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Papéis estes, que não são mais do que, “as expectativas de comportamento, de obrigações e
de direitos que estão associados a uma dada posição na família ou no grupo social”. Porém,
mais que mera instituição, a família é um sistema no qual se conjugam valores, crenças,
conhecimentos e práticas que compartilhados torna o grupo coeso.
Segundo Paulus (1989) um grupo consiste de duas ou mais pessoas que interagem e partilham
objetivos comuns, possuem uma relação estável, são mais ou menos independentes e
percebem que fazem, de fato, parte de um grupo, dentro deste conceito podemos incluir a
família como um grupo que se comporta.
Podemos notar que comportamentos grupais surgem em grupos e que tem uma característica
peculiar que se evidência em partilhar objetivos com um mesmo fim. Essa característica é
denominada coesão.
Os gráficos abaixo corroboram as afirmações acerca da coesão e sua importância nas relações
familiares. Analisando o gráfico podemos perceber que em famílias coesas a comunicação
exerce papel preponderante na manutenção da relação porque atua como facilitador.
COMUNICAÇÃO FAMILIAR
Pontuação Média: 73,7 Pontos (DP 7,2); sendo que a pontuação mínima foi de 52
pontos e a máxima de 85 pontos.
COESÃO FAMILIAR
Pontuação Média: 35,2 Pontos (DP 6,2); sendo que a pontuação mínima foi de 19
pontos e a máxima de 46 pontos.
Segundo Schachter (1959) o estado de isolamento provoca ansiedade e por isso podemos
afirmar que a família tem a função de manter seus integrantes unidos para que se sintam
menos ansiosos quando estão em condições desconfortáveis e mais confortáveis em situações
onde compartilham angustias. Segundo Schachter, as pessoas preferem estar em conjunto
porque há possibilidade de escape, clareza cognitiva a fim de ter uma visão mais apurada da
situação e por conta de redução indireta da ansiedade, sempre que a ansiedade é mais alta as
pessoas preferem estar próximas das mais fortes que são aquelas que estavam com ansiedade
mais baixa e a auto-avaliação segura, estabelecendo um padrão de realidade social que
permitisse avaliação certa da própria ansiedade.
ADAPTABILIDADE FAMILIAR
Pontuação Média: 31,5 Pontos (DP 6,3); sendo que a pontuação mínima foi de 19
pontos e a máxima de 48 pontos.
Estudando a evolução da cultura, Engels (1882) mostra que a família sofre grandes influências
políticas, econômicas, sociais e culturais, ocasionando mudança de papeis nas relações e em
seu interior cujo produto resultante é a mudança de estrutura no que se refere à composição
da mesma.
Uma concepção mais moderna como a de Singly (2000) mostra a família como paradoxal,
relacional e individualista em que cada um busca uma formula mágica que lhe permita se livre
alternando em ser Eu sozinho e Eu com outros.
Essa alternância pode ser vista no gráfico abaixo, tendo em vista que o Eu dominador e base é
o próprio sujeito experimentado, hipotetizemos então, que â auto-suficiência seja uma das
possíveis causas que faz com que as alternem na necessidade do Ser sozinho e do ser com os
outros.
Desenho da Família
PESSOA DOMINANTE DA FAMÍLIA
Família Atual – “Minha Família”
Falou-se muito sobre a crise da família, enfatizando aspectos ligados a baixa taxa de
fecundidade, aumento da expectativa de vida, ao declínio do casamento, a banalização das
separações, mas isso não é o enfraquecimento da instituição, mas o surgimento de novos
modelos familiares, de novas relações numa perspectiva mais igualitária e liquida.
Atualmente os valores do que constitui uma família mudaram por conta não só da evolução
tecnológica, dos sistemas de política e economia, mas também por conta da livre sexualidade
onde entra com força total a questão de gênero e poder, identidade e diversidade e individuo
e sociedade.
SISTEMA FAMILIAR
Sistema Familiar: Altas pontuações (maior que 50 pontos) na soma dos escores das
escalas da coesão e da adaptabilidade são reveladores de sistemas familiares
equilibrados, enquanto baixas pontuações (menores que 50 pontos), nas mesmas
escalas, refletem um sistema familiar desequilibrado.
Pontuação Média: 67 Pontos (DP 10,7); sendo que a pontuação mínima foi de 52
pontos e a máxima de 85 pontos.
A instituição familiar não parece algo estático, mas como afirma Ciampa (1999) sobre a
identidade que a mesma está em constante transformação, arrisco hipotetizar a cerca da
instituição família, avaliando a historia da mesma no decorrer dos séculos podemos perceber o
desenvolvimento e sua plasticidade que se molda ao momento mais ou menos puritano, mais
ou menos livre em que o presente ocorre.
Referências:
(Minuchin,1990)
Paulus (1989)
(Elsen, 2002)
Engels (1882)
Pesquisa realizada com alunos do 9º/10º Semestre do curso de Psicologia da Universidade São
Marcos – Maio de 2012, pelo Professor Thiago Robles
Singly (2000)
Schachter (1959)
Ciampa (1999)
Rodrigues (1999)