TRANSCRIÇÃO - AULA 01

Andressa Ducosta
Vamos começar do começo: o princípio da mudança.

Talvez você já tenha visto falar sobre isso de alguma perspectiva, mas
eu quero de verdade que você esvazie o seu copo para você receber
uma informação nova. Existem pessoas que dizem assim... Eu já estive
muito nesse papel, né? Um papel quando a gente acaba vendo muita
coisa na internet, muitas informações, muitos cursos, muitas coisas,
que quando você começa a receber aquela informação de bate-
pronto seu cérebro já te entrega um:

“Ah, mas isso eu já sei.”

“Ah não, Andressa, isso aí eu já sei, isso aí é óbvio. Isso é claro.”

E a minha pergunta para você é: Você consegue aplicar? Você

consegue viver isso que você já sabe? Porque saber e não fazer é a
mesma coisa que não saber.

Então o princípio aqui do nosso aprendizado, o início de tudo é a

humildade, quando você consegue ser humilde, você consegue ter um
abraço à realidade e não se perder nas suas próprias ilusões mentais.

Ou seja, por mais que você já tenha ouvido falar sobre aquele conteúdo,
se você não consegue aplicá-lo, porque de fato você não o domina.

Então a gente vai partir esse pressuposto, lembrando que a humildade

não tem nada a ver com escassez de recursos inicialmente como
algumas pessoas pensam. Humildade não é sobre pobreza. Humildade
é sobre a sua capacidade e se você for olhar o significado no dicionário
a etimologia da palavra “humildade”, é você ter a plena consciência
de quem você é, qual é o seu tamanho e o que você é capaz de realizar.

Então se você é uma pessoa muito boa naquilo que você faz, é
humildade da sua parte reconhecer isso, se você não consegue
fazer determinada coisa, é humilde da sua parte dizer que você não
consegue.

E o meu convite para você nesse início das nossas aulas é que você
aplique esse propósito da humildade, de conseguir reconhecer aquilo
que de fato você sabe, por mais que você diga: “Ah não, mas isso aí
eu já tenho conhecimento.”, se você ainda não consegue aplicar e
fazer isso uma verdade na sua vida, é porque você ainda tem algo a
aprender.

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Tem uma frase que diz assim: que quando uma árvore para de crescer,
ela está pronta para morrer. E assim sou eu e assim é você, quanto
você para de crescer, você está morrendo e ainda não percebeu, nós
sempre podemos aprender mais. E pensando nesse aprendizado,
olhando pela perspectiva da humildade, “Qual é, Andressa, digamos
assim a coisa base para o domínio emocional? O que eu preciso para
conseguir dominar a mim mesmo e não ser controlado pelas minhas
emoções?”.

A regra número um é estar presente, esteja onde você estiver, viva

a presença, esteja aqui comigo agora nessa aula enquanto você
está aqui, não está aqui comigo fazendo zilhões de outras coisas. A
nossa cabeça, ela funciona muito como a um computador, digamos
assim, se você vai lá e abre várias abas no seu computador, o que vai
acontecer com ele? Ele vai ficar mais lento.

A mesma coisa é o celular, se você está com várias, várias abas

abertas ali, ele vai ficar mais lento. Porque ele precisa de mais energia
para processar aquilo e assim sou eu e assim é você. Então se você
estiver fazendo várias coisas ao mesmo tempo, por mais que você
ganha essa falsa sensação de produtividade, no fundo você só está
se perdendo e não está conseguindo prestar atenção em nada direito.

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A regra número um para que você consiga sair do zero e vencer
isso é estar presente. Como é que eu estou presente? Eu vou te dar
algumas técnicas básicas que você pode usar dentro da filosofia
da hipnoterapia, dentro desse processo terapêutico de educação
emocional que aplicando essas pequenas técnicas você vai sentir
essa força da presença.

Quando você está 100% em um lugar, todo o teu corpo te ajuda

a viver aquilo, a se concentrar naquilo e a progredir. Então se você
vai sentar para fazer um copy, por exemplo, se você precisa olhar o
gerenciamento dos anúncios, se você precisa gravar uma sequência
de stories, organizar a sua planilha, estabelecer ali que horas você vai
falar com os seus clientes, com os seus distribuidores, você precisa ter
uma concentração e estar presente ali.

E não necessariamente estar no trabalho com a cabeça de dentro de

casa, daí você chega dentro de casa e você está com a sua cabeça
no trabalho e você acaba não ficando em nenhum lugar ao mesmo
tempo, tendo essa falsa sensação de produtividade. Só que quando
você chega no final do dia e faz a risca, você não fez nada de efetivo
às claras e sim você acaba se perdendo nessa neblina.

Uma das primeiras técnicas que eu gosto de usar é o esvaziamento

mental. E como que funciona?

Talvez você já tenha se deparado com aqueles momentos de

sobrecarga assim, sabe? Você está sobrecarregado, parece que tem
mil coisas na sua cabeça e você não consegue processar nada direito,
ou se você trabalha bastante, você já viveu aquela experiência de
você estar conversando com uma pessoa e de repente... Você já não
lembra mais o que você estava falando, aquilo me deu um branco
na sua cabeça, ou você faz uma troca de palavras, ou ainda você
pensa: “Não, claro que eu enviei o documento.” e você vai ver, enviou
e respondeu mentalmente, mas você não enviou o documento como
você achou que tinha feito.

Porque você está numa sobrecarga mental de estar em muitos lugares

ao mesmo tempo e não viver o momento presente. E aí vem a mesma
coisa que eu falei no início dessa aula: “Ah, Andressa, mas isso eu já sei.”.

Ok e você aplica, você se perde nisso? Se você ainda se perde,

experimenta colocar essa técnica em prática, o esvaziamento mental,

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 ele é muito simples e ele segue essa nomenclatura, você vai precisar
de papel e caneta e você vai esvaziar a sua mente.

Num cenário ideal, no mundo perfeito você iria para um lugar mais
relaxado, mais retirado, deixaria aquele momento de paz para você,
sentaria ali e colocaria no papel em tópicos absolutamente tudo que
vier a sua cabeça, tudo que vier a sua cabeça, desde entregar o relatório,
ligar para Fulano, passar uma roupa, pendurar a roupa e ligar na escola
do Fulano. Desde atividades de dentro da sua casa, até mesmo as
funções dentro do seu trabalho, ou questões pessoais suas, né?

[00:05:10] “Falar com a minha avó, ir ao mercado, pagar a conta tal”. Tudo isso
é como se fossem abas abertas dentro da sua cabeça, então o que é
necessário é que você precisa de papel e caneta e você vai transferir ali.

E uma mágica acontece, a partir do momento em que você escreve

aquilo no papel, e duvida de mim e faz tá? Quando você escreve aquilo
no papel, aquilo some da sua cabeça, é como se você conseguisse tirar
aquele formato que está nebuloso dentro de você e torná-lo matéria.
Você colocando no papel, você vai ganhando uma liberdade mental
para conseguir pensar em outras coisas. E você sai dessa desordem
nebulosa, porque o nosso imaginário, a nossa cabeça, ela não é linear,
ela é assim sem forma, sem matéria.

Quando você transfere ele, põe na tinta no papel, você consegue

olhar para aquilo e não tem como negar aquela verdade que está
escrita. Então sai dessas ilusões mentais dos “e se”, “mas tal coisa”,
parecendo que você tem milhares de coisas para fazer e quando você
coloca ali, você consegue ter um checklist, o esvaziamento mental,
ele é muito importante para o seu dia a dia.

ESVAZIAMENTO MENTAL
Uma vez ao dia: ou antes de dormir ou
logo ao acordar.

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Eu recomendo que você faça ele pelo menos uma vez ao dia, ou
antes de dormir, ou logo após acordar, para que você tenha a sua
programação e tenha certeza.

“Ah, Andressa, isso é tipo aqueles checklists de trabalho?”

Pode dizer que sim, só que voltando para toda a sua vida, sem
segmentar, sem dizer: “Ah, essa é a minha vida profissional, essa é a
minha vida familiar.”

Não, porque a sua cabeça é uma só, por mais que você exerça muitas
funções, você é um ser humano único e você precisa equilibrar o seu
cérebro como um todo.

Então uma habilidade inicial e simples para você ter é conseguir

administrar o seu tempo mental, quando que eu vou pensar em
cada coisa? Senão você está pensando tudo ao mesmo tempo e não
está pensando em nada, então pega o papel da caneta e faz esse
esvaziamento mental, ele é muito simples e a gente vai liberar um
material para que você consiga fazer isso de maneira mais ordenada.

Lembrando que esse material que vai estar disponível para vocês,
ele é só uma referência, tá bom? Você pode conduzi-lo da melhor
maneira possível, você pode ter a sua própria folha, ou fazer no
bloco de notas do celular. Mas o ideal é que você escreva ele no
papel, separa um tempo, senta, pega o papel e a caneta e tudo,
absolutamente tudo que vier a sua cabeça você escreve ali.

Perfeito então, então eu vou usar o esvaziamento mental todos os

dias, ou antes de dormir, ou logo quando eu acordar para conseguir
organizar minha mente, para conseguir esvaziar tudo aquilo que está
me deixando em sobrecarga e botar aquilo numa prática, aí você vai
ter lá a sua folha de papel.

“Mas Andressa, e quando eu estou sei lá, no meio de uma reunião,

no meio de uma gravação. Eu estou na igreja, na fila do banco, no
mercado, na casinha de sapê.”.

O que você vai fazer? Simples, você vai pegar o primeiro papel
que aparecer na sua frente ou um guardanapo que seja, você
pode carregar uma caderneta com você, pode usar o bloco de
notas do celular, mas lembra que o ideal é que você escreva, pela
movimentação muscular que você tem, pelo quanto você tem que

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se dedicar para escrever é diferente de você digitar, tá bom?

Mas se você não tiver como escrever, você digita, por quê? O
importante é que você não deixa de fazer, por quê? Porque aparecem
pensamentos pensantes aí na sua cabeça, você está lá concentrado
pensando que o objetivo é buscar a presença, a sua cabeça vai te
levar para ondas e ondas e ondas de raciocínio.

Você está lá conversando com a pessoa e daqui a pouco você já está

lá na sua casa e lembrando do dia da sua avó que aconteceu tal coisa
e a roupa que você tem para pendurar. E a pessoa ali na sua frente
falando ou você tendo que fechar um contrato, negociar alguma coisa,
fazer uma atividade mental, tipo raciocínio de concentração.

Esse tipo de pensamento eu chamo de pensamento fora de hora, que

é o PFH, é um esvaziamento mental que você vai fazer de maneira
organizada, ou antes de dormir, ou logo quando acordar, para que
você esvazie a sua mente e tenha ali tudo escritinho no papel.

Esses pensamentos desordenados que aparecem no meio de outros tipos

de compromisso, eles não devem ser ignorados, eles são importantes, por
que se a sua cabeça entregou aquele pensamento para você, é porque

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 você pediu para pensar sobre aquilo em algum momento.

Então você está lá, vou dar um exemplo de ordem doméstica, tá?
Fica assim: “Nossa, meu Deus, eu não posso esquecer da roupa, eu
tenho que lembrar da roupa.”. Aí você vai para o seu trabalho, quando
você chega lá no seu trabalho, o que acontece? O seu cérebro vai
te lembrar, você acabou de pedir para não esquecer daquilo, ele vai
falar assim: “Ih, a roupa!”. Só que você está no meio de uma reunião,
não tem como você fazer a roupa agora.

Então o que você vai fazer? Você vai pegar um papel, uma caneta e
você vai escrever ali. O ponto de você entender essa chave de virada
é que quando você escreve no papel, vai sair da sua cabeça aquele
pensamento e você vai conseguir se manter muito presente.

Essa técnica eu chamo de PFH, que são os “pensamentos fora de hora”

e são pensamentos importantes só vieram na hora errada.

PFH
São pensamentos importantes, só vieram
na hora errada.

E você vai aprendendo a educar a sua mente, assim como a gente

educa a memória, assim como você educa o imaginário, assim como
você educa partes técnicas dentro de você, você consegue educar o
seu emocional para que ele não te atrapalhe nos seus afazeres, mas
pelo contrário, que você possa usá-los ao seu favor.

Então ordenando o seu pensamento assim com o tempo, você vai

perceber que você vai conseguir ficar mais presente naquilo que você
faz, que você vai educando a sua mente em que momento ela deve
pensar cada coisa.

[00:10:00] Essa gestão de tempo interna é fundamental para você ter domínio
de si, é fundamental para você ter domínio de si, é fundamental para
que você se conheça.

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Então você fez o esvaziamento mental à noite ou pela manhã e
você vai carregar a sua folhinha de PFH, todas as vezes que passar
algum pensamento desordenado na sua cabeça lembrando você
de fazer algo, que você esqueceu, que você precisa pensar, algo que
você precisa se dedicar, seja de vida profissional, pessoal, física,
emocional, espiritual, você anota naquele papel e você vai voltar
para o momento presente.

“Andressa, quantas vezes eu faço isso?” Quantas vezes forem necessárias,

você vai perceber que a partir dessa aula, quando você vai começar a
colocar isso em prática, vai parecer um volume muito grande.

“Nossa, mas eu escrevi três páginas de PFH.”

Ok, mas com o tempo você vai organizando a sua cabeça, confia
em mim, se você fizer certinho, em três semanas os pensamentos
já vão começar a ficar mais organizados, quando você estiver em
casa, você vai começar a ter pensamentos de casa, quando você
estiver no trabalho, você vai ter pensamentos do trabalho e assim
sucessivamente dentro da sua vida.

Não é porque você é uma pessoa horrível que não consegue se

administrar, não, é que você nunca foi ensinado a fazer isso. Ou
vai dizer que na escola você teve a matéria “como organizar a sua
mente”, “como lidar com ansiedade”, “como administrar o medo de
aparecer em público”, não, não tem essas coisas lá, porque é tudo
uma formação muito voltada para o profissional.

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Só que eu estou aqui para dizer para você que profissionalmente se você
quiser ter grandes êxitos, você vai ter que aprender a lidar com você.

Então usa essa técnica do esvaziamento mental, usa essa técnica

do PFH para que você consiga se manter presente e esteja 100%
focado naquilo, para que você consiga ter recursos para aplicar suas
habilidades técnicas sem deixar que o emocional te atrapalhe, ou os
pensamentos desordenados do seu dia a dia.

Como eu comentei, a gente fez alguns materiais para facilitar o seu uso
no dia a dia, lembrando que é só uma referência, então por exemplo,
aqui está o esvaziamento mental.

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Mas lembre-se, é só uma referência, você pode fazer ele direto no seu
caderno, você pode imprimir essa folha, você pode organizar ela em
tópicos, botar numa planilha. Não importa, o que importa é que você
faça, que você usufrua isso no seu dia a dia.

E o PFH que são os pensamentos fora de hora, eles estão ordenados

assim, uma folha simples, é para mostrar que você é capaz de
realizar não importa com o que você tenha disponível aí na sua mão.
Eu sinceramente já fiz muitos PFHs assim, muitos pensamentos fora
de hora usando um guardanapo do restaurante, guardanapo do

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bar onde eu estava, já anotei na minha mão, por exemplo, para não
deixar que aquele pensamento me atrapalhasse.

Não importa como você vai fazer de fato, desde que você faça, o
objetivo final é que você consiga colocar em prática esse conteúdo e
que essas aulas que eu estou organizando aqui para vocês, não seja
só uma obesidade mental, aquele entretenimento inteligente que você
fica assistindo e assistindo, tipo: “Ah, nossa, eu estou aprendendo.”,
mas você não coloca nada em prática e isso não tem muito valor.

Então espero você na próxima aula e lembre-se de usar todas as suas

folhinhas.

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