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O ramo da floricultura tem se destacado cada vez mais no município de Marialva, e tem
mostrados retornos excelentes no mercado. Pensando nisso, propõe-se também a implantação
de rosas nas casas de vegetação onde é cultivada abobrinha, uma vez, que essa olerícola só foi
implantada na área pelo pai do proprietário pois a área estava abandonada, não sendo uma
atividade lucrativa da propriedade. Sendo assim, aumentar a área de cultivo de rosas, é uma
boa alternativa, uma vez que isto, a longo prazo pode aumentar a renda do produtor
satisfatoriamente.
Para isso, o planejamento do cultivo é essencial para manter a longevidade das plantas e obter-
se altas qualidades, amenizando as variáveis durante o cultivo.
CULTIVARES
A fim de variar a oferta de produtos, sugere-se o uso de cultivares de cores diferentes, as quais
tem ganhado espaço no mercado decorador e florista por suas colorações exuberantes e
atrativas, sendo que o fornecimento de novas cores de rosas, acarretará mais mercados para
escoar. Todavia, sugere-se a cultivar Avant Garde Lilás, Rosa Santana da cor alaranjada, e rosa
Cherry Avalanche na cor rosa pink. Entretanto, propõe-se a implantação destas somente em
uma das casas de vegetação, já que mesmo sendo um mercado promissor e em estado
crescente, a demanda ainda não é alta na região de Marialva.
Na outra casa de vegetação recomenda-se a implantação das mesmas cultivares já instaladas
nas outras áreas, permitindo expandir o escoamento a novos clientes, além disso as cultivares
Lovely Red, Branca Avalanche, Peach Avalanche, Sorbet Avalanche, e Amarelo Mohana além de
serem cultivares melhoradas e bem-conceituadas no mercado, possui alta demanda devida
suas tradicionalidades.
PROPAGAÇÃO
A propagação deve ser feita de maneira assexuada por enxertia já que esse método produz
plantas mais vigorosas e que podem durar cerca de anos. O porta-enxerto a ser utilizado é o
mesmo já utilizado nas áreas de cultivo já estabelecidas, Natual Brier, pois o mesmo possui alta
taxa de pegamento, além de fácil cicatrização.
Após a brotação do porta-enxerto deve verificar se a casca que recobre o caule está soltando
com facilidade e realizar então a borbulhia das variedades híbridas abaixo da gema brotada em
T invertido e posteriormente cobrir a área enxertada com fita plástica biodegradável. Esse
procedimento deve ser realizado no fim do verão e início de outono, retirando antes as
brotações do porta enxerto, deixando de 1-2 cm do ramo para que não ocorra apodrecimento
da estaca.
Elimina-se o broto apical do porta-enxerto quando a borbulhia se desenvolve e apresenta cerca
de 5 cm de crescimento. O processo desde o porta-enxerto até a formação da muda pode levar
7-10 meses.
ÉPOCA DE PLANTIO
O plantio pode ser feito em qualquer época do ano, evitando somente realizá-lo nos meses
mais quentes e mais frios. Recomenda-se que programe o plantio para obter maior colheita
nos meses de maio (dias das mães), junho (Dia dos Namorados) e dezembro (natal), logo, o
plantio deve ocorrer em meados de fevereiro a abril. Além disso, a área onde serão
implantadas as rosas deve ter exposição de luminosidade ao longo do dia, já que apesar da
rosa não possuir influencia do fotoperíodo, dias longos ocasionam maior eficiência
fotossintética e consequente melhoria no desenvolvimento vegetativo da planta (Paiva..
PREPARO DO SOLO
PLANTIO
Após a incorporação dos adubos, deve ser feita a abertura das covas e o plantio deve ser
realizado posicionando o colo da muda rente ao nível que foi formada anteriormente, ou seja,
sem cobrir o enxerto. O plantio deve ser feito em canteiros elevados a 20 cm, com fileiras
simples e espaçamento de 30 cm entre plantas e 1,50 entre fileiras e população de 4.480
plantas por casa de vegetação.
TRATOS CULTURAIS
Poda de formação
Essa prática é realizada com intuito de proporcionar boa aeração, estruturação e formação de
novos ramos, ela vai ser responsável por estimular a brotação e floração deixando a roseira
mais vigorosa. Deve ser realizada desde o início do cultivo até que as plantas formem hastes de
tamanho ideal para comercialização.
Essa poda é realizada em mudas jovens e se dá pelo corte do ramo principal a 40 cm do solo.
Posteriormente a formação dos ramos secundários, seleciona-os de acordo com o vigor
deixando de 2-3 ramos e 20 cm a partir do ramo principal. Ramos pouco produtivos e fracos
devem ser podados rente a sua gema de formação. Quando a planta começa a produzir muitos
ramos fracos e finos, deve-se realizar o corte abaixo da terceira do ápice com objetivo de
favorecer a brotação de ramos mais vigorosos.
Poda de manutenção
Essa deve ser realizada para retirada de ramos improdutivos, doentes, e secos. Essa técnica é
eficiente pois permite manejo de doenças na área, identificando problemas no início dos
sintomas.
A poda deve ser feita com tesoura de poda profissional, limpa, desinfestada e afiada para que
não ocorra esmagamento do tecido vascular no momento do corte. Além disso, a cada novo
corte a tesoura deve ser mergulhada em solução de 20% de hipoclorito de sódio. O corte
sempre deve ser feito na diagonal logo acima de uma gema e no mesmo sentido de
crescimento para evitar acúmulos de água na gema e no caule, minimizando potenciais
problemas com podridão e morte da gema.
Para colheita em uma data comemorativa a poda deve ser realizada 60 dias antes para
variedades vermelhas e 50 dias antes para variedades coloridas, com posterior aplicação de
adubo foliar.
Desbrota
Essa se dá pela retirada manual de brotos na haste floral, a fim de evitar a deformação ou não
crescimento do botão floral, sendo necessário realizar essa prática o mais cedo possível, já que
quanto mais lignificado esses brotos e maiores danos a haste.
Esses são os ramos que brotam do porta-enxerto e formas novas mudas enxertadas.
Entretanto, devem ser retirados pois ocasiona o crescimento acelerado da planta levando a
morte da roseira.
CUSTO DE PRODUÇÃO
Tabela 9 – Custos de produção na cultura das rosas do sítio Harmonia.
Especificações R$ * Em %
1 CUSTOS VARIÁVEIS
1.1 Mão de obra temporária 10.000,00 6,3
1.2 Insumos
1.2.1 Adubo/Fertilizante 14.800,00 9,36
1.2.2 Fungicida, herbicida e inseticida 15.000,00 9,48
1.2.3 Porta-Enxerto 4.000,00 2,53
1.2.3.1 Royalties 17.247,19 10,90
1.3 Despesas gerais 5.000,00 3,16
1.4 Combustível 26.000,00 16,44
1.5 Máquinas e implementos (manutenção) 8.000,00 5,06
1.6 Benfeitorias e instalações (manutenção) 28.246,00 17,86
1.7 Outros 5.408,95 3,43
A TOTAL DOS CUSTOS VARIÁVEIS 133.702,14 84,52
2 CUSTOS FIXOS
2.1 Depreciação – D
2.1.1 Máquinas e implementos 665,13 0,42
2.1.2 Benfeitorias e instalações 714,29 0,45
2.2 RCP
2.2.1 Mão de obra fixa 19200 12,14
2.2.2 Energia mínima 490,32 0,31
2.3 Remuneração da terra 3.421,44 2,16
B TOTAL DOS CUSTOS FIXOS 24.491,18 15,48
3 CUSTOS OPERACIONAIS (A + 2.1 + 2.2) 154.771,88
4 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (A+B) 158.193,32 100
C RECEITA BRUTA 334.200,00
5 LUCRO LÍQUIDO (C-(A+B)) 176.006,68
* Refere-se a área total de rosas estabelecida na propriedade
(0,60 hectares).
CONCLUSÃO