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FACULDADE DE ECONOMIA
MATRIZ DE LEONTIEF
IMPORTÂNCIA COMO INSTRUMENTO DE
PLANEAMENTO ECONÓMICO
LUANDA, 2024
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE ECONOMIA
MATRIZ DE LEONTIEF
LUANDA, 2024
INTEGRANTES DO GRUPO
The present study seeks to understand the hypotheses of the input-output model (Leontief
matrix), its efficiency and advantages in relation to other methodologies for measuring
economic activity, and to analyze its application and relevance. The research problem raised
is: how can the Input-Output model be used as an economic planning tool? Using the
bibliographic method, through a review of published books and scientific articles, we found
that the Input-Output model is a tool that allows evaluating the economic activity of a country
through a matrix of intersectoral relations, and that through this model it is possible to
understand the degree of intensity and dynamic interdependence between different sectors of
an economy, providing valuable information for a nation's economic planning.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9
Objectivos .......................................................................................................................................... 9
Metodologia ....................................................................................................................................... 9
Importância do tema ...................................................................................................................... 10
Problema de pesquisa ..................................................................................................................... 10
CAPÍTULO I. OS FUNDAMENTOS DA ANÁLISE INPUT-OUTPUT .............................. 11
Histórico do modelo Input-Output ................................................................................................. 11
Capítulo II. O modelo input-output ........................................................................................ 13
Conceitos Gerais ............................................................................................................................. 13
Modelo Input-Output ..................................................................................................................... 13
Pressupostos do modelo Input-Output.......................................................................................... 13
Estrutura de um modelo de Input-Output ................................................................................... 14
Hipóteses básicas do modelo input-output estático...................................................................... 14
Os coeficientes técnicos ................................................................................................................... 15
O modelo Input - Output dinâmico ............................................................................................... 16
Os coeficientes de interdependência .............................................................................................. 17
Interpretação económica da matriz inversa de Leontief ............................................................. 18
CAPÍTULO III. O MODELO INPUT-OUTPUT E O SISTEMA DE CONTAS
NACIONAIS ............................................................................................................................ 20
Representação Matemática ............................................................................................................ 23
Modelo de Leontief para Economia fechada ................................................................................ 23
Modelo de Leontief para Economia aberta .................................................................................. 23
CAPÍTULO IV. PRINCÍPIOS DE INSUMO-PRODUTO: INOVAÇÕES TEÓRICAS E
PRÁTICAS DE LEONTIEF ................................................................................................... 25
Comércio Internacional .................................................................................................................. 26
Análise Espacial e Mundial ............................................................................................................ 26
CAPÍTULO V. ANÁLISES ESTRUTURAIS E DE IMPACTO ............................................ 28
Distribuição de Renda .................................................................................................................... 29
Modelos Econométricos de Insumo-Produto ................................................................................ 29
Multiplicadores ............................................................................................................................... 30
Multiplicadores do Tipo I e do Tipo II .......................................................................................... 31
Multiplicador de Produção ............................................................................................................ 31
Multiplicador do rendimento ......................................................................................................... 31
Multiplicador de emprego .............................................................................................................. 31
Determinação dos setores-chave da economia.............................................................................. 32
Algumas limitações da análise input-output................................................................................. 33
CAPÍTULO VI: EXERCÍCIOS .............................................................................................. 36
Fluxos de insumo-produto .............................................................................................................. 36
Exemplo numérico .......................................................................................................................... 37
Interpretação dos valores ............................................................................................................... 39
Por que esses valores variam.......................................................................................................... 40
Multiplicador simples (gerador) de emprego ............................................................................... 40
Sistema regional de insumo-produto – setor x setor .................................................................... 41
Sistema regional de insumo-produto setor x setor ....................................................................... 41
Multiplicador simples de emprego ................................................................................................ 41
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 44
INTRODUÇÃO
Objectivos
Metodologia
9
Importância do tema
Problema de pesquisa
O problema de pesquisa deste estudo é: Como o Modelo Input-Output pode ser usado
para avaliar a actividade económica de um país e quais são as implicações dessa avaliação
para o planeamento estratégico e a tomada de decisão económica?
10
CAPÍTULO I. OS FUNDAMENTOS DA ANÁLISE INPUT-OUTPUT
11
que relacionavam a quantidade de factores de produção requeridos com o nível total de
produção, muito próximos dos coeficientes técnicos desenvolvidos posteriormente por
Leontief.
Segundo Leotief, origem da teoria I-O pode ser traçada ao problema do fluxo circular
da renda assim como ao problema da sua distribuição entre as classes envolvidas dentro do
processo produtivo. Preocupações essas que aparecem no seu artigo de 1928, baseado no seu
trabalho de doutorado e que mais tarde foi parcialmente traduzido para o inglês em Leontief
(1991), “The Economy as a Circular Flow”, assim como no seu artigo de 1936, “Quantitative
Input-Output Relations in the Economic System of the United States” (Leontief, 1936).
As origens da teoria de Leontief, apresentada de forma esquemática na Figura 1
12
CAPÍTULO II. O MODELO INPUT-OUTPUT
Conceitos Gerais
Modelo Input-Output
13
c) cada setor produz o bem j correspondente através do consumo dos bens i = 1, 2,..., n
em proporções fixas, ou seja, a quantidade de unidades consumidas x1, x2,..., xn, dos bens i =
1, 2,..., n, respectivamente, por unidade do bem j produzido, é constante.
O modelo I-O estático considera, na sua forma mais simples, as seguintes hipóteses
básicas:
Homogeneidade (ou exclusão de produção conjunta) – cada sector produz um único
output com uma única estrutura de inputs (portanto, outputs iguais utilizam os mesmos
processos e tecnologias), não havendo substituição entre outputs dos diversos sectores, nem
entre inputs do mesmo sector (O’Connor e Henry, 1975);
Constância dos coeficientes técnicos – os inputs de cada sector são simples proporções
do nível de output desse sector, ou seja, a quantidade de cada tipo de input aumenta ou
diminui na proporção directa do aumento ou diminuição do output total desse sector,
verificando-se a invariabilidade dos coeficientes técnicos ao longo do tempo (O’Connor e
Henry, 1975);
Não admite economias de escala – o efeito total de se produzir em vários sectores é
igual à soma dos efeitos separados (O’Connor e Henry, 1975);
14
Oferta de cada produto infinita e perfeitamente elástica – pressupõe a existência de
uma capacidade produtiva ilimitada (Barata, 2002; Castro et al., 2002).
Os coeficientes técnicos
15
ou quadro de coeficientes técnicos mostra o cálculo da estrutura de custos unitários ou
coeficientes técnicos/tecnológicos ou ainda coeficientes directos de input.
16
existe apenas uma actividade possível ou processo tecnológico, com proporções fixas
(Dorfman et al., 1958).
Esta versão do modelo dinâmico possui ainda alguns aspectos que limitam a sua
utilidade empírica: não é possível, em geral, assegurar soluções não negativas para os vectores
de output (Duchin, 2004). Duchin e Szyld (1985) introduziram uma alteração à estrutura
dinâmica originalmente proposta por Leontief, tendo definido duas variáveis adicionais:
capacidade de produção de cada sector e adições à capacidade produtiva durante um dado
período de tempo. Esta nova formulação permite a existência de capacidade não utilizada,
quando há uma diminuição do output.
Os coeficientes de interdependência
As relações inter-sectoriais fazem com que a variação na procura final dos produtos de
um sector dê origem a repercussões através de todo o sistema, provocando não só alterações
no output desse sector, mas também na maior parte ou em todos os sectores da economia
(O’Connor e Henry, 1975). O estudo destes efeitos secundários não pode ser feito através dos
coeficientes técnicos, sendo necessários outros operadores conhecidos como coeficientes
totais, de interdependência ou coeficientes indirectos de input.
Os coeficientes de interdependência exprimem a quantidade de um determinado bem
(ou serviço) directa e indirectamente necessária à satisfação de uma unidade de procura final
de um determinado bem (ou serviço).
Através da observação do quadro de coeficientes técnicos, e considerando a procura
final agregada num único vector y, obtém-se o seguinte conjunto de n igualdades, em notação
matricial:
Onde A é a matriz (n×n) de coeficientes técnicos, x é o vector (n×1) dos outputs totais
e y é o vector (n×1) da procura final.
17
Como, por hipótese, os coeficientes técnicos são constantes, a procura final pode ser
considerada como exógena, sendo possível obter o output total de cada sector. Deste modo, a
expressão (E1) pode reorganizar-se da seguinte forma:
E2)
Esta expressão ilustra a dependência de cada output total dos valores de cada procura
final.
O elemento genérico, αij, da matriz (I – A)-1 representa a quantidade total directa e
indirectamente necessária do bem ou serviço i para entregar uma unidade de procura final do
bem ou serviço j (Duchin e Steenge, 1999; Miller e Blair, 1985). De facto, a matriz inversa de
Leontief indica todos os requisitos directos e indirectos de produção na economia, que são
necessários para satisfazer um determinado vector de procura final de bens ou serviços (Gat e
Proops, 1993). Por este motivo, esta matriz é também designada por matriz dos
multiplicadores (Ciaschini, 1988).
Deste modo, a procura total dos n bens (ou serviços) produzidos na economia pode
decompor-se do seguinte modo (Proops et al., 1993):
Efeito directo: y é a procura final requerida;
Efeito indirecto de primeira ordem: Ay é a produção necessária para permitir a
produção do vector de procura final, y;
18
Efeito indirecto de segunda ordem: A2 y = A(Ay) é a produção necessária para
permitir a produção de Ay;
Efeito indirecto de ordem t: At y = A(At-1y) é a produção necessária para permitir a
produção de At-1y;
O vector de outputs, x, obtido para um número de efeitos indirectos suficientemente
grande, é efectivamente o mesmo obtido por multiplicação do vector de procura final pelos
coeficientes de interdependência (O’Conner e Henry, 1975). Portanto, este processo iterativo
faculta uma outra forma de obter o efeito total de aumentos da procura nos outputs dos
diferentes sectores. Na realidade, depois de cinco iterações, a soma dos efeitos sucessivos é
idêntica à solução da inversa (O’Conner e Henry, 1975).
Em suma, os efeitos indirectos totais (ou a procura intermédia) correspondem à soma
do primeiro efeito indirecto, com o segundo efeito indirecto e assim sucessivamente, podendo
escrever-se da seguinte forma (Proops et al., 1993):
19
CAPÍTULO III. O MODELO INPUT-OUTPUT E O SISTEMA DE
CONTAS NACIONAIS
A contabilidade nacional é uma técnica de síntese estatística que tem por objecto a
representação quantificada e coerente da actividade económica de um país num determinado
período de tempo.
Os quadros de recursos e empregos são matrizes por ramo de actividade e por produto
que descrevem de modo pormenorizado os processos de produção internos e as operações
sobre produtos na economia nacional.
Aplicações da análise input-output
Desde o início da década de 60 que Leontief aplicou a análise I-O em problemas
específicos: aos efeitos económicos do desarmamento e dos gastos militares (e.g. Leontief e
Hoffenberg (1961); Leontief (1965, 2004); Leontief e Duchin (1983)); aos custos da poluição
(e.g. Leontief (1970a, 1973); Leontief e Ford (1972)); à depleção de recursos minerais não
combustíveis (e.g. Leontief et al. (1983)); ao impacte da automação no trabalho (e.g. Leontief
e Duchin (1986)); e às projecções da economia mundial até ao ano 2000 (e.g. Leontief (1974,
1975)), patrocinadas pelas Nações Unidas e inspiradas na prelecção de Leontief aquando da
atribuição do prémio Nobel, em 1973 (Garfield, 1986).
Em geral, para além da aplicação da análise I-O como ferramenta no planeamento
económico nacional, esta técnica de análise pode também aplicar-se em modelos de
planeamento regional, na análise de uma indústria específica, no estudo da economia de
empresa, entre outros. Portanto, esta ferramenta permite analisar sistemas mais agregados ou
desagregados, consoante os objectivos do estudo, proporcionando o tratamento de problemas
de âmbito micro e macroeconómico (Hawdon e Pearson, 1995; Proops et al., 1993; Barata,
2002; Cruz, 2002).
Nos modelos de planeamento nacional, a metodologia I-O permite analisar as
repercussões directas e indirectas, resultantes de alterações verificadas em determinados
elementos do sistema económico, em toda a economia, fornecendo uma ferramenta muito útil
para o planeamento económico e a consideração de determinados aspectos de política
(Pearson, 1989). Neste contexto, uma das maiores vantagens dos modelos I-O reside na sua
capacidade em analisar as consequências económicas de alteração de medidas de política
implementadas a um nível sectorial. Outro aspecto relevante dos modelos I-O consiste na
possibilidade da utilização combinada destes com diferentes cenários de suporte, permitindo
avaliar os efeitos de diferentes medidas de política numa perspectiva ex ante ou ex post
20
(Ciaschini, 1988; F∅rsund, 1985). Adicionalmente, como as relações entre preços e
quantidades descrevem aspectos duais da estrutura e funcionamento das economias modernas,
a análise I-O pode considerar-se como uma ferramenta de análise poderosa, por exemplo,
através da adopção de alguns mecanismos que podem influenciar a oferta e/ou a procura de
determinados sectores ou indústrias (Cruz, 2002).
Nos modelos de planeamento regional, as compras a outras regiões são tratadas como
importações, enquanto as vendas a outras regiões são tratadas como exportações, sendo
possível analisar, através do quadro I-O, a dependência da região dos seus recursos internos e
externos. Estes modelos são úteis, nomeadamente para a tomada de decisões, permitindo
demonstrar como políticas benéficas em termos nacionais são por vezes contraproducentes
para uma região em particular (O’Connor e Henry, 1975).
No caso de modelos de planeamento para uma indústria específica, faz-se a
desagregação da indústria em análise num determinado número de sub-sectores. Cada um
destes sub-sectores é visto como um sector que se inclui numa linha e coluna do quadrante
correspondente, na matriz de fluxos inter-sectoriais. As indústrias com ligações directas à
indústria em análise são geralmente incluídas neste quadrante, sendo agregadas num único
sector. As indústrias que não se encontram ligadas directamente ao sector em análise são
também, em geral, agregadas num único sector, podendo ou não ser incluídas neste quadrante.
Neste caso, o que se pode fazer para redução dos cálculos, dado não haver necessidade de
calcular as suas estruturas de custos, é a sua inclusão numa coluna, na secção de procura final
(vide, por exemplo, Erdösi (1985)). A aplicação da análise I-O a uma determinada indústria
pode ser útil, porque permite fazer o estudo da inter-relação dos sub-sectores dessa indústria.
Este estudo pode ser de grande importância para efeitos de planeamento, visto que permite
aos responsáveis projectar planos consistentes e determinar as necessidades de recursos para a
produção planeada (O’Connor e Henry, 1975).
Apesar de menos divulgada, a aplicação da análise I-O pode dirigir-se ao estudo da
economia das empresas. Neste caso, constrói-se um quadro de entradas e saídas que relaciona
o volume do produto com o valor dos inputs primários (matérias primas e força de trabalho)
necessários à sua concretização. Este quadro permite uma caracterização das técnicas de
produção utilizadas. A utilização deste instrumento é muito útil no estudo da forma como a
empresa se deverá adaptar à modificação nos preços dos factores de produção, na técnica
produtiva ou na procura final (Brito, 1985).
21
Os preços no modelo input-output
As relações estruturais numa economia, originalmente abordadas através do modelo I-
O, eram analisadas em termos físicos, ou seja, dando ênfase ao lado real da economia. Deste
modo, o modelo I-O permitia determinar as quantidades totais dos outputs necessários para
satisfazer uma dada procura final.
O preço que cada sector produtivo recebe por unidade do seu output, num sistema I-O
aberto, deve igualar o total de gastos incorridos no curso da sua produção. Como a coluna de
uma tabela de transacções I-O contabiliza todos os gastos do produtor, o preço de cada
produto pode construir-se a partir dos preços dos inputs utilizados para produzir esse produto.
Portanto, os gastos do produtor compreendem não só os pagamentos de aquisições de inputs a
essa indústria ou a outras indústrias mas também os inputs primários, ou seja, o valor
acrescentado, que representa essencialmente pagamentos efectuados aos sectores exógenos
(Leontief, 1985).
Sejam pi o preço (por unidade) dos bens produzidos no sector i e ri um factor
remunerativo (por unidade) dos factores não produzidos i (e.g. impostos indirectos, subsídios,
salários, lucros e amortizações, entre outros).
Assim, uma equação para um dado output i, expressa em termos de valor, pode ser
definida da seguinte forma:
Por outro lado, uma equação para um dado input j, expressa em termos de valor, pode
ser escrita do seguinte modo:
22
Representação Matemática
x = w + f (1)
Onde: x: vetor da produção setorial;
w: vetor do consumo intermediário setorial;
f: vetor da demanda final setorial.
Como w = Ax (onde A é a matriz de coeficientes técnicos aij), a equação (1) pode ser
reescrita como:
X =(𝐼 − 𝐴)−1 f (2)
Onde (𝐼 − 𝐴)−1 é a conhecida matriz de Leontief, que mostra os requisitos diretos e
indiretos por unidade de demanda final doméstica.
Em geral, as equações (1) e (2) são suficientes para o entendimento das questões mais
usuais sobre as matrizes de insumo-produto. Contudo, essas equações são representações
muito simplificadas da realidade.
Numa economia aberta, por exemplo, parte dos insumos é fornecida pelo exterior,
enquanto alguns produtos intermediários são vendidos ao resto do mundo. Analogamente,
uma parcela da demanda final doméstica e das exportações também é composta por bens
finais importados. Isso torna necessária uma apresentação mais completa do modelo estático
de Leontief.
Assim, um modelo estático mais completo de Leontief, considerando uma economia
aberta, deveria ser composto por duas equações:
Onde:
23
No que se refere ao consumo intermediário, por construção pode-se escrever:
ou:
ou ainda:
24
CAPÍTULO IV. PRINCÍPIOS DE INSUMO-PRODUTO: INOVAÇÕES
TEÓRICAS E PRÁTICAS DE LEONTIEF
25
resultados mostraram que os impactos do corte nos gastos militares seriam diferentes entre as
diversas regiões, sendo que um aumento de 2% nos gastos civis do governo dos EUA seria
suficiente para contrabalançar o corte nos gastos militares.
Os fatos porém foram outros, e o governo americano durante a segunda metade dos
anos de 1960, ao invés de diminuir, aumentou os gastos militares com a guerra do Vietnã em
20%.
Meio Ambiente
No final dos anos de 1960 Leontief começou a se preocupar com o meio ambiente e o
impacto que os diferentes setores teriam sobre ele.
Apesar de trabalhos anteriores já terem tido tratado do problema do meio ambiente
utilizando-se de insumo-produto, como Cumberland (1966), Daly (1968), Isard et al. (1968), e
Ayres e Kneese (1969), Leontief não estava satisfeito com o enfoque destes trabalhos, até que
em Leontief (1970) apresenta a sua formulação de um modelo de insumo-produto que estuda
o problema de poluição do meio ambiente. Sendo este modelo implementado posteriormente
em Leontief e Ford (1972).
Comércio Internacional
Leontief desenvolveu modelos à nível regional e mundial, e talvez seja nesta área da
economia que os modelos de insumo-produto têm recebido um destaque maior.
Em Leontief (1953b) são lançadas as bases para o modelo intranacional que seria
aplicado em Leontief et al. (1965). O modelo intranacional quando comparado com os outros
modelos regionais e relativamente pouco demandante em termos de necessidade de dados.
26
Por sua vez o modelo interregional de insumo-produto (IRIP), ou modelo ideal,
desenvolvido em Isard (1960), é um modelo altamente demandante em dados, já que todas as
informações do sistema teriam que ser censitárias.
Um modelo intermediário, em termos de exigência de dados, é o modelo multiregional
de insumo-produto (MRIP) apresentado em Leontief e Strout (1963) e aplicado para a
economia americana em Polenske (1980).
Em termos de modelo mundial, é famoso o trabalho de Leontief para as ONU, visando
fazer previsões sobre a economia mundial para os anos de 1980, 1990, e 2000. As bases
teóricas deste modelo estão apresentadas em Leontief (1975), sendo que os resultados são
apresentados em Leontief, Carter, e Petri (1977). O modelo consistia de 15 regiões e 48
setores, além também de ser dado um tratamento no modelo para o problema do meio
ambiente. Uma discussão comparativa dos resultados deste modelo visto já estarmos no ano
2000, é apresentada em Fontela (2000).
27
CAPÍTULO V. ANÁLISES ESTRUTURAIS E DE IMPACTO
28
Distribuição de Renda
deve-se incluir também no modelo a estrutura da distribuição da renda, uma vez que “a
estrutura de consumo geralmente depende da estrutura de distribuição da renda” (Miyazawa,
1976, p. 1).
A estrutura de distribuição da renda pode ser representada pelas equações simultâneas
29
Os modelos macroeconométricos por natureza são modelos que tratam das variáveis
macroeconômicas da economia, ou seja, dos seus agregados. Aos mesmo tempo são modelos
que permitem análise de previsão, onde moeda tem o poder de afetar o nível de produção da
economia. Já os modelos de insumo-produto são modelos desagregados da economia que
permitem análises intersetoriais e interregionais, sendo mais indicados para análises de
impacto, e onde o importante é o lado real da economia, desta forma, moeda não tem o poder
de afetar produção.
O ponto interessante da combinação deste dois modelos é a possibilidade de se levar
em consideração que moeda afeta o nível de produção da economia, pelo menos no curto
prazo, e de se poder fazer previsões para os diversos setores/regiões da economia ao longo do
tempo.
A combinação destes modelos pode ser feita de várias formas, as mais utilizadas são:
a) o enfoque de cima para baixo, ou seja, o modelo macroeconométrico dá a linha de
deslocamento da economia e o modelo de insumo-produto deve se ajustar de modo a fornecer
resultados consistentes com o modelo macroeconométrico; e
b) há uma interação entre os modelos através da “conversação” entre eles, de modo
que os resultados de um influencia os resultados do outro e os dois entram num processo de
interação e convergência, de modo a chegarem num resultado comum e consistente.
Multiplicadores
30
Um multiplicador elevado não indica necessariamente uma economia grande.
Simplesmente indica que esse determinado ramo de actividade está muito inter-ligado com os
outros ramos de actividade presentes na região. Por exemplo, uma economia pequena, mas
fechada tenderá a ter multiplicadores elevados.
Multiplicador de Produção
Multiplicador do rendimento
Multiplicador de emprego
31
Determinação dos setores-chave da economia
32
insumos intermediários é superior à média dos demais setores, portanto, mais sensível que
aqueles em relação a mudanças no sistema produtivo, tendo um forte poder de encadeamento
para frente. O forte encadeamento para frente remete à situação em que o aumento de
investimento no setor resulta em substanciais efeitos positivos nos setores compradores de
seus produtos (FERNANDES & ROCHA, 2010).
A análise dos setores-chave da economia retrata a importância das diferentes
atividades como demandantes de insumos das outras atividades econômicas, como também
possibilita o entendimento da eficácia das políticas públicas de planejamento na priorização
dos investimentos nos setores com capacidade de desempenhar funções estimuladoras do
sistema de produção. O enfoque é de que a produção de uma atividade econômica incentiva o
aumento da produção das demais atividades. Segundo Fajardo (2008), na atividade produtiva
não poderia existir vazios, pois estes, quando ocupados, provocavam o surgimento de outras
atividades para frente e para trás, formando uma cadeia produtiva.
Segundo Miller e Blair (2009), os índices de ligação para trás e para frente permitem
identificar os setores-chave de uma economia, sendo geralmente medidos de forma
normalizada, cujos setores com índice acima de um (1) possuem forte ligação. Isso quer dizer
que o sistema produtivo tem um grau elevado de dependência desses setores. A identificação
dos índices de ligação ajuda, ainda, na decisão do investimento: em qual setor econômico
devem-se concentrar os recursos para desenvolver a economia.
Para Locatelli (1985) são considerados setores-chave aqueles que apresentam índices
de ligações para trás e para frente, maiores que um (1), seriam os que provocariam mudanças
no nível do PIB do estado e em outros agregados macroeconômicos.
Segundo Locatelli (1985), para que ocorra desenvolvimento, não basta direcionar
investimentos para os setores-chave, os investimentos devem ser diversificados em novas
atividades e o emprego deve ser qualificado.
33
As simplificações impostas nos modelos I-O, nomeadamente a consideração de que a
tecnologia é similar durante um período, não permitindo a substituição entre factores, podem
restringir, aparentemente, os modelos I-O a análises económicas de curto prazo. No entanto,
neste argumento, confundem-se dois aspectos diferentes acerca do curto-prazo e do longo-
prazo (Wilting et al., 2004). O primeiro aspecto a ter em consideração é a diferença entre os
estudos de curto-prazo e de longo-prazo. Se um modelo for utilizado para um estudo de
longo-prazo é desejável que o modelo incorpore alterações tecnológicas. Em segundo lugar,
há uma diferença entre as opções de curto-prazo e de longo prazo para uma tecnologia de
produção. As opções tecnológicas de curto-prazo são, em geral, limitadas, porque cada
indústria tem uma determinada tecnologia instalada, que provavelmente não permite
substituições significativas de inputs no curto-prazo. No longo-prazo, uma indústria terá a
oportunidade de escolher várias tecnologias com diferentes estruturas de inputs. A
discrepância entre as opções de curtoprazo e longo-prazo, neste caso, é então a diferença entre
a produção com uma tecnologia já instalada, descrita como uma função de produção ex post, e
a escolha entre diversas tecnologias que poderiam ser instaladas, descrita como uma função
de produção ex ante (Wilting, 2004). Existem basicamente duas formas para projectar
alterações tecnológicas no âmbito da análise I-O: uma associada a uma análise de tendências
e, outra, baseada numa construção de coeficientes técnicos assente em opiniões de peritos
(vide Leontief e Duchin (1986)). Proops et al. (1993) referem, neste contexto, que devem
considerar-se, ao longo do tempo, alterações conhecidas ou previstas dos coeficientes
tecnológicos.
Outra possível limitação da abordagem I-O deve-se ao facto de os dados estarem
sujeitos a erros, não sendo conhecidos com exactidão, pois determinados parâmetros são
considerados como dados a priori. Contudo, para mitigar esta questão pode efectuar-se uma
análise da sensibilidade das variáveis dependentes como resultado das alterações verificadas
nos parâmetros do modelo (Proops et al., 1993).
Os dados do modelo I-O são uma agregação da actividade de um conjunto numeroso
de empresas, que vendem diferentes tipos de bens, com distintas tecnologias de produção,
pelo que quando se considera um quadro indústria por indústria, esta é uma aproximação da
realidade, não permitindo a determinação adequada das funções procura e/ou oferta. De facto,
no sentido de colmatar esta questão, nomeadamente no que se refere à hipótese de cada ramo
(sector ou indústria) produzir apenas um único produto, foi desenvolvida uma outra
abordagem, os modelos I-O rectangulares, com um quadro de entradas e saídas rectangular
34
(quadro combinado de entradas e saídas ou matriz make and useII. 4 ), que considera o facto
de um ramo (sector ou indústria) produzir mais do que um produto (vide Stone (1961, 1966)).
Por último, a possibilidade de permitir manejar um conjunto vasto de dados facultada
pela análise I-O deve ser vista de modo dúplice; i.e., por um lado, como uma vantagem e, por
outro, como uma desvantagem, na medida em que, normalmente, ocorrem problemas
associados à precisão e actualização dos dados disponíveis (Cruz, 2002).
Embora as matrizes de insumo-produto tenham inúmeras vantagens para a análise
estrutural da economia, pela consistência da apresentação de suas informações, ela tem
também algumas limitações. Em primeiro lugar, o modelo assume retornos constantes de
escala, ou seja, para qualquer quantidade produzida serão utilizadas as mesmas combinações
relativas de fatores produtivos. Em segundo lugar, assume-se que os coeficientes técnicos não
mudam ao longo do tempo, o que significa que não são considerados quaisquer efeitos em
termos de mudanças de preços ou avanços tecnológicos. Em terceiro lugar, presume-se que a
oferta de recursos produtivos seja infinita e perfeitamente elástica, assim como o uso desses
recursos seja feito com máxima eficiência. Por fim, há um conjunto amplo de restrições
quanto à elaboração das matrizes de insumo-produto, que vão desde hipóteses simplificadoras
sobre a natureza dos produtos e dos insumos utilizados nos processos de produção até a
defasagem decorrida entre a coleta e a publicação ordenada dos dados.
Importa, contudo notar que estas limitações apontadas ao modelo, sobretudo as quatro
primeiras, constituem problema apenas quando este seja utilizado com a finalidade de
previsão – que na realidade foi, ao longo do tempo, a principal utilização deste modelo.
Porém, se o nosso objectivo for puramente a descrição da economia num dado momento
histórico, o momento ao qual a matriz se refere, aqueles pressupostos perdem claramente
importância, deixando de poder ser considerados limitativos da nossa análise. Além disso,
mesmo numa perspectiva previsional, aquelas limitações são efectivamente relevantes no
traçado de cenários a longo prazo, mas poderão ser hipóteses toleráveis numa análise de
sensibilidade em que o momento em que ocorre a perturbação não dista consideravelmente do
ano a que se referem os dados de base do quadro de Input-Output.
35
CAPÍTULO VI: EXERCÍCIOS
Fluxos de insumo-produto
As transações entre os setores estão dispostas em uma matriz com n linhas e n colunas,
conforme tabela anterior (exemplo numérico).
Pela ótica das linhas, as vendas feitas pelas firmas à esquerda podem ser atribuídas às
firmas listadas no topo da coluna:
O Setor 1 (S1) vende $150 para o Setor 1 (S1) e $500 para o Setor 2 (S2).
O Setor 2 (S2) vende $200 para o Setor 1 (S1) e $100 para o Setor 2 (S2).
Esta parte da tabela de insumo-produto é chamada de transações interindustriais ou
consumo intermediário – fornece uma fotografia da economia com o foco nas relações
intersetoriais.
Vale ressaltar que os insumos são expressos em termos monetários, uma vez que seria
difícil combinar, por exemplo, toneladas de minério de ferro com megawatts de eletricidade,
etc.
Além das transações intermediárias, os setores também vendem para outros conjuntos
de atividades:
Consumidores (famílias), governo e mercados externos (exportações).
Esta parte da tabela de insumo produto é chamada de demanda final. No exemplo, o
Setor 1 (S1) vende $350 para os agentes da demanda final (Y). O Setor 2 (S2) vende $1700
para os agentes da demanda final (Y).
Por fim, pela ótica das colunas, os setores (firmas) também fazem pagamentos aos
fatores de produção, trabalho e capital, e às importações.
Estes fluxos são mostrados no restante da tabela (setor de pagamentos). Os elementos
da demanda final e do valor adicionado não estão desagregados neste exemplo.
Modelo nacional de insumo-produto
A tabela de insumo-produto é basicamente um sistema contábil – uma dupla entrada
semelhante à preparada por uma empresa em que as vendas e as compras ou ativos e passivos
são apresentados, mas, neste caso, para uma economia.
Para mapear o impacto das mudanças em um setor no restante da economia, Leontief
propôs um modelo econômico. O modelo de insumo-produto (ou modelo de Leontief) leva
em consideração a interdependência produtiva ente os setores.
36
Exemplo de uma tabela de insumo produto com dois sectores
Exemplo numérico
37
Na análise de IP, uma vez que um conjunto de informações fornecem os coeficientes
técnicos, assume-se que estes não se alteram.
Leontief (𝐼 − 𝐴)−1.
38
As entradas revelam os impactos diretos e indiretos em um setor quando a demanda
final do setor no topo da coluna muda em $1 (ou $1 milhão ou $100 milhões).
A entrada na diagonal principal é sempre maior que a unidade (>1), o valor unitário
representa o aumento da demanda final nesse setor e a parcela restante representa o impacto
direto e indireto da expansão.
A soma das linhas da matriz inversa de Leontief mostram os multiplicadores de
produção:
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Por que esses valores variam
Eles refletem o grau em que um setor é dependente dos outros setores da economia,
por seus insumos e como fonte de consumo de seus produtos. Eles dependem da estrutura de
produção (a “receita”). Seria incorreto supor que a importância de um setor na economia está
diretamente relacionada ao tamanho do multiplicador. Um setor com um grande volume de
produção, mas com um multiplicador modesto, pode gerar um maior volume de atividade na
região do que um setor com maior multiplicador, mas com um menor volume de produção.
40
Sistema regional de insumo-produto – setor x setor
41
A partir dos coeficientes diretos e da matriz inversa de Leontief, é possível estimar,
para cada setor da economia, o quanto é gerado direta e indiretamente também de
importações, impostos, salários, valor adicionado, etc. para cada unidade monetária produzida
para a demanda final.
42
CONCLUSÃO
43
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