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Agenesias dentárias atípicas: relato de caso clínico | Rev. Odontol. Araçatuba (Impr.

);43(1): 57-
61, jan.-abr. 2022. ilus | LILACS | BBO (bvsalud.org)

A agenesia dentaria é uma anomalia de desenvolvimento caracterizada


pela determinação congênita de menor número de dentes, podendo estar associada
a síndromes genéticas ou ocorrer isoladamente. Embora seja considerada uma das
anomalias mais frequentes quando envolve terceiros molares, segundo pré-
molares e incisivos laterais, sua ocorrência em dentes estáveis, tais como o canino e o
primeiro molar permanente é rara. Desta forma, este relato apresentará o caso de
uma paciente do sexo feminino, 8 anos idade, que iniciou tratamento de rotina na
Clínica de Odontopediatria da UNIFENAS. Na anamnese não foi relatada pela
responsável a ocorrência de alterações sistêmicas, nem queixa ou histórico
odontológico relevante. No exame clínico odontológico, notou-se o não irrompimento
do primeiro molar permanente superior direito (16). Diante dos exames de imagem, foi
confirmada a agenesia do dente 16 e também do canino permanente superior direito
(13). A agenesia, sobretudo de dentes estáveis e relevantes no arco dentário, pode
comprometer o desenvolvimento adequado da
oclusão, mastigação, fonação e estética. Desta maneira, é importante o diagnóstico
precoce desta ocorrência com o objetivo de favorecer a elaboração de um
adequado plano de tratamento e, minimizar as sequelas destas agenesias
atípicas(AU).
As anomalias dentárias são definidas como um desv io da normalidade associado ao
desenvolvimento embrionário dos dentes19, podendo ocorrer em diferentes estágios
da odontogênse4 . A agenesia dentária apresenta uma ocorrência relativamente
comum, sendo caracterizada pela determinação congênita de menor número de
dentes na dentição decídua, permanente ou em ambas2,7,9,12,19-22,24. Esta
anomalia é resultante de distúrbios durante os estágios iniciais do desenvolvimento
dentário, nas fases de iniciação e proliferação24, podendo ocorrer isoladamente ou
como parte de síndromes genéticas9 , dentre as quais destaca-se a displasia
ectodérmica anidrótica5,14 .
Segundo Arte 20041 , de acordo com o número de dentes ausentes, com exceção dos
terceiros molares, a agenesia dentária é classificada como anodontia (ausência de
todos os dentes), oligodontia (mais que seis dentes ausentes) e hipodontia (seis ou
menos dentes ausentes). A hipodontia não sindrômica é indiscutivelmente a forma
mais comum de ausência congênita dentária5 . Esta condição pode causar impacto
esteìtico e funcional, com interferência na fonação, mastigação e oclusão9,15,20-22.
Desta forma, o diagnóstico precoce, por meio dos exames cliìnico e radiograìfico, é
essencial para a elaboração de um plano de tratamento oportuno e eficaz, visando
minimizar as sequelas desta condição 9,21
as da agenesia isolada permanecem incertas24. Vaìrios fatores etioloìgicos tem sido
sugeridos na literatura, tais como, a ruptura localizada dos germes dentaìrios, fatores
hereditaìrios e mudanc’as na evoluc’aÞo humana3 , que geram a tendência do uìltimo
dente de cada seìrie a desaparecer6 . Ademais, estudos mostraram a relac’aÞo entre
mutac’oÞes ou alterac’oÞes no desenvolvimento de determinados genes, tais como o
PAXS e o MSX, com a ausencia dentária 9,13 . Fatores traumaìticos, infecciosos,
nutricionais e as Revista Odontológica de Araçatuba, v.43, n.1, p. 09-71, Janeiro/Abril,
2022 58 radiac’oÞes também pode estar relacionado com a etiologia desta anomalia23
.
Os dentes mais afetados pela agenesia dentária, além dos terceiros molares, são os
segundos preì-molares e incisivos laterais maxilares7,11,12,21, sendo rara sua
ocorrência em primeiros molares8, 9, 16, 20 e em caninos permanentes10,12 .

Ausência de um incisivo inferior e a coincidência das linhas médias dentárias? Relato de caso |
Ortho Sci., Orthod. sci. pract;14(53): 70-78, 2021. ilus, tab | BBO (bvsalud.org)

Introdução:
O principal problema acarretado pela ausência de apenas um incisivo inferior é a
ocorrência de uma discrepância de volume dentário (Bolton), que pode
apresentar diversas alternativas de tratamento.
Objetivo:
O objetivo deste artigo é apresentar um relato de caso com ausência congênita de
um incisivo inferior de paciente submetido ao tratamento ortodôntico com ótimo
resultado oclusal, funcional e estético. Bem como discutir o problema da
discrepância de volume dentário anterior (Bolton) e a obtenção de linhas
médias coincidentes ou não. Tratamento realizado Tratamento ortodôntico
completo com aparelhos fixos (Edgewise Standard, 0.022×0.028") em ambas as
arcadas. Utilização de elásticos com orientação de Classe II no lado direito para
movimentar o canino inferior direito para a posição do lateral e assim
sucessivamente com os demais dentes desse hemiarco inferior e ter
coincidência das linhas médias dentárias.
Resultado:
Excelente resultado, com ótima intercuspidação e "aparente" coincidência das
linhas médias dentárias com relação de molar em Classe III de Angle do lado
direito e resultado estável em acompanhamento de vários anos.
Conclusões:
A movimentação de todo o hemiarco inferior de um dos lados para mesial com
coincidência das linhas médias, contatos oclusais estáveis e oclusão funcional
pode ser uma ótima alternativa.(AU)
Avaliação da prevalência de agenesia de segundos pré-molares dos pacientes do curso de
Odontologia do Centro Universitário da Serra Gaúcha | J. Oral Investig;8(2): 7-18, jul.-dez.
2019. tab | BBO (bvsalud.org)

A dentadura mista, caracterizada pela substituição de dentes decíduos por


permanentes, pode apresentar algumas falhas, denominadas anomalias
dentárias de desenvolvimento. Estas apresentam graus de severidade distintas
que variam desde o atraso cronológico na odontogênese, até a ausência completa
do germe dentário, também denominados como agenesia dentária.
Objetivos:
Este trabalho tem a finalidade de avaliar a prevalência de agenesia de
segundos pré-molares do complexo odontológico do Centro Universitário da
Serra Gaúcha, bem como comparar os resultados obtidos com o
da literatura mundial e verificar a diferença entre os sexos.
Análise da ausência de dentes decíduos congênitos e seu fenótipo de dentes permanentes. |
Hua Xi Kou Qiang Yi Xue Za Zhi; 41(2): 203-207, 2023 Abr 01. | MEDLINE (bvsalud.org)

A incidência de ausência de dentes decíduos congênitos foi de 2,54% (400/15.749),


sendo encontrada em 217 meninas e 183 meninos, e a diferença entre os gêneros foi
estatisticamente significativa (P=0,003). A ausência de um e dois dentes
decíduos representou 99,75% (399/400) dos sujeitos. Além disso, 92,63% (490/529)
dos incisivos laterais decíduos inferiores estavam ausentes congenitamente, 44,80%
(237/529) dos dentes decíduos estavam ausentes na mandíbula esquerda e menos de
55,20% (292/529) estavam ausentes na direita; a diferença entre eles foi
estatisticamente significante (P=0,017). A ausência de 96,41% (510/529) de dentes
decíduos na mandíbula foi significativamente maior do que a de 3,59% (19/529) na
maxila, sendo a diferença estatisticamente significante (P=0,000). Além disso, 68,00%
(272/400) e 32,00% (128/400) dos dentes decíduos estavam ausentes em unilateral e
bilateral, respectivamente, e a diferença foi estatisticamente significativa (P=0,000).
Foram observados quatro tipos de ausência de dentes decíduos congênitos com
dentes permanentes: 1) 73,91% (391/529) dos dentes permanentes estavam
ausentes; 2) 20,60% (109/529) dos dentes permanentes não estavam ausentes; 3) o
número de dentes permanentes fundidos correspondeu a 4,91% (26/529); 4) o número
de dentes supranumerários foi de 0,57% (3/529).
Embora a ausência de dentes decíduos congênitos seja menos comum do que a de
dentes permanentes, ela afeta os dentes decíduos e permanentes em alguma
medida. Os dentistas devem prestar atenção para rastrear e observar
se anormalidades estão presentes nos dentes permanentes e
tomar medidas oportunas para manter a saúde bucal das crianças.

Agenesia de terceiros molares como potencial marcador de deformidades craniofaciais. | Arco


Biol Oral; 88: 19-23, 2018 Abr. | MEDLINE (bvsalud.org)

Hipodontia e seu impacto na qualidade de vida, estética e autoestima do jovem. | Sou J


Ortóquer Dentofacial; 161(2): 220-227, 2022 Fev | MEDLINE (bvsalud.org)

Intervenção de Tratamento Multidisciplinar em 24 Pacientes com Oligodontia: Estudo de Caso-


Coorte. | Int J Prostodonte; 32(1): 20-26, 2019. | MEDLINE (bvsalud.org)

Critérios para diagnóstico precoce de agenesia de terceiros molares: estudo radiográfico


retrospectivo. | Prensa Odontológica J Orthod; 28(3): e2321322, 2023. | MEDLINE
(bvsalud.org)

Análise da ausência de dentes decíduos congênitos e seu fenótipo de dentes permanentes. |


Hua Xi Kou Qiang Yi Xue Za Zhi; 41(2): 203-207, 2023 Abr 01. | MEDLINE (bvsalud.org)

O objetivo deste estudo foi investigar as características clínicas da ausência de dentes


decíduos congênitos e seu tipo de desempenho por meio de radiografias panorâmicas.

A reabilitação oral da agenesia dentária frequentemente começa na odontopediatria. Análise


retrospectiva de 625 pacientes. | Eur J Paediatr Dent; 23(4): 303-314, 2022 dez | MEDLINE
(bvsalud.org)
Como a reabilitação oral da agenesia dentária geralmente começa em uma idade muito
jovem, é importante planejar a terapia com antecedência, a fim de preparar
o paciente para o tratamento final após o término do crescimento esquelético e dentário.
Os diversos padrões de agenesia dentária requerem reabilitação oral interdisciplinar
adaptada a fatores individuais, como idade do paciente, número de dentes perdidos
e desenvolvimento ósseo-alveolar. O objetivo do presente estudo unicêntrico de alto
volume foi fornecer uma visão geral do manejo de pacientes com agenesia dentária, em
termos de abordagens de tratamento, associações e sobrevida do implante a longo
prazo, em um período de 30 anos.

Agenesia dentária na osteogênese imperfeita relacionada a mutações nos genes do colágeno


tipo I. | Diss Oral; 23(1): 42-49, 2017 Janeiro | MEDLINE (bvsalud.org)

Oligodontia na dentição decídua: relato de um caso. | J Dent Criança (Chique); 74(2): 154-6,
2007. | MEDLINE (bvsalud.org)

(pesquisar)

Hipodontia na dentição decídua: relato de caso. | J Clin Pediatr Dent; 23(4): 361-3, 1999. |
MEDLINE (bvsalud.org)

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