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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO- PEDAGOGIA


SABERES E DIDÁTICA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
ABDIZIA MARIA ALVES BARROS
JOSÉ MESSIAS DOS SANTOS
IGOR ALMEIDA DOS SANTOS

Portfólio da disciplina Saberes e didática do ensino de educação de jovens e


adultos, ministrada por Abdizia Maria Alves Barros

Portfólio para a disciplina


de Saberes e Didática do
Ensino de Educação de
Jovens, Adultos e Idosos,
apresentado ao curso de
Pedagogia, como
requisito para a obtenção
de nota.

Profa. Dra. Abdizia Maria

Maceió
2023
Portfólio
A profissão de docente carrega em si diversas potências biográficas das
mais diversas, e sem entrar no mérito das descrições, devido o escopo desta
produção, privilegiamos aqui as possibilidades que o olhar humano denota.
Aprender é ofício laborioso. Por isto, impomos, enquanto futuros professores,
maior interação e sensibilidade com o comportamento que devemos carregar.
O dever de não subestimar as diversidades que encontramos nos indivíduos,
principalmente daqueles que encontramos na EJA. Articular nossos saberes
com os saberes prévios dos alunos é necessário para nos conectar com o real
motivo de ser e estar professor: O ser humano.
A educação de jovens e adultos representa para alunos o retorno para
um lugar que muitas vezes se mostrou carregado de emoções e impressões
negativas, desde a falta de apoio e acolhimento, até a violência e
marginalização que há muito tempo ocorria quando se tratava de educação e
ensino nas escolas. E para os professores, o que significa participar das vidas
de homens e mulheres que estão retornando para as salas de aulas? Para que
estamos ali? Quem são aqueles alunos? E como podemos contribuir para a
formação daqueles indivíduos? Tais questões norteadoras estão dispostas logo
nas primeiras páginas da obra da professora Tânia Maria de Melo Moura,
intitulada A Prática Pedagógica dos Alfabetizadores de Jovens e adultos:
Contribuições de Freire, Ferreiro e Vygotsky, 2004, sendo nosso primeiro
contato com as conexões históricas, sociológicas, pedagógicas e psicológicas
da educação de jovens e adultos, importando delinear como a abordagem
importa nessa seara, afinal, os sujeitos que frequentam a EJA dispõem da
coragem que faltam para muitos de encarar o medo de frequentar lugar por
onde estiveram e não foram recepcionados da maneira mais humana e digna
necessária para sua permanência e progressão. Já com os cadernos
produzidos e organizados pelo MEC, fomos destacados sobre o papel que a
organização, planejamento, execução didática dentro da EJA, como devemos
produzir conhecimento através de ensino organizado a partir do olhar
diferenciado que aqueles alunos demonstram, impondo ao professor as
possibilidades que o diálogo proporciona.
As estruturas básicas da disciplina estavam delimitadas, mas não
poderíamos imaginar como aqueles encontros seriam suplementares para a
formação acadêmica e biográfica que aprendemos durante a disciplina. Agora,
através da estrutura proposta como forma de avaliação, iremos destacar como
cada aula fora importante, a partir dos olhares compartilhados e emoções
vivenciadas.

Aula 1 6/7/2023
Fomos apresentados a professora Abdizia Barros nesta data, e neste dia
foi destaque, mais uma vez, a força da personalidade e da experiência de uma
docente que há mais de três décadas ajuda na formação de seres humanos em
nosso estado de Alagoas, em momentos e com públicos diferentes, renovando
suas energias a cada ano que se passa, nos fazendo lembrar a potência que a
frase sintética do grande pensador alemão Johan Wolfagng Goethe (1749-
1832) “... A maior força que existe é a personalidade humana...” pode
representar bem os atributos que comportam a professora.
Destacamos as orientações sobre o texto disponibilizadas que seguiria
sobre a análise textual e das leituras que iriamos produzir diante do texto de
Moura. No livro, segundo a autora, a necessidade da investigação teóricas
eram necessárias para traçar as origens empíricas e metodológicas da EJA,
como eram produzidas as discussões sobre os conteúdos, como seriam
produzidos os objetivos de ensino e aprendizagem, quais características e
como cada época trabalhou a demanda da alfabetização formação continuada
e progressiva daqueles alunos, bem representada nas preocupações sobre as
questões que educação Popular infligiu deste excerto: “... Dentre os inúmeros
problemas que identificamos durante as investigações, o que chamou mais a
atenção foi a pobreza teórica existente na área trazendo como consequência a
inconsistência nas práticas...” (2004, p. 11). E assim, podemos dialogar, pensar
e analisar as contribuições que Moura proporciona ao defender o lugar teórico
que os conteúdos de EJA deve trazer, referenciando as conexões temporais e
tecnológicas que cada época carrega.
Aula 2 13/7/2023
Como sequência, a leitura segue reforçando o caráter investigativo e
expositivo dos problemas característicos que a modalidade evidencia. Através
da dita “evolução histórica”, segundo Moura, somos conduzidos a pensar a EJA
com os pés fincados em três dimensões basilares: “... a linguística, a
pedagogia e a política.” (2004, p.22). devido as necessidades de formação
cada vez mais tendenciosa para produção de homens e mulheres de força
produtiva que possam reproduzir analogicamente as necessidades laborais.
Além de suprir a necessidade da nova organização do trabalho, o letramento e
suas práticas sociais de leitura e escrita devem estar subordinadas ao
desenvolvimento social que a alfabetização regular deve proporcionar. Por isto,
as bases linguísticas são necessidades no mundo do trabalho atual,
pedagogicamente organizada em currículos que desenvolvam as mínimas
condições para complementar as exigentes percepções educacionais e
politicamente ligadas umbilicalmente as necessidades econômicas vigentes.
Nos trechos, podemos entender melhor as questões circulares da alfabetização
de jovens e adultos: “... A mobilização brasileira em favor da educação do
povo, ao longo de nossa história parece realmente ligar-se às tentativas de
sedimentação ou de recomposição do poder político e das estruturas sócio-
econômicas, fora e dentro da ordem vigente...” (2004, p. 23). Cada época,
grupos de interesse são formados e suas demandas caracterizadas. A aula se
encaminha para o fim, mas antes, somos impulsionados a refletir sobre as
passagens do tempo e como entendemos as demandas que nos são impostas.
A bela canção de Gilberto Gil evoca em nós as particulares percepções das
inescapáveis mudanças que a temporalidade e a história carregam.
Aula 3 20/7/2023
A contextualização do texto de Moura preambula as antessalas para a
chegada interventiva e necessária de Paulo Freire. Compreender que a
educação de jovens e adultos sofre mudança a partir de Freire é essencial.
Como marco temporal citamos o II Congresso Nacional de Educação de
Adultos, ocorrido em 1958, elencado por Moura como modelo de pensar a
educação de jovens e adultos, mesmo que não tenha até aquela época “...
maior envolvimento com o analfabetismo entre adultos...” (2004, p. 27)
anunciava novo enfoque para aquela demanda ao focar em “... colaboração, a
decisão, a participação e a responsabilidade social e política...” (2004, p.27). A
figura do aluno passa a ser norteada pela sua colaboração durante o processo,
evidenciando suas vivências, histórias, bagagens experienciadas como
combustível pedagógico, alterando assim a visão sobre os conteúdos e teorias
aplicadas e adotadas em salas de aulas. O congresso mobiliza avanços e
discussões sobre o tema, proporcionando mudanças estruturais, que
porventura encontravam se focadas em técnicas com pouco resultado efetivo.
O método Paulo Freire e suas aplicações em Angicos-RN, que a partir de uma
“... visão cristã de mundo... nos oferece em termos teóricos-metodológicos uma
formulação original...” (2004, p. 29). Tornando se “a pedra angular” da
alfabetização de adultos no Brasil (2004, p.29). Avançando um pouco mais no
tempo, a interferência do regime militar nos métodos e práticas de Freire, ao
exila-lo, demonstra o quanto havia de desacordo entre a concepção humana e
religiosa dos métodos aplicados por Freire e a visão econômica e
centralizadora da conjuntura da época, que até rivalizam como as principais
norteadoras do trabalho didático em salas de aulas para alfabetizar adultos,
como o trecho a seguir explica “...Nos últimos quarenta anos da história da
alfabetização de adultos, identifica-se um confronto de ideias entre as duas
formulações predominantes...” (2004, p.32).
Aula 4 27/7/2023
A apreensão contida no texto de Moura sobre o que seria necessário
para a aprendizagem, se abordagem Freiriana ou abordagem Tradicional,
fornecia tempero para as acirrar as concepções de sujeitos em cada uma
dessas abordagens. Sem mencionar a adequação aos valores que a nova
sociedade impunha. Se até os anos 80, a política era enfatizada pelas lutas
contra a tirania e a favor da redemocratização, no fim dos anos já havia terreno
fértil para se pensar e refletir sobre tais métodos com maior liberdade. Finaliza
se a discussão dobre a abordagem retrospectiva da alfabetização de adultos
no Brasil.
Após atividade sobre letramento e adultos, leitura do poema Eva viu a
Uva, propõe se formações de grupos para a próxima demanda que será
apresentar as características dos cadernos disponibilizados pelo MEC. As
apresentações se sucedem nas aulas nas semanas seguintes.
Aulas nos dias 3, 10, 17 e 24/8/2023
Apresentações dos grupos.
Aula 9 31/8/2023 atividades assíncronas
Pesquisa de campo sobre currículos
Aula 10 14/9/2023
Pesquisa de campo sobre currículos e planejamento, avaliação em
Alagoas.
Aula 11 21/9/2023
Neste dia retornamos a discussão em sala de aula a partir de
apresentação de seminário e textos que tratam sobre como a EJA é vista em
nosso estado. Partilha de experiencias em que demonstramos diversas
opiniões sobre o tema, tentando articular com os textos basilares de Moura e a
construção histórica da EJA no Brasil, analisando as concepções que
constituem os sujeitos da EJA, docentes e currículos.
Aula 12 28/9/2023
Socialização das visitas em escolas que disponibilizaram o espaço,
incluindo toda a solidariedade que as salas de EJA conferem, seus sujeitos
ricos em solidariedade, esperança, humor, capacidade de mudança e
resistência exemplar. Diversos relatos emocionam e consternam, diante da
humildade daquelas mulheres e homens adultos, que percebem o valor que a
educação oferece, a vastidão do observar o mundo com novo olhar.
Aula 13 5/10/2023
Socializamos nossa visita a instituição Escola estadual Dra. Eunice de
Lemos Campos, localizada no bairro de Benedito Bentes, em Maceió. Encoraja
e fortalece a percepção que encontramos na escola, no que tange a forma
guiada com a qual os professores, pois são diversas turmas de EJA, no
período noturno que encontramos. Frequentada em sua maioria por mulheres,
as salas de aula borbulhavam de interesse naqueles rostos marcados e
histórias de superação. Escolhemos o aluno para entrevistar e disponibilizamos
o conteúdo a seguir:

Introdução

A Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), é o conjunto de processos de


aprendizagens formais ou não formais destinado às pessoas, cuja sociedade considera
adultos o qual é capaz de se desenvolver, melhorando e enriquecendo as suas
capacidades técnicas e seus conhecimentos profissionais, a fim de atender as suas
necessidades particulares e civis. A EJAI necessita de métodos e práticas educativas
adequadas à realidade sociocultural e subjetiva aos jovens e idosos.
A LDB nº 9394/9 expressa em seu artigo 37, um primeiro demarcador para
situar quem seriam os sujeitos que compõem as classes de EJA. “Art. 37; A educação
de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento
para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.” Assim, os sujeitos da EJAI, são
aqueles que moram em cidades ribeirinhas, quilombos, cidades do interior, periferias os
quais por muitas vezes podem ser analfabetas funcionais, ou seja, àqueles que sabem
ler, escrever e contar, porém, o nível de interpretação e esclarecimento de literaturas
ainda se mostra abaixo do esperado, e também existem aqueles que não são
alfabetizados, porém, possuem seus conhecimentos prévios de vida.
No decorrer desse documento, apresentaremos uma breve entrevista realizada
em uma unidade escolar e outro em uma residência particular, com um professor e um
aluno da EJAI. A entrevista se deu por meio de questionários composta por 20
perguntas, contudo, o entrevistado estaria livre para responder quantas quisesse, à
maneira que ele se sentisse confortável em respondê-las. O intuito dessas entrevistas é
saber e conhecer como o ensino contribui e resgata a vida do estudante, principalmente,
compreender os motivos que os fizeram desistirem ou nem se quer tentarem entrar na
escola, até mesmo quando possuem a ideia de que a escola depois 30 anos não fornece
nenhum proveito ou que já se torna algo ultrapassado, e para o professor qual a
sensação, e o pensamento a respeito dessa modalidade e seu significado, a fim também
de entender os vários motivos que os fazem desistirem ou nem se quer entrar na escola.
A entrevista se deu na Escola Estadual Dr. Eunice de Lemos, localizado no
bairro do Benedito Bentes I, em Maceió. A instituição funciona no período diurno, em
tempo integral, e noturno com a modalidade de ensino EJAI, com duração de 180 dias,
composta a partir de 4 módulos, cada um obtendo 6 meses de duração, constituindo às
seguintes disciplinas:

 Matemática com ênfase em educação financeira;


 Português;
 Linguagem: inglês e espanhol;
 Ciências humanas;
 Ciências da natureza;
 Prática profissional;
 E professores mediadores para reforço;

Messias, que trabalha na escola, Maria Elis e Igor, alunos do 8° período de


Pedagogia na disciplina de Saberes e Didática do Ensino de Educação de Jovens,
Adultos e Idosos, nos dias 14/09 e 21/09, a fim de conhecer os planejamentos,
currículos e avaliação que estão acontecendo na EJA em Alagoas, fomos à escola citada
para realizar essa entrevista onde conversamos com a professora, a qual ela nos recebeu
com entusiasmo para responder as nossas perguntas sobre o referido trabalho. A
abordagem com a professora fluiu de maneira aberta e cordial onde ela respondeu com
clareza sobre o EJAI modular e a suas estruturas onde a escola oferece sala de vídeo,
informática, biblioteca. A escola também oferece merenda escolar em forma de janta,
onde muitos alunos deslocam-se do seu trabalho direto para a escola; a instituição
também possui o transporte escolar gratuito, além do fardamento para identificação e
bonificação para estimular os alunos a não se ausentarem e muito menos desistirem das
aulas. Ao término das aulas são lhe garantidos outra bonificação de conclusão, apesar do
cansaço os alunos fazem questão de estarem presentes uma vez que surpreendeu a todos
da comunidade escolar. As avaliações e certificações são feitas do seguinte modo:
Seminários e apresentações por meio de trabalhos, pesquisas e gincanas fazendo com
que todos participem.

A segunda entrevista foi realizada na residência particular do ex-aluno de EJAI,


localizada Av. Assis Chateaubriand, no bairro do Prado, na cidade de Maceió no dia
21/09/2023.

A instituição o qual o entrevistado frequentou foi o CEJA Paulo Freire (Centro


Educacional de Jovens e Adultos), localizada na Rua João Pessoa, no Centro. A
instituição oferece uma estrutura com 16 salas, laboratório de informática e acesso à
internet, além de uma biblioteca e recursos para o AEE (Atendimento Educacional
Especializado). Diante disso, a unidade escolar oferta aulas presenciais, podendo ser no
turno matutino ou vespertino, na categoria do ensino fundamental: Anos iniciais e
finais, além do ensino médio. O ex-aluno de EJAI, Cícero da Silva, nos relatou a sua
história e sua experiência na sala de aula com outros colegas de turma. Assim, ele nos
relata os motivos que o fizeram desistir da escola desde a infância e que somente por
volta de 2014, finalmente conseguiu o seu diploma de estudos de conclusão do ensino
médio. Nas palavras deles, relata “Meu pai, bruto do jeito que era odiava a ideia de
que um filho dele deveria frequentar a escola, a escola era um lugar para vagabundo,
maloqueiro, e que todos deveriam trabalhar na roça, isso sim.” Na infância, ele chegou
a cursar somente até o fundamental I, dos anos iniciais, pois, o pai dele por ser muito
rígido e até mesmo por falta de informação, já que eles viviam no interior, mais
precisamente em Boca da Mata/Atalaia, arrumava constantemente trabalho de força
braçal para o filho. Desse modo, o ex-aluno foi-se desligando dos estudos, até a chegada
da sua adolescência quando se mudou para a capital de Maceió, a fim de conquistar um
emprego melhor, notou que as empresas exigiam o ensino fundamental completo, e
diante dessa realidade foi desanimando, um homem do interior com os estudos
incompletos e competindo com os sujeitos das cidades com alto nível de escolaridade
seria impossível conquistar uma única vaga.
À frente disso, o Sr. Cícero buscou realizar o supletivo e concluir o primeiro
objetivo, finalizar o Ens. Fundamental, seus estudos aconteciam uma vez por semana
pela manhã, de forma presencial no CEJA, passando por várias disciplinas, aos
trabalhos e pesquisas eram feitos em grupos com o incentivo do professor, em uma
turma composta pelo sexo masculino e apenas duas do sexo feminino, de forma que um
ajudasse o outro e assim estendeu-se até a próxima turma o qual buscavam terminar o
ensino médio. Para ele concluir o ensino médio, e também passou a ser exigido pelas
empresas, passou pelo processo de ser autodidata, começou a estudar sozinho em casa
por meio dos livros que os professores o indicavam e até mesmo pelos livros do colégio
da própria filha. Para ele, a EJA ressignificou o olhar para aqueles que foram
injustiçados nos tempos antigos, escassos e ditadores, não existe algo mais libertador do
que o próprio conhecimento, o ato de saber ler, entender, escrever e poder debater sobre
algum assunto, ele teve a sorte de estudar com professores que se importavam
verdadeiramente com todos da turma e o interesse de cada aluno também incentivava o
professor e isso foi muito importante para ambos. O bom relacionamento entre os
colegas, professores e a comunidade escolar em si, fez com que os valorizassem,
reconhecessem e respeitassem toda a sua história de vida.
Hoje, ele possui a declaração de conclusão do Ensino Médio completo, admitiu
que não houve dificuldades quanto a frequência escolar, não houve discórdia entre os
colegas, e muito menos com os professores pois todos se respeitavam e todos estavam
naquela sala porque queriam aprender a ler, escrever e consequentemente conquistar um
cargo melhor de forma melhorassem as rendas mensais de cada um, seja em um
emprego informal ou formal, para aqueles que continuaram estudando na tentativa de
alcançar o ensino superior, ao final do encerramento da turma, todos da sala em que o
Sr. Cícero estudava haviam passado no supletivo com sucesso e cada um seguiu seu
rumo.
A educação de Jovens e Adultos ressalta o olhar que devemos ter a respeito
desses sujeitos, entendendo que sempre há uma história de vida que o fez desistir dos
estudos ou de qualquer coisa. Além das condições físicas das unidades escolares para
assegurarem o acesso e a permanência do aluno é preciso que o profissional seja da
área, qualificado, em constante atualização aos novos saberes educacionais, às novas
estratégias educacionais de modo que desperte no aluno o real prazer de poder
frequentar a escola e saber que além dos conteúdos rotineiros ela pode ressignificar o
seu olhar para o mundo em que estamos inseridos de maneira mais crítica, autêntica e
questionadora causando uma independência social e política.
Anexos

Entrevista com o ex aluno EJAI


Entrevista com a professora de EJAI
Referências

Avaliação na Educação de Jovens e Adultos, em Alagoas – um longo caminho a


seguir. Valéria Campos Cavalcante.

CAVALCANTE, Valéria Campos; GOMES Claudia campos Cavalcante ; SANTOS, J.


Avaliação da aprendizagem e o direito de aprender nas escolas de Alagoas - como
se sentem os estudantes?. HUMANIDADES & INOVAÇÃO, v. 07, p. 546-01, 2020.
Link: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2593

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