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FAMÍLIA PSICOSSOMÁTICA

Waldemar Magaldi Filho


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 “Nossos conflitos familiares também são
demonstrados nas dores e nas patologias que
possuímos”.
 “O ser físico que somos enfrenta todas as
seqüelas dos relacionamentos do ser social que
somos”.
ESTTRUTURA DA FAMÍLIA
A família possibilita a definição e conservação das
diferenças humanas, dando forma objetiva as
personalidades, primariamente vinculados à mãe,
numa unidade grupal que pode desenvolver três
tipos de relações pessoais: aliança (casal), filiação
(pais e filhos) e consanguinidade (irmãos), com
objetivos de preservar a espécie, nutrir e proteger a
descendência, fornecendo condições para a
aquisição de suas identidades pessoais, valores
éticos, estéticos, religiosos e culturais.
 Jung fala sobre os “mitos familiares”, conflitos que
podem atravessar gerações, até serem solucionados.
Por isso o portador do sintoma não pode ser visto
isoladamente. O distúrbio tem que ser considerado
numa rede interacional em que os vínculos se fazem
de tal forma que um elemento da rede, por motivos
variados, desde uma resistência menor às pressões
até uma situação expiatória, passa a apresentar uma
série de fenômenos que são tradicionalmente
rotulados como sintomas. O paciente formal seria o
depositário dos conflitos do grupo familiar, que
assim o consagra para manter seu equilíbrio.
Minuchin, Rosman e Baker (1978) denominam de
famílias psicossomáticas, aquelas que
apresentam as características de enredamento,
superproteção, rigidez e falta de
resolução de conflitos em sua estrutura. Em outras
palavras, possuem intensidade nas
interações familiares, alto grau de preocupação dos
membros uns com os outros,
dificuldades para mudanças e para reconhecer
possíveis conflitos
Minuchin, S., Rosman, B., & Baker, L. (1978). Psychosomatic families: anorexia
nervosa in context. Massachussets: Harvard University Press.
 O paciente identificado como “bode expiatório”
no conflito familiar está relacionado com
questões simbólicas, mítico, religiosas, sociais e
culturais, que servem para garantir a homeostase
da família disfuncional. Ou seja, esse indivíduo é
o fiel depositário da sombra familiar.
Disfuncionalidades
 Enredamento
 Rigidez
 Superproteção
 Falta de resolução de conflitos
A árvore Família
Como a Ordem
do Nascimento
Define a
Personalidade.
Denny
Johnsn
CICLO EVOLUTIVO DA FAMÍLIA

 Formação do casal
 Famílias com crianças pequena
 Famílias com crianças na idade escolar
 Famílias com filhos adolescentes
 Famílias com filhos adultos
CICLO EVOLUTIVO DA FAMÍLIA

FASES:

 Função

 Dificuldades

 Eventos patológicos.
ESTRUTURA E DINÂMICA FAMILIAR

NATUREZA DA RELAÇÃO DO CASAL:


 Vital
 Desvitalizada
 Conflituosa
DIVISÃO DO PODER ENTRE O CASAL:
 Submissão
 Fusão
 Complementariedade
 União
 Famílias codependentes o vínculo afetivo é
formado pela dor, cuidado e preocupação,
possibilitando duas tendências:
 A psiquiatrização: Onde um elemento desenvolve
patologia psíquica considerada grave
 A psicossomatização: Um elemento assume a
doença física, geralmente grave e que necessite de
cuidados continuados e cirurgias.
Características estruturais familiares que geram e
fomentam relações sociais psicossomáticas:
Famílias onde não ocorre a verbalização de
emoções e de afetos.
Famílias onde os contatos corporais são raros
ou inexistentes.
Famílias que se desdobram em atenção para
alguém quando este se encontra doente.
Quando ocorre no meio familiar “mensagens”
contraditórias e antagônicas.
Quando a rigidez e coerção familiar é muito
alta.
Quando os pais, para terem a aprovação e a
“razão” nos seus comportamentos e condutas
conjugais, criticam e desvalorizam uns aos outros.
Quando os pais estão sempre comparando e
desqualificando os filhos.
Quando os pais não se atualizam, no sentindo
de entender que o universo e as necessidades dos
filhos não são as mesmas deles na mesma idade.
Quando a qualidade e/ou quantidade dos
contatos familiares, afetivos e fraternos não são
satisfatórios.
Quando, por culpa de sua não presença, os pais
substituem o afeto pelo favorecimento financeiro.
Quando existe a dificuldade em determinar e
manter limites para os filhos.
Quando a desconfiança deteriora as relações de
parceria e cumplicidade entre as partes.

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