Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo IV – EP12 – Tutor

ZZ
Exercı́cio 1: Calcule (z − x2 + xy 2 − 1) dS, onde S é a superfı́cie
S

−
→ −
→ −
→
ϕ(u, v) = u i + v j + (u2 + 1) k

com 0 ≤ u ≤ 1 e 0 ≤ v ≤ 2.

Solução: Temos:
−
→ −
→ −
→
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = 1 0 2u = (−2u, 0, 1)
∂u ∂v
0 1 0
∂ϕ ∂ϕ √
donde × = 1 + 4u2 .
∂u ∂v

Também: √
∂ϕ ∂ϕ
dS = × dudv = 1 + 4u2 dudv .
∂u ∂v
Então:

√
ZZ ZZ
2 2
u2 + 1 − u2 + uv 2 − 1 1 + 4u2 dudv =


z − x + xy − 1 dS =
S D
ZZ √ Z 1Z 2
1/2
= uv 2 1 + 4u2 dudv = u 1 + 4u2 v 2 dvdu =
D 0 0
Z 1 i2 Z 1
v3
h
2 1/2 8 1
1/2
1 + 4u2 d 1 + 4u2 =


= u(1 + 4u ) du = ·
0 3 0 3 8 0

2 √
h i1
1 2
3/2

= · 1 + 4u2 = 5 5−1 .
3 3 0 9

ZZ
Exercı́cio 2: Calcule f (x, y, z) dS, onde f (x, y, z) = x2 + y 2 e S : x2 + y 2 + z 2 = 4, com z ≥ 1.
S

Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue.

Cálculo IV – EP12 Tutor 2

φ
√
3
D
−2 √
3 2 y
2

x
√
Observe que tg φ = 3/1 implica φ = π/3. Uma parametrização de S é dada por
ϕ(φ, θ) = (2 sen φ cos θ, 2 sen φ sen θ, 2 cos φ) com (φ, θ) ∈ D : 0 ≤ φ ≤ π/3 e 0 ≤ θ ≤ 2π.
Já vimos que, no caso da esfera, x2 + y 2 + z 2 = a2 e dS = a2 sen φ dφdθ. Logo, dS = 4 sen φ dφdθ.
Assim: ZZ ZZ
f (x, y, z) dS = f (ϕ(φ, θ)) 4 sen φ dφdθ =
S D
ZZ
=4 (4 sen2 φ cos2 θ + 4 sen2 φ sen2 θ) sen φ dφdθ =
D
ZZ Z π/3 Z 2π
2 2
= 16 sen φ sen φ dφdθ = 16 (1 − cos φ) sen φ dθdφ =
D 0 0
Z π/3 iπ/3
cos3 φ
h
2
= −32π (1 − cos φ) d(cos φ) = −32π cos φ − =
0 3 0
h   i
1 1 1 20π
= −32π − − 1− = .
2 24 3 3
ZZ
Exercı́cio 3: Calcule x2 z dS, onde S é o cilindro x2 + y 2 = a2 , com 0 ≤ z ≤ 1.
S

Solução: Podemos parametrizar o cilindro usandoas coordenadas cilı́ndricas com r = a. Então

0 ≤ θ ≤ 2π
S : ϕ(θ, z) = (a cos θ, a sen θ, z), com (θ, z) ∈ D : . Calculemos ϕθ × ϕz (θ, z) e seu
0≤z≤1
módulo. Temos
ϕθ = (−a sen θ, a cos θ, 0)
ϕz = (0, 0, 1)
donde −
→ −
→ −
→
i j k
ϕθ × ϕz = −a sen θ a cos θ 0 = (a cos θ, a sen θ, 0) .

0 0 1
Observe que o vetor normal em cada ponto do cilindro é paralelo ao plano xy e é a projeção normal
de ϕ(θ, z).

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Cálculo IV – EP12 Tutor 3

Tem-se:
kϕθ × ϕz k = a .
Logo,
dS = kϕθ × ϕz k dθdz = adθdz .
Então: ZZ ZZ
2
x z dS = (a cos θ)2 z · a dθdz =
S D
ZZ Z 1 Z 2π
3 2 3
=a z cos θ dθdz = a z cos2 θ dθdz =
D 0 0
i2π Z 1 h 2 i1
z πa3
h
1 sen 2θ
= a3 · θ+ z dz = πa3 = .
2 2 0 0 2 0 2

Obs.: Uma outra maneira de parametrizar S é:

Se (x, y, z) ∈ S então x e y satisfazem a equação  x2 + y 2 = a2 e z é tal que 0 ≤ z ≤ 1.

x = a cos t
Parametrizando a circunferência x2 + y 2 = a2 , tem-se , com 0 ≤ t ≤ 2π. Adotando
y = a sen t 
0 ≤ t ≤ 2π
t e z como parâmetros, tem-se S : ϕ(t, z) = (a cos t, a sen t, z), com (t, z) ∈ D : .
0≤z≤1
ZZ
Exercı́cio 4: Calcule x dS, onde S é o triângulo com vértices (1, 0, 0), (0, 1, 0) e (0, 0, 1).
S

Solução: A superfı́cie S e a sua projeção sobre o plano xy estão ilustradas nas figuras que se seguem.
z y
1 1

S D

1 y 1 x
D
1
x


0≤x≤1
Definimos S por S : z = 1 − x − y = f (x, y), onde (x, y) ∈ D : . Temos que:
0≤y ≤1−x
√
r 2 2
∂z ∂z
  p
dS = 1+ + dxdy = 1 + (−1)2 + (−1)2 dxdy = 3 dxdy .
∂x ∂y
Então: ZZ ZZ √ √ Z 1Z 1−x
x dS = x 3 dxdy = 3 x dydx =
S D 0 0

√
Z 1 √ Z 1
2

√ h x2 x3 i1 √3
= 3 x(1 − x) dx = 3 x−x dx = 3 − = .
0 0 2 3 0 6

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Cálculo IV – EP12 Tutor 4

p
Exercı́cio 5: Seja S a porção do cone z = x2 + y 2 limitado pelos planos z = 1 e z = 4.

a) Parametrize S usando as coordenadas cartesianas.

b) Parametrize
ZZ
S usando as coordenadas polares.
c) Calcule z 2 dS.
S

Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue.

D 1 4 y
1
4

x
p
D : 1 ≤ x2 +y 2 ≤ 16, então, adotando
x2 + y2 , com (x, y) ∈ 
a) Como S é o gráfico da função z =
p
x e y como parâmetros, temos S : ϕ(x, y) = x, y, x2 + y 2 , com (x, y) ∈ D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 16.

b) Adotando r e θ como parâmetros, temos

S : ϕ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, r)
onde (r, θ) ∈ Drθ : 1 ≤ r ≤ 4 , 0 ≤ θ ≤ 2π.

c) Consideremos a parametrização do item (a) para calcular a integral. Temos então que
q
dS = 1 + (zx )2 + (zy )2 dxdy
x y
onde zx = p e zy = p . Então,
x2 + y2 x2 + y2

√ √
r r
x2 y2 x2 + y 2
dS = 1 + 2 2 + 2 2 dxdy = 1+ dxdy = 1 + 1 dxdy = 2 dxdy .
x +y x +y x2 + y 2

Assim:

√ √
ZZ ZZ ZZ
2 2 2
x2 + y 2 dxdy .


z dS = x +y 2 dxdy = 2
S D D
Passando para coordenadas polares, temos:


 x = r cos θ

y = r sen θ


.


 dxdy = rdrdθ

 x2 + y 2 = r 2

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Cálculo IV – EP12 Tutor 5

Transformando o conjunto D em coordenadas polares, temos Drθ : 1 ≤ r ≤ 4 , 0 ≤ θ ≤ 2π. Logo:

ZZ
2
√ ZZ 2 √ Z 4 3 Z 2π
z dS = 2 r r drdθ = 2 r dθdr =
S Drθ 1 0

√
Z 4 √ h r 4 i4
= 2 2π r3 dr = 2 2π =
1 4 1
√ √
2π 255 2π
= (256 − 1) = .
2 2

Exercı́cio 6: Calcule a massa da superfı́cie S parte do plano z = 2−x dentro do cilindro x2 +y 2 = 1,

sendo a densidade dada por δ(x, y, z) = y 2 .

Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue.

1 1
2 y
x

A superfı́cie
q S é descrita por S : z = f (x, y) = 2 − x, com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1. Como
dS = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy, então
p √
dS = 1 + (−1)2 + 02 dxdy = 2 dxdy .

Temos ZZ ZZ
2
ZZ
2
√ √ ZZ 2
M= δ(x, y, z) dS = y dS = y 2 dxdy = 2 y dxdy .
S S D D
Usando coordenadas polares, temos:
ZZ ZZ ZZ
2 2 2
y dxdy = (r sen θ)r drdθ = r3 sen2 θ drdθ =
D Drθ Drθ
Z 2π Z 1 Z 2π
= 2
sen θ r drdθ = 14
3
sen2 θ dθ =
0 0 0
i2π
π
h
1 1 sen 2θ
= · θ− = .
4 2 2 0 4

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Logo: √
2π
M= u.m.
4

Exercı́cio 7: Determine o momento de inércia em relação ao eixo da superfı́cie S parte do cone

z 2 = x2 + y 2 entre os planos z = 1 e z = 2, sendo a densidade constante.

Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue.

z

2 S

1
1 2 y
2

x D

Note que o eixo de S é o eixo z. Então

ZZ
x2 + y 2 ρ(x, y, z) dS


Iz =
S

onde ρ(x, y, z) = ρ. Logo: ZZ

x2 + y 2 dS .


Iz = ρ
S
p
A superfı́cie S pode ser descrita por S : z = x2 + y 2 = f (x, y), com (x, y) ∈ D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 4.
Tem-se: x
zx = fx = p 2 2
x +y
y
zy = fy = p
x2 + y2
donde
x2 y2 x2 + y 2
1 + (zx )2 + (zy )2 = 1 + + 2 2 = 1 + 2 2 = 2.
x2 +y 2 x +y x +y
q √
Como dS = 1 + (zx )2 + (zy )2 dxdy então dS = 2 dxdy. Tem-se:

√ √
ZZ ZZ ZZ
2 2 2 2
x2 + y 2 dxdy .


Iz = ρ (x + y ) dS = ρ x +y 2 dxdy = 2ρ
S D D

Passando para coordenadas polares, tem-se:



 x = r cos θ 
y = r sen θ 0 ≤ θ ≤ 2π

e Drθ :

 dxdy = rdrdθ 1 ≤ r ≤ 2.
 2
x + y 2 = r2

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Cálculo IV – EP12 Tutor 7

Então:
√ √
ZZ ZZ
2
Iz = 2ρ r · r drdθ = 2ρ r3 drdθ =
Drθ Drθ

√ 2 2π √ 2
Z Z Z
= 2ρ r3 dθdr = 2 2 ρπ r3 dr =
1 0 1
√ √
√ r
h 4 i2
2 ρπ 15 2 ρπ
=2 2ρ = (16 − 1) = .
4 1 2 2
p
Exercı́cio 8: Uma lâmina superficial S tem a forma de um cone dado por z = 4 − 2 x2 + y 2
e limitado pelo plano xy. Em cada ponto de S a densidade é proporcional à distância entre o ponto
12
e o eixo z. Mostre que o momento de inércia em relação ao eixo z é igual a M , onde M é a
5
massa de S.

Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue.

2 y
2
x
 p 
Uma parametrização de S é dada por S : ϕ(x, y) = x, y, 4 − 2 x + y , com
2 2

−2x −2y
(x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 4. Temos zx = p e zy = p . Logo:
x2 + y 2 x2 + y 2

√ √
q r
2 2 4x2 4y 2
dS = 1 + (zx ) + (zy ) dxdy = 1 + + dxdy = 1 + 4 dxdy = 5 dxdy .
x2 + y 2 x2 + y 2
p
Como a distância
p de (x, y, z) ao eixo z é igual a x2 + y 2 então a densidade δ(x, y, z) é dada por
δ(x, y, z) = k x2 + y 2 onde k é uma constante positiva. A massa M de S é dada por:

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Cálculo IV – EP12 Tutor 8

ZZ ZZ p
M= δ(x, y, z) dS = k x2 + y 2 dS =
S S
ZZ p √ √ ZZ p
=k x + y 5 dxdy = 5k
2 2 x2 + y 2 dxdy =
D D

√
Z 2Z 2π √ Z 2
= 5k r · r dθdr = 2 5kπ r2 dr =
0 0 0
√
√ r
h 3 i2
16 5kπ
= 2 5kπ = u.m.
3 0 3
O momento de inércia em relação ao eixo z é dado por:
ZZ ZZ
2 2

p
x2 + y 2


Iz = x + y δ(x, y, z) dS = k x2 + y 2 dS =
S S

√
ZZ

3/2 √ Z 2Z 2π
3/2
= 5k x2 + y 2 dxdy = 5k r2 r dθdr =
D 0 0

√ √
√ 2 h 5 i2
Z
4 r 64 5kπ
= 2 5kπ r dr = 2 5kπ = =
0 5 0 5
√
12 16 5kπ 12
= · = M.
5 3 5

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