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Alunos: Nevton Marcelino Duarte, Mirna Janaína

Turma: 2812 - Mineração

● Formação salitre: essa formação constitui uma importante plataforma carbonática


de idade proterozóica superior em Irecê, no estado da Bahia. ela é constituída por três
grupos de litofácies:
1. calcilutitos com laminação microbiana, apresentando acamamento paralelo
e evidências de exposição subaérea, depositados em ambientes de peri marés

2. calcarenitos à base de intraclastos, com abundante estratificação cruzada produzida por


ação de ondas, frequentemente associados a estromatólitos e depositados em ambiente de
praia e antepraia acima da base de onda de tempo bom.

3. cálcio-siltitos/calcarenitos finos e margas intercaladas, com as camadas de calcarenito


apresentando base plana e topo ondulado e, internamente, laminação plano-paralela a
ondulada, interpretados como depositados durante tempestades, abaixo da base de onda de
tempo bom.
Todas estas características permitem interpretar a Formação Salitre como o registro de uma
plataforma carbonática do tipo rampa homoclinal de alta energia, a qual se instalou sobre um
relevo antecedente de baixo declive, herdado de uma rampa siliciclástica dominada por
tempestades.

● Formação Bebedouro: as rochas da Formação Bebedouro representam uma


unidade terrígena, ligeiramente metamorfisada, com o desenvolvimento de sericita
e clorita na matriz, recoberta discordantemente por sedimentos carbonáticos que,
juntos, formam o Grupo Bambuí. A espessura da Formação Bebedouro varia de
um a duzentos metros.

● Formação Morro do Chapéu: Formação Morro do Chapéu são superpostos


sucessivamente por folhelhos com estratificação wavy & linsen aos quais se seguem
argilitos vermelhos. Estes argilitos possuem marcas onduladas e fendas de
ressecamento, que evidenciam sua deposição em uma zona intermarés. O topo da
formação consiste em uma sucessão dominada por lobos deltaicos. Cada lobo começa
por arenitos com estratificação horizontal e mostra internamente estratificação
cruzada sigmoidal e evidências de deformação de sedimentos inconsolidados. A
Formação Morro do Chapéu é superposta pelos sedimentos glaciais e carbonáticos do
Grupo Una.

● Formação Caboclo: Estromatólitos siliciclásticos são raros, espec ialmente no


Proterozoico, e têm grande significado paleoambiental. A Formação Caboclo,
formada no Mesoproterozoico, contém exemplos de depósitos estromatolíticos muito
bem preservados, cuja composição contêm abundantes grãos siliciclásticos. A
Formação Caboclo localiza-se no Cráton São Francisco, e faz parte do Supergrupo
Espinhaço. Nos perfis Rio Preto e Rio Ventura, aflora a porção de topo da formação,
composta por estromatólitos siliciclásticos intercalados com arenitos e pelitos
depositados em ambiente marinho raso. Este trabalho, através da integração de dados
de levantamento estratigráfico de detalhe, análise de lâminas delgadas, busca definir
os diferentes tipos de estromatólitos e interpretar os processos que os originaram e,
em conjunto com a análise das demais litofácies constituintes, reconstruir o modelo
deposicional. Além disso, é feita uma revisão bibliográfica robusta sobre
estromatólitos aglutinantes e estromatólitos siliciclásticos, que evidencia os fatores
ambientais que controlam a deposição destes na história da Terra. Esse trabalho
encontrou 15 fácies sedimentares, quatro delas de origem microbial, que ocorrem em
três associações de fácies distintas, offshore, offshore transition e shoreface. Essas
associações de fácies representam uma plataforma marinha dominada por ondas e
tempestades. As quatro fácies microbiais têm evidências de biogenicicidade e são
classificados como estromatólitos siliciclásticos. Comparando a Fm. Caboclo com os
exemplos da bibliografia, é possível observar que grandes mudanças climáticas no
Mesoproterozoico podem ter condicionado o surgimento dos estromatólitos
aglutinantes na Terra.

● Formação Tombada: É bem conhecido que ações antrópicas, como cortes,


desmatamentos e adição de cargas podem afetar a estabilidade de encostas. O artigo
sintetiza as principais abordagens de Geologia Estrutural para previsão e contenção de
queda de blocos em encostas naturais e taludes rochosos. Os métodos de análise de
encostas buscam avaliar situações de risco e minimizar riscos, apoiados no
conhecimento de propriedades dos maciços, como composição litológica, estruturas e
características das descontinuidades, graus de alteração e consistência das rochas. A
aplicação prática consistiu na avaliação dos resultados de levantamento executado por
meio de rapel em talude na cidade de Santos, SP, por empresa de consultoria. O
levantamento identificou os principais sistemas de fraturas e delimitou blocos em
situações instáveis para eventual remoção ou estabilização. Este estudo revela a
grande importância das juntas de esfoliação, feições que podem promover, graças à
progressiva desagregação intempérica, progressivo desplacamento e desprendimento
de massas de rocha encosta abaixo.

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