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TIPOLOGIA

70
e) narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina o in-
TEXTUAL terlocutor como andar pelas ruas da cidade contando

77
sobre sua própria experiência.

42
(PRÁTICA)

15
2. (Enem 2019) Blues da piedade

LC

A
Vamos pedir piedade

LV
Senhor, piedade

SI
COMPETÊNCIA(s) Pra essa gente careta e covarde

DA
5
Vamos pedir piedade Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

S
IA
AULA HABILIDADE(s) CAZUZA. Cazuza: O poeta não morreu. Rio de

T
15, 16 e 17 Janeiro: Universal Music, 2000 (fragmento).

MA
2 Todo gênero apresenta elementos constitutivos que

RA
condicionam seu uso em sociedade. À letra de canção
identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente,

EI
pela utilização da sequência textual

IV
OL
a) expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
b) narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.

DE
c) injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.

A
d) descritiva, por enumerar características de um per-

NH
sonagem.
Aplicando para Aprender (A.P.A.)
RO
e) argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada
de atitude.
NO
1. (Enem 2020) Caminhando contra o vento, TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O
RD

Sem lenço e sem documento VILAREJO


No sol de quase dezembro
NA

Eu vou Há um vilarejo ali


Onde areja um vento bom
EO

O sol se reparte em crimes Na varanda quem descansa


4L

Espaçonaves, guerrilhas Vê o horizonte deitar no chão


Em cardinales bonitas
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Pra acalmar o coração


Eu vou Lá o mundo tem razão
70

Em caras de presidentes
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Terra de heróis, lares de mãe


Em grandes beijos de amor
42

Paraíso se mudou para lá


Em dentes, pernas, bandeiras Por cima das casas cal
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Bombas e Brigitte Bardot


Frutas em qualquer quintal
A

O sol nas bancas de revista


LV

Me enche de alegria e preguiça Peitos fartos, filhos fortes


SI

Quem lê tanta notícia Sonhos semeando o mundo real


Eu vou Toda a gente cabe lá
DA

Palestina, Shangri-lá
VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso.
S

São Paulo: Phillips, 1967 (fragmento). Vem andar e voa


A
TI

É comum coexistirem sequências tipológicas em um Vem andar e voa


MA

mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os tipos tex- Vem andar e voa
tuais que se destacam na organização temática são Lá o tempo espera
RA

a) descritivo e argumentativo, pois o enunciador deta- Lá é primavera


EI

lha cada lugar por onde passa, argumentando contra Portas e janelas ficam sempre abertas
IV

a violência urbana. Pra sorte entrar


OL

b) dissertativo e argumentativo, pois o enunciador Em todas as mesas pão


DE

apresenta seu ponto de vista sobre as notícias rela- Flores enfeitando


tivas à cidade. Os caminhos, os vestidos
A
NH

c) expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de Os destinos e essa canção


 VOLUME 1

seus estados físicos e psicológicos e interage com a Tem um verdadeiro amor


RO

mulher amada. Para quando você for


NO

d) narrativo e descritivo, pois o enunciador conta so- Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/
bre suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes
O

tempo que a descreve.


ARD

LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias  11


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3. (G1 - ifpe 2019) Com relação aos tipos textuais, em é chamada de arte popular ou primitivismo, esclarece
VILAREJO, predominam sequências tipológicas Ardies. O organizador do livro explica que a obra não

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tem a pretensão de ser um dicionário. “Falta muita gen-

42
a) argumentativas.
te. São muitos artistas”, observa. A nova edição veio

15
b) injuntivas.
da vontade de atualizar informações publicadas há 26
c) descritivas.

A
anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e ve-

LV
d) expositivas. teranos que ficaram de fora do primeiro livro. A arte

SI
e) narrativas. naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias regiões do

DA
Brasil.
4. (Enem PPL 2018) Qualquer que tivesse sido o seu tra-
balho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).

S
IA
e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era
O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento

T
tudo o que sabíamos dele.

MA
de um livro sobre arte naïf no Brasil. Na organização
O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros desse trecho predomina o uso da sequência

RA
contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros
contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, a) injuntiva, sugerida pelo destaque dado à fala do

EI
com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. organizador do livro.

IV
E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu b) argumentativa, caracterizada pelo uso de adjetivos

OL
silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em sobre o livro.

DE
nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me c) narrativa, construída pelo uso de discurso direto e
comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os indireto.

A
colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele d) descritiva, formada com base em dados editoriais

NH
dizia, vermelho: da obra.

RO
– Cale-se ou expulso a senhora da sala. e) expositiva, composta por informações sobre a arte
NO
Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me naïf.
mandar! Ele não mandava, senão estaria me obedecen-
6. (Enem PPL 2017) Doutor dos sentimentos
O

do. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso


RD

para mim ser objeto do ódio daquele homem que de


certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que Veja quem é e o que pensa o português António Damá-
NA

eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta sio, um dos maiores nomes da neurociência atual, sem-
EO

desastradamente proteger um adulto, com a cólera de


pre em busca de desvendar os mistérios do cérebro, das
emoções e da consciência
4L

quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de


ombros tão curvos. Ele é baixo, usa óculos, tem cabelos brancos penteados
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para trás e costuma vestir terno e gravata. A surpre-


70

LISPECTOR, C. Os desastres de Sofia. In: A legião


estrangeira. São Paulo: Ática, 1997. sa vem quando começa a falar. António Damásio não
77

confirma em nada o clichê que se tem de cientista.


42

Entre os elementos constitutivos dos gêneros está a sua


Preocupado em ser o mais didático possível, tenta, pa-
15

própria estrutura composicional, que pode apresentar


cientemente, com certa graça e até ironia, sempre que
um ou mais tipos textuais, considerando-se o objetivo
A

cabível, traduzir para os leigos estudos complexos so-


do autor. Nesse fragmento, a sequência textual que ca-
LV

bre o cérebro. Português, Damásio é um dos principais


racteriza o gênero conto é a
SI

expoentes da neurociência atual.


a) expositiva, em que se apresentam as razões da ati-
DA

tude provocativa da aluna. Diferentemente de outros neurocientistas, que acham


que apenas a ciência tem respostas à compreensão da
S

b) injuntiva, em que se busca demonstrar uma ordem


A

dada pelo professor à aluna. mente, Damásio considera que muitas ideias não pro-
TI

vêm necessariamente daí. Para ele, um substrato im-


MA

c) descritiva, em que se constrói a imagem do profes-


prescindível para entender a mente, a consciência, os
sor com base nos sentidos da narradora.
sentimentos e as emoções advém da vida intuitiva, ar-
RA

d) argumentativa, em que se defende a opinião da


tística e intelectual. Fora dos meios científicos, o nome
EI

enunciadora sobre o personagem-professor. de Damásio começou a ser celebrado na década de


IV

e) narrativa, em que se contam fatos ocorridos com o 1990, quando lançou seu primeiro livro, uma obra que
OL

professor e a aluna em certo tempo e lugar. fala de emoção, razão e do cérebro humano.
DE

5. (Enem PPL 2018) Cores do Brasil TREFAUT, M. P. Disponível em: http://revistaplaneta.


terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado).
Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado
A
NH

em 1988 pelo galerista Jacques Ardies, cuja proposta é


DO VOLUME 1

Na organização do texto, a sequência que atende à fun-


ser publicação informativa sobre nomes do “movimen-
RO

ção sociocomunicativa de apresentar objetivamente o


to arte naïf do Brasil”, como define o autor. Trata-se de
cientista António Damásio é a
NO

um caminho estético fundamental na arte brasileira,


assegura Ardies. O termo em francês foi adotado por a) descritiva, pois delineia um perfil do professor.
R

designar internacionalmente a produção que no Brasil b) injuntiva, pois faz um convite à leitura de sua obra.
A

12  LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias


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c) argumentativa, pois defende o seu comportamento Com isso, um dos principais desafios destes países na
incomum. área da saúde pública tem sido manter altas taxas de

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d) narrativa, pois são contados fatos relevantes ocor- cobertura vacinal para o controle e a prevenção de

42
ridos em sua vida. epidemias ou para evitar o ressurgimento daquelas já

15
e) expositiva, pois traz as impressões da autora a res- controladas, ampliando, cada vez mais, a responsabili-

A
peito de seu trabalho. dade do indivíduo pela manutenção de sua saúde para

LV
a proteção coletiva e, consequentemente, a melhoria

SI
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: da saúde da população. Neste sentido, como alertou

DA
O menino do alto Eliane Brum Leandro Siqueira dos Schramm, “a saúde não é mais, em última instância, um
Santos nunca havia reparado que nascera numa cidade direito do cidadão e um dever do Estado, mas, ao con-

S
partida. Perdeu a inocência no instante da descoberta. trário, tornou-se um dever do cidadão e um direito do

IA
Quando 1os doutores disseram que nada mais poderiam Estado”.

T
MA
fazer por ele, o pai arranjou uma porta velha, bichada,
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v20n1/1413-8123-
e sobre ela deitou o filho. Com a ajuda de parentes,
csc-20-01-00115.pdf/ Acesso em:28 maio 2021. Fragmento.

RA
dos vizinhos, do povo de cima, 2carregou-o até o alto

EI
de seu destino. Pela primeira vez o menino decifrou o 8. (Fmc 2021) A estrutura do texto é, predominante-

IV
precipício de sua vida. Pela primeira vez sentiu medo mente:

OL
do barranco, das pedras, das cicatrizes escalavradas
a) Narrativa
na terra. O menino percebeu naquele exato momento

DE
que 3havia nascido com todas as pontes dinamitadas. b) Descritiva
Quando compreendeu, começou a envelhecer. 4Até a c) Argumentativa

A
NH
voz mudou. (...) d) Enumerativa
5
Quando se mergulha no coma, o corpo dorme. Os e) Expositiva

RO
membros, 6as articulações desmaiam como se perdes-
9. (Enem 2ª aplicação 2010)
NO
sem a vida. Para que 7não se cristalizem no lugar errado,
8
é preciso que um fisioterapeuta movimente os pés, as
O

mãos, dia após dia. Não fizeram com o menino do alto.


RD

9
Selaram seu destino com a displicência com que a pla-
NA

nície trata a cidade de cima. 10Não foi o acidente que


roubou a liberdade do menino. 11Não foi o traumatismo
EO

craniano que retorceu seus pés. Foi crime.


4L

Fragmento. BRUM, Eliane. O menino do alto. In: ______. A vida


70

que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago 2006. p. 72 e 73.


70

7. (Fmc 2022) A construção “O menino do alto” confi-


77

gura uma estrutura predominantemente


42

a) descritiva.
15

b) argumentativa.
A
LV

c) expositiva.
d) narrativa.
SI

e) injuntiva.
DA

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


AS

Proteção individual versus proteção coletiva


TI

Sergio de Castro Lessa


MA

Fermin Roland Schramm


RA

Historicamente, os programas de vacinação com cober-


tura universal ganharam credibilidade e lograram êxi-
EI

Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam


IV

tos com a eliminação da varíola, a quase erradicação da as escolhas linguísticas que o compõem. O texto da
OL

poliomielite, e a diminuição da incidência de doenças campanha publicitária e o da charge apresentam, res-


tais como a caxumba, sarampo e catapora. 1Apesar des- pectivamente, composição textual pautada por uma
DE

te sucesso ser geralmente interpretado como reflexo


estratégia
do princípio da imunidade coletiva – o qual assume que
A

a) expositiva, porque informa determinado assunto


NH

os benefícios das vacinas são maiores quanto mais indi-


 VOLUME 1

víduos de uma comunidade são imunizados – o controle de modo isento; e interativa, porque apresenta inter-
RO

das doenças nos assim chamados países desenvolvidos câmbio verbal entre dois personagens.
NO

ocorreu devido à melhoria da condição sanitária, asso- b) descritiva, pois descreve ações necessárias ao com-
ciando higiene e vacinação e, nos países mais pobres, bate à dengue; e narrativa, pois um dos personagens
O

devido essencialmente à vacinação em massa. conta um fato, um acontecimento.


ARD

LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias  13


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c) injuntiva, uma vez que, por meio do cartaz, diz TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
como se deve combater a dengue; e dialogal, porque

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Com licença poética
estabelece uma interação oral.

42
d) narrativa, visto que apresenta relato de ações a se- Quando nasci um anjo esbelto,

15
rem realizadas; e descritiva, pois um dos personagens desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.

A
descreve a ação realizada.

LV
Cargo muito pesado pra mulher,
e) persuasiva, com o propósito de convencer o inter-
esta espécie ainda envergonhada.

SI
locutor a combater a dengue; e dialogal, pois há a
Aceito os subterfúgios que me cabem,

DA
interação oral entre os personagens.
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,

S
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

IA
acho o Rio de Janeiro uma beleza e

T
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

MA
Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos

RA
à(s) questão(ões) abaixo.
— dor não é amargura.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos.

EI
Minha tristeza não tem pedigree,
Evite falar com estranhos. À noite, não saia para cami-

IV
já a minha vontade de alegria,
nhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for

OL
sua raiz vai ao meu avô.
deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.

DE
carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.

A
PRADO, Adélia Prado. Com Licença Poética. In: PRADO, Adélia.

NH
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir
Adélia Prado: Poesia reunida. 6. ed. São Paulo: Siciliano, 1996. p. 11.
várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia

RO
de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e 11. (Uece 2020) O texto marca-se como gênero poema
NO
seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um com versos livres (sem a necessidade de rimas ou de res-
sentimento comum aos habitantes das grandes cidades trições métricas). Para a composição desse texto, a au-
O

brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitá- tora selecionou predominantemente a tipologia textual
RD

ria foram substituídas pelo sentimento de insegurança


a) narrativa, porque apresentou ações que sinalizam
NA

e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa


mudanças de estado, geralmente no passado ou que
de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o
EO

partem do passado, com circunstâncias de tempo e


desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento
de lugar.
4L

de insegurança transforma e desfigura a vida em nos-


sas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, b) argumentativa, porque trouxe enunciado de atri-
70

participação coletiva, as moradias e os espaços públi- buição de qualidade, dados e demais informações
70

cos transformam-se em palco do horror, do pânico e do que intentam convencimento ou mudança de opinião
77

medo. acerca de uma temática.


42

c) expositiva, porque houve uma decomposição dos


A violência urbana subverte e desvirtua a função das
elementos elencados, no texto, a fim de estabelecer
15

cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas


uma relação parte-todo.
– especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, Di-
A

d) descritiva, porque contemplou uma estrutura sim-


LV

lacera famílias, modificando nossas existências drama-


ples com verbo estático no presente ou imperfeito,
SI

ticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos


a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse atuando como um complemento e/ou uma indicação
DA

quadro de insegurança e pânico, denunciado diaria- circunstancial de lugar.


S

mente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? 12. (Ufu 2015) O McSorley’s ocupa o térreo de um pré-
A

Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no


TI

dio de tijolinhos vermelhos, é o número 15 da rua 7,


Estado de direito?
MA

vizinho à Cooper Square, onde termina a Bowery. Foi


(Violência urbana, 2003.) inaugurado em 1854 e é o bar mais antigo de Nova
RA

York. Em seus 86 anos, teve quatro proprietários – um


10. (Unesp 2017) O modo de organização do discurso imigrante irlandês, seu filho, um policial aposentado,
EI

predominante no excerto é sua filha –, todos eles avessos a mudanças. Embora dis-
IV
OL

a) a dissertação argumentativa. ponha de energia elétrica, o bar teima em ser iluminado


b) a narração. por duas lâmpadas a gás – toda vez que alguém abre
DE

a porta, a luz oscila e projeta sombras no teto baixo


c) a descrição objetiva.
coberto de teias de aranha. Não há caixa registradora.
A

d) a descrição subjetiva. As moedas são atiradas em tigelas – uma para as de 5


NH
DO VOLUME 1

e) a dissertação expositiva. centavos, uma para as de 10, uma para as de 50 –, e as


RO

notas são guardadas num cofre de madeira.


NO

(Este texto foi publicado na década de 40 pela revista The


New Yorker. As datas do original foram mantidas)
R

MITCHEL, Josef. O bar do McSorley. Piauí. São Paulo,


ano 9, n. 100, p. 42, jan. 2015. (Fragmento).
A

14  LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias


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No fragmento, retirado de um texto em que se conta a - Tenho cara de quem vai doar sangue?
história de um bar nova-iorquino, são predominantes as - Para doar sangue não precisa ter cara, basta ter san-

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sequências textuais de tipo gue. O senhor veja o meu caso, por exemplo. Sempre

42
a) expositivo. tive vontade de doar sangue. E doar mesmo de graça,

15
ali no duro. Deus me livre de vender meu próprio san-
b) narrativo.

A
gue: não paguei nada por ele. Escuta aqui uma coisa,

LV
c) descritivo. quer saber o que mais, vou doar meu sangue e é já.
d) argumentativo.

SI
Deteve o táxi à porta do hospital, saltou ao mesmo
tempo que eu, foi entrando:

DA
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
- E é já. Esse negócio tem de ser assim: a gente sente

S
O poema a seguir foi adaptado do livro: Sonetos de Ca- vontade de fazer uma coisa, pois então faz e acabou-se.

IA
mões: Corpus dos Sonetos Camonianos*. Antes que seja tarde: acabo desperdiçando esse sangue

T
MA
(*Edição e notas de Cleonice S. M. Berardinelli. Rio de meu por aí, em algum desastre. Ou então morro e nin-
Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa,1980.) guém aproveita. Já imaginou quanto sangue desperdi-

RA
SONETO III çado por aí nos que morrem?
- E nos que não morrem? - limitei-me a acrescentar.

EI
- Isso mesmo. E nos que não morrem! Essa eu gostei.

IV
Sete anos de pastor Jacob servia
Está se vendo que o senhor é moço distinto. Olhe aqui

OL
Labão, pai de Raquel, serrana bela; uma coisa, não precisa pagar a corrida.
Mas não servia ao pai, servia a ela,

DE
Deixei-me ficar, perplexo, na portaria (e ele tinha razão,
E a ela só por prêmio pretendia. não era hora de visitas) enquanto uma senhora recla-

A
mava seus serviços:

NH
Os dias na esperança de um só dia
Passava, contentando-se com vê-la; - Meu marido está saindo do hospital, não pode andar

RO
Porém o pai, usando de cautela, direito...
- Que é que tem seu marido, minha senhora?
NO
Em lugar de Raquel, lhe dava Lia.
- Quebrou a perna.
Vendo o triste pastor que com enganos - Então como é que a senhora queria que ele andasse
O
RD

Lhe fora assim negada sua pastora, direito?


Como se a não tivera merecida, - Eu não queria. Isto é, queria... Por isso é que estou
NA

dizendo - confundiu- se a mulher. - O seu táxi não está


Começa de servir outros sete anos,
EO

livre?
Dizendo: — Mais servira, se não fora - O táxi está livre, eu é que não estou. A senhora vai me
4L

Para tão longo amor tão curta a vida. desculpar, mas vou doar sangue. Ou hoje ou nunca.
70

E gritou para um enfermeiro que ia passando e que nem


13. (Uerj 2022) No soneto III, o poeta aborda a frus-
70

o ouviu:
tração amorosa, empregando construções de um tipo
77

- Você aí, ô, branquinho, onde é que se doa sangue?


textual não usual no gênero lírico.
Procurei intervir:
42

Esse tipo textual é denominado: - Atenda a freguesa... O marido dela...


15

a) dissertativo - Já sei: quebrou a perna e não pode andar direito.


A

b) descritivo - Teve alta hoje. - acudiu a mulher, pressentindo simpa-


LV

c) narrativo tia.
SI

d) injuntivo - Não custa nada – insisti. - Ele precisa de táxi. A esta


DA

hora...
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: - Eu queria doar sangue - vacilou ele. - A gente não pode
S

nem fazer uma caridade, poxa!


A

UM DOADOR UNIVERSAL
TI

- Deixa de fazer uma e faz outra, dá na mesma.


MA

Pensou um pouco, acabou concordando:


Tomo um táxi e mando tocar para o hospital do Ipase.
- Está bem. Mas então faço o serviço completo: vai de
Vou visitar um amigo que foi operado. O motorista vol-
RA

graça. Vamos embora. Cadê o capenga?


ta-se para mim:
Afastou-se com a mulher, e em pouco passava de novo
EI

- O senhor não está doente e agora não é hora de visi-


por mim, ajudando-a a amparar o marido, que se arras-
IV

ta. Por acaso é médico? Ultimamente ando sentindo um


OL

tava, capengando.
negócio esquisito aqui no lombo...
- Vamos, velhinho: te aguenta aí. Cada uma!
- Não sou médico.
DE

Ainda acenou para mim, de longe, se despedindo.


Ele deu uma risadinha.
A

- Ou não quer dar uma consulta de graça, hein, doutor? SABINO, Fernando. Um doador universal. Disponível em: <<http://
NH

 VOLUME 1

É isso mesmo, deixa para lá. Para dizer a verdade, não www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/fernando-sabino/fernando-
RO

tem cara de médico. Vai doar sangue. sabino-um-doador-universal-1.538>>. Acesso: 08 maio 2017.
- Quem, eu?
NO

- O senhor mesmo, quem havia de ser? Não tem mais


ninguém aqui.
O
ARD

LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias  15


ON
LE
EO
4L
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70
14. (G1 - ifpe 2017) Assinale a alternativa CORRETA TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
quanto ao gênero e ao tipo textuais.

77
OS PROBLEMAS CAUSADOS PELOS AGROTÓXICOS JUS-

42
a) Por se tratar de um conto, o texto é argumentativo TIFICAM SEU USO?

15
e expõe a insistência de uma personagem em con- A saúde humana é afetada pelos agrotóxicos de três
vencer outra, com argumentos, a fazer o que ela quer. maneiras: durante sua fabricação, no momento da

A
LV
b) Por se tratar de uma crônica, o texto é predominan- aplicação e ao consumir um produto contaminado. In-
temente dialogal e narrativo, com segmentos estrutu- dependentemente da forma de contato, os efeitos são

SI
rados em turnos de fala e relato de situações. extremamente perigosos.

DA
c) Por se tratar de uma crônica, o texto é injuntivo e Problemas neurológicos, como o Mal de Alzheimer, es-

S
incentiva o leitor a praticar a doação de sangue, ins- tão associados à exposição a inseticidas organofosfora-

IA
truindo sobre como realizar esta ação solidária. dos, assim como o desenvolvimento de transtorno do

T
MA
d) Por se tratar de uma fábula, o texto é predominan- déficit de atenção com hiperatividade em crianças.
temente dialogal e narrativo, com personagens que A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) afirma

RA
dialogam entre si e vivenciam situações imaginárias. que o efeito do pesticida depende do princípio ativo

EI
e) Por se tratar de um conto, o texto é predominante- nele presente. Os sintomas podem variar, desde irrita-

IV
mente dialogal e descritivo, com segmentos estrutu- ção da pele, até problemas hormonais e o desenvolvi-

OL
rados em turnos de fala e exposição das propriedades mento de câncer.
e qualidades de pessoas e ambientes. Em 2007, pesquisadores descobriram, depois de rea-

DE
lizarem um levantamento, que a maioria dos estudos
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A
revela a associação entre a exposição a agrotóxicos e

NH
Vozes da seca o desenvolvimento de linfoma não Hodgkin e leucemia.

RO
Seu doutô os nordestino têm muita gratidão Para as grávidas, o risco é dobrado. Pesquisadores
apontam para as fortes evidências que ligam o contato
NO
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão com pesticidas a problemas durante a gestação, como
O

Mas doutô uma esmola a um homem qui é são a morte de fetos, defeitos de nascença, problemas de
RD

Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão desenvolvimento neurológico, diminuição do tempo de


gestação e pouco peso do bebê.
NA

É por isso que pidimo proteção a vosmicê


Estudos estimam que aproximadamente 25 milhões de
EO

Home pur nóis escuído para as rédias do pudê


trabalhadores agrícolas de países pobres sofram com
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
4L

algum tipo de intoxicação causada por exposição a


Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
agrotóxicos. Há diversas situações comprovadas, como
70

Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage o caso de duas grandes empresas multinacionais que
70

Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage firmaram acordo – em 2013 – para indenização da or-
77

Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage dem de R$ 200 milhões, envolvendo cerca de mil traba-
42

Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage lhadores contaminados por substâncias cancerígenas,
15

Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão entre 1974 e 2002, numa fábrica de pesticidas em Pau-
A

Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação! línia, interior de São Paulo.
LV

Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão Todos esses problemas se tornam especialmente impor-
SI

Como vê nosso distino mercê tem na vossa mão tantes para o Brasil por tratarem-se de uma das princi-
DA

Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Disponível em: http://letras.mus. pais fronteiras agrícolas do planeta. Por isso, é impor-
br/luiz-gonzaga/47103. Acesso em: 17/07/2013. tante discutir alternativas saudáveis aos agrotóxicos.
AS

Uma das possíveis opções para a substituição de agro-


15. (Upe 2014) Alguns versos da canção se configuram
TI

tóxicos são os biopesticidas. De acordo com a EPA, o


MA

como enunciados que incitam à ação e, por isso, são


termo se refere a produtos feitos a partir de micro-or-
denominados, quanto à tipologia textual, de “injunti-
ganismos, substâncias naturais ou derivados de plan-
RA

vos”. Exemplificam enunciados injuntivos os seguintes


tas geneticamente modificadas, que façam controle de
versos:
EI

pestes.
IV

a) Seu doutô os nordestino têm muita gratidão/ Pelo Para o consumidor final, a situação é mais complexa,
OL

auxílio dos sulista nessa seca do sertão. já que é difícil saber se o produtor utilizou ou não
b) Mas doutô uma esmola a um homem qui é são/ Ou
DE

biopesticidas na sua lavoura. Então, a opção é escolher,


lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão. preferencialmente, alimentos orgânicos e sempre lavar
A

c) É por isso que pidimo proteção a vosmicê/ Home frutas, legumes e verduras, independentemente da sua
NH
DO VOLUME 1

pur nóis escuído para as rédias do pudê. procedência.


RO

d) Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê/


AIRES, Luiz. Os problemas causados pelos agrotóxicos justificam seu
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê.
NO

uso? Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/component/content/


e) Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage/
R

article/35-atitude/1441-os-problemas-causados-pelos-agrotoxicos-
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage. justificam-seu-uso.html>. Acesso em: 07 maio 2019 (adaptado).
A

16  LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias


ON
LE
EO
4L
70
70
16. (G1 - ifpe 2019) No que diz respeito à tipologia com a redução anual de 20% no número de acidentes
textual, é CORRETO afirmar que o texto é, predominan- de trânsito. Os dois nomes ausentes são o atual pre-

77
temente, feito, Geraldo Julio (PSB), que se recusou, e Pantaleão,

42
do Partido da Causa Operária (PCO), que não chegou a

15
a) expositivo, pois objetiva esclarecer o leitor acerca
da temática abordada. receber o texto.

A
LV
b) injuntivo, já que instrui quem o lê a evitar riscos 3. A pressão aos candidatos é estimulada pela internet
à saúde. no endereço bastademortesnotransito.com.br, que des-

SI
c) narrativo, pois – através de uma sequência de taca a ocorrência de 560 mortes no trânsito em 2014 na

DA
ações – dedica-se a contar a história daqueles que capital pernambucana. O número equivale a 34,6 mor-

S
sobrevivem do trabalho relacionado à aplicação de tes para cada 100 mil habitantes, muito acima da média

IA
agrotóxicos. do Brasil, de 23,4. No portal, a sociedade é estimulada

T
d) descritivo, por apresentar descrição detalhada das a narrar seus casos de familiares, amigos e parentes vi-

MA
lavouras brasileiras nas quais os agrotóxicos são usa- timados.

RA
dos de modo abundante. “Ataques” de motoristas. Diário de Pernambuco. Disponível em:
e) dialogal, porque é baseado na construção de um

EI
<http://www.impresso.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/
diálogo entre o escritor e o leitor. cadernos/vidaurbana/2016/09/26/interna_vidaurbana,154620/

IV
ataques-de-motoristas.shtml> Acesso: 04 out. 2016.

OL
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
17. (G1 - ifpe 2017) Que tipo textual predomina no pri-

DE
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a
seguir. meiro parágrafo do texto “‘Ataques’ de motoristas”?

A
a) Argumentativo, cujo objetivo é a defesa de um

NH
“ATAQUES” DE MOTORISTAS ponto de vista, com posicionamentos explícitos do

RO
autor.
NO
b) Descritivo, cujo foco é fazer o retrato de algo ou al-
guém, com emprego de adjetivos e ausência de ação.
O

c) Narrativo, pois está centrado no relato de fatos ou


RD

de acontecimentos, com tempo e espaço marcados.


NA

d) Injuntivo, pois está centrado na passagem de uma


instrução, com expressões de sentido imperativo.
EO

e) Explicativo, pois está centrado na tentativa de


4L

apresentar e explanar conceitos tidos como verdade.


70

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


70
77

A EDUCAÇÃO PELA SEDA


42

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vul-


15

gar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.


A

Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e po-


LV

de-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro


SI

olhar.
DA

Rosa Amanda Strausz Mínimo múltiplo comum:


contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
AS

18. (Uerj 2016) O conto contrasta dois tipos de texto


TI
MA

em sua estrutura.
1. No dia em que o Código de Trânsito Brasileiro (Lei
9.503/1997) completou 19 anos, a Associação Metropo- Enquanto o segundo parágrafo se configura como nar-
RA

litana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) afixou rativo, o primeiro parágrafo se aproxima da seguinte
EI

duas placas metálicas numa paródia aos ataques de tu- tipologia:


IV

barões, com o objetivo de alertar para os “ataques” de a) injuntivo


OL

veículos, ontem pela manhã, em Boa Viagem, Zona Sul b) descritivo


do Recife. As placas fazem parte da campanha Abaixo
DE

c) dramático
a Morte no Trânsito. Uma delas foi instalada na praia de
d) argumentativo
A

Boa Viagem, junto aos avisos de presença de tubarões, e


NH

 VOLUME 1

outra em ponte na Rua Desembargador José Neves, onde TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
RO

dois jovens foram atropelados e mortos em agosto.


As condições de bem-estar e de comodidade nos gran-
NO

2. O cicloativista Daniel Valença, 32 anos, comemora o des centros urbanos são reconhecidamente precárias
fato de seis dos oito candidatos a prefeito do Recife por causa, sobretudo, da densa concentração de habi-
O

terem assinado o documento que inclui o compromisso tantes num espaço que não foi planejado para alojá-los.
ARD

LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias  17


ON
LE
EO
4L
70
Gabarito

70
Com isso, praticamente todos os polos das estruturas
urbanas ficam afetados: o trânsito é lento; os trans-

77
portes coletivos, insuficientes; os estabelecimentos de

42
1. D 2. C 3. C 4. E 5. E
prestação de serviços, ineficazes.

15
Um exemplo disso é São Paulo, às sete da noite. O trân- 6. A 7. D 8. E 9. E 10. A

A
sito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres apres-

LV
sados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conver- 11. A 12. C 13. C 14. B 15. E

SI
sam, mastigam e bebem em volta de mesas. 16. A 17. C 18. D 19. C 20. A

DA
Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios.
De repente, uma escuridão total cai sobre todos como 1. É correta a opção [D], pois a letra da canção trabalha, simulta-

S
IA
uma espessa lona opaca de um grande circo. Os veícu- neamente, os gêneros narrativo, quando o eu lírico relata as suas

T
los acendem os faróis altos, insuficientes para substituir andanças pela cidade, e o descritivo, quando expõe detalhes que

MA
a iluminação anterior. Em pouco tempo, as ruas ficam a caracterizam.
desertas, o medo paira no ar...

RA
2. A letra da canção apresenta sequência textual injuntiva,
pois incita à ação do interlocutor, fornecendo instrução para

EI
19. (Uel 2010) Com base nos conhecimentos sobre o
a realização de uma oração a Deus para que tenha piedade

IV
tema, é correto afirmar que o texto é predominante-
da gente “careta” e “covarde” e lhe conceda “grandeza e um

OL
mente
pouco de coragem”. Assim, é correta a opção [C].
a) injuntivo, pois apresenta inicialmente um argu-

DE
mento baseado no consenso e máximas aceitas como 3. Na canção, o eu lírico descreve um vilarejo, apresentando

A
verdadeiras. seus principais elementos e características. Assim, vemos se-

NH
b) narrativo, uma vez que busca fazer um relato a quências tipológicas predominantemente descritivas.

RO
respeito da vida na grande capital, São Paulo. 4. O fragmento de “Os desastres de Sofia”, de Clarice Lispec-
c) dissertativo, pois expõe ideias gerais, seguidas da tor, apresenta, através de verbos de ação no pretérito perfei-
NO
apresentação de argumentos que as comprovam. to e imperfeito do indicativo – “Passei”, “Falava”, “mexia”,
O

d) preditivo, pois é desenvolvido para permitir que o “interrompia”, “respondia”, “exasperava”, entre outros –
RD

leitor preveja sobre o que tratará o texto. uma sequência de ações que revelam as estratégias usadas
e) descritivo, pois recria o ambiente, ou seja, o espaço, pela narradora para irritar o professor a fim de chamar a sua
NA

apresentando as suas características. atenção. Assim, é correta a opção [E], pois trata-se de uma
EO

narrativa em que se contam fatos ocorridos, característica do


20. (Enem 2016) Receita gênero conto.
4L

Tome-se um poeta não cansado, 5. É correta a opção [E], já que se trata de um texto que visa à
70

Uma nuvem de sonho e uma flor,


divulgação de nomes do movimento arte naïf do Brasil, cujos
70

Três gotas de tristeza, um tom dourado,


conceitos são também apresentados de forma objetiva e com
77

Uma veia sangrando de pavor.


o máximo de neutralidade.
42

Quando a massa já ferve e se retorce


Deita-se a luz dum corpo de mulher, 6. No texto, predomina a enumeração de características físi-
15

Duma pitada de morte se reforce, cas do cientista António Damásio (“Ele é baixo, usa óculos,
A

Que um amor de poeta assim requer. tem cabelos brancos penteados para trás e costuma vestir
LV

terno e gravata”), assim como as de comportamento quan-


SI

SARAMAGO, J. Os poemas possíveis. Alfragide: Caminho, 1997.


do, de forma didática, apresenta as suas ideias para um pú-
DA

Os gêneros textuais caracterizam-se por serem relativa- blico leigo ( “tenta, pacientemente, com certa graça e até
mente estáveis e podem reconfigurar-se em função do ironia, sempre que cabível, traduzir para os leigos estudos
AS

propósito comunicativo. Esse texto constitui uma mes- complexos sobre o cérebro”). Ou seja, a sequência que aten-
TI

cla de gêneros, pois de à função sociocomunicativa de apresentar objetivamente


MA

a) introduz procedimentos prescritivos na composição o cientista António Damásio é a descritiva, pois delineia um
do poema. perfil do professor, como se afirma em [A].
RA

b) explicita as etapas essenciais à preparação de uma 7. “O menino do alto”, de Eliane Brum, apresenta sequên-
EI

receita. cia de ações que relatam a história de Leandro Siqueira dos


IV

c) explora elementos temáticos presentes em uma re- Santos, o qual, depois de ter sofrido um acidente e, por falta
OL

ceita. de recursos para reverter a sua incapacidade física através de


DE

d) apresenta organização estrutural típica de um poe- fisioterapia e, consequentemente, incapaz de se tornar au-
ma. tossuficiente, foi arremessado do alto de um precipício por
A

familiares, amigos e o povo do morro. Assim, a construção “O


NH

e) utiliza linguagem figurada na construção do poema.


DO VOLUME 1

menino do alto” configura uma estrutura predominantemen-


RO

te narrativa, como transcrito em [D].


NO

8. É correta a opção [E], pois a estrutura é, predominante-


R

mente, expositiva por usar explicações e dados característicos


de um texto informativo.
A

18  LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias


ON
LE
EO
4L
70
70
9. O texto da campanha publicitária, através de linguagem Toda revelação é de uma vulgaridade abominável”.
convincente (“Brasil unido”, “dengue mata”), busca

77
sensibilizar o leitor para desenvolver uma ação de combate 19. O primeiro parágrafo do texto apresenta a principal causa

42
à doença da dengue. A charge apresenta uma conversa da falta de condições de comodidade da população que vive

15
em grandes centros urbanos e respectivas consequências,
entre dois mosquitos Aedes aegypti, vetores de transmissão
tese que será comprovada através do exemplo de uma falha

A
do vírus entre os humanos. Assim, os textos apresentam

LV
de fornecimento de energia elétrica na cidade de São Paulo
estratégia persuasiva e dialogal, como se afirma em E.
no início da noite. Assim, o texto é predominantemente dis-

SI
10. Está correta a alternativa [A], já que os autores usam sertativo, pois expõe ideias gerais seguidas da apresentação

DA
argumentos para defender a ideia de que o sentimento de de argumentos que as comprovam, como se afirma em [C].

S
vida comunitária foi substituído por um temor pela segurança 20. No poema “Receita”, Saramago utiliza os procedimentos

IA
– que leva ao isolamento – nas grandes cidades. formais de uma receita (prescrição) para explicar o fazer poé-

T
MA
11. No poema, vemos a predominância da tipologia narra- tico: a escolha da linguagem, os instrumentos estilísticos e a
abordagem das questões emotivas do ser humano/poeta que

RA
tiva, já que esta é marcada por ações que ocorrem em de-
estão na base da sua gênese. Assim, é correta a opção [A].
terminado espaço e tempo e, no poema, vemos ações do eu

EI
lírico, com circunstâncias de tempo e de lugar. Por exemplo,

IV
no início do poema, o eu lírico resgata o momento do seu

OL
nascimento, vale-se da tipologia narrativa para contá-lo es-

DE
pecificando suas circunstâncias.

A
12. O fragmento do enunciado focaliza a caracterização do

NH
estabelecimento McSorley’s, através de uma descrição dinâ-

RO
mica, por apresentar objetos em movimento em um conjunto
de ações concomitantes e não sequenciais, como seria típico NO
do texto narrativo. Assim, é correta a opção [C].
O

13. No soneto III, o poeta conta a história do pastor Jacob,


RD

apresentando personagens, ações e tempo decorrido. Para


NA

isso, vale-se, portanto, do tipo narrativo.


EO

14. Trata-se de uma crônica que busca relatar uma situação


4L

cotidiana envolvendo quem narra e um taxista. Para isso, va-


le-se de uma narrativa com diálogos e segmentos estrutura-
70

dos em turnos de fala.


70
77

15. Diz-se que uma frase é injuntiva quando exprime uma


42

ordem de execução ou não execução de uma determinada


15

ação, configurando a função apelativa de linguagem. O uso


do imperativo nos termos verbais “dê”, “encha” e “não es-
A
LV

queça”, transcritos nos versos da alternativa [E], exemplifi-


cam enunciados injuntivos.
SI
DA

16. O autor busca esclarecer o leitor acerca dos perigos en-


volvidos no uso dos agrotóxicos. Assim, temos um texto pre-
AS

dominantemente expositivo.
TI
MA

17. Vemos que no primeiro parágrafo do texto é contado que


colocaram placas de “ataques de motoristas” em locais em
RA

Boa Viagem por uma manhã. Assim, pode-se dizer que o tipo
EI

textual predominante é o narrativo, já que está centrado no


IV

relato de fatos ou de acontecimentos, com tempo e espaço


OL

marcados.
DE

18. É correta a opção [D], pois o primeiro parágrafo tem cará-


ter argumentativo. A tese de que a vestimenta pode ser deno-
A
NH

tativa de baixo nível de educação ou de mau gosto (“vestidos


 VOLUME 1

muito justos são vulgares”) é defendida com argumentos de


RO

que a revelação do corpo feminino também denota uma per-


NO

sonalidade ordinária ou grosseira: “Revelar formas é vulgar.


O
ARD

LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias  19


ON
LE

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