Você está na página 1de 61

ANIMAIS DE LABORATÓRIO

- RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008.


- LEI N° 11.794 (LEI AROUCA), DE 8 DE OUTUBRO DE 2008.
PRINCÍPIOS DOS 3R´S
- Decreto nº 6.899, de 15 de julho de 2009
- RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 25 DE JUNHO DE 2015.
- RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016.
- RESOLUÇÃO CFMV Nº 1178/2017, QUE REGULAMENTA RESPONSABILIDADE TÉCNICA EM
ESTABELECIMENTOS QUE CRIEM OU UTILIZEM ANIMAIS EM ATIVIDADES DE PESQUISA OU
ENSINO
- RESOLUÇÃO NORMATIVA CONCEA/MCTI – Nº 49, DE 07 DE MAIO DE 2021.
--- RESOLUÇÃO NORMATIVA CONCEA Nº 52, DE 19.05.2021.
Prof. Dr. Hugo Delleon
RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008 - CFMV
¡ Dispõe sobre o uso de animais no ensino e na pesquisa e
regulamenta as Comissões de Ética no Uso de Animais (CEUAs) no
âmbito da Medicina Veterinária e da Zootecnia brasileiras e dá outras
providências.

¡ Necessidade de disciplinar, uniformizar e normatizar o uso


científico de animais sencientes no ensino e na pesquisa médico-
veterinária e zootécnica, em nível nacional;
RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008 - CFMV

¡ A formação do médico veterinário e do zootecnista lhes imputa o zelo


pelo bem-estar animal;

¡ A aplicação das 5 Liberdades do bem-estar animal no ensino e na


experimentação;

¡ Adoção do Princípio dos “3 R’s”


AS 5 LIBERDADES DO BEM-ESTAR ANIMAL
O QUE DIZ A RESOLUÇÃO Nº 879 (ART. 4) SOBRE O USO DE ANIMAIS
NO ENSINO?
RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008 - CFMV

As atividades de ensino e experimentação devem garantir o bem-estar dos


animais utilizados, proporcionando uma vida digna e respeitando a satisfação das
suas necessidades físicas, mentais e naturais.

Durante os procedimentos didáticos e científicos, deve ser evitado a ocorrência de


dor e minimizado o estresse e o desconforto dos animais.

A CEUA é um órgão de assessoria institucional autônomo, colegiado,


multidisciplinar e deliberativo do ponto de vista ético em questões relativas ao uso
de animais no ensino e na experimentação.
RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008 - CFMV
Informações relativas aos animais:

¡ a) grau de severidade envolvido


¡ g) previsão de enriquecimento
¡ b) características ambiental;
¡ c) número amostral e justificativa; ¡ h) destino do animal após sua utilização;
¡ d) tempo de utilização na pesquisa ou ¡ i) declaração do pesquisador da
procedimento didático; inexistência de alternativas ao
¡ e) condições de alojamento e de procedimento proposto;
alimentação; ¡ j) termo de responsabilidade do
¡ f) grau de intensidade previsto de pesquisador responsável, quando for o
estresse e/ou dor e medidas para caso de se aplicar:
minimização destes;
RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008 - CFMV

1) cirurgia(s);
2) métodos de anestesia e analgesia;
3) descrição de acesso restrito a água e alimento;
4) substâncias administradas: doses e vias de aplicação;

5) exposições a elementos físicos e atmosféricos;


6) extração de material e/ou fluidos: vias e quantidades;
7) método de contenção mecânica;
8) método de eutanásia.
RESOLUÇÃO Nº 879, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008 - CFMV
Art. 16. A Comissão de Ética, Bioética e Bem-Estar Animal
(CEBEA) é uma instância consultiva e de assessoramento técnico
do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), designada
para proceder ao estudo e apreciação de matérias específicas,
conforme previsto na Resolução 487, de 18 de abril de 1986.

Art. 17. É de competência da CEBEA a análise de aspectos éticos


relacionados com o uso científico e didático de animais,
coordenar o registro e atividades das CEUAs, elaborar e/ou
atualizar normas específicas que visem o bem-estar animal e
assessorar o CFMV em áreas de interesse da Medicina
Veterinária e Zootecnia.
¡ - Lei n° 11.794 (Lei Arouca), de 8 de outubro de 2008.
- Estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais

¡ Decreto nº 6.899, de 15 de julho de 2009


- Dispõe sobre a composição do Conselho Nacional de Controle de Experimentação
Animal - CONCEA, estabelece as normas para o seu funcionamento e de sua Secretaria-
Executiva, cria o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais - CIUCA
LEI N° 11.794 (LEI AROUCA), DE 8 DE OUTUBRO DE 2008

¡ A lei Arouca é a lei infraconstitucional regulamentadora, no que tange


a vivissecção e estabelece procedimentos para o uso científico de
animais.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 25 DE JUNHO DE 2015.

¡ Baixa o Capítulo "Estudos conduzidos com animais domés6cos man6dos


fora de instalações de ins6tuições de ensino ou pesquisa cien=fica" do
Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou UQlização de Animais em
AQvidades de Ensino ou Pesquisa CienVfica do Conselho Nacional de
Controle e Experimentação Animal – CONCEA.
¡ Para os casos de estudos conduzidos em instalações animais, cujo
objetivo é a produção, manutenção ou utilização de animais para
atividades de ensino ou pesquisa, este capítulo não se aplica.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 25 DE JUNHO DE 2015.

¡ Estudos conduzidos a campo com animais de espécies domésticas são aqueles


realizados com indivíduos de espécies domésticas livres ou mantidos fora de
instalações de instituições de ensino ou pesquisa científica.

¡ Podem ocorrer nas clínicas veterinárias, nas casas dos responsáveis, em


organizações não governamentais (ONGs), em Centros de Controle de Zoonoses,
em hospitais veterinários, em locais públicos com animais errantes, em
propriedades rurais não estruturadas para finalidade de pesquisa, e outras que
não estruturadas com a finalidade de pesquisa.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 25 DE JUNHO DE 2015.

¡ Período de carência ou período de retirada: este conceito só é aplicável aos animais de


produção, mantidos em instalações cujo objetivo é a produção de alimentos.
¡ Pesquisador: toda e qualquer pessoa qualificada que utilize animais em atividades de
pesquisa científica.
¡ Pesquisador principal
¡ Patrocinador

¡ Pesquisador-Patrocinador: pessoa física, responsável pela condução e coordenação de


estudo conduzido a campo, realizado mediante a sua direção imediata de forma
independente, sem patrocínio ou patrocinada por entidades nacionais ou internacionais
de fomento à pesquisa, ou outras entidades com ou sem finalidade lucrativa
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 25 DE JUNHO DE 2015.

¡ Projeto do estudo: um documento assinado e datado pelo pesquisador principal


e pelo patrocinador, quando aplicável, que descreve todas as atividades
científicas ou didáticas.

¡ Responsável pelo animal: pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que


mantem um ou mais animais sob seus cuidados.

¡ Responsável Técnico: médico veterinário, responsável por garantir ao


consumidor a qualidade dos produtos e dos serviços prestados, respondendo
ética, civil e penalmente pelos seus atos profissionais.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 25 DE JUNHO DE 2015.

¡ Termo de Consentimento: processo documentado


(escrito, datado e assinado) pelo qual o
responsável pelo(s) animal(is) do estudo ou seu
representante, de forma voluntária, permite que
seu(s) animal(is) participe(m) de um estudo.

¡ Termo de responsabilidade do Responsável


Técnico do produto investigacional: processo
documentado (escrito, datado e assinado) pelo
qual o responsável técnico do produto
investigacional declara que o produto cumpriu com
as etapas necessárias para o desenvolvimento
farmacotécnico e com as provas de segurança e
estabilidade aplicáveis para uso na espécie
referida
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016

¡ Baixa a Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais em Atividades de


Ensino ou de Pesquisa Científica - DBCA.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016

¡ I - FINALIDADE DA DIRETRIZ BRASILEIRA PARA O CUIDADO E A UTILIZAÇÃO DE


ANIMAIS EM ATIVIDADES DE ENSINO OU DE PESQUISA CIENTÍFICA – DBCA

¡ Apresentar os princípios e as condutas que permitem garantir o cuidado e o


manejo eticamente correto de animais produzidos, mantidos ou utilizados em
atividades de ensino ou de pesquisa científica
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016

¡ I - FINALIDADE DA DIRETRIZ BRASILEIRA PARA O CUIDADO E A UTILIZAÇÃO DE


ANIMAIS EM ATIVIDADES DE ENSINO OU DE PESQUISA CIENTÍFICA – DBCA

¡ Apresentar os princípios e as condutas que permitem garantir o cuidado e o


manejo eticamente correto de animais produzidos, mantidos ou utilizados em
atividades de ensino ou de pesquisa científica
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016

¡ II - ESCOPO DA DBCA
¡ Aspectos da produção, da manutenção, da utilização e dos cuidados com os
animais envolvidos em atividades de ensino ou de pesquisa científica;
¡ Específica as responsabilidades de usuários e instituições;
¡ Detalha os procedimentos operacionais;
¡ Descreve o quadro de membros e as atividades das CEUAs;
¡ Orienta sobre os procedimentos para aquisição de animais para atividades de
ensino ou de pesquisa científica;
III - DEFINIÇÕES DE TERMOS UTILIZADOS NO CONTEXTO DA DBCA

¡ Animais de companhia: Todos aqueles silvestres, exóticos ou domésticos


mantidos sob cuidados de responsáveis com intenção de companhia por vínculo
afetivo que devem provê-los com alimentação, higiene, abrigo que garantam o
seu bem-estar.

¡ Animal silvestre: Animal pertencente à fauna silvestre nativa ou exótica, em vida


livre ou em cativeiro.

¡ Espécime: Indivíduo de uma população de uma determinada espécie.

¡ Senciência
III - DEFINIÇÕES DE TERMOS UTILIZADOS NO CONTEXTO DA DBCA

¡ Autorização pela CEUA: O documento de autorização deve conter:


¡ i) nome do responsável pelo desenvolvimento da proposta;

¡ ii) título da proposta;

¡ iii) descrição dos animais a serem incluídos (por espécie(s) e número de indivíduos de
cada espécie autorizado, por faixa etária ou peso (no caso de diferentes linhagens a
indicação deverá ser por linhagem) e sexo);
¡ iv) o número de registro da aprovação, identificação da versão da proposta autorizada;

¡ v) período de vigência da autorização;

¡ vi) procedência dos animais;


¡ vii) identificação da reunião em que a proposta foi aprovada
¡ Instalações de manutenção

¡ Instalações de produção:

¡ Instalações de utilização

¡ Macroambiente: ver alojamento.

¡ Microambiente: ver recinto primário.


IV - PRINCÍPIOS GERAIS PARA O CUIDADO E A UTILIZAÇÃO DE
ANIMAIS PARA ATIVIDADES DE ENSINO OU DE PESQUISA CIENTÍFICA

Observando obrigatória dos Princípio dos 3Rs


(replacement, reduction, refinement)
DEVE-SE CONSIDERAR PARA A PESQUISA:

¡ (a) a justificativa para o uso de animais no trabalho proposto;


¡ (b) a substituição do uso dos animais;
¡ (c) a redução do número de animais utilizados; e
¡ (d) o refinamento das técnicas

¡ (e) a literatura científica já existente sobre o tema;


¡ (f) relevância científica
¡ (g) impacto social potencial dos resultados a serem obtidos.
ATIVIDADES DE ENSINO OU DE PESQUISA CIENTÍFICA QUE INCLUAM ANIMAIS
SOMENTE PODEM SER REALIZADAS QUANDO FOREM ESSENCIAIS PARA:

¡ (a) compreensão da biologia humana ou de outros animais;


¡ (b) a manutenção e melhoria da saúde e bem-estar humano e animal;
¡ (c) melhoria do manejo ou produção de animais;
¡ (d) obter e estabelecer informações relevantes para a compreensão, a
manutenção ou a melhoria do ambiente natural;
¡ (e) atingir objetivos educacionais que não podem ser alcançados utilizando
nenhuma outra prática que não inclua o uso de animais.
RESPONSABILIDADES (PROFESSORES, PESQUISADORES, TÉCNICOS
E ALUNOS)
¡ Um animal com sinais de dor, estresse ou distresse não previstos na proposta
deve ter estes sinais aliviados prontamente (cogitar a exclusão do estudo)

¡ O alívio da dor ou do distresse deve prevalecer sobre a conclusão de um projeto


ou protocolo

¡ O uso de tranquilizantes, analgésicos e anestésicos (variação espécies)

¡ Os pontos finais humanitários devem ser abordado na proposta

¡ Atividades de ensino ou de pesquisa científica envolvendo animais devem ter a


menor duração possível
RESPONSABILIDADES DAS INSTITUIÇÕES
¡ Responsabilidades perante a Lei n. 11.794/2008, ao Decreto n. 6.899/2009

¡ Treinamento, programas educacionais, capacitação técnica e seminários;

¡ Garantir que a CEUA possa ser atendida quanto à aprovação e implementação de


diretrizes que visem ao aprimoramento do cuidado aos animais na instituição

¡ Ações que garantam serviços de Medicina Veterinária e diagnóstico aos animais

¡ Disponibilizar metodologias alternativas de avaliação do aprendizado aos alunos


RESPONSABILIDADE DAS CEUAS

¡ Monitorar e exigir o cumprimento à Lei n. 11.794/2008, ao Decreto n.


6.899/2009 e demais disposições legais pertinentes ao escopo da Lei n.
11.794/2008 e, especialmente, às resoluções do CONCEA.

¡ Membros
AS PROPOSTAS DEVEM CONSIDERAR O GRAU DE INVASIVIDADE
SEGUNDO AS DEFINIÇÕES DO CONCEA

¡ GI 1 = Experimentos que causam pouco ou nenhum desconforto ou estresse (ex.:


observação e exame físico; administração oral, intravenosa, intraperitoneal,
subcutânea, ou intramuscular de substâncias que não causem reações adversas
perceptíveis; eutanásia por métodos recomendados após anestesia ou sedação;
privação alimentar ou hídrica por períodos equivalentes à privação na natureza).
¡
¡ GI 2 = Experimentos que causam estresse, desconforto ou dor, de leve
intensidade (ex.: procedimentos cirúrgicos menores, como biópsias, sob
anestesia; períodos breves de contenção e imobilidade em animais conscientes;
exposição a níveis não letais de compostos químicos que não causem reações
adversas graves).
AS PROPOSTAS DEVEM CONSIDERAR O GRAU DE INVASIVIDADE
SEGUNDO AS DEFINIÇÕES DO CONCEA
¡ GI 3 = Experimentos que causam estresse, desconforto ou dor, de intensidade
intermediária (ex.: procedimentos cirúrgicos invasivos conduzidos em animais
anestesiados; imobilidade física por várias horas; indução de estresse por
separação materna ou exposição a agressor; exposição a estímulos aversivos
inescapáveis; exposição a choques localizados de intensidade leve; exposição a
níveis de radiação e compostos químicos que provoquem prejuízo duradouro da
função sensorial e motora; administração de agentes químicos por vias como a
intracardíaca e intracerebral).

¡ GI 4 = Experimentos que causam dor de alta intensidade (ex.: indução de trauma


a animais não sedados).
¡ Extensão de prazo ou modificações no número de animais

¡ Enquanto os animais não forem destinados a uma atividade específica, a


responsabilidade pelo monitoramento diário de seu bem-estar é compartilhada
pelo coordenador da instalação e pelo RT da instalação animal onde eles
estiverem alojados. A CEUA deve monitorar essas atividades.

¡ Responsáveis pelos animais e pela instalação animal devem notificar


imediatamente ao pesquisador e ao responsável legal da instituição sobre
qualquer evento adverso imprevisto

¡ Relatório reportado ao CEUA.


PLANEJAMENTO

O que deve ser


considerado por
professores,
pesquisadores, técnicos e
acadêmicos antes de
iniciar um estudo?
CONDUTA DURANTE A REALIZAÇÃO DE PROJETOS
¡ Detecção de dor, estresse e distresse

¡ Controle da dor, do estresse e do distresse

¡ Uso sequencial de animais para fins científicos

¡ Duração de atividades de ensino ou de pesquisa científica

¡ Manejo, imobilização e confinamento de animais


CONDUTA DURANTE A REALIZAÇÃO DE PROJETOS

¡ Descarte dos animais


¡ Eutanásia de animais
¡ Necropsia
¡ Anestesia e cirurgia
¡ Para propostas que envolvam a geração ou o uso de animais geneticamente
modificados, devem ser mantidos os registros do número de animais gerados
para toda a execução do projeto.
¡ O destino final dos animais que não possuírem o genótipo requerido ou esperado
pelo projeto deverá estar definido na proposta.
CONDUTA DURANTE A REALIZAÇÃO DE PROJETOS

¡ O local para a indução de tumores deve ser


cuidadosamente escolhido. Sítios subcutâneos na
região torácica ou no flanco dos animais devem ser
preferencialmente escolhidos.

¡ A implantação de tumores na pata, cauda, cérebro,


olhos, ossos ou outros órgãos internos específicos
deve ser justificada na proposta a ser submetida
para avaliação e autorização pela CEUA pertinente.

¡ Animais portadores de tumor induzido devem ser


submetidos a eutanásia antes que a morte
decorrente do tumor ocorra.
¡ Em caso de uso de tumor ascítico deve haver garantia de minimização da dor e
distresse dos animais a partir de fatores que incluam:

¡ (a) o tipo e volume do agente inicial;


¡ (b) acúmulo de líquido ascítico;

¡ (c) perda de peso corpóreo (pode ser difícil de discernir, devido ao ganho de peso
total resultante do acúmulo de líquido ascítico e/ou o crescimento de tumores
sólidos); exames clínicos e avaliação do estado geral dos animais.

¡ (d) a remoção de líquido ascítico.


¡ Quando a experimentação com fetos incluir cirurgias que comprometam a capacidade do
neonato de sobreviver ou causarem dor que não possa ser aliviada, a eutanásia deve ser
realizada antes ou imediatamente após o nascimento.

¡ Ovos fertilizados de aves e outras espécies de vertebrados devem ser destruídos a não
ser que haja necessidade justificada de sua incubação.

¡ TRANSPORTE DE ANIMAIS
ADMISSÃO DE NOVOS ANIMAIS

¡ Mantidos separadamente, em quarentena

¡ Inspecionados por pessoal qualificado (condição clínica dos animais deve ser
avaliada)

¡ Se necessário, um tratamento deve ser iniciado

¡ Os animais devem ser aclimatados


CUIDADO COM ANIMAIS EM INSTALAÇÕES DE
PRODUÇÃO OU DE MANUTENÇÃO

POPs (limpeza, alimentação, troca da cama, etc)


Responsáveis por Setores
Exigência cada Espécies
Recintos Primários (baias, gaiolas, cercados, etc)
Recintos Secundários
GERENCIAMENTO E PESSOAL

¡ A aquisição e a produção de animais, bem como suas instalações e alojamentos


devem ser supervisionados por pessoas com conhecimento comprovado na
espécies envolvidas e qualificadas no manejo desses animais.

¡ A pessoa encarregada pelo setor deve ser responsável por:


¡ (a) monitorar os sinais evidentes de estresse, dor, distresse e de doenças;

¡ (b) supervisionar o trabalho dos funcionários do setor;


¡ (c) fazer a intermediação entre pesquisadores, professores e funcionários;
¡ (d) informar aos responsáveis sobre quaisquer problemas adversos.
¡ (e) planejar a produção e fornecimento dos animais
IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

¡ Os animais devem ser identificados, seja individualmente ou em grupos

¡ Quando possível, os animais devem ser identificados pela fixação de placas ou


selos à gaiola, contêiner, cercado, curral ou baia nos quais são mantidos

¡ A identificação de animais individualmente por meio de métodos mais invasivos


deve ser realizada ou supervisionada diretamente por pessoal qualificado

¡ O método deve resultar no mínimo de dor, estresse e sempre que possível,


valendo-se de analgesia ou anestesia
IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS
DESCARTE DE CADÁVERES, CARCAÇAS E LIXO

¡ O descarte de cadáveres, carcaças e de lixo gerado pelo uso de animais deve


seguir as legislações federal, estadual e municipal vigentes, ou as substitutivas
como, por exemplo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n. 12.305 de 2
de agosto de 2010.
ESTUDOS COM ANIMAIS SILVESTRES

Referência específica aos animais vertebrados de vida livre e aqueles capturados em população de vida livre
CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES

¡ Utilização de
armadilhas
¡ Captura sem
armadilha
MANEJO E IMOBILIZAÇÃO DE ANIMAIS DE VIDA SELVAGEM
CAPTURA E SOLTURA DE ANIMAIS DE VIDA SELVAGEM

Transporte

¡ O tempo pelo qual um animal capturado é mantido


cativo deve ser o mínimo para obtenção dos
objetivos científicos ou educacionais contidos na
proposta
O ESTRESSE CAUSADO PELO TRANSPORTE DEVE SER MINIMIZADO
POR MEIO:

¡ (a) do uso de contêineres de transporte com dimensões apropriadas e com


características que sejam confortáveis para os animais;
¡ (b) da limitação da exposição dos animais a variações bruscas de temperatura, ruídos,
incômodos visuais e de vibração;
O ESTRESSE CAUSADO PELO TRANSPORTE DEVE SER MINIMIZADO
POR MEIO:

¡ (d) da garantia de que os animais transportados permanecerão separados quando


houver incompatibilidade entre espécies, idade, tamanho, sexo ou fase reprodutiva;

¡ (e) da prevenção de manejo desnecessário;

¡ (f) da administração de agentes farmacológicos tranquilizantes


SOLTURA DOS ANIMAIS
MARCAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES

¡ O método escolhido para identificar


animais individualmente deve
causar o mínimo de distresse
possível e de interferência na
atividade diária do animal e no
contexto do propósito do estudo.
¡ Não é recomendado o uso de
LEGISLAÇÃO NO ENSINO
animais com o propósito de
demonstrar fatos biológicos
conhecidos.
¡ Permitido o uso quando
¡ (a) comprovadamente não existam
alternativas de substituição;
¡ (b) quando as alternativas possíveis ¡ São vetadas a indução de lesão ou
levarem à perda significativa de dor a animais apenas para ilustrar
qualidade na transmissão do fatos biológicos conhecidos a
conhecimento. estudantes.
PROJETOS OU (a) o número máximo de alunos a serem supervisionados por cada
PROTOCOLOS PARA professor;

ATIVIDADES DE
ENSINO (b) os números mínimo e máximo de animais a serem utilizados por
cada aluno;

(c) o número máximo de vezes que cada animal será utilizado;

(d) como a obtenção dos objetivos educacionais será avaliada;

(e) porque o uso de animais é absolutamente necessário para atingir


os objetivos didáticos e não pode ser substituído por métodos
alternativos.
RESOLUÇÃO Nº 1178, DE 17 DE OUTUBRO DE 2017

¡ Dispõe sobre a responsabilidade técnica em estabelecimentos que criem ou


utilizem animais em atividades de pesquisa ou ensino

¡ É privativa do médico veterinário a responsabilidade técnica em


estabelecimentos e instalações de criação e de utilização de animais em
atividades de pesquisa científica e de ensino superior ou de educação
profissional técnica de nível médio da área biomédica.
RESOLUÇÃO CONCEA/MCTI Nº 49, DE 7 DE MAIO DE 2021

¡ Dispõe sobre a obrigatoriedade de capacitação do pessoal envolvido em aDvidades


de ensino e pesquisa cienEfica que uDlizam animais.

¡ Art. 1º Todos os pesquisadores, responsáveis e demais usuários de animais de


experimentação devem possuir capacitação.

¡ Art. 3º A CEUA será responsável pela validação da capacitação que melhor atenda o
perfil de aDvidades a serem desenvolvidas pelo usuário.
¡
RESOLUÇÃO NORMATIVA CONCEA Nº 52, DE 19.05.2021

¡ Dispõe sobre os formulários unificados para solicitação de autorização


para uso de animais em ensino ou pesquisa científica e sobre a
autorização e certificação pelas Comissões de Ética no Uso de Animais -
CEUAs.

¡ I - Formulário Unificado para Solicitação de Autorização para Uso de


Animais em Ensino ou Desenvolvimento de Recursos Didáticos; e

¡ II - Formulário Unificado para Solicitação de Autorização para Uso de


Animais em Experimentação.
¡
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 19 DE MAIO DE 2021 DISPÕE SOBRE
RESTRIÇÕES AO USO DE ANIMAIS EM ENSINO, EM COMPLEMENTO À
DIRETRIZ BRASILEIRA PARA O CUIDADO E A UTILIZAÇÃO DE ANIMAIS EM
ATIVIDADES DE ENSINO OU DE PESQUISA CIENTÍFICA - DBCA.

¡ Fica proibido o uso de animais em atividades didáticas demonstrativas e


observacionais que não objetivem desenvolver habilidades psicomotoras e
competências dos discentes envolvidos.

¡ A utilização de animais nas atividades didáticas deverá ser integralmente


substituída por vídeos, modelos computacionais ou outros recursos providos de
conteúdo e de qualidade suficientes para manter ou aprimorar as condições de
aprendizado.
ÁRVORE DECISÓRIA
¡ 1) A aula prática promove a eutanásia de animais vertebrados em algum
momento do protocolo (antes, durante ou após a aula)? (SIM) / (NÃO) Se (SIM),
seguir para o item 3. Se (NÃO), seguir para o item 2.

¡ 2) Ocorre distresse que comprometa o bem-estar do animal em decorrência do


procedimento didático? (SIM) / (NÃO) Se (NÃO), a atividade prática não é objeto
desta Resolução. Se (SIM) seguir para item

¡ 3: 3) A prática objetiva desenvolver ambas as habilidades (psicomotora e


competências)? (SIM) (NÃO) Se (SIM), a atividade prática não é objeto desta
Resolução. Se (NÃO), a atividade prática está proibida.
MUITO OBRIGADO!

Você também pode gostar