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LEGISLAÇÃO

Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito


Brasileiro – Crimes de Trânsito

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
Péricles Mendonça

Sumário
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito. . ............................ 3
Conceitos Iniciais............................................................................................................................. 3
Dos Crimes......................................................................................................................................... 4

Homicídio Culposo na Direção de Veículo. . ................................................................................. 4


Lesão Culposa na Direção de Veículo Automotor..................................................................... 6
Omissão de Socorro.. ....................................................................................................................... 7
Fuga do Local do Acidente............................................................................................................. 8
Embriaguez ao Volante................................................................................................................... 8
Violação da Suspensão ou Proibição Imposta. . ......................................................................... 9
Omissão na Entrega da Permissão ou Habilitação. . ............................................................... 10
Participação em Competição Não Autorizada.......................................................................... 11
Direção de Veículo Sem Permissão ou Habilitação.. ................................................................12
Entrega de Veículo à Pessoa Não Habilitada............................................................................12
Excesso de Velocidade. . .................................................................................................................13
Fraude no Procedimento Apuratório......................................................................................... 14
Substituição da Pena. . ................................................................................................................... 14
Parte Procedimental.. .....................................................................................................................15
Suspensão ou Proibição de Habilitação ou Permissão para Dirigir.....................................16
Agravantes Genéricas................................................................................................................... 18
Resumo............................................................................................................................................. 20
Questões de Concurso.................................................................................................................. 23
Gabarito............................................................................................................................................ 39
Gabarito Comentado.....................................................................................................................40

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Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
Péricles Mendonça

LEI N. 9.503/1997 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO


– CRIMES DE TRÂNSITO
Conceitos Iniciais
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é uma lei bastante extensa que trata sobre diversos
assuntos, porém, o nosso foco será a parte que diz respeito aos crimes em espécie, que tem
início no artigo 302 do CTB.
Durante a nossa aula utilizaremos com frequência o termo “veículo automotor”, por isso
vamos precisar conhecer o que é, de fato, um veículo automotor.
O próprio CTB, em seu anexo, trata de definir, dentre outras coisas, o que seria um veículo
automotor.

VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios,
e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária
de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos
conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).

São exemplos de veículos automotores os automóveis, caminhões, motocicletas, ônibus,


tratores etc.
Antes de iniciarmos o estudo dos crimes, vamos conferir o disposto no artigo 161 do CTB,
que traz a definição das infrações.

Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da le-
gislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades
e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX
(esse capítulo trata sobre os crimes).

Nós não iremos tratar sobre as infrações de trânsito previstas no CTB, mas trouxe esse dis-
positivo para te mostrar que o crime de trânsito subsiste, sem prejuízo da infração de trânsito.
Agora vamos iniciar o estudo dos crimes em espécie propriamente ditos. Ao final, resolve-
remos algumas questões de diversas bancas para fixarmos o conteúdo.

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Dos Crimes
Homicídio Culposo na Direção de Veículo
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.

O primeiro crime tipificado no CTB é o homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Professor, mas não temos um crime de homicídio previsto no Código Penal e que pode ser
definido também como culposo?

Temos sim, meu (minha) querido (a), porém, caso o homicídio se dê na direção de veículo
automotor utilizaremos o artigo 302 do CTB, e não o art. 121 do Código Penal, fazendo valer o
brocardo lex specialis derogat generali, ou seja, a lei especial (CTB) prevalece sobre a lei geral
(Código Penal).
O legislador fez essa distinção principalmente para poder dar tratamento diferenciado à
conduta realizada na direção de veículo automotor.
A conduta deverá ser culposa, portanto, devemos observar os mesmos requisitos do Códi-
go Penal, quais sejam: imprudência, negligência ou imperícia.
Dessa forma, se o agente provoca a morte de outra pessoa na direção de um veículo, po-
rém de forma dolosa, responderá pelo artigo 121 do Código Penal, não pelo CTB.

Caso tenhamos a culpa exclusiva da vítima, não podemos imputar nenhum tipo de crime ao
agente. Para que configure o tipo penal é necessário que o agente viole um dever objetivo de
cuidado, dessa forma, havendo a culpa exclusiva da vítima, é um sinal de que o condutor do
veículo tomou todos os cuidados necessários.

O direito penal não admite a compensação de culpas, portanto, se houver culpa recíproca, o
motorista responderá pelo crime.

Trata-se de um crime comum e, a consumação se dá com a morte da vítima. Por ser um de-
lito culposo, não admite tentativa. Também não admite a suspensão condicional do processo.

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Art. 302. [...]
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) à metade, se o agente:
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passa-
geiros.
V – (Revogado pela Lei n. 11.705, de 2008)

O primeiro inciso da causa de aumento de pena se justifica pelo fato do agente não estar
capacitado para dirigir. Dessa forma, ainda que o indivíduo saiba dirigir, se ele não possuir a
CNH incorrerá nessa causa de aumento de pena.
Veremos mais à frente que o CTB traz um delito próprio para quem dirige sem a CNH
(art. 309) e, nesse caso, não haverá concurso de crimes, já que existe essa causa de aumen-
to de pena.
Quando o legislador nos trouxe a previsão de causa de aumento de pena para o delito
praticado em faixa de pedestres ou calçada, é porque esses são locais, evidentemente, para
pedestres, e não para veículos automotores.
É muito comum vermos nos noticiários acidentes que ocorrem próximos à faixa de pedes-
tre. Observe que nesse caso não poderá incidir a causa de aumento de pena, uma parte da
doutrina entende até que estaríamos nos valendo de uma analogia in malan partem.
O inciso terceiro é mais um daqueles que configuram um delito autônomo e que, no caso
do homicídio culposo, atuará como uma causa de aumento de pena.
A última causa de aumento listada somente será aplicada ao motorista profissional. A sua
incidência se justifica no fato de que o motorista profissional tem, em regra, maior dever de
cuidado na direção de veículo.

Art. 302. [...]


§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substân-
cia psicoativa que determine dependência:
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Recentemente, houve a inclusão da qualificadora acima ao crime de homicídio culposo na


direção de veículo automotor.
Sobre o motorista profissional, fique atento(a): conforme o entendimento do STJ, o fato
de a infração ao art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro ter sido praticada por motorista pro-
fissional não conduz à substituição da pena acessória de suspensão do direito de dirigir por
outra reprimenda, pois é justamente de tal categoria que se espera maior cuidado e responsa-
bilidade no trânsito.

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JURISPRUDÊNCIA
Conforme o Informativo 966 do Supremo, a imposição da pena de suspensão de habili-
tação para dirigir veículo automotor ao motorista profissional condenado por homicídio
culposo no trânsito é constitucional.

Já faz um tempo que podemos acompanhar o aumento expressivo de pessoas que fazem
a ingestão de álcool e assumem a direção de um veículo, causando acidentes que muitas
vezes são fatais.
Essa atualização legislativa é uma das tentativas de coibir a associação do álcool com o
trânsito. Tanto na doutrina quanto na Jurisprudência, existe um debate muito amplo sobre a
tipificação do crime quando o agente está embriagado, se seria homicídio culposo ou doloso
(dolo eventual). Para o nosso estudo é necessário, então, que saibamos dessa recente alte-
ração no CTB.

Lesão Culposa na Direção de Veículo Automotor


Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
a habilitação para dirigir veículo automotor.

Este é um crime bem semelhante ao anterior, com a diferença fundamental que aqui a víti-
ma não morre, mas sofre a lesão corporal.
Aplicamos também o mesmo entendimento quanto à culpa exclusiva da vítima e à culpa
concorrente.
Da mesma forma que o anterior, é um crime comum e não admite tentativa, por se tratar de
crime culposo. O crime se consuma com a efetividade das lesões.

Art. 303. [...]


§ 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do
art. 302.

A lesão corporal apresenta os mesmos requisitos para o aumento da pena, portanto, deve-
mos observar o §1º, do artigo 302:

Art. 302. [...]


§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas
previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em ra-
zão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do
crime resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.

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Da mesma forma que o delito anterior, também tivemos recentemente a inclusão de uma
qualificadora para quando o agente está sob influência de álcool ou outra substância psicoati-
va que determine dependência.

Professor, e se o indivíduo que provocar a lesão corporal culposa também estiver dirigin-
do sem habilitação?

Conforme o entendimento do STJ, quando não reconhecida a autonomia de desígnios, ou


seja, estamos num mesmo contexto, o crime de lesão corporal culposa (art. 303 do CTB) ab-
sorve o delito de direção sem habilitação (art. 309 do CTB), funcionando este como causa de
aumento de pena (art. 303, §1º, do CTB).

Aplicação da Lei n. 9.099/95

Em regra, temos a aplicação dos institutos despenalizadores da Lei n. 9.099/95, porém, o


artigo 291, §1º, traz algumas situações nas quais não será aplicado o previsto na lei 9.099/95.

Art. 291. [...]


§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou de-
monstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta qui-
lômetros por hora).

Portanto, se tivermos um crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automo-


tor nessas condições, deverá ser instaurado um inquérito policial para a investigação da in-
fração penal.

Omissão de Socorro
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.

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O sujeito ativo desse crime é o condutor do veículo envolvido no acidente, portanto, trata-se
de um crime próprio.
É um crime omissivo próprio, onde a conduta do tipo penal descreve uma omissão. O agen-
te deve prestar socorro imediato ou, se não puder fazê-lo, solicitar auxilio da autoridade pública.
Nos delitos anteriores, caso tivéssemos a situação de culpa exclusiva da vítima não estaria
configurado o delito, porém, nesse caso, mesmo com a culpa exclusiva da vítima, se o condu-
tor não parar para prestar o socorro poderá responder pelo art. 304 do CTB.

Vimos durante o estudo dos crimes anteriores, homicídio culposo e lesão corporal culposa,
que existe uma causa de aumento de pena para o agente que deixa de prestar socorro. Nesse
caso, o agente somente responderá pelo delito praticado com o aumento da pena, não respon-
dendo em concurso pelo artigo 304 do CTB, sob pena de bis in idem.

Outra informação importante que devemos observar é o fato de um terceiro que visualizar
o acidente deixar de prestar socorro. Ele não responderá pelo artigo 304 do CTB e, sim, pelo
art. 135 do CP.
Então vamos resumir os fatos: se o condutor do veículo não presta socorro, responde pelo
art. 304 do CTB. Se esse mesmo condutor não presta socorro num caso de lesão corporal ou
homicídio culposo, responde pelo respectivo delito (arts. 303 e 302) com o aumento da pena e,
se um terceiro não prestar socorro, responderá pelo artigo 135 do Código Penal.

Fuga do Local do Acidente


Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal
ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Este é também um crime próprio, já que somente poderá ser cometido pelo condutor do
veículo. O tipo penal exige um fim especial de agir, ou seja, a fuga deverá ocorrer para furtar-se
da responsabilidade civil ou penal que poderá ser atribuída ao agente.
O crime se consuma com o efetivo afastamento do condutor do local do acidente.
É uma infração de menor potencial ofensivo, que admite a suspensão condicional
do processo.

Embriaguez ao Volante
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permis-
são ou a habilitação para dirigir veículo automotor

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§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I – concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior
a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II – sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou to-
xicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos
para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto no caput.

Este é um artigo constantemente alterado pelo legislador, sempre com o objetivo de en-
durecer o tratamento dado ao condutor de veículo automotor flagrado embriagado e reduzir o
número de acidentes fatais no trânsito.
A título de curiosidade, antes do CTB o fato de dirigir embriagado constituía mera contra-
venção penal, porém, após a sua publicação tivemos essa conduta descrita como criminosa.
Historicamente, tivemos algumas alterações no artigo 306 até ele chegar ao formato em
que está hoje. Não cabe a mim comentar sobre a eficácia da lei ou emitir minha opinião pes-
soal sobre o dispositivo.
O fato é que, hoje, é possível autuar um condutor por embriaguez sem que ele faça o teste
do etilômetro (bafômetro) ou o exame de sangue. Veja que o §2º do artigo 306 dispõe que a ve-
rificação do disposto no artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico,
exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos.
Caso o condutor queira contradizer os meios de prova, terá o direito de fazer esses exames.
A última alteração feita pelo legislador foi a inclusão do §4º, que permite a utilização de
qualquer aparelho homologado pelo INMETRO para determinar o grau de alcoolemia do con-
dutor, mais uma vez buscando enrijecer o combate a esse tipo de conduta.
Esse é um crime comum, que se consuma quando o agente dirige o veículo sob efeito de
álcool ou substância psicoativa. Não se admite a tentativa e também não é aplicado o instituto
da Lei n. 9.099/95.

Violação da Suspensão ou Proibição Imposta


Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo
de suspensão ou de proibição.

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Com essa tipificação, o legislador busca dar efetividade às medidas de suspensão e proibi-
ção impostas pelo Estado. Portanto, se o indivíduo está com a habilitação/permissão suspen-
sa ou está proibido de obtê-la, mas mesmo assim o faz, incorrerá na pena prevista neste artigo.
Trata-se de um crime próprio, já que somente poderá ser praticado por aquele que já
possui a proibição anterior. O crime se consuma quando o agente conduz o veículo nas
condições proibitivas.
A tentativa não é admitida, porém, admite-se a aplicação dos institutos da Lei n. 9.099/95.
Sobre este artigo, é importante destacar o entendimento do STJ sobre o assunto quando
temos o descumprimento em razão de uma restrição administrativa.

JURISPRUDÊNCIA
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição
administrativa (Informativo 641 STJ).

Omissão na Entrega da Permissão ou Habilitação


Art. 307. [...]
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabele-
cido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.

Essa é mais uma norma para garantir a efetividade dos atos da Administração Pública,
já que está sendo punido o agente que deveria ter entregado a permissão/habilitação e o
não o fez.
Assim como o anterior, este também é um crime próprio, uma vez que somente aquele que
foi condenado a entregar a sua permissão/habilitação poderá praticar.

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Participação em Competição Não Autorizada

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou com-
petição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade
pública ou privada:
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as cir-
cunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a
pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas
previstas neste artigo.
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que
o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de
reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.

A imagem acima é de um clássico do cinema, “Velozes e Furiosos”, porém, sabemos que


essas coisas acontecem também fora das telonas.
No ano passado tivemos, em Brasília, um caso emblemático no qual duas pessoas morre-
ram num acidente provocado por outros dois veículos envolvidos em um “racha”.
Para caracterizar o crime é necessário que:
• A competição ocorra em via pública;
• A competição não tenha autorização das autoridades competentes;
• Que a disputa provoque dano potencial à incolumidade pública ou privada.

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O tipo penal traz duas qualificadoras em seus parágrafos. A primeira para caso ocorra le-
são corporal e, a segunda, caso ocorra morte.
Para configurar o crime em questão não é necessário que se demonstre que determinada
pessoa foi exposta a perigo. Caso na conduta do “racha” tenhamos uma lesão corporal ou
morte, haverá a incidência das qualificadoras.

Direção de Veículo Sem Permissão ou Habilitação


Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Esse é um crime que exige bastante cuidado nas provas. Para a sua configuração é neces-
sário tenha sido gerado perigo de dano.
O simples fato de dirigir veículo automotor sem permissão ou habilitação mas sem gerar
perigo de dano, constituirá mera infração administrativa.
É um crime que não admite tentativa, e se consuma quando o agente dirige o veículo de
forma irregular efetivamente gerando perigo de dano.

Entrega de Veículo à Pessoa Não Habilitada

Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde,
física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Esse tipo penal configura-se com a conduta do agente de permitir, confiar ou entregar a
direção de veículo automotor a pessoa que não possa ou não tenha condições de dirigir por um
dos motivos descritos no caput do artigo transcrito.

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EXEMPLO
A imagem acima mostra o momento em que o Tenente-Coronel Frank Slade está na direção de
uma Ferrari. Para quem nunca viu esse filme (Perfume de Mulher), Frank é um militar que está
cego e contrata Charlie Simms para ajudá-lo. Em um desses momentos ele convence Charlie a
deixá-lo dirigir um pouco a Ferrari. É um fato da ficção que ocorre diariamente, principalmente
nas saídas das festas.

Trata-se de um crime comum que se consuma quando o terceiro recebe o veículo e o co-
loca em movimento. Dessa forma, estamos diante de um crime de perigo abstrato.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 575 do STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção
de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer
das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão
ou de perigo de dano concreto na condução do veículo.

Excesso de Velocidade
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Trafegar em alta velocidade (velocidade incompatível) é uma infração administrativa que,


provavelmente, todo motorista já tenha praticado.
Porém, o legislador resolveu criminalizar essa conduta quando praticada em determinados
locais que geram um perigo de dano maior:
• Proximidades de escolas;
• Proximidades de hospitais;
• Estações de embarque e desembarque de passageiros;
• Logradouros estreitos;
• Grande movimentação ou concentração de pessoas.

É um crime comum, que se consuma com a condução do veículo em velocidade incompa-


tível com os locais predeterminados pelo legislador.

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Fraude no Procedimento Apuratório


Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência
do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

Trata-se de um crime que atenta contra a administração da justiça, já que o agente, devido
a um acidente de trânsito com vítima, se valerá de alguns artifícios para modificar o estado das
coisas, prejudicando a atuação do poder público na apuração do fato.
O agente infrator deve inovar artificiosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa,
com a finalidade de induzir a erro o agente policial, perito ou juiz.
Sempre que houver um acidente com vítima é necessário que seja realizada a perícia para
a comprovação dos fatos. O tipo penal em questão refere-se ao agente que antes da chegada
na perícia, por exemplo, retira o carro do lugar, colocando-o em outro que lhe favoreça.
Esse é um crime comum, que se consuma com a prática da alteração das coisas, pessoas etc.

Substituição da Pena
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz
aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
I – trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras uni-
dades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II – trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de
acidente de trânsito e politraumatizados;
III – trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
IV – outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes
de trânsito.

Para finalizar a parte dos crimes do CTB temos o artigo 312-A, que traz a previsão de subs-
tituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
O legislador afirma que a pena será de prestação de serviços à comunidade e traz as ativi-
dades que deverão ser realizadas.
Recentemente, tivemos uma lei que alterou o CTB e afetou diretamente o conteúdo já estu-
dado. Trata-se da inclusão do artigo 312-B, com a seguinte redação:

Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não se aplica o dis-
posto no inciso I do caput do art. 44 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).

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Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
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Tal artigo prevê a vedação da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos quando o homicídio culposo e a lesão corporal culposa (ambos na direção de veículo
automotor) ocorrerem com o agente sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência.

Professor, eu vi no final da lei que ela só entra em vigor após 180 dias da publicação. Ela
está em vigor ou ainda está em vacatio legis?
Meu(minha) querido(a), atualmente a lei não está mais em seu período de vacatio, já que
foi publicada ainda em 2020 e tinha 6 meses (180 dias) de vacatio.

Parte Procedimental
Já vimos durante nossa aula uma parte do artigo 291 do CTB que traz situações nas quais
não será aplicada a Lei 9.099/95, agora vamos estudar outros detalhes procedimentais previs-
tos no códex.

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, apli-
cam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
dispuser de modo diverso, bem como a Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade com-
petente;
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta qui-
lômetros por hora).
§ 2º Nas hipóteses previstas no §1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal.
§3º (VETADO)
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59 do Decreto-Lei n. 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente e às cir-
cunstâncias e consequências do crime.

Vejamos, dobre o que diz o caput do artigo 291, alguns doutrinadores entendem que não
seria necessário o legislador trazer essa afirmação, onde informa que aplica-se, de forma sub-
sidiária, o Código Penal, o Código de Processo Penal e a Lei n. 9.099/95.
Bom, não vamos entrar no debate se seria necessário ou não, se o legislador trouxe de for-
ma expressa, temos que nos atentar para isso.

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Dos delitos que vimos anteriormente, alguns são passíveis de aplicação da lei n. 9.099/95,
quais sejam:
• Entrega de veículo à pessoa não habilitada (art. 301);
• Omissão de socorro (art. 304);
• Fuga do local do acidente (art. 305);
• Violação da suspensão ou omissão da entrega da habilitação (art. 307);
• Direção sem habilitação (art. 309);
• Excesso de velocidade em determinados locais (art. 311);
• Fraude no procedimento apuratório (art. 312).

Outro ponto importante elencado pelo artigo 291 nós já vimos quando estudamos o crime
de lesão corporal culposa na direção de veículo: O parágrafo primeiro afirma que será aplicada
a lei 9.099/95 para o crime de lesão corporal, salvo se o agente apresentar as condições des-
critas nos incisos.
Portanto, o crime passará a ser de ação pública incondicionada e será apurado mediante
inquérito policial.
Por fim, o parágrafo 4º afirma que o magistrado levará em conta o artigo 59 do Código
Penal para fixar a pena-base, considerando a culpabilidade do agente e as circunstâncias e
consequências do crime.
Veja que o legislador ratificou o que havia dito anteriormente, que o Código Penal seria
aplicado de forma subsidiária.

Suspensão ou Proibição de Habilitação ou Permissão para Dirigir


Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para
dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade
judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver
recolhido a estabelecimento prisional.

Os dois artigos anteriores tratam da suspensão e proibição de habilitação ou permissão


para dirigir. O legislador foi bem direto, trazendo, dentre outras informações, o prazo dessa
suspensão/proibição.
• Essas penalidades podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa.
• A duração dessas penalidades é de dois meses a cinco anos.
• Conforme prevê o artigo 296, se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste
código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para diri-
gir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
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O artigo 294 trata do momento em que poderá ocorrer a suspensão da permissão ou habi-
litação para dirigir ou a proibição para sua obtenção. Essa suspensão/proibição poderá ocorrer
em qualquer momento da investigação criminal ou da ação penal.
Esse mesmo artigo também traz qual o recurso cabível para essa decisão, qual seja, o
RESE (Recurso em Sentido Estrito).
A título de curiosidade, o CTB não foi alterado nesse ponto com o Pacote Anticrimes, po-
dendo haver aqui um conflito entre as normas (CTB x CPP). Assim, não posso afirmar de pron-
to como o judiciário resolveria este problema, se com o princípio da especialidade (passando
a valer o previsto no CTB) ou não.
O artigo 311 do CPP retirou a expressão “de ofício” para a decretação da prisão preventiva,
então não temos mais essa possibilidade, agora o CTB somente fala em suspensão da permis-
são ou habilitação para dirigir. Será que teremos o mesmo entendimento, de que não poderá
mais ser de ofício e somente mediante requerimento do MP ou representação do delegado?
Esse é um ponto que ainda não foi sanado.

Professor, e se perguntarem exatamente isso na minha prova?


Eu não acredito que o examinador vá entrar nesse ponto mas, caso este artigo venha a ser
cobrado em sua prova, será conforme o disposto na lei.

Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia
da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada,
a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua
obtenção.
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o
requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.

Ainda sobre esse assunto, trago o entendimento de Renato Brasileiro:

Ocorre que, à luz do nosso sistema acusatório, não se admite a decretação de medidas cautelares
de ofício pelo juiz em nenhum momento da persecução penal. Acolhido de forma explícita pela
Constituição Federal de 1988 (art. 129, I), o sistema acusatório determina que a relação processual
somente pode ter início mediante a provocação de pessoa encarregada de deduzir a pretensão
punitiva (ne procedat judex ex officio). Destarte, deve o juiz se abster de promover atos de ofício.
Afinal, graves prejuízos seriam causados à imparcialidade do magistrado se se admitisse que este
pudesse decretar uma medida cautelar de natureza pessoal de ofício, sem provocação da parte ou
do órgão com atribuições assim definidas em lei. Diante do teor do art. 282, §§ 2º e 4º, c/c art. 311,
ambos do CPP, e todos com redação determinada pela Lei n. 13.964/19, conclui-se que, seja durante
a fase investigatória, seja durante a fase processual, a decretação das medidas cautelares pelo juiz
só poderá ocorrer mediante provocação da autoridade policial ou do Ministério Público. Essa nova

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sistemática há de ser aplicada não apenas no âmbito do CPP, mas também na legislação especial
(v.g., Maria da Penha, Crimes de Trânsito, etc.). Não há nenhum critério lógico capaz de justificar
tamanho discrímen. Desde que o magistrado seja provocado, é possível a decretação de qualquer
medida cautelar, haja vista a fungibilidade que vigora em relação a elas. Por isso, se o Ministério
Público requerer, por exemplo, a prisão preventiva do acusado em virtude da prática de determinado
crime de trânsito, é plenamente possível a aplicação da cautelar do art. 294 do CTB, ou vice-versa.
(Renato Brasileiro, Legislação Criminal Especial Comentada, 2020)

Quando tivermos um réu reincidente, o juiz aplicará a suspensão da permissão ou habili-


tação, não impedindo que também sejam aplicadas as demais sanções cabíveis, conforme
prevê o artigo 296.

Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a pena-
lidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das
demais sanções penais cabíveis.

Quando do crime tivermos um prejuízo material, será aplicada uma multa reparatória, que
seguirá o disposto nos artigos 50 a 52 do Código Penal. Outro ponto importante a ser destaca-
do é que, no caso de uma indenização civil, o valor da multa reparatória será dela descontado.

Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em
favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49
do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.

Agravantes Genéricas
Existem algumas circunstâncias que sempre agravam as penalidades nos crimes de trân-
sito, as quais estão dispostas no artigo 298.
Tais circunstâncias costumam ser cobradas nas questões de forma bastante direta, por-
tanto, é importante que saibamos o disposto nesse artigo.

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;

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V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

Por fim, é importante conhecer o disposto no artigo 301 do CTB, que garante que o con-
dutor de veículo envolvido em acidente de trânsito com vítima, caso venha a prestar socorro,
prontamente e de forma integral, não será preso em flagrante, nem será exigida a fiança.
Veja que essa é uma forma do legislador incentivar a prestação do socorro, concedendo
um benefício ao agente que tomar a atitude prevista no artigo 301.

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.

Encerramos a nossa aula por aqui. Espero que tenha gostado da didática utilizada.
Me coloco à sua disposição para maiores esclarecimentos, dúvidas, críticas e sugestões,
tanto através da plataforma do Grancursos online como também pelo e-mail profpericlesrezen-
de@gmail.com, e através do perfil @vemserpolicial, no instagram.
Grande abraço, bons estudos e sucesso!

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RESUMO
Código de Trânsito Brasileiro (CTB)

Homicídio Culposo na Direção de Veículo


• A conduta deverá ser culposa, portanto, devemos observar os mesmos requisitos do
Código Penal, quais sejam: a imprudência, negligência ou imperícia;
• Caso tenhamos a culpa exclusiva da vítima, não podemos imputar nenhum tipo de cri-
me ao agente. Para que configure o tipo penal é necessário que o agente viole um dever
objetivo de cuidado, assim, se tivermos a culpa exclusiva da vítima, é um sinal de que o
condutor do veículo tomou todos os cuidados necessários;
• O direito penal não admite a compensação de culpas, portanto, se houver culpa recípro-
ca, o motorista responderá pelo crime.

Lesão Culposa na Direção de Veículo Automotor


• Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor;
• Aplica-se o mesmo entendimento quanto à culpa exclusiva da vítima e à culpa concor-
rente;
• Se houver um crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor nas
condições do artigo 291, §1º, deverá ser instaurado um inquérito policial para a inves-
tigação da infração penal.

Omissão de Socorro
• Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à víti-
ma, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública;
• O sujeito ativo desse crime é o condutor do veículo envolvido no acidente;
• Se o condutor do veículo não presta socorro, responde pelo art. 304 do CTB, se esse
mesmo condutor não presta socorro num caso de lesão corporal ou homicídio culposo,
responde pelo respectivo delito (art. 303 e 302) com o aumento da pena e, se um terceiro
não presta socorro, responderá pelo artigo 135 do Código Penal.

Fuga do Local do Acidente


• Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade pe-
nal ou civil que lhe possa ser atribuída;
• O tipo penal exige um fim especial de agir, ou seja, a fuga deverá se dar para furtar-se da
responsabilidade civil ou penal que poderá ser atribuída ao agente.

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Embriaguez ao Volante
• Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influên-
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência;
• O §2º do artigo 306 dispõe que a verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova tes-
temunhal ou outros meios de prova em direito admitidos.

Violação da Suspensão ou Proibição Imposta


• Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código.

Omissão na Entrega da Permissão ou Habilitação


• Condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permis-
são para Dirigir ou a Carteira de Habilitação;
• Essa é mais uma norma para garantir a efetividade dos atos da Administração Pública.

Participação em Competição Não Autorizada


• Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou com-
petição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra
de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de
risco à incolumidade pública ou privada;
• Para caracterizar o crime é necessário que:
− A competição ocorra em via pública;
− A competição não deve ter autorização das autoridades competentes;
− A disputa deve provocar dano potencial à incolumidade pública ou privada.

Direção de Veículo Sem Permissão ou Habilitação


• Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habili-
tação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano;
• Para a sua configuração é necessário que seja gerado efetivo perigo de dano.

Entrega de Veículo à Pessoa Não Habilitada


• Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada,
com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por
seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de
conduzi-lo com segurança;
• Esse tipo penal se configura com a conduta do agente de permitir, confiar ou entregar a
direção de veículo automotor a pessoa que não possa dirigir ou não tenha condições de
dirigir por um dos motivos descritos no caput.

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Excesso de Velocidade
• Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou
onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano;
• Será considerado crime trafegar em alta velocidade em determinados locais, quais sejam:
− Proximidades de escolas;
− Proximidades de hospitais;
− Estações de embarque e desembarque de passageiros;
− Logradouros estreitos;
− De grande movimentação ou concentração de pessoas.

Fraude no Procedimento Apuratório


• Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do
respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o esta-
do de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz;
• O agente deve inovar artificiosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com a
finalidade de induzir a erro o agente policial, perito ou juiz.

Sobre a suspensão ou proibição de habilitação ou permissão para dirigir, temos que:


• Essas penalidades podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa;
• A duração dessas penalidades é de dois meses a cinco anos;
• Conforme prevê o artigo 296, se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste
código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para diri-
gir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.

Em qualquer fase da investigação ou da ação penal poderá ser suspensa a habilitação ou per-
missão para dirigir ou a proibição de sua emissão.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/PC-RN/ESCRIVÃO/2021) Andressa dirigia seu carro, em velocidade compatível
com o local, quando, por desatenção, perdeu a direção do veículo e atropelou Zilda, que sofreu
lesões gravíssimas. Cientificada do fato, a autoridade policial se dirigiu ao hospital da localida-
de, lá encontrando Andressa, que prontamente havia socorrido a vítima e aguardava a chegada
de familiares desta. O exame de alcoolemia constatou que Andressa não havia feito uso de ál-
cool ou entorpecentes. Em seu relatório de vida pregressa, constava a existência de uma única
anotação relacionada também a crime de trânsito.
Tratando-se de delito de trânsito, ocorre que:
a) o crime praticado é de ação penal pública incondicionada;
b) a gravidade da lesão culposa praticada no contexto altera a tipificação da conduta
de Andressa;
c) a autora não poderá ser presa em flagrante, por ter prestado pronto e integral socorro à vítima;
d) a autoridade policial poderá determinar, direta e cautelarmente, a suspensão da habilitação
para dirigir de Andressa;
e) a autoridade policial poderá representar pela decretação da prisão preventiva em caso de
reincidência específica de Andressa.

002. (FGV/PC-RN/DELEGADO DE POLÍCIA/2021) Durante almoço comemorativo, José em-


prestou seu carro a Matheus, para que ele fosse buscar sua namorada, ciente de que este não
possuía carteira de habilitação. Quando trafegava normalmente pela via pública, Matheus foi
parado em blitz rotineira, sendo constatado que não possuía a devida autorização legal para
dirigir. Diante desse quadro fático, de acordo com as previsões legais e jurisprudência do Su-
perior Tribunal de Justiça:
a) José responderá pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, enquan-
to Matheus deverá ser absolvido em razão da atipicidade comportamental;
b) José e Matheus não responderão por qualquer infração penal, pois suas condutas não gera-
ram qualquer perigo de dano ao bem jurídico protegido;
c) A conduta de José é atípica, devendo Matheus responder pelo crime de dirigir veículo em via
pública sem a devida permissão ou habilitação;
d) Caso viesse a causar lesão culposa em terceiro, Matheus responderia pelos crimes de lesão
culposa na direção de veículo automotor e de dirigir em via pública sem a devida permissão ou
habilitação, em concurso material;
e) José responderá pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, enquan-
to Matheus responderá pelo crime de dirigir veículo em via pública sem a devida permissão ou
habilitação.

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003. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/ESCRIVÃO/2019) Em análise ao Código de Trânsito Brasilei-


ro, Lei n. 9.503/97, com base nas alterações provocadas pela Lei n. 12.760/12, a materialidade
do ilícito previsto no art. 306 (dirigir o veículo com a capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência)
a) se concretiza apenas por exame de alcoolemia.
b) se concretiza se resultar de acidente com vítima.
c) se concretiza independente da submissão do condutor a exame, admitindo-se a comprova-
ção por vídeo, testemunhos ou outros meios de prova admitidos.
d) somente se aplicará a condutores habilitados.
e) se concretiza apenas na esfera administrativa, revertendo-se em imposição de multa.

004. (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Assinale a opção correta a res-


peito dos crimes de trânsito.
a) A condução de veículo automotor em via pública por motorista com a habilitação suspensa
configurará crime apenas se a situação gerar perigo de dano.
b) Para a constatação do crime de embriaguez ao volante, é imprescindível a realização de
prova por teste de bafômetro ou etilômetro.
c) A lesão corporal culposa cometida na direção de veículo automotor por condutor sob a influ-
ência de álcool dispensa a representação do ofendido.
d) A suspensão da habilitação, aplicada cumulativamente na sentença condenatória por ho-
micídio culposo na direção de veículo automotor, deve ter o mesmo prazo da pena de prisão.
e) É causa de aumento de pena a utilização de veículo em que tenham sido adulterados equi-
pamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento.

005. (CESPE/DPE-AC/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Com base no entendimento dos tribunais


superiores acerca dos crimes de trânsito, assinale a opção correta.
a) Constitui crime de perigo abstrato trafegar em velocidade incompatível com a segurança
próximo a escolas, hospitais e estações de embarque e desembarque de passageiros.
b) O crime de embriaguez ao volante possui elemento objetivo do tipo de natureza exata, o que
não permite a aplicação de critérios subjetivos de interpretação para sua configuração.
c) Confiar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada ou em estado de embriaguez
constitui delito que tem natureza de infração penal de perigo abstrato.
d) Configura crime de perigo abstrato o ato de dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida permissão ou habilitação para dirigir ou após cassação do direito de dirigir.
e) O crime de embriaguez ao volante, por ser delito mais grave, absorve a infração penal de
dirigir veículo automotor em via pública sem permissão ou habilitação.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
Péricles Mendonça

006. (IDIB/PREFEITURA DE GOIANA-PE/AGENTE DE TRÂNSITO/2020) Sobre os crimes de


trânsito, assinale a alternativa correta.
a) A multa reparatória poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
b) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor tem a duração de seis meses a cinco anos.
c) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo au-
tomotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
d) Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos no Código de Trânsito
Basileiro, por serem crimes especiais, nunca se aplicam as normas gerais do Código Penal e
do Código de Processo Penal.

007. (COSEAC/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/GUARDA MUNICIPAL/2019) Segundo o Códi-


go de Trânsito Brasileiro, se o condutor do veículo, na ocasião do acidente, não prestar imedia-
to socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar
auxílio da autoridade pública, poderá ser configurado(a):
a) Crime punido com detenção.
b) Infração média de trânsito.
c) Infração leve administrativa.
d) Contravenção punida com prisão simples.
e) Medida administrativa de cassação do direito de dirigir.

008. (ACESSO/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2019) Em relação às infrações penais rela-


cionadas ao trânsito, assinale a opção correta.
a) O fato de dirigir perigosamente automóvel sem ser habilitado, vindo a causar lesão corporal
em transeunte, implica o delito de lesão corporal culposa (art. 303 do CTB – Lei 9.503/97), o
qual, em regra, é de ação penal pública condicionada a representação do ofendido. Contudo,
caso a vítima não ofereça a representação para a deflagração da ação penal por tal delito, po-
derá o ministério público deflagrar a ação penal em desfavor do agente pelo delito previsto no
artigo 309 do CTB – Lei 9.503/97, consoante entendimento do STJ.
b) O crime de conduzir automóvel sem possuir permissão para dirigir ou habilitação é classi-
ficado como sendo de perigo concreto, cuja tipificação exige a prova de geração do perigo de
dano, sendo desnecessário que a condução do veículo ocorra em via pública.
c) A contravenção de falta de habilitação para dirigir veículo ainda se encontra em vigor em
relação às embarcações a motor, sendo que sua caracterização também exige a prova da ge-
ração de perigo de dano.
d) A embriaguez ao volante é crime de perigo concreto, sendo necessário ainda para a sua
configuração, que tal delito seja perpetrado em via pública.
e) O fato de o agente descumprir, deliberadamente, a decisão proferida por autoridade adminis-
trativa de trânsito, determinando a suspensão para dirigir veículo automotor, não caracteriza,
segundo o STJ, o delito previsto no art. 307 do CTB.

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009. (FCC/DETRAN-SP/AGENTE DE TRÂNSITO/2019) Praticar lesão corporal culposa na di-


reção de veículo automotor incorre em penas de
a) detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
a habilitação para dirigir veículo automotor.
b) detenção de 6 meses a 2 anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
litação para dirigir veículo automotor.
c) reclusão de 1 a 2 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habili-
tação para dirigir veículo automotor.
d) detenção de 6 meses a 1 ano, e multa.
e) detenção de 6 meses a 1 ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.

010. (VUNESP/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO/2018) Se o agente conduzir veículo automotor sob


a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência,
e, por conta dessa condição, matar alguém, responderá pelo crime previsto
a) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”
em concurso com o crime previsto no Art. 302 do CTB: “Praticar homicídio culposo na direção
de veículo automotor”.
b) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”
em concurso com o crime previsto no Art. 121 do CP: “Matar alguém”, tendo em vista que o
CTB não previu a modalidade dolosa do homicídio.
c) no Art. 302 do CTB: “Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor” qualifi-
cado pelo “agente conduzir veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência”.
d) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”
em concurso com o crime previsto no Art. 121, parágrafo terceiro do CP: “Matar alguém” de
forma culposa.
e) no Art. 121, parágrafo segundo, inciso III do CP: “Matar alguém” com “emprego de veneno,
fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar pe-
rigo comum”.

011. (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA JURÍDICO/2018) Sobre os crimes de trânsito, previstos


no Código Nacional de Trânsito, é correto afirmar:
a) prevê como crime a conduta de violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta como penalidade à infração de trânsito.
b) a pena de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor não se aplicará isoladamente, sendo cumulada a outras penalidades.

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c) a pena de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo


automotor, por expressa previsão legal, prescreve em 03 (três) anos.
d) é circunstância que sempre agrava as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do
veículo cometido a infração, sob influência do álcool.
e) prevê como crime deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato
socorro à vítima, excepcionada a hipótese de morte instantânea.

012. (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A suspensão da habilitação para dirigir veículo


automotor prevista no Código de Trânsito Brasileiro
a) tem a duração máxima de cinco anos.
b) não pode ser decretada cautelarmente.
c) deve ser fixada pelo mesmo tempo de duração da pena privativa de liberdade, por força de
expressa previsão legal.
d) não pode ser imposta como penalidade principal
e) não pode ser imposta cumulativamente com outras penalidades.

013. (FCC/TRT 9ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) São crimes previstos no Código


Brasileiro de Trânsito (Lei n. 9.503/1997), dentre outros,
a) praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor; afastar-se o condutor do
veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser
atribuída; deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro
à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública.
b) avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória; deixar de sinalizar qual-
quer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via
terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente; trafegar em velocidade in-
compatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque
e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano.
c) praticar homicídio doloso na direção de veículo automotor; afastar-se o condutor do veículo
do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída;
conduzir o veículo com dispositivo antirradar.
d) participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competi-
ção automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à
incolumidade pública ou privada; avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obriga-
tória; praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.

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014. (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) No tocante aos crimes de trânsito, é correto


afirmar que
a) a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo au-
tomotor não pode ser imposta cumulativamente com outras penalidades.
b) imprescindível o perigo de dano para a tipificação do delito de direção de veículo automotor,
em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o
direito de dirigir.
c) a circunstância de o agente não possuir carteira de habilitação constitui causa de aumento
da pena tão somente no crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor
d) a penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em
favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia fixada em salários mínimos.
e) a lei já não prevê a concentração de álcool por litro de sangue necessária para a configura-
ção do delito de embriaguez ao volante.

015. (FCC/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2009) Nos crimes de trânsito,


a) a multa reparatória não será descontada de eventual indenização civil do dano.
b) é cabível a transação penal, se a infração for de menor potencial ofensivo.
c) a penalidade de suspensão da habilitação deve, necessariamente, durar o mesmo período
da pena privativa de liberdade.
d) não há necessidade de representação do ofendido para apuração do delito de lesão corpo-
ral culposa.
e) não constitui circunstância agravante o fato de o condutor do veículo haver cometido a in-
fração sobre a faixa de trânsito destinada a pedestres.

016. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2010) Nos delitos do Código de Trânsito Brasileiro,


a penalidade de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para conduzir
veículo automotor
a) é cumprida concomitantemente à pena de prisão.
b) é imposta apenas para o delito de embriaguez ao volante.
c) é imposta obrigatoriamente para o reincidente específico.
d) tem a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
e) tem prazo mínimo de um mês.

017. (FCC/MPE-AP/TÉCNICO MINISTERIAL/2012) No homicídio culposo cometido na dire-


ção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente
a) praticá-lo em faixa de circulação exclusiva.
b) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
c) transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local.
d) avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória.
e) utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir manobra perigosa.

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018. (FCC/MPE-AL/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2012) Na lesão corporal culposa na direção


de veículo automotor, NÃO constitui causa de aumento da pena, a ser considerada na terceira
fase do cálculo, a circunstância de o agente
a) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
b) praticá-la em faixa de pedestres ou na calçada
c) deixar de prestar socorro à vítima do acidente, quando possível fazê-lo sem risco pessoal
d) utilizar veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescri-
tos nas especificações do fabricante.
e) estar conduzindo veículo de transporte de passageiros no exercício de sua profissão ou
atividade.

019. (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018/ADAPTADA) Nos crimes de trânsito previs-


tos na Lei n. 9.503/1997,
a) se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz não poderá aplicar a
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor.
b) em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia
da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, ainda que de ofício, decretar, em deci-
são motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção.
c) a prática do delito em faixa de pedestres é causa de aumento dos delitos de homicídio cul-
poso e lesão corporal culposa, e não pode ser aplicada como agravante dos demais delitos.
d) a penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor tem a mesma duração da pena de prisão prevista para o delito.

020. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/2018) O homicídio culposo na direção de veícu-


lo automotor
a) depende da ausência de ingestão de bebida alcoólica, caso em que se verifica o dolo eventual.
b) a pena é aumentada de um terço até a metade se praticado na calçada.
c) tem como consequência facultativa da condenação a suspensão da habilitação para dirigir
veículo automotor.
d) tem a mesma pena do homicídio culposo do Código Penal, mas tem causas de aumento de
pena específicas.
e) na modalidade tentada permite a aplicação de pena restritiva de direitos.

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021. (FCC/TRF 5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Manoel, dirigindo seu veículo, por


distração, atropela a estudante universitária Cristine de 18 anos. Percebendo que não haviam
testemunhas, evade-se do local, sem prestar socorro, para fugir da prisão em flagrante delito.
Cristine morre. Manoel estará sujeito às penas do crime de homicídio
a) doloso, com o aumento da pena em 1/3.
b) culposo, com o aumento da pena em 2/3
c) culposo, com o aumento da pena em 1/3.
d) doloso, com o aumento da pena em 2/3.
e) culposo, com o aumento da pena em dobro em face da fuga do local.

022. (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Com relação aos crimes de trânsito, é


correto afirmar que
a) em qualquer hipótese de lesão corporal culposa, a ação penal será pública condicionada.
b) no crime de homicídio culposo a ação penal poderá ser pública condicionada.
c) o crime de embriaguez ao volante não admite transação penal, mas nada impede a incidên-
cia de suspensão condicional do processo.
d) o crime de violação da suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou habilitação
para dirigir veículo é incompatível com a suspensão condicional de processo.
e) o crime de fuga do local do acidente não é considerado uma infração penal de menor poten-
cial ofensivo.

023. (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2018) Assinale a alternativa correta.


a) Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e
os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 4 (quatro) anos, cumulada ou não
com multa.
b) Considera-se crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro a conduta de afastar-se o con-
dutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa
ser atribuída.
c) Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independente-
mente da pena prevista, aplicam-se integralmente os dispositivos da Lei no 9.099, de 26 de
setembro de 1995.
d) Oferecer, prescrever ou entregar a consumo drogas, ainda que gratuitamente, sem autori-
zação ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, constitui crime apenado
com detenção
e) Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa
de direitos fundamentais, exceto nas hipóteses previstas em lei.

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024. (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO/2018) Considere a seguinte situação hipotética: O moto-


rista “X”, ao participar, em via pública, de competição automobilística, não autorizada pela au-
toridade competente, atropela o pedestre “Y”, provocando-lhe lesões corporais. Diante dessa
situação e considerando apenas o atropelamento, é correto afirmar que a infração penal come-
tida é considerada um crime
a) comum de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n. 9.099/1995.
b) de trânsito de lesão corporal, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da Lei n.
9.099/1995.
c) de trânsito de tentativa de homicídio, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da
Lei n. 9.099/1995
d) comum de tentativa de homicídio, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n.
9.099/1995.
e) de trânsito de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n.
9.099/1995.

025. (VUNESP/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO/2018) De acordo com o § 1º do art. 302 da Lei n.


9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), no homicídio culposo cometido na direção de veículo
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente
a) estiver sob efeito de álcool ou droga.
b) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
c) for contumaz infrator das leis de trânsito.
d) praticá-lo conduzindo em velocidade excessiva
e) praticá-lo durante corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela auto-
ridade competente.

026. (VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Considere o seguinte caso hipotético.


A velocidade máxima permitida na Rua A é de 50 Km/h. “Y”, conduzindo seu veículo a 120
Km/h pela Rua A, atropela “Z”, provocando-lhe lesões corporais. Diante do exposto e consi-
derando que “Y” cometeu um crime culposo de trânsito nos termos da Lei no 9.503/1997, é
correto afirmar que a conduta de “Y” tipifica o crime de
a) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública condicionada
e com possibilidade de aplicação da composição dos danos civis prevista na Lei n. 9.099/95.
b) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública condicionada
e com possibilidade de aplicação da transação penal prevista na Lei n. 9.099/95.
c) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondiciona-
da, não sendo possível a aplicação da transação penal prevista na Lei n. 9.099/95.
d) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondiciona-
da e com possibilidade de aplicação da composição dos danos civis prevista na Lei n. 9.099/95.
e) tentativa de homicídio na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondiciona-
da, não sendo possível a aplicação da transação penal prevista na Lei n. 9.099/95.

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027. (VUNESP/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2015) Assinale a alternativa correta no tocan-


te à Lei n. 9.503/97 (CTB).
a) A conduta de dirigir veículo automotor em via pública, sem a devida permissão para dirigir
ou habilitação, configura crime (art. 309), gerando ou não perigo de dano.
b) A única possibilidade de configuração do crime de embriaguez ao volante (art. 306) é por
meio da constatação de concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de
sangue, ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar.
c) Mesmo sem resultar dano potencial à incolumidade pública ou privada, é crime (art. 308)
participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de disputa ou competição automo-
bilística não autorizada pela autoridade competente (“racha”).
d) O condenado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (art. 303), além da
pena privativa de liberdade sujeitar-se-á, obrigatoriamente, à pena criminal de suspensão ou
proibição de obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
e) É crime (art. 311) trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades
de escolas, gerando perigo de dano.

028. (VUNESP/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA/2015) Sobre o Código de Trânsito Brasileiro,


está correto afirmar que
a) a punição da conduta de participação em racha (artigo 308), está condicionada à ocorrência
de acidente.
b) o agente que deixa de prestar socorro à vítima em acidente de trânsito fica isento de pena,
quando essa omissão for suprida por terceiros.
c) a conduta de violar ordem de suspensão para dirigir veículo automotor é punida, administra-
tivamente, com nova suspensão.
d) o crime do artigo 311 exige perigo de dano para a conduta de trafegar em velocidade incom-
patível com a segurança nas proximidades de escolas.
e) a conduta de entregar a direção de veículo automotor à pessoa não habilitada é punida, ad-
ministrativamente, com suspensão do direito de dirigir pelo prazo previsto em lei.

029. (VUNESP/PC-SP/DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL/2014) Dispõe o Código de Trânsito


Brasileiro, em seu artigo 306: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alte-
rada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine depen-
dência”. Caracteriza o crime mencionado a constatação de concentração igual ou superior a
a) 7 centigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,04 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
b) 4 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,1 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
c) 5 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,2 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.

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d) 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
e) 8 centigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,05 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.

030. (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2014) Ao disciplinar os crimes em espécie, o


Código de Trânsito Brasileiro determina como penas ao condutor do veículo que afastar-se do
local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída,
a) detenção, de dois a quatro anos, ou multa.
b) reclusão, de quatro a oito anos e multa.
c) reclusão, de dois a quatro anos e multa.
d) detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
e) detenção, de um a dois anos, e multa.

031. (VUNESP/DETRAN-SP/AGENTE DE TRÂNSITO/2013) Os crimes de homicídio e lesão


corporal previstos no CTB são
a) Eventualmente culposos.
b) Eventualmente dolosos.
c) Culposos.
d) Dolosos.
e) Culposos e dolosos.

032. (VUNESP/DETRAN-SP/AGENTE DE TRÂNSITO/2013) O art. 307 do CTB tem o seguinte


texto: “Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código”. A infração a esse disposto acarreta
a) detenção de 3 a 6 meses, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou
de proibição.
b) detenção de 6 meses a 1 ano e multa.
c) Multa
d) detenção de 3 a 6 meses e multa.
e) detenção de 6 meses a 1 ano, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspen-
são ou de proibição.

033. (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2013) O Código de Trânsito Brasilei-


ro consigna, entre outros, o crime de
a) subtrair veículo na via pública para fins de venda de suas peças.
b) praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.
c) praticar lesão corporal dolosa na direção de veículo.
d) roubar ou furtar placas de veículos
e) praticar homicídio doloso na direção de veículo automotor.

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034. (VUNESP/PC-SP/AGENTE DE POLÍCIA/2013) Ao condutor de veículo, nos casos de aci-


dentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá
fiança, se
a) tentou a todo custo evitar o acidente.
b) confessou a autoria à autoridade policial.
c) não teve a intenção de causar o acidente.
d) prestou pronto e integral socorro à vítima.
e) evadiu-se do local do acidente para descaracterizar o flagrante.

035. (VUNESP/PC-SP/PERITO CRIMINAL/2013) Sobre os crimes previstos no Código de


Trânsito Brasileiro, é correto afirmar que
a) a participação do condutor em corrida, disputa ou competição automobilística não autoriza-
da, ainda que não resulte dano potencial à incolumidade pública, configura crime de trânsito.
b) o condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixar de socorrer a vítima, desde que de
morte instantânea, não responderá por crime de trânsito.
c) o Código pune a prática de homicídio doloso ao volante.
d) a direção de veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habi-
litação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, mesmo que não gere perigo de dano, configura
crime de trânsito.
e) o condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixar de socorrer a vítima, ainda que
com ferimentos leves, responderá por omissão de socorro.

036. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2017) A respeito dos crimes


previstos no Código de Trânsito Brasileiro – Lei n. 9.503/1997, assinale a alternativa correta:
a) Nos crimes previstos o Código de Trânsito Brasileiro, a suspensão ou a proibição para se ob-
ter permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor deve ser imposta cumulativamente
com outras penalidades, não como pena autônoma.
b) Nos termos da Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – a pena de suspensão da
habilitação para dirigir veículo automotor deve durar duas vezes o período da pena privativa de
liberdade aplicada, e não é iniciada enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal,
estiver recolhido a estabelecimento prisional.
c) No caso de réu reincidente em crime de trânsito - Lei n. 9.503/1997, é obrigatório que o
magistrado, ao julgar a nova infração, fixe a pena prevista no tipo, associada à suspensão da
permissão ou habilitação de dirigir veículo automotor.
d) São circunstâncias que sempre agravam as penas no crime de trânsito praticá-lo perto de
faixa de trânsito temporário destinada a pedestre e com a carteira de habilitação vencida.

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037. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2017) Quanto aos crimes


de lesão corporal culposa no trânsito (Lei n. 9.503/97), é correto afirmar que
a) cabe a aplicação da transação penal, prevista na Lei n. 9.099/95, quando o agente estava
trafegando em velocidade superior a máxima permitida para a via em 50 km/hora.
b) trata-se de ação penal pública condicionada à representação da vítima quando o agente
participava de corrida, disputa ou competição.
c) cabe a suspensão do processo, nos termos do art. 89 da Lei n. 9.099/95, quando o agente
era inabilitado para condução de veículos automotores.
d) trata-se de ação penal pública incondicionada, quando o agente era inabilitado.

038. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Julgue o item.


Segundo o disposto no art. 298 do Código de Trânsito Brasileiro, são circunstâncias que sem-
pre agravam as penalidades, entre outras, ter o condutor do veículo cometido a infração com
permissão para dirigir ou carteira de habilitação de categoria diferente da do veículo.

039. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Julgue o item.


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu art. 304 e parágrafo único, penaliza criminalmente o
condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixar de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, não solicitar auxílio da autoridade pú-
blica, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
instantânea ou com ferimentos leves.

040. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Julgue o item.


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu art. 311, prevê pena de detenção ou multa sempre que
o condutor trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de esco-
las, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou
onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas.

041. (UEG/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Nos termos da Lei n. 9.503/1997, a condu-


ta de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influên-
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, será constatada
por sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psico-
motora, ou por concentração igual ou superior a:
a) 2 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,1 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
b) 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
c) 4 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,4 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.

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d) 5 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,9 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
e) 7 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,8 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.

042. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2016) De acordo com a Lei


n. 9.503/1997, no homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é au-
mentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente
a) possuir Carteira de Habilitação.
b) praticá-lo em faixa de pedestres.
c) possuir Permissão para Dirigir.
d) prestar socorro à vítima do acidente.

043. (PREFEITURA DO RJ/PREFEITURA DO RJ/FISCAL DE TRANSPORTES/2016) As penas


para aquele que praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor são detenção
de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor. Contudo, caso o infrator, no exercício de sua profissão ou ativi-
dade, esteja conduzindo veículo de transporte de passageiros, a pena tem aumento:
a) de 1/4 (um quarto) à 1/2 (metade).
b) de 1/3 (um terço) à 1/2 (metade).
c) de 1/4 (um quarto) ao dobro.
d) de 1/3 (um terço) ao dobro.

044. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Situação hipotética: Simão praticou lesão


corporal culposa enquanto conduzia veículo automotor. Além de ter dirigido com a capacidade
psicomotora alterada em razão da ingestão de bebida alcoólica, o condutor apresentou car-
teira de habilitação vencida. Assertiva: Nessa situação, segundo entendimento do STJ, Simão
responderá pelos delitos de embriaguez ao volante e de lesão corporal na condução de veículo
automotor, devendo incidir, ainda, a causa de aumento de pena, por ter conduzido veículo auto-
motor com a carteira de habilitação vencida.

045. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item a seguir.


Márcio conduzia seu veículo automotor produzindo fumaça em níveis superiores aos legal-
mente permitidos. Nessa situação, conforme o nível de fumaça exalada, a conduta de Márcio
pode configurar tanto infração administrativa como crime de trânsito.

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046. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Wellington, maior e capaz, sem


habilitação ou permissão para dirigir veículo automotor, tomou emprestado de Sandro, tam-
bém maior e capaz, seu veículo, para visitar a namorada em um bairro próximo àquele onde
ambos residiam. Sandro, mesmo ciente da falta de habilitação de Wellington, emprestou o
veículo. Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item que se segue, à luz do
Código de Trânsito Brasileiro.
Sandro responderá por crime de trânsito somente se a condução de Wellington causar peri-
go de dano.

047. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item.


Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou um transeunte, causando-lhe ferimentos
leves. Luciano não prestou socorro à vítima nem solicitou auxílio da autoridade pública. Nes-
sa situação, a conduta de Luciano será considerada atípica caso um terceiro tenha prestado
apoio à vítima em seu lugar.

048. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item a seguir.


Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus
veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para
tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de
natureza grave em um transeunte.
Por se tratar de lesão corporal de natureza culposa, é vedada a instauração de inquérito policial
para apurar as condutas de Godofredo e Antônio, bastando a realização dos exames médicos
da vítima e o compromisso dos autores em comparecer a todos os atos necessários junto às
autoridades policial e judiciária.

049. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item a seguir.


Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus
veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para
tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de
natureza grave em um transeunte. Godofredo e Antônio estão sujeitos à pena de reclusão, em
razão do resultado danoso da conduta delitiva narrada.

050. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item.


Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus
veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para
tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de
natureza grave em um transeunte. Godofredo e Antônio responderiam por crime de trânsito
independentemente da lesão corporal causada, pois a conduta de ambos gerou situação de
risco à incolumidade pública.

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051. (CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Situação hipotética: Após grave colisão


de veículos, pessoas que transitavam pelo local — condutores de outros veículos e pedestres
alheios ao evento — deixaram, sem justificativa, de prestar imediato socorro às vítimas. Asser-
tiva: Nessa situação, os terceiros não envolvidos no acidente não responderão pelo crime de
omissão de socorro previsto no Código de Trânsito Brasileiro.

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GABARITO
1. c 27. e
2. a 28. d
3. c 29. d
4. c 30. d
5. c 31. c
6. c 32. e
7. a 33. b
8. e 34. d
9. b 35. e
10. c 36. c
11. a 37. c
12. a 38. C
13. a 39. C
14. b 40. E
15. b 41. b
16. c 42. b
17. b 43. b
18. d 44. E
19. b 45. E
20. b 46. E
21. c 47. E
22. c 48. E
23. b 49. C
24. b 50. C
25. b 51. C
26. c

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/PC-RN/ESCRIVÃO/2021) Andressa dirigia seu carro, em velocidade compatível
com o local, quando, por desatenção, perdeu a direção do veículo e atropelou Zilda, que sofreu
lesões gravíssimas. Cientificada do fato, a autoridade policial se dirigiu ao hospital da localida-
de, lá encontrando Andressa, que prontamente havia socorrido a vítima e aguardava a chegada
de familiares desta. O exame de alcoolemia constatou que Andressa não havia feito uso de ál-
cool ou entorpecentes. Em seu relatório de vida pregressa, constava a existência de uma única
anotação relacionada também a crime de trânsito.
Tratando-se de delito de trânsito, ocorre que:
a) o crime praticado é de ação penal pública incondicionada;
b) a gravidade da lesão culposa praticada no contexto altera a tipificação da conduta
de Andressa;
c) a autora não poderá ser presa em flagrante, por ter prestado pronto e integral socorro à vítima;
d) a autoridade policial poderá determinar, direta e cautelarmente, a suspensão da habilitação
para dirigir de Andressa;
e) a autoridade policial poderá representar pela decretação da prisão preventiva em caso de
reincidência específica de Andressa.

a) Errada. O crime de lesão corporal culposa é de ação penal pública condicionada à representação;
b) Errada. Não altera a tipificação, a gravidade da lesão vai influenciar na dosimetria da pena;
c) Certa. Como ela prestou socorro integral à vítima, não poderá ser presa em flagrante, como
afirma o artigo 301 do CTB;
d) Errada. Não é competência da autoridade policial, mas da autoridade judicial;
e) Errada. Não há previsão de prisão preventiva nesse caso.
Letra c.

002. (FGV/PC-RN/DELEGADO DE POLÍCIA/2021) Durante almoço comemorativo, José em-


prestou seu carro a Matheus, para que ele fosse buscar sua namorada, ciente de que este não
possuía carteira de habilitação. Quando trafegava normalmente pela via pública, Matheus foi
parado em blitz rotineira, sendo constatado que não possuía a devida autorização legal para
dirigir. Diante desse quadro fático, de acordo com as previsões legais e jurisprudência do Su-
perior Tribunal de Justiça:
a) José responderá pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, enquan-
to Matheus deverá ser absolvido em razão da atipicidade comportamental;
b) José e Matheus não responderão por qualquer infração penal, pois suas condutas não gera-
ram qualquer perigo de dano ao bem jurídico protegido;

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c) A conduta de José é atípica, devendo Matheus responder pelo crime de dirigir veículo em via
pública sem a devida permissão ou habilitação;
d) Caso viesse a causar lesão culposa em terceiro, Matheus responderia pelos crimes de lesão
culposa na direção de veículo automotor e de dirigir em via pública sem a devida permissão ou
habilitação, em concurso material;
e) José responderá pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, enquan-
to Matheus responderá pelo crime de dirigir veículo em via pública sem a devida permissão ou
habilitação.

a) Certa. A conduta de José molda-se ao previsto no artigo 310 do CTB; quanto à Mateus, não
temos uma conduta criminosa prevista, sendo assim, deverá ser absolvido;
b) Errada. Matheus não responderá por infração penal, mas como vimos no item anterior, José
responderá pelo 310 do CTB;
c) Errada. Como vimos nos itens anteriores, é exatamente o contrário do disposto pelo examinador;
d) Errada. Ele responderia pela lesão, mas não por dirigir sem habilitação;
e) Errada. José responderá por crime, enquanto Matheus não responderá por crime algum, por
falta de previsão legal.
Letra a.

003. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/ESCRIVÃO/2019) Em análise ao Código de Trânsito Brasilei-


ro, Lei n. 9.503/97, com base nas alterações provocadas pela Lei n. 12.760/12, a materialidade
do ilícito previsto no art. 306 (dirigir o veículo com a capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência)
a) se concretiza apenas por exame de alcoolemia.
b) se concretiza se resultar de acidente com vítima.
c) se concretiza independente da submissão do condutor a exame, admitindo-se a comprova-
ção por vídeo, testemunhos ou outros meios de prova admitidos.
d) somente se aplicará a condutores habilitados.
e) se concretiza apenas na esfera administrativa, revertendo-se em imposição de multa.

Essa é mais uma questão em que o examinador cobrou a literalidade da lei, vejamos:

Art. 306. [...]


§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou to-
xicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
Letra c.

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004. (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Assinale a opção correta a res-


peito dos crimes de trânsito.
a) A condução de veículo automotor em via pública por motorista com a habilitação suspensa
configurará crime apenas se a situação gerar perigo de dano.
b) Para a constatação do crime de embriaguez ao volante, é imprescindível a realização de
prova por teste de bafômetro ou etilômetro.
c) A lesão corporal culposa cometida na direção de veículo automotor por condutor sob a influ-
ência de álcool dispensa a representação do ofendido.
d) A suspensão da habilitação, aplicada cumulativamente na sentença condenatória por ho-
micídio culposo na direção de veículo automotor, deve ter o mesmo prazo da pena de prisão.
e) É causa de aumento de pena a utilização de veículo em que tenham sido adulterados equi-
pamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento.

a) Errada. Preste bastante atenção nesse item! O examinador tentou te enganar aqui. Veja que
ele afirma que o condutor está com a habilitação suspensa, e não cassada. Se o condutor tiver
com a habilitação suspensa incorrerá no crime previsto no artigo 307, se fosse com a habilita-
ção cassada, aí sim somente ocorrerá o crime caso gere perigo de dano.
b) Errada. O parágrafo segundo do artigo 306 afirma que a embriaguez poderá ser comprovada
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal
ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
c) Certa. Esse item repete o que vimos na questão anterior, se o agente causar lesão culposa
na direção de veículo e estiver sob influência de álcool não terá necessidade de representação
por parte do ofendido.
d) Errada. O artigo 293 do CTB afirma que a suspensão terá duração de dois meses a cinco anos.
e) Errada. Não se trata de causa de aumento de pena, sim de uma agravante genérica.
Letra c.

005. (CESPE/DPE-AC/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Com base no entendimento dos tribunais


superiores acerca dos crimes de trânsito, assinale a opção correta.
a) Constitui crime de perigo abstrato trafegar em velocidade incompatível com a segurança
próximo a escolas, hospitais e estações de embarque e desembarque de passageiros.
b) O crime de embriaguez ao volante possui elemento objetivo do tipo de natureza exata, o que
não permite a aplicação de critérios subjetivos de interpretação para sua configuração.
c) Confiar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada ou em estado de embriaguez
constitui delito que tem natureza de infração penal de perigo abstrato.
d) Configura crime de perigo abstrato o ato de dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida permissão ou habilitação para dirigir ou após cassação do direito de dirigir.
e) O crime de embriaguez ao volante, por ser delito mais grave, absorve a infração penal de
dirigir veículo automotor em via pública sem permissão ou habilitação

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a) Errada. Meu(minha) querido(a), esse tipo de questão é muito cobrado nas provas de concur-
so. O artigo 311 do CTB afirma que, para a configuração do crime, é necessário gerar o perigo
de dano, portanto, é crime de perigo concreto, não abstrato.
b) Errada. O Crime de embriaguez permite a aplicação de critérios subjetivos, conforme pre-
visto no inciso II do artigo 306 do CTB, que permite a constatação por sinais que indiquem
alteração da capacidade psicomotora.
c) Certa. Fique atento(a) à essa questão, ela é bastante cobrada! A jurisprudência tem o enten-
dimento de que o delito previsto no artigo 310 do CTB é de perigo abstrato.
d) Errada. O delito do artigo 309 é delito de perigo concreto, não abstrato.
e) Errada. A jurisprudência do STJ entende que nesse caso um crime não constitui meio para
a execução do outro, portanto, não poderíamos falar em absorção da infração penal, e sim
concurso de crimes.
Letra c.

006. (IDIB/PREFEITURA DE GOIANA-PE/AGENTE DE TRÂNSITO/2020) Sobre os crimes de


trânsito, assinale a alternativa correta.
a) A multa reparatória poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
b) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor tem a duração de seis meses a cinco anos.
c) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo au-
tomotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
d) Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos no Código de Trânsito
Basileiro, por serem crimes especiais, nunca se aplicam as normas gerais do Código Penal e
do Código de Processo Penal.

a) Errada. Conforme disposto no artigo 297, §1º, a multa reparatória não poderá ser superior
ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
b) Errada. Conforme prevê o artigo 293, a penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a
cinco anos.
c) Certa. É a exata previsão do artigo 292 do CTB.
d) Errada. O artigo 291 afirma que deverão ser aplicadas as normas gerais do Código Penal e
do Código de Processo Penal.
Letra c.

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007. (COSEAC/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/GUARDA MUNICIPAL/2019) Segundo o Códi-


go de Trânsito Brasileiro, se o condutor do veículo, na ocasião do acidente, não prestar imedia-
to socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar
auxílio da autoridade pública, poderá ser configurado(a):
a) Crime punido com detenção.
b) Infração média de trânsito.
c) Infração leve administrativa.
d) Contravenção punida com prisão simples.
e) Medida administrativa de cassação do direito de dirigir.

O condutor do veículo, neste caso, responderá pelo crime do artigo 304 do CTB, vejamos:

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
Letra a.

008. (ACESSO/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2019) Em relação às infrações penais rela-


cionadas ao trânsito, assinale a opção correta.
a) O fato de dirigir perigosamente automóvel sem ser habilitado, vindo a causar lesão corporal
em transeunte, implica o delito de lesão corporal culposa (art. 303 do CTB – Lei 9.503/97), o
qual, em regra, é de ação penal pública condicionada a representação do ofendido. Contudo,
caso a vítima não ofereça a representação para a deflagração da ação penal por tal delito, po-
derá o ministério público deflagrar a ação penal em desfavor do agente pelo delito previsto no
artigo 309 do CTB – Lei 9.503/97, consoante entendimento do STJ.
b) O crime de conduzir automóvel sem possuir permissão para dirigir ou habilitação é classi-
ficado como sendo de perigo concreto, cuja tipificação exige a prova de geração do perigo de
dano, sendo desnecessário que a condução do veículo ocorra em via pública.
c) A contravenção de falta de habilitação para dirigir veículo ainda se encontra em vigor em
relação às embarcações a motor, sendo que sua caracterização também exige a prova da ge-
ração de perigo de dano.
d) A embriaguez ao volante é crime de perigo concreto, sendo necessário ainda para a sua
configuração, que tal delito seja perpetrado em via pública.
e) O fato de o agente descumprir, deliberadamente, a decisão proferida por autoridade adminis-
trativa de trânsito, determinando a suspensão para dirigir veículo automotor, não caracteriza,
segundo o STJ, o delito previsto no art. 307 do CTB.

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a) Errada. Nesse caso o MP não poderá denunciar pelo crime do artigo 309, já que este já foi
absorvido pelo artigo 303, §1º, do CTB, que é um crime de ação penal pública condicionada à
representação. Se a representação não for formalizada, teremos a extinção da punibilidade.
b) Errada. Faz parte do tipo penal a condução do veículo dar-se em via pública.
c) Errada. Conforme disposto na Súmula 720 do STF, o art. 309 do Código de Trânsito Brasilei-
ro, que reclama que decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contraven-
ções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.
d) Errada. Conforme entendimento das cortes superiores e da doutrina, o crime é de perigo
abstrato, não precisando ser demonstrado um perigo concreto.
e) Certa. Conforme entendimento do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição
administrativa (HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, por maioria, jul-
gado em 23/08/2018, DJe 12/12/2018).

Letra e.

009. (FCC/DETRAN-SP/AGENTE DE TRÂNSITO/2019) Praticar lesão corporal culposa na di-


reção de veículo automotor incorre em penas de
a) detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
a habilitação para dirigir veículo automotor.
b) detenção de 6 meses a 2 anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
litação para dirigir veículo automotor.
c) reclusão de 1 a 2 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habili-
tação para dirigir veículo automotor.
d) detenção de 6 meses a 1 ano, e multa.
e) detenção de 6 meses a 1 ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.

Aqui o examinador cobrou o conhecimento das penas dos crimes. Já disse em outras aulas
e volto a dizer, sou contra esse tipo de questão, mas infelizmente alguns examinadores ain-
da insistem em sua cobrança, por isso é importante que você conheça também das penas
dos crimes.

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Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
Péricles Mendonça

É claro que é bem difícil decorar penas, então temos que utilizar alguns artifícios, como
por exemplo, saber se é detenção ou reclusão, se tem multa ou não, o que poderá nos aju-
dar bastante.

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
a habilitação para dirigir veículo automotor.

Para este crime não temos a pena de multa, sendo assim, apenas com essa informação é só
marcar a letra b e correr pro abraço.
Letra b.

010. (VUNESP/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO/2018) Se o agente conduzir veículo automotor sob


a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência,
e, por conta dessa condição, matar alguém, responderá pelo crime previsto
a) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”
em concurso com o crime previsto no Art. 302 do CTB: “Praticar homicídio culposo na direção
de veículo automotor”.
b) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”
em concurso com o crime previsto no Art. 121 do CP: “Matar alguém”, tendo em vista que o
CTB não previu a modalidade dolosa do homicídio.
c) no Art. 302 do CTB: “Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor” qualifi-
cado pelo “agente conduzir veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência”.
d) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”
em concurso com o crime previsto no Art. 121, parágrafo terceiro do CP: “Matar alguém” de
forma culposa.
e) no Art. 121, parágrafo segundo, inciso III do CP: “Matar alguém” com “emprego de veneno,
fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar pe-
rigo comum”.

Primeiro temos que ficar atentos ao fato de a vítima ter morrido, então temos um homicídio,
certo? O examinador tentou te confundir com o artigo 302 do CTB e com o 121 do CP.
Quando o agente comete um homicídio na direção de um veículo automotor, via de regra, res-
ponderá pelo CTB, não pelo Código Penal.

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No ano de 2017 tivemos uma alteração legislativa incluindo o §3º ao artigo 302, que traz a
tipificação para a aquele que pratica o homicídio na condução de veículo automotor sob a in-
fluência de álcool ou substancia psicoativa que determine dependência.

Art. 302. [...]


§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substân-
cia psicoativa que determine dependência:
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Dessa forma, não há o concurso dos dois crimes (do 302 e do 306), mas sim o crime do art.
302 qualificado pelo uso de substâncias.
Letra c.

011. (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA JURÍDICO/2018) Sobre os crimes de trânsito, previstos


no Código Nacional de Trânsito, é correto afirmar:
a) prevê como crime a conduta de violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta como penalidade à infração de trânsito.
b) a pena de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor não se aplicará isoladamente, sendo cumulada a outras penalidades.
c) a pena de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor, por expressa previsão legal, prescreve em 03 (três) anos.
d) é circunstância que sempre agrava as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do
veículo cometido a infração, sob influência do álcool.
e) prevê como crime deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato
socorro à vítima, excepcionada a hipótese de morte instantânea.

a) Certa. Essa é a literalidade do artigo 307 do CTB, vejamos:

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código.

b) Errada. Conforme prevê o artigo 292 do CTB, a suspensão ou proibição de se obter a per-
missão ou habilitação pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
c) Errada. Essa questão não está prevista no CTB, mas sim em uma resolução do CONTRAN,
que traz a previsão dessa prescrição em 5 anos, não em três.
d) Errada. Não há previsão de agravante. Temos um crime autônomo, que é dirigir sob o efeito de
álcool, e as qualificadoras previstas no caso do homicídio culposo e da lesão corporal culposa.
e) Errada. O fato da vítima morrer na hora não isenta a pessoa que não presta socorro.
Letra a.

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012. (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A suspensão da habilitação para dirigir veículo


automotor prevista no Código de Trânsito Brasileiro
a) tem a duração máxima de cinco anos.
b) não pode ser decretada cautelarmente.
c) deve ser fixada pelo mesmo tempo de duração da pena privativa de liberdade, por força de
expressa previsão legal.
d) não pode ser imposta como penalidade principal
e) não pode ser imposta cumulativamente com outras penalidades.

a) Certa. Exatamente conforme prevê o artigo 293 do CTB, a suspensão poderá ocorrer de dois
meses a cinco anos.
b) Errada. O artigo 294 garante que a suspensão da habilitação poderá ocorrer de forma cautelar.
c) Errada. Não existe previsão legal para isso, o que temos é o artigo 293, que estabelece prazo
para a suspensão.
d) Errada. O artigo 292 afirma que a suspensão poderá ser aplicada de forma isolada ou cumu-
lativa com outras penalidades.
e) Errada. Da mesma forma que o item anterior, justifica-se o erro da questão pelo fato de a
pena poder ser aplicada de forma cumulativa.
Letra a.

013. (FCC/TRT 9ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) São crimes previstos no Código


Brasileiro de Trânsito (Lei n. 9.503/1997), dentre outros,
a) praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor; afastar-se o condutor do
veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser
atribuída; deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro
à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública.
b) avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória; deixar de sinalizar qual-
quer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via
terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente; trafegar em velocidade in-
compatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque
e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano.
c) praticar homicídio doloso na direção de veículo automotor; afastar-se o condutor do veículo
do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída;
conduzir o veículo com dispositivo antirradar.
d) participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competi-
ção automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à
incolumidade pública ou privada; avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obriga-
tória; praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.

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a) Certa. Todas as condutas são descritas como crime no CTB.


b) Errada. Avançar o sinal vermelho é uma infração de trânsito, deixar de sinalizar também
configura infração administrativa.
c) Errada. Homicídio doloso não é crime de trânsito, mas crime previsto no Código Penal, e
conduzir veículo com dispositivo antirradar constitui uma infração administrativa.
d) Errada. Temos novamente a conduta de avançar o sinal vermelho, que é uma infração admi-
nistrativa.
Letra a.

014. (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) No tocante aos crimes de trânsito, é correto


afirmar que
a) a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo au-
tomotor não pode ser imposta cumulativamente com outras penalidades.
b) imprescindível o perigo de dano para a tipificação do delito de direção de veículo automotor,
em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o
direito de dirigir.
c) a circunstância de o agente não possuir carteira de habilitação constitui causa de aumento
da pena tão somente no crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor
d) a penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em
favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia fixada em salários mínimos.
e) a lei já não prevê a concentração de álcool por litro de sangue necessária para a configura-
ção do delito de embriaguez ao volante.

a) Errada. O artigo 292 permite a aplicação das penas de forma cumulativa.


b) Certa. Para a configuração do delito do artigo 309, é necessário que seja demonstrado o
perigo de dano.
c) Errada. O artigo 298 traz as circunstâncias que sempre agravam o crime de trânsito, no inci-
so III há a previsão da falta de habilitação para dirigir.
d) Errada. A penalidade é fixada em multas-dia, conforme prevê o artigo 297 do CTB.
e) Errada. A lei prevê tal concentração, como vimos na aula.
Letra b.

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015. (FCC/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2009) Nos crimes de trânsito,


a) a multa reparatória não será descontada de eventual indenização civil do dano.
b) é cabível a transação penal, se a infração for de menor potencial ofensivo.
c) a penalidade de suspensão da habilitação deve, necessariamente, durar o mesmo período
da pena privativa de liberdade.
d) não há necessidade de representação do ofendido para apuração do delito de lesão corpo-
ral culposa.
e) não constitui circunstância agravante o fato de o condutor do veículo haver cometido a in-
fração sobre a faixa de trânsito destinada a pedestres.

a) Errada. Conforme prevê o artigo 297, §3º, a multa será descontada.


b) Certa. Se a infração penal for de menor potencial ofensivo, caberá a transação penal.
c) Errada. A pena da suspensão da habilitação tem seu prazo estipulado que é de dois meses
a cinco anos, não sendo obrigatório esse vínculo entre as duas penas.
d) Errada. Conforme previsão da lei 9.099/95, é necessária a representação do ofendido.
e) Errada. Essa é uma das circunstâncias que sempre agravam, prevista no artigo 298, VII, do CTB.
Letra b.

016. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2010) Nos delitos do Código de Trânsito Brasileiro,


a penalidade de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para conduzir
veículo automotor
a) é cumprida concomitantemente à pena de prisão.
b) é imposta apenas para o delito de embriaguez ao volante.
c) é imposta obrigatoriamente para o reincidente específico.
d) tem a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
e) tem prazo mínimo de um mês.

a) Errada. A pena de suspensão não correrá concomitantemente à pena de prisão, o que faz
todo sentido, já que se o agente estiver preso a CNH não servirá para ele naquele momento.
b) Errada. O artigo 292 garante que essa penalidade seja aplicada de forma isolada ou cumula-
tiva com outras penalidades, e não somente ao delito de embriaguez ao volante.
c) Certa. Conforme prevê o artigo 296, o juiz aplicará a pena de suspensão no caso de reinci-
dência específica.
d) Errada. A duração da pena de suspensão está prevista no artigo 293 e será de dois meses
a cinco anos.
e) Errada. O prazo mínimo é de dois meses, não de um mês.
Letra c.

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017. (FCC/MPE-AP/TÉCNICO MINISTERIAL/2012) No homicídio culposo cometido na dire-


ção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente
a) praticá-lo em faixa de circulação exclusiva.
b) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
c) transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local.
d) avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória.
e) utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir manobra perigosa.

O parágrafo 1º do artigo 302 traz as causas de aumento de pena:

Art. 302. [...]


§ 1º [...]
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

Verificando o disposto na lei, temos como opção correta a letra b da questão.


Letra b.

018. (FCC/MPE-AL/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2012) Na lesão corporal culposa na direção


de veículo automotor, NÃO constitui causa de aumento da pena, a ser considerada na terceira
fase do cálculo, a circunstância de o agente
a) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
b) praticá-la em faixa de pedestres ou na calçada.
c) deixar de prestar socorro à vítima do acidente, quando possível fazê-lo sem risco pessoal.
d) utilizar veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescri-
tos nas especificações do fabricante.
e) estar conduzindo veículo de transporte de passageiros no exercício de sua profissão ou
atividade.

Veja que temos outra questão sobre as causas de aumento para o homicídio culposo.

Art. 302. [...]


§ 1º [...]
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

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II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

A opção que não consta no rol das causas de aumento é a letra d.


Letra d.

019. (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018/ADAPTADA) Nos crimes de trânsito previs-


tos na Lei n. 9.503/1997,
a) se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz não poderá aplicar a
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor.
b) em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia
da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, ainda que de ofício, decretar, em deci-
são motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção.
c) a prática do delito em faixa de pedestres é causa de aumento dos delitos de homicídio cul-
poso e lesão corporal culposa, e não pode ser aplicada como agravante dos demais delitos.
d) a penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor tem a mesma duração da pena de prisão prevista para o delito.

a) Errada. Conforme o artigo 296:

Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto no CTB, o juiz aplicará a penalidade
de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais
sanções penais cabíveis.

b) Certa. Essa é a previsão do artigo 294 da lei.


c) Errada. A causa de aumento para aquele que comete o crime na faixa de pedestres é para
todos os crimes do CTB.
d) Errada. A duração não é a mesma da pena, podendo variar de dois meses a cinco anos.
Letra b.

020. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/2018) O homicídio culposo na direção de veícu-


lo automotor
a) depende da ausência de ingestão de bebida alcoólica, caso em que se verifica o dolo eventual.
b) a pena é aumentada de um terço até a metade se praticado na calçada.
c) tem como consequência facultativa da condenação a suspensão da habilitação para dirigir
veículo automotor.

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d) tem a mesma pena do homicídio culposo do Código Penal, mas tem causas de aumento de
pena específicas.
e) na modalidade tentada permite a aplicação de pena restritiva de direitos.

a) Errada. O homicídio culposo previsto no art. 302 do CTB não depende da ingestão de bebida
alcóolica, porém, a ingestão de álcool qualifica o homicídio.
b) Certa. O §1º do artigo 302 traz as causas de aumento de pena, que serão exatamente de 1/3
até a metade. Uma dessas cláusulas é estar a vítima na calçada ou faixa de pedestres.
c) Errada. Não é uma faculdade a suspensão da habilitação para dirigir, faz parte da pena.
d) Errada. Enquanto o homicídio culposo do Código Penal tem a pena de detenção de um a três
anos, o homicídio culposo do CTB tem como pena a detenção de dois a quatro anos.
e) Errada. Por ser um homicídio culposo, não se admite a tentativa, portanto, não podemos
falar em pena para tentativa.
Letra b.

021. (FCC/TRF 5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Manoel, dirigindo seu veículo, por


distração, atropela a estudante universitária Cristine de 18 anos. Percebendo que não haviam
testemunhas, evade-se do local, sem prestar socorro, para fugir da prisão em flagrante delito.
Cristine morre. Manoel estará sujeito às penas do crime de homicídio
a) doloso, com o aumento da pena em 1/3.
b) culposo, com o aumento da pena em 2/3.
c) culposo, com o aumento da pena em 1/3.
d) doloso, com o aumento da pena em 2/3.
e) culposo, com o aumento da pena em dobro em face da fuga do local.

Vamos nos ater à primeira informação que o examinador trouxe: “Manoel, dirigindo o seu
veículo, por distração...”, dessa forma, já eliminamos as opções que caracterizam o homicí-
dio doloso.
Agora um comentário pessoal sobre a questão: A lei fala em aumento de pena de 1/3 a meta-
de, portanto, eu achei impreciso o examinador afirmar a quantidade a ser aumentada da pena.
Mas às vezes teremos que abstrair alguns detalhes.
A lei traz como causa de aumento de pena o fato do agente deixar de prestar socorro à vítima
do acidente quando possível fazê-lo sem risco pessoal.
Então teremos um homicídio culposo, com a pena aumentada em um terço.
Letra c.

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022. (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Com relação aos crimes de trânsito, é


correto afirmar que
a) em qualquer hipótese de lesão corporal culposa, a ação penal será pública condicionada.
b) no crime de homicídio culposo a ação penal poderá ser pública condicionada.
c) o crime de embriaguez ao volante não admite transação penal, mas nada impede a incidên-
cia de suspensão condicional do processo.
d) o crime de violação da suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou habilitação
para dirigir veículo é incompatível com a suspensão condicional de processo.
e) o crime de fuga do local do acidente não é considerado uma infração penal de menor poten-
cial ofensivo.

a) Errada. Vimos na aula que o artigo 291, §1º, do CTB, traz situações onde haverá um trata-
mento diferente.
b) Errada. A ação penal do crime de homicídio culposo será pública incondicionada.
c) Certa. O artigo 306 do CTB prevê uma pena de seis meses a três anos, e o examinador
afirmou não ser caso de transação penal, porém, admite suspensão condicional do processo.
Como não estamos diante de uma infração de menor potencial ofensivo, não cabe a transação,
no entanto, como a pena mínima não ultrapassa um ano, poderá incidir a suspensão condicio-
nal do processo.
d) Errada. O artigo 307 tem como pena mínima seis meses, portanto, é compatível com a sus-
pensão condicional do processo.
e) Errada. A pena do artigo 305 é de um ano, portanto, é sim uma infração de menor potencial
ofensivo.
Letra c.

023. (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2018) Assinale a alternativa correta.


a) Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os cri-
mes a que a lei comine pena máxima não superior a 4 (quatro) anos, cumulada ou não com multa.
b) Considera-se crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro a conduta de afastar-se o con-
dutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa
ser atribuída.
c) Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independente-
mente da pena prevista, aplicam-se integralmente os dispositivos da Lei no 9.099, de 26 de
setembro de 1995.
d) Oferecer, prescrever ou entregar a consumo drogas, ainda que gratuitamente, sem autori-
zação ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, constitui crime apenado
com detenção
e) Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa
de direitos fundamentais, exceto nas hipóteses previstas em lei.

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O artigo 305 traz exatamente a previsão do tipo penal apresentado pelo examinador, vejamos:

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal
ou civil que lhe possa ser atribuída.

Como venho dizendo em nossas aulas sobre legislação extravagante, a VUNESP gosta muito
de cobrar a literalidade da lei, portanto, leia a “lei seca”!
Letra b.

024. (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO/2018) Considere a seguinte situação hipotética: O moto-


rista “X”, ao participar, em via pública, de competição automobilística, não autorizada pela au-
toridade competente, atropela o pedestre “Y”, provocando-lhe lesões corporais. Diante dessa
situação e considerando apenas o atropelamento, é correto afirmar que a infração penal come-
tida é considerada um crime
a) comum de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n. 9.099/1995.
b) de trânsito de lesão corporal, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da Lei n.
9.099/1995.
c) de trânsito de tentativa de homicídio, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da
Lei n. 9.099/1995
d) comum de tentativa de homicídio, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n.
9.099/1995.
e) de trânsito de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n.
9.099/1995.

O examinador deixou bem claro que é para considerar apenas o atropelamento, certo? Em mo-
mento algum falou sobre o dolo do agente, portanto, podemos entender que houve uma lesão
corporal culposa na direção de veículo.
Agora temos que saber se aplicamos ou não os institutos da Lei n. 9.099/95.
Conforme prevê o artigo 291, §1º, II, CTB:

Art. 291. [...]


§ 1º [...]
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou de-
monstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente.

Dessa forma, não haverá a aplicação do disposto na lei n. 9.099/95.


Letra b.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – Crimes de Trânsito
Péricles Mendonça

025. (VUNESP/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO/2018) De acordo com o § 1º do art. 302 da Lei n.


9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), no homicídio culposo cometido na direção de veículo
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente
a) estiver sob efeito de álcool ou droga.
b) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
c) for contumaz infrator das leis de trânsito.
d) praticá-lo conduzindo em velocidade excessiva.
e) praticá-lo durante corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela auto-
ridade competente.

Veja, meu(minha) querido(a), o examinador nessa questão queria saber exatamente a le-
tra da lei.
Infelizmente ainda é muito comum a cobrança desse tipo de questão, por isso que reforço a
importância da leitura da “lei seca”.

Art. 302. [...]


§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) à metade, se o agente:
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
Letra b.

026. (VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Considere o seguinte caso hipotético.


A velocidade máxima permitida na Rua A é de 50 Km/h. “Y”, conduzindo seu veículo a 120
Km/h pela Rua A, atropela “Z”, provocando-lhe lesões corporais. Diante do exposto e consi-
derando que “Y” cometeu um crime culposo de trânsito nos termos da Lei no 9.503/1997, é
correto afirmar que a conduta de “Y” tipifica o crime de
a) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública condicionada
e com possibilidade de aplicação da composição dos danos civis prevista na Lei no 9.099/95.
b) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública condicionada
e com possibilidade de aplicação da transação penal prevista na Lei no 9.099/95.
c) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondiciona-
da, não sendo possível a aplicação da transação penal prevista na Lei no 9.099/95.
d) lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondiciona-
da e com possibilidade de aplicação da composição dos danos civis prevista na Lei no 9.099/95.
e) tentativa de homicídio na direção de veículo automotor, de ação penal pública incondiciona-
da, não sendo possível a aplicação da transação penal prevista na Lei no 9.099/95.

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Péricles Mendonça

Temos o consenso de que houve uma lesão corporal culposa, certo? Agora vamos à leitura do
artigo 291, §1º, CTB:

Art. 291. [...]


§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou de-
monstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta
quilômetros por hora).
Somente com a leitura do texto da lei já podemos ver que “Y” se encaixou em uma dessas hipóteses,
ou seja, já sabemos que não serão aplicados ao caso dele os benefícios da Lei n. 9.099/95.

Nesse caso, a ação penal será pública e incondicionada à representação, já que não será apli-
cado o previsto no artigo 88 da lei 9.099/95.
Letra c.

027. (VUNESP/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2015) Assinale a alternativa correta no tocan-


te à Lei n. 9.503/97 (CTB).
a) A conduta de dirigir veículo automotor em via pública, sem a devida permissão para dirigir
ou habilitação, configura crime (art. 309), gerando ou não perigo de dano.
b) A única possibilidade de configuração do crime de embriaguez ao volante (art. 306) é por
meio da constatação de concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de
sangue, ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar.
c) Mesmo sem resultar dano potencial à incolumidade pública ou privada, é crime (art. 308)
participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de disputa ou competição automo-
bilística não autorizada pela autoridade competente (“racha”).
d) O condenado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (art. 303), além da
pena privativa de liberdade sujeitar-se-á, obrigatoriamente, à pena criminal de suspensão ou
proibição de obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
e) É crime (art. 311) trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades
de escolas, gerando perigo de dano.

a) Errada. Para configurar o crime é necessário que seja gerado o perigo de dano, conforme
expressa previsão legal.
b) Errada. Essa não é a única possibilidade. Como vimos em nossa aula, a verificação poderá
ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova
testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos.

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c) Errada. É necessário também que gere dano potencial à incolumidade pública ou privada.
d) Errada. Este foi um item muito polêmico, já que o artigo 303 realmente prevê a pena de deten-
ção e suspensão ou proibição de obter a permissão ou a habilitação para dirigir, porém, o exami-
nador afirma essa ser uma pena criminal, quando na verdade trata-se de sanção administrativa.
e) Certa. Essa é a previsão expressa da lei.
Letra e.

028. (VUNESP/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA/2015) Sobre o Código de Trânsito Brasileiro,


está correto afirmar que
a) a punição da conduta de participação em racha (artigo 308), está condicionada à ocorrência
de acidente.
b) o agente que deixa de prestar socorro à vítima em acidente de trânsito fica isento de pena,
quando essa omissão for suprida por terceiros.
c) a conduta de violar ordem de suspensão para dirigir veículo automotor é punida, administra-
tivamente, com nova suspensão.
d) o crime do artigo 311 exige perigo de dano para a conduta de trafegar em velocidade incom-
patível com a segurança nas proximidades de escolas.
e) a conduta de entregar a direção de veículo automotor à pessoa não habilitada é punida, ad-
ministrativamente, com suspensão do direito de dirigir pelo prazo previsto em lei.

O legislador resolveu criminalizar a conduta de trafegar em alta velocidade quando praticada


em determinados locais que gerem um maior perigo de dano, dentre eles temos a proximidade
das escolas.
Letra d.

029. (VUNESP/PC-SP/DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL/2014) Dispõe o Código de Trânsito


Brasileiro, em seu artigo 306: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alte-
rada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine depen-
dência”. Caracteriza o crime mencionado a constatação de concentração igual ou superior a
a) 7 centigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,04 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
b) 4 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,1 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
c) 5 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,2 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
d) 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.
e) 8 centigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,05 miligramas de álcool
por litro de ar alveolar.

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Essa é uma informação muito importante que você deve levar para sua prova. É a previsão do
artigo 306, §1º, I, CTB: concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de
sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar.
Letra d.

030. (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2014) Ao disciplinar os crimes em espécie, o


Código de Trânsito Brasileiro determina como penas ao condutor do veículo que afastar-se do
local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída,
a) detenção, de dois a quatro anos, ou multa.
b) reclusão, de quatro a oito anos e multa.
c) reclusão, de dois a quatro anos e multa.
d) detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
e) detenção, de um a dois anos, e multa.

Olha, de verdade, eu não gosto desse tipo de questão, porém, a nossa banca gosta. Então te-
mos que dançar conforme a música. Podemos responder essa questão com o conhecimento
do artigo 305 da lei de trânsito.

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal
ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Letra d.

031. (VUNESP/DETRAN-SP/AGENTE DE TRÂNSITO/2013) Os crimes de homicídio e lesão


corporal previstos no CTB são
a) Eventualmente culposos.
b) Eventualmente dolosos.
c) Culposos.
d) Dolosos.
e) Culposos e dolosos.

Como vimos em nossa aula, os crimes de homicídio e lesão corporal previstos no CTB são
somente os culposos.
Letra c.

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032. (VUNESP/DETRAN-SP/AGENTE DE TRÂNSITO/2013) O art. 307 do CTB tem o seguinte


texto: “Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código”. A infração a esse disposto acarreta
a) detenção de 3 a 6 meses, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou
de proibição.
b) detenção de 6 meses a 1 ano e multa.
c) Multa.
d) detenção de 3 a 6 meses e multa.
e) detenção de 6 meses a 1 ano, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspen-
são ou de proibição.

Mais uma daquelas questões que exige que o candidato decore os tipos penais. O tipo penal
do artigo 307 tem como penas previstas: detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Letra e.

033. (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2013) O Código de Trânsito Brasilei-


ro consigna, entre outros, o crime de
a) subtrair veículo na via pública para fins de venda de suas peças.
b) praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.
c) praticar lesão corporal dolosa na direção de veículo.
d) roubar ou furtar placas de veículos.
e) praticar homicídio doloso na direção de veículo automotor.

Das condutas descritas na questão, a única que encontramos prevista no CTB é a de praticar
homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Letra b.

034. (VUNESP/PC-SP/AGENTE DE POLÍCIA/2013) Ao condutor de veículo, nos casos de aci-


dentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá
fiança, se
a) tentou a todo custo evitar o acidente.
b) confessou a autoria à autoridade policial.
c) não teve a intenção de causar o acidente.
d) prestou pronto e integral socorro à vítima.
e) evadiu-se do local do acidente para descaracterizar o flagrante.

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Essa é a previsão do artigo 301 do CTB, vejamos:

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
Letra d.

035. (VUNESP/PC-SP/PERITO CRIMINAL/2013) Sobre os crimes previstos no Código de


Trânsito Brasileiro, é correto afirmar que
a) a participação do condutor em corrida, disputa ou competição automobilística não autoriza-
da, ainda que não resulte dano potencial à incolumidade pública, configura crime de trânsito.
b) o condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixar de socorrer a vítima, desde que de
morte instantânea, não responderá por crime de trânsito.
c) o Código pune a prática de homicídio doloso ao volante.
d) a direção de veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habi-
litação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, mesmo que não gere perigo de dano, configura
crime de trânsito.
e) o condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixar de socorrer a vítima, ainda que
com ferimentos leves, responderá por omissão de socorro.

a) Errada. Para que configure o crime de trânsito, é necessário que gere dano potencial à inco-
lumidade pública.
b) Errada. Não há essa possibilidade na lei. O fato de ocorrer a morte instantânea não exime o
condutor de prestar o devido socorro.
c) Errada. O código pune a prática de homicídio culposo, não doloso.
d) Errada. É necessário que gere perigo de dano para configurar o crime.
e) Certa. Essa é a previsão do artigo 304, parágrafo único, do CTB.
Letra e.

036. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2017) A respeito dos crimes


previstos no Código de Trânsito Brasileiro – Lei n. 9.503/1997, assinale a alternativa correta:
a) Nos crimes previstos o Código de Trânsito Brasileiro, a suspensão ou a proibição para se ob-
ter permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor deve ser imposta cumulativamente
com outras penalidades, não como pena autônoma.
b) Nos termos da Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – a pena de suspensão da
habilitação para dirigir veículo automotor deve durar duas vezes o período da pena privativa de
liberdade aplicada, e não é iniciada enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal,
estiver recolhido a estabelecimento prisional.
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c) No caso de réu reincidente em crime de trânsito - Lei n. 9.503/1997, é obrigatório que o


magistrado, ao julgar a nova infração, fixe a pena prevista no tipo, associada à suspensão da
permissão ou habilitação de dirigir veículo automotor.
d) São circunstâncias que sempre agravam as penas no crime de trânsito praticá-lo perto de
faixa de trânsito temporário destinada a pedestre e com a carteira de habilitação vencida.

a) Errada. Conforme previsão do artigo 292 do CTB, a suspensão ou a proibição de se obter a


permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumu-
lativamente com outras penalidades.
b) Errada. Como já vimos anteriormente, a penalidade de suspensão tem duração de dois me-
ses a cinco anos.
c) Certa. Exatamente conforme previsão do artigo 296 do CTB:

Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a pena-
lidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das
demais sanções penais cabíveis.

d) Errada. As circunstâncias que sempre agravam as penas estão previstas no artigo 298 do
CTB e, dentre elas, não temos a previsão da carteira de habilitação vencida.

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Letra c.

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037. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2017) Quanto aos crimes


de lesão corporal culposa no trânsito (Lei n. 9.503/97), é correto afirmar que
a) cabe a aplicação da transação penal, prevista na Lei n. 9.099/95, quando o agente estava
trafegando em velocidade superior a máxima permitida para a via em 50 km/hora.
b) trata-se de ação penal pública condicionada à representação da vítima quando o agente
participava de corrida, disputa ou competição.
c) cabe a suspensão do processo, nos termos do art. 89 da Lei n. 9.099/95, quando o agente
era inabilitado para condução de veículos automotores.
d) trata-se de ação penal pública incondicionada, quando o agente era inabilitado.

a) Errada. O §1º do artigo 291 do CTB, em seu inciso III, afirma que não se aplicam os benefí-
cios do JECRIM.
b) Errada. Mais uma vez recorremos ao artigo 291, porém, agora ao inciso II, §1º, que diz que a
ação penal será pública incondicionada.
c) Certa. O caput do artigo 291 afirma que aplicam-se os benefícios da lei n. 9.099/95. Porém,
existem algumas exceções previstas no §1º e dentre elas não consta a inabilitação do agente,
portanto, a questão está correta.
d) Errada. O fato de não ser habilitado não torna a ação penal pública incondicionada.
Letra c.

038. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Julgue o item.


Segundo o disposto no art. 298 do Código de Trânsito Brasileiro, são circunstâncias que sem-
pre agravam as penalidades, entre outras, ter o condutor do veículo cometido a infração com
permissão para dirigir ou carteira de habilitação de categoria diferente da do veículo.

Questão bem direta que cobra o conhecimento do candidato acerca do artigo 298 do CTB. Va-
mos conferir novamente as circunstâncias que sempre agravam as penalidades:

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;

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VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Certo.

039. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Julgue o item.


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu art. 304 e parágrafo único, penaliza criminalmente o
condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixar de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, não solicitar auxílio da autoridade pú-
blica, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
instantânea ou com ferimentos leves.

Mais uma questão cobrando exatamente a letra da lei. Vejamos o disposto no artigo 304 do CTB:

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
Certo.

040. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Julgue o item.


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu art. 311, prevê pena de detenção ou multa sempre que
o condutor trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de esco-
las, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou
onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas.

Mais uma questão da prova de Promotor de Santa Catarina e mais uma vez cobrando a letra da
lei. Nessa questão o examinador agiu de má-fé (risos).
Vamos dar uma olhada na previsão do artigo 311:

Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano.

O examinador não trouxe a expressão “gerando perigo de dano”, portanto, a questão foi consi-
derada incorreta pela banca.
Errado.

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041. (UEG/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Nos termos da Lei n. 9.503/1997, a condu-


ta de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influên-
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, será constatada
por sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psico-
motora, ou por concentração igual ou superior a:
a) 2 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,1 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
b) 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
c) 4 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,4 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
d) 5 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,9 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.
e) 7 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,8 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar.

Conforme previsão do artigo 306 do CTB, conduzir veículo automotor com capacidade psico-
motora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que de-
termine dependência constitui crime, e essa conduta será constatada por meio de sinais que
indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora e concen-
tração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a
0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar (art. 306, §1º, I e II).
Letra b.

042. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS/2016) De acordo com a Lei


n. 9.503/1997, no homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é au-
mentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente
a) possuir Carteira de Habilitação.
b) praticá-lo em faixa de pedestres.
c) possuir Permissão para Dirigir.
d) prestar socorro à vítima do acidente.

Vamos conferir o previsto no §1º do artigo 302 do CTB:

Art. 302. [...]


§1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) à metade, se o agente:
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

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II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Letra b.

043. (PREFEITURA DO RJ/PREFEITURA DO RJ/FISCAL DE TRANSPORTES/2016) As penas


para aquele que praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor são detenção
de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor. Contudo, caso o infrator, no exercício de sua profissão ou ativi-
dade, esteja conduzindo veículo de transporte de passageiros, a pena tem aumento:
a) de 1/4 (um quarto) à 1/2 (metade).
b) de 1/3 (um terço) à 1/2 (metade).
c) de 1/4 (um quarto) ao dobro.
d) de 1/3 (um terço) ao dobro.

Da mesma forma que no artigo 302, o artigo 303 (Praticar lesão corporal culposa na direção
de veículo automotor) possui algumas causas de aumento de pena, e elas também dar-se-ão
de 1/3 à metade.
Letra b.

044. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Situação hipotética: Simão praticou lesão


corporal culposa enquanto conduzia veículo automotor. Além de ter dirigido com a capacidade
psicomotora alterada em razão da ingestão de bebida alcoólica, o condutor apresentou car-
teira de habilitação vencida. Assertiva: Nessa situação, segundo entendimento do STJ, Simão
responderá pelos delitos de embriaguez ao volante e de lesão corporal na condução de veículo
automotor, devendo incidir, ainda, a causa de aumento de pena, por ter conduzido veículo auto-
motor com a carteira de habilitação vencida.

O STJ entende que o fato da habilitação estar vencida não se enquadra na causa de aumento
de pena do inciso I, §1º, do artigo 302 do CTB.
Na decisão do Ministro relator ele afirmou que:

JURISPRUDÊNCIA
(...) no Direito Penal, não se admite analogia in malam partem, de modo que não se pode
inserir no rol das circunstâncias que agravam a pena também o fato de agente cometer
homicídio culposo na direção de veículo automotor com carteira de habilitação vencida.

Errado.

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045. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item a seguir.


Márcio conduzia seu veículo automotor produzindo fumaça em níveis superiores aos legal-
mente permitidos. Nessa situação, conforme o nível de fumaça exalada, a conduta de Márcio
pode configurar tanto infração administrativa como crime de trânsito.

Em nossa aula não vimos essa conduta criminosa, certo? Então não é crime. Porém, o condu-
tor estará sujeito à infração de trânsito prevista no CTB no art. 231, vejamos:

Art. 231. Transitar com o veículo:


III – produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; In-
fração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
Errado.

046. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Wellington, maior e capaz, sem


habilitação ou permissão para dirigir veículo automotor, tomou emprestado de Sandro, tam-
bém maior e capaz, seu veículo, para visitar a namorada em um bairro próximo àquele onde
ambos residiam. Sandro, mesmo ciente da falta de habilitação de Wellington, emprestou o
veículo. Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item que se segue, à luz do
Código de Trânsito Brasileiro.
Sandro responderá por crime de trânsito somente se a condução de Wellington causar peri-
go de dano.

O crime em questão é o disposto no artigo 310 do CTB e, conforme vimos em nossa aula, tra-
ta-se de crime de perigo abstrato, não concreto, como afirmou o examinador.
Soma-se a isso o disposto na Súmula 575 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 575 do STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção
de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer
das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão
ou de perigo de dano concreto na condução do veículo.

Errado.

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047. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item.


Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou um transeunte, causando-lhe ferimentos
leves. Luciano não prestou socorro à vítima nem solicitou auxílio da autoridade pública. Nes-
sa situação, a conduta de Luciano será considerada atípica caso um terceiro tenha prestado
apoio à vítima em seu lugar.

Para respondermos essa questão, vamos recorrer ao parágrafo único do artigo 304, do CTB,
que afirma:

Art. 304. [...]


Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
Errado.

048. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item a seguir.


Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus
veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para
tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de
natureza grave em um transeunte.
Por se tratar de lesão corporal de natureza culposa, é vedada a instauração de inquérito policial
para apurar as condutas de Godofredo e Antônio, bastando a realização dos exames médicos
da vítima e o compromisso dos autores em comparecer a todos os atos necessários junto às
autoridades policial e judiciária.

Como vimos em nossa aula, o artigo 291 do CTB afirma que:

Art. 291. [...]


§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da
Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição
ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente;
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta qui-
lômetros por hora).

Portanto, no caso em questão os indivíduos se enquadram na situação do inciso II, ou seja,


deverá ser instaurado um inquérito policial para a investigação da infração penal.
Errado.

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049. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item a seguir.


Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus
veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para
tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de
natureza grave em um transeunte. Godofredo e Antônio estão sujeitos à pena de reclusão, em
razão do resultado danoso da conduta delitiva narrada.

Conforme dispõe o §1º do artigo 308 do CTB, os dois estarão sujeitos à pena de reclusão de
três a seis anos.
Certo.

050. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2019) Julgue o item.


Ao final de uma festa, Godofredo e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus
veículos, fazendo manobras arriscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para
tanto. Nessa contenda, houve colisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de
natureza grave em um transeunte. Godofredo e Antônio responderiam por crime de trânsito
independentemente da lesão corporal causada, pois a conduta de ambos gerou situação de
risco à incolumidade pública.

Nesse caso eles responderiam pelo caput do artigo 308, ou seja, independentemente de ter
ocorrido a lesão, a conduta praticada pelos dois é tipificada como crime de trânsito.
Certo.

051. (CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Situação hipotética: Após grave colisão


de veículos, pessoas que transitavam pelo local — condutores de outros veículos e pedestres
alheios ao evento — deixaram, sem justificativa, de prestar imediato socorro às vítimas. Asser-
tiva: Nessa situação, os terceiros não envolvidos no acidente não responderão pelo crime de
omissão de socorro previsto no Código de Trânsito Brasileiro.

Essa é uma questão que muito aluno bom erra por falta de atenção, mas, com certeza, esse
não é o seu caso!
O examinador está perguntando se os terceiros não envolvidos no acidente não responderão
pelo crime previsto no CTB (art. 304).

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima,
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública.

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Péricles Mendonça

Sim, eles não responderão pelo crime previsto no artigo 304 do CTB, mas poderão responder
pelo crime previsto no Código Penal.
Temos que ficar atentos, pois o examinador não disse que os terceiros não responderão por
crim, mas sim que não responderão pelo crime do CTB.
Certo.

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Péricles Mendonça
Péricles Mendonça de Rezende Júnior é Agente da Polícia Civil do Distrito Federal (aprovado no concurso
realizado pelo CESPE em 2013).
Hoje, com 32 anos, tem em seu histórico aprovações em concursos como o do BRB, Serpro (Analista),
Secretaria de Educação (Analista de Gestão Educacional), MPU (Técnico e Analista), PMDF/2009 e
PCDF/2013 (Agente e Escrivão).

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