EDUCAÇÃO FÍSICA

NATAL-RN

2020
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Histórico da Educação Física.

A história e atuais tendências pedagógicas: da educação física.

Os parâmetros Curriculares e a BNCC.

Competências e habilidades a serem desenvolvidas em educação física

Educação física enquanto linguagem

Crescimento e desenvolvimento - Aspectos da aprendizagem motora

Atividade física e saúde

A Educação Física e a Cultura Corporal do Movimento (jogos, ginásticas, esportes, danças

lutas e lazer).

Aspectos da competição e cooperação

Educação Física como instrumento de comunicação e expressão cultural, abordagens da

educação física escolar.

Avaliação metodológica de ensino da educação física escolar.

A natureza lúdica e educativa do jogo.

O esporte como fator educacional.

Aspectos históricos, pedagógicos, técnicos e táticos dos esportes coletivos e individuais.

A importância dos conteúdos e metodologias dos jogos, lutas, danças, esporte e ginástica para
a Educação Física Escolar.

Dança e pluralidade cultural.

Atividades de lazer e recreação relacionados à Educação Física Escolar: o jogo, o brinquedo e

as brincadeiras.

Educação Física e Inclusão.

Dimensões do conteúdo.

Legislação Educacional.
 APRESENTAÇÃO

Olá, equipe concurseira!

Sou Bruno Ferreira, Professor de Educação Física. Fiz minha graduação pela
UFRN, tendo iniciado em 2015 e finalizado em 2018. Logo em seguida fiz uma
especialização em Educação Física escolar pela Faculdade Dom Alberto –
EAD.

Além da formação em Educação Física, também fiz o curso técnico em

Segurança do Trabalho no SENAC - 2008.

Fui carteiro por quase 7 anos, tendo sido aprovado no concurso público de
2007. Após um ano de angústia, enfim fui convocado. Fiquei por lá até 2015,
quando fui convocado no concurso público da EBSERH-HUOL. Lá passei
pouco mais de 4 anos no cargo de assistente administrativo até ser
convocado nos concursos públicos de Cuitegi e Lucena na paraíba (agora sim!)
para o cargo de Professor de Educação Física.

A minha vida de concurseiro iniciou um ano após eu ter terminado o ensino

médio. Conclui o ensino básico com 18 anos, com 19 anos eu apenas trabalhei
com meu Pai em sua fábrica de gelo e com 20 anos, ainda trabalhando com
ele, resolvemos (no plural, pois eu e meu irmão, que é um ano mais novo,
decidimos entrar nesse mundo) estudar para concurso. De lá para cá fiz,
seguramente, mais de 40 concursos em diversas áreas, incluindo a de
Professor, que se iniciou em 2015 quando entrei no curso. Além dos Correios e
EBSERH, consegui êxito em outros concursos, mas escolhi ficar por onde
estava na época.

Fiz meu primeiro concurso para Professor de Educação Física (PEF) quando
estava no 3º período da graduação, tendo conseguido a classificação de 56º
no concurso do Estado-RN. Atualmente o concurso está para se vencer e já
foram chamados 43 aprovados. Depois disso, continuei a estudar. Aprendi
muita coisa que não se aprende na Universidade, pensando nos concursos, e
isso foi me credenciando para ser um forte candidato em todos os concursos
da área que fizesse.

Assim fui ganhando experiência e cada vez mais aprendizado, continuei firme,
mesmo depois de alguns fracassos, até chegar a hora de conseguir boas
classificações e aprovações, ficando em 1º lugar nos concursos de Cuitegi,
Lucena, Conde e Guarabira. A partir desse contexto, resolvi iniciar a jornada
de ajudar aos colegas da área que se preparam para os concursos. E aqui se
inicia essa história... Vamos nessa?

Essa apostila tem foco nos concursos das bancas FUNCERN e IBFC. O
objetivo é irmos direto ao ponto sem muito arrodeio, pois é preciso ter foco no
que de fato interessa para o concurso.

Destaco que alguns conteúdos são praticamente a mesma coisa, no meu

entendimento, e por isso agrupei alguns itens que julgo ter relação muito
próxima, praticamente sendo o mesmo conteúdo a ser estudado, em alguns
casos.

São utilizados trechos completos de vários livros e artigos, uma vez que
são pontos chaves para o que as bancas pedem nas provas. Os trechos
citados não contêm as citações, pois essa apostila não se trata de um
documento científico. Contudo, todas as obras utilizadas têm suas
referências ao final desta apostila.

Importante destacar que se faz necessário a leitura integral de livros da área

para um maior aprofundamento, não sendo garantia de aprovação em um
concurso apenas a leitura dessa apostila.

DESTACO AINDA QUE ESSA APOSTILA TEM CONTEÚDOS QUE SERVEM

PARA VÁRIOS CONCURSOS, NO ENTANTO, ALGUMAS BANCAS
UTILIZAM CONTEÚDOS DIFERENTES DE OUTRAS, E COM ISSO É
NECESSÁRIO FAZER O ESTUDO DE ACORDO COM O QUE A BANCA
DESCREVE NO EDITAL DO CONCURSO.

A seguir apresento uma lista de minhas classificações nos concursos.

 CLASSIFICAÇÃO NOS CONCURSOS REALIZADOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA

1º - CONDE-PB - 2019

1º - CUITEGI-PB - 2019

1º - GUARABIRA - PB 2019

1º - LUCENA - PB 2019

2º - LAJES-RN - 2019 (EM 5º PÓS PROVA DE TÍTULOS)

2º - SANTANA DO MATOS-RN - 2018

3º - SÍTIO NOVO-RN - 2018

4º - PEDRAS DE FOGO-PB - 2018;

4º - CAMPO REDONDO-RN – 2018 (EM 6º PÓS PROVA TÍTULOS)

9º - IFRN SUBSTITUTO - 2019

10º - NÍSIA FLORESTA-RN – 2016 (EM 24º PÓS PROVA TÍTULOS)

21º - ESTADO PB 2019 – (EM 36º PÓS PROVA TÍTULOS)

32º - IFPB - 2019

56º - ESTADO-RN - 2016

101º - ESTADO-PB – 2017 (3º PERÍODO DE CURSO)

OUTROS CONCURSOS FORA DA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1º - EBSERH-HULW-PB – TÉCNICO EM SEGURANÇA

1º - PREF. MAXARANGUAPE – MOTORISTA

4º - CBTU – TÉCNICO EM SEGURANÇA

7º - BB – TÉCNICO EM SEGURANÇA

8º - EBSERH-HUOL-RN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 4 ANOS E 4 MESES TRABALAHDOS

9º - MEJC – TÉCNICO EM SEGURANÇA

12 – CAERN – OP ÁGUA E ESGOTO – CONVOCAÇÃO DISPENSADA

72º - CORREIOS – CARTEIRO - CONVOCADO – 6 ANOS E 8 MESES TRABALHADOS

 Histórico da Educação Física

Aqui em especial é preciso pensar na história da educação física

especialmente na Grécia e na Itália-Roma. De acordo Vitor M. de Oliveira
temos que:

A civilização grega marca o início de um novo ciclo na História com o

nascimento de um novo mundo civilizado, agora o ocidental. É o descobrimento
do valor humano, da sua individualidade e o início autêntico da história da
Educação Física. A filosofia pedagógica que determinou os caminhos a serem
percorridos pela educação grega tem o grande mérito de não divorciar a
Educação Física da intelectual e da espiritual. Postulava, dessa forma, o mais
significativo de todos os princípios humanistas, considerando que o homem é
somente humano enquanto completo.

Esse contexto marca o pensamento integral, completo de formação humana,

não se restringindo em partes: corpo e mente.

A história da Educação Física em Atenas, neste período de formação histórica,

é bastante significativa. Podemos constatar o lugar peculiar que a ginástica e o
atletismo ocupavam, tal qual em Esparta. A educação ateniense não tinha,
porém, o caráter eminentemente militar que caracterizou a vida espartana. Os
atenienses, descendentes dos jônios, povos amantes da cultura, não tinham o
espírito guerreiro que os seus irmãos espartanos herdaram de antepassados
dórios. Por estas raízes, a prática esportiva em Atenas subsistirá como um
meio de formação do homem total, não se prestando apenas como preparação
para a guerra.

Os grandes Jogos Gregos, dos quais participava toda a comunidade helênica:

Píticos, Nemeus, ístmicos e, especialmente, os Olímpicos, foram criados em
776 a.C, em homenagem a Zeus. Estes jogos eram festas populares e
religiosas, que envolviam, além de competições atléticas, provas literárias e
artísticas.

Devido a conflitos internos os gregos deixaram-se dominar, inicialmente pelos

macedônios (338 a.C.) e, posteriormente, pelos romanos (146 a.C).
Universalizando-se, a educação dessa época valoriza cada vez mais o
intelectual, com um crescente desinteresse do físico e do estético. A prática
das atividades físicas vai perdendo todos os seus ideais humanistas que talvez
tenham sido o mais belo exemplo já inscrito na história da Educação Física. Os
atletas começaram a especializar-se prematuramente, contrariando os
objetivos educativos, estéticos e de saúde que foram tão tenazmente
perseguidos durante séculos.

Em Roma não vamos encontrar atividades que tenham a mesma expressão do

esporte grego. A ginástica perdeu o sentido do belo, prestando-se apenas para
formar um protótipo de virilidade. A aspiração humanista que animava o
esporte grego jamais contagiou o cenário romano, mais identificado com os
circos, anfiteatros e termas do que com os ginásios, palestras e estádios.

A Idade Média tem início com a divisão do Império Romano (395) por Teodósio
I – o mesmo que, dois anos antes, abolira os Jogos Olímpicos. O total descaso
pelas coisas materiais estabelecia um absoluto divórcio entre o físico e o
intelectual. A Educação Física, apesar de não merecer um destaque especial,
recebeu uma atenção cuidadosa na preparação dos cavaleiros.

Já no Renascimento a Educação Física torna a ser assunto dos intelectuais,

numa tentativa de reintegração do físico e do estético às preocupações
educacionais. A Educação Física reintroduz-se nesses currículos elitistas, onde
os exercícios físicos - o salto, a corrida, a natação, a luta, a equitação, o jogo
da pelota, a dança e a pesca - constituem-se em prioridades para o ideal da
educação cortesã.

Portanto, na Grécia o objetivo era a formação integral de ser humano que

pensa e age no mundo em que vive. Em Roma o foco fica na divisão de corpo
e mente, em que deveria se exercitar o corpo apenas para fins de
batalhas/guerras, isso durante a era medieval, pois após esse período, tem-se
novamente o pensamento mais integral do ser humano.

A história e atuais tendências pedagógicas: da educação física.

Educação Física como instrumento de comunicação e expressão cultural,

abordagens da educação física escolar.

Direto ao ponto...

Quando pensamos na história da educação física alguns livros se destacam no

que de mais importante precisamos para as provas. E é com base nesses
livros que destaco os pontos fundamentais:

ESCOLAS DE GINÁSTICA EUROPEIAS

Dentro do Movimento Ginástico Europeu, quatro escolas são as mais citadas

em concursos. Três grandes escolas de ginástica tiveram influência direta na
Educação Física brasileira, são elas: Alemã, Francesa e Sueca. Vejamos agora
destaques de cada uma das quatro:
Escola Alemã:

 Ginástica surge para atingir as finalidades de defesa da pátria.

 Objetiva-se criar um forte espírito nacionalista.
 Formação de homens e mulheres fortes, robustos e saudáveis.
 Ciências que dominavam a sociedade da época: biologia, fisiologia e
anatomia.
 Fundadores: Guts Muths e Friederich Ludwing Jahn e Adolph
Spiess.
 Para Muths, a ginástica deveria ser ministrada todos os dias para todos:
homens, mulheres e crianças.
 Jahn dava atenção à aplicação de jogos, em especial envolvendo as
lutas, pois estava sempre presente a possibilidade de uma guerra. Foi
criador também de obstáculos artificiais, que depois foram chamados de
aparelhos de ginástica.
 Spiess deu atenção à ginástica nas escolas. Propõe que em um período
do dia seja praticado exercício físico.

Escola Sueca:

 Surge com objetivo de extirpar vícios da sociedade, entre os quais o

alcoolismo, criando indivíduos fortes e saudáveis, por meio da ginástica.
 Objetiva formar bons operários e bons soldados.
 Fundador: Perh Henrick Ling – propõe método nacionalista e destinado
a regenerar o povo, afim de preservar a paz na Suécia.
 Quatro tipos de ginástica: 1 – Pedagógica ou Educativa; 2 – Militar; 3 –
Médica e Ortopédica; 4 – Estética.

Escola Francesa

 Ginástica integrada à ideia de uma educação voltada para o

desenvolvimento social – homens completos.
 Baseada nos ideais da escola alemã.
  Fundador: D. Francisco de Amoros y Ondeanõ. A ginástica era como
um remédio capaz de extirpar a fraqueza e devolver a virilidade ao povo.
 Amoros cria método parecido com o de Ling na Suécia. Na sua
concepção a ginástica poderia ser: Civil e Industrial; Militar, Médica e
Cênica ou Funambulesca.

Escola Inglesa

 A Inglaterra não desenvolveu método específico de ginástica.

Preocupou-se em desenvolver os jogos, atividades atléticas e
esportivas. Tendo como referência para as escolas o Esporte, que
passou a ser norteador da educação inglesa.

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA - DATAS IMPORTANTES:

 1851 – Reforma Couto Ferraz: Inclusão da Educação Física nas

escolas.
 1854 – Ginástica passa a ser obrigatória no primário e a Dança no
secundário.
 1882 – Parecer de Rui Barbosa (Referente à reforma Leôncio de
Carvalho, 1879) – Ginástica obrigatória para ambos os sexos e que
fosse oferecida às escolas normais. Rui Barbosa defendeu a
implementação da ginástica Sueca nas escolas brasileiras, deixando de
lado a ginástica Alemã, que teve forte influência nas instituições militares
do Brasil. Em 1921 é implantado oficialmente o método Francês.

Na sequência...

No que se refere a tendências da educação física antes de 1980, Paulo

Ghiraldelli, destaca 5 em seu livro. E são elas que as bancas costumam cobrar
junto ao tema da história da educação física. Vejamos agora o destaque de
cada:
1 – Educação Física Higienista – 1889 até 1930.

 Formar homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação. Age como

protagonista num projeto de ―assepsia social‖.
 Educação Física como a possibilidade e a necessidade de resolver o
problema de saúde pública pela educação.
 Concepção que visa uma sociedade livre das doenças infecciosas e dos
vícios deteriorados da saúde e do caráter do homem do povo.

2 – Educação Física Militarista – 1930 até 1945.

 Visa impor a toda a sociedade padrões de comportamento

estereotipados, frutos da conduta disciplinar própria ao regime de
caserna.
 O papel da Educação Física é de colaboração no processo de seleção
natural, eliminando os fracos e premiando os fortes, no sentido de
depuração da raça.
 A ideia é formar o ―cidadão-soldado‖: Almeja o aperfeiçoamento da raça.

3 – Educação Física Pedagogicista – 1945 até 1964.

 Concepção que vai reclamar da sociedade a necessidade de encarar a

Educação Física não somente como uma prática capaz de promover
saúde ou de disciplinar a juventude, mas de encarar como uma prática
eminentemente educativa.
 A ginástica, a dança, o desporto, etc. são meios de educação do
alunado.
 Educação do movimento como única forma capaz de promover a
chamada educação integral.

4 – Educação Física Competitivista – Pós 1964.

 Culto ao atleta-herói. Caracterização da competição e da superação

individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade
moderna.
  Desenvolve-se assim o treinamento Desportivo baseado nos avançados
estudos da fisiologia do esforço e biomecânica.
 Massificação do desporto nacional. Copa de 1970 como fator de impacto
positivo.

5 – Educação Física Popular – Solidariedade operária

 Busca uma sociedade efetivamente democrática.

 Desenvolveu-se paralelamente as outras concepções
 Não está preocupada com a saúde pública, também não pretende ser
disciplinadora de homens, não tem intenção de busca de medalhas.
 É, antes de tudo, ludicidade e cooperação.

O modelo esportivista passa a ser muito criticado a partir da década de 1980.

Inicia-se a discussão para implantação de novas concepções/abordagens
pedagógicas.

ABORDAGENS EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:

Darido explica: Em oposição à vertente mais tecnicista, esportivista e biologista

surgem novos movimentos na Educação Física a partir, especialmente do
final da década de 70, inspirados no novo movimento histórico social por que
passou o país, a Educação de uma maneira geral e a Educação Física
especificamente.

E Bracht complementa: Nos anos 1980, no contexto de uma ampla

movimentação social e política em prol da democratização da sociedade
brasileira, constituiu-se, também no âmbito da comunidade da Educação Física
brasileira um movimento, posteriormente denominado movimento renovador,
que se caracterizou por uma forte crítica à função atribuída até então à
Educação Física no currículo escolar. Decorre dessa crítica uma mudança
radical do entendimento do conteúdo da disciplina.
Assim surge um novo jeito de ensinar Educação Física na escola. Vejamos as
principais abordagens cobradas nos concursos:

DESENVOLVIMENTISTA:

 Principal autor: Go Tani – Obra: Educação Física Escolar: Fundamentos

de uma abordagem desenvolvimentista.

 O movimento é o principal meio e fim da Educação Física.

 Dirigida as crianças de 4 a 14 anos.

 O movimento é o objeto de estudo.

 A aula deve privilegiar a aprendizagem do movimento.

 Objetivo principal é oferecer experiências de movimento adequadas ao

seu nível de crescimento e desenvolvimento.

 Limitação: pouca importância, ou limitada discussão, sobre a influência

do contexto sociocultural que está por trás da aquisição das habilidades
motoras.

PSICOMOTORA

 Principal autor: Jean Le Bouch – Obra: Educação pelo movimento.

 Movimento articulado que surgi no final dos anos 70.

 Desenvolvimento da criança, com o ato de aprender, com os processos

cognitivos, afetivos e psicomotores. Busca garantir a formação integral
do aluno.
  Advoga por uma ação educativa que deva ocorrer partindo dos
movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais.

 Condiciona todos os aprendizados pré-escolares e escolares; leva a

criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no
espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilmente a coordenação de
seus gestos e movimentos.

 Busca desatrelar sua atuação na escola dos pressupostos da instituição

desportiva, valorizando o processo de aprendizagem e não mais a
execução de um gesto técnico isolado.

CONSTRUTIVISTA/INTERACIONISTA

 Principal autor: João Batista Freire – Obra: Educação de corpo inteiro:

teoria e prática da educação física.

 O jogo é considerado o principal meio de ensino, pois enquanto joga ou

brinca a criança aprende.

 O aluno constrói seu conhecimento a partir da interação com o meio,

resolvendo problemas..

 Considera o conhecimento que a criança já possui, pois ela é

especialista em brinquedo. Nesse sentido, a abordagem resgata jogos e
brincadeiras da cultura dos alunos envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem.

SISTÊMICA

 Principal autor: Mauro Betti – Obra: Educação Física e sociedade.

  Considera o binômio corpo/movimento como meio e fim da educação
física escolar.

 Finalidade da EF: integrar e introduzir o aluno no mundo da cultura

física.

 Trata de alguns princípios a ser seguidos: ´

Princípio da NÃO-EXCLUSÃO: nenhuma atividade pode excluir qualquer
aluno das aulas.
Princípio da DIVERSIDADE: proporcionar atividades diversificadas, e
não privilegiar apenas um tipo conteúdo.

CULTURAL - PLURAL

 Principal autor: Jocimar Daólio.

 Faz crítica a perspectiva biológica, pois esta considera o indivíduo

apenas como um conjunto de ossos, músculos e articulações.

 Baseia-se na perspectiva antropológica. Tem enfoque cultural, cuja

principal vantagem não é a exclusão da dimensão biológica, mas a sua
discussão vinculada ao surgimento da cultura.

 Sugere que o ponto de partida da EF seja o repertório corporal que cada

aluno possui quando chega à escola.

SAÚDE RENOVADA

 Principal autor: Guedes e Guedes; Nahas.

 Sugerem a redefinição do papel da EF na escola, agora como meio de

promoção da saúde, ou a indicação para um estilo de vida ativa.
  Ressaltam a importância das informações e conceitos relacionados à
aptidão física e saúde.

 Consideram que atividades esportivas são menos interessantes para a

promoção da saúde.

 Estratégias de ensino abordam: aspectos práticos, conceitos e princípios

teóricos, favorecendo aos alunos tomada de decisão quanto aos hábitos
saudáveis de atividade física ao longo da vida.

ABORDAGENS CRÍTICAS

CRÍTICO-SUPERADORA

 Principais autores: Carmem Lúcia, Valter Bracht, Celi Taffarel, Lino

Castellani, Michele Ortega, Elizabeth Varjal – Coletivo de Autores –
Obra: Metodologia do ensino da Educação Física.

 Utiliza discurso da justiça social como ponto de apoio e é baseado no

marxismo e neomarxismo. Recebe influência de José Libâneo e
Demerval Saviani.

 Valoriza a contextualização dos fatos e do resgate histórico.

 É diagnóstica: pretende ler os dados da realidade; É judicativa: julga os

elementos da sociedade a partir de uma ética que representa os
interesses de uma determinada classe social; É teleológica: busca uma
direção.

 Princípios: Relevância social dos conteúdos; contemporaneidade;

adequação às características sociocognitiva dos alunos.
CRÍTICO-EMANCIPATÓRIO

 Principal autor: Elenor Kunz – Obra: Transformação didático-pedagógica

do esporte.

 Defende o ensino crítico, pois é a partir dele que o aluno passa a

compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da
sociedade e que formam as falsas convicções, interesses e desejos.

 O ensino é pautado na transcendência dos limites que pressupõe três

fases: transcendência pela experimentação, transcendência pela
experiência e transcendência dos limites propriamente dito.

 Faz crítica à expressão cultura corporal utilizada pela abordagem

crítico-superadora, preferindo o uso do termo cultura de movimento.

 Utiliza-se da concepção fenomenológica. Toda cultura se manifesta

corporalmente, assim pensar é tão cultural como correr.

ENSINO ABERTO ÀS EXPERIÊNCIAS

 Principal autor: Reiner Hilbedrandt e Ralf Langing – Obra: Concepções

abertas no ensino da Educação Física.

 O ensino aberto não significa deixar os alunos fazerem o que quiserem.

E sim, ensiná-los a usar a competência de tomada de decisão.

 O ensino aberto propicia ao aluno possibilidades de decidir junto, onde o

grau de abertura do ensino da Educação Física depende do grau de
possibilidades de codecisão – amadurecimento da relação professor-
aluno.
 Os parâmetros Curriculares e a BNCC.

Direto ao ponto...

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCN

Os PCNs têm pontos bastante importantes no que diz respeito à elaboração de

questões de concursos.

Os princípios: Inclusão; Diversidade, Categoria de conteúdos.

CID (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

Critérios de seleção dos conteúdos: Relevância social; Características dos

alunos; Especificidades do conhecimento da área. (Características da área)

REC - RCC (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

Conteúdos: Divido em 3 blocos – B1: Jogo, esporte, ginástica e lutas. B2:

Conhecimentos sobre o corpo. B3: Atividades rítmicas e expressivas.

Obs: Os 3 blocos articulam-se entre si, tem vários conteúdos em comum, e

guardam especificidades.

Temas transversais: São 6 – Saúde, Meio Ambiente, Ética, Pluralidade

Cultural, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo.

TOP SEM (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS EM

EDUCAÇÃO FÍSICA

Este assunto citado no edital é um tema do PCN Ensino Médio. Nos PCNs do
Ensino Fundamental não constam essa temática. Nesse sentido, a banca não
poderá cobrar esse conteúdo, uma vez que cita no edital:
...15 - Competências e habilidades propostas pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais do ensino fundamental para a disciplina de Educação Física.

Nesse sentido, é importante estudar para compreender a temática e para

responder alguma questão, caso a banca cobre, mesmo sabendo que é um
item passível de recurso.

Vejamos, então, quais as competências e habilidade propostas nos PCNs do

ensino médio:

Representação e comunicação

• Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais,

assim como capacidade para discutir e modificar regras, reunindo
elementos de várias manifestações de movimento e estabelecendo uma
melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal.
• Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e
consciente da importância delas na vida do cidadão.
• Participar de atividades em grandes e pequenos grupos,
compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar para
que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs.
• Reconhecer na convivência e nas práticas pacíficas, maneiras
eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma
postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate.
• Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade
física, enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de
mercado de trabalho promissor.

Investigação e compreensão

• Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a

reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como
melhoria de suas aptidões físicas.
• Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e
 frequência, aplicando- as em suas práticas corporais.
• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo
capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando
uma postura autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a
manutenção ou aquisição de saúde.

Contextualização sociocultural

• Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal,

reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e
expressão.

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC

Direto ao ponto...

A BNCC também tem elementos interessantes para elaboração de questões:

As práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico,

diversificado, pluridimensional, singular e contraditório.

PSDDC (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

Elementos fundamentais comuns às práticas corporais: Movimento

Corporal, Organização Interna e Produto Cultural.

MC PCOI (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de

conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de outro modo. A
vivência da prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito
particular e insubstituível e, para que ela seja significativa, é preciso
problematizar, desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidos e
significados que os grupos sociais conferem às diferentes manifestações
da cultura corporal de movimento. Logo, as práticas corporais são textos
culturais passíveis de leitura e produção. Esse modo de entender a
Educação Física permite articulá-la à área de Linguagens

Unidades temáticas: são 6 – Brincadeiras e Jogos; Esportes, Danças; Lutas,

Ginástica e Práticas Corporais de Aventura.

Brincadeiras e jogos explora aquelas atividades voluntárias exercidas dentro

de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação e
alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado
coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si.

Esportes, caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um

determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários), regido por
um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações
(associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as
normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos
os níveis de competição.

Dentro da unidade Esportes: temos 7 categorias – Invasão ou territorial;

Combate; Técnico-combinatório; Rede/quadra dividida ou parede de rebote;
Marca; Precisão; Campo e Taco.

Dentro da unidade Ginástica temos 3 categorias – Ginastica Geral; Ginástica

de condicionamento físico; Ginástica de conscientização corporal.

GgCfCc (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

A unidade Danças explora o conjunto das práticas corporais caracterizadas por

movimentos rítmicos, organizados em passos e evoluções específicas,
muitas vezes também integradas a coreografias.

Lutas, focaliza as disputas corporais, nas quais os participantes empregam

técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir
ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de
ataque e defesa dirigidas ao corpo do adversário.
Práticas corporais de aventura, (NA NATUREZA E URBANA) exploram-se
expressões e formas de experimentação corporal centradas nas perícias e
proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se apresentam
quando o praticante interage com um ambiente desafiador.

Dimensões do conhecimento:

São 8. Experimentação; Análise; Compreensão; Fruição; Protagonismo

comunitário; Uso e apropriação; Reflexão sobre a ação e Construção de
valores.

EA PUC CRF (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

Destaca-se a importância de saber a diferenciação entre duas que tem

conceito bem parecido:

Análise (Tática): Saber sobre - associada aos conceitos necessários para

entender as características e funcionamento das práticas corporais.

Compreensão (Cultural): Também associada ao conhecimento de conceitos,

mas refere-se ao processo de inserção das práticas corporais no contexto
sociocultural.

Importante também fazer a leitura das 10 competências específicas para o

ensino fundamental. Em alguns casos a banca cobra esse assunto alterando
apenas algumas palavras principalmente nos 5 primeiros itens: no 2 troca além
por não. No item 3 troca inclusive por exceto.
 EDUCAÇÃO FÍSICA ENQUANTO LINGUAGEM

A descrição do que expõe as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio nos dá uma clareza quanto a esse tema.

A leitura da realidade pelas práticas corporais permite fazer com que essas se
tornem ―chaves de leitura do mundo‖. As práticas corporais dos sujeitos
passam a ser mais uma linguagem, nem melhor nem pior do que as
outras na leitura do real, apenas diferente e com métodos e técnicas
particulares. Pode-se dialogar em uma aula de Educação Física com
outras linguagens, como a escrita ou a linguagem audiovisual. Porém, as
práticas corporais possuem valores nelas mesmas, sem a necessidade de
serem “traduzidas” para outras linguagens para obter o seu
reconhecimento. Estão diretamente ligadas a uma formação estética, à
sensibilidade dos alunos. Por meio do movimento expressado pelas práticas
corporais, os jovens retratam o mundo em que vivem: seus valores culturais,
sentimentos, preconceitos, etc. Também ―escrevem‖ nesse mesmo mundo
suas marcas culturais, construindo os lugares de moças e rapazes na dinâmica
cultural. Por vezes, acabam eles próprios se tornando ―modelos culturais‖, nos
quais uma certa ―ideia de juventude‖ passa a ser experimentada, copiada e
vivida também por outras gerações. O diálogo das práticas corporais realizadas
com outras linguagens, disciplinas e métodos de ensino deve respeitar as
práticas corporais como sendo elas mesmas um conjunto de saberes. Os
saberes tratados na Educação Física nos remetem justamente a pensar que
existe uma variedade de formas de apreender e intervir na realidade social que
deve ser valorizada na escola numa perspectiva mais ampliada de formação.

Machado e Machado (2001) acrescenta que pensar a Educação Física

enquanto linguagem significa pensar o corpo enquanto meio de
expressão e comunicação e ter no movimento humano textos não
verbais.

Vejamos o que descreve os PCN+ quando apresenta a área de linguagem:

Linguagem. Em Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna, a língua
falada e escrita é o objeto prioritário de estudo; em Arte, estudam-se
predominantemente as linguagens não-verbais; em Educação Física, o
estudo da linguagem corporal é fundamento da disciplina. Isso sem falar
na linguagem digital, que estrutura a Informática.

É possível entender, portanto, que, diferente de uma EF como prática, como

atividade física, como instrução militar, como saúde, podemos pensar em uma
práxis de EF escolar que possibilite a contribuição na formação de cidadãos
críticos, participativos e autônomos, por meio do reconhecimento da EF
enquanto linguagem indispensável na escola.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
ASPECTOS DA APRENDIZAGEM MOTORA

Dentro desse conteúdo os concursos tem procurado cobrar questões relativas

às fases de desenvolvimento motor, principalmente relacionadas ao trabalho de
David L. Gallahue, e ainda sobre estágios de aprendizagem motora de diversos
autores. Vejamos aspectos importantes para os concursos.

Desenvolvimento motor: mudança progressiva no comportamento motor de

uma pessoa desencadeado pela interação da tarefa de movimento com a
biologia do indivíduo e as condições do ambiente de aprendizado.

Aprendizado cognitivo: mudança progressiva na habilidade de pensar,

raciocinar e agir. O aprendizado cognitivo está em constante mudança,
influenciando o comportamento motor do indivíduo.

Crescimento físico: processo associado com o aumento no tamanho

estrutural, caracterizado por aumentos regulares de altura, peso e massa
muscular durante a infância.

Ocorrem três processos de crescimento no indivíduo:

Hiperplasia: aumento do número de células

Hipertrofia: aumento do tamanho das células
Acreção: aumento das substâncias intracelulares
Desenvolvimento céfalo-caudal: progressão gradual de controle motor sobre
a musculatura, começando pela cabeça e indo para o pé.

Desenvolvimento próximo-distal: progressão e controle da musculatura

desde o centro do corpo até as suas partes mais distantes.

As fases do desenvolvimento motor conforme Gallahue são 4: Fase motora

reflexiva, fase rudimentar, fase motora fundamental, fase motora especializada.
É importante saber essa sequência, pois as bancas cobram a sequência
correta em questões. As fases se dividem em estágios e cada um tem um
tempo, conforme a figura abaixo:
A fase motora fundamental é a mais cobrada nas questões. Ela tem 3 estágios
que precisam ser lembrados também em sequência: INCIAL, ELEMNTAR E
MADURO.

Outra abordagem de desenvolvimento cobradas nas provas é a de Seaman e

DePauw que contém outras fases na sequência do DM, conforme a figura
abaixo:

Aprendizagem motora: Mudanças no movimento que sejam relativamente

permanentes em habilidades motoras associadas à prática e à experiência.

Classificação das habilidades motoras.

Em relação à organização da tarefa:

Habilidade motora DISCRETA: tem início e fim distintos – bem definidos. Ex.
chutar uma bola, lançar algo. Consegue-se sempre definir onde inicia e onde
termina o movimento.
Habilidade motora SERIADA: uma sequência de habilidades discretas numa
ordem adequada. Ex. passar a marcha do carro. Utilizam-se várias habilidade
discretas para formar uma ação mais ampla.

Habilidade motora CONTÍNUA: ações repetitivas sem início e fim definidos. Ex.
pedalar, nadar.

Em relação à previsibilidade do ambiente temos:

Habilidade motora aberta: o movimento ocorre em um ambiente variável e

imprevisível. Exemplo: jogar futebol.

Habilidade motora fechada: o movimento ocorre em um ambiente invariável e

previsível. Exemplo: lance livre no basquete.

Quanto ao grupamento muscular:

Habilidade motora grossa: utiliza grandes músculos na execução do

movimento. Exemplo: Correr, Nadar, etc.

Habilidade motora fina: uso de pequenos grupos musculares para realização

da tarefa. Envolve geralmente coordenação olho e mão. Tem alto grau de
precisão. Exemplo: passar uma linha em uma agulha, cortar papel, arco e
flecha, etc.

Os estágios da Aprendizagem Motora são (Fitts e Posner, 1967. Apud Jardim,

2012):

1º Estágio - Cognitivo: A criança efetua os movimentos com erros grosseiros,

só que ela não consegue visualizar seu erro nem corrigi-lo.

2º Estágio - Associativo: A criança efetua o movimento com erros grosseiros,

visualiza o seu erro, mas não consegue corrigi-lo.

3º Estágio - Autônomo: É o terceiro estágio da aprendizagem motora pelo

indivíduo, o indivíduo efetua os movimentos com erros grosseiros, visualiza seu
erro, onde errou e consegue corrigi-lo.

Cabe ainda citar que outros autores também explicaram os estágios com
outros nomes:

Adams (1971) cita duas fases – 1ª FASE: VERBAL MOTORA. 2ª FASE:

MOTORA

Gentile (1972) – também duas fases: 1ª FASE: DE OBTENÇÃO DA IDEIA DO

MOVIMENTO E 2ª FASE: DE FIXAÇÃO/DIVERSIFICAÇÃO.

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Aqui é importante saber alguns conceitos e entender a relação com a

perspectiva com a abordagem SAÚDE RENOVADA e a tendência
HIGIENISTA, pois algumas bancas fazem essa relação e questionam qual a
perspectiva de ensino da Educação Física na escola a partir desse contexto de
saúde.

 Antes de qualquer coisa é preciso saber a diferença básica entre

atividade física e exercício físico, pois, por mais que pareça óbvio para
nós, algumas bancas cobram isso.

ATIVIDADE FÍSICA: Qualquer EXERCÍCIO FÍSICO: toda atividade

movimento corporal, produzido física planejada, estruturada e
pelos músculos esqueléticos, que repetitiva, que tem por objetivo a
resulta em gasto energético maior melhoria e a manutenção de um ou
do que os níveis de repouso. mais componentes da aptidão física.

Aptidão física relacionada à saúde: estado relativo do ser. É transitória e não

está ligada diretamente à habilidade atlética. Associado à melhoria da
qualidade de vida e ao baixo risco de doenças.

Componentes da aptidão física relacionados à saúde:

1. Força muscular;
 2. Resistência muscular;
3. Resistência cardiovascular:
4. Flexibilidade dos ligamentos;
5. Composição corporal.

Aptidão física relacionada à performance: geneticamente dependente em

termos de potencial absoluto. É relativamente estável e intimamente
relacionada à habilidade atlética. É um aspecto de aptidão física para a
qualidade de habilidade motora.

1. Coordenação;
2. Equilíbrio;
3. Velocidade;
4. Agilidade;
5. Energia.

A seguir, segue um trecho interessante de (FERREIRA, 2001), em relação à

autonomia para a atividade física, que destaca uma das diferenças entre a
concepção HIGIENISTA e a abordagem SAÚDE RENOVADA: A ideia de
autonomia é abrangente. Por isso, o domínio exclusivo de conteúdos da
área biológica (fisiologia, anatomia etc.), como proposto pela corrente da
Aptidão Física Relacionada à Saúde, não garante aos alunos autonomia
necessária à prática e à compreensão do exercício e do desporto. O
exercício, o desporto e a aptidão física não são fenômenos meramente
biológicos, mas também sociais, políticos, econômicos e culturais. Para
compreendê-los em toda sua essência temos que ser capazes de analisar
criticamente todos esses determinantes.

O esporte como fator educacional.

Aspectos históricos, pedagógicos, técnicos e táticos dos esportes

coletivos e individuais.

Direto ao ponto...
Aqui a importância principal recai sobre as dimensões do esporte e sua relação
com a educação.

AS 3 DIMENSÕES SOCIAIS DO ESPORTE:

1. Esporte-Educação: ligado diretamente a função da educação escolar.

Desvincula-se do fator rendimento.
2. Esporte-Participação ou popular: finalidade de bem-estar dos que
praticam, tem relação direta com o prazer lúdico e o tempo livre.
3. Esporte-Performance ou de rendimento: prática com fins de
rendimento esportivo. Exercido conforme regras preestabelecidas.

Ainda cabe destacar outros fatores:

O esporte nos PCNs:

Considera‐se esporte as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial

e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais
que regulamentam a atuação amadora e a profissional. Envolvem condições
espaciais e de equipamentos sofisticados como campos, piscinas, bicicletas,
pistas, ringues, ginásios etc.

A relação do esporte na escola e esporte da escola conforme destacado

no Coletivo de Autores:

Essa influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos,

então, não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola. Isso indica a
subordinação da educação física aos códigos/sentido da instituição esportiva,
caracterizando‐se o esporte na escola como um prolongamento da instituição
esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo nacional e internacional. Esses
códigos podem ser resumidos em: princípios de rendimento atlético/desportivo,
competição, comparação de rendimento e recordes, regulamentação rígida,
sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e
técnicas etc.

Deve-se destacar ainda que o processo educativo por ele provocado reproduz,
inevitavelmente, as desigualdades sociais. Por isso mesmo, na escola é
preciso resgatar os valores que privilegiem o coletivo sobre o individual,
defendem o compromisso da solidariedade e respeito humano.

O ESPORTE...

DA ESCOLA NA ESCOLA

 Produção de uma cultura  Reprodução do esporte

escolar de esporte institucionalizado
 Regras adaptáveis  Regras rígidas
 Respeito às diferenças  Prioriza atletas
 Inclusivo  Exclusivo
 Reflexivo  Adaptação à sociedade
capitalista

Algumas regras dos esportes coletivos:

ESPORTE VOLEI HANDEBOL BASQUETE FUTEBOL FUTSAL

W. GEORGE MORGAN KARL SCHELENZ JAMES NAISMITH CHARLES MILLER (NO JUAN CARLOS CERIANI
CRIADOR - ANO
1895 1919 1891 BRASIL) 1863 1934
FUT. MODERNO
ORIGEM EUA ALEMANHA EUA URUGUAI
INGLATERRA
M 58 A 60 CM M 75 A 78 CM
BOLA 65 A 67CM 68 A 70CM 40 A 64 CM
F 54 A 56 CM F 72 A 73 CM
QUADRA 18 POR 9M 40 POR 20M 28 POR 15 90 A 120M POR 45 A 90M 40 POR 20M
TEMPO 3 SETs 25 2T DE 30M 4T DE 10M 2T DE 45M 2T DE 20
M 2,43M
REDE/TRAVE/CESTA 3A POR 2L 3,05A 7,32A POR 2,44L 3A POR 2L
F 2,24M
JOGADORES 6 7 5 11 5

24S ARREMESSAR
TEMPO: 2 DE 30S POR
OUTROS 3S SAIR GARRAFÃO
SET
8S SAIR DEFESA

Tabela: Bruno Ferreira

O ATLETISMO: composição das provas

Fonte: Adaptado de CBAT.

A GINÁSTICA

As provas realizadas pelos homens:

1. Barra fixa
2. Barras paralelas
3. Cavalo com alças
4. Salto sobre o cavalo
5. Argolas
6. Solo

As mulheres disputam:

1. Solo
2. Salto sobre cavalo
3. Barras assimétricas
4. Trave de equilíbrio
 Imagem: Provas da ginástica artística. (Masculino e Feminino)

ASPECTOS DA COOPERAÇÃO E COMPETIÇÃO

Quando o tema é Cooperação, Fábio Brotto é um dos autores brasileiros de

referência. Ele cita que Cooperação e Competição, são aspectos de um
mesmo espectro, que não se opõe, mas se compõe. No entanto, essa
composição dos contrários, depende de inúmeros fatores que a condiciono a
um estado de permanente atenção e cuidado.

Competição e Cooperação, são processos sociais e valores humanos

presentes no Jogo, no Esporte e na Vida. São características que se
manifestam no contexto da existência humana e da vida em geral.

Brotto ainda diz: Entendo Cooperação e Competição como processos

distintos, porém, não muito distantes. As fronteiras entre eles são tênues,
permitindo um certo intercâmbio de características, de maneira que podemos
encontrar em algumas ocasiões, uma competição-cooperativa e noutras,
uma cooperação-competitiva.
Nos jogos cooperativos temos a predominância de que:

1. Ênfase não está na competição, mas na cooperação entre os sujeitos

que realizam as atividades.

2. Joga-se com o outro, portanto, com parceiros e não com adversários.

3. O jogo está aberto para a convivência com as diferenças, bem como na

criatividade para o desenvolvimento das ações.

4. A democratização da participação nos jogos, bem como o sentimento de

coletividade são pilares fundamentais dos jogos cooperativos.

Enquanto diferença entre um e outro temos o seguinte:

Fonte: Brotto, 1999.

A Educação Física e a Cultura Corporal do Movimento (jogos, ginásticas,
esportes, danças lutas e lazer).

A importância dos conteúdos e metodologias dos jogos, lutas, danças,

esporte e ginástica para a Educação Física Escolar.

Direto ao ponto...

O que dizem os PCNs sobre cultura:

O conceito de cultura é aqui entendido, simultaneamente, como produto da

sociedade e como processo dinâmico que vai constituindo e transformando a
coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os e transcendendo-
os.

A cultura é o conjunto de códigos simbólicos reconhecíveis pelo grupo, e

é por intermédio desses códigos que o indivíduo é formado desde o
nascimento. Durante a infância, por esses mesmos códigos, aprende os
valores do grupo; por eles é mais tarde introduzido nas obrigações da vida
adulta, da maneira como cada grupo social as concebe.

A Educação Física tem uma história de pelo menos um século e meio no

mundo ocidental moderno. Possui uma tradição e um saber-fazer ligados ao
jogo, ao esporte, à luta, à dança e à ginástica, e, a partir deles, tem buscado
a formulação de um recorte epistemológico próprio.

Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da cultura

corporal de movimento (PCN 3º e 4º ciclos) e a Educação Física escolar
como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de
movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-
la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das
lutas e das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da
melhoria da qualidade de vida.

A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que
desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva,
visando seu aprimoramento como seres humanos. Cabe assinalar que os
alunos com necessidades especiais não podem ser privados das aulas de
Educação Física, a fim de que possam estar inseridos na cultura corporal,
e não excluídos dela.

Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexidade da

questão, a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais adotou a distinção
entre organismo — um sistema estritamente fisiológico — e corpo — que se
relaciona dentro de um contexto sociocultural — e aborda os conteúdos da
Educação Física como expressão de produções culturais, como conhecimentos
historicamente acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a presente
proposta entende a Educação Física como uma cultura corporal. (PCN 1º
e 2º ciclos).

Cabe ainda destacar que a escola é um lugar de circulação das culturas

porque tem como responsabilidade realizar o humano direito a um patrimônio
por todos produzido: conhecer, fruir e usufruir as culturas diversas produzidas
pelos humanos.

Avaliação metodológica de ensino da educação física escolar.

Direto ao ponto...

O foco central sobre esse conteúdo está ligado com os tipos de avaliação e
sua função.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais consideram que a avaliação deva ser de

utilidade, tanto para o aluno como para o professor, para que ambos possam
dimensionar os avanços e as dificuldades dentro do processo de ensino e
aprendizagem e torná-lo cada vez mais produtivo. Os instrumentos de
avaliação deverão atender à demanda dos objetivos educativos expressos na
seleção dos conteúdos, abordados dentro das categorias conceitual,
procedimental e atitudinal.

A predominância das intenções avaliativas ocorrerá dentro de uma perspectiva

processual, ou seja, facilitará a observação do aluno no processo de
construção do conhecimento. Essa avaliação contínua compreende as fases
que se convencionou denominar diagnóstica ou inicial, formativa ou

concomitante e somativa ou final.

Diagnóstica ou inicial: levantamento feito pelo professor para que possa

conhecer melhor seus alunos e como ele pode facilitar‐lhes a aprendizagem.
Fornece dados para a elaboração dos conteúdos a serem desenvolvidos,
considerando os conhecimentos prévios dos educandos.

Formativa ou concomitante: Ocorre junto ao processo de ensino e

aprendizagem, fornecendo dados para ajustamento das ações educativas,
possibilitando a tomada de decisões quanto à continuidade do programa ou da
necessidade de alterações.

Somativa ou final: Se refere aos instrumentos que pretendem avaliar o final

de um processo de aquisição de conteúdos. Momento de formalização do
processo, que vai expressar para o aluno o nível atingido dentro dos objetivos
preconizados.

É importante avaliar...

Pois oferece ao PROFESSOR elementos para uma reflexão contínua sobre

sua prática, no que se refere à escolha de competências, objetivos, conteúdos
e estratégias.

Permite ao ALUNO ter conhecimento de suas conquistas, dificuldades e

possibilidades.

Permite a ESCOLA reconhecer prioridades e localizar ações educacionais

que demandam maior apoio.

Ainda é necessário considerar que a avaliação do processo de ensino-

aprendizagem está relacionada ao projeto político pedagógico. E é exatamente
um dos aspectos essenciais do projeto pedagógico, justamente por ser
através dela que se cristalizam mecanismos estruturais e limitantes no
processo ensino-aprendizagem.
Uma das funções da avaliação é informar e orientar para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, deve-se levar em conta, na
avaliação, o sentido, finalidade, forma e conteúdo que a mesma assume.

Educação Física e Inclusão.

Direto ao ponto...

Importante destacar qual o papel da inclusão.

A educação especial na LDB:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei
nº 12.796, de 2013)

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola

regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos,
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem

início na educação infantil e estende-se ao longo da vida, observados o
inciso III do art. 4º e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 13.632, de 2018)

Na Educação Física inclusiva (EFI) o objetivo é garantir o acesso de todos à

cultura corporal de movimento, que pensa nos valores de uma educação
democrática e valoriza todas as diferenças.

De acordo com os PCNs, a Educação Física escolar deve dar oportunidades

a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma
democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.

O professor na EFI:

Antes de planejar... Conhecer seu aluno, independente das características de

sua deficiência.

Proporcionar atividades de conscientização sobre as dificuldades de

alunos com deficiência.

Dança e pluralidade cultural.

Direto ao ponto...

Pode ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de

sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do
trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, etc.

Faz-se necessário o resgate da cultura brasileira no mundo da dança

através da tematização das origens culturais, sejam do índio, do branco ou
do negro, como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de
construção da cidadania.

Os PCNs não tratam especificamente de Dança, já deixam claro que... o

enfoque aqui priorizado é complementar ao utilizado pelo bloco de conteúdo
―Dança‖, que faz parte do documento de Arte. O professor encontrará, naquele
documento, mais subsídios.

A escola pode desempenhar papel importante na educação dos corpos e do

processo interpretativo e criativo de dança, pois dará aos alunos subsídios para
melhor compreender, desvelar, desconstruir, revelar e, se for o caso,
transformar as relações que se estabelecem entre corpo, dança e
sociedade.

É importante, portanto, que o corpo não seja tratado como “instrumento”

ou “veículo” da dança, como comumente se pensa. O corpo é
conhecimento, emoção, comunicação, expressão. Ou seja, o corpo somos nós
e nós somos o nosso corpo. Portanto, o corpo é a nossa dança e a dança é o
nosso corpo.

A improvisação, a composição coreográfica, a interpretação de repertórios de

diferentes épocas, localidades e estilos são processos da dança que
diferenciam da educação do/pelo movimento.

Destaca-se ainda os quatro fatores de movimento: Peso, Espaço, Tempo e

Fluência.

Segundo Laban, o ser humano se movimenta devido à necessidade de se

expressar. Os impulsos internos, a partir dos quais se origina o movimento,
foram denominados por ele de esforços. O esforço se manifesta em movimento
e este, como observou Laban, é composto de quatro fatores, que são Peso
(FORTE OU PESADO), Tempo (RÁPIDO OU LENTO), Espaço (DIRETO OU
FLEXÍVEL) e Fluência (LIVRE OU CONTROLADA).
 Dimensões do conteúdo.

Direto ao ponto...

Os conteúdos são meios pelos quais os alunos devem analisar e abordar a

realidade de forma que, com isso, possa ser construída uma rede de
significados em torno do que se aprende na escola.

A funcern tem discutido nesse tema sobre as dimensões conceitual, atitudinal e

procedimental. A esse respeito:

Conceitual: o que se deve saber.

Conhecer mudanças pelas quais passaram os esportes. Exemplo do futebol e

de algumas lutas.

Procedimental: o que se deve fazer.

Vivenciar e adquirir alguns fundamentos básicos dos vários conteúdos das

práticas corporais.

Atitudinal: como deve ser.

Valorizar o patrimônio dos jogos. Respeitar o adversário, os colegas, resolver

problemas com diálogos, sem violência.

Participar de atividades em grupos, cooperando e interagindo.

PAC - (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

Importante saber...

 A educação física ao longo da história priorizou os conteúdos na

dimensão procedimental quase que exclusivamente, o saber fazer, e
não o saber sobre a cultura corporal.

 Por uma perspectiva de educação física seria importante também

considerar os fatos, os conceitos, as atitudes e os valores como
conteúdos, todos no mesmo nível de importância.
  PCNs sugerem que as atitudes, os conceitos, e os procedimentos
dos conteúdos sejam trabalhados em toda a dimensão da cultura
corporal.

A natureza lúdica e educativa do jogo

Atividades de lazer e recreação relacionados à Educação Física Escolar: o

jogo, o brinquedo e as brincadeiras.

Direto ao ponto...

As questões sobre esse tema geralmente requerem muita atenção do

candidato, pois não se trata de conteúdo tão específico e as alternativas
erradas geralmente tem um erro gravíssimo que torna a questão inválida.
Portanto, mesmo que o conteúdo da questão pareça ser difícil, é possível
acertar apenas observando as questões erradas claramente.

O jogo tem três níveis de diferenciação no entendimento de Kishimoto:

1º - Resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um

contexto social.

Este é o aspecto que nos mostras por que, dependendo do lugar e da época,
os jogos assumem significações distintas. Ex. do Arco e flexa para alguns uma
brincadeira, para os indígenas a preparação da criança para a caça.

2º - Um sistema de regras

Permite identificar, em qualquer jogo, uma estrutura sequencial que especifica

sua modalidade. As regras de um jogo distinguem jogos diferentes utilizando o
mesmo objeto.

3º - Um objeto.

Faz referência ao jogo enquanto objeto. Xadrez, dama, pião, etc.

Quanto à definição de Piaget, na explicação de João Batista Freire:

Os jogos têm importante papel na formação social da criança e posteriormente

do adulto.

Uma boa proposta pedagógica é aquela em que a criança vacila diante das
dificuldades, mas se sente motivada, com seus recursos atuais, a superá-las,
garantindo as estruturas necessárias para níveis mais elevados de
conhecimento.

Ao relacionar os tipos de jogos Piaget classifica em três:

Jogo de exercício: quando a ação é circunscrita no ato corporal. Jogo de

exercício não tem outra finalidade que não o próprio prazer do funcionamento.

Jogo simbólico: Pode se fazer de conta aquilo que na realidade não foi
possível.

Jogo de regras: característica do ser suficientemente socializado, que pode,

portanto, compreender uma vida de relações mais ampla.

SER - (MÉTODO MNEMÔNICO PARA LEMBRAR).

O BRINQUEDO

Supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso,
ausência de regras que organizam sua utilização.

Propõe um mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto lúdico.

Brinquedo educativo:

Função lúdica: propicia diversão, prazer, e até desprazer, quando escolhido

voluntariamente.

Função educativa: ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu

saber, seus conhecimentos e sua apreensão de mundo.
O LAZER

Fenômeno tipicamente moderno resultante das tensões entre capital e

trabalho, que se materializa como um tempo e espaço de vivências lúdicas,
lugar de organização da cultura, perpassado por relações de hegemonia.

Os PCNs destacam que a Educação Física e a escola de maneira geral não

precisam confinar se em seus muros. O diálogo permanente com a
comunidade próxima pode ser cultivado franqueando espaço para o
desenvolvimento de produções relativas ao lazer, à expressão e à
promoção da saúde, assim como ultrapassando os muros escolares na
busca de informações e produções desta natureza. A escola pode buscar
na comunidade pessoas e instituições que dominem conhecimentos relativos a
práticas da cultura corporal e trazê-las para o seu interior.

E ainda... Ensinar e aprender a cultura corporal de movimento envolve a

discussão permanente dos direitos e deveres do cidadão em relação às
possibilidades de exercício do lazer, da interação social e da promoção
da saúde. Envolve, portanto, também o ensino de formas de organização para
a reivindicação junto aos poderes públicos de equipamentos, espaços e
infraestrutura para a prática de atividades.
Dentre os estudiosos brasileiros, o que mais trouxe contribuição para o campo
educacional foi Marcelino (1990), para quem a escola deveria ser um dos
maiores incentivadores de ações educativas com o objetivo de desenvolver
o lazer.

Dumazedier (1980) classificou os interesses do lazer em: físico-esportivos;

manuais, sociais, artísticos e intelectuais.

A educação física deve educar para o Lazer, não apenas em termos

procedimentais, mas também em termos de atitudes para com o Lazer e a
compreensão do que venha ser esse termo.
Quanto ao direito, temos que...

O lazer e a disponibilidade de espaços públicos para as práticas da cultura

corporal de movimento são necessidades essenciais ao homem
contemporâneo e, por isso, direitos do cidadão.

LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

São diversos os documentos na legislação brasileira que tratam de algum tema

relacionado à Educação Física. Vejamos os destaques de cada um:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL 1988:

SEÇÃO III
DO DESPORTO

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-

formais, como direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto

a sua organização e funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do

desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto
rendimento;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-

profissional;

IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação

nacional.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ECA – LEI 8069 DE 13 DE

JULHO DE 1990.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder

público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO LDB – LEI 9394 DE

DEZEMBRO DE 1996

Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino

médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013)

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática
facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis

horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de

1º.12.2003)

III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação

similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº
10.793, de 1º.12.2003)

IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de

1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

VEJAMOS O QUE DIZ O DECRETO 1044 DE 69:

Art 1º São considerados merecedores de tratamento excepcional os alunos de qualquer nível

de ensino, portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou outras
condições mórbitas, determinando distúrbios agudos ou agudizados, caracterizados por:

a) incapacidade física relativa, incompatível com a freqüência aos trabalhos escolares;

desde que se verifique a conservação das condições intelectuais e emocionais necessárias
para o prosseguimento da atividade escolar em novos moldes;

b) ocorrência isolada ou esporádica;

c) duração que não ultrapasse o máximo ainda admissível, em cada caso, para a
continuidade do processo pedagógico de aprendizado, atendendo a que tais características se
verificam, entre outros, em casos de síndromes hemorrágicos (tais como a hemofilia), asma,
cartide, pericardites, afecções osteoarticulares submetidas a correções ortopédicas, nefropatias
agudas ou subagudas, afecções reumáticas, etc.

Art 2º Atribuir a esses estudantes, como compensação da ausência às aulas, exercício

domiciliares com acompanhamento da escola, sempre que compatíveis com o seu estado de
saúde e as possibilidades do estabelecimento.
 V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

LEI Nº 11.342, DE 18 DE AGOSTO DE 2006

Art. 1º Fica instituído o dia 1º de setembro como o Dia do Profissional de

Educação Física.

RESOLUÇÃO CONFEF nº 307/2015

Dispõe sobre o Código de Ética dos Profissionais de
Educação Física registrados no Sistema CONFEF/CREFs.

CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes

Art. 4º - O exercício profissional em Educação Física pautar-se-á pelos

seguintes princípios:

I - o respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo;

II - a responsabilidade social;
III - a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza;
IV - o respeito à ética nas diversas atividades profissionais;
V - a valorização da identidade profissional no campo das atividades físicas,
esportivas e similares;
VI - a sustentabilidade do meio ambiente;
VII - a prestação, sempre, do melhor serviço a um número cada vez maior de
pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade;
VIII - a atuação dentro das especificidades do seu campo e área do
conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das potencialidades
humanas, daqueles aos quais presta serviços.
 REFERÊNCIAS

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais. Educação Física, Brasília: MEC, 1998.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino

Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394,

20 de dezembro de 1996.

BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Linguagens, códigos e suas

tecnologias: Orientação curricular para o ensino médio. Brasília: MEC,
2006

BRACHT, Valter. A educação física no ensino fundamental. Anais do I

Seminário, p. 21-31, 2010.

BROTTO, Fábio Otuzi et al. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como

um exercício de convivência. 1999.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educaçao física, esporte e lazer: Reflexōes nada

aleatórias. Autores Asociados, 2013.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 2ª ed. 2012.

CONFEDERAÇAO BRASILEIRA DE ATLETISMO. O atletismo: provas

oficiais. Disponível em: http://www.cbat.org.br/atletismo/origem.asp.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física e o Conceito de Cultura: polêmicas do

nosso tempo. Autores associados, 2010.

DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na escola: questões e reflexões.

Topazio, 2011.

DARIDO, Suraya Cristina; DE SOUZA JR, Osmar Moreira. Para ensinar

educação física. Papirus Editora, 7ª ed. 2013.

DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação

Física Na Escola: Implicações Para a Prática Pedagógica . Grupo Gen-
Guanabara Koogan, 2008.

FERREIRA, Gabriela Moara et al. Efeitos do conhecimento de resultados

autocontrolado na aprendizagem motora. Motriz: Revista de Educação Física, v. 18,
n. 3, p. 495-504, 2012.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da

educação física. São Paulo: Scipione, 1991.
GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES, Joana Elisabete Ribeiro Pinto.
Atividade física, aptidão física e saúde. Revista Brasileira de Atividade Física
& Saúde, v. 1, n. 1, p. 18-35, 1995.

GHIRALDELLI, Paulo. Educação física progressista. Edições Loyola, 1991.

HILDEBRANDT-STRAMANN, Reiner; LAGING, Ralf. Concepções abertas no

ensino da educação física. Ao Livro Técnico, 1986.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. Pro-posições, v.

6, n. 2, p. 46-63, 1995.

MACHADO, Estefania Ferreira Costa; MACHADO, Ricardo Alves. EDUCAÇÃO

FÍSICA ENQUANTO LINGUAGEM: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO E
INTERVENÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR. Anais da Semana de
Licenciatura, v. 1, n. 4, p. 108-113, 2014.

MELO, José Pereira de et al. Do jogo e do lúdico no ensino da educação

física escolar. Licere (Online), 2010.

OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é Educação Física. Brasiliense, 2004.

ROSSI, Patrícia. FUNDAMENTOS DE LABAN NA DANÇA EDUCATIVA.

In: IV Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana. 2017.

SOARES, Carmen Lúcia. Educação Física: raízes europeias. Autores

Associados, 5ª ed. 2012.

TANI, Go. Et al. Educação Física Escolar. Fundamentos de uma abordagem

desenvolvimentista. EPU, 2014.

VAGO, Tarcísio Mauro. Pensar a educação física na escola: para uma

formação cultural da infância e da juventude. Cadernos de formação RBCE,
v. 1, n. 1, 2009.
 QUESTÕES DE CONCURSOS PARA PROFESSOR DE
EDUCAÇÃO FÍSICA

As questões a seguir servem de base para o entendimento referente ao

assunto estudado. Entretanto, deve-se ter em mente que os conteúdos são
extensos e as bancas tem uma vasta gama de material na literatura para
elaboração de questões. Nesse sentido, sugiro que respondam muitas outras
questões referentes a cada tema para que possam aprofundar o conhecimento.

VAMOS TREINAR? SUGIRO QUE SÓ OLHE O GABARITO APENAS AO

FINAL DE TUDO.

1ª QUESTÃO – HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

A compreensão de Educação Física para os romanos era diferente das

características e visões como faziam os gregos, ou seja, eram empregados
valores diferentes nas duas civilizações.
Marque a alternativa CORRETA nos itens abaixo a qual se relaciona à
informação acima.

a) Os romanos se focavam no aspecto da preparação militar.

b) Os gregos pregavam os valores militaristas.
c) A ideia dos gregos e romanos eram iguais onde o ponto era a beleza física.
d) Os romanos se relacionavam com o aspecto humanista.
e) Os gregos cultivavam o corpo numa visão higienista.

2ª QUESTÃO – AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Na metodologia do ensino da Educação Física e especificamente na Didática,

um dos fatores muito questionado é processo de avaliação. Neste a avaliação
formativa é muito utilizada, em que consiste este tipo de avaliação?
a) Observar o nível de aprendizagem dos alunos.
b) Oportunizar aos alunos a consciência do seu desempenho, para que
possam melhorar a aprendizagem através dele.
c) Chegar a conclusão do conceito dado ao desempenho do aluno.
d) Não relacionar o desempenho do aluno com o desempenho do professor.
e) Não relacionar o desempenho motor com desempenho cognitivo.

3ª QUESTÃO – HABILIDADE MOTORA

Habilidade motora é o que se adquire, por aprendizado, ao longo da vida; e

capacidade motora, por sua vez, é aquilo com que se nasce, podendo ser
desenvolvida. As habilidades são um conjunto de movimentos que, agrupados
de forma adequada, desempenham uma função, por exemplo, ―andar‖ ou
―correr‖. Marque a alternativa que apresenta a associação CORRETA entre
habilidade e capacidade abaixo.

a) Habilidade cognitiva: tem tomada de decisão minimizada e controle motor

maximizado.
b) Habilidade seriada: tem início e fim não distintos.
c) Habilidade contínua: tem ações diversificadas.
d) Habilidade fechada: é praticada em ambientes imprevisíveis.
e) Habilidade discreta: tem início e fim distintos.

4ª QUESTÃO – APRENDIZAGEM MOTORA

Existem alguns fatores que são fundamentais para um amplo processo de

desenvolvimento motor e aprendizagem, onde o controle motor estar presente.
Nos itens abaixo assinale a alternativa CORRETA acerca deste fato.

a) Fitts & Posner (1997) acreditam que a aprendizagem motora acontece em

estágios e a primeira é a etapa inicial ou cognitiva.
b) Na teoria do circuito fechado o ambiente não é previsível.
c) A abordagem percepção-ação considera que o sistema motor é constituído
por um grande número de graus de liberdade.
d) O homem assimila do que ouve 30% e do que vê 40%.
e) Shea (1993) diz que na teoria do circuito aberto, o programa motor é visto
como estrutura centralmente localizada.

5ª QUESTÃO – LDB - ALTERADA PELA LEI 10793/2003

A Educação Física, de acordo com Barni e Schneider (2003), é uma fonte de

conhecimento necessário para a construção de um novo cidadão, mais
completo, mais integrado e consciente de seu papel na sociedade que está
inserido. A Lei Nº 10.793 de 1° de dezembro de 2003 coloca a Educação Física
como obrigatória, porém, pode ser facultativa para algumas situações.

Sobre o elemento da facultatividade, assinale a alternativa CORRETA.

a) Para quem prestou serviço militar.
b) Que tenha uma prole maior que três filhos.
c) Para indivíduos maiores de trinta anos.
d) Jornada de trabalho maior que 40 horas.
e) Para filhos únicos.

6ª QUESTÃO - BNCC

A Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas

corporais em suas diversas formas de codificação e significação social,
entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos,
produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. Neste contexto,
de acordo com a Base Nacional Comum Curricular BNCC (2017), assinale a
alternativa correta.

a) O movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se

limita a um deslocamento espaço-temporal de um segmento corporal ou de um
corpo todo.
b) O movimento humano, pouco tem a ver com o âmbito cultural, pois se limita
apenas às práticas corporais.
c) O movimento humano possui pouca ligação com a cultura, visto que se limita
ao deslocamento espaço-temporal de um segmento corporal.
d) O movimento humano está inserido no âmbito da cultura e se limita ao
deslocamento do corpo.

7ª QUESTÃO – JOGO – PIAGET

Os jogos são um patrimônio da humanidade. Eles são muito parecidos com

brincadeiras praticadas pelas crianças. Porém, os jogos têm regras próprias
que devem ser respeitadas para que possam ocorrer. Para Piaget, os aspectos
importantes para classificar os jogos são:

A) o treinamento, o pensamento e a distância.

B) a habilidade, a motricidade e o treinamento.

C) a cultura, o movimento e os símbolos.

D) os exercícios, os símbolos e as regras.

8ª QUESTÃO – DIMENSÕES DO ESPORTE

―Dentre as finalidades do esporte temos: esporte de excelência; esporte de

lazer; esporte relacionado à saúde, à qualidade de vida e a fins terapêuticos; e
o esporte escolar. Vale destacar que o esporte, no âmbito escolar, prioriza a
transmissão de valores, atitudes e habilidades e auxilia na formação do caráter
e na descoberta das possibilidades de movimento. Além disso, procura
transmitir a cultura esportiva e formar cidadãos que saibam utilizar as diversas
práticas corporais ao longo da vida‖.
Fonte: Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP,
Campinas, v. 13, n. 4, p. 137-154, out./dez. 2015.
Complementando as finalidades do esporte aludidas no trecho acima, tem-se a
Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 que, no capítulo III, artigo 3º., traz que o
esporte pode ser reconhecido em qualquer das seguintes manifestações:
A) esporte educacional, de participação e de rendimento.
B) esporte educacional, recreacional e de rendimento
C) esporte de participação, competitivo e lúdico
D) esporte de participação, de rendimento e lúdico

9ª QUESTÃO – EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA

A educação inclusiva é de extrema importância no contexto escolar, pois

possibilita a socialização de todos nos espaços e atividades escolares. De
acordo com Sassaki, citado por Duarte e Aguiar (2005), esse processo vem
acontecendo desde a década de 80. Para os autores, é caracterizado como a
prática de inclusão de todos, independentemente do seu talento, deficiência,
etnia ou cultura. Nas aulas de Educação Física, estes aspectos devem também
ser trabalhados. Por isso, o professor antes de fazer as adaptações e criar
situações de modo a possibilitar a participação de um aluno deficiente, deve:

A) considerar apenas a participação nas atividades teóricas e não envolver em

atividades práticas.
B) após a avaliação médica, realizar as orientações específicas e encaminhar o
aluno a uma clínica, orientando a família sobre suas limitações.
C) após avaliação e orientação do médico analisar o tipo de deficiência, para
se apropriar dos tipos e graus de limitações e observar se requerem
procedimentos específicos.
D) considerar que qualquer participação deste aluno, nas atividades propostas,
poderá deixá-lo frustrado.

10ª QUESTÃO - LAZER

O lazer é uma dimensão privilegiada da expressão humana, dentro de um

tempo conquistado. É tudo aquilo que se faz no tempo que está fora das
obrigações e das necessidades fisiológicas. Dessa forma, é correto afirmar que
A) o lazer, para se configurar como efetivo, deve trazer descanso, diversão e
desenvolvimento pessoal e ou social.
B) se educar pelo lazer é possível, quando as vivências escolhidas
acrescentam dependência, alegria e disputas exacerbadas.
C) lazer é um trabalho extremamente prazeroso, àquele em que o trabalhador
se sente realizado e feliz.
D) não é possível vivenciar o lazer, de maneira passiva e contemplativa,
mesmo com livre escolha.

11ª QUESTÃO - PCN

Um princípio curricular particularmente importante para o processo de seleção

dos conteúdos de ensino consiste em compreender o sentido e o significado do
mesmo, para a reflexão pedagógica escolar. Esse principio é

A) a adequação às possibilidades sócio educativas.

B) a relevância social dos conteúdos.
C) a reflexão pedagógica da escola.
D) a contemporaneidade dos conteúdos.

12ª QUESTÃO – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Sobre crescimento e desenvolvimento, que estão diretamente relacionados

com a progressão do organismo desde a concepção até a maturidade plena,
afirma-se:

I - Crescimento se refere ao aumento no número (hiperplasia) ou tamanho

(hipertrofia) das células que compõem os diversos tecidos do organismo.
II - As mudanças que ocorrem ao longo do desenvolvimento são puramente de
ordem quantitativas.
III - O aumento no tamanho corporal é essencialmente de ordem qualitativa.
IV - Desenvolvimento são as transformações funcionais que ocorrem nas
células e, consequentemente, nos diferentes sistemas do organismo.
As afirmativas corretas são:
A) II e IV.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e I.

12ª QUESTÃO – DIMENSÕES DO CONTEÚDO

Os conteúdos de ensino podem ser classificados de diferentes formas. Na

literatura especializada em Educação Física Escolar , existe a noção das três
dimensões do conteúdo. Sobre as dimensões do conteúdo e seus respectivos
exemplos no contexto da Educação Física Escolar, é correto afirmar que

A) Na dimensão atitudinal, o professor pode desenvolver uma aula com o tema

―Corridas de revezamento do Atletismo‖, destacando as qualidades do trabalho
cooperativo durante a prática esportiva.
B) Na dimensão procedimental, o professor pode expor as regras da
modalidade esportiva do Basquetebol numa apresentação com uso de recursos
multimídia.
C) Na dimensão social, o professor pode apresentar o passo a passo para a
prevenção de acidentes e primeiros socorros, devendo ser planejados e
ensaiados, com base na condição socioeconômica.
D) Na dimensão conceitual, o professor de Educação Física pode destacar os
valores humanos das práticas dos jogos cooperativos no âmbito escolar e não
escolar.

13ª QUESTÃO – ABORDAGENS PEDAGÓGICAS

As Abordagens Pedagógicas da Educação Física podem ser definidas como

movimentos engajados na renovação teórico-prático da área com o objetivo de
estruturação de seu campo de conhecimentos específicos. Esses movimentos
surgiram na busca de uma nova dimensão, em que apresentaram propostas
sobre o entendimento do objetivo de estudo da Educação Física passando
desde a operacionalização de conteúdos, até o entendimento do processo
avaliativo. Sendo assim, estabeleça a correta correspondência entre as
Abordagens Pedagógicas da coluna I com suas características da coluna II.

Coluna I
1. Aula aberta.
2. Atividade Física para Promoção da Saúde.
3. Construtivista-lnteracionista.
4. Crítico-superadora.
5. Crítico-emancipatória.

Coluna II
( ) Embasa suas atividades durante as aulas no discurso da justiça social no
contexto da sua prática. Busca levantar questões de poder, interesse e
contestação, e faz uma leitura dos dados da realidade à luz da crítica social
dos conteúdos.

( ) Está centrada no ensino dos esportes que foi concebido para a Educação
Física Escolar. Busca uma ampla reflexão sobre a possibilidade de ensinar os
esportes pela sua transformação didático-pedagógica e tornar o ensino escolar
em uma educação de crianças e jovens.

( ) A intenção desta abordagem é a construção do conhecimento a partir da

interação do sujeito com o mundo, respeitar o universo cultural do aluno, além
de valorizar suas experiências. Nesta proposta, o jogo é privilegiado como
sendo ―um instrumento pedagógico‖, ou seja, o principal meio de ensinar.

( ) Preocupa-se com a conscientização da população escolar para as

pesquisas que mostram os benefícios da atividade física. Busca propiciar aos
alunos não apenas situações que os tornem crianças e jovens mais ativos
fisicamente, mas, que os conduzam a optarem por um estilo de vida ativo
também quando adultos.

( ) Baseia-se na possibilidade de co-decisão dos alunos no planejamento,

objetivos, conteúdos e formas de transmissão e comunicação do ensino. O
grau de abertura para a participação na elaboração de propostas de ensino
depende da compreensão dos professores e alunos sobre o sentido que esta
representa para eles.

A sequência correta é:

A) 5. 3. 1. 2. e 4.
B) 1. 3. 5. 2. e 4.
C) 4. 5. 2. 3. e 1.
D) 4. 5. 3. 2. e 1.
E) 1. 2. 5. 3. e 4.

14ª QUIESTÃO – ASPECTOS DA COOPERAÇÃO E COMPETIÇÃO

As atividades de cooperação esportiva realizadas durante as aulas de

educação física

A) desenvolvem habilidades que tornam o indivíduo mais competitivo,

buscando resultados pessoais mais significativos e visando sempre a liderança
do grupo.
B) devem ser realizadas somente quando existirem muitos equipamentos para
treinamento, para que a atividade seja viabilizada.
C) possuem como principal virtude o fato de que cada integrante poder realizar
o seu esforço, sem se preocupar com o que os demais colegas estão fazendo.
D) são importantes porque a cooperação é requisito e fundamento da prática
do esporte e desenvolve uma consciência de equipe que pode ser utilizada em
todas as atividades que uma pessoa realiza em sua vida.

15ª QUESTÃO – ESCOLAS DE GINÁSTICA

A Educação Física que se ensinava no Brasil nas décadas de 20 e 30 do séc.

XX era baseada em métodos europeus. Esses métodos incluíam, entre outros,
o sueco, o alemão, o francês, e faziam parte de um movimento mais amplo, de
natureza cultural e política, que representou a primeira sistematização científica
da Educação Física no Ocidente. Esse movimento ficou conhecido como
Movimento:

A) Militarista Europeu.

B) Militarista Ocidental.

C) Ginástico Europeu.

D) Ginástico Ocidental.

16ª QUESTÃO – TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DA EF BRASILEIRA

À Educação Física Escolar brasileira, em sua evolução histórica, foram

associadas diferentes concepções. Algumas delas estão corretamente
assinaladas nas proposições abaixo, EXCETO:

a) Uma concepção esportivista, que privilegiava o rendimento esportivo e a

aptidão física, com isso, selecionava os mais habilidosos.
b) Uma concepção progressista, na qual o conceito de Educação Física era
estruturado em base anátomo-fisiológica e cujo objetivo era proporcionar o
progresso esportivo nas escolas.
c) Uma concepção calcada na perspectiva do higienismo, cuja preocupação
central era voltada para os hábitos de higiene e saúde, valorizando o
desenvolvimento do físico e da moral, a partir do exercício.
d) Uma concepção militarista, na qual os objetivos da Educação Física eram
vinculados à formação de uma geração capaz de suportar o combate, a luta,
para atuar na guerra, além da preparação de mão-de-obra para o trabalho.
17ª QUESTÃO – DANÇA NA EF ESCOLAR

Como uma prática corporal, a dança pode estar na escola de acordo com os
pressupostos educacionais e ser adaptada conforme as necessidades e
características do contexto escolar. Segundo Gaspari (2005), para ser
desenvolvida como um conteúdo da Educação Física Escolar, espera-se,
EXCETO:

a) Facilitar e incentivar a aprendizagem de modelos de dança que vêm da

mídia, por estarem na moda.
b) Possibilitar a exploração da criatividade através da descoberta e da busca
de novas formas de movimentação corporal.
c) Levar à apreciação e valorização artísticas, dando ênfase às contribuições
culturais e históricas contidas no trabalho da dança.
d) Viabilizar a educação rítmica pela diversificação da dinâmica das ações
motoras e por utilizar a música, a percussão, o canto e outros recursos como
instrumentos para aumentar a motivação.

18ª QUESTÃO – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES.

Sabemos que uma das competências e habilidades a serem desenvolvidas nas

aulas de Educação Física é a contextualização sociocultural. A esse respeito,
assinale a alternativa correta.

a) Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais

b) Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal
c) Desenvolver as noções conceituadas de esforço
d) Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal,
reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e
expressão.
19ª QUESTÃO – EDUCAÇÃO FÍSICA E LINGUAGENS

A Educação Física está inserida na área de Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias pelo seguinte argumento:

A - Por que o professor pode ministrar aulas expositivas verbais.

B - Por que o aluno pode usar cadernos didáticos para anotações escritas.
C - Por que a expressão corporal é uma linguagem artística.
D - Por que a linguagem corporal é objeto específico da Educação Física.
E - Por que o corpo expressa signos, sentidos, significados.

20ª QUESTÃO – EDUCAÇÃO FÍSICA E CULTURA

A cultura corporal do movimento, alinhada aos objetivos educacionais, propicia

a formação do cidadão para que possa usufruir dos jogos, das danças, do
esporte, das lutas e da ginástica, em benefício de sua qualidade de vida e do
seu desenvolvimento. Para alcançar estes benefícios, o professor de educação
física deve oportunizar vivências que:

A) democratizem as práticas, incluam a todos, priorizem o elemento lúdico e

transmitam valores, saberes, competências e habilidades.
B) enalteçam a melhoria de performance e viabilizem a descoberta de talentos
esportivos para compor equipes das diversas modalidades esportivas.
C) assegurem o domínio do gesto motor cuja finalidade é promover a
autoexclusão por não dominar o gesto específico.
D) priorizem a repetição do gesto motor para aperfeiçoar a motricidade, sem se
preocupar com os elementos de formação do cidadão.
 GABARITO DAS QUESTÕES

QUESTÃO GABARITO
1 A
2 B
3 E
4 A
5 C
6 A
7 D
8 A
9 C
10 A
11 B
12 A
13 D
14 D
15 C
16 B
17 A
18 D
19 E
20 A