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Edital PROPe Unesp Nº 09/2023 – PIBIC

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Unesp

Efeito do suor artificial e adesivos para fixação de silicone em próteses faciais com
diferentes pigmentações sobre a estabilidade de cor e dureza Shore A

RESUMO
Próteses maxilofaciais têm grande importância para pacientes com defeitos orofaciais,
visto que a restauração protética da deformidade facial permite que esses pacientes
retomem papel ativo na sociedade ao representar satisfatoriamente uma alternativa para a
recuperação estética. A dureza do silicone determina sua flexibilidade, e a simulação da
flexibilidade da pele humana de forma mais fiel possível promove maior conforto ao
paciente, estética e funcionabilidade. Clinicamente, essas próteses estão sujeitas a
variações de temperatura e alta humidade, fatores que podem degradar o silicone com o
tempo, causando, por exemplo, o desvanecimento de sua cor. Uma das maiores limitações
do silicone para próteses faciais é a dificuldade de adesão, portanto o emprego do sistema
adesivo ou primers é essencial para a melhora da fixação das próteses de silicone à pele
humana. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito do suor artificial e
adesivos sobre a estabilidade de cor e dureza Shore A de um silicone para próteses faciais
com diferentes pigmentações. Para isso, sessenta amostras do silicone Silastic MDX4-
4210 (Dow Corning Corporation, Midland, EUA) serão confeccionadas em matriz
metálica com diâmetro de 22mm(Ø) x 3mm cada para os testes de dureza e alteração de
cor. Essas amostras serão distribuídas em seis grupos de 10 amostras cada de acordo com
a sua pigmentação: grupos 1, 2 e 3 (n=30) com pigmento Factor (Tan FI - 215, Factor II,
Inc., EUA) e grupos 4, 5 e 6 (n=30) com pigmento Floking (Bege, Dimclay, Brasil).
Destes, as 20 amostras correspondentes aos grupos 1 e 4 serão pinceladas com Drying
Adhesive (Pros-Aide Adhesive, A.D.M. Tronics, Inc., EUA), 20 com Cola líquida incolor
(Pritt Tenaz, Henkel, USA) correspondentes aos grupos 2 e 5, e 20 distribuídas nos grupos
3 e 6 corresponderão aos grupos controle (sem aplicação de adesivo). Após
confeccionadas, serão feitas as leituras iniciais de cor e microdureza Shore A, e todas as
amostras serão armazenadas em cloreto de sódio 0,9% simulando suor artificial (soro
fisiológico, Needs, Brasil) em uma estufa bacteriológica a 37±1°C (CIENLAB,
Campinas, SP, Brasil) por 3 meses, onde a cada três dias será feita a lavagem de todas as
amostras com sabonete neutro (Delicious Care, Dove, Brasil). As amostras que estarão
em contato com adesivo, serão renovadas com uma nova camada. Ao término dos três
meses, será feita a leitura final de cor e microdureza das amostras. As alterações de cor
(ΔE) serão calculadas usando o sistema CIELab, em que o Espectrofotômetro de reflexão
ultravioleta visível (UV-2450, Shimadzu, Japão) será usado. A avaliação da dureza
(Shore A) será realizada por meio de um durômetro, modelo GDS 709 (Teclock, Osaka,
Japão), onde a mensuração será estabelecida entre 0 e 100 Shore A. Serão comparados os
valores iniciais e finais obtidos pelos testes de alteração de cor e dureza Shore A e, após
a obtenção dos dados numéricos, estes passarão pelo teste de aderência à curva normal e
será aplicado o teste estatístico adequado. Testes de correlação serão aplicados, quando
possível. Os dados qualitativos serão submetidos à estatística descritiva.
Palavras-chave: prótese facial, silicone, pigmento, dureza, adesivo

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