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EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL

O uso de animais em atividades de pesquisa científica –


relacionada ao desenvolvimento de novos medicamentos ou vacinas.
Procedimentos que levem a um melhor entendimento de determinada doença ou da interação do
agente em determinado organismo.

CAPÍTULO IV - DO COMPORTAMENTO
É vedado ao Médico Veterinário:
XX - praticar ou permitir que se pratiquem atos de crucidade para com os
animais nas atividades de produção, pesquisa, esportivas, culturais, artisticas, ou de
qualquer outra natureza:
CEUA
XXII- realizar expenencias com novos tratamentos clínicos ou cirúrgicos em
paciente, cujo projeto de pesquisa não tenha sido submetido e aprovado por Comitê de Etica;

Experimentação animal
Se você já tomou antibióticos, vacinas, fez uma transfusão de sangue, quimioterapia ou mesmo usa
algum produto cosmético, provavelmente se beneficiou da pesquisa com animais.
CONDUTA DO PROFISSIONAL ?
CÓDIGO ÉTICA DO MÉDICO VETERINÁRIO
CAPÍTULO IV DO COMPORTAMENTO
Art. 8o É vedado ao médico veterinário:
XXII - realizar experiências com novos
tratamentos clínicos ou cirúrgicos em
paciente, cujo projeto de pesquisa não
tenha sido submetido e aprovado
por Comitê de Ética;
ANTES – Não havia disposições claras relativas a experiências

realizadas com animais (Art. 32, §1o).

HOJE – Experiências dolorosas ou cruéis em

animal vivo, ainda que para fins didáticos ou

científicos, são consideradas crimes, quando

existirem recursos alternativos (Art. 32, §1o).

Dor: pode ser definida como uma experiência sensorial e


emocional desagradável associada a uma lesão real ou
potencial.
• Distresse: incapacidade de superar uma experiência
estressante levando a uma ruptura do bem-estar individual
Estado de sofrimento emocional caracterizado
por
sintomas de depressão e ansiedade.
• Sofrimento: qualquer experiência cuja emoção ligada a
ele é negativa. Geralmente está associada à dor e ao
comprometimento do bem-estar.

SENCIÊNCIA ANIMAL

➢Dizer que um ser é senciente é reconhecer que ele é capaz de sentir, de vivenciar sentimentos
como dor, angústia, solidão, amor, alegria e raiva.

➢Senciência é a capacidade de sentir, e que engloba pelo menos todos os animais vertebrados.

TIPOS DE EXPERIMENTAÇÃO EXISTENTES

• Há inúmeros procedimentos existentes, que vão depender do objetivo que se pretende alcançar com
determinado projeto de pesquisa
•A utilização de animais em pesquisas científicas, principalmente de mamíferos, tem trazido discussões
acaloradas por parte de ativistas que são simplesmente contra essa prática.

Parte dos argumentos é baseada no fato de que métodos alternativos são capazes de substituir a utilização
desses animais em pesquisa.

Até que ponto a sociedade está disposta a abrir mão do uso de animais em pesquisa com o risco de
bloquear o avanço do conhecimento biológico, testes e desenvolvimento de novos medicamentos, vacinas
e métodos cirúrgicos?

CFMV apoia o debate e a produção de métodos alternativos ao uso de animais no ensino

Métodos substitutivos, permitem o repasse de conhecimentos aos estudantes sem prejuízo à aprendizagem
e sem comprometer o bem- estar e a saúde animal.

MÉTODOS ALTERNATIVOS À EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL

São considerados métodos alternativos aqueles que têm a capacidade de reduzir, refinar
ou substituir o uso de animais em testes científicos.

Métodos alternativos à experimentação animal

PRINCÍPIO DOS 3 R

O princípio dos 3Rs (Replacement, Reduction and Refinement), criado por Russell and Burch
em 1959 tem como premissa uma pesquisa humanitária para os animais.

Estes princípios foram incorporados em algumas leis que regulamentam a utilização de animais para
pesquisa científica.
os alternativos à experimentação animal
PRINCÍPIO DOS 3 R
•Os critérios da Ceua para aprovar atividades de
ensino baseiam-se no princípio dos 3R (reduzir,
refinar e substituir, do inglês reduction,
refinement e replacement
• A esse respeito, os primeiros estudos iniciaram-
se com Max Russell e Rex Burch.

Princípio dos 3Rs


REDUÇÃO
1Diminuição do número de animais utilizados em um único teste para
avaliação de um determinado desfecho.
desenvolvimento de novos protocolos com
a utilização de menor número de animais
por experimento;
2
obtenção do maior número possível de
informações relevantes em um pequeno
número de animais.
Principio dos 3Rs
REFINAMENTO
›Melhora na condução dos estudos:
Minimizar a dor e sofrimento dos animais.
Uso de anestésicos ou analgésicos:
-Não interferirem nos experimentos.
›Manutenção dos animais em grupos, quando o desenho experimental não
exige isolamento.
SUBSTIUICAO
Deixar de usar os
Animais
substuindo os
estudos in vivo por
outras metodologias

Métodos alternativos à experimentação animal


MODELOS BIOMÉDICOS ALTERNATIVOS
Substituição: modelos de treinamento em animais por modelos alternativos, que não necessitam o
manuseio de animais vivos ou a eutanásia para fins específicos de capacitação

Métodos alternativos à experimentação animal

2. MODELOS BIOMÉDICOS ALTERNATIVOS


Essenciais para capacitacão de novos profissionais
Reproducao asslstda:habilidade
Tecnicas sao de alta complexidade
Essenciais para capacitação de novos profissionais.
Micromanipulação FIV de células exigindo

técnicos altamente CLONAGEM treinados e


capacitados ICSI
Técnicas são de alta complexida(dFIeGUEIREDO, 2005).
(PRESGRAVE, 2002; FESTING e WILKINSON, 2007).
Reprodução assistida: habilidade.

MODELOS ALTERNATIVOS - ENSINO


➢Modelos de cobaias em silicone.
 Administração medicamentos IV.
 Softwares insilico
Modelos de diversos materiais.
Modelos utilizando material oriundo de abatedouro.
MODELOS IN VITRO
Diversas vantagens!
1) Não utilização de animais, métodos de substituição.
2) Redução de custos: não é necessária a existência de infraestrutura
de biotérios para criação e manutenção dos animais.
✓Irritação/corrosão dérmica: substituir os ensaios em pele de coelhos, minimizando a dor e o
sofrimento dos animais.
✓Irritação/corrosão ocular
Maioria dos ensaios identifica apenas as substâncias corrosivas e não corrosivas, não medindo o
potencial de causar irritação dérmica, como no teste clássico in vivo...

MODELOS IN SILICO ➢Simulações computadorizadas


Ferramentas que simulam a biologia humana e a progressão do desenvolvimento de patologias, reações
adversas...
Analisadas: estrutura química dos ingredientes; do novo princípio ativo e simulam seus riscos.
Eles podem prever como os compostos reagirão no organismo> estimativas de probabilidade de uma
substância de risco.
Comésticos...

Lei Arouca (Brasil) 11.794/2008

CONCEA
➢Em 10 de julho de 2012: ➢Concea publicou a
Normativa (RN) no 6!
Resolução
Responsável

➢Institui figura do Técnico (RT) em biotérios.


➢Graduação em Medicina Veterinária.
➢Registro ativo no CRMV.
➢Profissional: responsável por ações voltadas para o bem-estar, sanidade e cuidados veterinários dos
animais de laboratório.
Lei Arouca (Brasil) 11.794/2008
COMO FUNCIONAM OS BIOTÉRIOS?
• Os animais usados em projetos de pesquisa científica vivem em ambientes especiais, chamados
biotérios.
•O foco dos biotérios é o bem-estar animal.

Nutrição balanceada e adaptada a cada espécie;


Água filtrada.
Temperatura é controlada por sistemas de refrigeração.
Sistemas de claro e escuro para simulação um ambiente natural.
Gaiolas possuem brinquedos para tornar esse ambiente mais interessante e estimulante.
Lei Arouca (Brasil) 11.794/2008
CEUAS - COMISSÃO DE ÉTICA EM USO DE ANIMAIS
• Busca por modelos não utilizam animais em testes laboratoriais.
•Para alguns aspectos da pesquisa científica, sua utilização é imprescindível, o que não impede que a
segurança desses seres seja
garantida!

IEs – obrigação de possuir uma comissão de ética que avalia todos os projetos e verifica se as normas
para garantir o bem-estar animal estão sendo utilizadas.

LEIS QUE REGULAMENTAM A EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL


• Brasil: legislações que tratam diretamente sobre o uso de animais em pesquisas:
1. Lei Arouca (11.794/2008)
2. Decreto n° 6899/2009 –
3. Resolução Concea n°12/2013, sobre a Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para
fins Científicos e Didáticos.
PESQUISA SOBRE COSMÉTICOS? NECESSÁRIA A EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL?
• Testes para medicamentos que podem salvar milhares de vidas é diferente de se falar em testes para
cosméticos.
• Diversos modelos substituem testes em animais para cosméticos.
•Mais simples desenvolver modelos de substituição para pesquisa em cosméticos do que para a
pesquisa biomédica.

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