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MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA
FEIRA DE SANTANA
FEVEREIRO/2015
SUMÁRIO EXECUTIVO
Bahia.
Presume-se, no presente estudo, que a Prefeitura Municipal de Feira de Santana
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................5
1.1 O MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA...........................................................................................6
2 FLUXO DE CAIXA LIVRE..............................................................................................................7
2.1 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS................................................................................................7
3 MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO.................................................14
3.1 FLUXO DE CAIXA DO PROJETO...................................................................................................14
3.2 RECEITAS....................................................................................................................................20
3.3 INVESTIMENTOS (CAPEX).........................................................................................................23
3.4 CUSTOS OPERACIONAIS (OPEX)................................................................................................27
3.5 DEPRECIAÇÃO.............................................................................................................................33
3.6 TRIBUTOS....................................................................................................................................33
3.7 SENSIBILIDADE...........................................................................................................................37
4 CONCLUSÃO...................................................................................................................................38
5 ANEXOS............................................................................................................................................40
5.1 RECEITA......................................................................................................................................40
5.2 CUSTOS OPERACIONAIS (OPEX)................................................................................................47
5.3 INVESTIMENTOS (CAPEX).........................................................................................................58
5.1 INDICADORES DE DESEMPENHO.................................................................................................61
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Destaca-se que o objeto do Projeto está alinhado com as proposições feitas no “Pacto de
Feiras” (Pacto de Requalificação do Centro Comercial de Feira de Santana), realizado
em fevereiro de 2013. Naquele pacto, a Prefeitura Municipal e mais vinte entidades de
classe assinaram um acordo de cooperação para realização de diversas obras, visando a
proporcionar melhorias para o comércio da cidade.
Nesse contexto, o Grupo Piu Invest Empreendimentos e Incorporações vem por meio
deste relatório expor a sua manifestação de interesse da iniciativa privada (MIP) ao
Projeto, apresentando os valores de Investimentos, Custos Operacionais, Tributos e
Receitas e, consequente, viabilidade econômico-financeira do negócio.
O presente estudo está dividindo em 5 (cinco) seções: Introdução, Fluxo de Caixa Livre,
Modelagem Econômico-Financeira do Projeto, Conclusão e Anexos. A primeira sessão
tem como objetivo introduzir ao leitor os conceitos financeiros teóricos que serão
aplicados. Por sua vez, a segunda seção apresenta os principais resultados encontrados e
discorre sobre as principais premissas adotadas. Na Conclusão são expostos os
resultados e suas implicações para a modelagem econômico-financeira do projeto. Por
fim, no Anexo é exibida a memória de cálculo que fundamentou o presente estudo.
Para analisar um Projeto, é necessário encontrar o Fluxo de Caixa Livre, FCL 1, ao longo
de determinado horizonte de tempo. Esse procedimento é unânime em livros-texto,
entre os quais se destaca o trabalho de Brigham e Ehrhardt2.
Tipicamente, a depreciação deve ser revertida para a obtenção do Fluxo de Caixa Livre
da firma. A depreciação, ainda que seja considerada na DRE e no cálculo do imposto de
renda, não constitui uma saída efetiva de caixa.
Juros (+/-)
Impostos (-)
Lucro líquido
Para obtenção do Fluxo de Caixa Livre a partir do lucro líquido, devem-se reverter as
contas de juros, receitas e despesas não operacionais. No caso de lucro real, deve-se
reverter também a depreciação. Em seguida, devem-se subtrair as despesas com capital
(CAPEX4). Com isso, obtém-se o Fluxo de Caixa Livre, conforme apresentada na
Tabela 2.
Lucro Líquido
Juros (+/-)
CAPEX (-)
Como as operações são financiadas com capital próprio e de terceiros, pode-se entender
o Fluxo de Caixa Livre como fluxo de caixa do projeto 5. Se do FCL fosse subtraída a
remuneração de juros pagos a terceiros, ter-se-ia o fluxo de caixa do acionista 6, também
conhecido como free cash flow to equity, que é o fluxo de caixa que efetivamente
sobraria ao acionista do Projeto. Entretanto, nessa análise, seria preciso deduzir dos
investimentos os recursos provenientes de empréstimos financeiros.
2.1.2 VPL
O Valor Presente Líquido (VPL) é obtido por meio da diferença existente entre as saídas
econômicas de caixa (investimentos, custos e impostos) e as entradas econômicas 7 de
4 Do inglês capital expenditures.
5 Também denominado de fluxo de caixa desalavancado.
6 Também denominado de fluxo de caixa alavancado.
7 A qualificação econômica é importante para caracterizar o fluxo de recursos que efetivamente interessa
à firma ou ao acionista.
caixa (receitas), descontadas a uma determinada taxa de juros. Considera-se atraente o
projeto que possuir um VPL maior ou igual à zero. Dessa forma, por meio do VPL, o
empreendedor pode escolher pela aceitação ou rejeição de determinado projeto.
O VPL igual a zero significa que inexiste lucro extraordinário, portanto o lucro
econômico é justo. Um VPL positivo significaria que o negócio tem lucro
extraordinário, o que não é desejável pelo Poder Público, geralmente o Poder
Concedente. Da mesma forma, um VPL negativo implica que o negócio tem prejuízo,
de modo que não haveria incentivos em investir nessa atividade econômica.
N
FC Lt
VPL=∑
t =0 (1+r)t
Em que:
1 10 9,09 70 63,64
2 60 49,59 50 41,32
3 80 60,11 20 15,03
O projeto é vantajoso para o investidor se o VPL for maior do que zero. Para projetos
mutuamente exclusivos, o que apresentar maior VPL é o mais vantajoso.
Apesar de o VPL poder ser justificado economicamente como critério de escolha, uma
desvantagem dessa metodologia é o fato de a comparação entre projetos com diferentes
magnitudes de investimentos e duração ficar prejudicada.
2.1.3 TIR
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa que implica VPL igual à zero. Projetos que
apresentam TIR igual ou superior à soma entre o prêmio de risco do Projeto e taxa
mínima de atratividade, ou custo de oportunidade, são vantajosos para o investidor.
FC Lt
t
=¿ 0
(1+TIR)
N
∑¿
t =0
A Taxa Interna de Retorno8 desconta fluxos de caixa reais e, por isso, deve ser analisada
frente uma taxa de desconto real da economia, ou de custo de oportunidade.
8 A obtenção da TIR é feita por métodos matemáticos numéricos complexos, mas já disponíveis em
programas como o Excel.
A tabela abaixo apresenta as taxas internas de retorno dos projetos descritos na tabela
anterior.
T Projeto L Projeto S
0 -100 -100
1 10 70
2 60 50
3 80 20
Para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido
(CSLL), foi adotado o regime de lucro presumido.
Nas próximas subseções são apresentados os itens que compõem OPEX e CAPEX e
maiores detalhes sobre a memória do cálculo podem ser vistos no Anexo.
Tabela 5 – Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Projeto – DRE (R$ milhões)
Tabela 6 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Projeto (R$ milhões)
Gráfico 1 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões)
1.2 RECEITAS
Para o presente trabalho, entende-se como Receita todo benefício financeiro obtido pelo
Concessionário na operação regular da Concessão, que seja passível de mensuração e
valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas
no Brasil. Ainda, o conceito de receita deve atender o escopo, a qualidade e o prazo dos
serviços a serem prestados.
Assim, para a estimativa das receitas do Projeto, foram considerados quatro tipos de
benefícios financeiros: Fundo de Participação de Propaganda (FPP), Condomínio,
Aluguéis de boxes e Aluguéis e Exploração econômica de outras áreas.
Para o presente estudo, entende-se como Custos Operacionais (OPEX) todo esforço
financeiro para obtenção de receita decorrente das atividades operacionais do Projeto,
que seja passível de mensuração e valoração, em acordo com as normas contábeis de
reconhecimento geralmente aceitas no Brasil
Sob a rubrica de RH estão os custos estimados com todo o quadro de pessoal definido
para o projeto, incluindo desde Diretores e Gerentes até os funcionários da limpeza.
Estão compreendidos os gastos com salários, encargos, benefícios, rotatividade dos
funcionários e demais custos com mão-de-obra incorridos na operação regular da
Concessão. Estima-se um custo total de R$ 146,28 milhões em RH durante todo o
Projeto.
Chama-se de custos com Energia todos os gastos incorridos pelo Concessionário com o
fornecimento de energia para o Projeto. Nessa rubrica estão incluídos os custos com
iluminação, refrigeração e todas as demais formas de consumo energético realizadas na
operação regular da Concessão. Estima-se um custo total de R$ 9,82 milhões em
Energia durante todo o Projeto.
Denominam-se custos com Água todos os gastos incorridos pelo Concessionário com o
fornecimento de água para o Projeto. Nessa rubrica estão incluídos os custos com
consumo de água potável, consumo de água não potável e outras formas de consumo de
água realizadas na operação regular da Concessão. Estima-se um custo total de R$ 4,32
milhões em Água durante todo o Projeto.
Entende-se como custo de Trabalho Social os valores gastos com a educação e instrução
comercial dos inquilinos dos Boxes do Projeto. A rubrica compreende os custos com
treinamento, cursos e demais atividades educacionais incorridas na operação regular da
Concessão. Estima-se um custo total de R$ 7,35 milhões em Trabalho Social durante
todo o Projeto.
3.4 TRIBUTOS
Para o presente trabalho, entende-se como Tributos todo o recurso financeiro devido -
ou de direito - aos governos Municipais, Estaduais e Federal, decorrente de fatos
geradores originados nas atividades do Projeto, que sejam passíveis de mensuração e
valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas
no Brasil.
Para a estimativa dos gastos com Tributos do Projeto, foram observados o escopo, a
qualidade, o prazo e os tipos de serviços a serem prestados pelo Concessionário na
operação regular do Centro Comercial Popular ao longo do projeto. Ademais, foram
considerados dois grupos de incidência fiscal: tributos sobre a receita e tributos sobre a
renda.
Para estimar os tributos sobre a renda foram considerados o Imposto de Renda (IR) e
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sob o regime de lucro presumido,
conforme previsão do Art. 46 da Lei Federal nº 10.637. Desse modo, adotou-se a
alíquota de presunção de 32% na determinação da base de cálculo, em acordo com o
Art. 223 da RIR/1999. Ademais, admitiram-se as alíquotas de 25% para o IR e 9% para
o CSLL. Conforme demostram a Tabela 11 e o Gráfico 6 abaixo, vislumbra-se um total
9 Vide http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr517a555.htm.
de Tributos de R$ 71,2 milhões ao longo da Concessão. Note que essas alíquotas
recaem sobre a Receita.
Tabela 10 – Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões)
_____________________________________________
Priscila Leite Carneiro
RG: 11755740 40
CORECON: 6284
5 ANEXOS
i) Receita
5.1 RECEITA
[
Receita Boxes(R $)= Nº de boxes × Área média por box (m 2) × Aluguel médio(
R$
m
2
)× Taxa de ocupação ×
Foram considerados para todo o Projeto 1.831 boxes, com metragem média de,
aproximadamente, 5 metros quadrados.
No que tange a taxa de ocupação foi admitida a seguinte curva: (i) 70% no primeiro
ano; (ii) 80% para o segundo ano e (iii) 83% para os demais anos de operação.
Para o valor médio de aluguel por metro quadrado adotou-se a seguinte curva: (i) R$
80,00 para o primeiro ano; (ii) 100,00 no segundo ano e (iii) 120,00 nos demais anos de
operação.
Para a taxa de inadimplência a curva presumida foi: (i) 30% no primeiro ano; (ii) 20%
no segundo ano e (iii) 15% nos demais anos de operação.
Por fim, para taxa de recuperação e prazo de recuperação foram considerados – ano
longo de todo Projeto - as taxas de 20% e meio ano de prazo para recuperação,
respectivamente.
A receita de Aluguéis Outras Áreas foi obtida a partir da metragem das áreas destinadas
a lojas de alimentação e serviços e da estimativa das seguintes variáveis para cada ano
de operação: (i) taxa de ocupação; (ii) valor médio de aluguel por metro quadrado (iii)
taxa de inadimplência; (iv) taxa de recuperação e (v) prazo de recuperação. Abaixo a
equação apresenta o cálculo para obtenção da receita com aluguéis de outras áreas:
[
Receita comOutras áreas (R $)= Área de Outras áreas (m 2)× Aluguelmédio (
R$
m2
)×Taxa de ocupação × M
Foram considerados para todo o Projeto 1.559 metros quadrados de área destinada a
Aluguéis de Outras Áreas, sendo 630 metros quadrados para as lojas de alimentação e
929 metros quadrados para serviços.
No que tange a taxa de ocupação foi admitida a seguinte curva: (i) 70% no primeiro
ano; (ii) 80% para o segundo ano e (iii) 83% para os demais anos de operação.
Para o valor médio de aluguel por metro quadrado adotou-se a seguinte curva: (i) R$
80,00 para o primeiro ano; (ii) 100,00 no segundo ano e (iii) 120,00 nos demais anos de
operação.
Para a taxa de inadimplência a curva presumida foi: (i) 30% no primeiro ano; (ii) 20%
no segundo ano e (iii) 15% nos demais anos de operação.
Por fim, para taxa de recuperação e prazo de recuperação foram considerados – ano
longo de todo Projeto - as taxas de 20% e meio ano de prazo para recuperação,
respectivamente.
5.1.3 Condomínio
j
Receita comCondomínio(R $)=∑
i {[ Áreai (m2) ×Condomínio médio (
R$
m2
)×Taxa de ocupaçãoi × Meses n
Foram considerados para todo o Projeto 11.111 metros quadrados de área disponível
para aluguel, sendo 9.552 metros quadrados para boxes e 1.559 metros quadrados para
outras áreas.
No que tange a taxa de ocupação foi admitida a seguinte curva: (i) 70% no primeiro
ano; (ii) 80% para o segundo ano e (iii) 83% para os demais anos de operação.
Para o valor de condomínio por metro quadrado adotou-se a seguinte curva: (i) R$
46,55 para o primeiro ano e (ii) 57,25 no último ano, admitindo-se crescimento de
acordo a variação das rubricas de OPEX que compõe o cálculo de condômino – estas
rubricas serão expostas logo adiante.
Para a taxa de inadimplência a curva presumida foi: (i) 30% no primeiro ano; (ii) 20%
no segundo ano e (iii) 15% nos demais anos de operação.
Por fim, para taxa de recuperação e prazo de recuperação foram considerados – ano
longo de todo Projeto - as taxas de 20% e meio ano de prazo para recuperação,
respectivamente.
5.1.4 FPP
j
Receita com FPP(R $)=∑
i {[ Áreai (m2 )× Custo de propaganda médio(
R$
m2
) ×Taxa de ocupação i × Meses
Foram considerados para todo o Projeto 11.111 metros quadrados de área disponível
para aluguel, sendo 9.552 metros quadrados para boxes e 1.559 metros quadrados para
outras áreas.
No que tange a taxa de ocupação foi admitida a seguinte curva: (i) 70% no primeiro
ano; (ii) 80% para o segundo ano e (iii) 83% para os demais anos de operação.
Para o valor de FPP por metro quadrado adotou-se o montante de R$ 1,66 durante todo
o Projeto. Sendo este valor determinado pela divisão dos custos com Propaganda pela
quantidade total área disponível para locação, cabendo ao Concessionário o valor do
FPP para áreas não locadas.
Para a taxa de inadimplência a curva presumida foi: (i) 30% no primeiro ano; (ii) 20%
no segundo ano e (iii) 15% nos demais anos de operação.
Por fim, para taxa de recuperação e prazo de recuperação foram considerados – ano
longo de todo Projeto - as taxas de 20% e meio ano de prazo para recuperação,
respectivamente.
Na estimativa dos custos operacionais totais do Projeto foram considerados treze tipos
de custos: Recursos Humanos (RH), Energia, Seguros, Manutenções, Propaganda,
Trabalho Social, Produtos de Limpeza, Auditória Externa, Verificador Independente,
Água, TIC, Desalocação e Material de Escritório.
O custo com Recursos Humanos (RH) foi calculado considerando: (i) o organograma
previsto para SPE; (ii) o quantitativo de funcionários por cargo; (iii) o salário para cada
cargo; (iv) os encargos trabalhistas e sociais pertinentes, (v) os benefícios concedidos
aos funcionários e (vi) a rotatividade dos funcionários ao longo do Projeto. A Figura 1
abaixo, apresenta o organograma admitido para SPE.
Figura 1 – Organograma da SPE
Abaixo a equação apresenta o cálculo para obtenção dos custos com RH.
Onde,
j
Custo com Salários ( R $)=∑ ( Salárioi ( R $)× Nº de Funcionárioi )
i
j
Custo com Encargos( R $)=∑ ( Salárioi ( R $ ) × Nº de Funcionárioi x Alíquota de encargos )
i
j
Custo com Benefícios (R $ )=∑ ( Benefícios i (R $)× Nº de Funcionárioi )
i
Custo com Rotatividade=Saldo de FGTS ( Folha de pagamento mensal ×14,3 × FGTS ) ×Taxa d
o
Saldo de FGTS t=( Folha de pagamento mensal ×14,3 × FGTS )+ Saldo de FGTSt −1
Para o custo com encargos foram considerados as alíquotas de 13.º (8,33%), Férias
(11,1%), INSS (35,3%) e FGTS (9,6%), em um total de 64,3%.
Por fim, para o cálculo da rotatividade foi considerada a multa sobre o saldo de FGTS e
uma rotatividade média de 10% do quadro ao ano. No que tange a rotatividade de
funcionários também foi considerada a desmobilização de todo quadro ao término do
Projeto.
O custo com Seguros foi calculado considerando: (i) seguro de Risco Operacional; (ii)
seguro de Lucros Cessantes; (iii) seguro de Responsabilidade Civil; (iv) seguro contra
Incêndio e (iv) seguro contra Roubo. Abaixo expomos a metodologia de cálculo para
cada tipo de seguro citado.
iv) Seguro contra Incêndio – custo mensal de R$ 0,22 por m 2, dado a área de
construção civil (22.186 m2), equivalendo a R$ 59.635,97 ao ano; e
v) Seguro contra Roubo – custo mensal de R$ 0,56 por m2, dado a área de
construção civil (22.186 m2), equivalendo a R$ 149.089,92 ao ano.
l
Custo anual de manutenção ( R $)=∑ ( Investimento iniciali ( R $ ) × Taxa anuali )
i
Para a área de construção civil foi adotada a metragem de 22.186 metros quadrados e
um parâmetro de consumo de R$ 0,56.
Para a área do estacionamento foi assumida uma área de 10.000 metros quadrados e um
parâmetro de consumo de R$ 0,11.
A seguir, a tabela 25 apresenta os valores de investimentos e taxas de manutenção
assumidos.
5.2.5 Energia
Para a área de construção civil foi adotada a metragem de 22.186 metros quadrados e
um parâmetro de consumo de R$ 1,12.
Para a área do estacionamento foi assumida uma área de 10.000 metros quadrados e um
parâmetro de consumo de R$ 0,34.
O custo com Água foi calculado considerando a área de construção civil e um parâmetro
de consumo.
5.2.7 TIC
O custo com TIC foi calculado considerando: (i) Internet administrativa, (ii) Internet
Wifi para público e lojistas; (iii) Telefonia e (iv) Licenças e softwares.
Para os custos com internet Wifi foi considerada a área de construção (obra civil do
Centro Comercial Popular) e um parâmetro de consumo. Foi adotada a metragem de
22.186 metros quadrados e um parâmetro de consumo de R$ 0,056.
5.2.8 Propaganda
5.2.9 Desalocação
Para a taxa de ocupação dos boxes foi utilizada a mesma curva definida na mensuração
da receita de aluguel de boxes: (i) 70% no primeiro ano; (ii) 80% para o segundo ano e
(iii) 83% para os demais anos de operação.
Para o custo de desalocação por unidade foi assumido o gasto de R$ 560 por unidade
desalocada ao ano.
Por fim, para a taxa de desalocação foi observada uma taxa constante ao longo do
projeto de 5,60%.
O custo com Trabalho Social foi calculado considerando: (i) quantidade de boxes
construídos; (ii) taxa de ocupação dos boxes e (iii) custo de trabalho social por unidade.
Para a taxa de ocupação dos boxes foi utilizada a mesma curva definida na mensuração
da receita de aluguel de boxes: (i) 70% no primeiro ano; (ii) 80% para o segundo ano e
(iii) 83% para os demais anos de operação.
Para o custo de trabalho social por unidade foi assumido o gasto de R$ 168 por unidade
ocupada ao ano.
5.3.1 Construção
Para a área de construção civil foi adotada a metragem de 22.186 metros quadrados e
um parâmetro custo de R$ 2.000,00.
Para a área do estacionamento foi assumida uma área de 10.000 metros quadrados e um
parâmetro de custo de R$ 600,00.
Ainda no que tange a área de construção civil, foi considerada a seguinte divisão: 9.952
metros quadrados em boxes, 630 metros quadrados em lojas de alimentação, 1.027
metros em praça de alimentação, 929 metros quadrados em área de serviços e 10.048
metros quadrados de corredores e demais áreas.
5.3.6 SPE
O valor do investimento em SPE foi obtido considerando: (i) Garantia da Proposta; (ii)
Garantia de Execução;(iii) Risco de Engenharia; (iv) Constituição da SPE; (v) Salários;
(vi) Capacitação e Treinamento e (vii) Reembolso dos Estudos.
Para o custo com Garantia de Proposta foi admitida uma alíquota de 2% sobre 10% do
total de investimentos (R$ 92,2 milhões) ao longo de todo Projeto.
Para os custos com Garantia de Execução foi considerada uma alíquota de 5% sobre
10% do total de investimentos (R$ 92,2 milhões) ao longo de todo Projeto.
Para os custos com seguros de Risco de Engenharia foi assumida uma alíquota de
0,12% sobre o investimento em Construção (R$ 50,37 milhões).
Por fim, para os custos com Reembolsos do Estudos da MIP foi assumido o valor de R$
911.000,00.
5.3.7 NIG
Foi adotado como parâmetro de descasamento 2/12 dos custos operacionais anuais
(OPEX) a título de NIG. Destaca-se que todo esforço financeiro realizado em NIG
retorna ao Concessionário ao final do projeto. Esse efeito decorre do encerramento do
Projeto, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram.
Nesse contexto, quanto mais alinhados, ou seja, mais capazes de mensurar o esforço do
Agente no sentido de exercer o comportamento desejado pelo Principal, melhores serão
os Indicadores de Desempenho e melhor será o resultado dos incentivos. Em sentido
inverso, quanto mais desalinhados os Indicadores de Desempenho, ou seja, incapazes de
mensurar o esforço do Agente no sentido de exercer o comportamento desejado pelo
Principal, pior será o resultado do incentivo.
A concepção desses indicadores deve ser realizada de maneira cuidadosa pelo Poder
Público, pois quanto menor a assimetria de informação - entre os envolvidos (Agente e
Principal) - sobre a dinâmica dos indicadores, melhor é o alinhamento dos Indicadores
com o comportamento desejado.
Neste sentido, o presente estudo sugere que a concepção dos Indicadores seja realizada
de forma detalhada pelo Poder Concedente ao longo dos primeiros vinte e quatros
meses de contrato.
Nesta relação, para que o incentivo seja eficaz à percepção do Agente sobre o ônus da
punição tem que ser maior que o bônus de não realizar o comportamento desejado pelo
Principal.
Entretanto, esse ônus não pode tomar proporções que inviabilizem a operação. Neste
caso, o incentivo não poderia ser entendido como adequado, uma vez que
comprometeria a continuidade do serviço e, portanto, do interesse público.
Nota-se que, com o aumento da alíquota do Ônus Variável, há uma redução da TIR do
Projeto e, portanto, da rentabilidade do negócio. No sentido de adequar o incentivo e
não permitir o comprometimento da continuidade dos serviços, entende-se que o
mecanismo para incentivar o desempenho deve estar limitado a uma variação máxima
de 10%.
Portanto, entende-se que para o Projeto em tela, uma variação do ônus de até 10% de
compartilhamento da Receita Bruta é um incentivo adequado, que combinado com
Indicadores de Desempenho alinhados, é capaz de modular o comportamento do
Concessionário à consecução do interesse público.
Para fins ilustrativos, será apresentado um conjunto referencial de Indicadores de
Desempenho e o modo como pode ser vinculado o incentivo financeiro de
compartilhamento de até 10% da Receita Bruta do Concessionário.
Para cada um destes tópicos, deve ser atribuída uma pontuação, conforme a percepção
de importância do tópico. Para o nosso exemplo, a soma dos pontos entre os 15 tópicos
é 646, conforme demonstra a Tabela 36 abaixo.
Como pode ser notado, o peso de cada tópico no compartilhamento variável final do
Concessionário é dado pela quantidade de pontos respectivamente atribuídos. Em nosso
exemplo referencial, caso o concessionário não atendesse a todos os quesitos listados no
tópico “Banheiro”, ele seria obrigado a compartilhar 2,01% da sua Receita Bruta. No
caso extremo, de não atendimento de todos os quesitos em todos os tópicos, o
Concessionário seria punido com o compartilhamento de 10% da sua Receita Bruta.
Em termos unitários, cada ponto implicaria um compartilhamento de 0,015% da Receita
Bruta. A aferição dessa conta pode ser obtida pela divisão da quantidade total de pontos
646 pela punição máxima de 10% da receita.