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10º Ano - Filosofia

Ficha de trabalho de lógica informal e preparação para o exame nacional

A ficha pode ser realizada individualmente ou em pares.

1. Considera os argumentos a seguir apresentados e depois seleciona a alínea que os identifica


corretamente.

i) Os seres humanos que existem atualmente (e também os que já existiram) são incapazes de
respirar (de modo natural, sem usar aparelhos) debaixo de água. Por consequência, pode-se
dizer que pelo menos as próximas gerações de seres humanos não conseguirão respirar
naturalmente debaixo de água.

ii) Os seres humanos e os chimpanzés têm muitas semelhanças de carácter biológico: são
mamíferos, primatas, partilham noventa e tal por cento dos genes, muitas das suas estruturas
cerebrais são parecidas, etc. Os seres humanos, quando são alvo de choques elétricos,
sentem dor e medo. Pode-se, portanto, afirmar que os chimpanzés quando apanham choques
elétricos sentem dor e medo.

iii) Diversas equipas de astrónomos, nomeadamente da Agência Espacial Europeia, declararam


ter observado planetas fora do Sistema Solar. Como tal, podemos afirmar que existem planetas
fora do Sistema Solar.

iv) Até à atualidade os seres humanos têm-se revelado mortais. Consequentemente, todo e
qualquer ser humano é mortal.

A. i) generalização ii) previsão iii) argumento por analogia iv) argumento de autoridade
B. i) generalização ii) argumento por analogia iii) argumento de autoridade iv) previsão
C. i) generalização ii) argumento de autoridade iii) argumento por analogia iv) previsão
D. i) previsão ii) argumento por analogia iii) argumento de autoridade iv) generalização

2. Se, ao argumentar, concluirmos que qualquer guerra é injusta com base no exemplo de uma única
guerra, cometeremos a falácia da

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A. amostra não representativa.
B. generalização precipitada.
C. falsa relação causal.
D. falsa analogia.

3. Os portugueses gostam de ler, já que 98% dos trinta mil clientes anuais da livraria O MUNDO DOS
LIVROS declarou gostar de ler. É inequívoco que neste argumento

A. a amostra não é representativa.


B. a amostra é demasiado pequena.
C. as semelhanças consideradas são irrelevantes.
D. não foram consideradas semelhanças em número suficiente.

4. Tal como Luís de Camões, Nuno Júdice é um bom poeta, uma pessoa inteligente e dotada de
espírito crítico. E, à semelhança do autor d’ Os Lusíadas, é culto e bem informado. Ora, Nuno
Júdice sabe navegar na Internet. Por isso, Luís de Camões também sabia navegar na Internet.

Porque é que este argumento é uma falácia da falsa analogia?


É uma falácia da falsa analogia, pois ignora diferenças relevantes (ao contrário de Nuno
Júdice, Luís de Camões viveu numa época em que não havia internet e, sobretudo, morreu
muito antes de a internet ser inventada), que pesam mais do que as semelhanças existentes.

5. Porque é que em filosofia os argumentos de autoridade são, geralmente, falaciosos?

Em filosofia, os argumentos de autoridade são, em geral, falaciosos, pois não existe consenso
relativamente à grande maioria dos assuntos. Ora, uma das condições requeridas para um
argumento de autoridade ser válido (ou forte) é os especialistas estarem de acordo.

6. Considera a seguinte frase:

A teoria de Karl Marx acerca do desenvolvimento histórico está errada.

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6.1 Se a frase apresentada fosse a conclusão de um argumento, qual das seguintes frases seria
a premissa, de modo a este constituir uma falácia ad hominem?

A. A doutrina de Marx acerca da evolução na história é muito inadequada.


B. Na opinião de quase todos os historiadores a explicação marxista da história não
corresponde aos factos.
C. Karl Marx não ganhava dinheiro suficiente para alimentar a família.

6.2 Se a frase apresentada fosse a conclusão, que falácia seria obtida se, como premissa, fosse
usada uma das duas frases não selecionadas na resposta à questão 6.1? E se fosse usada
a outra frase não selecionada na resposta à questão 6.1?

Com a frase A seria uma petição de princípio. Com a frase B seria uma falácia do apelo ilegítimo à
autoridade

7. Os livros da saga O Senhor dos Anéis são extraordinários ou uma completa tolice. Ora, esses
livros não são, obviamente, extraordinários. Resta-nos, portanto, concluir que são uma completa
tolice.

Como é possível que, sendo este argumento dedutivamente válido, seja ainda assim uma falácia?
O argumento é dedutivamente válido, pois é um silogismo disjuntivo e, quando um argumento
tem essa forma, não é possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Contudo, isso não chega para ser um bom argumento. O exemplo apresentado é uma falácia
do falso dilema, pois a primeira premissa é falsa: sugere que só existem duas possibilidades
(os livros serem extraordinários ou completamente tolos), quando na realidade existem outras
(por exemplo, os livros serem muitos bons, bons ou razoáveis). Resumindo: é um argumento
dedutivamente válido, na medida em que tem uma forma logicamente correta e é uma falácia
(informal) pois tem falhas ao nível do conteúdo.

8. Identifica as seguintes falácias informais.

A. Os alunos que defendem que é legítimo copiar nos exames estão errados, pois, digam eles o que
disserem, a verdade é que copiar nos exames não é lícito.

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A. Petição de princípio

B. Nenhum filósofo conseguiu estabelecer inequivocamente que a ética é objetiva. Por isso, a ética
não é objetiva.
B. Falácia do apelo à ignorância

C. Se reconhecermos alguns direitos aos animais não humanos, por exemplo o direito de não
sofrerem desnecessariamente e de não serem torturados, teremos de deixar de comer carne e…
Bem, se calhar as coisas não ficarão por aí e daqui a algum tempo seremos obrigados a
conceder-lhes o direito de voto.
C. Falácia da derrapagem

D. Bertolt Brecht defendia o comunismo e, portanto, as suas ideias acerca do teatro só podem ser
falsas.
D. Falácia ad hominem

E. Levei o meu cachecol da sorte e a pata de coelho que a minha avó me ofereceu… Portanto, é
claro que a seleção portuguesa ganhou o jogo!
E. Falsa relação causal

F. Os seres humanos têm livre-arbítrio, pois são livres e podem fazer escolhas.
F. Petição de princípio

G. Sabias que quase 90 % dos seres humanos são religiosos? Que sentido tem, por isso, o ateísmo?
Nenhum!
G. Apelo ao povo

H. O professor Júlio diz que ler livros é muito importante porque desenvolve a inteligência. Mas eu
sei que ele lê pouquíssimo. Por isso, não acredito no que ele diz.
H. Falácia ad hominem

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I. Quando, no parlamento inglês, foi discutida (e aprovada) uma proposta de lei permitindo o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, o deputado Roger Cale criticou a proposta sugerindo
que os defensores da legalização do casamento homossexual a seguir até poderiam defender a
legalização do incesto: «Se o Governo estiver mesmo empenhado nisto, então que acabe com a
lei da união civil e crie uma lei que se aplique a todas as pessoas, independentemente da sua
sexualidade e dos seus relacionamentos. Isso significa irmãos com irmãos, irmãs com irmãs e
irmãos com irmãs.»
I. Falácia da derrapagem

J. Quando, em 1858, Charles Darwin publicou o livro A Origem das Espécies houve um aceso
debate entre os defensores e os adversários das suas ideias. Estes caricaturaram a ideia de que
os seres humanos e outros primatas evoluíram a partir de um antepassado comum dizendo
«Darwin afirma que descendemos do macaco» e eram frequentes ironias como «talvez os avós de
Darwin fossem macacos, os meus não».

J. Espantalho

K. K. Falso dilema

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