixo.
Eletricidade - 2ºMod 71
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19.2 Seção do Condutor


Condutor Neutro

O condutor neutro, num sistema elétrico de distribuição


secundária (BT), tem por finalidade o equilíbrio e a proteção desse
sistema elétrico.

A norma NBR 5410/2004 determina:

1. O condutor neutro não pode ser comum a mais de um


circuito

2. O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a


mesma seção do condutor de fase.

3. Com a presença das correntes de terceira harmônica;

a. Circuitos trifásicos com neutro (3F+N), mesmo


equilibrados;
Eletricidade - 2ºMod 72
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i. Quando a taxa de terceira harmônica e seus
múltiplos forem superiores a 15%, o condutor
neutro deve ser igual ao dos condutores de
fase;

ii. Quando a taxa de terceira harmônica e seus


múltiplos forem superiores a 33% pode ser
necessário um condutor neutro com seção
superior à dos condutores de fase;

b. Circuitos com duas fases e neutro (2F+N);

i. Se a taxa de terceira harmônica e seus


múltiplos não forem superiores a 33%, o
condutor neutro deve ser igual ao condutor de
fase;

ii. Se a taxa de terceira harmônica e seus


múltiplos forem superiores a 33%, pode ser
necessário um condutor neutro com seção
superior à dos condutores fase;

NOTAS: 1) Os níveis das correntes harmônicas, citadas no item


anterior em ai e bi, são encontrados em circuitos que alimentam
luminárias com lâmpadas de descarga, incluindo as fluorescentes; 2)
Os níveis de correntes harmônicas, citadas em aii e bii são
encontrados, por exemplo, em circuitos que alimentam computadores
ou outros equipamentos de tecnologia de informação; 3)
Dimensionamento do condutor neutro: os níveis da “terceira
harmônica das correntes de fase e do comportamento imposto à
corrente de neutro pelas condições de desequilíbrio em que o circuito
pode vir a operar, conforme as condições em aii e bii. Deve proceder
conforme anexo F da NBR 5410/2004.
Eletricidade - 2ºMod 73
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20 Dimensionamento do condutor pela capacidade de
corrente
corrente
Eletricidade - 2ºMod 74
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Eletricidade - 2ºMod 75
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20.1 Dimensionamento de carga

Para determinar a carga de uma instalação elétrica residencial,


deve-se somar todas as cargas elétricas previstas para: as tomadas de
uso geral, a potência das lâmpadas e dos demais equipamentos
elétricos.

A Norma vigente da ABNT, a NBR 5410/97 “Instalações Elétricas


de Baixa Tensão” determina que a previsão de cargas em VA (Volt
Ampère) dos equipamentos deverá ser de acordo com as seguintes
prescrições a seguir.

20.1.1 Tomadas de uso geral


Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de
serviço, lavanderias: para as 3 (três) primeiras tomadas, a carga
mínima por tomada a ser considerada, deverá ser de 600 VA. A partir
da quarta tomada (se existir), deverá ser considerada a carga mínima
de 100 VA para cada tomada.

IMPORTANTE: A determinação da carga deverá ser feita,


considerando cada um desses cômodos separadamente;

 Em subsolos, garagens, sótão, varandas: deverá ser prevista


no mínimo uma tomada de 1.000 VA;

 Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por


tomada.

20.1.2 Tomadas de uso especifico


Considerar a carga do equipamento elétrico a ser ligado,
fornecida pelo Fabricante;
Eletricidade - 2ºMod 76
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 Ou então, calcular a carga a partir da tensão nominal, da
corrente nominal e do fator de potência do equipamento
elétrico.

20.1.3 Iluminação
Iluminação
A iluminação adequada deve ser calculada de acordo com a
Norma vigente NBR 5413/92 “Iluminação de Interiores”, da ABNT.
Entretanto a Norma NBR 5410/97 estabelece como alternativa que
para determinar as cargas de iluminação em unidades consumidoras
residenciais, poderão ser adotados os seguintes critérios:

 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6


m2 deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA;

 Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m2 deve


ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6
m2, acrescidas de 60 VA para cada aumento de 4 m2.

IMPORTANTE:
IMPORTANTE Os valores apurados correspondem à potência
destinada a iluminação para o efeito de dimensionamento dos circuitos
elétricos e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.

Exemplo: Qual a carga de iluminação incandescente a ser


instalada numa sala de 3,5 m de largura e 4 m de comprimento?

 A área da sala: 3,5 m x 4 m = 14 m2

 Carga para a Iluminação:

 Para os primeiros 6 m2: 100 VA. Para os outros 8 m2: 60 VA +


60 VA;

 A Carga total será: 100 VA + 60 VA + 60 VA = 220 VA

O quadro a seguir fornece os dados para calcular, de uma


maneira prática, a carga de iluminação incandescente para cômodos,
com área variando de 6 a 30 m2.
Eletricidade - 2ºMod 77
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Quadro 1: Exemplo

20.1.4 Numero
Numero mínimo de tomada por cômodo
Cada cômodo de uma residência deverá ter tantas tomadas,
quantos forem os aparelhos elétricos a serem instalados/ligados dentro
do mesmo. Uma sala de estar, por exemplo, deve ter tomadas de uso
geral para individuais: o televisor, os aparelhos de som, vídeo,
abajures, aspirador de pó, etc.

A Norma vigente, a NBR 5410/97 determina as seguintes


quantidades mínimas de Tomadas de Uso Geral em uma residência:

 1 tomada por cômodo para área igual ou menor do que 6 m2;

 1 tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro, para áreas


maiores que 6 m2;

 1 tomada para cada 3,5 m ou fração de perímetro para copas,


cozinhas, copascozinhas, áreas de serviço, lavanderias, sendo
que acima de cada bancada de 30 cm ou maior, deve ser
prevista pelo menos uma tomada;

 1 tomada em sub-solos, sótãos, garagens e varandas;


Eletricidade - 2ºMod 78
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 1 tomada junto ao lavatório, em banheiros.

NOTA:
NOTA O perímetro de um cômodo, é calculado somando o
comprimento de cada lado deste cômodo. Exemplo: A sala de 3,5 m de
largura e 4 m de comprimento, tem o seguinte perímetro:

2 x 3,5 m + 2 x 4 m = 15 m
Eletricidade - 2ºMod 79
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20.2 Considerações sobre instalações elétricas


residenciais

Em uma instalação elétrica, é possível ter os seguintes tipos de


equipamentos:

 Equipamentos relacionados à fonte de energia


elétrica da instalação, que são os transformadores,
os geradores e as baterias;

 Dispositivos de comando (manobra) e proteção, tais


como chaves, seccionadores, disjuntores, fusíveis e
relés; equipamentos de utilização, que podem ser
classificados em equipamentos não industriais
(aparelhos eletrodomésticos e eletro profissionais),
equipamentos industriais (tornos, compressores,
prensas, fomos) e aparelhos de iluminação.

Quanto à instalação, os equipamentos em geral podem ser


classificados em:

 Fixos: são projetados para serem instalados


permanentemente em um lugar determinado,
como, por exemplo, um transformador (em um
poste), um disjuntor (em um quadro), um aparelho
de arcondicionado (em parede ou janela);

 Estacionários: não são movimentados quando em


funcionamento, não possuem alça para transporte
ou possuem massa tal que não possam ser
movimentados facilmente, como, por exemplo,
geladeira ou freezer doméstico, lavadora de roupa,
Eletricidade - 2ºMod 80
Professor Luiz Fernando L Campos
microcomputador, disjuntor extraível (de um
cubículo de subestação);

 Portáteis: são equipamentos movimentados quando


em funcionamento ou que podem ser facilmente
deslocados de um lugar para outro, mesmo quando
ligados à fonte de alimentação, como é o caso de
certos eletrodomésticos (como enceradeira e
aspirador de pó) ou aparelhos de medição, (como
multímetros);

 Manuais: são os portáteis projetados para serem


suportados pelas mãos durante utilização normal,
como é o caso das ferramentas portáteis
(furadeiras, ferro de passar roupas e amperímetro
tipo alicate).

A potência instalada de uma instalação elétrica, de um setor de


uma instalação ou de um conjunto de equipamentos de utilização é a
soma das potências nominais dos equipamentos de utilização da
instalação, do setor da instalação ou do conjunto de equipamentos.
Um equipamento que absorve energia elétrica é um equipamento de
utilização, e dependendo da necessidade a potência ativa consumida
pode variar desse zero até sua potência nominal.

Para o equipamento de utilização as cargas podem ainda ser


caracterizadas como:

 Cargas lineares: constituídas pelos equipamentos


elétricos, cuja forma de onda de tensão e corrente de
entrada permanecem senoidais em qualquer ponto de
operação. É o caso típico de motores de indução usuais,
da iluminação incandescente e de cargas de
aquecimento.
Eletricidade - 2ºMod 81
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 Cargas não-lineares: constituídas basicamente pelos
equipamentos eletrônicos, cujas tensão e corrente
elétricas são distorcidas, contendo harmônicas.

A seguir temos uma tabela com a potência típica de alguns

aparelhos eletrodomésticos:

As instalações de baixa tensão (BT) podem ser alimentadas de


várias maneiras:
Eletricidade - 2ºMod 82
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(a) Diretamente, por uma rede de distribuição de energia
elétrica de baixa tensão, por meio de um ramal de ligação; é o caso
típico de prédios residenciais, comerciais ou industriais de pequeno
porte;

(b) A partir de uma rede de distribuição de alta tensão (AT), por


meio de uma subestação ou de um transformador exclusivo, de
propriedade da concessionária; é o caso típico de instalações
residenciais de uso coletivo (apartamentos) e comerciais de grande
porte;

(c) A partir de uma rede de distribuição de alta tensão, por meio


de uma subestação de propriedade do consumidor; é o caso típico de
prédios industriais e comerciais de médio e grande porte;

(d) Por fonte autônoma, como é o caso de instalações de


segurança ou de instalações situadas fora de zonas servidas por
concessionárias.

A entrada de serviço é o conjunto de equipamentos, condutores


e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede da
concessionária e o quadro de medição ou proteção, inclusive. O ponto
de entrega é o ponto até onde a concessionária deve fornecer energia
elétrica, participando dos investimentos necessários e
responsabilizando-se pela execução dos serviços, pela operação e
manutenção, não sendo necessariamente o ponto de medição. A
entrada consumidora é o conjunto de equipamentos, condutores e
acessórios instalados entre o ponto de entrega e o quadro de proteção
e medição, inclusive.

O ramal de ligação é o conjunto de condutores e acessórios


instalados entre o ponto de derivação da rede da concessionária e o
ponto de entrega.
Eletricidade - 2ºMod 83
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O ramal de entrada é o conjunto de condutores e acessórios
instalados entre o ponto de entrega e o quadro de proteção e medição.

A Figura abaixo mostra esquematicamente os componentes da


entrada de serviço.

Assim teremos a distribuição de energia elétrica através da


rede publica de baixa tensão representadas na figura abaixo:
Eletricidade - 2ºMod 84
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Como já foi visto no período passado, uma subestação é uma


instalação elétrica destinada à manobra, transformação e/ou outra
forma de conversão de energia elétrica. Quando este termo é
empregado sozinho, subentende-se uma subestação de
transformação.

Chama-se unidade consumidora a instalação elétrica


pertencente a um único consumidor, recebendo energia em um só
ponto, com sua respectiva medição. A origem de uma instalação
elétrica para uma unidade consumidora é o ponto de alimentação da
instalação, a partir do qual se aplica a NBR 5410. Deve-se observar
que:

(a) Quando a instalação é alimentada diretamente por rede


pública de baixa tensão, por transformador ou por uma subestação da
concessionária, a origem corresponde aos terminais de saída do
Eletricidade - 2ºMod 85
Professor Luiz Fernando L Campos
dispositivo geral de comando e proteção; caso esse dispositivo se
encontre antes do medidor de energia, a origem corresponde aos
terminais de saída do medidor.

(b) A origem de uma instalação alimentada a partir de um


transformador ou de uma subestação própria corresponde aos
terminais de saída do transformador; se a subestação possuir vários
transformadores não ligados em paralelo, haverá tantas origens e
tantas instalações quantos forem os transformadores;

(c) Em instalações alimentadas por fonte própria (em baixa


tensão), a origem é considerada de maneira a incluir a fonte como
parte da instalação.

É importante observar que, no caso de edificações de uso


coletivo residencial ou comercial com vários consumidores, a cada
unidade consumidora (apartamento, conjunto de salas, loja,
administração etc.) corresponde uma instalação elétrica cuja origem
está localizada nos terminais de saída do respectivo dispositivo geral
de comando e proteção ou do medidor, se for o caso.

A tensão nominal de uma instalação de baixa tensão de uma


unidade consumidora é a tensão na origem da instalação. A tensão de
serviço pode, por razões óbvias, ser diferente da tensão nominal; no
entanto, em todos os cálculos que envolvem tensão, a nominal é a
considerada. A resolução n° 505 de novembro de 2001 da ANEEL,
define a tensão nominal na origem da instalação, bem como a variação
permitida.

Um circuito de uma instalação elétrica é o conjunto de


componentes da instalação alimentados a partir da mesma origem e
protegidos pelo mesmo dispositivo de proteção. Em uma instalação há
dois tipos de circuitos: os de distribuição e os terminais. Um circuito de
distribuição é o circuito que alimenta um ou mais quadros de
Eletricidade - 2ºMod 86
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distribuição e um circuito terminal é aquele que está ligado
diretamente a equipamentos de utilização ou a tomadas de corrente.

Um quadro de distribuição é um equipamento elétrico que


recebe energia elétrica de uma ou mais alimentação e a distribui a um
ou mais circuitos. Pode também desempenhar funções de proteção,
seccionamento, controle e medição. Um quadro (de distribuição)
terminal é aquele que alimenta exclusivamente circuitos terminais.

Verifica-se, então, que o termo 'quadro de distribuição' é


absolutamente geral e inclui desde os simples 'quadros de luz' até os
mais complexos CCMs (centros de controle de motores).

Abaixo a figura representa um quadro de distribuição.

O quadro de distribuição deve ser instalado de preferência o em


locais de fácil acesso, como cozinhas, áreas de serviço, corredores.
Também deve ser instalado o mais próximo possível do medidor ou
mais próximo dos locais onde haja a maior concentração de cargas.

Abaixo temos um quadro de distribuição em corte onde pode-se


visualizar todos os elementos que o compõem.
Eletricidade - 2ºMod 87
Professor Luiz Fernando L Campos

Partes do quadro de distribuição: Disjuntor geral, barramentos


de interligação das fases, disjuntores dos circuitos terminais,
barramentos neutro, barramento de proteção (terra) e estrutura
composta de caixa metálica.

Uma tomada de corrente pode ser definida como um dispositivo


elétrico com contatos ligados permanentemente a uma fonte de
energia elétrica, que alimenta um equipamento de utilização por meio
da conexão de um plugue.
Eletricidade - 2ºMod 88
Professor Luiz Fernando L Campos
Em uma instalação pode-se distinguir as tomadas de uso
específico, onde são ligados equipamentos fixos, como por exemplo,
aparelhos de ar-condicionado e certos equipamentos estacionários de
maior porte, como é o caso de máquinas de xerox, e as tomadas de
uso geral, onde são ligados equipamentos móveis, portáteis e
estacionários.

Pode-se ainda falar em pontos de uso específico, que


geralmente são caixas de ligação, onde são ligados equipamentos
fixos (que não utilizam plugues). É o caso da maior parte dos
equipamentos industriais e de certos equipamentos eletrodomésticos e
eletroprofissionais.

Instalação temporária é uma instalação elétrica prevista para


uma duração limitada às circunstâncias que a motivam. São admitidas
durante um período de construção, reparos, manutenção, reformas ou
demolições, de estruturas ou equipamentos.
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20.3 Previsão de cargas

A norma NBR 5410/90 estabelece as condições mínimas que


devem ser adotadas, com relação à determinação das potências, bem
como a quantidade e a localização dos pontos de iluminação e
tomadas em unidades residenciais (casas e apartamentos) e
acomodações de hotéis, motéis e similares.
Eletricidade - 2ºMod 90
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20.3.1 Tomadas
Condições para se estabelecer a quantidade mínima de
tomadas de uso geral (TUG’S).

 Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a


6m² : No mínimo uma tomada;

 Cômodos ou dependências com área superior a 6m² : no


mínimo uma tomada para cada 5m ou fração de
perímetro, instaladas em local adequado;

 Cozinha, varandas, garagens ou sótãos: pelo menos uma


tomada.

 Banheiros: no mínimo uma tomada junto ao lavatório com


uma distancia mínima de 60cm do limite do boxe. Atribuir
no mínimo, 100VA por tomada;

Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas


de uso geral (TUG’S).

 Cozinha, copas, lavanderias, áreas de serviço, banheiros e


locais semelhantes: Atribuir no mínimo 600VA por
tomada, até 3 tomadas atribuir 100VA á excedentes;

 Demais cômodos ou dependências: Atribuir no mínimo,


100VA por tomada;

Condições para se estabelecer a quantidade de tomadas de uso


especifico (TUE’s).

 A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o


número de aparelhos de utilziação com corrente nominal
superior a 10ª;

 Atribuir a potência nominal do equipamento a ser


alimentado;
Eletricidade - 2ºMod 91
Professor Luiz Fernando L Campos
 As tomadas TUE’s são destinadas à ligação de
equipamentos fixos ou estacionários , como por exemplo:
Chuveiro, torneira elétrica, lavadora de louças ou roupas
e etc;

20.3.2 Iluminação
Veremos no 3° Módulo Luminotécnica.

20.3.3 Reparos
A NBR 5410 considera três tipos de instalações:

Instalação de reparos: substitui uma instalação defeituosa,


sendo necessária sempre que ocorrer um acidente que impeça o
funcionamento de uma instalação existente ou de um de seus setores;

Instalação de trabalho: permite reparos ou modificações em


uma instalação existente, sem interromper seu funcionamento. A
instalação de trabalho: permite reparos ou modificações em uma
instalação existente, sem interromper o seu funcionamento; Instalação
semipermanente: destinada a atividades não habituais ou que se
repetem periodicamente, como é o caso das 'instalações em canteiros
de obras', assim consideradas as que se destinam à construção de
edificações novas, aos trabalhos de reforma, modificação, ampliação
ou demolição de edificações existentes, bem como à construção de
obras públicas (como redes de água, gás, telefonia, energia elétrica e
obras viárias).
Eletricidade - 2ºMod 92
Professor Luiz Fernando L Campos
20.3.4 Estabelecendo a quantidade mínima de
tomadas de uso geral e específico

20.3.5 Prevendo as cargas de tomadas de uso geral e


específico.
Eletricidade - 2ºMod 93
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Obs.: (*) nesses cômodos, optou-


optou-se por instalar uma quantidade de
TUG’s maior do que a quantidade mínima calculada anteriormente.
anteriormente.

21 Referências
Referências

Todo conteúdo disponibilizado neste material, foi retirado de


conteúdo disponível na internet, ou sites referenciados conforme
abaixo:

http://www.dsee.fee.unicamp.br/~sato/ET515/ET515.html

http://www.luizbertini.net/eletronica.html

http://www.juncao.com.br/inicio.jsp

http://hsw.uol.com.br/

www.proflflcampos.xpg.com.br

CERVELIN, Severino Cavalin; CAVALIN, Geraldo. Instalações Elétricas


Prediais. São Paulo: Editora Érica. [1998]. 413p.

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