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Relatório textual

I - Identificação
Docente: Fátima Aparecida Arena do Amaral
Atividade Prática: Relatório: “Políticas sociais, ‘terceiro setor’ e
‘compromisso social’: perspectivas e limites do trabalho do Psicólogo”
Data de Realização: 12 de outubro de 2022.
Solicitante: UNIP - Universidade Paulista
Finalidade: Horas complementares
Nome do estagiário (os) – Stéfani Fernanda da Silva (N415GB5);
Patricia Cristina de Gouvêa (N5358E6)
Disciplina: Psicopatologia especial

II – Introdução

De acordo com o conteúdo apresentado, as variadas e complexas


discussões sobre a “função social do psicólogo” que tem servido de base para
o desenvolvimento da profissão até anos recentes já tem sido substituído pelo
termo “compromisso social”.
No que cerne a crítica que se trata tendo como antítese, o compromisso
social do psicólogo, é o chamado elitismo da psicologia: a notável preferência
dos psicólogos pela atividade clínica concatenado ao arquétipo subjacente de
profissional liberal, moldado à luz das profissões médicas, que se fazia já
amplamente hegemônica, azando portanto delineamento da profissão e
afastaria o psicólogo dos setores de bem-estar e do setor público, cuja
abrangência potencial do atendimento psicológico seria muito maior.
As Políticas Sociais (Públicas) articuladas com a ação do Estado tem
sido alvo de investigações e debates, a partir de diversas angulações de
análise. Todavia, os estudos têm avultado as políticas sociais como estratégias
do Estado para a resolução de problemas sociais particularizados e, assim, a
eficácia das ações estatais discutida nos diferentes setores que são por elas
englobadas.
III – Descrição da apresentação

IV – Discussão e articulação teórica

Os grupos apresentadores baseando-se no artigo acadêmico “Políticas


sociais, “terceiro setor” e “compromisso social”: perspectivas e limites do
trabalho do psicólogo” de Oswaldo Hajime Yamamoto para realizar a
apresentação discutindo algumas reflexões importantes do texto que
evidenciam a realidade na atual no profissional psicólogo para além dos
serviços de saúde mental elitizados que que fazem o acesso ser restrito as
classes mais favorecidas economicamente. Pegando o viés do bem-estar
social e público e a real atuação das chamadas ONGs através de um histórico
sociopolítico que leva ao contexto do capitalismo e a reforma neoliberal,
evidenciando a meritocracia dentro de instituições que teriam como função
essencial minimizar desigualdades e oferecer serviços sociais básicos as
classes subalternas.

O impacto do programa neoliberal no plano social em nações como


as latino-americanas, que se notabilizam pela debilidade na cobertura
e pelos reduzidos graus de eficácia, sob a égide de políticas de cunho
meritocrático particularistas, tende a acentuar as desigualdades e
aprofundar o quadro de miséria social. (YAMAMOTO, 2006. p. 32)

Destaca-se o papel social do profissional psicólogo por ser considerado


um atendimento elitizado ao se pesquisar que apenas 15% da população tem
acesso ao serviço de saúde mental, levando a reflexão de que esses 85%
restantes não necessitam ou não possuem condições financeiras de arcar com
os custos de um tratamento terapêutico, portanto com os 60 anos de
regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil pode-se dizer que apenas
a poucos anos os profissionais saíram dos serviços neoliberais de
recrutamento e seleção para se integrar a funções socioemocionais e de saúde
pública mental, porém o acesso a tais serviços ainda se mantem escasso e
burocratizado, fazendo com que os estigmas sociais inerentes aos tratamentos
psicológicos se mantem quando uma pessoa necessita de terapia, busca tal
serviço no Sistema Único de Saúde (SUS) e apenas é medicalizada para
normalizar seus sintomas, não sendo submetida ao tratando ideal.
Intervir como profissão (entendida como uma prática
institucionalizada, socialmente legitimada e legalmente sancionada),
no terreno do bem-estar social, portanto, remete a Psicologia para a
ação, exatamente, nessas sequelas da questão social transformadas
em políticas estatais e tratadas de forma fragmentária e parcializada,
com prioridades definidas ao sabor das conjunturas históricas
particulares. Isto conferirá tanto a relevância quanto os limites
possíveis da intervenção do psicólogo. (YAMAMOTO, 2006. p. 32)

Contudo, a reflexão teórica evidenciada pelo grupo apresentador


destaca a resistência ainda existente entre os profissionais de psicologia para
atuarem no âmbito social e contribuir de forma eminente para que a
desmitificação dos serviços de saúde mental progrida e que uma nova parcela
da população negligenciada pelo capitalismo e neoliberalismo acesse um
direito básico de saúde essencial para a melhoria de sua condição geral como
indivíduo.

V – Conclusão

VI – Impressões pessoais

VII – Referências bibliográficas

YAMAMOTO, Oswaldo Hajime. Políticas sociais, "terceiro setor" e


"compromisso social": perspectivas e limites do trabalho do psicólogo.
Psicologia & Sociedade [online]. 2007, v. 19, n. 1 [Acessado 12 outubro 2022],
pp. 30-37. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-
71822007000100005>. Epub 28 maio 2007. ISSN 1807-0310.
https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000100005.

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