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Máquinas Elétricas

Máquinas Trifásica de Indução

Prof. Humberto Ícaro, MS.


icarofontinele@unilab.edu.br
Unidade III – Máquinas de Indução
Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Aproximar o estator e o ramo magnetizante

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Aproximar o estator e o ramo magnetizante

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Cálculos do equivalente de Thévenin
 Tensão equivalente – divisor de tensão simples
Z2 Z1
Vz2  V  Vz1  V 
Z1  Z 2 Z1  Z 2

 jX m 
 V1  
 R  j  X  X  
V1,eq
 1 1 m 

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Cálculos do equivalente de Thévenin
 Impedância equivalente – Impedância em paralelo

Z1  Z 2
Z eq  jX m   R1  jX 1 
Z1  Z 2 Z1,eq 
R1  j  X 1  X m 

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Cálculos do equivalente de Thévenin
 Corrente do rotor ou corrente de Thévenin

V1,eq 3  I 22   R2 s 
I2  Tmec 
Pmec

Pg

Z1,eq  jX 2   R2 s  m s s

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Cálculos do equivalente de Thévenin
 Conjugado Mecânico

𝑅2ൗ 1 3 V1,2eq   R2 s 
𝑃𝑚𝑒𝑐 𝑃𝑔 𝑛𝑓𝑎𝑠𝑒 𝐼22 𝑠 Tmec 
𝑇𝑚𝑒𝑐 = = = s  R1,eq   R2 s  2   X 1,eq  X 2 2
𝑤𝑚 𝑤𝑠 𝑤𝑠

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Cálculos do equivalente de Thévenin
 A expressão de conjugado
 Define a curva característica, conjugado x velocidade
1 3 V1,2eq   R2 s 
Tmec 
s  R1,eq   R2 s  2   X 1,eq  X 2 2

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Curva Conjugado x Velocidade
 Regiões
 Frenagem, motor e gerador

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Curvas 𝑇𝑚 , 𝑃𝑚 , 𝐼1 , 𝐼2

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Características da curva
 Escorregamento para o conjugado máximo
(Máxima transferência de potência)

  X 1,eq  X 2 
R2 2
 R2
1,eq
smáxT

 
smáxT 
R2 1  4,5 V1,2eq 
Tmax  
  X 1,eq  X 2  
2
s  R  R 2  X  X 2
 1,eq 2 
2
R
1,eq

 1,eq 1,eq

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Exemplo 3
Motor de indução trifásico, ligado em Y, 6 pólos, 220 V (tensão de linha), 7,5 KW e
60 Hz têm os seguintes valores de parâmetros em ohms/fase, referidos ao estator.
Determine (A) a componente de carga da corrente de estator, o conjugado
eletromecânico e a potência eletromecânica para um escorregamento de 3%. (B)
O conjugado eletromecânico máximo e a correspondente velocidade. (C) O
conjugado eletromecânico de partida e a correspondente corrente de carga do
estator.
R1  0, 294 R2  0,114 X 1  0,503 X 2  0, 209 X m  13, 25

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Resol. Exemplo 3/a
Motor de indução trifásico, ligado em Y, 6 pólos, 220 V (tensão de linha), 7,5 KW e
60 Hz têm os seguintes valores de parâmetros em ohms/fase, referidos ao estator.
Determine (A) a componente de carga da corrente de estator, o conjugado
eletromecânico e a potência eletromecânica para um escorregamento de 3%. (B)
O conjugado eletromecânico máximo e a correspondente velocidade. (C) O
conjugado eletromecânico de partida e a correspondente corrente de carga do
estator.
R1  0, 294 R2  0,114 X 1  0,503 X 2  0, 209 X m  13, 25

 jX m  jX m   R1  jX1 
 V1    122,3
 R  j  X  X   Z1,eq   0, 273  j 0, 490
V1,eq
 1 1 m  R1  j  X1  X m 

V1,eq 122,3
I2    23,9 A
Z1,eq  jX 2   R2 s  0, 273  j 0, 490  j 0, 209  4,8

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Resol. Exemplo 3/a
Motor de indução trifásico, ligado em Y, 6 pólos, 220 V (tensão de linha), 7,5 KW e
60 Hz têm os seguintes valores de parâmetros em ohms/fase, referidos ao estator.
Determine (A) a componente de carga da corrente de estator, o conjugado
eletromecânico e a potência eletromecânica para um escorregamento de 3%. (B)
O conjugado eletromecânico máximo e a correspondente velocidade. (C) O
conjugado eletromecânico de partida e a correspondente corrente de carga do
estator.
R1  0, 294 R2  0,114 X 1  0,503 X 2  0, 209 X m  13, 25

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Resol. Exemplo 3/b
Motor de indução trifásico, ligado em Y, 6 pólos, 220 V (tensão de linha), 7,5 KW e
60 Hz têm os seguintes valores de parâmetros em ohms/fase, referidos ao estator.
Determine (A) a componente de carga da corrente de estator, o conjugado
eletromecânico e a potência eletromecânica para um escorregamento de 3%. (B)
O conjugado eletromecânico máximo e a correspondente velocidade. (C) O
conjugado eletromecânico de partida e a correspondente corrente de carga do
estator.
R1  0, 294 R2  0,114 X 1  0,503 X 2  0, 209 X m  13, 25
R2 0,144
smáxT    0,192
R1,2eq   X 1,eq  X 2  0, 273  0, 699
2 2 2

 
1  4,5 V1,2eq  1  4,5 122,32 
Tmax     125, 7    175 N  m
s  R  R 2  X  X 2 
 1,eq 2   
2 2
  0, 273 0, 273 0, 699 
 1,eq 1,eq

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Resol. Exemplo 3/c
Motor de indução trifásico, ligado em Y, 6 pólos, 220 V (tensão de linha), 7,5 KW e
60 Hz têm os seguintes valores de parâmetros em ohms/fase, referidos ao estator.
Determine (A) a componente de carga da corrente de estator, o conjugado
eletromecânico e a potência eletromecânica para um escorregamento de 3%. (B)
O conjugado eletromecânico máximo e a correspondente velocidade. (C) O
conjugado eletromecânico de partida e a correspondente corrente de carga do
estator.
R1  0, 294 R2  0,114 X 1  0,503 X 2  0, 209 X m  13, 25

V1,eq 122,3
I 2, partida    150 A
Z1,eq  jX 2  R2 0, 273  j 0, 490  j 0, 209  0,144

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Variação da resistência rotórica
 MIT com rotor de gaiola de esquilo
 Motor de velocidade constante  10% de queda de
velocidade  vazio para plena carga
 MIT com rotor bobinado
 A variação da velocidade é obtida com uma resistência
externa ao rotor.

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Conjugado e Potência – Teorema de
Thévenin
 Variação da resistência rotórica
R2
smáxT 
  X 1,eq  X 2 
2 2
R 1,eq

1 3 V1,2eq   R2 s 
Tmec 
s  R1,eq   R2 s  2   X 1,eq  X 2 2

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Determinação dos parâmetros
 Parâmetros do circuito equivalente
 Ensaio a vazio
 Ensaio de rotor bloqueado
 Medidas da resistência CC dos enrolamentos do
estator

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Ensaio a Vazio
 Ensaio sem carga no motor
 A tensão nominal
 Deve ser medido:
 Corrente do estator
 Potência consumida
Vl ,vz
V f ,vz 
3

I1,vz

Pvz

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Ensaio a Vazio
 Perdas no rotor
 São desprezíveis
 Perdas no enrolamento do estator
 Não são desprezíveis
 Perdas são exclusivamente
 Perdas rotacionais mecânicas (atrito e ventilação)
Prot  Pvz  3  I12  R1
 Considerando perdas no núcleo
 Como separar as perdas rotacionais das perdas no
núcleo: Ensaios mecânicos ou elétricos

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Ensaio a Vazio

d m P dm
J  Trot   rot Prot m   m J
dt m dt

22
Ensaio a Vazio
 Perdas rotacionais determinadas
 Perdas no núcleo
𝑃𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜 = 𝑃𝑣𝑧 − 𝑃𝑟𝑜𝑡 − 3. 𝐼12 . 𝑅1
 Desprezando a queda de tensão no estator (𝐼1𝑉𝑧 ↓)
2
𝑉𝑓,𝑣𝑧
𝑅𝑐 = 3
𝑃𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜
 Geralmente, incorpora-se as perdas no núcleo as
perdas rotacionais

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Ensaio a Vazio
 Análise do rotor
R2
svz  0 
svz
 jX 2 
jX m   R2 s   1  
jX m    R2 s   jX 2    R2 s  
  jX m
 R2 s   j  X m  X 2   j  Xm  X2  
 R2 s   1  
  R2 s  

X vz  X 11  X 1l  X m

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Ensaio a Vazio
 Reatância em vazio pode ser calculada por

Qvz  S  P 2 2 Svz  3 V f ,vz  I1,vz


vz vz

Qvz
X vz 
3  I1,2vz
V f ,vz
𝑄𝑣𝑧 ≫ 𝑃𝑣𝑧 X vz 
I1,vz
 Fator de potência é muito baixo
 No ensaio a vazio

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Ensaio Rotor Bloqueado
 Semelhante ao ensaio de curto-circuito
 Do transformador
 Rotor é bloqueado – impossibilidade de girar
 Escorregamento unitário
 Medir impedâncias de dispersão
 Grandezas a serem medidas
Vl ,bl
V f ,bl  I1,bl Pbl f bl
3

 Desempenho da máquina a ser analisado


 Corrente e escorregamento desta situação

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Ensaio Rotor Bloqueado
 Características de funcionamento nominal
 Corrente nominal
 Características de partida
 Corrente de partida
 Redução na frequência
 Aproximar valores do rotor
 Escorregamento afeta a resistência rotórica
 Norma IEE 112
 Frequência de teste: 25% da frequência nominal
 Utilizado em motores acima de 25 HP
 Abaixo, frequência nominal

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Ensaio Rotor Bloqueado
 Ensaios a corrente de partida
 Problemas na saturação do motor
 Reatância de dispersão são afetadas pela saturação
 Cálculos

Sbl  3 V f ,bl  I1,bl Qbl  Sbl2  Pbl2

 f  Qbl Pbl
X bl    Rbl 
 bl 
f 3  I 2
1,bl 3  I1,2bl

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Ensaio Rotor Bloqueado
 Cálculos

Zbl  R1  jX 1   R2  jX 2 / / jX m 


Zbl  R1  R2  2
X m2 


j  X1 

X m R22  X 2  X m  X 2   
 R X  X  
2
 R2   X m  X 2 
2 2

 2 m 2   

 XmX2 
2
 Xm 
Z bl  R1  R2    j  X 1  
 Xm  X2    Xm  X2  
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Ensaio Rotor Bloqueado
 Cálculos

 Xm   Xm 
2
X bl  X 1  X 2   Rbl  R1  R2  
 X 2Xm   mX  X 2 
2
 Xm   X2  Xm 
X 2   X bl  X 1    R2  Rbl  R1   
 1
X  X m  X bl   X m 
 X2 e X1 não podem ser calculados
simultaneamente
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Ensaio Rotor Bloqueado
 Cálculos
 X  X1 
X 2   X bl  X 1   vz  X m  X vz  X 1
 vz
X  X bl 

Fração de X1+X2

Classe Motor Descrição X1 X2

A Conj. partida e Ip normais 0,5 0,5

B Conj. partida normal e Ip baixa 0,4 0,6

C Conj. partida elevado e Ip baixo 0,3 0,7

D Conj. partida elevado e s elevado 0,5 0,5

Rotor bobinado Desempenho varia (R2) 0,5 0,5

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Tipos de MITs
 Gráfico com características

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Exemplo 4
Os seguintes dados de ensaio aplicam-se a um motor de indução trifásico de 4
pólos, 7,5 HP, 220 V, 19 A e 60 Hz com um rotor de dupla gaiola da classe C de
projeto (Cp elevado e Ip baixo):
Ensaio 1 – a vazio em 60 Hz: Tensão de linha aplicada = 219 V, Corrente de fase
média=5,7 A e Potência = 380 W.
Ensaio 2 – rotor bloqueado em 15 Hz: Tensão de linha aplicada = 26,5 V, Corrente
de fase média=18,57 A e Potência = 675 W.
Ensaio 3 – Resistência CC de estator média por fase, medida imediatamente após
o ensaio 2, de 0,262 ohms.
Calcule as perdas rotacionais a vazio e os parâmetros de circuito equivalente que
se aplicam às condições normais de funcionamento. Suponha que a temperatura
seja a do ensaio 3. Despreze qualquer efeito de perdas no núcleo, assumindo que
elas possam ser incluídas nas perdas rotacionais.

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Resol. Exemplo 4
Prot  Pvz  3I1,2vz R1  380  3  5, 7 2  0, 262  354 W

219
V f ,vz   126, 4 V
3

3I1,vzV f ,vz   Pvz2  3  5,7 126, 4


2
Qvz 
2
 3802  2128 W

Qvz 2128
X vz    21,8 
3  I1,vz 2
3  5,7 2

34
Resol. Exemplo 4
26,5
𝑉𝑓,𝑏𝑙 = = 15,3 𝑉
3

3I 1,blV f ,bl   P   3 18,57 15,3


2
Qbl 
2
2
bl  6752  520 VAr

 f  Qbl  60  520
X bl        2, 01
 fbl  3  I1,bl  15  3 18,57
2 2

X 1  0,3  X 1  X 2   X 1  0, 429 X 2

35
Resol. Exemplo 4
 X vz  0, 429  X 2 
X 2   X bl  0, 429  X 2   
 X vz  X bl 

0, 4292 X 22   X bl 1  0, 429   X vz 1  0, 429   X 2  X vz X bl

0,184 X 22  30, 29 X 2  44, 22

X 2  1, 48 ou 163,1  X 2  1, 48 

X1  0, 429 X 2  0, 429 1, 48  0, 633 

X m  X vz  X 1  21,8  0, 633  21, 2 

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Resol. Exemplo 4

Pbl 675
Rbl    0, 652 
3I1,bl 3 18,57
2 2

2
 X2  Xm 
2
 1, 48  21, 2 
R2  Rbl  R1     0,652  0, 262     0, 447 
 Xm   21, 2 

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Ensaio Rotor Bloqueado

 Xm  X bl  X 1  X 2
X bl  X 1  X 2  
 X 2Xm 

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