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A dimensão satírica

Na dimensão satírica as personagens nunca são caracterizadas


como indivíduos, mas sim por
classes sociais para melhor concretizarem a censura dos
costumes.
Assim conseguiriam fazer uma analise reflexiva da época, assim
acabavam por condenar
comportamentos errados, denunciando assim atitudes
hipócritas, acabando por servir-se de
uma crítica “picante”.
Gil Vicente foi um dos maiores criticos cáusticos de muitas
dessas situações, de muitas profissões e de algumas classes, mas
tentando sempre evitar dizer mal dos seus protetores (família
real, nobreza).

Acaba por criticar severamente os “parasitas” não se


preocupando pela posição social que
ocupara.
Não poupava também os exploradores qualquer fosse a classe a
que pertencessem.
Denunciou os membros da realeza (papas, bispos, reis,
imperadores, magistrados e fidalgos).
Denunciando-lhes assim a incapacidade de cumprirem a sua
missão, condenou as suas
fraquezas e a sua devassidão.
Mas curiosamente não condenou as freiras os pecados das
freiras., embora reprove o
sapateiro oportunista, nunca reprovou o lavrador pobre ou o
trabalhador explorado, que
sempre mereceram o seu respeito.
A Sátira acabou por colocar Gil Vicente em lugar de destaque
pela irreverência genial, pela
mordaz observação e pela crítica contundente.
Para fazer a censura aos costumes e aos comportamentos do seu
tempo, o dramaturgo
utilizou, de forma bastante eficaz, diversos processos : a ironia , a
caricatura , o sarcasmo , a satíra e o
cómico.

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