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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INTITUTO CIBERESPACIAL/ICIBE
Disciplina: Sistema de Informação Geográfica (SIG)

Sistema de Informação
Geográfica (SIG)

Prof.:Valéria Marinho do Nascimento


INTRODUÇÃO
Por que os SIG são importantes?
Quase tudo que acontece, acontece em algum
lugar. Nós humanos restringimos nossas
atividades geralmente à superfície da Terra.
Viajamos sobre ela, bem como nas camadas
inferiores da atmosfera;
Cavamos valas e enterramos dutos e cabos;

Infraestrutura urbana
Construímos minas para chegar às jazidas minerais e perfuramos poços
pra acessar petróleo e gás.

Mina de ferro de Carajás


Localização da mina de ferro de Carajás
Perfuração de poços de petróleo através do mar e da terra para o petróleo subterrâneo.
Saber o local onde algo acontece pode ser
criticamente importante, caso queira ir ou enviar
alguém até lá, ou para encontrar outra
informação sobre o mesmo lugar, ou mesmo
para informar algo à população que mora nas
proximidades. Por isso, a localização geográfica
é um importante atributo de atividades,
políticas, estratégias e planos.
Os sistemas de informação geográficas (SIG)
são uma classe especial de sistemas de
informação que controlam não apenas eventos,
atividades e coisas, mas também onde esses
eventos, atividades e coisas acontecem ou
existem.
Como a localização é tão importante, ela é
uma das várias questões a serem resolvidas
pela sociedade. Alguns desses problemas são
tão rotineiros que nos passam quase
despercebidos, como por exemplo, a questão
diária do caminho a tomar para ir e voltar do
trabalho.
Já outras são ocorrências extraordinárias e
requerem respostas rápidas, organizadas e
coordenadas de um amplo conjunto de
indivíduos e órgãos, como exemplo, o furacão
Katrina que atingiu Nova Orleans (EUA) em 29
de Agosto de 2005.
Inundação da autoestrada interestadual I-10 em Nova Orleans
(EUA) , causada diretamente pelo rompimento dos diques do canal
da Rua 17, devido o furacao katrina atingir a cidade em 29 de agosto
de 2005.

Imagem do furacão Katrina em 28 de


agosto de 2005 que atingiu Nova Orleans
EUA.
Previsão dos efeitos de uma tempestade de 32pés (~9,75m) com a ação das ondas de 20 pés
(~6,10m), modelada utilizando um SIG. Os limites da cidade são mostrados em verde e o limite da
tempestade , em vermelho. (Fonte: ArcNews)
Sistemas de informação geográfica (SIG) são
sistemas computacionais feitos para armazenar e
processar informação geográfica.
--São ferramentas que melhoram a eficiência e
efetividade do tratamento da informação de
aspectos e eventos geográficos;
--Podem armazenar grandes quantidades de
informação geográfica em bancos de dados;
--Realizar operações analíticas numa fração de
tempo necessária para fazê-lo manualmente e
automatizar o processo de confecção de mapas
úteis.
HISTÓRICO DOS SIG
Houve um desenvolvimento paralelo do SIG
na América do Norte, na Europa e na Austrália.
A extração de medidas geográficas simples
dirigiu o desenvolvimento do primeiro SIG
verdadeiro, o Sistema de Informação Geográfica
do Canadá (CGIS), em meados dos anos 1960. O
inventário de Terras do Canadá foi um esforço
de peso do governo federal e dos governos
provinciais para identificar os recursos naturais
da nação e seus usos potenciais.
O CGIS foi planejado e desenvolvido como
uma ferramenta de mensuração, um produtor de
informação tabular, não como uma ferramenta de
fazer mapas.
Uma segunda explosão de inovação ocorreu
no final dos anos 1960 no órgão de
recenseamento dos Estados Unidos, para realizar
o Censo Demográfico de 1970. O programa DIME
(codificação dual independente de mapas) criou
registros digitais de todas as ruas dos Estados
Unidos para dar suporte de referência e
agregação automática aos registros do censo.
A similaridade da tecnologia do DIME com
aquela do CGIS foi reconhecida e levou a
criação de um importante programa do
Laboratório de Composição Gráfica e Análise
Espacial da Universidade de Harvard para o
desenvolvimento de um SIG multifuncional que
pudesse atender às necessidades de ambas as
aplicações.
No final dos anos de 1960, cartógrafos e
agências de mapeamento levantaram o
questionamento se computadores poderiam ser
adaptados para reduzir os custos e o tempo
para a criação de mapas.
A Unidade de Cartografia Experimental
(ECU) do Reino Unido foi pioneira no
mapeamento computacional de alta qualidade
em 1968, publicou o primeiro mapa feito por
computador do mundo em uma série regular,
em 1973, com o Serviço Geológico Britânico.
Seção de um mapa geológico – o primeiro
exemplo conhecido de mapa produzido por
meio automático publicado.
O Sensoriamento remoto teve parte no
desenvolvimento dos SIG, como uma fonte de
tecnologia e de dados. Inicialmente essa
tecnologia era de domínio militar.
Os militares foram responsáveis pelo
desenvolvimento, nos anos 1950, do primeiro
sistema do mundo para calcular localização,
guiados pela necessidade de localizar alvos
balísticos dos mísseis intercontinentais. Esse
desenvolvimento levou diretamente aos
métodos do controle posicional utilizadas hoje.
As necessidades militares foram
responsáveis pelo desenvolvimento inicial do
Sistema de Posicionamento Global (GPS).
Muito do desenvolvimento técnico dos SIG
teve origem durante a Guerra Fria.
Os SIG começaram de farto a decolar no
início dos anos 1980, quando o preço dos
computadores caiu a um nível que poderia
sustentar a significativa indústria de software a
aplicações com bom custo-benefício.
Entre os primeiros clientes estavam
companhias florestais e agências de recursos
naturais, levadas pela necessidade de controlar
um vasto recurso florestal e de regular seu uso
efetivo.
FUNDAMENTOS DO SIG

Sistema de Informação Geográfica (SIG) é um


"conjunto de programas, equipamentos, metodologias,
dados e pessoas (usuário), perfeitamente integrados,
de forma a tornar possível a coleta, o armazenamento,
o processamento e a análise de dados
georreferenciados, bem como a produção de
informação derivada de sua aplicação" [TEI 95].
A utilização dos SIGs vem crescendo rapidamente
em todo o mundo, uma vez que possibilita um melhor
gerenciamento de informações e consequente
melhoria nos processos de tomada de decisões em
áreas de grande complexidade como planejamento
municipal, estadual e federal, proteção ambiental,
redes de utilidade pública, etc. (FILHO E LOCHPE,
1996).
COMPONENTES DE SIGs
Profissional capacitado

Software SIG

Vetoriais, rasters,
tabulares

Análises espaciais,
Personal Computer álgebra de bandas,
(PC), processador classificações
APLICAÇÕES DE SIG
Aplicações.
Manejo e conservação de Gestão das explorações
recursos naturais agrícolas
#estudo de impacto ambiental, #cultivo de campo, manejo de
pesquisa de potencial mineral, etc. Comércio
irrigação avaliação de potencial
#Análise da estrutura de mercado, agrícola, etc.
análise da ocorrência de mercado, etc.
Planejamento de área
urbana Gestão de Instalações
#planejamento de transportes, #Localização de cabos e tubulações,
localização de acidentes, etc. planejamento de instalações, etc.

Saúde Pública Administração Pública

#epidemiologia, distribuição e #Gestão de cadastro, avaliação


evolução de doenças, planos de predial/territorial, gestão de águas,
emergência, etc. etc.
ESTRUTURA DE SIG
Dentro do Sistema Gerenciador de Banco de Dados de
um SIG existem dois tipos de dados que são: os dados
espaciais e os dados alfanuméricos. Os dados espaciais é
uma estrutura que, além de descrever a localização e a
geometria das entidades de um mapa define também relações
de conectividade, contigüidade e pertinência. Já os atributos
alfanuméricos são associados com os elementos gráficos,
fornecendo informações descritivas sobre eles. Os dados
alfanuméricos e os dados gráficos são armazenados,
geralmente, em bases separadas.
Dados espaciais
Os dados espaciais são considerados aqueles que
podem ser representados espacialmente, ou seja, de
forma gráfica. Estes constituem-se em imagens, mapas
temáticos ou planos de informações (PIs). A estrutura
de tais tipos de dados pode ser Vetorial (Vector) e
Matricial (Raster).
DADOS EM ESTRUTURA VETORIAL (VECTOR)

Os mapas são abstrações gráficas nas quais linhas,


sombras e símbolos são usados para representar as
localizações de objetos do mundo real. Tecnicamente falando,
os mapas são compostos de pontos, linhas e polígonos.
Internamente, um SIG representa os pontos, linhas e
polígonos como conjunto de pares de coordenadas (X, Y) ou
(Longitude/Latitude).
Os pontos são representados por
apenas um par de coordenadas, ao
passo que linhas e polígonos são
representados por um conjunto de
pares de coordenadas, sendo que
nos polígonos o último par coincide
exatamente com o primeiro.

Cada um desses elementos


gráficos pode apresentar, ainda, uma
estrutura associada, relacionando
cada entidade a um atributo digital ou
mesmo a um banco de dados
alfanuméricos
Cada um desses elementos gráficos pode apresentar,
ainda, uma estrutura associada, relacionando cada entidade a
um atributo digital ou mesmo a um banco de dados
alfanuméricos. Curvas de nível contendo a sua altitude,
polígonos demarcando manchas de solo, ou relacionando o
tipo de solo, vinculado a uma propriedade, o loteamento de
uma área urbana contendo a delimitação de cada terreno e as
edificações vinculadas, são alguns exemplos desse tipo de
estrutura.
DADOS EM ESTRUTURA MATRICIAL (RASTER)

Os dados espaciais também podem ser


armazenados em uma estrutura matricial, ou em
grade (raster structure). Essa estrutura de dados é
representada por uma matriz de células, às quais estão
associados valores, que permitem reconhecer os
objetos sob a forma de imagem digital. Cada uma das
células, denominadas pixel, é representada por suas
coordenadas (linha, coluna).
É possível associar o par de coordenadas da matriz
(coluna, linha) a um par de coordenadas espaciais, (X, Y) ou
(Longitude, Latitude). Cada um dos pixels está associado a
valores. Estes valores serão sempre números inteiros e
limitados, geralmente entre 0 e 255 que corresponde a tons de
cinza a eles atribuídos. Os valores são utilizados para definir
uma cor para apresentação na tela ou para impressão.
Os valores dos pixels representam uma medição de
alguma grandeza física, correspondente a um fragmento do
mundo real. Por exemplo, em uma imagem obtida por satélite,
cada um dos sensores é capaz de captar a intensidade da
reflexão de radiação eletromagnética sob a superfície da terra
em uma especifica faixa de freqüência. Quanto mais alta a
reflectância, no caso, mais alto será o valor do pixel.
Estruturas de dados vetorial e raster.
Estruturas de dados raster e vetorial
Dados alfanuméricos

Os dados alfanuméricos ainda podem ser subdivididos


em dois tipos:

-Atributos dos Dados Espaciais;

-Atributos Georreferenciados.
ATRIBUTOS DOS DADOS ESPACIAIS
► São os atributos que fornecem informações descritivas
acerca de características de algum dado espacial. Estão
ligados aos elementos espaciais através de identificadores
comuns, normalmente chamados de geocódigos, que estão
armazenados tanto nos registros alfanuméricos como nos
espaciais.
► Podem fornecer informações qualitativas ou quantitativas
associadas às feições espaciais ponto, linhas ou polígonos
representados na base de dados.
Atributos dos Dados Espaciais
ATRIBUTOS GEORREFERENCIADOS

► Comoo próprio nome diz, são dados onde a preocupação é


apenas georreferenciar alguma característica especifica,
sem descrever as suas feições espaciais.
Geoprocessamento
O Geoprocessamento é uma etapa dos Sistemas
de Informações Geográficas (SIGs) que, como o seu
próprio nome indica, é responsável pelo
processamento de imagens georreferenciadas
obtidas por meio de fotografias aéreas ou por
imagens de satélite para a posterior representação
cartográfica.
Geoprocessamento
Pontos de
interesse

Rede viária

Parcelas

Hidrografia

Uso do solo

Mundo real/território
físico
Geoprocessamento
A razão principal da relação interdisciplinar forte entre
Cartografia e Geoprocessamento é o espaço geográfico.
• Cartografia preocupa-se em apresentar um modelo de
representação de dados para os processos que ocorrem
no espaço geográfico.
• Geoprocessamento representa a área do conhecimento
que utiliza técnicas matemáticas e computacionais,
fornecidas pelos Sistemas de Informação Geográfica
(SIG), para tratar os processos que ocorrem no espaço
geográfico. Isto estabelece de forma clara a relação
interdisciplinar entre Cartografia e Geoprocessamento.
(D’ALGUE, 1996)
Geoprocessamento
O termo Geoprocessamento denota a disciplina do
conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e
computacionais para o tratamento da informação
geográfica e que vem influenciando crescente as áreas
de Cartografia, Análise de Recursos Naturais,
Transportes, Comunicação, Energia e Planejamento
Urbano e Regional. As ferramentas computacionais
para geoprocessamentos, chamadas de Sistema de
Informações Geográficas (SIG), permitem realizar
análises complexas, ao integrar dados de diversas
fontes e ao criar banco de dados georeferenciados.
►Segundo Rodrigues (1993), Geoprocessamento é um
conjunto de tecnologias de coleta, tratamento,
manipulação e apresentação de informações
espaciais voltado para um objetivo especifico. Este
conjunto possui como principal ferramenta o SIG.
► Para que o SIG cumpra suas finalidades, há a
necessidade de dados. A aquisição desses dados
deve partir de uma definição clara dos parâmetros,
indicadores e variáveis, que serão necessários ao
projeto a ser implementado. Deve-se verificar a
existência destes dados nos órgãos apropriados
(IBGE, Prefeituras e outros).
Cartografia Temática
❖DIGITALIZAÇÃO: A digitalização é um processo que permite converter dados
espaciais do meio analógico para o digital permitindo a realização das operações
típicas de análise espacial. A digitalização das linhas pode ser por passo, introduzindo
ponto-a-ponto, ou em modo contínuo, seguindo a feição com frequência de pontos a
serem adquiridos definida através de um Fator de Digitalização.
Cartografia Temática
❖DIGITALIZAÇÃO:
• Fator de Digitalização corresponde
ao intervalo entre os pontos da
linha a ser digitada.
• O fator é dado normalmente em
mm na escala do mapa que está
sendo editado e deve ser
considerado o fato de a precisão
cartográfica de mapas é da ordem
de 0.3mm da escala do mapa.
Assim, um fator de digitalização
menor que este valor estará fora do
próprio limite de precisão do mapa.
Cartografia Temática
Utiliza-se das estruturas de um SIG para gerar
mapas cartográficos temáticos. Por exemplo: mapas
de pontos; mapas de curvas de níveis; mapas
hidrológicos; mapas geológicos; mapas de uso e
ocupação do solo; etc..
Mapa de pontos
Mapa de curvas de níveis a partir de pontos coletados.
Mapa mostrando um modelo digital de elevação da área feito por meio das curvas de níveis.
Mapa mostrando um modelo digital de elevação da área.
Mapa hidrológico.
Mapa de uso e ocupação do solo.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência: Sistemas de Projeções Cartográficas
Todos os mapas são representações aproximadas da superfície terrestre, que projetam cada ponto do
globo terrestre em uma superfície plana. Para obter essa correspondência, utiliza-se os sistemas de
projeções cartográficas (CÂMARA et al., 1996).

Mapa projetado
num
plano tangente ou
secante à Terra.

Mapa projetado sobre


um
cone tangente ou
secante
à superfície.

Os meridianos e paralelos
são representados
por retas perpendiculares.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:

Sistema de Coordenadas: Para descobrir a posição de um objeto na superfície


terrestre é preciso conhecer sua posição geográfica e portanto, a mesma deve
estar estabelecida em um sistema coerente de coordenadas. Os sistemas de
Coordenadas são divididos em: Sistemas de Coordenadas Geográficas e
Sistemas de Coordenadas Planas.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Sistemas de Coordenadas Geográficas: As coordenadas geográficas ou
geodésicas são de caráter curvilíneo e por isso são dados em grau, minuto e
segundo, conhecidas como latitude e longitude.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Sistemas de Coordenadas Planas: As coordenadas planas são as que são
projetadas do meio curvo (elipsóide) para o plano (cilindro envolvendo o elipsóide
por exemplo).

Observação: No Brasil a projeção


transversa de um cilindro secante
ao elipsóide, idealizada por um
belga chamado Gerardo Mercator
e que tinha dentre outros títulos o
de cartógrafo, é o que predomina
nos mapeamentos quando se
utiliza o sistema de coordenadas
planas.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência: Sistema de Projeção UTM
Denotada pelo nome Universal Tranverse de Marcator, ou simplesmente UTM, foi desenvolvida durante a 2ª
Guerra Mundial. Consiste na prática, de uma modificação da Projeção Cilíndrica Transversa de Mercator, onde o
cilindro de projeção é secante à superfície de referência.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Geodésia: ciência que estuda a forma e as
dimensões da Terra, a posição de pontos
sobre sua superfície e a modelagem do
campo de gravidade. O termo geodésia
também é usado em Matemática para a
medição e o cálculo acima de superfícies
curvas usando métodos semelhantes àqueles
usados na superfície curva da terra.
Terra
Elipsoidal.

Terra Geoidal.

Terra Plana.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Estes referenciais tomam forma por sua definição (ITRS – International Terrestrial Reference
System – Sistema de Referência Terrestre Internacional) que vem a ser a conceituação da
origem, dos eixos (escala e orientação destes) e da evolução temporal (comportamento ao
longo do tempo) que formarão tal sistema.

GNSS(NAVSTAR-
GPS/Americano;
GLONASS/Russo,
GALILEO/Europeu e BeiDou
ou COMPASS/China).
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Bem como por sua materialização (ITRF –
International Terrestrial Reference Frame – Sistema
de Materialização Terrestre Internacional) que é um
catálogo de coordenadas e velocidades dos pontos
que materializam o sistema no solo. O termo datum
é muito utilizado quando se quer fazer alusão ao
sistema de referência ou referencial.

Ou seja, é uma realização do ITRS. Sua origem


está no centro de massa de toda a Terra, incluindo
os oceanos e a atmosfera. Novas soluções ITRF são
produzidas a cada poucos anos, usando as mais
recentes técnicas matemáticas e de levantamento
para tentar realizar o ITRS com a maior precisão
possível.
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Sistema de Coordenadas.
Sistemas de referência ou Referenciais em
Geodésia são figuras geométricas
posicionadas no espaço que representam a
superfície da terra, permitindo que cada ponto
dessa mesma superfície tenha um único terno
de coordenadas (X, Y, Z).
Cartografia e Geodésia
❖Sistemas de Referência:
Sistema de Coordenadas.
Existem vários data (plural de datum) mundialmente falando, no entanto no Brasil três são
reconhecidos pelo nosso órgão oficial IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
São eles: CÓRREGO ALEGRE, SAD69 e o SIRGAS2000, este último o datum oficial desde
de fevereiro de 2015.
Sensoriamento Remoto
❖Definição:
O Sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas que
possibilita a obtenção de informações sobre alvos sem a
necessidade de contato direto com os mesmos.

Alvos estes que podem ser objetos, áreas ou fenômenos


naturais ou artificiais.

Para a obtenção das informações necessárias, o


sensoriamento remoto registra a interação da radiação
eletromagnética com o alvo.
Sensoriamento Remoto
• Definição:

Os sensores remotos registram a intensidade da radiação


eletromagnética emitida ou refletida pelos alvos nos
diferentes comprimentos de onda.

Níveis de Aquisição:
Terrestre;
Sub-orbital e;
Orbital.
Sensoriamento Remoto
Sensoriamento Remoto
Sensoriamento Remoto
Sensoriamento Remoto

• Sensores:
Exemplos

Monitoramento do Tipos de Sensores


Porto de Suez
Sensoriamento Remoto
❖Definições:

Os sensores imageadores, dividem-se ainda em


sistemas de varredura mecânica e sistemas de
varredura eletrônica. Os sensores também podem ser
classificados em função da fonte de radiação
eletromagnética.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:

Sensores ativos enviam um sinal para a


superfície da terra e registram o sinal refletido,
avaliando a diferença entre eles (Ex. RADAR
e LIDAR).
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Sensores ativos: Exemplo de produtos derivados do radar de abertura sintética.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Sensores Passivos funcionam através do registro da
radiação eletromagnética emitida pelo sol e
refletida pelos alvos.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:

As resoluções no Sensoriamento Remoto são: Espacial,


Espectral, Temporal e Radiométrica.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Espacial: A resolução está relacionada à
capacidade do sensor em dividir ou distinguir os elementos
na superfície terrestre. Para um mesmo sensor remoto, cada
pixel representa sempre uma mesma área, com as mesmas
dimensões na superfície da Terra.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Espacial: Refere-se a capacidade que o sensor possui para
discriminar objetos em função do seu tamanho, ou seja, quanto melhor a
resolução espacial, maior o nível de detalhe observado.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Temporal: A resolução temporal corresponde ao Observação: Uma órbita do Landsat-
tempo que o satélite leva para recobrir a mesma área novamente. 7 é realizada em aproximadamente 99
minutos, permitindo ao satélite dar 14
voltas da Terra por dia, e a cobertura
total do nosso planeta sendo
completada em 16 dias.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Temporal: Relaciona-se com o número de bandas que
os sensores existentes nos satélites conseguem discretizar.
➢ De uma maneira simplificada, quando a energia solar atinge a
superfície terrestre, parte desta energia é absorvida e parte é
refletida. Esta energia é emitida pela superfície terrestre
através de ondas.
➢ Cada sensor trabalha com um intervalo correspondente destas
ondas do espectro eletromagnético que são emitidas.
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Espectral: é um conceito próprio para os sistemas sensores denominados de
multiespectrais. Segundo Novo (1989), resolução espectral é "uma medida da largura das
faixas espectrais e da sensibilidade do sistema sensor em distinguir entre dois níveis de
intensidade do sinal de retorno".
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Radiométrica: Refere-se à capacidade do sistema sensor em detectar as variações da
radiância espectral recebida. A radiância de cada pixel passa por uma codificação digital, obtendo um
valor numérico, expresso em bits, denominado de Número Digital (ND). Este valor é facilmente
traduzido para uma intensidade visual ou ainda a um nível de cinza, localizado num intervalo finito
(0, K-1), onde K é o número de valores possíveis, denominados de níveis de quantização
(SCHOWENGERDT, 1983).
Sensoriamento Remoto
❖Definições:
Resolução Radiométrica: Refere-se a quantização da imagem. O número de níveis de cinza está
expresso em bits, ou seja, expresso em função do número de dígitos binários necessários para armazenar,
em forma digital, o valor do nível máximo de cinza. O seu valor é sempre em potência de 2, por exemplo
8 bits significam 28 = 256 níveis de cinza.

8 Bits = 256 niveis de cinza 11 Bits = 2048 niveis de cinza

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