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Como família na fé precisamos clamar pela intervenção do Senhor e agir para socorrer nos-

São Paulo, outubro de 2023.


sos irmãos e irmãs que estão sem casa, igreja, apoio e proteção das autoridades.
Anjali continua: “Por favor, ore por eles. Continue a ajudá-los de todas as maneiras possíveis
porque nossos irmãos e irmãs em Cristo precisam sobreviver a esse tempo difícil. Isso é o que

LEVANDO esperança
peço a vocês e agradeço por tudo que vocês estão fazendo”.
Nosso irmão Viren* também fez um pedido: “Muitas igrejas foram queimadas na nossa fren-

EM MEIO AO conflito
te e tem sido muito difícil ver isso se desenrolar diante de nós. Queremos ser fortes. Ore para
que Deus nos ajude”.
Sua doação nos ajuda a fornecer comida e ajuda emergencial para cristãos afetados pela per-
seguição violenta em Manipur. Junte-se a nós e mostre que a nossa família na Índia não está só.
Com Cristo e pela Igreja Perseguida,
Nossos irmãos na Índia já enfrentavam perseguição extrema vinda de radicais hindus, da
sociedade e do governo. No entanto, a situação piorou para os que vivem no estado de Manipur.
Os conflitos iniciados no final de abril já provocaram a morte de ao menos 125 cristãos, ataques
a 250 aldeias e destruição de mais de 400 igrejas e 4.500 casas e edifícios.
Secretário-geral Como resultado do conflito, 60 mil pessoas estão deslocadas dentro do país, sem alimenta-
Portas Abertas ção adequada nem abrigo para sobreviver. Os principais envolvidos são os povos meitei e kuki
*Nomes alterados por segurança. – ambos têm sido afetados pelas perdas. Tudo começou quando a comunidade étnica meitei foi
incluída na lista de tribos registradas, o que significa que deve receber privilégios e terras como
P.S.: Contamos com seu apoio para ser resposta à oração de nossos irmãos em Manipur. Que,
uma minoria tribal reconhecida, assim como o povo kuki.
por meio da sua generosidade, a ajuda necessária chegue até eles nesse momento de crise.
Os kukis vivem em áreas remotas e reservadas nas montanhas e, por medo de perderem suas
terras, protestaram contra a decisão do governo indiano. Durante algumas manifestações, pes-
Após o vencimento, alguns bancos podem apresentar dificuldades no pagamento do boleto anexo. Você pode fazer soas das duas etnias se enfrentaram e a violência se espalhou por todo o estado de Manipur.
sua doação por meio da nossa chave pix (pix@portasabertas.org.br) e enviar o comprovante para o nosso WhatsApp Ao ver sua igreja sendo destruída durante o conflito, um irmão meitei disse: “Não apoia-
(11 4949-5012), confirmando sua participação nesta campanha. mos os ataques. Somos simples cristãos meitei. Nossa igreja foi destruída. Não fazemos parte
dos grupos radicais que apoiam a luta. Olhem os danos que eles causaram. Isso é muito ruim e
resultado de ações imprudentes que prejudicaram nossas propriedades também”.

Loja de cristão é saqueada e destruída durante confronto em Manipur, Índia


Outro seguidor de Jesus kuki também viu o lugar onde congregava em ruínas, mas mantém
a esperança: “A igreja está destruída, mas, se Deus quiser, pode reerguer a sua santa igreja. Es-
pero que a destruição nos faça mais fortes e unidos”.

OPORTUNIDADE PARA PERSEGUIR CRISTÃOS


Os conflitos que pareciam políticos ganharam motivação religiosa quando tanto meiteis
como kukis começaram a perseguir os cristãos de suas próprias etnias para que negassem a fé
em Jesus. Além disso, igrejas, casas e negócios de cristãos foram atacados.
O pastor K.* é meitei e testemunhou os fatos: “Em muitos casos, a multidão incendiou igre-
jas ou casas dos seguidores de Jesus, mas não danificou a porta do vizinho não cristão. Estamos
enfrentando a hostilidade dos meiteis por sermos cristãos e dos kukis por sermos meitei”.
r
Lucy Marem, uma cristã de 57 anos da tribo naga foi morta a tiros em Imphal, Leste de Manipur,
por extremistas hindus do grupo radical Arambai Tenggol em 15 de julho. Um vídeo de seu assassinato “Mchaeinraipuea”
foi gravado e circulou nas redes sociais. Marem, que tinha problemas de saúde mental, desapareceu
de casa, depois seu corpo foi encontrado na rua, quase irreconhecível, pois foi baleada várias vezes na
sangu
cabeça. Diante da violência, um jornalista indiano cristão escreveu: “Manipur cheira a sangue”.
Nossa parceira de campo Rachel Reddy* contou: “É doloroso e chocante ver o vídeo e ouvir
tais incidentes horríveis. Existem muitos crimes desse tipo que foram escondidos pelo apagão
da internet, mas nenhuma ação foi tomada e a justiça foi negada. Há muito mais distúrbios, Parceiros da Portas Abertas distribuem kits de socorro imediato para cristãos afetados pelos conflitos em Manipur
ataques e confrontos relatados pelos cristãos locais”.

ONDE ESTAVAM AS FORÇAS POLICIAIS? entrou em pé de guerra e incendiou a igreja, a editora, a biblioteca e 12 alojamentos. A polí-
O compartilhamento desse tipo de vídeo nas redes sociais provocou indignação em toda a cia não fez nada para interromper o fogo no campus [do seminário], estava ocupada apenas
Índia e levantou o questionamento sobre as forças de segurança não terem agido para impedir vigiando para que as chamas não atingissem nossos vizinhos.”
os ataques nem registrado denúncias contra os agressores. Os policiais não prenderam nenhum Infelizmente, a impunidade aos agressores de cristãos é comum na Índia e estimula mais
agressor e nem tomaram medidas para impedir os ataques aos cristãos locais. pessoas a agir com violência contra nossos irmãos e irmãs. Desde o início dos conflitos em
O pastor T.*, da tribo kuki, presenciou a ação das forças de segurança no seminário bíblico
onde trabalha. “Uma tarde, uma multidão extremista meitei composta por mais de 500 pessoas S emdas Manipur, nenhuma prisão foi feita, apesar das violações dos direitos humanos. No entanto, o

auptooioridades primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, garantiu que tomará medidas severas contra os
agressores. Caso isso não aconteça, a Suprema Corte prometeu tomar as devidas providências.
a
AINDA HÁ ESPERANÇA
Apesar da onda de violência e do deslocamento de cristãos para florestas, há vida surgindo em
meio ao caos. A cristã kuki Ritika* fugiu para a mata, onde deu à luz a um menino. A casa onde
Ritika vivia virou cinzas e ela partiu junto com a sogra. No caminho, ela sentiu as contrações pro-
gredirem e teve o bebê com a ajuda de vizinhas, enquanto os homens vigiavam para protegê-las.
“Oro por meu filho porque ele veio ao mundo neste momento, mas quero que ele viva e veja
as grandes coisas que Deus pode fazer no futuro dele. Sei que tudo aconteceu conforme a per-
missão de Deus e o Senhor protegeu meu bebê e minha vida”, conclui Ritika.

É HORA DE AGIR
Nossa equipe de campo já distribuiu 850 cestas básicas com arroz, lentilha, batata e outros
alimentos para os deslocados. Além disso, 100 conjuntos de utensílios com panelas, tigelas,
pratos e colheres também foram distribuídos. Mas ainda há milhares de irmãos precisando de
socorro imediato, como água e outros itens básicos, para sobreviver.
Anjali Lhing*, outro parceiro local, compartilha: “O efeito cascata da violência em Mani-
pur já é sentido em outros estados. Uma série de atividades anticristãs ocorreu nos estados do
Nordeste. Estamos com medo do que os próximos meses reservam para nós, cristãos. Teme-
mos confrontos, violência, ataques e assassinatos em breve. Ao mesmo tempo, a comunidade
cristã tem a certeza de que, quando a igreja global se une a nós, ora e levanta a voz, Deus nos
Homem vê seu escritório e casa destruídos pelas chamas após ataque em Manipur liberta e nos protege”.

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