Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nas zonas subtidais (sempre cobertas de água), que são menos acessíveis, só é possível
descobrir mais sobre a sua vasta diversidade através de mergulho. As águas da Ria são turvas
devido ao material em suspensão, que serve de alimento a várias espécies. A luz pode ser
escassa nas regiões mais profundas, onde se encontram:
▪ Estrelas do mar – a boca situa-se na face ventral e na face dorsal têm estruturas
de defesa e de respiração, tendo um sistema hidráulico que permite deslocação.
▪ Ouriços do mar – mexem-se menos e alimentam-se de algas, utilizam dentes para
as cortar e raspar, sendo a defesa assegurada pelos espinhos.
▪ Casa alugada – é um crustáceo que usa a concha vazia dos gastrópodes e muda
de casa à medida que cresce.
▪ Algas verdes e castanhas
▪ Ascídias – invertebrados curiosos com aparência gelatinosa que pertencem ao
grupo dos cordados.
▪ Hidrozoários
▪ Esponjas
▪ Briozoários
Em suma, este é um local partilhado por numerosas espécies ligadas através de uma teia
complexa e dinâmica, com estreita relação com o meio. É um equilíbrio que pode ser
quebrado com grande prejuízo para todos. O Homem beneficia e depende desta combinação
de fatores, daí que devemos saber gerir de forma sustentável a nossa ação sobre a Ria de
Aveiro.
Salinidade
A salinidade varia espacial e temporalmente (35 – 36 a 0) e com a profundidade.
A água salgada é mais densa do que a água doce e movimenta-se junto ao fundo numa
cunha salina para montante e jusante, de acordo com a maré → organismos sujeitos a
variações de salinidade diárias conforme o local que habitam.
A maioria das espécies são marinhas que conseguem tolerar baixas salinidade.
▪ Espécies eurialina – toleram uma elevada gama de salinidades (maioria).
▪ Espécies estenoalinas – suportam pequena variação na salinidade e estão
confinadas aos extremos do estuário.
▪ Espécies de água salobra – salinidade intermédia.
Isosalinas – linhas que num mapa unem pontos de igual salinidade.
Substrato/Tipo de Fundo
O substrato (ou tipo de fundo) de um estuário é areia (mais ou menos envasada) ou vasa
(lama) e é variável ao longo do estuário.
▪ Fundo de substrato móvel – fundos compostos por sedimentos não
consolidados, onde domina a endofauna. São mais instáveis às ondas,
correntes e marés (hidrodinamismo).
o Endofauna: espécies que vivem total ou parcialmente enterradas no
sedimento; algumas escavam também substrato duro; é sobretudo
diversificada em zonas subtidais; nas zonas intertidais têm a vantagem
sobre a epifauna de ficarem mais protegidas da variação dos fatores
ambientais e dos predadores.
▪ Fundo de substrato duro – é rochoso ou não (conchas ou carapaça também
incluídos), onde domina a epifauna.
o Epifauna: espécies que vivem sobre o substrato, fixas ou não (80%);
está presente em todos os tipos de substrato e é abundante e
diversificada em substratos rochosos intertidais e recifes de coral.
O limite entre ambos não é muito definido, mas os animais só se enterram no
móvel (estratégia de bivalves e poliquetas).
Organismos
Macroalgas são poucas e como produtores primários surgem sobretudo as microalgas
e fanerogâmicas (ervas marinhas, presentes sobretudo na região subtidal).
Fatores que determinam as espécies que vivem em determinada zona:
▪ Tipo de sedimento
▪ Humidade
▪ Temperatura
▪ Teor em oxigénio nos sedimentos
▪ Alimento
Os organismos que se instalam nos sedimentos podem influenciar o sedimento
estabilizando-o (ex.: poliquetas tubícolas, microrganismos, etc.) OU o contrário →
bioturbação (efeito de Arenicola e Diopatra, que são bioestabilizadores por efeito dos seus
tubos).
Tipo de Sedimento
É o fator mais importante para espécies de substrato móvel.
Os sedimentos são constituídos por uma mistura de partículas de diferentes tamanhos:
▪ Cascalho: >2mm
▪ Areia: 2 mm – 0,063 mm
▪ Silite+Argila: <0,063 mm → presente na vasa
São classificados de acordo com o tamanho das partículas que o compõem, ou seja,
pela sua granulometria.
A composição está relacionada com o hidrodinamismo da região:
▪ Áreas calmas abrigadas → fundos lodosos, onde sedimentos finos sedimentam.
▪ Áreas submetidas a fortes correntes → fundos constituídos por partículas
grosseiras.
Porosidade: quanto maior for a proporção da fração fina, menos o espaço entre as
partículas. Determina a permeabilidade do sedimento.
Teor de Oxigénio
Uma vez que não existem produtores primários no interior do sedimento, o oxigénio é
levado pela água que o atravessa.
A endofauna depende da circulação de água no sedimento para o fornecimento de
oxigénio e a sua disponibilidade é o fator químico que mais influencia a biologia dos
sedimentos.
Ao observar um sedimento em profundidade, é usual constatar a existência de uma
camada superficial (espessura variável) de cor clara e uma outra mais escura.
▪ Camada superficial/clara → possui oxigénio
▪ Camada anóxica/escura → oxigénio reduzido, sendo a camada anóxica.
Favorece bactérias sulfato-redutoras (produzem sulfureto de hidrogénio que é
incolor e reage com óxidos de ferro e forma sulfuretos de ferro com cor escura)
Pradarias fanerogâmicas
É um habitat importante que tem vindo a ser reduzido. Estas plantas marinhas crescem
em fundos sedimentos preferencialmente em áreas abrigadas. Podem ser densas, incluir várias
espécies e até algas.
A luz é um fator muito importante neste habitat.
É importante para os animais dado que fornece alimento, refúgio, local de maternidade
e suporte.
Espécies na Ria de Aveiro: Zostera noltii, Zostera marina, Potamogeton, Rupia
marítima.
Nunca ir sozinho para o campo e deixar sempre informação sobre tudo (onde? Com
quem? Quando? Hora prevista de chegada?) e em caso de acidente contactar o 112 (em terra)
e 16 (no mar, é o botão vermelho nos rádios).
Navegação/Orientação
Latitude: é o ângulo entre o plano do Equador e a normal à superfície de referência,
sendo que vai até aos 90º e é expressa pelo Norte (N) ou Sul (S).
Ornitologia de Campo
A observação depende da posição do binóculo/telescópio (estável e bem apoiado),
da posição do observador e da posição no terreno (luminosidade, sol, vento, etc).
Normalmente, os binóculos têm alça para colocar ao pescoço/ombro e não deixar cair,
porque isso pode desalinhar. Ao olhar diretamente para fontes de luz muito brilhantes, pode
queimar a retina, pelo que, a situação ideal é ter o sol nas costas.
O peso do binóculo influencia o trabalho. Alguns têm miras porque os aumentos são
grandes, mas os campos de visão pequenos. O 10 x 25 é leve, mas tem um campo de visão
curto, o 12 x 50 tem um campo de visão maior e mais luminosidade, o 40x tem suporte.
A captura é feita com redes verticais, redes de nevoeiro ou redes do japão para
realizar anilhagem ou radio-seguimento (aves têm uma frequência específica).
Campo
Geralmente, a corrente do rio é mais forte que a corrente da maré, mas quando a maré
está cheia a corrente no rio muda. As bóias verdes são balizas que definem o lado direito e
esquerdo para a orientação dos barcos. As torres de cimento com radar possuem sistema
VTS para identificar todos os navios com mais de 24 m.
Esta área é atingida quando 1% no aumenta da área não produz mais do que 0,5% no
nº de espécies → estabilização da curva e das frequências relativas das principais espécies.
▪ Temperatura – é dos que mais condiciona a distribuição e abundância, uma vez que
afeta diretamente os principais processos metabólicos. É medida com um termómetro
ou sonda multiparâmetro (ºC).
▪ Luz (terrestre) e turbidez (aquático) – condiciona a atividade fotossintética, pelo que
é uma medição indispensável no estudo de comunidades vegetais. Podem afetar
diretamente os ciclos circadianos e indiretamente os animais. É medido com medidor
de radiação solar, turbinímetro ou disco de secchi (lux, mg/L, m).
▪ pH – importante em estudo a nível do solo, uma vez que o pH influencia a
disponibilidade de outros nutrientes inorgânicos para as plantas. É medido com
medidor de pH ou sonda multiparâmetro.
▪ Salinidade – afeta a regulação osmótica e é importante em meio marinho e, por vezes,
nos solos. É medida com salinómetros, condutivímetros e sondas multiparâmetro (%,
PSU).
▪ Concentração de oxigénio – fundamental na água para atividade respiratória dos
animais. É medida com oxímetro ou sonda multiparâmetro (mg/L).
▪ Humidade – a quantidade de água existente no ar expressa-se geralmente sob a forma
de humidade relativa e é medida com um higrómetro (%).
▪ Vento – afeta a distribuição de plantas nas zonas costeiras e nas montanhas. Intervém
na dispersão de sementes e provoca turbulência no meio aquático. É medido com um
anemómetro (m/s, km/h).
▪ Granulometria – afeta distribuição quer das plantas, como animais bentónicos
aquáticos. É medida com um conjunto de peneiros (crivos) de diferente malhagem.
O meio intertidal está sujeito a grandes variações ambientes, o que é ideal para estudos
de ecologia.
Muitas espécies são sésseis e os animais móveis têm mobilidade reduzida (há
exceções), assim os organismos podem ser identificados e seguidos facilmente.
As marés
A preia-mar é o nível máximo e a baixa-mar é o nível mínimo, que é repetido 2x ao
por dia e devido ao eixo rotacional e órbita elíptica estas apresentam alturas diferentes.
Durante a lua cheia ou lua nova (sol e lua alinhados) a maré solar exerce um efeito
aditivo na maré lunar e gera marés vivas ou de primavera que possuem amplitude elevada.
Durante o quarto minguante ou quarto crescente (sol e lua em angulo reto) a maré solar
cancela parcialmente a maré lunar e gera marés mortas que possuem amplitude baixa. Deste
modo, em cada mês lunar, há 2 marés vivas e 2 marés mortas.
Zonação
No que diz respeito à temperatura, uma das caraterísticas mais significativas do mar
é a sua capacidade de resistir a oscilações de temperatura. Na maré cheia, as temperaturas
são uniformes e estáveis. Na maré baixa, estas podem flutuar drasticamente. Os organismos
com tolerância alargada, vivem nas zonas superiores.
▪ Ondas – geradas pelo vento e resultam do atrito entre este e a superfície do mar.
A fixação das larvas é um fator relacionado, dado que algumas larvas têm a
capacidade de detetar o tipo de substrato mais favorável para aderirem e crescerem.
A zona intertidal envolve crivos e corer para operar à mão (HAJA box corer).
A zona subtidal envolve cores para endofauna, redes de arrasto para epifauna, ponar
para macrofauna de substrato móvel, dragas “van veer”, amostradores e crivos.
Este ano fez 25 anos que estavam a ser reintroduzidos corsos e veados na Serra da Lousã
(grande passo na conservação).
Biodiversidade
▪ Peixes – boga, truta, perca e carpa.
▪ Anfíbios – tritão marmoratus, tritão de ventre laranja, salamandra lusitânica, rã verde,
rã ibérica, sapo comum e sapo corredor.
▪ Répteis – víbora cornuda, cobra de água ciperina ou colar, cobra cega, cobra rateira,
lagartixa ibérica, lagarto de água, licranço e sardão.
▪ Aves – ave de rapina, águia de asa dourada, cegonha negra, pombo, melro, chapim,
rola e felosa.
▪ Mamíferos – ungulados (veado, corso e javali), cães selvagens, gineta, raposa,
sacarrabos, fuinha, doninha, lontra, texugo, gato bravo e toirão.
▪ Lagomorfos – lebres (Lepus granatensis) e coelhos (Oryctolagus canuculus)
▪ Roedores – esquilo vermelho (Sciurus vulgaris), rato do campo (Apodemus
sylvaticus), rato caseiro, rato de água, rato cego (Microrus lusitanicus) e rato da horta
(Mus sprerus).
▪ Insetívoros – ouriço, toupeira terrestre, musaranho dentes vermelhos e dentes
brancos.
▪ Morcegos – 9 a 10 espécies.
Metodologias de observação
▪ Indireta – é uma aproximação porque se observa os indícios de presença, mas
podemos complementar com genética.
o Excrementos (presença, alimentação/dieta, genótipo e stress)
o Pegadas
o Cadáveres
o Restos alimentares
o Rastos
o Pelos
▪ Direta
o Observação direta com binóculos ou telescópios ao longo de transectos
(caminho ao longo do qual se conta e regista ocorrências) ou pontos fixos.
o Armadilhas fotográficas infravermelhas (não evasivas).
o Captura de micromamíferos com armadilhas de Sherman (diversos tamanhos,
formatos e múltiplos).
Salamandra, cabra montês, lobo ibérico, javali, corso, raposa, cobra, lebre.
Biologia de campo
A biologia de campo está enraizada na história natural, desde as grandes jornadas e
expedições de Charles Darwin, Livingston, etc. Contudo, tipicamente há um grande enfase
no uso de dados experimentais e observacionais para criar modelos conceptuais e teorias.
Método científico
A biologia de campo é mais do que um simples passeio. São necessárias experiências
de campo com base científica para produzir informação objetiva, relevante e atualizada.
▪ Processo de raciocínio
o Teoria (ter os objetivos bem definidos, fazer pesquisa e revisão do problema).
o Pesquisar o objetivo e hipótese.
o Formular previsões.
▪ Processo de investigação
o Desenhar investigação e experimentação para testar a hipótese.
o Colecionar e compilar os dados.
o Fazer análise de dados e modelos.
Escalas de observação
▪ Espécie
▪ Metapopulação – várias populações separadas espacialmente, mas alguns indivíduos
conectam-se. → seleção da distribuição, distribuição espacial e de frequência de
genes, demografia da população, interações e movimentos dispersivos.
▪ População → seleção de distribuição, densidade de paisagem, frequência de genes,
demografia, interações e movimentos.
▪ Deme/subpopulação → seleção, breeding home ranges, genótipos, demografia,
interações e movimento.
▪ Organismo → seleção, domínio vital, genótipo, interações.
Na Serra da Lousã seria estudada a população.
Desenho experimental
O A (Amostra simples
aleatória) é o mais usado – área de
estudo mal conhecida, logo é feito um
screening inicial, onde são distribuídas
50 a 100 armadilhas Sherman para
recolher, capturar e identificar os
organismos (são devolvidos no final).
É usado quando queremos perceber o
que há e o que não há e onde há e não
há.
No B o espaçamento entre
câmaras depende do domínio vital de
cada organismo.
O C (Aleatório estratificado) é
um ajustamento do A. Usado para fazer
um inventário do local a nível de
comunidade ou estratificação da
amostragem.
Material
▪ GPS ou carta militar
▪ Bússola
▪ Binóculos ou telescópios
▪ Água e comida
▪ Roupa adequada
▪ Canivete
▪ Bloco de notas e fichas padronizadas (registar comportamento, por exemplo)
4. “Re-amadurecimento”
5. Reprodução
▪ Captura de aves
o Fish dip nets and throw nets
o Mist nets - uma rede de malha discreta é erguida verticalmente em postes e
implantada em áreas de alta atividade para intercetar as aves durante suas
rotinas diárias normais → aves pequenas e médias
o Dho Gaza nets – exploram a tendência de aves de rapina e outras espécies
para atacar corujas.
o Cannon and Rocket nets - grandes redes de malha presas a projéteis que são
impulsionados sobre os rebanhos de poleiros ou de alimentação por cargas
explosivas (há risco de ferimento).
o Múltiplas armadilhas, medicamentos orais, etc
▪ Captura de mamíferos
o Dip nets (rede de mão)
o Mist and harp nets
o Drop nets using charges
o Drive nets
o Box and cage traps
o Tomahawk and Sherman traps
▪ Armadilha de Sherman - possuem diversos tamanhos e formatos para
capturar micromamíferos através de um sistema com pedal (acionado
quando o animal passa por cima) que fecha a porta e aprisiona o
animal. A vantagem é que permitem capturar animais com atividade
noturna ou grande mobilidade, mas a desvantagem é que causam
stress, ferimentos, malnutrição ou diferenças de temperatura e não
permitem observar o interior.
o Remote injection of drugs
Marcação e monitorização
Colocar localizações num mapa pode ser feito de diversas maneiras: observação direta
ou deteção indireta de dados de citizen science. Esta marcação também pode ser feita ao fazer
um rastreamento dos animais. Uma das maneiras de rastreamento da vida selvagem é a
radiotelemetria (depende da quantidade de inferências a ser realizadas). Como não é possível
colocar transmissores em todos os indivíduos da população, são usados alguns indivíduos e,
posteriormente, são feitas inferências para a população.
Comportamento animal
As observações diretas são usualmente preferíveis para testar hipóteses deste
assunto. Geralmente, o observador regista o comportamento (descanso, agressão,
alimentação) independentemente do tempo e local, assim como regista várias caraterísticas
do meio que o rodeia.
Ecofisiologia
Tenta compreender os potenciais limites nos organismos, tendo em conta a sua
fisiologia, ou seja, como é que respondem a desafios ambientais e como se adaptam ao seu
nicho ecológico.
Os glucocorticoides (cortisol e corticosterona) são hormonas esteroides que participal
na regulação de uma vasta gama de processos fisiológicos, incluindo as respostas ao stress.
O stress pode ser agudo ou crónico. A exposição permanente ao stress pode ter
consequências na condição física animal e traços gerais.
▪ Como quantificar stress e qual a importância de o fazer?
Algumas causas de stress – caça, turismo, uso de terra, predadores, competição
por espaço e recursos – podem afetar uma espécie ou indivíduo de maneira independente
ou sinérgica. Há também uma interação com fatores intrínsecos, tais como: idade, género
e estado reprodutivo.
o Medição de cortisol no pelo
o Quantificação de metabolitos glucocorticoides em matéria fecal
Extras
Espécies indicadoras – refletem o estado dos ecossistemas.
Espécies-chave – desempenham papel ativo no equilíbrio ecológico.
Espécies bandeira – carismáticas e populares.
Espécies chapéu de chuva – definem grandes territórios, quando são proteídos,
quando espécies com territórios mais pequenos estão também a ser protegidos.
Espécies vulneráveis – são perigo de extinção.
Diferença entre tritão e salamandra? São da ordem Caudata, as salamandras são
maiores e passam menos tempo na água comparando com os tritões.
Amostragem direta
Os parâmetros são estimados:
▪ Olho ▪ Mecânica
o Rápido o Demorado (quadrado de
o Escalas com divisões pontos, fita-métrica, foto)
grosseiras o Escalas com divisões
o Adequado para descrição finas
e mapeamento de o Adequado para dados
vegetação rigorosos que minimizam
o Semi-quantitativa, uso em subjetividade
alguns métodos o Quantitativa adequada
matemáticos para testes estatísticos
O posicionamento das parcelas é selecionado de modo:
▪ Subjetivo (Método de Braun-Blanquet)
o Locais de amostragem selecionados pelo investigador, evitando áreas
alteradas (amostragem flexível)
o Melhor para área onde há transições entre comunidades
o Bom para descrição e classificação da vegetação
▪ Objetivo (Método ecológico)
o Locais de amostragem selecionados ao acaso (estatística probabilística)
o Melhor para áreas onde transições não são nítidas ou para determinar causas
de variação dentro de uma comunidade
o Bom para métodos de ordenação
Inventário florestal
▪ Objetivos:
o Estimar valor económico da parcela;
o Verificar se está em condições de ser cortada;
o Avaliar potencial risco de incêndio;
o Analisar estado reprodutivo;
o Mercado de carbono;
o Estimar idade das árvores, etc.
Herbário
É uma coleção de espécimes – por exemplo: plantas, partes de plantas, briófitos,
líquenes ou fungos – preservados – normalmente secos, prensados e montados em cartolinas
ou guardados em envelopes, como no caso de musgos ou líquenes – e catalogados – dados
registados num ficheiro ou base de dados.
▪ Coleção principal – coleção de espécimes prensados, conservados por desidratação.
▪ Coleção carpológica – coleção de frutos, conservados por desidratação ou em etanol
a 70%.
▪ Objetivos:
o Deter e conservar espécimes vegetais de referência, de forma ordenada,
indexada e catalogada;
o Permitir uma identificação rápida de plantas colhidas, por comparação com
os espécimes da coleção;
o Constituir uma base de dados sobre a diversidade vegetal da área geográfica
abrangida pela coleção;
o Os espécimes e os respetivos dados registado têm um elevado valor científico
e podem ser usados em diversos estudos de natureza taxonómica, florística,
ecológica, genética, etc.;
Embora seja preferível fazer com o material fresco, pode ser feita com material seco,
em qualquer fase do processo de elaboração do herbário ou até muitos anos após a sua
inclusão no mesmo.
É feita com ajuda de lupa e floras, monografias, guias ilustrados ou páginas da internet
fidedignas.
4 – Desinfestação
Diversos insetos podem alimentar-se dos espécimes de herbário, completando neles,
inclusive, o seu siclo de vida e perfurando as cartolinas para passar de espécime para
espécime.
A sua desinfestação pode ser feita por processos químicos – envenenamento dos
espécimes com cloreto de mercúrio, naftalina ou cânfora -, mas estes têm vindo a ser postos
de parte por terem efeitos mais ou menos tóxicos sobre os humanos.
A sua técnica mais usada atualmente recorre ao congelamentos dos espécimes por
uma semana a -20º C e manutenção da sala do herbário a 17º C e 45% HR.
5 – Montagem
6 – Catalogação
Envolve a organização dos dados dos espécimes numa base de dados, a partir da qual
se imprimem as etiquetas a colar nos espécimes e se organizam os espécimes nas prateleiras
de acordo com uma determinada ordem.