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A integração rodoviária de Cavalcante como ferramenta para o desenvolvimento social e econômico.

Trabalho de conclusão de curso referente a matéria de Prática e Pesquisa de campo 2 do curso de


Geografia da UnB

Márcio Durães Alencar. Graduando em Bacharel em Geografia pela Universidade de Brasília/UnB

ORCID:
E-mail: Alencar.md@hotmail.com
A integração rodoviária de Cavalcante como ferramenta para o
desenvolvimento social e econômico.

Resumo:

Palavras-chaves:

Resumen:

Palabras-clave:

Abstract:

Keywords:
1. Introdução

O Brasil como um todo passa por diversos estágios de integração na economia mundial, sendo que
este processo não é homogêneo, ocorrendo de diversas formas nos diferentes rincões do país. Muitos
dos municípios carecem de uma integração maior com as cadeias produtivas nacionais, sejam elas
agropecuárias ou industriais e a ausência dessa integração mantem essas cidades com níveis de
desenvolvimento estagnados ao longo das décadas.

O município de Cavalcante está localizado na mesorregião do Norte goiano, tendo seus limites
territoriais confrontantes com o município de Arraias e Paranã no Sul do Tocantins, e em Goiás com
os municípios de Minaçu, Colinas do Sul, Alto Paraíso de Goiás, Teresina de Goiás e Monte alegre de
Goiás. O nordeste goiano se limita também com o oeste baiano e como o noroeste mineiro. A principal
via de acesso para Cavalcante e a única asfaltada é a GO-241, que se chega por meio da GO-118 que
liga Brasília a Palmas. A cidade possui a latitude aproximada de 13°47'52.26"S e longitude de
47°27'27.61"O. A GO-118 está sobreposta a BR-010 que possui um traçado planejado para seguir até
o município de Paranã no Tocantins, contudo o trecho que liga Teresina de Goiás àquele município
nunca foi executado.

Figura 1. Mapa de Cavalcante e região

As novas fronteiras agrícolas do setor agroindustrial circundam toda a região do nordeste


goiano que possui um parque nacional, o Parque Nacional da chapada dos veadeiros com 240.586,56
hectares, tornando este parque um dos últimos redutos de cerrado nativo do estado de Goiás. Cerca de
30% da área do parque se encontra neste município, tornando-o atrativo para as práticas de ecoturismo
e outras atividades econômicas ligadas a esse setor. Segundo a conceituação adotada pelo Ministério
do Turismo (2010), o conceito de ecoturismo é “Ecoturismo é um segmento da atividade turística que
utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a
formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o
bem-estar das populações.”, ideia que vai de encontro com o contexto local que abriga uma grande
comunidade quilombola, de nome Kalunga.

Falar do isolamento

Metodologia

2. O desafio de desenvolvimento das pequenas cidades no Brasil.

O desenvolvimento é um desafio constante para toda a sociedade e ele deve ocorrer em todos os
níveis sociais, tendo cada nível suas particularidades. Os objetivos do Brasil como país possuem
inúmeras variáveis que devem ser levadas em consideração, bem como nos níveis estaduais e
municipais. Segundo a conceituação do PNUD para o desenvolvimento humano, é necessário levar em
consideração a qualidade de vida das populações, suas oportunidades de aprendizado e capacitação,
bem como a melhoria de sua qualidade de vida, sendo utilizado para tal o IDH – Índice de
Desenvolvimento Humano, que avalia essas variáveis como forma de se obter indicadores mais
precisos sobre o desenvolvimento.

Essa metodologia é utilizada em complementação ao uso do PIB – Produto Interno Bruto Per
capita, para avaliar o desenvolvimento de um determinado local, já que nessa forma não são levadas
em consideração as diversas variáveis sociais, como educação, saúde e emprego, não reproduzindo um
retrato próximo da realidade, e generalizando os resultados. Todavia, utilizar os dois indicadores em
conjunto podem nos dar mais informações a respeito da realidade estudada, não sendo desprezível
nenhum deles para avaliar como os pequenos municípios se desenvolveram ao longo do tempo, e
como eles podem continuar a se desenvolver.

Um fato que pode ser elencado como uma dificuldade para os municípios se desenvolverem é a
sua captação de receitas, uma vez que a maioria depende majoritariamente de verbas federais ou
estaduais para a manutenção dos seus serviços, ficando limitadas aos seus usos específicos. O
município de Cavalcante tem como origem principal de seus recursos as verbas da união e do estado
de goiás, correspondendo a 90,6% de toda a arrecadação municipal segundo dados do IBGE de 2015,
ou seja, menos de 10% corresponde a arrecadação do município, limitando sua autonomia na gestão da
administração pública. Quando comparado com o município vizinho de Alto Paraíso vemos que neste
as fontes externas de receitam apesar de também ocuparem quase 80% do valor total da arrecadação,
demonstra que o município arrecada com verbas próprias mais de 20% do total, sendo o dobro de
Cavalcante, cabe ressaltar que a população de Alto Paraíso de Goiás é cerca de 25% menor que a de
Cavalcante.

Outro fator importante a se levar em consideração são as condições financeiras da prefeitura, que
empenhou mais despesas do que arrecadou, sendo foi arrecadado R$27.958 milhões e empenhando
como despesas R$28.408 milhões de reais no ano de 2017, portanto operando com déficit, limitando
ainda mais as capacidades do município de investir no desenvolvimento social e econômico da cidade.

Conforme citado por Sousa (2013), os sistemas de transportes foram essências para a integração
regional do centro do país ao contexto nacional, como a construção das rodovias que ligam Brasília
aos diversos rincões nacionais, sendo a Belém – Brasília um grande marco de ligação da região norte
com o centro-sul do país. Ainda segundo Souza (2013) a construção da Belém - Brasília alavancou o
desenvolvimento dos municípios circundantes, deixando os municípios à margem da nova rodovia em
vantagem em relação as que estavam fora dela.

A economia de modo geral está atrelada a sua capacidade de movimentação de recursos, bens e
pessoas e para tanto é necessário que ela se organize sobre uma infraestrutura, que é sua base
organizadora SENNA 2014. Sendo justamente esse um ponto de grande deficiência não só local, mas
também nacional, pois essas infraestruturas foram construídas de forma desigual no país, Gomes 2006
aponta que as rodovias em melhor estado de conservação estão localizadas na região Sudeste e Sul, as
regiões mais desenvolvidas do país. Tanto a necessidade de receber insumos para a produção quanto a
necessidade de escoar esta, propiciou o desenvolvimento dessas rodovias e de suas regiões vizinhas,
mostrando uma dependência da infraestrutura rodoviária para o funcionamento dos sistemas
econômicos. Corroborando com os conceitos elaborados por SANTOS (Técnica Espaço Tempo), de
que os fixos (infraestrutura) emitem ou recebem fluxos (turistas) que se movimentam entre os fixos, e
essa relação é capaz de causar alterações em ambos.

A cidade de Cavalcante padece de um isolamento rodoviário, tendo apenas uma via de acesso
pavimentada, que consiste em um desvio de cerca de 22km a partir da Go-118(BR-010). Tal
condicionante também pode ser considerado um fator limitante do seu desenvolvimento, já que reduz
o fluxo de veículos e pessoas pela cidade. Para além de possuir apenas uma rodovia como acesso, a
cidade não conta com linhas de ônibus interestaduais ou mesmo regionais, dificultando ainda mais o
acesso dos turistas que só podem ir ao lugar de veículo próprio ou alugado. As linhas de ônibus que
passam pela GO-118 têm parada em Teresina de Goiás, município vizinho de Cavalcante, então para
os turistas que desejam ir de ônibus ainda é necessário providenciar veículo para seguir viagem até
Cavalcante. Atualmente a opção mais utilizada nessas circunstancias são os transportes irregulares,
chamados de “loteiros”. Outra alternativa é pedir carona às margens da rodovia, uma prática comum
na região.

O transporte irregular é uma constante na região, a utilização de caminhões do tipo “pau de arara”
realizam um transporte irregular de passageiros e mercadorias para as zonas rurais, colocando em risco
a vida dos usuários que dependem exclusivamente desse transporte e violando o Artigo 6 ° da
Constituição Federal que garante o transporte como direito social, essa situação precarizada evidencia
ainda mais a deficiência do transporte coletivo na região, tanta para uso recreativo quanto para outras
finalidades.

É certo que o transporte rodoviário responde pela parte dos meios de transporte utilizado para as
viagens, sendo que PNAD C para o turismo nos anos de 2019 e 2021 nos mostraram dados atualizados
dos fluxos de viajantes de acordo com o modal utilizado, denotando a importância de se construir uma
infraestrutura rodoviária de modo a conectar os municípios da mesma região, ampliando as condições
de fluidez do território.

Gráfico 1.

Modal de Transporte utilizado para


Viagens
80.00%

60.00%

40.00%

20.00%

0.00%
Aéreo Rodoviário Outros

2019 2021

Fonte: PNAD Continua 2019 e 2021

Outros entraves para o desenvolvimento local são os baixos índices de escolaridade que tornam a
mão de obra pouco qualificada, apesar da maioria dos estudantes frequentarem o ensino fundamental,
menos de um terço desses alunos se matriculam no ensino médio (IBGE 2020), indicando evasão
escolar de uma parte dos alunos e uma migração de outra parte para outras cidades como mais
estrutura escolar para a conclusão do ensino médio, como Brasília, Goiânia e Campos Belos.

As infraestruturas públicas também deixam a desejar em sua qualidade, uma vez que mesmo
possuindo hospital municipal, este não atende a casos de maior complexidade, sendo necessário a
remoção de pacientes graves para Brasília (310km) ou Goiânia (513km), prejudicando bastante o
atendimento emergencial da população. Portanto para se alcançar melhores índices de
desenvolvimento, é necessário solucionar esses problemas estruturais do município visando uma
melhor qualidade de vida e de trabalho para a população residente e visitante, não levando em
consideração apenas o desenvolvimento econômico, mas também o desenvolvimento social e
sustentável.

3. Pequenas cidades no Brasil e no estado de Goiás: tipologias da rede urbana.


A microrregião da Chapada dos Veadeiros abriga em seus limites os municípios de Alto Paraíso de
Goiás, Cavalcante, Campos Belos, Colinas do Sul, Nova Roma, Monte Alegre de Goiás, São
Domingos, São João D’Aliança e Teresina de Goiás Estes municípios são acessados principalmente
por meio da rodovia estadual GO-118 (que sobrepõem boa parte do traçado da BR-010), que parte da
rodovia federal BR-020 e segue para a capital do Tocantins, Palmas.

Algo que chama atenção para todos esses municípios é que todos eles têm em comum o fato de
estarem a baixo da média do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do estado de Goiás, que é de
0.735, ou seja, toda essa região empurra a média estadual para baixo. Essa informação já nos mostra a
precariedade de alguns municípios dessa microrregião.

Na tabela abaixo podemos ver a classificação dos municípios da região de acordo com seu IDH, os
dados foram obtidos do censo do IBGE de 2010:

Tabela 1 – IDH da microrregião.


Cidades IDH Ranking
Goiás 0,735 --
Alto Paraíso de Goiás 0,713 73
Campos Belos 0,692 143
São João D'Aliança 0,685 163
Teresina de Goiás 0,661 205
Colinas do Sul 0,658 212
Nova Roma 0,634 233
Monte Alegre de Goiás 0,615 241
Cavalcante 0,584 246

Fonte: Dados do IBGE de 2010, tabela elaborada pelo autor.

O destaque negativo dessa tabela ficou com Cavalcante, que ocupou o último lugar no ranking
geral do estado, sendo também o único com IDH considerado baixo, e os fatores que culminaram
nesse resultado serão elencados em tópicos posteriores. Nesta microrregião temos o município de Alto
Paraíso de Goiás que se destaca dos demais por ser o único da região com o índice considerado alto
(acima de 700), e temos também Campos Belos que está quase atingindo este índice. Estes dois
municípios são importantes para a toda região, sendo as cidades que possuem os serviços públicos
mais desenvolvidos, com agências bancárias e outros serviços públicos mais complexos que não são
encontrados nos outros da mesma região.

Alto Paraíso conta com uma população menor que a de Cavalcante, contudo está melhor
situada na região e se tornou um ponto central para o turismo ecológico região da Chapada dos
Veadeiros, sendo o dormitório principal para os turistas que visitam a região. Esse fato propiciou um
desenvolvimento baseado principalmente no turismo, alavancando o setor de serviços local, contudo
ainda é considerado como um centro local (5) segundo a classificação do IBGE e está na região
intermediária de Águas Lindas de Goiás e Luziânia, bem como na região de influência do Distrito
Federal. Também é considerado parte integrante da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito
Federal – RIDE.

Cabe ressaltar também que em Alto Paraíso se encontram a intersecção de duas rodovias, a
GO-339 que cruza com a GO-118, através da GO-339 é possível acessar a vila de São Jorge que
abriga a entrada sul do parque, bem como dá acesso à Colinas do sul, que possui uma malha rodoviária
que segue para a região norte do estado, no sentido oposto a rodovia não é pavimentada e segue para
Flores de Goiás e Nova Roma, o que confere a este município uma vantagem logística dentro do
circuito do ecoturismo regional.
Em Campos Belos o setor de serviços foi desenvolvido a partir de diferentes necessidades,
uma vez que neste município o ecoturismo não é um setor relevante, sendo o setor do agronegócio o
setor de grande destaque na economia local, atendendo demandas não apenas locais, mas também de
outros municípios próximos tanto de Goiás, como Tocantins e Bahia em virtude da sua proximidade
com os limites destes estados. Portanto, está bem integrada à região circundante sendo sua hierarquia
urbana considerada como centro de zona B (4B) pela classificação do IBGE.

O munícipio de Cavalcante se encontra situado há 22km de distância da GO-118, sendo


necessário pegar um desvio no município de Teresina de goiás por meio da pavimentada GO-241,
contudo sua pavimentação cessa no município, tornado ele o destino final. Esta rodovia segue até o
município de Minaçu, mas são mais de cem quilômetros de estrada em leito natural, dificultando
bastante sua travessia, pois a infraestrutura das pontes é muito debilitada, tendo trechos em que não há
pontes, sendo necessário veículos altos e traçados pra realizar o trajeto. Há uma saída para o
Munícipio de Colinas do Sul, que também está me leito natural e possui as mesmas dificuldades da
GO-241, porém não tem o mesmo status de rodovia, pois a mesma não consta nos mapas rodoviários
da GOINFRA (Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes).

Sendo Cavalcante um dos maiores municípios de goiás, é natural que tenha uma zona rural
extensa, e neste caso com a peculiaridade de possuir diversos assentamentos quilombolas da
comunidade Kalunga reconhecidos pela Lei estadual 11.409/91 que estabeleceu o Sítio Histórico e
Patrimônio Cultural Kalunga. De acordo com o plano diretor Municipal de Cavalcante, elaborado em
2012, essas comunidades possuem vários problemas de infraestrutura tais como o acesso por estradas
sem pavimentação, parco acesso à saúde, educação, por questões climatológicas como a temporada de
seca e também problemas fundiários, já que as terras Kalunga foram delimitadas, mas até hoje ainda se
encontram na região vários fazendeiros que não foram desapropriados.

Mas não é apenas a zona rural que está em condições precárias, a zona urbana do município
também necessita de obras básicas de infraestrutura, como a pavimentação das ruas, sistemas de
escoamento de águas fluviais, saneamento básico, melhoria do atendimento dos sistemas de saúde e de
educação que possuem baixas notas no IDEB tanto para séries iniciais e séries finais que são de 4,7 e
3,8 respectivamente, abaixo da média nacional que é de 6,1 para séries iniciais e 5,24 nas séries finais
do ensino fundamental.

Diferentemente de Alto Paraíso, Cavalcante não recebeu investimentos estatais visando


transformar a região num polo turístico, tendo essa atividade se desenvolvido de forma autóctone. E o
fato de o município possuir apenas um acesso limita o fluxo de turistas na região, carecendo de mais
investimentos em infraestrutura para alavancar o setor. Outro fator limitante para o município é a
baixa produção de produtos agrícolas, sendo que boa parte da produção municipal ser de subsistência,
ocorrendo nas comunidades. Segundo o IBGE a cidade apresenta uma produção muito reduzida de
soja dentro do contexto estadual, equivalendo a 0,02%, a de milho corresponde a 0,067% e a de
mandioca de 1,25% da produção estadual desses itens, ou seja, quantidades que estão mais próximas
de caracterizar uma produção familiar de subsistência do que para o comércio em larga escala, sendo
insuficiente para movimentar a economia local.

4. O município de Cavalcante - Goiás: pequena cidade no contexto da Chapada dos


Veadeiros.

O nordeste goiano foi visitado primeiramente por Bartolomeu da Silva Bueno Filho, também
conhecido como Anhanguera filho, que buscava novas minas de ouro na região para conseguir elevar a
região ao status de Capitânia de Goyaz. Esta capitania depois de formada atraiu muitos garimpeiros
que buscavam enriquecer com a mineração e também promover a interiorização do Reino. As
características geográficas, sociais e históricas dessas regiões são fatores que determinaram seu
processo de desenvolvimento até os padrões atuais, de acordo com as informações contidas no site da
prefeitura do município, seu desenvolvimento como cidade foi iniciado com a descoberta de ouro no
riacho do Lava Pés, por Julião Cavalcante, o primeiro garimpeiro a descobrir o metal precioso no
local, tendo a cidade recebido seu sobrenome em homenagem.

Em 1740 os limites do município eram muito maiores do que os atuais, compreendendo toda
a região que vai de formosa até São Domingos. Ainda conforme informado no site da prefeitura,
durante o apogeu da extração aurífera a cidade chegou a abrigar mais de 20.000 pessoas escravizadas,
sendo estes as peças fundamentais no processo de extração do ouro e posteriormente ao seu
exaurimento para o trabalho no campo. A produção de trigo foi a atividade predominante na região
após o declínio da extração do ouro, sendo considerado o melhor trigo e a cidade que mais exportava a
commodities para os EUA. Com o passar dos anos, outros distritos e vilas foram se desenvolvendo e
alcançando o status de município, como São João da Aliança, Alto Paraíso, Teresina de Goiás e
outros, reduzindo assim a área total do município.

Outra parte importante da história de Cavalcante foi a constituição dos quilombos nessa
região, formado por populações negras fugidas da escravidão e também por populações tradicionais
que já residiam no local, formando o maior quilombo do Brasil com mais de 250 mil hectares.

Cavalcante é um município com pouco menos de dez mil habitantes segundo as últimas
estimativas do IBGE para o ano de 2021, e possui em sua hinterlândia algumas comunidades
vinculadas ao município, estas comunidades são quilombolas da comunidade Kalunga, que viveram
relativamente isoladas das estruturas do estado. Até meados dos anos de 1980 quando foram
contatados por Mari de Biocchi, pesquisadora da UFG, que percorreu e mapeou os principais
assentamentos dessa comunidade nos municípios que hoje correspondem a Cavalcante, Teresina de
Goiás e Monte alegre. O reconhecimento oficial dessas comunidades como sendo donas das terras que
ocupam só veio em 1988 com a Constituição Federal, que em seu artigo 68 diz “Aos remanescentes
das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras, é reconhecida a propriedade
definitiva, devendo o Estado emitir-lhes títulos respectivos.”, e em 1991 foram legalmente
reconhecidas pelo estado de Goiás.

O isolamento é relativo pois as comunidades possuem uma rede de integração com as


comunidades e municípios vizinhos, esta relação fica evidente principalmente durante os períodos
festivos, como os citados por Baiocchi (1996), em que diz que a festa do moleque recebe cerca de 2
mil pessoas, dentre elas pessoas de outros municípios, políticos e comerciantes, contudo, na atual
conjuntura, o município de Cavalcante não se encontra atrelada ao circuito do agronegócio e da
agropecuária que é predominante no estado de Goiás, ficando restrito à economia de subsistência, e
dependente de programas governamentais para famílias de baixa renda.

Seguindo dissociado dos setores agropecuaristas e da agroindústria, sua atividade de maior


destaque é o turismo ecológico ou ecoturismo, definição ainda não muito exata para atividades
turísticas em áreas naturais, uma vez que os limites do município de Cavalcante abrigam uma grande
parcela do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) conforme mostrou a figura 1, e da
maior parte do território Kalunga, que é composto por áreas de cerrado com alto grau de preservação,
os atrativos turísticos são inúmeros, incluindo a entrada Norte do PNCV que ainda não foi liberada
para o turismo.

De acordo com Dardenne (2002) a região é formada por estruturas geológicas com idades que
variam entre 500 milhões de anos a 2,5 Bilhões de anos, pertencentes ao grupo Araí no norte e ao
grupo Paranoá no sul do parque, possuindo vários afloramentos rochosos que em conjunto com a bacia
hidrográfica local formam várias quedas d’água, tornando a região muito popular para o turismo
ecológico e de aventura.
Estas características propiciam a inserção do município em um circuito específico de
desenvolvimento, não atrelado ao agronegócio que circunda a região em municípios próximos como é
o caso de São João da Aliança que possui vastas áreas de monoculturas, como a soja, o milho e outras,
sendo já inserida no mercado internacional de commodities. O Ecoturismo de certo modo trabalha em
oposição ao agronegócio uma vez que para seu bom funcionamento é necessário que as estruturas
ecológicas estejam preservadas, para proporcionar uma melhor experiência natural, limitando assim o
desenvolvimento de monoculturas nos municípios que utilizam essa ferramenta turística como meio de
captação de recursos.

5. Os indicadores sociodemográficos de Cavalcante: uma leitura geográfica.

O município de Cavalcante possui uma das maiores áreas em extensão do estado de Goiás,
sendo o sétimo maior município com a terceira menor densidade demográfica nessa unidade da
federação, segundo o último censo do IBGE de 2010 a cidade contava com 9.392 habitantes,
distribuídos em 6.948,780 km² o que nos dá uma população de 1,35 hab./km², tendo também uma das
menores densidades populacionais do país.

Sua população está distribuída entre a área urbana do município bem como diversos povoados
disseminados dentro de sua área total. Nesta cidade também se encontra o Sitio Histórico Kalunga,
que além de Cavalcante ocupa áreas em Teresina de Goiás e de Monte Alegre de Goiás. Abrigando
várias comunidades remanescentes quilombolas que constituem a maior parte dos habitantes do
município. Uma das comunidades mais conhecidas do município é a do Engenho II, Vão do moleque,
Capelinha, dentre outras.

A constituição de sua pirâmide etária diverge da média nacional, possuindo uma base larga,
com população em idade de 0 a 19 anos predominante, ou seja, uma cidade com população jovem que
remonta aos padrões nacionais dos anos de 1970. Outra informação que chama atenção para o
município é que apenas 9.6% da população ocupa empregos formais, tendo uma média salarial de 2,2
salários mínimos enquanto aproximadamente a metade da população tem rendimentos de até meio
salário mínimo per capita, ou seja, essa população economicamente ativa convive diariamente com a
insegurança financeira que desencadeia também uma insegurança alimentar e de moradia, empurrando
para baixo o índice de desenvolvimento humano (IDH).

O município possui um PIB per capita de 29.616R$ (2019), ocupando a posição de 1413° no
ranking nacional (entre 5570 municípios), e 84° no ranking estadual (entre 246 municípios). Mais de
90% das rendas do município provem de fonte externa, principalmente as verbas da união que são
destinadas aos estados e municípios. No ano de 2017 o município teve uma arrecadação total de
27.958.730 reais, tendo um total de despesas de 28.408.74 reais, encerrando o ano em déficit.

Sua taxa de escolarização com faixa etária entre 6 e 14 anos é de 92,6%, um índice
considerado baixo para essa faixa de idade, sendo umas das taxas mais baixas do estado e do país.
Esse baixo desempenho também se reflete nas notas do IDEB para os anos iniciais e finais do ensino
fundamental que tiraram notas 4,7 e 3,8 respectivamente. Um dos fatores que contribuem para esses
resultados é a dificuldade no acesso a escola, por ser em zona rural, por não haver transporte
adequado, dentre uma série de outros fatores. Contudo essa é uma realidade que se transforma, mesmo
que lentamente pois já há ônibus do Programa Caminhos da Escola que foram obtidos por meio do
Fundo Nacional para Educação – FNDE que ajuda a reduzir esse gargalo no transporte escolar da
educação básica, que nesse município são 11.

O que nos remete a outro número, o de escolas de ensino médio, que possui apenas uma
unidade na zona urbana e uma unidade na zona rural, esses números refletem a grande diferença de
matriculas efetuadas no ensino fundamental e médio, sendo que no primeiro foram realizadas 1537
matrículas no segundo apenas 407. Ou seja, ocorre um índice muito elevado de evasão escolar ao
término do ensino fundamental ou até mesmo antes, gerando cidadãos que não possuem nem o ensino
fundamental completo e consequentemente uma população economicamente ativa com baixa
capacitação técnica, reduzindo as possibilidades de conseguir empregos de boa remuneração.

Não são apenas os índices escolares que são considerados baixos, o indicador de mortalidade
infantil para o ano de 2019 registrou 31,75 óbitos por cada mil nascidos vivos, sendo umas das mais
elevadas do estado e do país.

Esses números tão baixos em relação a taxa de natalidade, se dá pelo fato de que essas
comunidades vivem muito isoladas e a rede de saúde é inacessível para eles, sendo o acesso às UBS e
hospitais muito difícil, muitas vezes impossibilitando os diagnósticos, o acompanhamento e o
tratamento de problemas comuns nessa faixa etária, bem como exames de pré-natal e a vacinação que
segundo o sistema do SUS (DATASUS, 2019) em 2019 apenas 49,76% do público alvo para o
município foi atingido, o que pode não garantir a imunização desejada.

6. Usos e possibilidades do território.

Dentre as possibilidades de uso do território no município de Cavalcante, umas das atividades


é certamente a agricultura familiar, presente no cotidiano da zona rural desta cidade. O fato de o
município abrigar uma grande quantidade de comunidades remanescentes de quilombolas faz com que
a agricultura de subsistência tenha um papel relevante socialmente e culturalmente, uma vez que estas
comunidades sobreviveram isoladas dos sistemas políticos e econômicos por séculos, então foi
necessário o desenvolvimento de culturas para subsistência, que garantiu a continuidade dos
quilombos.

Segundo Neiva 2008 (SIMPÓSIO NACIONAL CERRADO, 2008a), as famílias das


comunidades produzem, milho, feijão, mandioca, arroz, abóbora e cana. Sendo que a mandioca é
transformada em farinha e utilizada como moeda de troca na cidade, onde se obtém mais alguns
produtos que não são plantados nos territórios quilombolas. Ainda segundo Neiva 2008 (SIMPÓSIO
NACIONAL CERRADO, 2008a) outra atividade que ocorre nos lares quilombolas é a criação de
animais de corte e de leite, sendo praticado por toda a comunidade em criações coletivas ou
individuais, sendo criados galinhas, porcos e gado principalmente.

A criação de gado nessas áreas também aparece para atender as demandas das populações
locais, suprindo a necessidades básicas de proteína animal e leite. Contudo essa produção é limitada
devido as condições locais e os recursos limitados da comunidade, tendo sido buscada soluções para
aumentar o rebanho e a produtividade desse gado de acordo com as variáveis locais. Uma alternativa
encontrada ao gado tradicional foi o gado curraleiro, que segundo Fioravanti (SIMPÓSIO
NACIONAL CERRADO 2008b), é uma espécie adaptada às condições adversas do cerrado, se
desenvolvendo bem em ambientes rústicos e produzindo uma carne mais saborosa e com baixo teor de
gordura.

Um projeto implantado nessas comunidades distribuiu matrizes para reprodução entre algumas
famílias visando a reprodução e o cruzamento entre animais puros, com vistas a manter a variabilidade
genética e a qualidade da espécie, e aumentando a produtividade dos produtos derivados do rebanho.

Ainda seguindo a lógica de produção no campo dessas comunidades, outros trabalhos que
também chamam a atenção é o trabalho coletivo realizado por mulheres citado no artigo de
Vasconcelos (CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE AGROECOLOGIA - SOCLA, 2015), que
promoveu um trabalho de incentivo à produção de artesanatos feitos com materiais locais, por um
grupo de artesãs da comunidade, como forma de geração de uma renda complementar.
O ciclo do artesanato é completamente local, desde a obtenção de matéria prima até a
produção e o resultado final, sendo uma atividade econômica capitaneada por mulheres, sendo que
esta não foi também a única atividade realizada por estas mulheres, o cultivo de culturas a partir de
sementes crioulas também foi citado no trabalho de Vasconcelos (CONGRESSO LATINO-
AMERICANO DE AGROECOLOGIA - SOCLA, 2015) como sendo uma atividade que integra as
comunidades vizinhas nos processos produtivos, pois a produção excedente é permutada com as
comunidades vizinhas, bem como as sementes crioulas são intercambiadas. Este processe garante
melhoramentos genéticos para as sementes nativas, aumentando a produtividade das safras locais.

O isolamento é um fator que contribui para a construção da história dessas populações, foram
desenvolvidas estratégias de subsistência dentro da própria comunidade, utilizando os recursos
disponíveis na terra e na mata para garantir a alimentação e o abrigo nesses sertões. Em virtude desse
isolamento, o atendimento médico também é deficitário, obrigando a comunidade a recorrer a
medicina natural, com remédios feitos à base de ervas do cerrado. Essa é uma sabedoria ancestral do
povo local que é transmitida entre as gerações por raizeiros com amplo conhecimento das ervas
medicinais do cerrado. Todavia, esse conhecimento não substitui a medicina convencional.

O território município de Cavalcante é um dos mais extensos do estado de goiás, e um dos


menos povoados, tornando a densidade populacional de 1,35 hab/km², uma das mais baixas do estado.
E devido a essa vasta extensão territorial, muitas populações ficam isoladas geograficamente, sendo o
acesso as essas comunidades feitas exclusivamente por estradas não pavimentadas. O domínio
morfoclimático em que a região está situado, o cerrado, possui duas estações do ano bem definidas,
conforme citou Ab’Saber este domínio “comporta de cinco a seis meses secos, opondo-se a seis ou
sete meses relativamente chuvosos. As temperaturas médias anuais variam de amplitude, de um
mínimo de 20 a 22ºC até um máximo de 24 a 26ºC”. A temporada de seca ocorre nos meses de maio a
setembro, sendo junho e julho os meses mais com as menores temperaturas médias. De outubro a
março temos a temporada das chuvas, que tornam o trânsito pelas estradas de chão muito difíceis ou
até mesmo intransitáveis, deixando as comunidades em isolamento nessas épocas do ano. A seguir os
gráficos referentes à pluviometria (gráfico 1) e temperatura (gráfico 2).

Gráfico 2.

ALTO PARAISO DE GOIAS


Estacao: A024
Pluviometria em mm
500
400
300
200
100
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Fonte: INMET, gráfico elaborado pelo autor.

Gráfico 3.
ALTO PARAISO DE GOIAS
Estação: A024
Temperatura Média mensal
25ºC
20ºC
15ºC
10ºC
5ºC
0ºC
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Fonte: INMET, gráfico elaborado pelo autor.

Uma das possibilidades presente no município com grande potencial é o turismo, que segundo
a PNADC Turismo 2020 - 2021 o estado de Goiás figurou como a décima unidade da federação mais
visitada. Esta mesma pesquisa também mostrou uma elevação da procura do turismo de natureza,
ecoturismo e do turismo de aventura em relação as buscas por locais de sol e praia. Por ser uma região
com áreas muito bem preservadas tanto em virtude de abrigar cerca de 30% da área do Parque
Nacional dentro dos limites municipais, tanto por conta de abrigar também uma comunidade
quilombola muito expressiva tanto territorial quanto populacional, garantiram a preservação dos
recursos ambientais do munícipio, que hoje já são utilizados no ecoturismo local. Na entrada para o
centro da cidade os turistas tem acesso a um Centro de Atendimento ao Turista – CAT, onde podem
contratar guias certificados que não necessariamente são quilombolas, mas que geralmente são
moradores que nasceram na cidade.

Um dos objetivos dos Parques Nacionais, definidos na Lei 9.985/2000 que institui o Sistema
Nacional de Conservação da Natureza – SNUC, é permitir a visitação pública nas dependências do
parque, desde que de acordo com o estabelecido no plano de manejo daquela unidade, visando
entrosar a população e o meio ambiente, com o objetivo de conscientizar as pessoas a respeito da
necessidade de preservar a fauna, a flora e todos os recursos provenientes dessas reservas, de modo a
manter o ambiente equilibrado. Atualmente a entrada principal do parque se encontra no distrito de
São Jorge que fica distante 37km da sede do município ao qual pertence, Alto Paraíso, sendo o acesso
realizado por meio da pavimentada GO-239. A falta de uma entrada na área norte do parque, mantém
Cavalcante fora do percurso feito pelos turistas que visitam o parque, aprofundando seu isolamento na
região.

A atividade de guia é regulamentada pela Lei n° 8.623/93 e pelo Decreto n° 946/1993 que
confere ao guia após a realização de um curso de formação de guia a emissão de um certificado no
CADASTUR e o crachá de guia. Dessa forma as trilhas podem ser realizadas com mais segurança
tanto para os turistas quanto para os próprios guias que passam por capacitação para realizar a função.
Cabe ressaltar também algumas peculiaridades locais. Nem todos os guias podem guiar em todas as
cachoeiras, uma vez que parte das quedas d’água se encontram em território Kalunga, sendo assim, só
os guias que também são reconhecidos como Kalunga podem guiar dentro das terras do Sitio
Histórico, que conta com uma das atrações mais conhecidas da região, a Cachoeira de Santa Bárbara,
com águas cristalinas circundadas por Área de Proteção Permanente (APP) conforme a (figura 2) e
também outras atrações.

Figura 1. Cachoeira de Santa Bárbara


Fonte: Coleci Gonçalves dos Santos.

Figura 2. Cachoeira Pratinha

Fonte: Coleci Gonçalves dos Santos.

Figura 3. Cachoeira Candaru.

Fonte: Coleci Gonçalves dos Santos.

Conforme já citado acima a região apresenta duas estações climáticas bem definidas, a
temporada de seca e a de chuva e esse ciclo da chuva interfere diretamente no fluxo de turismo da
região. Com as chuvas a visitação de rios e cachoeiras se torna um evento perigoso, onde se torna
frequente a ocorrência de cabeça d’água, que segundo Collischonn é “é um tipo de cheia (ou enchente)
em que o aumento da vazão, em um determinado local, não é apenas rápido, mas sim, praticamente
instantâneo.”. Este fenômeno pode ser fatal se não for percebido a tempo, corroborando a importância
de frequentar as trilhas com guias certificados que conhecem as caraterísticas específicas do local.

Durante a estação das chuvas ocorre consequentemente a redução das receitas oriundas do
turismo, pois nessa temporada é a quantidade de turistas fica reduzida, alternativas precisam ser
buscadas para manter o fluxo de visitantes na cidade, para isso outros atrativos também devem ser
explorados, como o setor gastronômico é pouco explorado no município que em conjunto com as
pousadas podem fornecer uma experiência para turistas que procuram um maior distanciamento dos
grandes centros urbanos.

Potencial Gastronômico e do turismos Cultural.

7. Conclusão

Referências Bibliográficas e Eletrônicas

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