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�
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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

BLOCO I
E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito
35
Quando de noite me der
LÍNGUA PORTUGUESA
Vontade de me matar
ELIANE FONTANA
– Lá sou amigo do rei –

Terei a mulher que eu quero
TEXTO I
Na cama que escolherei
40
Vou-me embora pra Pasárgada.
Vou-me embora pra Pasárgada Manuel Bandeira

1
Vou-me embora pra Pasárgada Julgue os itens de acordo com o texto.

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero 1 Conclui-se da leitura do texto que o eu lírico deseja fugir da

Na cama que escolherei realidade concreta e experimentar outro tipo de realidade, so-
nhada ou idealizada.
5
Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura 2 Na primeira estrofe, os verbos “sou”, “tenho” e “quero” se

De tal modo inconsequente classificam da mesma forma quanto à regência.

Que Joana a Louca de Espanha
10
Rainha e falsa demente 3 No penúltimo parágrafo, infere-se que o eu lírico deseja ir

Vem a ser contraparente embora para Pasárgada, porque lá ele poderia conduzir a sua

Da nora que nunca tive vida dentro da “boa conduta social”.

E como farei ginástica 4 No verso “Da nora que nunca tive”, o pronome relativo

Andarei de bicicleta “que”, precedido de termo preposicionado “Da”, exerce fun-
15
Montarei em burro brabo
ção sintática de objeto indireto.

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!
5 Na terceira estrofe do texto, depreende-se que o autor super-

E quando estiver cansado
valoriza ações praticadas na infância e reconhece que, com o

Deito na beira do rio
20
Mando chamar a mãe-d’água passar do tempo, esse conjunto de ações passa a ter um novo

Pra me contar as histórias significado, chegando a desejá-lo no mundo imaginário de

Que no tempo de eu menino Pasárgada.

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada 6 No verso “Lá a existência é uma aventura”, considerando que
uma das funções do verbo “SER” é demonstrar uma relação
25
Em Pasárgada tem tudo de igualdade entre os termos, a estrutura analisada poderia,

É outra civilização
sem ferir a correção gramatical do texto, a coerência argu-

Tem um processo seguro
mentativa e o sentido original, ser reescrita da seguinte ma-

De impedir a concepção
neira: “A aventura é a existência lá”.

Tem telefone automático
30
Tem alcaloide à vontade
7 Em “Vou-me embora pra Pasárgada”, o emprego da forma

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar prepositiva “pra” é errado, dado o grau de formalidade do

texto e o uso padrão da linguagem culta em todas as estrofes.



8 No desenvolvimento da argumentação, a oração “Vontade de
me matar” permite ao interlocutor a dedução de que a ação do
verbo é praticada e sofrida simultaneamente.
9 O emprego do acento gráfico em “Pasárgada” e “automático”
deve-se à mesma regra de acentuação.
TEXTO II
15 de março de 1877
1
Mais dia menos dia, demito-me deste lugar. Um historia-
dor de quinzena, que passa os dias no fundo de um gabinete es-
curo e solitário, que não vai às touradas, às câmaras, à Rua do
Ouvidor, um historiador assim é um puro contador de histórias.
5
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa.
Um contador de histórias é justamente o contrário de um his-
toriador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do
que um contador de histórias. Por que essa diferença simples,
leitor, nada mais simples. O historiador foi inventado por ti,
10 homem culto, letrado, humanista; o contador de histórias foi
inventado pelo povo, que nunca leu Tito Lívio, e entende que
contar o que se passou é só fantasiar.

O certo é que se eu quiser dar uma descrição verídica da
tourada de domingo passado, não poderei, porque não a vi.
15
Não sei se já disse alguma vez que prefiro comer o boi
a vê-lo na praça.

Não sou homem de touradas; e se é preciso dizer tudo,
detesto-as. Um amigo costuma dizer-me:

— Mas já as viste?
20
— Nunca!

— E julgas do que nunca viste?

Respondo a este amigo, lógico, mas inadvertido, que eu
não preciso ver a guerra para detestá-la, que nunca fui ao xi-
lindró, e, todavia não o estimo. Há coisas que se prejulgam, e
25 as touradas estão nesse caso.

E querem saber por que detesto as touradas? Pensam
que é por causa do homem? Ixe! É por causa do boi, unica-
mente do boi. Eu sou sócio (sentimentalmente falando) de to-
das as sociedades protetoras dos animais. O primeiro homem
30 que se lembrou de criar uma sociedade protetora dos animais
lavrou um grande tento em favor da humanidade; mostrou
que este galo sem penas de Platão pode comer os outros ga-
los seus colegas, mas não os quer afligir nem mortificar. Não
digo que façamos nesta Corte uma sociedade protetora de
35 animais; seria perder tempo. Em primeiro lugar, porque as
ações não dariam dividendo, e ações que não dão dividen-
do... Em segundo lugar, haveria logo contra a sociedade uma
confederação de carroceiros e brigadores de galos. Em último
lugar, era ridículo. Pobre iniciador! Já estou a ver-lhe a cara
40 larga e amarela, com que havia de ficar, quando visse o efei-
to da proposta! Pobre iniciador! Interessar-se por um burro!
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

Naturalmente são primos? – Não; é uma maneira de chamar a
atenção sobre si. – Há de ver que quer ser vereador da Câma-
ra: está-se fazendo conhecido. – Um charlatão.
45
Pobre iniciador!
Machado de Assis. Disponível em: <http://machado.
mec.gov.br>.
10 Subentende-se, pelas características do texto, que o gênero
textual escolhido por Machado de Assis compreende o conto
clássico, que possui atributos importantes para desenvolver a
capacidade criativa do leitor ao explorar sua imaginação por
meio do enredo.
11 Infere-se do texto que o autor discorda da crueldade com os
animais, por isso se diz contrário às touradas.
12 Na expressão “... galo sem penas...” (l. 32), o autor fez uso da
figura de linguagem metáfora.
13 A construção “...que se lembrou de criar uma sociedade...”
obedece aos princípios de regência da norma culta da língua
portuguesa.
14 Subentende-se da argumentação do trecho “O primeiro ho-
mem que se lembrou de criar uma sociedade protetora dos
animais lavrou um grande tento em favor da humanida-
de; mostrou que este galo sem penas de Platão pode comer
os outros galos seus colegas, mas não os quer afligir nem
mortificar.” que, embora o homem seja superior em força
aos animais, pode protegê-los de maus-tratos e não comer a
carne deles.
15 A palavra destacada em “todavia não o estimo” (l. 24) pode
ser substituída sem causar prejuízos gramaticais e semânticos
no período por: mas, porém e embora.
16 Na linha 41, a oração “Interessar-se por um burro!” pode ser
reescrita sem prejudicar a coerência e as relações gramaticais
do período da seguinte maneira: “Se interessar por um burro!”
17 No período “e se é preciso dizer tudo, detesto-as.” (l. 17-18),
estaria gramaticalmente correta e coerente com o desenvol-
vimento das ideias do texto a supressão da vírgula logo após
a palavra “tudo”.
18 Na articulação dos argumentos do texto, o termo destacado
em “detestá-la” (l. 23) retoma, por coesão, a palavra “guer-
ra”, no mesmo período.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

REDAÇÃO OFICIAL Em certo Posto Rodoviário Federal, existe um reservatório cuja

LUCAS LEMOS representação é descrita no desenho a seguir.

Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspon-

dências oficiais previstos na 3ª Edição do Manual de Redação
da Presidência da República (2018), julgue os próximos itens.

19 Até a 2ª edição do Manual de Redação da Presidência da Re-

pública (2002), existiam três tipos de expedientes que se dife-
renciavam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o
aviso e o memorando.
20 Nas comunicações oficiais, como forma de demonstração de
respeito, deve-se dirigir ao Delegado de Polícia usando-se o
tratamento de Doutor.
21 Em todos os documentos oficiais, constam-se, na identifica-
ção do signatário, a assinatura, o nome completo, e o cargo
que ocupa.
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
MARCELO LEITE
25 O reservatório é composto, na parte de cima, por um cubo
cuja aresta é igual a 1 metro, enquanto na parte inferior há
um paralelepípedo retângulo reto, cujas dimensões são 5 m
x 3 m x 1 m. Com base nessas informações, é correto con-
cluir que a capacidade máxima desse reservatório é superior
a 15.000 litros.
A figura a seguir representa um posto policial rodoviário que foi
dividido em três figuras planas: triângulo ADC, triângulo BEF e o
trapézio ACFE.

22 O maior valor de F(x) = 2.x2 – 8.x + 7 ocorre em x = 2.

23 A quantidade de carros que circulam em certa rodovia brasi-

leira cresceu consideravelmente nos últimos anos. O modelo
matemático que descreve essa quantidade é dado por P(t) =
4.000.e0,21t, no ano t. Com base nessa situação hipotética e 26 A área do trapézio ACFE é inferior a 37 m2.
considerando 1,2 e 2,1 como os valores aproximados para
Considere que um grupo com 100 policiais rodoviários, sendo 60
e0,21 e ln 8, respectivamente, então a quantidade de carros que
homens e os demais mulheres, irá participar de um curso de atua-
circulam na rodovia, citada no texto, será igual a 32.000 após
lização em dois estados brasileiros: Paraná e Rio Grande do Norte.
9 anos da contagem inicial.
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.

24 Em cada estado da federação brasileira, existe um espaço

27 Ao escolher aleatoriamente dois policiais rodoviários, de
da Polícia Rodoviária Federal onde são colocados os carros
modo que um irá realizar o curso no Paraná e o outro par-
apreendidos por algum motivo. Considere que essas 27 fede-
ticipará do curso no Rio Grande do Norte, a quantidade de
rações foram numeradas de 01 a 27, de modo que a quantida-
maneiras distintas que essa distribuição poderá ser feita será
de de carro em cada espaço seguia o seguinte padrão: a fede-
igual a .
ração 01 tinha apenas 1 carro; a federação 02 tinha 2 carros; a
federação 03 tinha 4 carros, e assim por diante, de modo que 28 Ao escolher aleatoriamente um policial rodoviário, entre os
a federação seguinte tinha sempre o dobro da quantidade de citados, a chance de que seja uma mulher é igual a 60%.
carros da federação anterior. Com base nessas informações,
então até a 17ª federação terão 217 – 1 carros nos espaços da
Polícia Rodoviária Federal.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

Durante o curso de atualização, citado no texto, todos os 100 33 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, precisa confi-
policiais deverão fazer pelo menos um dos cursos: Vistoria em gurar, no computador utilizado para registro de ocorrência,
Veículo (VV), Interceptação de Veículos (IV) e Reconhecimento um IP (Internet Protocol) fixo. Nesse caso, ele pode usar a
de Drogas (RD). Após os policiais realizarem as inscrições nos janela configurações, acessar a opção “Rede e Internet” para
cursos citados, obteve-se o seguinte resultado: ter acesso ao local específico de configuração. Porém, antes
de definir o IP, ele deve saber qual é a classe de IP que está
• VV: 40 policiais
sendo usada na rede, caso contrário seu computador não vai
• IV: 48 policiais
conseguir se comunicar com os demais.
• RD: 52 policiais
• VV e IV: 13 policiais
34 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, é responsável
• VV e RD: 22 policiais
• IV e RD: 15 policiais pela rotina de backups da sua seção. No sábado, ele realizou
• VV e IV e RD: 10 policiais um backup full que copiou 15 GB. Na segunda, ele realizou
um backup incremental que copiou 3 GB. De segunda para
29 Então, quinze policiais rodoviários se inscreveram apenas em terça, não foi criado e/ou modificado nenhum arquivo. Se na
Vistoria em Veículo. terça ele realizar um backup incremental, pode-se inferir que
esse backup terá, pelo menos, 3 GB, uma vez que copiará
os arquivos já salvos na segunda, pois não foi desmarcado o
INFORMÁTICA atributo de arquivamento.
JEFERSON BOGO

35 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, está utilizando

30 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, utiliza na sua se-
na sua seção de trabalho um antivírus que realiza a análi-
ção de trabalho o Windows 10, configuração padrão – idioma
se heurística. Esse tipo de análise tem por objetivo detectar
português Brasil. Ele fez o login no aplicativo nativo Onedrive,
malwares para os quais ainda não foram desenvolvidas vaci-
permitindo dessa forma que todos os arquivos salvos na pasta
nas (sua assinatura não é conhecida). Por outro lado, nesse
“Onedrive” sejam, quando conectado à Internet, automatica-
tipo de detecção, podem ocorrer falsos positivos, ou seja, um
mente sincronizados com o respectivo serviço na nuvem.
programa malicioso não é detectado e contamina a máquina.
31 Em alguns postos da Polícia Rodoviária Federal, os radares
36 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, é o chefe da Se-
estão equipados com leitores OCR (Optical Character
ção de T.I. Seu chefe, o inspetor Mike, solicitou que as confi-
Recognition), capazes de identificar a placa dos carros e
gurações do proxy fossem atualizadas. O proxy é usado para
apresentar possíveis alterações (roubo, furto ou problemas
evitar a contaminação de máquinas por malwares.
administrativos, por exemplo). Os dados desses radares, de
sensores para contagem da quantidade de carros, além de
37 Para aumentar a segurança dos sistemas de informações da
outros, estruturados ou não, podem ser analisados utilizando-
Delegacia Delta, o agente Bravo da Polícia Rodoviária Fe-
se a Big Data, para gerarem informações úteis para prevenção
deral, chefe da Seção de T.I., introduziu novos métodos de
e fiscalização.
autenticação nos sistemas. São métodos de autenticação: re-
conhecimento da voz, leitura da íris, a autenticação em duas
32 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, é analista de T.I.
etapas, uso de tokens, entre outros.
e trabalha na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Brasí-
lia. Um policial de Manaus está solicitando um auxílio para
configurar as regras do firewall da sua seção. Uma alternativa
para realizar o acesso ao computador, de forma segura (usan-
do criptografia), é por meio do protocolo Telnet.

FÍSICA
HERICO AVOHAI
Dois automóveis A e B de massas 1000 kg e 800 kg, respectiva-
mente, trafegam numa rodovia plana e horizontal com velocida-
des constantes iguais a VA = 10 m/s e VB = 30 m/s. Após um certo
tempo, observa-se uma colisão entre eles e o gráfico a seguir des-
creve as velocidades em função do tempo dos dois veículos.
Considerando as informações, o sistema ideal e os princípios da
conservação do movimento, julgue os itens subsequentes.
38 O gráfico indica que somente após 12 segundos os automó-
veis colidem entre si.
39 A colisão ocorrida entre os automóveis A e B é do tipo per-
feitamente inelástica.
40 A quantidade de movimento do sistema não se conserva.
41 A velocidade dos automóveis após a colisão é maior do
que 20 m/s.
42 O coeficiente de restituição da colisão entre A e B é dado pela
razão entre o módulo da velocidade relativa de aproximação
e o módulo da velocidade relativa de afastamento e tem valor
igual a 1.
43 O automóvel B, no instante inicial, estava localizado 200 m
atrás do automóvel A.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
ÉTICA
KATIA LIMA
Julgue os itens a seguir tendo como referência a ética no serviço
público, os Decretos n. 1.171/1994, n. 6.029/2007 e o Código de
Conduta da Alta Administração Federal.
44 O servidor público tem o dever de resistir às pressões de su-
periores em hierarquia, interessados, colegas, contratantes
que querem obter vantagens, favores ou qualquer outro bene-
fício em função de ações indevidas.
45 Se determinado órgão público federal criar uma comissão de
ética especializada em assunto específico, então essa comissão
não integrará o sistema de gestão da ética do Executivo federal.
46 As normas do Código de Conduta da Alta Administração
aplicam-se ao Presidente da República, aos Ministros de Es-
tado e aos Secretários de Estado, dentre outros.
GEOPOLÍTICA
KLEBER CAVERNA
Leia o texto a seguir.
Os transportes correspondem ao conjunto de materiais e instru-
mentos técnicos utilizados no deslocamento de pessoas e cargas de
um lugar para o outro. No contexto do desenvolvimento dos países
e das sociedades, os meios de transporte são uns dos principais
elementos para garantir a infraestrutura, ou seja, o suporte material
para que tal crescimento instrumentalize-se.
Fonte: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/
transportes.htm>.
A respeito dos transportes no Brasil, julgue.
47 Existe em nosso país uma ausência de políticas que sejam
mais específicas para aumentar a oferta de meios de trans-
porte viáveis e eficientes, resultando, de uma forma direta,
na busca pelo transporte individual, sendo que a situação é
impulsionada pela pressão da indústria automobilística que,
além de dividendos, gera empregos no Brasil.
48 A integração nacional por meio de estradas é a mais adequa-
da para um país com dimensões continentais como o Brasil,
principalmente porque o maior volume de carga escoada no
Brasil é formado por commodities, como minérios, grãos, ci-
mento, entre outras, que precisam da combinação de mais de
um meio de transporte para que se complete o ciclo que vai
da produção ao consumo.

O Brasil precisa urgentemente melhorar significativamente em várias
frentes, tais como reduzir a carga tributária, simplificar a burocracia,
investir pesadamente em sua infraestrutura, ampliando e aperfeiço-
ando a participação da iniciativa privada nos investimentos do setor,
desenvolver projetos destinados à educação para melhor qualificar a
sua mão de obra e assim melhor alavancar o desenvolvimento eco-
nômico do País, que possui enormes potencialidades.
Sobre esse tema, julgue.
49 Dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas acabam en-
carecendo os investimentos, onerando o fluxo de bens e servi-
ços, reduzindo a competitividade, aumentando o desemprego,
mitigando a mão de obra qualificada e emperrando o desenvol-
vimento do país, configurando o denominado “Custo Brasil”.
50 Nossa matriz de transporte é fortemente baseada no modal
rodoviário, pois, apesar de grande parte das estradas brasi-
leiras serem pavimentadas, o resultado é um custo logístico
mais oneroso, que também mostra reflexos no consumo de
combustíveis e na manutenção de veículos.
INGLÊS
ALEXANDRE HARTMANN

The Secrets to Happiness Around the World

happiness-around-world-1559664.html>.

With the toll 2020 took on all of us, the pursuit of
happiness seemed more challenging than ever, but we learned
that everyone can relate to isolation and dark days. How
each of us finds happiness is another story though, suggests
The Atlas of Happiness: The Global Secrets of How to Be
Happy, in which Helen Russell shares 30 countries' take on
contentment. Our list below highlights some of our favorite
cultural concepts from the book, as well as some additions.
From channeling your inner grit – or sisu, used by the Finns
to survive the Arctic darkness – to embracing life's fleeting,
imperfect moments according to the Japanese concept of wabi-
sabi, here are the secrets to being happy around the world.

are very pessimistic about life.

Sisu

Finland

The Finns uniquely thrive in the long, dark Arctic winter by
channeling their inner grit, or sisu, which manifests by embracing
their extreme weather – from cycling in snow or even ice
swimming. Perhaps soaking in saunas – the national pastime of
the "happiest country in the world" three years in a row according
to the U.N. – also has something to do with their inner glow.




POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

Wabi-sabi

Japan

Imperfection, impermanence and incompleteness is the
meaning behind the Japanese concept of wabi-sabi. In this
traditionally Buddhist country, accepting the transience of
life and embracing things in their most natural state leads
to contentment. This could be appreciating the beauty in
chipped pottery, an aging face or fleeting cherry blossoms.



Azart

Russia

Taking uncomfortable, almost extreme chances is the
meaning behind the Russian concept of azart. It invites
Russians' zeal for taking life by the horns and surviving
anything that comes their way. One time-honored azart
practice? Enjoy a hardy birch-twig beating in the sauna at the
nearest banya, or bathhouse.



Saudade

Brazil

A feeling of melancholy, longing and nostalgia for a
happiness that once was or will never happen again, saudade
is recognized in the literature and music of Brazil, Portugal
and Cape Verde. Portuguese writer Manuel de Melo describes
the concept as "a pleasure you suffer, an ailment you enjoy."
Source: <https://www.newsweek.com/2021/01/15/secrets-
According to the text, judge the following statements.
51 Dealing with isolation and times of extreme misfortune
or difficulty ensures that people will not ever find
happiness in life.
52 In the second paragraph, “thrive” is a verb and means the
same as flourish or succeed.
53 It can be gathered from the third paragraph that the Japanese
54 In paragraph four, the expression “taking life by the horns”
means dealing with life in a very direct or confident way.
55 Brazil is the only country among the four in which happiness
is associated with a sense of regret, remorse, sorrow.

BLOCO II
RESOLUÇÕES CONTRAN
ESTÊVÃO GONÇALO
Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do Contran em vigor.
56 A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária,
sendo a sinalização de regulamentação uma de suas classifica-
ções. Esse tipo consiste em placas com mensagens imperativas e
o desrespeito a elas constitui infração. É necessário acrescentar
informações complementares, como período de validade, tipo
de veículo, condições de estacionamento, dentre outras. Todas
as placas regulamentares poderão ter incorporada placa adicio-
nal com a mensagem em questão. Nesse caso, considera-se que
a placa regulamentar possui informação complementar.
57 Os locais reconhecidos como pontos de parada e descanso
voltados aos motoristas profissionais de veículos de carga e
de passageiros deverão ser dotados com sinalização de servi-
ços auxiliares. Tal sinalização consiste no subsistema da si-
nalização viária do grupo sinalização vertical e é classificada
como indicativa.
58 Dentro da sinalização viária horizontal, existem as marcas
transversais, que ordenam os deslocamentos frontais dos ve-
ículos e os harmonizam com os deslocamentos de outros ve-
ículos e dos pedestres.
Um Policial Rodoviário Federal, em patrulhamento de rotina,
observou que um ônibus se encontrava com parte do para-brisa
trincado. Ao realizar a abordagem, verificou que a trinca única
possuía aproximadamente 10 cm de extensão, na parte direita do
vidro, afastado de qualquer borda.
Considere a situação hipotética e julgue os itens adiante, com base
nas resoluções do Contran.
59 Nesse caso, não há qualquer ação a ser tomada pelo policial
no que tange à trinca do para-brisa.
60 Quanto à extensão do dano, caso fosse em um automóvel,
caberia autuação por infração de trânsito.
61 A área crítica da visão consiste em um trecho do para-brisa
do veículo que não pode receber qualquer trinca ou fratura e,
havendo, será considerada irrecuperável. No caso de veículos
utilitários e caminhonetes, não existe uma área exata e idên-
tica para todos os veículos, sendo definida por equipamento
do próprio veículo.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
62 O para-brisa do veículo consiste em um vidro de segurança, que
deverá possuir marcação indelével, em local visível, contendo
a marca do fabricante e o símbolo de conformidade com a le-
gislação brasileira definida pelo INMETRO. Além disso, sendo
peça única, conterá também marcação indelével do Número Se-
quencial de Produção, relativo à identificação do veículo.
Julgue os itens a seguir segundo as resoluções do Contran.
63 No transporte eventual de carga indivisível, somente será ad-
mitido o uso do compartimento de carga aberto se o veículo
for dotado de extensor de caçamba.
64 A carga indivisível transportada sobre o teto de um automó-
vel não poderá ter comprimento maior do que o do veículo,
nem ultrapassar a largura da parte superior do veículo.
65 No transporte de passageiros em compartimento de cargas
a título precário, é admitido que o passageiro viaje em pé,
desde que seja em trajeto que permita a viagem em pé, tam-
bém em ônibus, desde que haja barra de suporte para que o
passageiro possa se apoiar.
66 No transporte de passageiros em compartimento de carga a
título precário, quando destinado a trabalhadores, excepcio-
nalmente, as ferramentas e os materiais poderão ser transpor-
tados no mesmo compartimento dos passageiros.
67 O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, em seu se-
gundo volume, aprovado pela Resolução n. 561/2015, é des-
tinado às infrações de competência exclusiva dos órgãos e
das entidades executivos estaduais de trânsito.
68 Segundo o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, a
fiscalização é considerada uma ferramenta na busca pela con-
vivência pacífica entre os usuários (pedestres e condutores)
das vias terrestres.
69 Com relação às Placas de Identificação Veicular, no caso de
extravio, furto ou roubo de quaisquer das PIV, o proprietário,
possuidor ou condutor do veículo poderá requerer a substitui-
ção somente no órgão executivo de trânsito do estado em que
o veículo estiver registrado.
70 A partir de 31 de janeiro de 2020, mesmo o veículo em circu-
lação já dotado de placas de identificação veicular no forma-
to antigo, que precise de segunda placa traseira, será exigida
a nova PIV.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BR
PAULO SÉRGIO
Julgue os itens a seguir com base no Código de Trânsito Brasileiro
– CTB e suas alterações, inclusive as da Lei n. 14.071/2020.
71 O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no
Distrito Federal, é presidido pelo dirigente do órgão máximo
executivo de trânsito da União.
72 Os Ministros da Economia, da Saúde, das Relações Exterio-
res, da Defesa e da Educação fazem parte da Composição
do Contran.
73 Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trânsi-
to da União atuar como Secretário-Executivo do Contran. O
quórum de votação e de aprovação no Contran é o de mino-
ria absoluta.
74 Poderão ser convidados a participar de reuniões do Contran,
com direito a voto, representantes de órgãos e entidades se-
toriais responsáveis ou impactados pelas propostas ou maté-
rias em exame.
75 Compete ao Contran apreciar os recursos interpostos contra
as decisões das instâncias inferiores, na forma prevista no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
76 As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao Contran,
são integradas por especialistas e têm como objetivo estudar
e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos
específicos para decisões daquele colegiado. A coordenação
das Câmaras Temáticas será exercida por representantes
do órgão máximo executivo de trânsito da União ou dos
Ministérios representados no Contran, conforme definido no
ato de criação de cada Câmara Temática.
77 Compete ao Denatran, órgão máximo executivo de trânsito
da União, organizar, manter e atualizar o Registro Nacional
Positivo de Condutores (RNPC) e organizar e manter o Re-
gistro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf).
78 O FUNSET é um fundo de âmbito nacional destinado à segu-
rança e educação de trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) estabelece que o percentual de 10% (dez por cento) do
valor das multas de trânsito deve ser depositado mensalmente
na conta do FUNSET – Fundo Nacional de Segurança e Edu-
cação de Trânsito.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
79 Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodo-
vias e estradas federais, aplicar a penalidade de suspensão do
direito de dirigir, quando prevista de forma específica para a
infração cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao
órgão máximo executivo de trânsito da União.
80 Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe-
deral executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade exe-
cutivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitante-
mente com os demais agentes credenciados.
81 Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento,
os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da
ordem pública. A prerrogativa de livre estacionamento será
aplicada somente quando os veículos estiverem identificados
por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente.
82 Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar
habilitado no mínimo há dois anos na categoria B e não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser rein-
cidente em infrações médias, durante os últimos doze meses.
83 Os condutores da categoria B estão autorizados a conduzir
veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos ter-
mos do Anexo I do CTB, cujo peso não exceda a 6.000 kg
(seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
lugares, excluído o do motorista.
84 É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual.
O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização,
for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para
verificar se o veículo está licenciado. A referida dispensa não
cabe para o documento de habilitação, sendo obrigatório o
porte do documento físico ou digital.
85 Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de
Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, sub-
metendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na
forma estabelecida pelo Contran.

BLOCO III
DIREITO ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
Julgue os itens subsecutivos a respeito das regras sobre Responsa-
bilidade Civil Extracontratual Estatal e Poderes Administrativos.
86 A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito pú-
blico e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviços públicos pelos danos causados por atos de seus
agentes é subjetiva, enquanto a responsabilidade civil dos
agentes públicos é objetiva.
87 Eventual causa de excludente de ilicitude penal favorável a
um agente público, como a legítima defesa, não tem o condão
de afastar a responsabilidade civil do Poder Público pelos da-
nos causados por esse agente.
88 Se um policial rodoviário federal receber ordem manifesta-
mente ilegal de um superior, ainda assim deverá cumpri-la,
devido à mitigação dos efeitos jurídicos do princípio da lega-
lidade frente ao poder hierárquico exercido pelos superiores.
A respeito da Licitação Pública e do Regime Jurídico Geral ao
qual se acha submetida, julgue as assertivas a seguir.
89 Tipo de licitação é a forma específica de se conduzir o proce-
dimento licitatório, a partir de critérios jurídicos devidamente
definidos em lei, enquanto modalidade licitatória é o método
de seleção da oferta mais vantajosa previsto em lei e apto a
viabilizar a classificação dos candidatos.
90 O convite é uma das modalidades de licitação admitidas em
lei, que se constitui em modalidade realizada entre interessa-
dos do ramo de que trata o objeto da licitação, escolhidos e
convidados em número mínimo de três pela Administração.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens a seguir.
91 Embora as notícias falsas que circulam na Internet (fake news)
prejudiquem o acesso à informação, a liberdade de expressão
e de comunicação é direito humano absoluto, portanto imune
a qualquer forma de regulação.
92 O reconhecimento de convenções e acordos coletivos de tra-
balho é um direito fundamental social que não se aplica aos
servidores ocupantes de cargo público.
93 Situação hipotética: João, cuja mãe é brasileira e cujo pai é
espanhol e mora em Londres, nasceu em país estrangeiro e
não foi registrado em repartição brasileira competente. Hoje,
aos 21 anos de idade, ele reside no Brasil e pretende requerer
a nacionalidade brasileira. Assertiva: Nesse caso, poderá ser
conferida a João a condição de brasileiro nato.
94 Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permi-
tem ao cidadão candidatar-se e receber votos para um car-
go eletivo.
95 A competência da PRF, instituição permanente, organizada
e mantida pela União, inclui o patrulhamento ostensivo das
rodovias e das ferrovias federais.
DIREITO PENAL
ÉRICO PALAZZO
Texto para as questões 96 e 97.
Breno Tobias, funcionário público, enfermeiro, trabalha em hos-
pital público e tem como função aplicar vacinas na população.
Ocorre que, no dia 03/02/2021, na intenção de aplicar uma vacina
contra a covid-19 na paciente Rute, Breno confunde os frascos e
aplica outra substância, a qual vem a gerar a morte instantânea de
Rute por envenenamento.
Diante da situação apresentada, julgue os itens a seguir.
96 Breno Tobias incorreu em erro de tipo e poderá ser responsa-
bilizado pelo homicídio doloso ou culposo, a depender de seu
grau de culpa na conduta.
97 Se constatado que o erro cometido por Breno foi evitável, ele
deverá ser responsabilizado pelo crime de homicídio culposo
qualificado pelo emprego de veneno.

98 Situação hipotética: Rafaela Rocha, maior imputável, efetua
disparos contra Rony Alves e, acreditando que ele se encontra
morto em virtude dos disparos, lança seu corpo ao mar. En-
tretanto, a perícia demonstra que a vítima estava viva quando
teve o corpo lançado ao mar e que, na verdade, morreu asfi-
xiada. Assertiva: Neste caso, houve erro de tipo acidental, na
modalidade aberratio delicti.
99 No dia 20/01/2021, Manuela Carvalho foi vítima de estelio-
nato praticado por agente desconhecido. No dia 20/03/2021,
a polícia chegou ao conhecimento de que o crime havia sido
praticado por Armando Silva, maior imputável. Diante disso,
é correto afirmar que a decadência, causa extintiva da punibi-
lidade, ocorrerá se Manuela não oferecer a representação no
prazo de 6 meses, contado do dia em que veio a saber quem
é o autor do crime.
100 A embriaguez culposa, ainda que completa, não torna o agen-
te inimputável tampouco gera diminuição de sua pena.
101 Todos os crimes contra a dignidade sexual, inclusive o assé-
dio sexual (art. 216-A do CP) e a importunação sexual (art.
215-A do CP), são de ação penal pública incondicionada, de-
vendo haver a persecução penal, independentemente da ma-
nifestação de vontade da vítima.
102 Os crimes de incêndio e explosão são punidos na modalidade
dolosa. Entretanto, ambos os delitos também são punidos a
título de culpa.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
PROCESSO PENAL
RAFAEL DE OLIVEIRA
103 Nos crimes de ação pública, esta será promovida por repre-
sentação do Delegado de Polícia e dependerá, quando a lei o
exigir, de requisição do Ministério Público, ou de representa-
ção exclusiva do ofendido.
104 De acordo com o CPP, no caso de morte do ofendido ou quan-
do declarado absolutamente incapaz por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge ou a quem tenha
qualidade para representá-lo.
105 Independentemente do crime praticado, caso seja em detri-
mento do patrimônio ou interesse da União, do Estado e do
Município, a ação penal será pública.
106 Um dos princípios previstos para o rito do Juizado Especial,
conforme a Lei n. 9.099/1995, é o Princípio da Simplicidade.
107 De acordo com a Lei n. 9.099/1995, na reunião de processos,
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da
aplicação das regras de conexão e continência, é vedada a
aplicação dos institutos da transação penal e da composição
dos danos civis.
108 Keno, Policial Rodoviário Federal, durante operação rea-
lizada na BR 070, deixou de efetuar busca pessoal em um
transeunte, o qual era acusado de homicídio e sobre o qual
havia fundada suspeita de possuir uma carta, que poderia ser
usada em investigação criminal. O referido policial deixou de
realizar a busca, visto que não havia arma de fogo na posse
do acusado e, para que recolhesse qualquer outro objeto, era
necessária autorização judicial.
109 Considerando os preceitos constitucionais aplicados ao pro-
cesso penal, a busca em mulher será feita somente por ou-
tra mulher, salvo em caso de flagrante delito ou por meio de
mandado judicial de busca e apreensão.

LEGISLAÇÃO ESPECIAL
DOUGLAS VARGAS
Tomando como base as previsões contidas na legislação especial
penal, bem como na jurisprudência vigente em nosso país, julgue
os itens a seguir.
110 De acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei n.
10.826/2003), aquele que portar, possuir, adquirir, transportar
ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer
outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adultera-
do incorre nas mesmas penas do delito de posse ou porte de
arma de fogo de uso restrito, com causa de aumento de pena
em razão da supressão, raspagem ou adulteração do sinal de
identificação do armamento.
111 De acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei n.
10.826/2003), aquele que modifica as características de arma
de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer
modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz, incorre-
rá no delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em
concurso formal impróprio com o delito de fraude processual.
Considerando as previsões contidas na Lei n. 13.869/2019, a
qual dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue os
itens a seguir.
112 Gilmar Moro é magistrado e realizou interpretação de lei e
avaliações sobre fatos no bojo de um processo, as quais pos-
teriormente divergiram do entendimento exarado pelos Tri-
bunais Superiores sobre o assunto. Nesse contexto, é correto
afirmar que a divergência na interpretação da lei realizada
pelo magistrado Gilmar Moro e pelos referidos Tribunais não
configura, segundo a legislação vigente, abuso de autoridade.
113 A legislação que versa sobre o abuso de autoridade em nos-
so país não apresenta qualquer rol para enumerar, de forma
taxativa ou exemplificativa, os sujeitos ativos do crime de
abuso de autoridade. No entanto, está devidamente sedimen-
tado o entendimento de que qualquer agente público, servidor
ou não, poderá ser responsabilizado por eventuais abusos,
avaliação que compreende inclusive os membros do Poder
Legislativo.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
Considerando as previsões contidas na Lei n. 9.605/1998 sobre os
crimes contra o meio ambiente e disposições correlatas, julgue os
itens a seguir.
114 Provocar incêndio em mata ou floresta é crime ambiental que
admite a modalidade culposa.
Jon Snow desmatou floresta nativa, em terras devolutas, sem auto-
rização do órgão competente em razão de necessidade de subsis-
tência imediata de sua família. Nesse contexto, vê as autoridades
competentes chegando ao local que havia desmatado e resolve
se entregar, considerando ter praticado crime previsto na Lei de
Crimes Ambientais. Naquele momento, Jon é interpelado por
Ygritte, sua esposa, a qual afirma categoricamente que Jon não
sabe de nada e que naquele caso não praticou crime algum.
115 Considerando a situação hipotética dada, é correto afirmar
que Ygritte está correta, haja vista que a conduta de Jon está
amparada pelo instituto do estado de necessidade previsto no
Código Penal.
DIREITOS HUMANOS
LUCIANO FAVARO
Um importante documento internacional que enumera os direi-
tos humanos é a Declaração Universal dos Direitos Humanos –
DUDH. Acerca dessa Declaração, julgue os subsequentes itens.
116 A DUDH é um documento adotado e proclamado, em 1948,
pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Uni-
das, no qual se enumeraram direitos de primeira e segunda
gerações de direitos humanos.
117 Pela DUDH passou-se a admitir a adoção de tribunais ad hoc
para o julgamento de crimes perpetrados pelas pessoas.
118 O direito à propriedade previsto na DUDH admite relativi-
zação, sendo esta uma característica dos direitos humanos.
119 A prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que
será ministrada às crianças é do Estado, nos termos da DUDH.
Consoante o disposto na Convenção Americana sobre Direitos
Humanos, julgue o item.
120 Os Estados-partes, a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos e os indivíduos têm direito de submeter um caso à
decisão da Corte.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

PROVA DISCURSIVA
JÚNIA ANDRADE

Sabemos que a PRF, além de cumprir políticas públicas afetas a sua competência, colabora em outras políticas contempladas em planos,
programas, projetos e ações, nos diversos níveis de Governo. A atuação da PRF se dá de maneira estruturada e sistêmica nos mais diver-
sos contextos de sua circunscrição no vasto território brasileiro.

Considerando-se o texto acima como meramente motivador, produza um texto dissertativo sobre o tema seguinte:

O COMPROMISSO DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL COM A SEGURANÇA PÚBLICA

Em seu texto, considere, necessariamente, os seguintes aspectos:

1. As ações da PRF para a manutenção da segurança viária. [6,00]

2. O papel da PRF no enfrentamento à criminalidade. [7,00]
3. A importância do emprego de avançados recursos tecnológicos para o alcance da excelência nos serviços prestados pela PRF. [5,00]

Obs.: 2,00 pontos serão reservados à análise dos quesitos referentes à apresentação.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

Rascunho

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30
 SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL

GABARITO

Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Gabarito C E E E C E E C C E C C C E E

Item 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Gabarito E E C C E E E E C C E C E C C

Item 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
Gabarito C E C E E E C E C E E E C C E

Item 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito E C E C E E C E C E E C C C E

Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
Gabarito C C E C E E E C E C E C E E E

Item 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
Gabarito C C E C C C E C E C E C E E C

Item 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105

Gabarito E C C E E E E E C C C C E E C

Item 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito C E E E E E C E C E E E C E E

BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
ELIANE FONTANA
TEXTO I
Vou-me embora pra Pasárgada
1
Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei
5
Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente

Que Joana a Louca de Espanha
10
Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta
15
Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio
20
Mando chamar a mãe-d’água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada
25
Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático
30
Tem alcaloide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

ção sintática de objeto indireto.

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito
35
Quando de noite me der

Vontade de me matar

– Lá sou amigo do rei –

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei
40
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
Julgue os itens de acordo com o texto.
1 Conclui-se da leitura do texto que o eu lírico deseja fugir da
realidade concreta e experimentar outro tipo de realidade, so-
nhada ou idealizada.
Certo.
Concluir significa interpretar algo que não necessariamente es-
teja explícito, mas possível de ser alcançado. É ter sensibilidade
para enxergar as “entrelinhas” do texto. Alguns indícios apre-
ciados ajudam a levantar hipóteses sem verificar com rigor as
premissas, a fim de que se chegue a alguma conclusão. Observe
os versos “Vou-me embora pra Pasárgada / Aqui eu não sou
feliz” e veja que há um desejo de buscar “novos ares”, tentar
modificar a realidade vivida no momento em troca de algo que
se deseja ou se imagina, por não estar feliz com a situação que
se está vivendo.
2 Na primeira estrofe, os verbos “sou”, “tenho” e “quero” se
classificam da mesma forma quanto à regência.
Errado.
Verbo “SER” é de ligação; verbo “TER” é transitivo direto; ver-
bo “ESCOLHER” é transitivo direto.
3 No penúltimo parágrafo, infere-se que o eu lírico deseja ir
embora para Pasárgada, porque lá ele poderia conduzir a sua
vida dentro da “boa conduta social”.
Errado.
Nos versos da penúltima estrofe, a interpretação é, exatamente,
oposta ao que diz o item. O eu lírico deseja ir à Pasárgada para
viver uma vida “desregrada”, pois Pasárgada é sinônimo de li-
berdade, do permitido, da realização plena dos desejos dele. Ou
seja, que se opunha ao que ele vivia no momento. O mundo
“do momento” era cheio de regras, de moral, de proibições. E o
mundo que ele desejava era cheio de liberdade, veja: Tem alca-
loide à vontade (referência a drogas) / Tem prostitutas bonitas
(namorar livremente qualquer uma sem se preocupar com o que
os outros irão dizer) / Para a gente namorar.
4 No verso “Da nora que nunca tive”, o pronome relativo
“que”, precedido de termo preposicionado “Da”, exerce fun-
Errado.
O pronome relativo “que” complementa o verbo “TER”, que
é transitivo direto, logo a função sintática dele é objeto direto.

5 Na terceira estrofe do texto, depreende-se que o autor super-
valoriza ações praticadas na infância e reconhece que, com o
passar do tempo, esse conjunto de ações passa a ter um novo
significado, chegando a desejá-lo no mundo imaginário de
Pasárgada.
Certo.
Ações simples passam a ser desejadas no mundo imaginário,
pois, levando em conta que a vida é efêmera, os momentos vi-
vidos com liberdade pelo eu lírico o levam ao saudosismo e ao
desejo de repeti-los.
6 No verso “Lá a existência é uma aventura”, considerando que
uma das funções do verbo “SER” é demonstrar uma relação
de igualdade entre os termos, a estrutura analisada poderia,
sem ferir a correção gramatical do texto, a coerência argu-
mentativa e o sentido original, ser reescrita da seguinte ma-
neira: “A aventura é a existência lá”.
Errado.
O sentido não foi mantido, pois, na frase original, o autor usou
o artigo “uma”, antes da palavra “aventura”, dispondo ao con-
texto o sentido de generalidade/indefinição (uma aventura qual-
quer) e, na reescrita o artigo utilizado foi “A”, definido, atri-
buindo ao contexto o sentido particular/específico (trata-se de
uma aventura específica).
7 Em “Vou-me embora pra Pasárgada”, o emprego da forma
prepositiva “pra” é errado, dado o grau de formalidade do
texto e o uso padrão da linguagem culta em todas as estrofes.
Errado.
O texto poético é de construção gramatical livre – sem preocu-
pações com a norma culta. Manuel Bandeira faz uso da “licença
poética” para cometer alguns deslizes na norma-padrão. Sendo
assim, utilizar “para” em vez de “pra” não seria o suficiente para
afirmar que o texto é de linguagem formal. Pelo contrário, o autor
usa uma fala bem próxima à linguagem de uma conversa casual.
8 No desenvolvimento da argumentação, a oração “Vontade de
me matar” permite ao interlocutor a dedução de que a ação do
verbo é praticada e sofrida simultaneamente.
Certo.
O pronome pessoal oblíquo “me” traduz, no contexto, a ideia de
reflexividade (vontade de matar a mim mesmo).
9 O emprego do acento gráfico em “Pasárgada” e “automático”
deve-se à mesma regra de acentuação.
Certo.
As duas palavras são acentuadas em decorrência da mesma re-
gra. Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas (acento
tônico na antepenúltima sílaba).
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
TEXTO II
15 de março de 1877
1
Mais dia menos dia, demito-me deste lugar. Um historia-
dor de quinzena, que passa os dias no fundo de um gabinete es-
curo e solitário, que não vai às touradas, às câmaras, à Rua do
Ouvidor, um historiador assim é um puro contador de histórias.
5
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa.
Um contador de histórias é justamente o contrário de um his-
toriador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do
que um contador de histórias. Por que essa diferença simples,
leitor, nada mais simples. O historiador foi inventado por ti,
10 homem culto, letrado, humanista; o contador de histórias foi
inventado pelo povo, que nunca leu Tito Lívio, e entende que
contar o que se passou é só fantasiar.

O certo é que se eu quiser dar uma descrição verídica da
tourada de domingo passado, não poderei, porque não a vi.
15
Não sei se já disse alguma vez que prefiro comer o boi
a vê-lo na praça.

Não sou homem de touradas; e se é preciso dizer tudo,
detesto-as. Um amigo costuma dizer-me:

— Mas já as viste?
20
— Nunca!

— E julgas do que nunca viste?

Respondo a este amigo, lógico, mas inadvertido, que eu
não preciso ver a guerra para detestá-la, que nunca fui ao xi-
lindró, e, todavia não o estimo. Há coisas que se prejulgam, e
25 as touradas estão nesse caso.

E querem saber por que detesto as touradas? Pensam
que é por causa do homem? Ixe! É por causa do boi, unica-
mente do boi. Eu sou sócio (sentimentalmente falando) de to-
das as sociedades protetoras dos animais. O primeiro homem
30 que se lembrou de criar uma sociedade protetora dos animais
lavrou um grande tento em favor da humanidade; mostrou
que este galo sem penas de Platão pode comer os outros ga-
los seus colegas, mas não os quer afligir nem mortificar. Não
digo que façamos nesta Corte uma sociedade protetora de
35 animais; seria perder tempo. Em primeiro lugar, porque as
ações não dariam dividendo, e ações que não dão dividen-
do... Em segundo lugar, haveria logo contra a sociedade uma
confederação de carroceiros e brigadores de galos. Em último
lugar, era ridículo. Pobre iniciador! Já estou a ver-lhe a cara
40 larga e amarela, com que havia de ficar, quando visse o efei-
to da proposta! Pobre iniciador! Interessar-se por um burro!
Naturalmente são primos? – Não; é uma maneira de chamar a
atenção sobre si. – Há de ver que quer ser vereador da Câma-
ra: está-se fazendo conhecido. – Um charlatão.
45
Pobre iniciador!
Machado de Assis. Disponível em: <http://machado.
mec.gov.br>.

10 Subentende-se, pelas características do texto, que o gênero
textual escolhido por Machado de Assis compreende o conto
clássico, que possui atributos importantes para desenvolver a
capacidade criativa do leitor ao explorar sua imaginação por
meio do enredo.
Errado.
O texto é um trecho de uma crônica publicada por Machado de
Assis em março de 1877, em uma revista. A crônica é uma nar-
rativa curta que objetiva agradar aos leitores contando situações
cotidianas com base em fatos reais, na maioria das vezes.
11 Infere-se do texto que o autor discorda da crueldade com os
animais, por isso se diz contrário às touradas.
Certo.
Há indícios que fazem o leitor interpretar que a realização de
touradas incomodava o autor, por ter aversão às condições que
os animais eram submetidos. Veja: “Não sou homem de toura-
das; e se é preciso dizer tudo, detesto-as.” E “É por causa do
boi, unicamente do boi. Eu sou sócio (sentimentalmente falan-
do) de todas as sociedades protetoras dos animais.”
12 Na expressão “... galo sem penas...” (l. 32), o autor fez uso da
figura de linguagem metáfora.
Certo.
Metáfora é uma comparação que utiliza um termo ou mais com
sentido figurado a fim de representar uma ideia. No texto, Ma-
chado de Assis usou um exemplo de Platão, “galo sem penas”,
para representar o ser humano.
13 A construção “...que se lembrou de criar uma sociedade...”
obedece aos princípios de regência da norma culta da língua
portuguesa.
Certo.
O verbo “lembrar” tem duas regências com o mesmo sentido.
a) Ele esqueceu as chaves. [VTD não pronominal]
b) Ele se esqueceu das chaves. [VTI pronominal]
Portanto, a regência está correta, porque o verbo está sendo em-
pregado como VTI e foi empregado com o pronome “se” (ou
seja, como pronominal).
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
14 Subentende-se da argumentação do trecho “O primeiro ho-
mem que se lembrou de criar uma sociedade protetora dos
animais lavrou um grande tento em favor da humanida-
de; mostrou que este galo sem penas de Platão pode comer
os outros galos seus colegas, mas não os quer afligir nem
mortificar.” que, embora o homem seja superior em força
aos animais, pode protegê-los de maus-tratos e não comer a
carne deles.
Errado.
O autor sugere ser um ato de humanidade tratar os animais sem
crueldade, entretanto não se opõe à ingestão de carne, desde
que os animais não sofram.
15 A palavra destacada em “todavia não o estimo” (l. 24) pode
ser substituída sem causar prejuízos gramaticais e semânticos
no período por: mas, porém e embora.
Errado.
A conjunção subordinativa “embora” não pertence à mesma
classificação gramatical que “todavia”, logo não pode substituí-
-la por causar danos gramaticais ao contexto, apesar de expres-
sar a mesma condição semântica de uma conjunção coordenada
adversativa, no caso, todavia.
16 Na linha 41, a oração “Interessar-se por um burro!” pode ser
reescrita sem prejudicar a coerência e as relações gramaticais
do período da seguinte maneira: “Se interessar por um burro!”
Errado.
Há regras que determinam o lugar que o pronome deve ser usa-
do na oração (próclise, mesóclise e ênclise). A gramática não
permite iniciar período com pronome oblíquo átono.
17 No período “e se é preciso dizer tudo, detesto-as.” (l. 17-18),
estaria gramaticalmente correta e coerente com o desenvol-
vimento das ideias do texto a supressão da vírgula logo após
a palavra “tudo”.
Errado.
A vírgula não pode ser retirada, pois a oração subordinada ad-
verbial está anteposta (deslocada) à principal. No caso, a vírgu-
la é obrigatória.
18 Na articulação dos argumentos do texto, o termo destacado
em “detestá-la” (l. 23) retoma, por coesão, a palavra “guer-
ra”, no mesmo período.
Certo.
O termo destacado retoma o antecedente “guerra”, por meio
da função sintática de complemento verbal direto da palavra
“detestar”.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

REDAÇÃO OFICIAL RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO

LUCAS LEMOS MARCELO LEITE

Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspon-
dências oficiais previstos na 3ª Edição do Manual de Redação
da Presidência da República (2018), julgue os próximos itens.
19 Até a 2ª edição do Manual de Redação da Presidência da Re-
pública (2002), existiam três tipos de expedientes que se dife-
renciavam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o
aviso e o memorando.
22 O maior valor de F(x) = 2.x2 – 8.x + 7 ocorre em x = 2.
Errado.
Perceba que a função apresenta o coeficiente “a” positivo, logo
a função irá apresentar valor mínimo, e não máximo, como foi
citado no texto. O valor será dado pelo Xv.
Xv = , assim teremos:

Certo. F(x) = 2.x2 – 8.x + 7

Conforme a 3ª edição do MRPR, os três documentos serão cha-
mados apenas de ofício. Então, o item está correto. a = 2; b = –8; c = 7

20 Nas comunicações oficiais, como forma de demonstração de

respeito, deve-se dirigir ao Delegado de Polícia usando-se o
tratamento de Doutor.
Errado.
O Manual de Redação da Presidência da República
(MRPR) afirma:
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim
título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como
regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas
a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso uni-
versitário de doutorado.
Portanto, o item é ERRADO.
23 A quantidade de carros que circulam em certa rodovia brasi-
leira cresceu consideravelmente nos últimos anos. O modelo
matemático que descreve essa quantidade é dado por P(t) =
4.000.e0,21t, no ano t. Com base nessa situação hipotética e
considerando 1,2 e 2,1 como os valores aproximados para
e0,21 e ln 8, respectivamente, então a quantidade de carros que
circulam na rodovia, citada no texto, será igual a 32.000 após
9 anos da contagem inicial.

Portanto, o item está errado.

Errado.
P(t) = 4.000.e0,21t
21 Em todos os documentos oficiais, constam-se, na identifica- 32.000 = 4.000.e0,21t
ção do signatário, a assinatura, o nome completo, e o cargo
que ocupa. Dividindo ambos os lados por 4.000, teremos:
8 = e0,21t
Errado.
O item está errado, porque os documentos assinados pelo Pre- Calculando o logaritmo em ambos os lados, teremos:
sidente da República não apresentarão a identificação do signa- ln 8 = ln e0,21t
tário; apenas a assinatura. ln 8 = 0,21.t . ln e

Como ln e = 1, teremos:
2,1 = 0,21.t.1
2,1 = 0,21.t
t= = 10 anos.

Portanto, o item é ERRADO.

 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

24 Em cada estado da federação brasileira, existe um espaço A figura a seguir representa um posto policial rodoviário que foi
da Polícia Rodoviária Federal onde são colocados os carros dividido em três figuras planas: triângulo ADC, triângulo BEF e o
apreendidos por algum motivo. Considere que essas 27 fede- trapézio ACFE.
rações foram numeradas de 01 a 27, de modo que a quantida-
de de carro em cada espaço seguia o seguinte padrão: a fede-
ração 01 tinha apenas 1 carro; a federação 02 tinha 2 carros; a
federação 03 tinha 4 carros, e assim por diante, de modo que
a federação seguinte tinha sempre o dobro da quantidade de
carros da federação anterior. Com base nessas informações,
então até a 17ª federação terão 217 – 1 carros nos espaços da
Polícia Rodoviária Federal. 26 A área do trapézio ACFE é inferior a 37 m2.

Certo. Errado.
Perceba que a quantidade de carros nas federações segue uma Área total (Quadrado) = l2 = (10 m)2 = 100 m2.
Progressão Geométrica (P.G.): (1, 2, 4, 8, ..., a17).
Assim, teremos: a1 = 1 e q = 2 Área Triângulo (ADC) =
Calculando a soma dos 17 primeiros termos,
Área Triângulo (BEF) = = = 12,5 m2.

Sn = Assim, a área do trapézio ACFE será dada por:

S17 = Área total – área do triângulo ADC – área do triângulo BEF =

Portanto, o item é CERTO.
Em certo Posto Rodoviário Federal, existe um reservatório cuja
representação é descrita no desenho a seguir.
100 m2 – 50 m2 – 12,5 m2 = 37,5 m2.
Portanto, o item é ERRADO.
Considere que um grupo com 100 policiais rodoviários, sendo 60
homens e os demais mulheres, irá participar de um curso de atua-
lização em dois estados brasileiros: Paraná e Rio Grande do Norte.
Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.

27 Ao escolher aleatoriamente dois policiais rodoviários, de

modo que um irá realizar o curso no Paraná e o outro par-
ticipará do curso no Rio Grande do Norte, a quantidade de
maneiras distintas que essa distribuição poderá ser feita será

25 O reservatório é composto, na parte de cima, por um cubo igual a .

cuja aresta é igual a 1 metro, enquanto na parte inferior há
um paralelepípedo retângulo reto, cujas dimensões são 5 m Certo.
Como a ordem dos integrantes na dupla escolhida importa,
x 3 m x 1 m. Com base nessas informações, é correto con-
trata-se de um arranjo.
cluir que a capacidade máxima desse reservatório é superior
a 15.000 litros.
An,p =
Certo.
Iremos calcular separadamente cada sólido: Disponíveis: 100
Parte superior Agrupamento: 2
V = a3 = (1 m)3 = 1 m3
Parte inferior A100,2 = = .
V = Comprimento x Largura x Altura
V = 5 m x 3 m x 1 m = 15 m3 Portanto, o item é CERTO.
Volume total = 1 m3 + 15 m3 = 16 m3 = 16 x 1.000 litros =
16.000 litros.
Portanto, o item é CERTO.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

28 Ao escolher aleatoriamente um policial rodoviário, entre os INFORMÁTICA

citados, a chance de que seja uma mulher é igual a 60%. JEFERSON BOGO

Errado. 30 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, utiliza na sua se-

P(mulher) = = = 40% ção de trabalho o Windows 10, configuração padrão – idioma
português Brasil. Ele fez o login no aplicativo nativo Onedrive,
Portanto, o item é ERRADO. permitindo dessa forma que todos os arquivos salvos na pasta
“Onedrive” sejam, quando conectado à Internet, automatica-
Durante o curso de atualização, citado no texto, todos os 100 mente sincronizados com o respectivo serviço na nuvem.
policiais deverão fazer pelo menos um dos cursos: Vistoria em
Veículo (VV), Interceptação de Veículos (IV) e Reconhecimento Certo.
de Drogas (RD). Após os policiais realizarem as inscrições nos Uma vez feito o login no Onedrive, o usuário pode esco-
cursos citados, obteve-se o seguinte resultado: lher quais subpastas da pasta Onedrive serão sincronizadas
com a nuvem.
• VV: 40 policiais
• IV: 48 policiais 31 Em alguns postos da Polícia Rodoviária Federal, os radares
• RD: 52 policiais estão equipados com leitores OCR (Optical Character
• VV e IV: 13 policiais
Recognition), capazes de identificar a placa dos carros e
• VV e RD: 22 policiais
apresentar possíveis alterações (roubo, furto ou problemas
• IV e RD: 15 policiais
administrativos, por exemplo). Os dados desses radares, de
• VV e IV e RD: 10 policiais
sensores para contagem da quantidade de carros, além de
29 Então, quinze policiais rodoviários se inscreveram apenas em outros, estruturados ou não, podem ser analisados utilizando-
Vistoria em Veículo. se a Big Data, para gerarem informações úteis para prevenção
e fiscalização.
Certo.
Certo.
A Big Data é capaz de analisar dados estruturados (por exem-
plo, dados contidos em uma tabela separada por nome, RG etc.)
e não estruturados (voz, vídeo etc.).

32 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, é analista de T.I.

e trabalha na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Brasí-
lia. Um policial de Manaus está solicitando um auxílio para
configurar as regras do firewall da sua seção. Uma alternativa
para realizar o acesso ao computador, de forma segura (usan-
do criptografia), é por meio do protocolo Telnet.
Portanto, o item é CERTO.
Errado.
O protocolo Telnet permite o acesso remoto a computadores,
mas não usa criptografia, portanto seu uso não é recomendado.
Nesse caso, poderia ser utilizado o protocolo SSH.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

33 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, precisa confi-
gurar, no computador utilizado para registro de ocorrência,
um IP (Internet Protocol) fixo. Nesse caso, ele pode usar a
janela configurações, acessar a opção “Rede e Internet” para
ter acesso ao local específico de configuração. Porém, antes
de definir o IP, ele deve saber qual é a classe de IP que está
sendo usada na rede, caso contrário seu computador não vai
conseguir se comunicar com os demais.
Certo.
Ele pode descobrir qual a classe e a faixa de IP que está sen-
do usada pelo comando “Ipconfig” a ser digitado no prompt
de comando.
34 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, é responsável
pela rotina de backups da sua seção. No sábado, ele realizou
um backup full que copiou 15 GB. Na segunda, ele realizou
um backup incremental que copiou 3 GB. De segunda para
terça, não foi criado e/ou modificado nenhum arquivo. Se na
terça ele realizar um backup incremental, pode-se inferir que
esse backup terá, pelo menos, 3 GB, uma vez que copiará
os arquivos já salvos na segunda, pois não foi desmarcado o
atributo de arquivamento.
37 Para aumentar a segurança dos sistemas de informações da
Delegacia Delta, o agente Bravo da Polícia Rodoviária Fe-
deral, chefe da Seção de T.I., introduziu novos métodos de
autenticação nos sistemas. São métodos de autenticação: re-
conhecimento da voz, leitura da íris, a autenticação em duas
etapas, uso de tokens, entre outros.
Certo.
As autenticações podem ser divididas em duas formas: o que
você sabe ou tem (senha, token) e “quem você é”, em que é usa-
da essencialmente a biometria (leitura de características físicas
e/ou comportamentais).
FÍSICA
HERICO AVOHAI
Dois automóveis A e B de massas 1000 kg e 800 kg, respectiva-
mente, trafegam numa rodovia plana e horizontal com velocida-
des constantes iguais a VA = 10 m/s e VB = 30 m/s. Após um certo
tempo, observa-se uma colisão entre eles e o gráfico a seguir des-
creve as velocidades em função do tempo dos dois veículos.

Errado.
O backup incremental desmarca o atributo de arquivamento,
portanto ele só irá copiar os arquivos que foram criados na ter-
ça. Já o backup diferencial não desmarca.

35 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, está utilizando

na sua seção de trabalho um antivírus que realiza a análi-
se heurística. Esse tipo de análise tem por objetivo detectar
malwares para os quais ainda não foram desenvolvidas vaci-
nas (sua assinatura não é conhecida). Por outro lado, nesse
tipo de detecção, podem ocorrer falsos positivos, ou seja, um
programa malicioso não é detectado e contamina a máquina. Considerando as informações, o sistema ideal e os princípios da
conservação do movimento, julgue os itens subsequentes.
Errado.
O falso positivo é quando uma atividade legítima é bloqueada. 38 O gráfico indica que somente após 12 segundos os automó-
Já o falso negativo é quando uma atividade maliciosa não é veis colidem entre si.
detectada.
Errado.
36 Jeferson Bogo, Policial Rodoviário Federal, é o chefe da Se- A colisão entre A e B acontece a partir de 10 s, sendo que:
ção de T.I. Seu chefe, o inspetor Mike, solicitou que as confi- - Entre 10 s e 12 s, ocorre a colisão, na qual há dissipação e
gurações do proxy fossem atualizadas. O proxy é usado para troca de energia entre A e B;
evitar a contaminação de máquinas por malwares. - A partir de 12 s, A e B permanecem grudados após a colisão e
o gráfico representa que os dois estão com a mesma velocidade.
Errado.
Proxy é um servidor intermediário, que fica entre a rede do usu-
ário e a Internet, usado, entre outras funções, para gerar um
cache (memória) das páginas acessadas, permitindo que elas
sejam carregadas posteriormente direto do proxy, se possível.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

39 A colisão ocorrida entre os automóveis A e B é do tipo per- 43 O automóvel B, no instante inicial, estava localizado 200 m
feitamente inelástica. atrás do automóvel A.

Certo. Certo.
Quando os corpos permanecem grudados após a colisão, ela é As distâncias percorridas por A e B em 10 s (que é o momento
do tipo perfeitamente inelástica. em que se inicia a colisão) são dadas pelas áreas dos gráficos.

40 A quantidade de movimento do sistema não se conserva. Automóvel A

Errado.
Em todos os tipos de colisões, a quantidade de movimento
se conserva.

41 A velocidade dos automóveis após a colisão é maior do

que 20 m/s.

Errado.
DADOS:
mA = 1000 kg
mB = 800 kg
Automóvel B
ANTES DA COLISÃO:
VA = 10 m/s
VB = 30 m/s

DEPOIS DA COLISÃO:
M = mA + mB = 1800 kg
V=?

Sabemos que a quantidade de movimento se conserva, logo:

Se B percorreu 300 m do início até a colisão e A percorreu

100 m, podemos afirmar que o automóvel B estava localizado
200 m atrás de A.

42 O coeficiente de restituição da colisão entre A e B é dado pela

razão entre o módulo da velocidade relativa de aproximação
e o módulo da velocidade relativa de afastamento e tem valor
igual a 1.

Errado.
Tudo errado! O coeficiente de restituição é dado por:

Na colisão perfeitamente inelástica, a velocidade relativa de

afastamento é 0, pois os corpos permanecem grudados. Logo:

ÉTICA
KATIA LIMA
Julgue os itens a seguir tendo como referência a ética no serviço
público, os Decretos n. 1.171/1994, n. 6.029/2007 e o Código de
Conduta da Alta Administração Federal.
44 O servidor público tem o dever de resistir às pressões de su-
periores em hierarquia, interessados, colegas, contratantes
que querem obter vantagens, favores ou qualquer outro bene-
fício em função de ações indevidas.
Certo.
Resistir a pressões de toda espécie para fazer algo errado é de-
ver do servidor.
45 Se determinado órgão público federal criar uma comissão de
ética especializada em assunto específico, então essa comis-
são não integrará o sistema de gestão da ética do Executi-
vo federal.
Errado.
Segundo o art. 2º, III, as demais comissões de ética que fo-
rem criadas integrarão o sistema de gestão da ética, junto com
a CEP e com as comissões de ética previstas no Decreto n.
1.171/1994.
46 As normas do Código de Conduta da Alta Administração
aplicam-se ao Presidente da República, aos Ministros de Es-
tado e aos Secretários de Estado, dentre outros.
Errado.
As normas não se aplicam ao Presidente da República. As res-
ponsabilidades éticas do Presidente seguem outros caminhos
definidos constitucionalmente.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
GEOPOLÍTICA
KLEBER CAVERNA
Leia o texto a seguir.
Os transportes correspondem ao conjunto de materiais e instru-
mentos técnicos utilizados no deslocamento de pessoas e cargas de
um lugar para o outro. No contexto do desenvolvimento dos países
e das sociedades, os meios de transporte são uns dos principais
elementos para garantir a infraestrutura, ou seja, o suporte material
para que tal crescimento instrumentalize-se.
Fonte: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/
transportes.htm>.
A respeito dos transportes no Brasil, julgue.
47 Existe em nosso país uma ausência de políticas que sejam
mais específicas para aumentar a oferta de meios de trans-
porte viáveis e eficientes, resultando, de uma forma direta,
na busca pelo transporte individual, sendo que a situação é
impulsionada pela pressão da indústria automobilística que,
além de dividendos, gera empregos no Brasil.
Certo.
Tendo em conta a opção pelo transporte motorizado individual
no nosso país, os principais problemas encontrados são o so-
brecarregamento do espaço; a limitação do fluxo; o aumento
do índice de acidentes, tendo como consequência mutilações
graves ou mortes; a pequena oferta de alternativa de mobilidade
para atender ao excesso de passageiros que dependem de trans-
portes públicos; e a poluição do ambiente. Realmente, existe
uma grande ausência de políticas específicas para aumentar a
oferta de meios de transporte viáveis e eficientes que resultam
diretamente na busca pelo transporte individual e o rodoviaris-
mo acabou privilegiando os automóveis particulares devido às
pressões da indústria automobilística que, além de dividendos,
gera empregos no Brasil.

48 A integração nacional por meio de estradas é a mais adequa-
da para um país com dimensões continentais como o Brasil,
principalmente porque o maior volume de carga escoada no
Brasil é formado por commodities, como minérios, grãos, ci-
mento, entre outras, que precisam da combinação de mais de
um meio de transporte para que se complete o ciclo que vai
da produção ao consumo.
Errado.
A gradual ampliação do transporte de cargas no Brasil por vias
ferroviárias e hidroviárias poderia diminuir a dependência do
país do modelo rodoviário e, consequentemente, do petróleo,
além de diminuir os custos, a incidência de acidentes nas rodo-
vias, a queda na poluição etc. A integração nacional por meio de
estradas não é a mais adequada para um país.
O Brasil precisa urgentemente melhorar significativamente em várias
frentes, tais como reduzir a carga tributária, simplificar a burocracia,
investir pesadamente em sua infraestrutura, ampliando e aperfeiço-
ando a participação da iniciativa privada nos investimentos do setor,
desenvolver projetos destinados à educação para melhor qualificar a
sua mão de obra e assim melhor alavancar o desenvolvimento eco-
nômico do País, que possui enormes potencialidades.
Sobre esse tema, julgue.
49 Dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas acabam
encarecendo os investimentos, onerando o fluxo de bens e
serviços, reduzindo a competitividade, aumentando o desem-
prego, mitigando a mão de obra qualificada e emperrando o
desenvolvimento do país, configurando o denominado “Cus-
to Brasil”.
Certo.
O chamado “Custo Brasil” é fator significativo na determinação
dos preços dos produtos que refletem uma baixa competitivida-
de no mercado internacional e traz reflexos no mercado interno
que, na contramão, acaba importando muitos bens de consumo,
principalmente dos Estados Unidos e da China, por serem mui-
to mais baratos do que aqueles produzidos no próprio país.
50 Nossa matriz de transporte é fortemente baseada no modal
rodoviário, pois, apesar de grande parte das estradas brasi-
leiras serem pavimentadas, o resultado é um custo logístico
mais oneroso, que também mostra reflexos no consumo de
combustíveis e na manutenção de veículos.
Errado.
Nossa matriz de transporte é fortemente baseada no modal ro-
doviário e ainda temos uma grande parte das estradas brasilei-
ras que devem ser pavimentadas. Esse rodoviarismo traz um
custo logístico mais oneroso, que também mostra reflexos no
consumo de combustíveis e na manutenção de veículos.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
INGLÊS
ALEXANDRE HARTMANN

The Secrets to Happiness Around the World



With the toll 2020 took on all of us, the pursuit of
happiness seemed more challenging than ever, but we learned
that everyone can relate to isolation and dark days. How
each of us finds happiness is another story though, suggests
The Atlas of Happiness: The Global Secrets of How to Be
Happy, in which Helen Russell shares 30 countries' take on
contentment. Our list below highlights some of our favorite
cultural concepts from the book, as well as some additions.
From channeling your inner grit – or sisu, used by the Finns
to survive the Arctic darkness – to embracing life's fleeting,
imperfect moments according to the Japanese concept of wabi-
sabi, here are the secrets to being happy around the world.



Sisu

Finland

The Finns uniquely thrive in the long, dark Arctic winter by
channeling their inner grit, or sisu, which manifests by embracing
their extreme weather – from cycling in snow or even ice
swimming. Perhaps soaking in saunas – the national pastime of
the "happiest country in the world" three years in a row according
to the U.N. – also has something to do with their inner glow.



Wabi-sabi

Japan

Imperfection, impermanence and incompleteness is the
meaning behind the Japanese concept of wabi-sabi. In this
traditionally Buddhist country, accepting the transience of
life and embracing things in their most natural state leads
to contentment. This could be appreciating the beauty in
chipped pottery, an aging face or fleeting cherry blossoms.



Azart

Russia

Taking uncomfortable, almost extreme chances is the
meaning behind the Russian concept of azart. It invites
Russians' zeal for taking life by the horns and surviving
anything that comes their way. One time-honored azart
practice? Enjoy a hardy birch-twig beating in the sauna at the
nearest banya, or bathhouse.



Saudade

Brazil

A feeling of melancholy, longing and nostalgia for a
happiness that once was or will never happen again, saudade
is recognized in the literature and music of Brazil, Portugal
and Cape Verde. Portuguese writer Manuel de Melo describes
the concept as "a pleasure you suffer, an ailment you enjoy."
Source: <https://www.newsweek.com/2021/01/15/secrets-
happiness-around-world-1559664.html>.

According to the text, judge the following statements.
51 Dealing with isolation and times of extreme misfortune
or difficulty ensures that people will not ever find
happiness in life.
Errado.
O texto afirma: “we learned that everyone can relate to isolation
and dark days. How each of us finds happiness is another story
though,” [nós aprendemos que todos podem responder ao
isolamento e aos tempos difíceis. Como cada um de nós encontra
a felicidade é uma outra história no entanto,]. A questão afirma:
“Lidar com o isolamento e tempos de extrema dificuldade
garante que as pessoas jamais encontrarão felicidade na vida”.
52 In the second paragraph, “thrive” is a verb and means the
same as flourish or succeed.
Certo.
“Thrive” é um verbo e significa prosperar, desenvolver-se,
progredir. Para verificar a coerência, substitua “thrive” por
um dos termos destacados na questão. Lembre-se de que o
conectivo or é inclusivo.
53 It can be gathered from the third paragraph that the Japanese
are very pessimistic about life.
Errado.
O texto afirma: “…embracing things in their most natural state
leads to contentment. This could be appreciating the beauty
in…” […aceitar com entusiasmo as coisas em seu estado
mais natural conduz ao contentamento. Apreciar a beleza...]. A
questão erra ao afirmar: “Pode-se inferir do terceiro parágrafo
que os japoneses são muito pessimistas quanto à vida”.
54 In paragraph four, the expression “taking life by the horns”
means dealing with life in a very direct or confident way.
Certo.
A tradução literal da expressão “take the bull by the horns” é
pegar o touro pelos cornos, ou seja, enfrentar uma situação
com confiança. No texto, o termo “the bull” foi substituído por
“life”, conferindo à expressão o sentido de “encarar a vida com
confiança”.
55 Brazil is the only country among the four in which happiness
is associated with a sense of regret, remorse, sorrow.
Errado.
O texto afirma que, no Brasil, o contentamento está associado
à palavra saudade do que passou ou não voltará a ser. O termo
saudade está associado a melancolia, desejo, nostalgia, mas não
a arrependimento, remorso, tristeza – como afirma a questão.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
BLOCO II
RESOLUÇÕES CONTRAN
ESTÊVÃO GONÇALO
Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do Contran em vigor.
56 A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária,
sendo a sinalização de regulamentação uma de suas classifica-
ções. Esse tipo consiste em placas com mensagens imperativas e
o desrespeito a elas constitui infração. É necessário acrescentar
informações complementares, como período de validade, tipo
de veículo, condições de estacionamento, dentre outras. Todas
as placas regulamentares poderão ter incorporada placa adicio-
nal com a mensagem em questão. Nesse caso, considera-se que
a placa regulamentar possui informação complementar.
Errado.
No caso da sinalização vertical regulamentar, conforme a Re-
solução n. 160/2004, os sinais R-1 Parada Obrigatória e R-2
Dê a preferência não podem receber nenhum tipo de infor-
mação complementar. Assim, a parte que diz “todas as placas
regulamentares” torna o item incorreto. As demais informações
estariam corretas.
57 Os locais reconhecidos como pontos de parada e descanso
voltados aos motoristas profissionais de veículos de carga e
de passageiros deverão ser dotados com sinalização de servi-
ços auxiliares. Tal sinalização consiste no subsistema da si-
nalização viária do grupo sinalização vertical e é classificada
como indicativa.
Certo.
O item toca em parte da Resolução n. 525/2015 e parte da Re-
solução n. 160/2004. De fato, os pontos de parada reconhecidos
devem possuir a sinalização em questão e esta é, sim, vertical
indicativa. Cabe destacar que, havendo mais de um tipo de ser-
viço prestado no local de descanso, uma única placa pode ser
dotada de vários pictogramas indicativos.
58 Dentro da sinalização viária horizontal, existem as marcas
transversais, que ordenam os deslocamentos frontais dos ve-
ículos e os harmonizam com os deslocamentos de outros ve-
ículos e dos pedestres.
Certo.
Esse é o conceito das marcas transversais, descritas na Reso-
lução n. 160/2004. Cabe destacar que essas marcas também
informam aos condutores sobre a necessidade de reduzir a ve-
locidade, indicam travessia de pedestres e posições de parada.

Um Policial Rodoviário Federal, em patrulhamento de rotina,
observou que um ônibus se encontrava com parte do para-brisa
trincado. Ao realizar a abordagem, verificou que a trinca única
possuía aproximadamente 10 cm de extensão, na parte direita do
vidro, afastado de qualquer borda.
Considere a situação hipotética e julgue os itens adiante, com base
nas resoluções do Contran.
59 Nesse caso, não há qualquer ação a ser tomada pelo policial
no que tange à trinca do para-brisa.
Certo.
Segundo o texto, com base na Resolução n. 216/2006, a trinca
em questão está dentro dos limites permitidos para o veículo
em questão. No caso de ônibus, são permitidos até três danos,
sendo trinca não superior a 20 cm e fratura de diâmetro não su-
perior a 4 cm, desde que fora da área crítica da visão e da faixa
periférica de 2,5 cm de extensão nas bordas.
60 Quanto à extensão do dano, caso fosse em um automóvel,
caberia autuação por infração de trânsito.
Errado.
No caso de automóvel, a extensão admitida em trincas é não
superior a 10 cm de comprimento, conforme a Resolução n.
216/2006. Logo, não haveria infração.
61 A área crítica da visão consiste em um trecho do para-brisa
do veículo que não pode receber qualquer trinca ou fratura e,
havendo, será considerada irrecuperável. No caso de veículos
utilitários e caminhonetes, não existe uma área exata e idên-
tica para todos os veículos, sendo definida por equipamento
do próprio veículo.
Certo.
A área crítica da visão para ônibus, micro-ônibus e caminhões
consiste num retângulo de 40 cm x 50 cm, com base tangente
à parte mais alta do volante e eixo centralizado. No caso dos
demais veículos (inclusive utilitários e caminhonetes), a área é
a metade esquerda da região de varredura das palhetas do lim-
pador do para-brisa, conforme a Resolução n. 216/2006. Assim,
nestes últimos veículos, a área crítica varia de acordo com a
palheta do limpador.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
62 O para-brisa do veículo consiste em um vidro de segurança, que
deverá possuir marcação indelével, em local visível, contendo
a marca do fabricante e o símbolo de conformidade com a le-
gislação brasileira definida pelo INMETRO. Além disso, sendo
peça única, conterá também marcação indelével do Número Se-
quencial de Produção, relativo à identificação do veículo.
Certo.
O item aborda as Resoluções n. 254/2007 e n. 24/1998. De fato,
é necessário haver a identificação do fabricante, de conformi-
dade com o INMETRO, e do VIS (número sequencial de pro-
dução). Lembrando que o VIS será em, pelo menos, um para-
-brisa, ou seja, se o vidro for bipartido, somente um dos lados
precisará deste registro.
Julgue os itens a seguir segundo as resoluções do Contran.
63 No transporte eventual de carga indivisível, somente será ad-
mitido o uso do compartimento de carga aberto se o veículo
for dotado de extensor de caçamba.
Errado.
Na Resolução n. 349/2010, não existe essa limitação. Será ne-
cessário, para o transporte com a tampa aberta, manter preserva-
da a visibilidade do sistema de iluminação e da placa traseira e
o respeito ao limite do balanço traseiro em 60% do entre-eixos.
O extensor de caçamba é um dispositivo que previne a queda da
carga e mantém visível todo o sistema de iluminação traseiro.
64 A carga indivisível transportada sobre o teto de um automó-
vel não poderá ter comprimento maior do que o do veículo,
nem ultrapassar a largura da parte superior do veículo.
Certo.
Esses são os limites estabelecidos para a carga transportada so-
bre o teto do veículo na Resolução n. 349/2010, considerada
ainda a altura máxima de 50 cm. Cabe lembrar que, no caso de
bicicletas, o limite de altura pode ser desconsiderado.
65 No transporte de passageiros em compartimento de cargas
a título precário, é admitido que o passageiro viaje em pé,
desde que seja em trajeto que permita a viagem em pé, tam-
bém em ônibus, desde que haja barra de suporte para que o
passageiro possa se apoiar.
Errado.
No transporte a título precário de passageiro em compartimen-
to de carga, não se admite que este viaje em pé, conforme a
Resolução n. 508/2014. Cabe destacar também que, segundo o
CTB, no art. 108, somente poderá ser feito este tipo de trans-
porte onde não houver linha regular de ônibus.

66 No transporte de passageiros em compartimento de carga a
título precário, quando destinado a trabalhadores, excepcio-
nalmente, as ferramentas e os materiais poderão ser transpor-
tados no mesmo compartimento dos passageiros.
Errado.
Quando este tipo de transporte for destinado a levar trabalha-
dores, deverá haver compartimento resistente e fixo para a
guarda das ferramentas e dos materiais, segundo a Resolução
n. 508/2014.
67 O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, em seu se-
gundo volume, aprovado pela Resolução n. 561/2015, é des-
tinado às infrações de competência exclusiva dos órgãos e
das entidades executivos estaduais de trânsito.
Errado.
Fique ligado! O volume 2 do MBFT é destinado às infrações
de competência dos órgãos executivos estaduais de trânsito E
rodoviários.
68 Segundo o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, a
fiscalização é considerada uma ferramenta na busca pela con-
vivência pacífica entre os usuários (pedestres e condutores)
das vias terrestres.
Certo.
Esta é uma síntese de um parágrafo que está na Introdução do
Manual, na Resolução n. 561/2015:
A fiscalização, conjugada às ações de operação de trânsito,
de engenharia de tráfego e de educação para o trânsito, é
uma ferramenta de suma importância na busca de uma con-
vivência pacífica entre pedestres e condutores de veículos.
69 Com relação às Placas de Identificação Veicular, no caso de
extravio, furto ou roubo de quaisquer das PIV, o proprietário,
possuidor ou condutor do veículo poderá requerer a substitui-
ção somente no órgão executivo de trânsito do estado em que
o veículo estiver registrado.
Errado.
Segundo a Resolução n. 780/2019, no caso de extravio, furto ou
roubo de quaisquer das PIV, o proprietário, possuidor ou con-
dutor do veículo poderá requerer a substituição em qualquer
Unidade da Federação, independentemente do município ou
UF onde o veículo estiver registrado.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
70 A partir de 31 de janeiro de 2020, mesmo o veículo em circu-
lação já dotado de placas de identificação veicular no forma-
to antigo, que precise de segunda placa traseira, será exigida
a nova PIV.
Certo.
Essa é uma das exigências de nova placa para os veículos em
circulação. Também deve haver a mudança para o caso de subs-
tituição da placa em mudança de categoria, furto, extravio, rou-
bo ou dano da placa, bem como mudança de município ou UF,
conforme a Resolução n. 780/2019.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BR
PAULO SÉRGIO
Julgue os itens a seguir com base no Código de Trânsito Brasileiro
– CTB e suas alterações, inclusive as da Lei n. 14.071/2020.
71 O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no
Distrito Federal, é presidido pelo dirigente do órgão máximo
executivo de trânsito da União.
Errado.
Com a nova redação dada ao art. 10 do CTB pela Lei n.
14.071/2020, o presidente do Contran é o Ministro da Infra-
estrutura.
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com
sede no Distrito Federal, tem a seguinte composição: (Com
nova redação dada pela Lei n. 14.071/2020)
II-A – Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá.
72 Os Ministros da Economia, da Saúde, das Relações Exterio-
res, da Defesa e da Educação fazem parte da Composição
do Contran.
Certo.
Conforme previsto no art. 10 do CTB, descrito a seguir:
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com
sede no Distrito Federal, tem a seguinte composição: (Com
nova redação dada pela Lei n. 14.071/2020)
II-A – Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá;
III – Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
IV – Ministro de Estado da Educação;
V – Ministro de Estado da Defesa;
VI – Ministro de Estado do Meio Ambiente;
VII – (revogado);
XX – (revogado);
XXII – Ministro de Estado da Saúde;
XXIII – Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
XXIV – Ministro de Estado das Relações Exteriores;
XXV – (revogado);

XXVI – Ministro de Estado da Economia; e
XXVII – Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
73 Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trânsi-
to da União atuar como Secretário-Executivo do Contran. O
quórum de votação e de aprovação no Contran é o de mino-
ria absoluta.
Errado.
O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de MAIO-
RIA absoluta, conforme descrito no art. 10, §§ 5º e 6º, do CTB:
Art. 10, § 5º Compete ao dirigente do órgão máximo execu-
tivo de trânsito da União atuar como Secretário-Executivo
do Contran.
§ 6º O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de
maioria absoluta. (NR)
74 Poderão ser convidados a participar de reuniões do Contran,
com direito a voto, representantes de órgãos e entidades se-
toriais responsáveis ou impactados pelas propostas ou maté-
rias em exame.
Errado.
Eles não terão direito a voto, conforme descrito no art. 10-A do
CTB, incluído pela Lei n. 14.071/2020:
Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de reuniões
do Contran, sem direito a voto, representantes de órgãos e
entidades setoriais responsáveis ou impactados pelas pro-
postas ou matérias em exame.
75 Compete ao Contran apreciar os recursos interpostos contra
as decisões das instâncias inferiores, na forma prevista no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Errado.
Com a revogação do inciso XII do CTB e a alteração no art. 289
feitas pela Lei n. 14.071/2020, o Contran não é mais a última
instância para julgar os recursos por infrações ocorridas
nas rodovias e estradas federais. Agora, todas essas infrações
serão julgadas por um colegiado especial integrado pelo Coor-
denador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que apreciou
o recurso e por mais um Presidente de Junta.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
76 As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao Contran,
são integradas por especialistas e têm como objetivo estudar
e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos
específicos para decisões daquele colegiado. A coordenação
das Câmaras Temáticas será exercida por representantes
do órgão máximo executivo de trânsito da União ou dos
Ministérios representados no Contran, conforme definido no
ato de criação de cada Câmara Temática.
Certo.
É a chamada “letra da lei”, conforme descrito no art. 13 do
CTB, alterado pela Lei n. 14.071/2020:
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vincula-
dos ao Contran, são integradas por especialistas e têm como
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico
sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado.
§ 3º A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida
por representantes do órgão máximo executivo de trânsito
da União ou dos Ministérios representados no Contran, con-
forme definido no ato de criação de cada Câmara Temática.
(Nova redação dada pela Lei n. 14.071/2020).
77 Compete ao Denatran, órgão máximo executivo de trânsito
da União, organizar, manter e atualizar o Registro Nacional
Positivo de Condutores (RNPC) e organizar e manter o Re-
gistro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf).
Certo.
Conforme estabelece o art. 19, XXX e XXXI, do CTB, trans-
crito a seguir:
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsi-
to da União:
XXX – organizar e manter o Registro Nacional de Infrações
de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei n. 13.281, de 2016)
XXXI – organizar, manter e atualizar o Registro Nacio-
nal Positivo de Condutores (RNPC). (Incluído pela Lei n.
14.071/2020)

78 O FUNSET é um fundo de âmbito nacional destinado à segu-
rança e educação de trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) estabelece que o percentual de 10% (dez por cento) do
valor das multas de trânsito deve ser depositado mensalmente
na conta do FUNSET – Fundo Nacional de Segurança e Edu-
cação de Trânsito.
Errado.
O FUNSET é um fundo de âmbito nacional destinado à se-
gurança e educação de trânsito. O Código de Trânsito Brasi-
leiro (CTB) estabelece, em seu art. 320, parágrafo único, que
o percentual de 5% (cinco por cento) do valor das multas
de trânsito deve ser depositado mensalmente, na conta do
FUNSET, criado pela Lei n. 9.602 de 21 de janeiro de 1998 e
regulamentado pelo Decreto n. 2.613, de 03 de junho de 1998,
os quais estabelecem a gestão do referido fundo ao Departa-
mento Nacional de Trânsito – Denatran.
79 Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodo-
vias e estradas federais, aplicar a penalidade de suspensão do
direito de dirigir, quando prevista de forma específica para a
infração cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao
órgão máximo executivo de trânsito da União.
Certo.
Com o advento da Lei n. 14.071/2020 (que incluiu o inciso XII
ao art. 20 do CTB), a PRF (por intermédio do seu diretor – Au-
toridade de Trânsito) agora pode aplicar a Suspensão do Direi-
to de Dirigir para infrações específicas ocorridas nas rodovias
federais e aplicadas pelos policiais rodoviários e, ainda, aplicar
a penalidade de advertência por escrito nas infrações leves e
médias, conforme o art. 267 do CTB.
80 Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe-
deral executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade exe-
cutivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitante-
mente com os demais agentes credenciados.
Certo.
É a “letra da lei”, conforme estabelecido no art. 23, III, do CTB:
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Dis-
trito Federal:
III – executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade execu-
tivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitante-
mente com os demais agentes credenciados.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
81 Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento,
os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da
ordem pública. A prerrogativa de livre estacionamento será
aplicada somente quando os veículos estiverem identificados
por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente.
Certo.
Conforme estabelece o art. 29, VII, do CTB, transcrito a seguir:
Art. 29, VII – os veículos destinados a socorro de incêndio
e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação
de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando
em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de pre-
servação da ordem pública, observadas as seguintes disposi-
ções: (Nova redação dada pela Lei n. 14.071/2020)
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada so-
mente quando os veículos estiverem identificados por dispo-
sitivos regulamentares de iluminação intermitente; (Incluído
pela Lei n. 14.071/2020)
82 Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar
habilitado no mínimo há dois anos na categoria B e não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser rein-
cidente em infrações médias, durante os últimos doze meses.
Errado.
Conforme estabelece o art. 143, § 1º, do CTB, o condutor deve
estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B para
poder se habilitar na C.
Art. 143, § 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deve-
rá estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reinci-
dente em infrações médias, durante os últimos doze meses.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

83 Os condutores da categoria B estão autorizados a conduzir BLOCO III

veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos ter-
mos do Anexo I do CTB, cujo peso não exceda a 6.000 kg
(seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
DIREITO ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
lugares, excluído o do motorista.
Julgue os itens subsecutivos a respeito das regras sobre Responsa-
Certo.
bilidade Civil Extracontratual Estatal e Poderes Administrativos.
Conforme estabelece o art. 143, § 2º, do CTB, transcrito a seguir:

86 A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito pú-

Art. 143, § 2º São os condutores da categoria B autorizados
a conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, defini-
da nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não ex-
ceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não
exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista.
blico e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviços públicos pelos danos causados por atos de seus
agentes é subjetiva, enquanto a responsabilidade civil dos
agentes públicos é objetiva.

84 É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual. Errado.

O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, Extrai-se da CF/1988, art. 37, § 6º, que as pessoas jurídicas de
for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para direito público, como as Entidades Federadas (União, estados,
municípios e Distrito Federal), e de direito privado prestadoras
verificar se o veículo está licenciado. A referida dispensa não
de serviços públicos, como certas empresas públicas (Correios)
cabe para o documento de habilitação, sendo obrigatório o
e sociedades de economia mista (Eletrobras), respondem obje-
porte do documento físico ou digital.
tivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, cau-
sarem a terceiros. Assim, não é necessário que a vítima com-
Errado.
prove ter o agente público agido com dolo ou culpa, bastando a
Com as alterações inseridas pela Lei n. 14.071/2020, tanto a
demonstração de nexo de causalidade entre a conduta de agente
habilitação quanto o CRLV podem ser dispensados se o agente
nessa qualidade e o dano efetivamente causado.
tiver acesso ao sistema informatizado para verificar tais dados,
Seguindo o mesmo dispositivo constitucional, uma vez conde-
conforme descrito nos arts. 133 e 159 do CTB:
nada a pessoa jurídica, surge em favor dela o direito de regresso
contra o agente precursor do dano, nos casos de dolo ou culpa,
Art. 159, § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Diri-
porque a responsabilidade do agente público é do tipo subjeti-
gir ou da Carteira Nacional de Habilitação quando o condu-
va. Com efeito, para que o agente seja condenado a ressarcir
tor estiver à direção do veículo.
a pessoa jurídica dos prejuízos por ela suportados, deverá ser
§ 1º-A O porte do documento de habilitação será dispensado
comprovado, além do nexo de causalidade, que a conduta do
quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso
agente responsável pelo dano foi dolosa ou culposa.
ao sistema informatizado para verificar se o condutor está
Diante de todo o explicado, percebe-se que a questão inverteu
habilitado. (Incluso pela Lei n. 14.071/2020)
as regras de responsabilidade civil, tornando o item ERRADO.
Reescrevendo a assertiva da forma correta, ficaria assim: A res-
85 Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de ponsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e
Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, sub- das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços
metendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na públicos pelos danos causados por atos de seus agentes é OB-
forma estabelecida pelo Contran. JETIVA (e não subjetiva), enquanto a responsabilidade civil
dos agentes públicos é SUBJETIVA (e não objetiva).
Certo.
Conforme previsto no art. 263 do CTB, após 2 anos da cassação
da CNH é que o condutor poderá se reabilitar.

Art. 263, § 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira

Nacional de Habilitação, o infrator poderá requerer sua re-
abilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo Contran.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

87 Eventual causa de excludente de ilicitude penal favorável a
um agente público, como a legítima defesa, não tem o condão
de afastar a responsabilidade civil do Poder Público pelos da-
nos causados por esse agente.
Certo.
Segundo deixou assentado nos autos do REsp 1.266.517/PR
(Rel. Ministro Mauro Campbell, DJe 10/12/2012), para o Su-
perior Tribunal de Justiça: "A Administração Pública pode res-
ponder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda
que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude
penal." Nesses termos, a assertiva corresponde ao entendimen-
to jurisprudencial da referida Corte. Seu gabarito é CORRETO.
88 Se um policial rodoviário federal receber ordem manifesta-
mente ilegal de um superior, ainda assim deverá cumpri-la,
devido à mitigação dos efeitos jurídicos do princípio da lega-
lidade frente ao poder hierárquico exercido pelos superiores.
Errado.
Muito pelo contrário! Graças ao princípio da legalidade, feste-
jado como base da atuação Administrativa Pública na Consti-
tuição Federal, art. 37, se a ordem proveniente da chefia é ma-
nifestamente ilegal, cumprirá ao agente público se negar a dar
cumprimento e representar contra sua chefia. Foi nessa linha de
90 O convite é uma das modalidades de licitação admitidas em
raciocínio que a Lei n. 8.112/1990 – Estatuto do Servidor Pú-
blico Civil Federal, em seu art. 116, V e XII, estabeleceu que:
Art. 116. São deveres do servidor:
(...)
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifes-
tamente ilegais;
(...)
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abu-
so de poder.
Portanto, a assertiva está INCORRETA.
A respeito da Licitação Pública e do Regime Jurídico Geral ao
qual se acha submetida, julgue as assertivas a seguir.
89 Tipo de licitação é a forma específica de se conduzir o proce-
dimento licitatório, a partir de critérios jurídicos devidamente
definidos em lei, enquanto modalidade licitatória é o método
de seleção da oferta mais vantajosa previsto em lei e apto a
viabilizar a classificação dos candidatos.
Nos termos da Lei n. 8.666/1993, art. 22, e da Lei n. 10.520/2002,
são modalidades usuais de licitação:
- Concorrência;
- Tomada de Preços;
- Convite;
- Leilão;
- Concurso;
- Pregão.
Do outro lado, são tipos de licitação, na forma do art. 45, § 1º,
da Lei n. 8.666/1993:
- Menor preço (também empregado pela Lei n. 10.520/2002);
- Técnica e preço;
- Melhor técnica;
- Maior lance ou oferta.
Assim, reescrevendo a questão da forma correta, tem-se: Mo-
dalidade de licitação é a forma específica de se conduzir o pro-
cedimento licitatório, a partir de critérios jurídicos devidamente
definidos em lei, enquanto tipo licitatório é o método de seleção
da oferta mais vantajosa previsto em lei e apto a viabilizar a
classificação dos candidatos.
lei, que se constitui em modalidade realizada entre interessa-
dos do ramo de que trata o objeto da licitação, escolhidos e
convidados em número mínimo de três pela Administração.
Certo.
Nos termos da Lei n. 8.666/1993, art. 22, § 3º:
Art. 22, § 3º Convite é a modalidade de licitação entre in-
teressados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou
não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3
(três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá
aos demais cadastrados na correspondente especialidade que
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vin-
te e quatro) horas da apresentação das propostas.
Assim, a questão se resumiu à literalidade da Lei Geral de Lici-
tações e seu gabarito, nesse contexto, é CORRETO.

Errado.
É justamente ao contrário! Modalidade de licitação é a forma
específica de se conduzir o procedimento licitatório, é a for-
ma como os atos do processo são praticados, na forma da lei;
por outro lado, o tipo de licitação é o critério objetivo e pre-
visto em lei como será selecionada a oferta mais vantajosa no
procedimento.

DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens a seguir.
91 Embora as notícias falsas que circulam na Internet (fake news)
prejudiquem o acesso à informação, a liberdade de expressão
e de comunicação é direito humano absoluto, portanto imune
a qualquer forma de regulação.
Errado.
A regra é que nenhum direito fundamental é absoluto. A própria
CF prevê que esse direito pode sofrer restrições (CF, art. 220,
§§ 3º e 4º). Para a matéria de direitos humanos, a vedação à
tortura e à escravidão são direitos absolutos.
92 O reconhecimento de convenções e acordos coletivos de tra-
balho é um direito fundamental social que não se aplica aos
servidores ocupantes de cargo público.
Certo.
Acordo ou convenção coletiva de trabalho é uma prerrogativa
do celetista. Aumento na remuneração de servidor público deve
ser por lei ordinária específica.
CF, art. 37, X – a remuneração dos servidores públicos e
o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sem-
pre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (Regulamento)
93 Situação hipotética: João, cuja mãe é brasileira e cujo pai é
espanhol e mora em Londres, nasceu em país estrangeiro e
não foi registrado em repartição brasileira competente. Hoje,
aos 21 anos de idade, ele reside no Brasil e pretende requerer
a nacionalidade brasileira. Assertiva: Nesse caso, poderá ser
conferida a João a condição de brasileiro nato.
Certo.
Art. 12. São brasileiros:
I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço
de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasi-
leira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-
sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 54, de 2007)
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
94 Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permi-
tem ao cidadão candidatar-se e receber votos para um car-
go eletivo.
Errado.
Direitos políticos ativos significam votar e direitos políticos
passivo significam a capacidade de ser votado.
95 A competência da PRF, instituição permanente, organizada
e mantida pela União, inclui o patrulhamento ostensivo das
rodovias e das ferrovias federais.
Errado.
Art. 144, § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanen-
te, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 19, de 1998)
Art. 144, § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanen-
te, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 19, de 1998)
DIREITO PENAL
ÉRICO PALAZZO
Texto para as questões 96 e 97.
Breno Tobias, funcionário público, enfermeiro, trabalha em hos-
pital público e tem como função aplicar vacinas na população.
Ocorre que, no dia 03/02/2021, na intenção de aplicar uma vacina
contra a covid-19 na paciente Rute, Breno confunde os frascos e
aplica outra substância, a qual vem a gerar a morte instantânea de
Rute por envenenamento.
Diante da situação apresentada, julgue os itens a seguir.
96 Breno Tobias incorreu em erro de tipo e poderá ser responsa-
bilizado pelo homicídio doloso ou culposo, a depender de seu
grau de culpa na conduta.
Errado.
De fato, Breno Tobias incorreu em erro de tipo. Todavia, o erro
de tipo exclui o dolo e a culpa, se for invencível, ou somente
o dolo, se for vencível (evitável). Assim, como houve erro de
tipo, em nenhuma hipótese Breno poderá ser responsabilizado
por homicídio doloso, ainda que seu erro tenha sido evitável.
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

97 Se constatado que o erro cometido por Breno foi evitável, ele
deverá ser responsabilizado pelo crime de homicídio culposo
qualificado pelo emprego de veneno.
Errado.
O erro de tipo evitável exclui o dolo, mas permite a punição
pela modalidade culposa, se houver previsão legal. Logo, se
constatado que o erro de Breno foi evitável, ele será responsa-
bilizado por homicídio culposo, o qual não admite a aplicação
das qualificadoras do art. 121, § 2º, do CP. As qualificadoras do
homicídio aplicam-se somente ao homicídio doloso. Portanto,
Breno não poderá ser responsabilizado pela qualificadora do
emprego de veneno.
98 Situação hipotética: Rafaela Rocha, maior imputável, efetua
disparos contra Rony Alves e, acreditando que ele se encontra
morto em virtude dos disparos, lança seu corpo ao mar. En-
tretanto, a perícia demonstra que a vítima estava viva quando
teve o corpo lançado ao mar e que, na verdade, morreu asfi-
xiada. Assertiva: Neste caso, houve erro de tipo acidental, na
modalidade aberratio delicti.
Errado.
Na situação hipotética apresentada, realmente houve erro de
tipo acidental, mas na modalidade aberratio causae, ou seja,
o resultado foi alcançado pelo agente, mas por meio de nexo
causal distinto daquele que ele havia previsto. Aberratio delicti,
por sua vez, encontra-se previsto no art. 74 do CP – resultado
diverso do pretendido.
99 No dia 20/01/2021, Manuela Carvalho foi vítima de estelio-
nato praticado por agente desconhecido. No dia 20/03/2021,
a polícia chegou ao conhecimento de que o crime havia sido
praticado por Armando Silva, maior imputável. Diante disso,
é correto afirmar que a decadência, causa extintiva da punibi-
lidade, ocorrerá se Manuela não oferecer a representação no
prazo de 6 meses, contado do dia em que veio a saber quem
é o autor do crime.
100 A embriaguez culposa, ainda que completa, não torna o agen-
te inimputável tampouco gera diminuição de sua pena.
Certo.
De fato, conforme o art. 28, §§1º e 2º, do CP, somente a em-
briaguez acidental (decorrente de caso fortuito ou força maior)
completa gera a inimputabilidade do agente. E, se incompleta,
diminui a pena de 1/3 a 2/3. Na embriaguez culposa, apesar de
o agente ficar embriagado por culpa, a ingestão de álcool ocor-
reu pela sua própria vontade.
101 Todos os crimes contra a dignidade sexual, inclusive o assé-
dio sexual (art. 216-A do CP) e a importunação sexual (art.
215-A do CP), são de ação penal pública incondicionada, de-
vendo haver a persecução penal, independentemente da ma-
nifestação de vontade da vítima.
Certo.
Em 2018, a Lei n. 13.718 alterou a regra de procedibilidade
dos crimes contra a dignidade sexual, tornando-os de ação pe-
nal pública incondicionada, conforme o art. 225 do CP: “Nos
crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se
mediante ação penal pública incondicionada.”
102 Os crimes de incêndio e explosão são punidos na modalidade
dolosa. Entretanto, ambos os delitos também são punidos a
título de culpa.
Certo.
Tanto o incêndio (art. 250, § 2º, do CP) quanto a explosão (art.
251, § 3º, do CP) são puníveis na modalidade culposa.

Certo.
O crime de estelionato, conforme o art. 171, § 5º, do CP, é crime
de ação penal pública condicionada à representação do ofendi-
do. A decadência é uma causa extintiva da punibilidade, confor-
me o art. 107, IV, do CP, e se aplica nos crimes de ação penal de
iniciativa privada e nos crimes condicionados à representação.
O art. 103 do Código Penal dispõe:

CP, art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o

ofendido decai do direito de queixa ou de representação
se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado
do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou,
no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se
esgota o prazo para oferecimento da denúncia.

PROCESSO PENAL
RAFAEL DE OLIVEIRA
103 Nos crimes de ação pública, esta será promovida por repre-
sentação do Delegado de Polícia e dependerá, quando a lei o
exigir, de requisição do Ministério Público, ou de representa-
ção exclusiva do ofendido.
Errado.
A questão apresenta uma série de erros. De acordo com o art.
24 do CPP:
CPP, art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promo-
vida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá,
quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça,
ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualida-
de para representá-lo.
Portanto, incorreta a questão.
104 De acordo com o CPP, no caso de morte do ofendido ou quan-
do declarado absolutamente incapaz por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge ou a quem tenha
qualidade para representá-lo.
Errado.
“Sucessão processual” na ação penal privada, que ocorrerá em
caso de COMPROVADA morte ou declaração judicial de au-
sência (quando se declara, por decisão judicial, que determi-
nada pessoa está ausente, em razão de seu desaparecimento).
Por fim, há uma ordem de preferência entre os legitimados, que
é a ordem estabelecida no próprio art. 31 (cônjuge, ascendente,
descendente e irmão, NESTA ORDEM).
105 Independentemente do crime praticado, caso seja em detri-
mento do patrimônio ou interesse da União, do Estado e do
Município, a ação penal será pública.
Certo.
Questão que traz um importante tema presente no edital da PRF
acerca da ação penal. De acordo com o § 2º do art. 24, seja qual
for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou
interesse da União, do Estado e do Município, a ação penal será
pública. Correta a questão.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
106 Um dos princípios previstos para o rito do Juizado Especial,
conforme a Lei n. 9.099/1995, é o Princípio da Simplicidade.
Certo.
Exatamente! De acordo com o art. 62, o processo perante o Jui-
zado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simpli-
cidade, informalidade, economia processual e celeridade, objeti-
vando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela
vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Ademais,
o Princípio da Simplicidade é a base fundamental para a cele-
ridade processual, ao passo que o juizado especial é formado
por causas menos complexas, de modo que os procedimentos são
finalizados de maneira menos complexa. Correta a questão.
107 De acordo com a Lei n. 9.099/1995, na reunião de processos,
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da
aplicação das regras de conexão e continência, é vedada a
aplicação dos institutos da transação penal e da composição
dos danos civis.
Errado.
É exatamente o contrário que prevê a legislação pertinente. De
acordo com o parágrafo único do art. 60:
Art. 60, Parágrafo único. Na reunião de processos, perante
o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação
das regras de conexão e continência, observar-se-ão os ins-
titutos da transação penal e da composição dos danos civis.
Portanto, incorreta a questão.
108 Keno, Policial Rodoviário Federal, durante operação rea-
lizada na BR 070, deixou de efetuar busca pessoal em um
transeunte, o qual era acusado de homicídio e sobre o qual
havia fundada suspeita de possuir uma carta, que poderia ser
usada em investigação criminal. O referido policial deixou de
realizar a busca, visto que não havia arma de fogo na posse
do acusado e, para que recolhesse qualquer outro objeto, era
necessária autorização judicial.
Errado.
Não era necessário que houvesse somente arma de fogo para
que Keno efetuasse busca pessoal no referido transeunte. Se-
gundo o § 2º do art. 240:
Art. 240, §2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver
fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proi-
bida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do
parágrafo anterior.
Um dos objetos mencionados no § 1º, alínea “f”, são cartas,
abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quan-
do haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa
ser útil à elucidação do fato. Portanto, incorreta a questão.

109 Considerando os preceitos constitucionais aplicados ao pro-
cesso penal, a busca em mulher será feita somente por ou-
tra mulher, salvo em caso de flagrante delito ou por meio de
mandado judicial de busca e apreensão.
Errado.
Questão importante para o concurso do PRF! Por mais que seja
extremamente recomendado que a busca pessoal em mulher
seja realizada somente por outra mulher, o Código de Processo
Penal apresenta algumas exceções, porém elas são distintas das
apresentadas na assertiva. De acordo com o art. 249 do CPP, a
busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência. Portanto, caso corra
o risco de haver tal retardamento, poderá a busca não ser reali-
zada por outra mulher, não sendo necessário mandado de busca
ou flagrante delito. Incorreta a questão.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
DOUGLAS VARGAS
Tomando como base as previsões contidas na legislação especial
penal, bem como na jurisprudência vigente em nosso país, julgue
os itens a seguir.
110 De acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei n.
10.826/2003), aquele que portar, possuir, adquirir, transportar
ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer
outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adultera-
do incorre nas mesmas penas do delito de posse ou porte de
arma de fogo de uso restrito, com causa de aumento de pena
em razão da supressão, raspagem ou adulteração do sinal de
identificação do armamento.
Errado.
Na verdade, a conduta apresentada consiste tão somente naque-
la prevista no inciso IV, § 1º, do art. 16 da Lei n. 10.826/2003,
não consistindo, por si só, em causa de aumento de pena.
111 De acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei n.
10.826/2003), aquele que modifica as características de arma
de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer
modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz, incorre-
rá no delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em
concurso formal impróprio com o delito de fraude processual.
Errado.
O item está incorreto por informar a existência de um concurso
formal na verdade inexistente.
A conduta narrada se amolda perfeitamente ao inciso II do § 1º
do art. 16 do Estatuto do Desarmamento, a saber (item grifado):
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamen-
te, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito,
sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela
Lei n. 13.964, de 2019)
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a
torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou res-
trito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a
erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo
ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com deter-
minação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal,
ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo
envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de re-
clusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei n.
13.964, de 2019)
Assim sendo, não há o concurso mencionado no item, mas uma
conduta específica, una, para tipificação das ações hipotéti-
cas narradas.
Considerando as previsões contidas na Lei n. 13.869/2019, a
qual dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue os
itens a seguir.
112 Gilmar Moro é magistrado e realizou interpretação de lei e
avaliações sobre fatos no bojo de um processo, as quais pos-
teriormente divergiram do entendimento exarado pelos Tri-
bunais Superiores sobre o assunto. Nesse contexto, é correto
afirmar que a divergência na interpretação da lei realizada
pelo magistrado Gilmar Moro e pelos referidos Tribunais não
configura, segundo a legislação vigente, abuso de autoridade.
Certo.
É exatamente o que prevê o art. 1º, § 2º, da Lei de Abuso de
Autoridade: "§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na
avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade".

113 A legislação que versa sobre o abuso de autoridade em nos-
so país não apresenta qualquer rol para enumerar, de forma
taxativa ou exemplificativa, os sujeitos ativos do crime de
abuso de autoridade. No entanto, está devidamente sedimen-
tado o entendimento de que qualquer agente público, servidor
ou não, poderá ser responsabilizado por eventuais abusos,
avaliação que compreende inclusive os membros do Poder
Legislativo.
Errado.
Em que pese correta a afirmação sobre qualquer agente público,
servidor ou não, poder ser responsabilizado por abuso de auto-
ridade, há sim rol na Lei n. 13.869/2019, art. 2º:
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade
qualquer agente público, servidor ou não, da administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
Território, compreendendo, mas não se limitando a:
I – servidores públicos e militares ou pessoas a eles
equiparadas;
II – membros do Poder Legislativo;
III – membros do Poder Executivo;
IV – membros do Poder Judiciário;
V – membros do Ministério Público;
VI – membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos
desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamen-
te ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vín-
culo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou enti-
dade abrangidos pelo caput deste artigo.
Considerando as previsões contidas na Lei n. 9.605/1998 sobre os
crimes contra o meio ambiente e disposições correlatas, julgue os
itens a seguir.
114 Provocar incêndio em mata ou floresta é crime ambiental que
admite a modalidade culposa.
Certo.
É o que prevê o art. 41, e seu parágrafo único, da Lei n.
9.605/1998:
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção
de seis meses a um ano, e multa.
Jon Snow desmatou floresta nativa, em terras devolutas, sem auto-
rização do órgão competente em razão de necessidade de subsis-
tência imediata de sua família. Nesse contexto, vê as autoridades
competentes chegando ao local que havia desmatado e resolve
se entregar, considerando ter praticado crime previsto na Lei de
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO
Crimes Ambientais. Naquele momento, Jon é interpelado por
Ygritte, sua esposa, a qual afirma categoricamente que Jon não
sabe de nada e que naquele caso não praticou crime algum.
115 Considerando a situação hipotética dada, é correto afirmar
que Ygritte está correta, haja vista que a conduta de Jon está
amparada pelo instituto do estado de necessidade previsto no
Código Penal.
Errado.
O erro da questão reside no fato de que o amparo legal do es-
tado de necessidade se fundamenta no disposto na legislação
específica de Crimes Ambientais, art. 50-A, § 1º, a saber:
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar
floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
devolutas, sem autorização do órgão competente: (Incluído
pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa
§ 1º Não é crime a conduta praticada quando necessária à
subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
Portanto, a questão está errada.
DIREITOS HUMANOS
LUCIANO FAVARO
Um importante documento internacional que enumera os direi-
tos humanos é a Declaração Universal dos Direitos Humanos –
DUDH. Acerca dessa Declaração, julgue os subsequentes itens.
116 A DUDH é um documento adotado e proclamado, em 1948,
pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Uni-
das, no qual se enumeraram direitos de primeira e segunda
gerações de direitos humanos.
Errado.
A DUDH foi adotada e proclamada em 1948, pela Assembleia-
-Geral da ONU, e não pelo Conselho de Segurança.
117 Pela DUDH passou-se a admitir a adoção de tribunais ad hoc
para o julgamento de crimes perpetrados pelas pessoas.
Errado.
Não se admite, pela DUDH, a adoção de tribunais ad hoc (tribu-
nais criados para uma determinada finalidade; tribunais de ex-
ceção) para o julgamento de crimes perpetrados pelas pessoas.
118 O direito à propriedade previsto na DUDH admite relativi-
zação, sendo esta uma característica dos direitos humanos.
Certo.
O direito à propriedade previsto na DUDH admite relativiza-
ção, consoante o disposto no art. XVII, 2, DUDH, no qual se
estabelece que, arbitrariamente, ninguém pode ser privado de
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

sua propriedade. Não sendo de modo arbitrário (ou seja, se for

nos termos da lei), admite-se a relativização, tal qual se verifica,
por exemplo, no art. 5º, XXII, da CF/1988.

119 A prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que

será ministrada às crianças é do Estado, nos termos da DUDH.

Errado.
A prioridade do gênero de escolha de instrução que será mi-
nistrada às crianças cabe aos pais, conforme disposto no art.
XXVI, 3, DUDH.

Consoante o disposto na Convenção Americana sobre Direitos

Humanos, julgue o item.

120 Os Estados-partes, a Comissão Interamericana de Direitos

Humanos e os indivíduos têm direito de submeter um caso à
decisão da Corte.

Errado.
Os indivíduos não podem submeter um caso à decisão da Corte,
mas apenas os Estados-partes e a Comissão (art. 61 da Conven-
ção Americana sobre Direitos Humanos).
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

PROVA DISCURSIVA
JÚNIA ANDRADE

Sabemos que a PRF, além de cumprir políticas públicas afetas a sua competência, colabora em outras políticas contempladas em planos,
programas, projetos e ações, nos diversos níveis de Governo. A atuação da PRF se dá de maneira estruturada e sistêmica nos mais diver-
sos contextos de sua circunscrição no vasto território brasileiro.

Considerando-se o texto acima como meramente motivador, produza um texto dissertativo sobre o tema seguinte:

O COMPROMISSO DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL COM A SEGURANÇA PÚBLICA

Em seu texto, considere, necessariamente, os seguintes aspectos:

1. As ações da PRF para a manutenção da segurança viária. [6,00]

2. O papel da PRF no enfrentamento à criminalidade. [7,00]
3. A importância do emprego de avançados recursos tecnológicos para o alcance da excelência nos serviços prestados pela PRF. [5,00]

Obs.: 2,00 pontos serão reservados à análise dos quesitos referentes à apresentação.
 DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

CARGO: POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO

Pontuação
Aspectos Nota
máxima

Apresentação – legibilidade, margem, paragrafação e estrutura.

2,00
Perda de -0,25 ponto por não cumprimento de algum item do critério avaliativo.
1. As ações da PRF para a manutenção da segurança viária. [6,00]

O aluno deve discorrer, com precisão e objetividade, acerca das ações da PRF para a manutenção da segu-
rança viária. Nesse sentido, os alunos podem apresentar argumentos como os seguintes:

• Atendimento de acidentes com vítimas;

• Auxílios diversos aos usuários da via;
• Informação sobre multas pendentes;
• Serviço de recolhimento de animais abandonados nas vias;
• Fiscalização de transporte de cargas;
• Fiscalização de transporte de passageiros;
6,00
• Educação para o trânsito;
• Fiscalização de trânsito.

• Se o aluno apresentar somente um argumento, a nota corresponderá a 1/3 do valor = 2,00 pontos.
• Se o aluno apresentar somente dois argumentos, a nota corresponderá a 2/3 do valor: 4,00 pontos.
• Se o aluno apresentar três argumentos, haverá o alcance da totalidade dos pontos: 6,00 pontos – ressalvado
desconto em face de má redação.

Perda de 1,00 ponto por problemas de redação: falta de precisão, falta de objetividade, falhas quanto à coe-
rência ou quanto à coesão.
2. O papel da PRF no enfrentamento à criminalidade. [7,00]

O aluno deverá discorrer, de forma objetiva e precisa, acerca do papel da PRF no enfrentamento à criminalidade.
Para tal, poderá citar e explicar ações como as seguintes:

• Operações de controle de distúrbios;

• Crimes contra o Fisco;
• Crimes contra a dignidade sexual;
• Operações de patrulhamento tático;
• Crimes de roubo de cargas e de transporte de passageiros; 7,00
• Crimes de tráfico de armas e munições;
• Operações para cumprimento de decisões judiciais;
• Operações de escolta e segurança de dignatários;
• Crimes de tráfico de drogas;
• Crimes de fraudes veiculares;
• Crimes contra a pessoa;
• Crimes contra o patrimônio;
• Crimes de trânsito;
• Crimes ambientais;
 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2º SIMULADO

Pontuação
Aspectos Nota
máxima
• Operações táticas;
• Operações com cães.

• Se o aluno apresentar somente um argumento, a nota corresponderá a 1/3 do valor = 2,33 pontos.
• Se o aluno apresentar somente dois argumentos, a nota corresponderá a 2/3 do valor: 4,66 pontos.
7,00
• Se o aluno apresentar três argumentos, haverá o alcance da totalidade dos pontos: 7,00 pontos – ressalvado
desconto em face de má redação.

Perda de 1,16 ponto por problemas de redação: falta de precisão, falta de objetividade, falhas quanto à coe-
rência ou quanto à coesão.
3. A importância do emprego de avançados recursos tecnológicos para o alcance da excelência nos
serviços prestados pela PRF. [5,00]

O aluno deverá finalizar sua redação indicando, pelo menos, duas importâncias de se empregarem as novas
tecnologias para melhorar os serviços prestados pela PRF.
A tecnologia permite, por exemplo, o avanço em áreas que impactam o desempenho tático/operacional.

Exemplos:

– produção de protocolo único no Brasil para a aquisição de armas de fogo de alta tecnologia como pistolas 5,00
Glock, de ampla aceitação em forças policiais pelo mundo.
– A utilização de algoritmos preditivos e ferramentas de georreferenciamento para a geração de cenários de
aplicação da força institucional, por meio da antecipação de tendências no recorte criminal.
– Adoção de conceitos como Internet das Coisas (IoT) para uso em sistema de monitoramento por câmera;
Big Data, para a coleta e o compartilhamento de dados entre órgãos de segurança a fim de evitar a ocor-
rência de crimes e aumentar a segurança nas estradas; realidade aumentada, para facilitar a fiscalização
nas rodovias etc.

Perda de 0,83 ponto por problemas de redação: falta de precisão, falta de objetividade, falhas quanto à coe-
rência ou quanto à coesão.
Total 20,00

Dedução por erro gramatical da nota inicial: - 0,2 ponto.