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LEGISLAÇÃO
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
Péricles Mendonça
Sumário
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito. . ............................ 3
Conceitos Iniciais............................................................................................................................. 3
Dos Crimes......................................................................................................................................... 4
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VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios,
e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária
de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos
conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da le-
gislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades
e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX
(esse capítulo trata sobre os crimes).
Nós não iremos tratar sobre as infrações de trânsito previstas no CTB, mas trouxe esse dis-
positivo para te mostrar que o crime de trânsito subsiste, sem prejuízo da infração de trânsito.
Agora vamos iniciar o estudo dos crimes em espécie propriamente ditos. Ao final, resolve-
remos algumas questões de diversas bancas para fixarmos o conteúdo.
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Dos Crimes
Homicídio Culposo na Direção de Veículo
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
Professor, mas não temos um crime de homicídio previsto no Código Penal e que pode ser
definido também como culposo?
Temos sim, meu (minha) querido (a), porém, caso o homicídio se dê na direção de veículo
automotor utilizaremos o artigo 302 do CTB, e não o art. 121 do Código Penal, fazendo valer o
brocardo lex specialis derogat generali, ou seja, a lei especial (CTB) prevalece sobre a lei geral
(Código Penal).
O legislador fez essa distinção principalmente para poder dar tratamento diferenciado à
conduta realizada na direção de veículo automotor.
A conduta deverá ser culposa, portanto, devemos observar os mesmos requisitos do Códi-
go Penal, quais sejam: imprudência, negligência ou imperícia.
Dessa forma, se o agente provoca a morte de outra pessoa na direção de um veículo, po-
rém de forma dolosa, responderá pelo artigo 121 do Código Penal, não pelo CTB.
Caso tenhamos a culpa exclusiva da vítima, não podemos imputar nenhum tipo de crime ao
agente. Para que configure o tipo penal é necessário que o agente viole um dever objetivo de
cuidado, dessa forma, havendo a culpa exclusiva da vítima, é um sinal de que o condutor do
veículo tomou todos os cuidados necessários.
O direito penal não admite a compensação de culpas, portanto, se houver culpa recíproca, o
motorista responderá pelo crime.
Trata-se de um crime comum e, a consumação se dá com a morte da vítima. Por ser um de-
lito culposo, não admite tentativa. Também não admite a suspensão condicional do processo.
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Art. 302. [...]
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) à metade, se o agente:
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passa-
geiros.
V – (Revogado pela Lei n. 11.705, de 2008)
O primeiro inciso da causa de aumento de pena se justifica pelo fato do agente não estar
capacitado para dirigir. Dessa forma, ainda que o indivíduo saiba dirigir, se ele não possuir a
CNH incorrerá nessa causa de aumento de pena.
Veremos mais à frente que o CTB traz um delito próprio para quem dirige sem a CNH
(art. 309) e, nesse caso, não haverá concurso de crimes, já que existe essa causa de aumen-
to de pena.
Quando o legislador nos trouxe a previsão de causa de aumento de pena para o delito
praticado em faixa de pedestres ou calçada, é porque esses são locais, evidentemente, para
pedestres, e não para veículos automotores.
É muito comum vermos nos noticiários acidentes que ocorrem próximos à faixa de pedes-
tre. Observe que nesse caso não poderá incidir a causa de aumento de pena, uma parte da
doutrina entende até que estaríamos nos valendo de uma analogia in malan partem.
O inciso terceiro é mais um daqueles que configuram um delito autônomo e que, no caso
do homicídio culposo, atuará como uma causa de aumento de pena.
A última causa de aumento listada somente será aplicada ao motorista profissional. A sua
incidência se justifica no fato de que o motorista profissional tem, em regra, maior dever de
cuidado na direção de veículo.
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JURISPRUDÊNCIA
Conforme o Informativo 966 do Supremo, a imposição da pena de suspensão de habili-
tação para dirigir veículo automotor ao motorista profissional condenado por homicídio
culposo no trânsito é constitucional.
Já faz um tempo que podemos acompanhar o aumento expressivo de pessoas que fazem
a ingestão de álcool e assumem a direção de um veículo, causando acidentes que muitas
vezes são fatais.
Essa atualização legislativa é uma das tentativas de coibir a associação do álcool com o
trânsito. Tanto na doutrina quanto na Jurisprudência, existe um debate muito amplo sobre a
tipificação do crime quando o agente está embriagado, se seria homicídio culposo ou doloso
(dolo eventual). Para o nosso estudo é necessário, então, que saibamos dessa recente alte-
ração no CTB.
Este é um crime bem semelhante ao anterior, com a diferença fundamental que aqui a víti-
ma não morre, mas sofre a lesão corporal.
Aplicamos também o mesmo entendimento quanto à culpa exclusiva da vítima e à culpa
concorrente.
Da mesma forma que o anterior, é um crime comum e não admite tentativa, por se tratar de
crime culposo. O crime se consuma com a efetividade das lesões.
A lesão corporal apresenta os mesmos requisitos para o aumento da pena, portanto, deve-
mos observar o §1º, do artigo 302:
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Da mesma forma que o delito anterior, também tivemos recentemente a inclusão de uma
qualificadora para quando o agente está sob influência de álcool ou outra substância psicoati-
va que determine dependência.
Professor, e se o indivíduo que provocar a lesão corporal culposa também estiver dirigin-
do sem habilitação?
Omissão de Socorro
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
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O sujeito ativo desse crime é o condutor do veículo envolvido no acidente, portanto, trata-se
de um crime próprio.
É um crime omissivo próprio, onde a conduta do tipo penal descreve uma omissão. O agen-
te deve prestar socorro imediato ou, se não puder fazê-lo, solicitar auxilio da autoridade pública.
Nos delitos anteriores, caso tivéssemos a situação de culpa exclusiva da vítima não estaria
configurado o delito, porém, nesse caso, mesmo com a culpa exclusiva da vítima, se o condu-
tor não parar para prestar o socorro poderá responder pelo art. 304 do CTB.
Vimos durante o estudo dos crimes anteriores, homicídio culposo e lesão corporal culposa,
que existe uma causa de aumento de pena para o agente que deixa de prestar socorro. Nesse
caso, o agente somente responderá pelo delito praticado com o aumento da pena, não respon-
dendo em concurso pelo artigo 304 do CTB, sob pena de bis in idem.
Outra informação importante que devemos observar é o fato de um terceiro que visualizar
o acidente deixar de prestar socorro. Ele não responderá pelo artigo 304 do CTB e, sim, pelo
art. 135 do CP.
Então vamos resumir os fatos: se o condutor do veículo não presta socorro, responde pelo
art. 304 do CTB. Se esse mesmo condutor não presta socorro num caso de lesão corporal ou
homicídio culposo, responde pelo respectivo delito (arts. 303 e 302) com o aumento da pena e,
se um terceiro não prestar socorro, responderá pelo artigo 135 do Código Penal.
Este é também um crime próprio, já que somente poderá ser cometido pelo condutor do
veículo. O tipo penal exige um fim especial de agir, ou seja, a fuga deverá ocorrer para furtar-se
da responsabilidade civil ou penal que poderá ser atribuída ao agente.
O crime se consuma com o efetivo afastamento do condutor do local do acidente.
É uma infração de menor potencial ofensivo, que admite a suspensão condicional
do processo.
Embriaguez ao Volante
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permis-
são ou a habilitação para dirigir veículo automotor
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§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I – concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior
a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II – sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou to-
xicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos
para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto no caput.
Este é um artigo constantemente alterado pelo legislador, sempre com o objetivo de en-
durecer o tratamento dado ao condutor de veículo automotor flagrado embriagado e reduzir o
número de acidentes fatais no trânsito.
A título de curiosidade, antes do CTB o fato de dirigir embriagado constituía mera contra-
venção penal, porém, após a sua publicação tivemos essa conduta descrita como criminosa.
Historicamente, tivemos algumas alterações no artigo 306 até ele chegar ao formato em
que está hoje. Não cabe a mim comentar sobre a eficácia da lei ou emitir minha opinião pes-
soal sobre o dispositivo.
O fato é que, hoje, é possível autuar um condutor por embriaguez sem que ele faça o teste
do etilômetro (bafômetro) ou o exame de sangue. Veja que o §2º do artigo 306 dispõe que a ve-
rificação do disposto no artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico,
exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos.
Caso o condutor queira contradizer os meios de prova, terá o direito de fazer esses exames.
A última alteração feita pelo legislador foi a inclusão do §4º, que permite a utilização de
qualquer aparelho homologado pelo INMETRO para determinar o grau de alcoolemia do con-
dutor, mais uma vez buscando enrijecer o combate a esse tipo de conduta.
Esse é um crime comum, que se consuma quando o agente dirige o veículo sob efeito de
álcool ou substância psicoativa. Não se admite a tentativa e também não é aplicado o instituto
da Lei n. 9.099/95.
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Com essa tipificação, o legislador busca dar efetividade às medidas de suspensão e proibi-
ção impostas pelo Estado. Portanto, se o indivíduo está com a habilitação/permissão suspen-
sa ou está proibido de obtê-la, mas mesmo assim o faz, incorrerá na pena prevista neste artigo.
Trata-se de um crime próprio, já que somente poderá ser praticado por aquele que já
possui a proibição anterior. O crime se consuma quando o agente conduz o veículo nas
condições proibitivas.
A tentativa não é admitida, porém, admite-se a aplicação dos institutos da Lei n. 9.099/95.
Sobre este artigo, é importante destacar o entendimento do STJ sobre o assunto quando
temos o descumprimento em razão de uma restrição administrativa.
JURISPRUDÊNCIA
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição
administrativa (Informativo 641 STJ).
Essa é mais uma norma para garantir a efetividade dos atos da Administração Pública,
já que está sendo punido o agente que deveria ter entregado a permissão/habilitação e o
não o fez.
Assim como o anterior, este também é um crime próprio, uma vez que somente aquele que
foi condenado a entregar a sua permissão/habilitação poderá praticar.
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Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou com-
petição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade
pública ou privada:
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as cir-
cunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a
pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas
previstas neste artigo.
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que
o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de
reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
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O tipo penal traz duas qualificadoras em seus parágrafos. A primeira para caso ocorra le-
são corporal e, a segunda, caso ocorra morte.
Para configurar o crime em questão não é necessário que se demonstre que determinada
pessoa foi exposta a perigo. Caso na conduta do “racha” tenhamos uma lesão corporal ou
morte, haverá a incidência das qualificadoras.
Esse é um crime que exige bastante cuidado nas provas. Para a sua configuração é neces-
sário tenha sido gerado perigo de dano.
O simples fato de dirigir veículo automotor sem permissão ou habilitação mas sem gerar
perigo de dano, constituirá mera infração administrativa.
É um crime que não admite tentativa, e se consuma quando o agente dirige o veículo de
forma irregular efetivamente gerando perigo de dano.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde,
física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Esse tipo penal configura-se com a conduta do agente de permitir, confiar ou entregar a
direção de veículo automotor a pessoa que não possa ou não tenha condições de dirigir por um
dos motivos descritos no caput do artigo transcrito.
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EXEMPLO
A imagem acima mostra o momento em que o Tenente-Coronel Frank Slade está na direção de
uma Ferrari. Para quem nunca viu esse filme (Perfume de Mulher), Frank é um militar que está
cego e contrata Charlie Simms para ajudá-lo. Em um desses momentos ele convence Charlie a
deixá-lo dirigir um pouco a Ferrari. É um fato da ficção que ocorre diariamente, principalmente
nas saídas das festas.
Trata-se de um crime comum que se consuma quando o terceiro recebe o veículo e o co-
loca em movimento. Dessa forma, estamos diante de um crime de perigo abstrato.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 575 do STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção
de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer
das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão
ou de perigo de dano concreto na condução do veículo.
Excesso de Velocidade
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
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Trata-se de um crime que atenta contra a administração da justiça, já que o agente, devido
a um acidente de trânsito com vítima, se valerá de alguns artifícios para modificar o estado das
coisas, prejudicando a atuação do poder público na apuração do fato.
O agente infrator deve inovar artificiosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa,
com a finalidade de induzir a erro o agente policial, perito ou juiz.
Sempre que houver um acidente com vítima é necessário que seja realizada a perícia para
a comprovação dos fatos. O tipo penal em questão refere-se ao agente que antes da chegada
na perícia, por exemplo, retira o carro do lugar, colocando-o em outro que lhe favoreça.
Esse é um crime comum, que se consuma com a prática da alteração das coisas, pessoas etc.
Substituição da Pena
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz
aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
I – trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras uni-
dades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II – trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de
acidente de trânsito e politraumatizados;
III – trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
IV – outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes
de trânsito.
Para finalizar a parte dos crimes do CTB temos o artigo 312-A, que traz a previsão de subs-
tituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
O legislador afirma que a pena será de prestação de serviços à comunidade e traz as ativi-
dades que deverão ser realizadas.
Recentemente, tivemos uma lei que alterou o CTB e afetou diretamente o conteúdo já estu-
dado. Trata-se da inclusão do artigo 312-B, com a seguinte redação:
Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não se aplica o dis-
posto no inciso I do caput do art. 44 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
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Tal artigo prevê a vedação da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos quando o homicídio culposo e a lesão corporal culposa (ambos na direção de veículo
automotor) ocorrerem com o agente sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência.
Professor, eu vi no final da lei que ela só entra em vigor após 180 dias da publicação. Ela
está em vigor ou ainda está em vacatio legis?
Meu(minha) querido(a), atualmente a lei não está mais em seu período de vacatio, já que
foi publicada ainda em 2020 e tinha 6 meses (180 dias) de vacatio.
Parte Procedimental
Já vimos durante nossa aula uma parte do artigo 291 do CTB que traz situações nas quais
não será aplicada a Lei 9.099/95, agora vamos estudar outros detalhes procedimentais previs-
tos no códex.
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, apli-
cam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
dispuser de modo diverso, bem como a Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade com-
petente;
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta qui-
lômetros por hora).
§ 2º Nas hipóteses previstas no §1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal.
§3º (VETADO)
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59 do Decreto-Lei n. 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente e às cir-
cunstâncias e consequências do crime.
Vejamos, dobre o que diz o caput do artigo 291, alguns doutrinadores entendem que não
seria necessário o legislador trazer essa afirmação, onde informa que aplica-se, de forma sub-
sidiária, o Código Penal, o Código de Processo Penal e a Lei n. 9.099/95.
Bom, não vamos entrar no debate se seria necessário ou não, se o legislador trouxe de for-
ma expressa, temos que nos atentar para isso.
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Dos delitos que vimos anteriormente, alguns são passíveis de aplicação da lei n. 9.099/95,
quais sejam:
• Entrega de veículo à pessoa não habilitada (art. 301);
• Omissão de socorro (art. 304);
• Fuga do local do acidente (art. 305);
• Violação da suspensão ou omissão da entrega da habilitação (art. 307);
• Direção sem habilitação (art. 309);
• Excesso de velocidade em determinados locais (art. 311);
• Fraude no procedimento apuratório (art. 312).
Outro ponto importante elencado pelo artigo 291 nós já vimos quando estudamos o crime
de lesão corporal culposa na direção de veículo: O parágrafo primeiro afirma que será aplicada
a lei 9.099/95 para o crime de lesão corporal, salvo se o agente apresentar as condições des-
critas nos incisos.
Portanto, o crime passará a ser de ação pública incondicionada e será apurado mediante
inquérito policial.
Por fim, o parágrafo 4º afirma que o magistrado levará em conta o artigo 59 do Código
Penal para fixar a pena-base, considerando a culpabilidade do agente e as circunstâncias e
consequências do crime.
Veja que o legislador ratificou o que havia dito anteriormente, que o Código Penal seria
aplicado de forma subsidiária.
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O artigo 294 trata do momento em que poderá ocorrer a suspensão da permissão ou habi-
litação para dirigir ou a proibição para sua obtenção. Essa suspensão/proibição poderá ocorrer
em qualquer momento da investigação criminal ou da ação penal.
Esse mesmo artigo também traz qual o recurso cabível para essa decisão, qual seja, o
RESE (Recurso em Sentido Estrito).
A título de curiosidade, o CTB não foi alterado nesse ponto com o Pacote Anticrimes, po-
dendo haver aqui um conflito entre as normas (CTB x CPP). Assim, não posso afirmar de pron-
to como o judiciário resolveria este problema, se com o princípio da especialidade (passando
a valer o previsto no CTB) ou não.
O artigo 311 do CPP retirou a expressão “de ofício” para a decretação da prisão preventiva,
então não temos mais essa possibilidade, agora o CTB somente fala em suspensão da permis-
são ou habilitação para dirigir. Será que teremos o mesmo entendimento, de que não poderá
mais ser de ofício e somente mediante requerimento do MP ou representação do delegado?
Esse é um ponto que ainda não foi sanado.
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia
da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada,
a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua
obtenção.
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o
requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
Ocorre que, à luz do nosso sistema acusatório, não se admite a decretação de medidas cautelares
de ofício pelo juiz em nenhum momento da persecução penal. Acolhido de forma explícita pela
Constituição Federal de 1988 (art. 129, I), o sistema acusatório determina que a relação processual
somente pode ter início mediante a provocação de pessoa encarregada de deduzir a pretensão
punitiva (ne procedat judex ex officio). Destarte, deve o juiz se abster de promover atos de ofício.
Afinal, graves prejuízos seriam causados à imparcialidade do magistrado se se admitisse que este
pudesse decretar uma medida cautelar de natureza pessoal de ofício, sem provocação da parte ou
do órgão com atribuições assim definidas em lei. Diante do teor do art. 282, §§ 2º e 4º, c/c art. 311,
ambos do CPP, e todos com redação determinada pela Lei n. 13.964/19, conclui-se que, seja durante
a fase investigatória, seja durante a fase processual, a decretação das medidas cautelares pelo juiz
só poderá ocorrer mediante provocação da autoridade policial ou do Ministério Público. Essa nova
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sistemática há de ser aplicada não apenas no âmbito do CPP, mas também na legislação especial
(v.g., Maria da Penha, Crimes de Trânsito, etc.). Não há nenhum critério lógico capaz de justificar
tamanho discrímen. Desde que o magistrado seja provocado, é possível a decretação de qualquer
medida cautelar, haja vista a fungibilidade que vigora em relação a elas. Por isso, se o Ministério
Público requerer, por exemplo, a prisão preventiva do acusado em virtude da prática de determinado
crime de trânsito, é plenamente possível a aplicação da cautelar do art. 294 do CTB, ou vice-versa.
(Renato Brasileiro, Legislação Criminal Especial Comentada, 2020)
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a pena-
lidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das
demais sanções penais cabíveis.
Quando do crime tivermos um prejuízo material, será aplicada uma multa reparatória, que
seguirá o disposto nos artigos 50 a 52 do Código Penal. Outro ponto importante a ser destaca-
do é que, no caso de uma indenização civil, o valor da multa reparatória será dela descontado.
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em
favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49
do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.
Agravantes Genéricas
Existem algumas circunstâncias que sempre agravam as penalidades nos crimes de trân-
sito, as quais estão dispostas no artigo 298.
Tais circunstâncias costumam ser cobradas nas questões de forma bastante direta, por-
tanto, é importante que saibamos o disposto nesse artigo.
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
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V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Por fim, é importante conhecer o disposto no artigo 301 do CTB, que garante que o con-
dutor de veículo envolvido em acidente de trânsito com vítima, caso venha a prestar socorro,
prontamente e de forma integral, não será preso em flagrante, nem será exigida a fiança.
Veja que essa é uma forma do legislador incentivar a prestação do socorro, concedendo
um benefício ao agente que tomar a atitude prevista no artigo 301.
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
Encerramos a nossa aula por aqui. Espero que tenha gostado da didática utilizada.
Me coloco à sua disposição para maiores esclarecimentos, dúvidas, críticas e sugestões,
tanto através da plataforma do Grancursos online como também pelo e-mail profpericlesrezen-
de@gmail.com, e através do perfil @vemserpolicial, no instagram.
Grande abraço, bons estudos e sucesso!
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RESUMO
Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
Omissão de Socorro
• Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à víti-
ma, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública;
• O sujeito ativo desse crime é o condutor do veículo envolvido no acidente;
• Se o condutor do veículo não presta socorro, responde pelo art. 304 do CTB, se esse
mesmo condutor não presta socorro num caso de lesão corporal ou homicídio culposo,
responde pelo respectivo delito (art. 303 e 302) com o aumento da pena e, se um terceiro
não presta socorro, responderá pelo artigo 135 do Código Penal.
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Embriaguez ao Volante
• Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influên-
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência;
• O §2º do artigo 306 dispõe que a verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova tes-
temunhal ou outros meios de prova em direito admitidos.
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Excesso de Velocidade
• Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou
onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano;
• Será considerado crime trafegar em alta velocidade em determinados locais, quais sejam:
− Proximidades de escolas;
− Proximidades de hospitais;
− Estações de embarque e desembarque de passageiros;
− Logradouros estreitos;
− De grande movimentação ou concentração de pessoas.
Em qualquer fase da investigação ou da ação penal poderá ser suspensa a habilitação ou per-
missão para dirigir ou a proibição de sua emissão.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/PC-RN/ESCRIVÃO/2021) Andressa dirigia seu carro, em velocidade compatível
com o local, quando, por desatenção, perdeu a direção do veículo e atropelou Zilda, que sofreu
lesões gravíssimas. Cientificada do fato, a autoridade policial se dirigiu ao hospital da localida-
de, lá encontrando Andressa, que prontamente havia socorrido a vítima e aguardava a chegada
de familiares desta. O exame de alcoolemia constatou que Andressa não havia feito uso de ál-
cool ou entorpecentes. Em seu relatório de vida pregressa, constava a existência de uma única
anotação relacionada também a crime de trânsito.
Tratando-se de delito de trânsito, ocorre que:
a) o crime praticado é de ação penal pública incondicionada;
b) a gravidade da lesão culposa praticada no contexto altera a tipificação da conduta
de Andressa;
c) a autora não poderá ser presa em flagrante, por ter prestado pronto e integral socorro à vítima;
d) a autoridade policial poderá determinar, direta e cautelarmente, a suspensão da habilitação
para dirigir de Andressa;
e) a autoridade policial poderá representar pela decretação da prisão preventiva em caso de
reincidência específica de Andressa.
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d) 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
e) 8 centigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,05 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
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d) 5 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,9 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
e) 7 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,8 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
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GABARITO
1. c 27. e
2. a 28. d
3. c 29. d
4. c 30. d
5. c 31. c
6. c 32. e
7. a 33. b
8. e 34. d
9. b 35. e
10. c 36. c
11. a 37. c
12. a 38. C
13. a 39. C
14. b 40. E
15. b 41. b
16. c 42. b
17. b 43. b
18. d 44. E
19. b 45. E
20. b 46. E
21. c 47. E
22. c 48. E
23. b 49. C
24. b 50. C
25. b 51. C
26. c
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/PC-RN/ESCRIVÃO/2021) Andressa dirigia seu carro, em velocidade compatível
com o local, quando, por desatenção, perdeu a direção do veículo e atropelou Zilda, que sofreu
lesões gravíssimas. Cientificada do fato, a autoridade policial se dirigiu ao hospital da localida-
de, lá encontrando Andressa, que prontamente havia socorrido a vítima e aguardava a chegada
de familiares desta. O exame de alcoolemia constatou que Andressa não havia feito uso de ál-
cool ou entorpecentes. Em seu relatório de vida pregressa, constava a existência de uma única
anotação relacionada também a crime de trânsito.
Tratando-se de delito de trânsito, ocorre que:
a) o crime praticado é de ação penal pública incondicionada;
b) a gravidade da lesão culposa praticada no contexto altera a tipificação da conduta
de Andressa;
c) a autora não poderá ser presa em flagrante, por ter prestado pronto e integral socorro à vítima;
d) a autoridade policial poderá determinar, direta e cautelarmente, a suspensão da habilitação
para dirigir de Andressa;
e) a autoridade policial poderá representar pela decretação da prisão preventiva em caso de
reincidência específica de Andressa.
a) Errada. O crime de lesão corporal culposa é de ação penal pública condicionada à representação;
b) Errada. Não altera a tipificação, a gravidade da lesão vai influenciar na dosimetria da pena;
c) Certa. Como ela prestou socorro integral à vítima, não poderá ser presa em flagrante, como
afirma o artigo 301 do CTB;
d) Errada. Não é competência da autoridade policial, mas da autoridade judicial;
e) Errada. Não há previsão de prisão preventiva nesse caso.
Letra c.
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c) A conduta de José é atípica, devendo Matheus responder pelo crime de dirigir veículo em via
pública sem a devida permissão ou habilitação;
d) Caso viesse a causar lesão culposa em terceiro, Matheus responderia pelos crimes de lesão
culposa na direção de veículo automotor e de dirigir em via pública sem a devida permissão ou
habilitação, em concurso material;
e) José responderá pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, enquan-
to Matheus responderá pelo crime de dirigir veículo em via pública sem a devida permissão ou
habilitação.
a) Certa. A conduta de José molda-se ao previsto no artigo 310 do CTB; quanto à Mateus, não
temos uma conduta criminosa prevista, sendo assim, deverá ser absolvido;
b) Errada. Matheus não responderá por infração penal, mas como vimos no item anterior, José
responderá pelo 310 do CTB;
c) Errada. Como vimos nos itens anteriores, é exatamente o contrário do disposto pelo examinador;
d) Errada. Ele responderia pela lesão, mas não por dirigir sem habilitação;
e) Errada. José responderá por crime, enquanto Matheus não responderá por crime algum, por
falta de previsão legal.
Letra a.
Essa é mais uma questão em que o examinador cobrou a literalidade da lei, vejamos:
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a) Errada. Preste bastante atenção nesse item! O examinador tentou te enganar aqui. Veja que
ele afirma que o condutor está com a habilitação suspensa, e não cassada. Se o condutor tiver
com a habilitação suspensa incorrerá no crime previsto no artigo 307, se fosse com a habilita-
ção cassada, aí sim somente ocorrerá o crime caso gere perigo de dano.
b) Errada. O parágrafo segundo do artigo 306 afirma que a embriaguez poderá ser comprovada
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal
ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
c) Certa. Esse item repete o que vimos na questão anterior, se o agente causar lesão culposa
na direção de veículo e estiver sob influência de álcool não terá necessidade de representação
por parte do ofendido.
d) Errada. O artigo 293 do CTB afirma que a suspensão terá duração de dois meses a cinco anos.
e) Errada. Não se trata de causa de aumento de pena, sim de uma agravante genérica.
Letra c.
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a) Errada. Meu(minha) querido(a), esse tipo de questão é muito cobrado nas provas de concur-
so. O artigo 311 do CTB afirma que, para a configuração do crime, é necessário gerar o perigo
de dano, portanto, é crime de perigo concreto, não abstrato.
b) Errada. O Crime de embriaguez permite a aplicação de critérios subjetivos, conforme pre-
visto no inciso II do artigo 306 do CTB, que permite a constatação por sinais que indiquem
alteração da capacidade psicomotora.
c) Certa. Fique atento(a) à essa questão, ela é bastante cobrada! A jurisprudência tem o enten-
dimento de que o delito previsto no artigo 310 do CTB é de perigo abstrato.
d) Errada. O delito do artigo 309 é delito de perigo concreto, não abstrato.
e) Errada. A jurisprudência do STJ entende que nesse caso um crime não constitui meio para
a execução do outro, portanto, não poderíamos falar em absorção da infração penal, e sim
concurso de crimes.
Letra c.
a) Errada. Conforme disposto no artigo 297, §1º, a multa reparatória não poderá ser superior
ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
b) Errada. Conforme prevê o artigo 293, a penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a
cinco anos.
c) Certa. É a exata previsão do artigo 292 do CTB.
d) Errada. O artigo 291 afirma que deverão ser aplicadas as normas gerais do Código Penal e
do Código de Processo Penal.
Letra c.
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O condutor do veículo, neste caso, responderá pelo crime do artigo 304 do CTB, vejamos:
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
Letra a.
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a) Errada. Nesse caso o MP não poderá denunciar pelo crime do artigo 309, já que este já foi
absorvido pelo artigo 303, §1º, do CTB, que é um crime de ação penal pública condicionada à
representação. Se a representação não for formalizada, teremos a extinção da punibilidade.
b) Errada. Faz parte do tipo penal a condução do veículo dar-se em via pública.
c) Errada. Conforme disposto na Súmula 720 do STF, o art. 309 do Código de Trânsito Brasilei-
ro, que reclama que decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contraven-
ções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.
d) Errada. Conforme entendimento das cortes superiores e da doutrina, o crime é de perigo
abstrato, não precisando ser demonstrado um perigo concreto.
e) Certa. Conforme entendimento do STJ:
JURISPRUDÊNCIA
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição
administrativa (HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, por maioria, jul-
gado em 23/08/2018, DJe 12/12/2018).
Letra e.
Aqui o examinador cobrou o conhecimento das penas dos crimes. Já disse em outras aulas
e volto a dizer, sou contra esse tipo de questão, mas infelizmente alguns examinadores ain-
da insistem em sua cobrança, por isso é importante que você conheça também das penas
dos crimes.
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É claro que é bem difícil decorar penas, então temos que utilizar alguns artifícios, como
por exemplo, saber se é detenção ou reclusão, se tem multa ou não, o que poderá nos aju-
dar bastante.
Para este crime não temos a pena de multa, sendo assim, apenas com essa informação é só
marcar a letra b e correr pro abraço.
Letra b.
Primeiro temos que ficar atentos ao fato de a vítima ter morrido, então temos um homicídio,
certo? O examinador tentou te confundir com o artigo 302 do CTB e com o 121 do CP.
Quando o agente comete um homicídio na direção de um veículo automotor, via de regra, res-
ponderá pelo CTB, não pelo Código Penal.
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No ano de 2017 tivemos uma alteração legislativa incluindo o §3º ao artigo 302, que traz a
tipificação para a aquele que pratica o homicídio na condução de veículo automotor sob a in-
fluência de álcool ou substancia psicoativa que determine dependência.
Dessa forma, não há o concurso dos dois crimes (do 302 e do 306), mas sim o crime do art.
302 qualificado pelo uso de substâncias.
Letra c.
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código.
b) Errada. Conforme prevê o artigo 292 do CTB, a suspensão ou proibição de se obter a per-
missão ou habilitação pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
c) Errada. Essa questão não está prevista no CTB, mas sim em uma resolução do CONTRAN,
que traz a previsão dessa prescrição em 5 anos, não em três.
d) Errada. Não há previsão de agravante. Temos um crime autônomo, que é dirigir sob o efeito de
álcool, e as qualificadoras previstas no caso do homicídio culposo e da lesão corporal culposa.
e) Errada. O fato da vítima morrer na hora não isenta a pessoa que não presta socorro.
Letra a.
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a) Certa. Exatamente conforme prevê o artigo 293 do CTB, a suspensão poderá ocorrer de dois
meses a cinco anos.
b) Errada. O artigo 294 garante que a suspensão da habilitação poderá ocorrer de forma cautelar.
c) Errada. Não existe previsão legal para isso, o que temos é o artigo 293, que estabelece prazo
para a suspensão.
d) Errada. O artigo 292 afirma que a suspensão poderá ser aplicada de forma isolada ou cumu-
lativa com outras penalidades.
e) Errada. Da mesma forma que o item anterior, justifica-se o erro da questão pelo fato de a
pena poder ser aplicada de forma cumulativa.
Letra a.
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a) Errada. A pena de suspensão não correrá concomitantemente à pena de prisão, o que faz
todo sentido, já que se o agente estiver preso a CNH não servirá para ele naquele momento.
b) Errada. O artigo 292 garante que essa penalidade seja aplicada de forma isolada ou cumula-
tiva com outras penalidades, e não somente ao delito de embriaguez ao volante.
c) Certa. Conforme prevê o artigo 296, o juiz aplicará a pena de suspensão no caso de reinci-
dência específica.
d) Errada. A duração da pena de suspensão está prevista no artigo 293 e será de dois meses
a cinco anos.
e) Errada. O prazo mínimo é de dois meses, não de um mês.
Letra c.
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Veja que temos outra questão sobre as causas de aumento para o homicídio culposo.
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II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto no CTB, o juiz aplicará a penalidade
de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais
sanções penais cabíveis.
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d) tem a mesma pena do homicídio culposo do Código Penal, mas tem causas de aumento de
pena específicas.
e) na modalidade tentada permite a aplicação de pena restritiva de direitos.
a) Errada. O homicídio culposo previsto no art. 302 do CTB não depende da ingestão de bebida
alcóolica, porém, a ingestão de álcool qualifica o homicídio.
b) Certa. O §1º do artigo 302 traz as causas de aumento de pena, que serão exatamente de 1/3
até a metade. Uma dessas cláusulas é estar a vítima na calçada ou faixa de pedestres.
c) Errada. Não é uma faculdade a suspensão da habilitação para dirigir, faz parte da pena.
d) Errada. Enquanto o homicídio culposo do Código Penal tem a pena de detenção de um a três
anos, o homicídio culposo do CTB tem como pena a detenção de dois a quatro anos.
e) Errada. Por ser um homicídio culposo, não se admite a tentativa, portanto, não podemos
falar em pena para tentativa.
Letra b.
Vamos nos ater à primeira informação que o examinador trouxe: “Manoel, dirigindo o seu
veículo, por distração...”, dessa forma, já eliminamos as opções que caracterizam o homicí-
dio doloso.
Agora um comentário pessoal sobre a questão: A lei fala em aumento de pena de 1/3 a meta-
de, portanto, eu achei impreciso o examinador afirmar a quantidade a ser aumentada da pena.
Mas às vezes teremos que abstrair alguns detalhes.
A lei traz como causa de aumento de pena o fato do agente deixar de prestar socorro à vítima
do acidente quando possível fazê-lo sem risco pessoal.
Então teremos um homicídio culposo, com a pena aumentada em um terço.
Letra c.
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a) Errada. Vimos na aula que o artigo 291, §1º, do CTB, traz situações onde haverá um trata-
mento diferente.
b) Errada. A ação penal do crime de homicídio culposo será pública incondicionada.
c) Certa. O artigo 306 do CTB prevê uma pena de seis meses a três anos, e o examinador
afirmou não ser caso de transação penal, porém, admite suspensão condicional do processo.
Como não estamos diante de uma infração de menor potencial ofensivo, não cabe a transação,
no entanto, como a pena mínima não ultrapassa um ano, poderá incidir a suspensão condicio-
nal do processo.
d) Errada. O artigo 307 tem como pena mínima seis meses, portanto, é compatível com a sus-
pensão condicional do processo.
e) Errada. A pena do artigo 305 é de um ano, portanto, é sim uma infração de menor potencial
ofensivo.
Letra c.
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O artigo 305 traz exatamente a previsão do tipo penal apresentado pelo examinador, vejamos:
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal
ou civil que lhe possa ser atribuída.
Como venho dizendo em nossas aulas sobre legislação extravagante, a VUNESP gosta muito
de cobrar a literalidade da lei, portanto, leia a “lei seca”!
Letra b.
O examinador deixou bem claro que é para considerar apenas o atropelamento, certo? Em mo-
mento algum falou sobre o dolo do agente, portanto, podemos entender que houve uma lesão
corporal culposa na direção de veículo.
Agora temos que saber se aplicamos ou não os institutos da Lei n. 9.099/95.
Conforme prevê o artigo 291, §1º, II, CTB:
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Veja, meu(minha) querido(a), o examinador nessa questão queria saber exatamente a le-
tra da lei.
Infelizmente ainda é muito comum a cobrança desse tipo de questão, por isso que reforço a
importância da leitura da “lei seca”.
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Temos o consenso de que houve uma lesão corporal culposa, certo? Agora vamos à leitura do
artigo 291, §1º, CTB:
Nesse caso, a ação penal será pública e incondicionada à representação, já que não será apli-
cado o previsto no artigo 88 da lei 9.099/95.
Letra c.
a) Errada. Para configurar o crime é necessário que seja gerado o perigo de dano, conforme
expressa previsão legal.
b) Errada. Essa não é a única possibilidade. Como vimos em nossa aula, a verificação poderá
ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova
testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos.
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c) Errada. É necessário também que gere dano potencial à incolumidade pública ou privada.
d) Errada. Este foi um item muito polêmico, já que o artigo 303 realmente prevê a pena de deten-
ção e suspensão ou proibição de obter a permissão ou a habilitação para dirigir, porém, o exami-
nador afirma essa ser uma pena criminal, quando na verdade trata-se de sanção administrativa.
e) Certa. Essa é a previsão expressa da lei.
Letra e.
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Essa é uma informação muito importante que você deve levar para sua prova. É a previsão do
artigo 306, §1º, I, CTB: concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de
sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar.
Letra d.
Olha, de verdade, eu não gosto desse tipo de questão, porém, a nossa banca gosta. Então te-
mos que dançar conforme a música. Podemos responder essa questão com o conhecimento
do artigo 305 da lei de trânsito.
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal
ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Letra d.
Como vimos em nossa aula, os crimes de homicídio e lesão corporal previstos no CTB são
somente os culposos.
Letra c.
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Mais uma daquelas questões que exige que o candidato decore os tipos penais. O tipo penal
do artigo 307 tem como penas previstas: detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Letra e.
Das condutas descritas na questão, a única que encontramos prevista no CTB é a de praticar
homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Letra b.
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Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
Letra d.
a) Errada. Para que configure o crime de trânsito, é necessário que gere dano potencial à inco-
lumidade pública.
b) Errada. Não há essa possibilidade na lei. O fato de ocorrer a morte instantânea não exime o
condutor de prestar o devido socorro.
c) Errada. O código pune a prática de homicídio culposo, não doloso.
d) Errada. É necessário que gere perigo de dano para configurar o crime.
e) Certa. Essa é a previsão do artigo 304, parágrafo único, do CTB.
Letra e.
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Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a pena-
lidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das
demais sanções penais cabíveis.
d) Errada. As circunstâncias que sempre agravam as penas estão previstas no artigo 298 do
CTB e, dentre elas, não temos a previsão da carteira de habilitação vencida.
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Letra c.
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a) Errada. O §1º do artigo 291 do CTB, em seu inciso III, afirma que não se aplicam os benefí-
cios do JECRIM.
b) Errada. Mais uma vez recorremos ao artigo 291, porém, agora ao inciso II, §1º, que diz que a
ação penal será pública incondicionada.
c) Certa. O caput do artigo 291 afirma que aplicam-se os benefícios da lei n. 9.099/95. Porém,
existem algumas exceções previstas no §1º e dentre elas não consta a inabilitação do agente,
portanto, a questão está correta.
d) Errada. O fato de não ser habilitado não torna a ação penal pública incondicionada.
Letra c.
Questão bem direta que cobra o conhecimento do candidato acerca do artigo 298 do CTB. Va-
mos conferir novamente as circunstâncias que sempre agravam as penalidades:
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;
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VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Certo.
Mais uma questão cobrando exatamente a letra da lei. Vejamos o disposto no artigo 304 do CTB:
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
Certo.
Mais uma questão da prova de Promotor de Santa Catarina e mais uma vez cobrando a letra da
lei. Nessa questão o examinador agiu de má-fé (risos).
Vamos dar uma olhada na previsão do artigo 311:
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano.
O examinador não trouxe a expressão “gerando perigo de dano”, portanto, a questão foi consi-
derada incorreta pela banca.
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Conforme previsão do artigo 306 do CTB, conduzir veículo automotor com capacidade psico-
motora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que de-
termine dependência constitui crime, e essa conduta será constatada por meio de sinais que
indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora e concen-
tração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a
0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar (art. 306, §1º, I e II).
Letra b.
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II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Letra b.
Da mesma forma que no artigo 302, o artigo 303 (Praticar lesão corporal culposa na direção
de veículo automotor) possui algumas causas de aumento de pena, e elas também dar-se-ão
de 1/3 à metade.
Letra b.
O STJ entende que o fato da habilitação estar vencida não se enquadra na causa de aumento
de pena do inciso I, §1º, do artigo 302 do CTB.
Na decisão do Ministro relator ele afirmou que:
JURISPRUDÊNCIA
(...) no Direito Penal, não se admite analogia in malam partem, de modo que não se pode
inserir no rol das circunstâncias que agravam a pena também o fato de agente cometer
homicídio culposo na direção de veículo automotor com carteira de habilitação vencida.
Errado.
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Em nossa aula não vimos essa conduta criminosa, certo? Então não é crime. Porém, o condu-
tor estará sujeito à infração de trânsito prevista no CTB no art. 231, vejamos:
O crime em questão é o disposto no artigo 310 do CTB e, conforme vimos em nossa aula, tra-
ta-se de crime de perigo abstrato, não concreto, como afirmou o examinador.
Soma-se a isso o disposto na Súmula 575 do STJ:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 575 do STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção
de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer
das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão
ou de perigo de dano concreto na condução do veículo.
Errado.
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Para respondermos essa questão, vamos recorrer ao parágrafo único do artigo 304, do CTB,
que afirma:
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Conforme dispõe o §1º do artigo 308 do CTB, os dois estarão sujeitos à pena de reclusão de
três a seis anos.
Certo.
Nesse caso eles responderiam pelo caput do artigo 308, ou seja, independentemente de ter
ocorrido a lesão, a conduta praticada pelos dois é tipificada como crime de trânsito.
Certo.
Essa é uma questão que muito aluno bom erra por falta de atenção, mas, com certeza, esse
não é o seu caso!
O examinador está perguntando se os terceiros não envolvidos no acidente não responderão
pelo crime previsto no CTB (art. 304).
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública.
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Sim, eles não responderão pelo crime previsto no artigo 304 do CTB, mas poderão responder
pelo crime previsto no Código Penal.
Temos que ficar atentos, pois o examinador não disse que os terceiros não responderão por
crim, mas sim que não responderão pelo crime do CTB.
Certo.
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Péricles Mendonça de Rezende Júnior é Agente da Polícia Civil do Distrito Federal (aprovado no concurso
realizado pelo CESPE em 2013).
Hoje, com 32 anos, tem em seu histórico aprovações em concursos como o do BRB, Serpro (Analista),
Secretaria de Educação (Analista de Gestão Educacional), MPU (Técnico e Analista), PMDF/2009 e
PCDF/2013 (Agente e Escrivão).
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