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TRANSCRIÇÃO - AULA 02

Andressa Ducosta
“Andressa, beleza, Andressa, eu estou começando a fazer as minhas
coisas, já fiz o meu PFH, já estou fazendo esvaziamento mental, já
consigo colocar isso em prática, olha só que incrível, eu percebi
que funciona, eu percebi que eu consigo ficar mais focado, mais
concentrado naquilo simplesmente estabelecendo a minha presença,
estando onde eu estou”.

“Mas agora eu estou com essa lista gigantesca de coisas para fazer,
e rola uma ansiedade, uma ansiedade e um pânico, o que eu faço?”.

Muito bem, para isso nós vamos entrar com o nosso terceiro material
de apoio que é: saber diferenciar o que é importante e o que é urgente.

Algumas pessoas se debatem muito nessa relação da importância


da urgência dentro dessa lista de atividades, porque coloca como se
tudo fosse importante e deixa para fazer as coisas urgentes na hora
que já está estourando o prazo de entregar, isso gera uma ansiedade
gigantesca dentro do teu emocional, isso gera uma instabilidade,
gera medo, gera dentro de você uma sensação de impotência, como
se sempre você estivesse apagando o incêndios.

Então precisa ser assim, desde que você se estabeleça com um


prazo anterior, como? Depois que fez o esvaziamento mental, depois

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que você fez o seu pensamento fora de hora, acompanhou aquilo
no seu dia a dia, você vai sentar, vai olhar para todo o seu checklist,
vai pegar esse material de apoio aqui e você vai diferenciar o que é
importante e o que é urgente.

“E como que eu sei, Andressa, o que é importante e o que é urgente?”

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Provavelmente a maior parte das coisas que você tem para realizar
elas são importantes. As urgentes, elas vão entrar como tendo um
prazo determinado para acontecer.

Então quando você tem aquilo para entregar em determinado dia, que
dia você vai fazer aquilo? Não, não é no último dia, por mais que a sua
cabeça tenha falado assim: “Ah, vai ser no último dia, provavelmente
eu vou entregar aquilo no último dia”.

A meta aqui é que você consiga estabelecer o seu emocional para


que você não entregue no último dia. Aplicando esse material do
importante e urgente, você sai dessa pressão interna dentro de você,
de ter que entregar tudo na luta, naquela correria, ou até mesmo essa
sensação de incapacidade, de conseguir realizar ou não as coisas
dentro de um prazo determinado quando você faz ali o seu checklist
que está dentro da sua cabeça.

Lembrando aqui que eu estou falando sem segmentação. Por mais


que essa seja uma aula voltada para dentro do marketing digital,
você é uma pessoa única, você não é a sua profissão, você não é o
seu trabalho, você é o ser humano que tem aí o seu nome dentro do
seu RG. E dentro da sua vida existe toda a vertente das coisas que te
cabe, todas as suas responsabilidades, os seus afazeres.

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Então é muito importante que você se concentre em você como um
todo e não queira só crescer profissionalmente, sendo que dentro da
sua casa está tudo uma desordem. Você cresce dentro de um bloco
como inteiro, você vai melhorando um pouco aqui e melhorando
como pessoa, você acaba se desenvolvendo em todas as outras
áreas, porque é você que está em todos os lugares.

Tem alguns pacientes que me dizem assim: “Ai, Andressa, eu preciso


muito que tal pessoa mude isso, que tal pessoa faça aquilo, porque lá
no meu trabalho tem um gestor...”, ou: “Ai, meu chefe...”, ou: “Eu tenho
um contratante que é desse jeito...”.

E eu falo: “Não, meu amor, é você que precisa melhorar, porque onde
você for você vai estar, se você se livrar dessas pessoas, você vai para
um outro lugar e você vai viver exatamente os mesmos problemas lá.”

Agora fazendo essa ordenação mental, você consegue além de ter


um alívio interno de tudo que você precisa realizar. Além de você se
tornar uma pessoa mais em alta performance, mais concentrada,
mais focada, mais produtiva, você também consegue reconhecer
melhor onde estão seus déficits, você consegue enxergar quais são as
lacunas que faltam para você preencher.

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Então fazendo essa lista do importante e urgente, você sempre vai
pensar: “Tudo que eu preciso fazer é importante”. Agora eu vou colocar
isso numa escala de prioridades, então você vai selecionar aquilo que
é mais urgente de realizar de acordo com o prazo que você tem para
fazer aquilo.

E aí aqui vem algo que eu considero essencial, que é a palavra:


procrastinação, muitas pessoas falam por aí: “Eu procrastino demais,
eu acabo deixando tudo para depois.”.

E aí vamos lá, vamos fazer uma organização, a palavra


procrastinação, ela tem como significado você de maneira
consciente determinar um prazo mais prolongado para realizar
determinada ação. Então eu preciso fazer uma tal atividade no meu
dia a dia e aí conscientemente eu percebo dentro do meu leque das
minhas limitações que eu não tenho tempo hábil de ser realizado.

“Não consigo fazer isso até o momento que eu tenho que entregar”, então
eu preciso procrastinar aquilo, preciso transferir aquilo para um outro
horário. “Então não dá para fazer hoje, vou fazer amanhã de manhã”.

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PROCASTINAÇÃO
Em si, não é ruim. Ela é confundida com
preguiça. A preguiça sim, é ruim.

A procrastinação em si, ela não é ruim, ela é ruim quando ela é


confundida com a preguiça, a preguiça sim é ruim. E a preguiça existe
muito dentro do meio corporativo, velada em um ativismo.

“Como assim, Andressa, um ativismo?”

Exatamente, a pessoa faz milhares de coisas durante o dia, você olha


para ela e ela tem a agenda mais lotada, mas quando chega no final do
dia e você passa a risca, ela não cumpriu com as próprias obrigações.
Ela não fez aquilo que devia ser feito, ela acabou enchendo o dia dela.

“Não, eu vou sentar aqui, vou ler tal coisa, depois eu preciso ligar para
Fulano.” daí ela liga para não sei o que, daí passa o café, daí senta aqui,
daí pega o material e começa: “Ah não, agora eu preciso organizar tal
coisa.”

E ela vai se enchendo, se enchendo, se enchendo de atribuições,


fazendo milhares de coisas que não são urgentes, mas que naquele
momento parecem ser muito importantes.

Fez à rrisca no final do dia e ela não cumpriu com aquilo que
ela devia, ela não conseguiu entregar o que ela prometeu, essa
é uma preguiça velada. A preguiça tem muitas máscaras, mas
em resumo ela é fugir da dor, fugir do desconforto, fugir daquilo
que vai exigir de você um pouco mais de diligência, um pouco
mais de dedicação. Aquilo que talvez dentro do seu cotidiano de
trabalho, ou na sua casa, na sua família, aquilo que não é tão
legal de fazer, sabe?
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Aquela atividade que você fala: “Poxa, vou ter que ligar para tal pessoa,
vou ter que fazer esse relatório, preciso preencher essa lista, preciso
reler esse documento.”, ou: “Nossa, mais uma reunião.”

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Talvez algumas coisas que para você sejam totalmente desgastantes,
mesmo que para outras pessoas aquilo seja a parte mais divertida do
trabalho.

Quando a gente se depara com algo desgastante, algo que vai tirar a
gente da nossa zona de conforto, é natural entrar essa preguiça, entrar
essa prostração, de não querer realizar aquilo mesmo que lotado de
outras atividades. E é necessário você ter essa consciência ativa e
observar bem o seu modo de agir e quando você faz o esvaziamento
mental. Ali o PFH, divide o que é importante o que é urgente, você se
depara com as verdade e não consegue mais fugir dela.

Na hora que você tem a consciência de que você vai ter que procrastinar
algumas ações de forma consciente, isso se torna algo saudável para
você. E aqui vem um ponto que eu quero deixar bem claro que é a
importância de aceitar as suas limitações, aceitar que talvez você
não é o Super Saiyajin que você acha que você é, entendeu?

Que você precisa talvez dar um, dois passos para trás, estabelecer
melhor a sua agenda e organizar o seu cotidiano para assumir somente
as atividades que você é capaz de entregar e não tentar abraçar o
mundo ao mesmo tempo.

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Ou por exemplo, você tem uma única grande coisa para fazer e fica
se debatendo igual àquele peixe fora d’água ao redor daquilo ao
invés de ir lá e matar aquele leão de primeira. O ponto dessa aula é
não só para você aprender a separar o que é importante e urgente, é
você colocar a mão no seu coração e uma mão na sua consciência,
abraçar a humildade que eu comentei no início dessas aulas e aceitar
o que você consegue e o que você não consegue fazer de fato.

ACEITAÇÃO
Aceitar o que você consegue fazer e o
que não consegue fazer de fato.

E isso não significa que você está limitado naquilo, que você não possa
aprender ou gerir o seu tempo melhor, mas às vezes é necessário
olhar para o seu cotidiano, organizar sua agenda e não assumir mais
atividades do que você é capaz de realizar, para que você não entre
nessa pressão muito grande e fique postergando tudo com uma culpa
muito grande.

Lembra que somos seres humanos e a gente tem as nossas limitações


e por mais que você veja lá na internet pessoas fazendo coisas incríveis
com histórias fantásticas:

“Nossa, mas aquela pessoa conseguiu, tipo ter uma rasgada de


crescimento e tal...”.

Você é essa pessoa? Provavelmente não. Você vai ter que construir a
sua história e é necessário que você aprende a encontrar os equilíbrios
dentro dela. Algumas pessoas conseguem ficar longos períodos sem
comer, outras ficam extremamente irritadas se elas repetem essa ação.

Algumas pessoas conseguem não dormir e ficam super bem, eu sou


uma delas, se eu dormir três, quatro, cinco horas por noite, eu estou
super bem no dia seguinte. Mas eu sei que algumas pessoas carecem
de 8 horas de sono para elas terem uma agilidade mental.

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E você vai ter que encontrar o seu equilíbrio, vai ter que fazer esse
abraço a humildade de reconhecer as suas capacidades, até onde
você pode ir e o que você precisa aprender para se desenvolver mais.
Não tenta ser mais do que você é sem ter se preparado para isso.

O tempo, ele não respeita aquilo que é feito sem ele, então você precisa
aprender a dar o tempo certo para cada uma das coisas, o tempo
certo de pensar, o tempo certo de agir e o tempo certo de conseguir o
que você pensou e agiu para poder fazer melhor dali em diante.

Combinado?

Então eu espero de verdade que você use essas folhas no seu cotidiano,
que você aceite as suas limitações. Na próxima aula eu vou trazer
para vocês uma técnica muito específica para conseguir enxergar
isso de maneira mais clara. Porque às vezes emocionalmente a gente
se deixa levar e se ilude: “Não, não, eu vou conseguir, vou dar conta, vai
dar certo”, num entusiasmo momentâneo, numa empolgação levada
pelo grupo.

Mas é necessário você fazer um pouquinho de um trabalho mais


personalizado, olhando mais para você.

E na próxima aula eu vou falar sobre isso, te espero lá.

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