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Para ser aceito como justificativa da ausência do empregado, o atestado deve observar a
ordem de preferência prescrita em lei.
A Lei nº 605/1949, modificada pela Lei nº 2.761/1956, criou uma escala hierárquica, de
modo que a doença do empregado será comprovada pela seguinte ordem preferencial de
atestados:
a) da Previdência Social;
f) apenas se não existir nenhuma das possibilidades acima, é que o médico poderá ser o da
preferência do empregado.
O atestado médico que não observa a ordem preferencial não terá força de lei para obrigar a
empresa a remunerar o dia faltoso, servindo apenas para justificar a falta no sentido de
impedir a aplicação de penas disciplinares (advertência ou suspensão).
Frise-se que aquelas empresas que nunca observaram a ordem preferencial, aceitando, por
liberalidade própria,
todo e qualquer atestado médico apresentado pelo empregado, não poderá passar a exigir a
sua observância sob pena de ser considerado alteração contratual prejudicial ao empregado,
conforme previsto no artigo 468 da CLT.
Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico
os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas
de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência
Social e da Justiça.
Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico codificado ou não quando
por justa causa,
No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio
paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado.
Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de sua profissão, é
facultada a prerrogativa do
fornecimento de atestado de afastamento do trabalho.
seu atestado.
O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser acatado por quem de
direito, salvo se houver
Em caso de indício de falsidade no atestado, detectado por médico em função pericial, este
se obriga a representar ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição.
"Art. 4º - O atestado emitido pelo PSICÓLOGO deverá ser fornecido ao paciente, por sua vez
se incumbirá de
apresentá-lo a quem de direito para efeito de justificativa de falta, por motivo de tratamento
de saúde."
7 - ATESTADO DE ACOMPANHANTE
A doença que constitui justificativa da ausência do trabalhador é a que fere seu próprio
organismo, salvo disposto em convenção coletiva de trabalho.
sob pena de ser considerado alteração contratual em prejuízo do empregado (CLT, art. 468).
Não existe legislação fixando um prazo para apresentação do atestado médico, entretanto,
deve-se observar a convenção coletiva de trabalho e o regulamento interno da empresa que
podem fixar não só o prazo como também penalidades para serem aplicadas àqueles que
não observarem o prazo determinado nos referidos documentos.
9 - AUXÍLIO-DOENÇA
Pode acontecer do empregado não ter direito de receber o benefício previdenciário em razão
de não ter completado a carência exigida (mínimo de 12 contribuições). Nesse caso, ainda
que o afastamento do empregado seja superior aos 15 dias, a empresa estará obrigada a
pagar apenas os 15 primeiros dias do afastamento e o que ultrapassar (a partir do 16º dia)
não será pago pelo INSS nem pela empresa, devendo o empregado retornar ao trabalho
após a alta médica.
Muitas vezes ocorre do empregado apresentar diversos atestados médicos com períodos
inferiores a 15 dias sem que tenha havido entre eles retorno ao trabalho. Nesses casos, a
empresa poderá somar os períodos dos atestados e efetuar o pagamento somente dos 15
primeiros dias que são de sua responsabilidade e encaminhar o empregado para o
INSS.
Exemplo:
1º de 04 a 10.01 07
2º de 11 a 16.01 06
3º de 17 a 23.01 07
4º de 24 a 03.02 10
Observe que, apesar de o empregado ter apresentado diversos atestados com prazos
inferiores a 15 dias, a empresa poderá somar os mesmos até completar 15 dias e
encaminhar o empregado ao INSS para receber o restante dos dias como auxílio-doença.
Esse também é o entendimento exarado pela Instrução Normativa nº 95/2003, que em seu
art. 203, parágrafo único, estabelece que se o retorno tiver ocorrido antes de 15 dias de
afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte ao que completar
aquele período, ainda que intercalados.
Exemplo:
1º de 04 a 10.01 07
2º de 12 a 15.01 04
3º de 20 a 26.01 07
4º de 30 a 09.02 10
O período correspondente ao novo afastamento deverá ser pago pelo INSS, independente do
número de dias do mesmo.
Exemplo:
1º de 04 a 18.03 15
2º de 15 a 30.04 16
Após o retorno do primeiro atestado, que foi de 15 dias consecutivos, o empregado trabalhou
26 dias e voltou a se afastar do trabalho por mais 16 dias. Nesse caso, a empresa deve
pagar para o empregado apenas os 15 primeiros dias (de 04 a 18.03) e os 26 dias
trabalhados após o primeiro atestado (de 19.03 a 14.04). O segundo atestado médico (de 15
a 30.04) será pago pela previdência social.
Exemplo:
Empregado se afasta do trabalho por motivo de doença por 30 dias. Após 40 dias de seu
retorno, ele traz um outro atestado médico de 30 dias referente à mesma doença.
Nesse caso, como a empresa já pagou os 15 primeiros dias no primeiro atestado médico (30
dias), ela deverá pagar apenas os dias efetivamente trabalhados (no caso 40 dias de
trabalho). A Previdência Social, por sua vez, assume o segundo atestado integralmente, no
entanto, ao invés de conceder um novo benefício ao segurado haverá apenas uma
prorrogação do benefício anterior.
10.1 - AUXÍLIO-DOENÇA
a) a empresa assume o pagamento proporcional aos meses (ou fração igual ou superior a 15
dias) trabalhados durante o ano, sendo considerado para esta apuração também os 15
primeiros dias de afastamento;
PREVIDÊNCIA SOCIAL: paga 4/12 referentes ao período de 29.05 a 20.09. Observe que,
como a Previdência Social arcou com a parcela (1/12) referente ao mês de setembro, a
empresa deverá arcar com as parcelas a partir de outubro.
O artigo 120 do Decreto nº 3.048/99 dispõe que a Previdência Social deve arcar com o
pagamento dos avos referentes ao período de afastamento. Entretanto, como as faltas
decorrentes do afastamento por motivo de acidente de trabalho não podem prejudicar o
empregado, a empresa não se exime do pagamento do 13º salário.
- comparar o valor encontrado com aquele pago pela Previdência; caso o primeiro tenha sido
superior, a empresa deverá pagar a diferença ao empregado.
Ressalte-se que, existem algumas convenções e acordos coletivos que estabelecem
procedimentos específicos a serem adotados nos casos de afastamento por motivo de
acidente do trabalho. Assim, é conveniente que, antes de efetuar o pagamento da diferença
estabelecida acima, a empresa verifique no Sindicato da categoria estabelece norma especial
sobre o assunto.
Exemplo:
Nesse caso, a empresa deve pagar R$ 44,00 ao empregado referente à diferença dos 3/12
pagos pela Previdência Social (R$ 294,00 - R$ 250,00 = R$ 44,00).
De acordo com o que estabelece o artigo 133, inciso IV da CLT, o empregado não fará jus às
férias quando tiver percebido da Previdência Social prestações referentes a acidente de
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos, no mesmo
período aquisitivo."
12 – CARÊNCIA
Segundo o que estabelece o art. 205, III da Instrução Normativa nº 95/2003, a carência
estará cumprida se a data de início da incapacidade recair no 2º dia do 12º mês da carência,
tendo em vista que um dia de trabalho, no mês, vale como contribuição para aquele mês,
para qualquer categoria de segurado. Assim, se o empregado contar com 11 meses e um dia
de serviço e se afastar do trabalho por motivo de doença no dia seguinte, fará jus ao
benefício de auxílio-doença (caso o atestado médico seja superior a 15 dias) uma vez que
esse dia trabalhado no 12º mês da carência já é considerado como salário-de-contribuição.
13 – REQUERIMENTO
De acordo com o estabelecido no § 4º do art. 198 da Instrução Normativa nº 95/2003
(publicada no informativo 31/2003) o requerimento de auxílio-doença deve ser feito na
agência da Previdência Social (APS) ou pela Internet, para o segurado empregado e
desempregado, observando que a análise do direito será feita com base nas informações
constantes no CNIS sobre as remunerações e vínculos, a partir de 1º de julho de 1994,
podendo o segurado, a qualquer momento, solicitar alteração, inclusão ou exclusão das
informações no CNIS, com a apresentação de documentos comprobatórios dos períodos ou
das remunerações divergentes.
III - a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido após o trigésimo dia do
afastamento da atividade, para todos os segurados.
O art.35 do RPS, por sua vez, estabelece que o valor do auxílio-doença não seja inferior ao
salário mínimo (atualmente R$ 260,00) nem superior ao limite máximo do salário-de-
contribuição (atualmente R$ 2.508,72), exceto quando o segurado necessitar de assistência
permanente de outra pessoa, situação essa em que o benefício será acrescido de 25% (vinte
e cinco por cento).
14.1 - SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de
prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a
pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial.
O fato de o segurado possuir mais de um vínculo de emprego não lhe dá direito a mais de
um benefício. No caso, a previdência social deverá considerar a soma dos salários-de-
contribuição das atividades exercidas até a data do requerimento para fins de cálculo do
benefício previdenciário.
O fato de o segurado ter se incapacitado apenas em um dos vínculos empregatícios não lhe
retira o direito de receber o benefício previdenciário referente àquela atividade para a qual
ficou incapacitado.
Nesse caso, a carência será contada apenas em relação a atividade para a qual o segurado
ficou incapacitado e o valor do auxílio-doença poderá ser inferior ao salário mínimo desde
que, somado às demais remunerações recebidas nos outros vínculos, resulte um valor
superior a este (RPS, art. 73, § 1º).
16 - SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO
17 - CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO
resultar/
em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste caso se
RENAN MICHELE
seqüela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia (RPS,art. 78).