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Fonte Principal: Joseph Edward Shigley, Charles R. Mischke, Richard G.

Budynas, Mechanical Engineering Design , 8ª Edição, McGraw-Hill

INTRODUÇÃO AO PROJECTO MECÂNICO

PROJECTO MECÂNICO Prof. Manuel E. Fortes T. Almeida

Fonte Principal: Joseph Edward Shigley, Charles R. Mischke, Richard G. Budynas, Mechanical Engineering Design , 8ª Edição, McGraw-Hill

PROJECTO MECÂNICO

O que significa?

• Significa projecto de objectos e sistemas de natureza


mecânica – máquinas, produtos, estruturas, dispositivos
e instrumentos.

Como se define?

• Define-se como a formulação de um plano capaz de


proporcionar uma solução satisfatoria e exequivel a
uma necessidade humana.

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PROJECTO MECÂNICO

Porque se projecta?

• Para satisfazer ou suprimir uma necessidade.

Como se projecta?

• Criando;
• Recondicionando sistema / estrutura / componente;
• Melhorando;
• Adaptando.

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PROJECTO MECÂNICO

Porque solução satisfactória e não óptima?

• Geralmente uma Necessidade não tem uma única


solução.

• Solução adequada ao fim em vista, formulada com


conhecimento actual, e exequível tecnológica e
económicamente.

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FASES DO PROJECTO

• O que é o processo do projecto?

• Como começa?

• O engenheiro simplesmente se senta a sua escrivaninha com


uma folha de papel branco e toma nota de algumas ideias ?

• O que acontece de seguida?

• Que factores influenciam ou controlam as decisões que


devem ser tomadas?

• Finalmente, como termina este processo do projecto?

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FASES DO PROJECTO
• Este processo do projecto, do princípio ao fim, é frequentemente
esquematizado como se segue:

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FASES DO PROJECTO
Identificação e reconhecimento da necessidade

• As vezes, mas nem sempre, o projecto inicia quando o engenheiro


reconhece uma necessiade e decide fazer algo a respeito.

• O reconhecimento da necessidade, normalmente, constitui um


acto altamente criativo, porque a necessidade pode ser um vago
descontentamento, um sentimento de inquietação ou o sentimento de
que algo não está correcto.

• Uam pessoa sensível, que se perturba facilmente com algo, tem maior
probabilidade de reconhecer uma necessidade e também maiores
chances de fazer algo a respeito. Por esta razão as pessoas sensíveis
são mais criativas.

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FASES DO PROJECTO
Definição do Problema
• Existe uma diferença precisa entre o estabelecimento da
necessidade e a definição do problema.

• A definição do problema é mais específico e deve incluir todas as


especificações para o objecto que se pretende projectar.

• As especificações estabelecem os elementos de entrada e as


respostas, as dimensões que o objecto deve ter, o espaço ocupado e
todas as limitações dessa quantidade.

• Os itens óbvios nas especificações são as velocidades, os avanços,


as limitações de temperatura, o alcance máximo, as variações
esperadas nas variáveis, e as limitações das dimensões e de peso.

• Qualquer coisa que limite a liberdade de escolha do projectista é uma


especificação.

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FASES DO PROJECTO
• ESPECIFICAÇÃO

– Proposição textual ou simbólica (desenho), em regra simples e


concreta, que define uma ou mais características individualizadoras
de algo; ou também um conjunto de proposições.

• ESPECIFICAÇÃO DE PROJECTO

– Refere-se às definições(1), intenções(2) ou factos(3) que contribuam


para a caracterização do problema a resolver(4) e forma de o
resolver(5)

– Pode traduzir opções do projectista(6) (requisitos), ou


condicionantes que lhe restrinjam a possibilidade de escolha
(constrangimentos(7) ou restrições)

(1) “o veio é de aço Ck45” (4) “projectar o veio”


(2) “deve durar 10 000 ciclos” (5) “dimensionamento à fadiga e protecção contra corrosão”
(3) “trabalha em ambiente corrosivo” (6) “material normalizado”
(7) “existência de Ck45 em armazém”

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FASES DO PROJECTO
Síntese /Análise e Optimização
• Após a definição do problema e após a obtenção de um conjunto de
especificações escritas e implicitas, segue-se a síntese de uma
solução optima.

• Não se pode, porem, realizar a sintese sem a análise e a


optimização, pois que deve-se analisar o sistema para determinar se
o desempenho está de acordo com as especificações
• A análise pode revelar que o sistema não é óptimo.

• Se o projecto falhar em um ou em ambos os testes, deve-se


recomeçar a síntese.

• Síntese e análise e optimização estão intimamente e


interativamente relacionados.

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FASES DO PROJECTO
Modelo Matemático
• A experiência tem revelado que um projecto é um processo de
interção no qual se trabalha em etapas, avaliam-se os resultados, e
então, retorna-se a uma fase anterior.
• Assim, podem-se sintetizar diversos componentes de um sistema,
analisa-los e optimiza-los, e retornar a síntese para verificar-se
o efeito sobre as demais peças do sistema.
• A análise e a optimização torna necessário a construção ou a
criação de modelos abstractos do sistema, os quais admitirão alguma
forma de análise matemático

• Esses modelos são denominados modelos matemáticos, e espera-


se através deles encontrar um modelo que simule o sistema
físico real.
• Todos os modelos físicos são complexos. O modelo matemático
simplifica o modelo físico a ponto de poder analisá-lo.

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FASES DO PROJECTO
Avaliação
• A avaliação é a prova final de um projecto bem sucedido que
normalmente envolve o teste de um protótipo no laboratório.

• Nesta fase pretende-se descobrir se o projecto satisfaz realmente à


necessidade ou às nececidades.
• É confiável?
• Competirá com exito com outros produtos?
• É económica sua fabricação?
• E seu emprego também é económico?
• É de fácil manutenção?
• É fácil regulagem?
• Pode obter-se lucro com sua venda ou com seu emprego?

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FASES DO PROJECTO
Apresentação
• A apresentação do projecto a outras pessoas é o passo final, vital,
no processo do projecto.

 Muitos grandes projectos, invenções e trabalhos criativos ficaram


perdidos para a humanidade porque simplesmente seus criadores
foram incapazes ou não se dispuseram a explicar suas realizações
a outros.

• O engenheiro quando está apresentando uma nova solução a


pessoas de nível de administração, de gerência ou de supervisão, está
tentando vender ou provar que esta solução é a melhor .

• O engenheiro bem sucedido deve ser tecnicamente competente nas


três formas de comunicação: escrever, falar e desenhar.

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FASES DO PROJECTO
Apresentação
• Titulo
• Identificação
• Índice

• Memória Descritiva e Justificativa

• Notas de Cálculo

• Desenhos

• Anexos

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FASES DO PROJECTO

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FACTORES DE PROJECTO

• A expressão factor de projecto refere-se a alguma característica ou


consideração que influencia o projecto do elemento ou o sistema
inteiro.

 Normalmente deve-se considerar um determinado


número desses factores em qualquer situação de um
projecto.

 As vezes um desses factores torna-se crítico, e, quando é


satisfeito, os outros factores não precisam mais ser
considerados.

 Por vezes a resistência de um elemento é uma


consideração importante na determinação da geometria e
das dimensões desse elemento

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FACTORES DE PROJECTO

• Como exemplo deve-se considerar quase sempre a seguinte lista de


factores de projecto:

1. Resistência 13. Ruído


2. Fiabilidade 14. Estilo
3. Propriedades Térmicas 15. Forma
4. Corrosão 16. Tamanho
5. Desgaste 17. Flexibilidade
6. Fricção 18. Controlo
7. Produção 19. Rigidez
8. Utilidade 20. Acabamento Superficial
9. Custo 21. Lubrificação
10. Segurança 22. Manutenção
11. Peso 23. Volume
12. Vida 24. Aspectos legais

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NORMAS E CÓDIGOS
O que é a Norma?
• Um conjunto de especificações de peças, materiais ou processos
destinados a alcançar a uniformidade, a eficiência e a qualidade
especificada.
Objectivo da Norma?
• Um dos importantes objectivos de uma norma é limitar o número
de itens das especificações, de modo a fornecer um inventário
razoável de ferramentas, tamanhos, formas e variedades.

O que é o Código?
• um conjunto de especificações para a análise, a concepção, o
fabrico e a construção de algo.
Objectivo do Código?
• Atingir um nível específico de segurança, eficiência e
desempenho ou qualidade.
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NORMAS E CÓDIGOS
• As organizações e sociedades abaixo indicadas estabeleceram
especificações para normas e códigos de segurança ou de
projecto.
• Algumas das normas e códigos, bem como endereços, podem ser
obtidas na maioria das bibliotecas técnicas. As organizações de
interesse para os engenheiros mecânicos são:
• Aluminum Association (AA)
• American Gear Manufacturers Association (AGMA)
• American Institute of Steel Construction (AISC)
• American Iron and Steel Institute (AISI)
• American National Standards Institute (ANSI)
• ASM International
• American Society of Mechanical Engineers (ASME)
• American Society of Testing and Materials (ASTM)
• American Welding Society (AWS)
• American Bearing Manufacturers Association (ABMA)
• British Standards Institution (BSI)
• Industrial Fasteners Institute (IFI)
• Institution of Mechanical Engineers (I. Mech. E.)
• International Bureau of Weights and Measures (BIPM)
• International Standards Organization (ISO)
• National Institute for Standards and Technology (NIST)
• Society of Automotive Engineers (SAE)

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ASPECTOS ECONÓMICOS
• O custo, como factor de projecto, desempenha um papel tão
importante no processo de decisão de projeto que poderia
facilmente passar tanto tempo estudando o factor custo como no
estudo de todo o projeto em si.

• Em primeiro lugar, observe que nada pode ser dito em um sentido


absoluto quanto às despesas.
• Materiais e mão de obra em geral apresentam um custo
crescente de ano para ano.
• Pode-se contudo esperar uma uma tendência diminuição dos custos
de transformação dos materiais, devido à utilização de
máquinas automatizadas e robôs.

• O custo de fabricação de um único produto pode variar de cidade


para cidade e de uma instalação para outra, devido as diferenças de
custos indirectos, mão-de-obra, diferenciais de frete e
pequenas variações de fabricação.
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ASPECTOS ECONÓMICOS
DIMENSÕES PADRONIZADAS

• O uso de dimensões padronizadas é um primeiro princípio de


redução de custos.
• Por exemplo, um engenheiro que especifica uma barra de aço
laminado a quente, AISI 1020, de 53 mm2, aumenta o custo do
produto, pois que uma barra de 50 ou 60 mm2, que são
padronizados, atenderia as especificações.

• A barra de 53 mm2 teria de ser obtida por encomenda especial


ou pela usinagem de uma barra de 60 mm2, o que aumentaria
o custo.
• Muitas peças podem ser compradas, como motores, bombas,
rolamentos e parafusos, que são especificados pelos projectistas.
Também, nesses casos o projectista deve fazer um esforço especial
para especificar as peças que estejam disponíveis no mercado,
procurando assim reduzir os custos.
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ASPECTOS ECONÓMICOS
TOLERANCIAS GRANDES

• Entre os efeitos de especificações de projecto sobre os custos, as


tolerâncias são talvez a mais significativa.

• Tolerâncias, processos de fabricação e acabamento de


superfície estão interligados e influenciam a produtividade de o
produto final de muitas maneiras.
• Pequenas tolerâncias podem exigir medidas adicionais de
transformação e de inspecção ou até mesmo tornar uma parte
completamente impraticável de produzir economicamente.

• As peças com tolerâncias grandes muitas vezes podem ser


produzidos por máquinas com maiores taxas de produção, pelo
que os custos serão significativamente menores.
• A Fig. 1-2, e ilustra o aumento drástico no custo de produção a
com o a diminuição da tolerância.
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ASPECTOS ECONÓMICOS
TOLERANCIAS GRANDES

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ASPECTOS ECONÓMICOS
PONTO DE EQUILÍBRIO
• Às vezes, quando duas ou mais abordagens de projecto são
comparados ao custo, a escolha entre os dois depende de um
conjunto de condições, tais como a quantidade de produção, a
velocidade das linhas de montagem, ou alguma outra
condição.
• Acontece então um ponto correspondente ao custos iguais, que
é chamado de ponto de equilíbrio..

• Como exemplo, considere uma situação em que uma certa peça


possa ser fabricada à uma razão de 25 peças por hora em uma
máquina automática ou 10 peças por hora em uma máquina
manual.
• Suponhamos, também, que o tempo de montagem para a máquina
automática é de 3 h, e que o custo do trabalho para qualquer
máquina é de 20 euros por hora, incluindo despesas gerais.
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ASPECTOS ECONÓMICOS
PONTO DE EQUILÍBRIO
• Às vezes, quando duas ou mais abordagens de projecto são
comparados ao custo, a escolha entre os dois depende de um
conjunto de condições, tais como a quantidade de produção, a
velocidade das linhas de montagem, ou alguma outra
condição.
• Acontece então um ponto correspondente ao custos iguais, que
é chamado de ponto de equilíbrio..

• Como exemplo, considere uma situação em que uma certa peça


possa ser fabricada à uma razão de 25 peças por hora em uma
máquina automática ou 10 peças por hora em uma máquina
manual.
• Suponhamos, também, que o tempo de montagem para a máquina
automática é de 3 h, e que o custo do trabalho para qualquer
máquina é de 20 euros por hora, incluindo despesas gerais.
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ASPECTOS ECONÓMICOS
PONTO DE EQUILÍBRIO
• A Figura 1-3 é um gráfico que indica o custo de produção versus
número de peças.
• O ponto de equilíbrio para este exemplo corresponde a 50 peças.

• Se a produção desejada for superior a 50 peças, a máquina


automática deve ser utilizada.
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TENSÃO E RESISTÊNCIA
• A sobrevivência de muitos produtos depende de como o projectista
ajusta a tensão máxima em um componente para que seja menor
qua a resistência do componente em locais específicos de interesse.

• O projectista deve fazer com que a tensão máxima a seja inferior à


resistência por uma margem suficiente de modo que, apesar das
incertezas, a falha é rara.

RESISTÊNCIA
• é uma propriedade intrinsica de um material ou de um
elemento mecânico.

• depende da escolha, o tratamento e o processamento do


material.

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TENSÃO E RESISTÊNCIA
TENSÃO
• é uma propriedade do estado em um ponto específico
dentro de um corpo.

• é uma função da carga, da geometria, temperatura e


transformação de fabricação.

• Considere, por exemplo, um carregamento de molas. Podemos


associar a resistência com uma mola específica. A tensão é zero
até que seja montada na máquina.

• Quando a mola é incorporada numa máquina, as forças externas


são aplicadas resultando em tensões cujas intensidades dependem
de sua geometria e são independentes do material e seu processo
de fabrico.
• Se a mola é retirada da máquina sem danos, a tensão devido às
forças externas retornará a zero mas a resistência permanecerá
como uma das propriedades da mola
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TENSÃO E RESISTÊNCIA
• Neste curso, vamos usar a letra S para indicar a resistência, com
índices adequados para indicar o tipo de resistência.

• Assim,
 Ss é a resistência de corte,
 Sy a resistência limite de elasticidade, e
 Su uma resistência última.

• De acordo com as práticas de engenharia aceites, vamos usar o


simbolo grego σ (sigma) e  (tau) para designar a tensões normal
e de corte, respectivamente, com vários índices para indicar
algumas características especiais.

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INCERTEZAS
• Incertezas em projecto mecânico abundam. Exemplos de
incertezas relacionadas com tensão e resistência incluem:
 Composição do material e o efeito da variação das propriedades
 Variações nas propriedades, de lugar para lugar, numa barra de estoque.
 Efeito das montagens próximas, tais como soldagem e encolhimento em
condições de tensão.
 Efeito do tratamento termo-mecânico nas propriedades.
 A intensidade e a distribuição da carga.
 Validade de modelos matemáticos usados para representar a realidade.
 Intensidade das concentrações de tensão.
 Influência do tempo sobre a resistência e a geometria.
 Efeito da corrosão
 Efeito do desgaste.
• A incerteza sempre acompanha a mudança pelo que os engenheiros
devem acomodar a incerteza.
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FACTOR DE PROJECTO E FACTOR DE SEGURANÇA


• A abordagem geral para problemas de carga admissível versus
carga de perda de função, é o método determinístico do factor
projecto e, às vezes chamado o método clássico do projecto.

• O factor de projeto basea-se em incertezas absolutas de um


parâmetro de perda de função e um parâmetro máximo
permitido.

• Aqui, o parâmetro pode ser de carga, tensão, deformação, etc.

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FACTOR DE PROJECTO E FACTOR DE SEGURANÇA

Factor relacionado com incertezas na resistência (strenght)

Factor relacionado com incertezas no carregamento (load)

• Quando o projecto estiver concluído, o factor de projecto pode


mudar como resultado de alterações introduzidas tais como
arredondamento para um tamanho padrão de uma seção
transversal, ou uso de componentes com classificações maiores
em vez de se utilizar o que foi calculado com base no factor de
projecto.
• O factor é então referida como o factor de segurança, n

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FACTOR DE PROJECTO E FACTOR DE SEGURANÇA

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FACTOR DE PROJECTO E FACTOR DE SEGURANÇA

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