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CURSO DE DIREITO
FORTALEZA – CE
2023
FRANCISCA JOSYANY OLIVEIRA LEMOS
FORTALEZA – CE
2023
34 Lemos, Francisca Josyany Oliveira
L557i
A inelegibilidade decorrente de condenações criminais: Análise dos
critérios para a inelegibilidade devido a condenações penais e os reflexos
no processo eleitoral. Francisca Josyany Oliveira Lemos.2023.
41f.
Agradeço a Deus por tudo, pela minha vida, família, amigos e por ter me
concedido saúde e força para superar as dificuldades. Agradeço a todos os
professores por proporcionarem não apenas conhecimento racional, mas também a
manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação
profissional. Agradeço, em especial, àqueles que se dedicaram a mim, não só por me
ensinarem, mas por me fazer aprender. A palavra "mestre" nunca fará justiça aos
professores dedicados, aos quais, mesmo sem mencionar nomes, expresso meus
eternos agradecimentos.
Expresso minha gratidão a meu pai e minha mãe por estarem sempre
presentes e me apoiarem. Ao meu pai, agradeço especialmente pelo possível e
impossível que fez para que eu pudesse realizar mais uma etapa em minha vida, um
sonho não só meu, mas também dele.
Aos meus irmãos, Weslley, Sheron, Mel e Joseph, que muitas vezes foram
minha força, agradeço por tudo. Tudo por vocês, sempre!
Aos meus colegas, Rafael Silva Alves, obrigado por todo o apoio e ajuda
durante a graduação. E à minha amiga, Antônia Tauanne Rodrigues de Sousa,
agradeço pela amizade, companheirismo e incentivo ao longo de todos esses anos.
Serei eternamente grata por tudo.
Ao André William de França Gurgel e a toda a equipe da 005ª Zona Eleitoral,
agradeço por todo o aprendizado, conhecimento e amizade.
A todos que, de forma direta ou indireta, fizeram parte da minha formação, o
meu muito obrigado.
“A Lei contém em si muito de arbítrio; é
obra humana; tal como a arte e a ciência,
é imperfeita”.
(Clóvis Bevilácqua)
RESUMO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 11
1. A LEI DA FICHA LIMPA COMO BASE LEGAL PARA A INELEGIBILIDADE.... 13
1.1. Impactos na elegibilidade e possíveis divergências............................................ 15
1.2. Adequação do período para reabilitação do candidato..................................... 16
1.3. Questionamentos acerca da proporcionalidade da punição.............................. 18
2. REFLEXOS NO PROCESSO ELEITORAL........................................................... 21
2.1. Equilíbrio entre moralidade e os princípios democráticos…............................... 23
2.2. Garantia de idoneidade sem a escolha do eleitorado......................................... 25
2.3. Aspectos acerca do impedimento de renovação política.................................... 27
3. PARTICIPAÇÃO ATIVA E DISCUSSÕES............................................................ 29
3.1. Restrição de candidatos com histórico criminal.................................................. 30
3.2. Importância do envolvimento popular na discussão........................................... 33
3.3. Métodos alternativos de avaliação para a elegibilidade dos
candidatos................................................................................................................. 34
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 37
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 39
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INTRODUÇÃO
A Lei da Ficha Limpa traduz a mais veemente exigência, feita pela sociedade,
de pessoas comprometidas com a ética e não apenas com seus interesses
pessoais para a investidura no poder político. A necessidade dessa norma e
de outras ainda mais rigorosas sobre inelegibilidade reflete o profundo déficit
do Brasil, no preparo para a cidadania, expressamente exigido no art. 205 da
Constituição.
A Lei da Ficha Limpa estabelece uma série de prazos e condições para tornar-
se um determinado indivíduo inelegível. Tais prazos variam de acordo com a natureza
da infração cometida e podem ter duração específica, de 8 anos, por exemplo.
17
A lei da ficha limpa foi promulgada em 2010 como uma resposta à necessidade
de moralização e transparência no processo eleitoral. Ela estabelece critérios mais
rígidos para a elegibilidade de candidatos, impede a participação daqueles que
19
Continua o autor:
Por outro lado, defensores da lei da ficha limpa argumentam que a punição
rigorosa é fundamental para fortalecer a moralidade no ambiente político. Eles alegam
que o combate à corrupção deve ser prioritário, mesmo que isso signifique penalizar
candidatos por crimes eleitorais menores. Além disso, afirmam que a lei é resultado
de um anseio popular por mudanças e um instrumento eficaz na promoção de uma
cultura de integridade e transparência nas eleições.
Singularmente, os questionamentos sobre a proporcionalidade da punição dos
crimes eleitorais ainda não chegaram a um consenso absoluto. O debate é saudável
e necessário para aprimorar a legislação e garantir que ela seja equilibrada, justa e
efetiva na sua finalidade de preservar a probidade no processo eleitoral.
Diante disso, é fundamental que os poderes legislativo, judiciário e a sociedade
civil continuem engajados no debate sobre a lei da ficha limpa, buscar
incansavelmente aperfeiçoá-la de acordo com as necessidades do país. A
proporcionalidade da punição dos crimes eleitorais é um tema complexo, que requer
reflexão e análise criteriosa para encontrar o equilíbrio entre a proteção do sistema
democrático e a garantia dos direitos individuais dos candidatos.
21
Gomes (p. 197, 2012), por sua vez, complementa esse entendimento:
[...] a nossa Constituição Federal não “presume” a inocência, mas declara que
ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória (art. 5º, LVII), ou seja, que o acusado é inocente durante
o desenvolvimento do processo e seu estado só se modifica por uma
sentença final que o declare culpado.
[...] todo o ônus da prova relativa à existência do fato à sua autoria deve recair
exclusivamente sobre a acusação. À defesa restaria apenas a demonstração
de eventual presença de fato caracterizador de excludente de ilicitude e
culpabilidade, cuja presença fosse por ela alegada.” (RANGEL apud
OLIVEIRA, p. 27, 2004)
A ideia de povo participar da gestão pública – pela via não eleitoral, na forma
de Conselhos, data da Revolução Francesa, na Comuna de Paris, nos Soviets na
Revolução Russa e dos conselhos operários na Alemanha (FARIA, 2005; TEIXEIRA,
1996).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Roberto Moreira de. Curso de Direito Eleitoral.10ª ed. rev. ampl. e atual.
Salvador: Juspodivm, 2016.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª edição, São Paulo: Malheiros, 2000.
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2006.
BULOS, Uadi Lâmmego. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011.
CASTRO, Edson Resende; Oliveira, Marcelo Roseno de; Márlon Jacinto Reis
(coordenadores). Ficha Limpa: Lei Complementar nº 135, de 4.6.2010 interpretada
por juristas e responsáveis pela iniciativa popular. São Paulo: EDIPRO, 2010.
DALLARI. Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 22ª edição, São
Paulo: Saraiva, 2001.
FERRAJOLI apud LOPES JR., Aury. Direito processual penal. 11ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2014.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
JARDIM, Torquato. Direito Eleitoral Positivo. 2ª ed. Brasília: Brasília Jurídica. 1998.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 18ª ed. São Paulo: Atlas.
2014.
41
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Paulo: Atlas, 2014.
RANGEL, Paulo apud OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 3ª
ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
SILVA, José Afonso da. Poder Constituinte e poder popular. São Paulo: Malheiros,
2005.