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23 a 27 de Agosto

Expo Center Norte


Pavilhão Vermelho
www.setexpo.com.br São Paulo - Feira e Congresso

NAB2015, corrida
pela qualidade
de imagem
Cobertura RioContentMarket Desafios
do Congresso NAB mergulha nos conteúdos da reportagem externa
audiovisuais
Editorial

Qualidade de imagem e estruturas IP dominam a NAB2015

A
M
edição 2015 da NAB mostrou que o mer- Nesta edição da Revista da SET mostramos al-
cado audiovisual está em franca retomada gumas das principais novidades do mercado.
e que aos poucos a indústria começa a Trazemos um resumo completo do RioContent-
aquecer novamente. O número de participantes Market 2015, maior evento de conteúdos audio-
do evento o demonstra, mais de 100 mil vindos visuais de América Latina e a participação da
de 164 países para observar as principais tendên- SET. Ainda, reportagem sobre a Acade Mídia,
cias do mercado. Segundo informou a NAB, foi a uma nova forma de entender o áudio broadcast,
melhor feira desde 2008 e a segunda melhor da os desenvolvimentos de uma empresa brasileira
história deles. em termos de iluminação, e como o Congres-
so NAB mostrou que a TV Híbrida já se mostra
Este ano foi a confirmação definitiva do 4K com como grande tendência para a TV mundial.
equipamentos que iam desde a captação até a
edição, pós-produção e transmissão e chegando Ainda, um artigo com conceitos e fundamentos
à recepção. Todo o workflow com esta tecnolo- do HEVC/H.265; um protótipo de Segunda Tela
gia foi apresentado, com soluções de todo tipo para usuários de TV Digital Aberta no Padrão
e tamanho, dependendo do orçamento do visi- ISDB-Tb desenvolvido em Manaus; Os desafios
tante. da Reportagem Externa explicados por Tereza
Mondino, Camilla Cintra, Deisi Wosch e Adones
Entretanto, os principais fabricantes avançaram Guerra; e o Era Transmídia explica a fórmula cria-
com novos equipamentos e soluções que iam tiva da Netflix.
além do Ultra High Definition (UHD em 4K) che-
gando ao Super HI-Vision 8K, com a apresenta- Boa leitura!
ção de câmeras de estúdio, portáteis e sistemas
de captação e edição neste formato de vídeo. Olímpio José Franco

Revista da SET
SET
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6 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Sumário

NOTÍCIAS 50 Moony, um novo ecossistema


08 Governo começou a contagem de negócios com uma plataforma
regressiva para o Switch-off diferenciada
11 Novo Secretário de Comunicação 54 PetChannel, primeiro canal 4K
Eletrônica da América Latina
60 AcadeMídia, uma nova forma
FEIRAS E EXPOSIÇÕES de entender o áudio broadcast
12 NAB 2015: As primeiras impressões
68 LED com desenvolvimento nacional
16 NAB 2015: 8K
20 NAB 2015: 4K ARTIGOS
24 NAB 2015: Redes IP 74 Os desafios da Reportagem Externa
26 NAB 2015: Avid adquire a Orad 82 Conceitos e Fundamentos
30 Congresso NAB: TV Híbrida do HEVC/H.265
também no mercado 88 Protótipo de Segunda Tela
norte-americano para usuários de TV Digital Aberta
38 Congresso NAB: FCC mantém 94 Era Transmídia: A fórmula criativa
compromisso com a radiodifusão da Netflix
40 Congresso NAB: Impactos do MER
debatidos por brasileiros
DIRETORIA
em Las Vegas
98 Décima terceira Diretoria SET
- BIÊNIO:2014-2016
REPORTAGENS
40 RioContentMarket maior evento Veja a edição eletrônica
de conteúdos audiovisuais App disponível em:
de América Latina http://bancadigital.maven.com.br/pub/revistaset/

18

60

24 30
Abril/Maio 2015 | REVISTA DA SET 7
Notícias

Desligamento analógico
Governo começou a contagem
regressiva para o Switch-off
Começou no mês de abril a contagem decrescente para o apagão analógico.
A primeira cidade será Rio Verde, no Estado de Goiás

O
processo de desligamento além de cumprir a regra que foi es- visiva. É o que já ocorre desde o dia
do sinal analógico da TV vai tabelecida, o papel do Ministério das 8 de abril de 2015 no Distrito Federal
começar pelo município de Comunicações é buscar o objetivo ide- (DF) e na cidade goiana de Rio Verde.
Rio Verde, escolhido como al de 100%”, afirmou o ministro das A letra “A” aparece no alto da tela da
cidade-piloto para o início das trans- Comunicações, Ricardo Berzoini. Entre TV para indicar que o canal ainda é
missões exclusivamente digitais. as medidas adotadas para garantir analógico. Uma tarja com informações
O desligamento no município será no a recepção digital no maior número como a data do desligamento e as
dia 29 de novembro deste ano. possível de residências, está a distri- formas de tirar dúvidas sobre o fim
Em abril de 2016, o sinal analógico buição de conversores e antenas a be- das transmissões analógicas também
será substituído pelo digital nos te- neficiários do programa Bolsa Família. será veiculada.
levisores de Brasília e de outras onze As pessoas da região do DF que vi-
cidades de Goiás e Minas Gerais. Campanha de conscientização sualizarem o “A” e a tarja em suas
As cidades goianas que estão nes- O anúncio do início da campanha in- telas devem tomar providências para
sa lista são Abadiânia, Alexânia, formativa foi feito, em entrevista cole- continuar assistindo a TV aberta no
Águas Lindas, Cidade Ocidental, tiva à imprensa da qual participaram formato digital. Se a televisão é an-
Formosa, Luziânia, Novo Gama, o ministro das Comunicações, Ricardo tiga, daquelas grandes, de tubo, será
Planaltina, Santo Antônio do Desco- Berzoini, o presidente da Anatel, João preciso trocá-la por uma nova ou
berto e Valparaíso. O único município Rezende, e o presidente do Grupo de adquirir um conversor de TV Digital e,
mineiro a fazer parte do primeiro gru- Implantação do Processo de Redistri- possivelmente, uma antena apropria-
po a ter o desligamento analógico é buição e Digitalização de Canais de da, preferencialmente externa, até a
Cabeceira Grande. TV e RTV (Gired), Rodrigo Zerbone. data de desligamento do sinal ana-
Para que o desligamento ocorra, A população de cada localidade será lógico para garantir a recepção da TV
é preciso que o sinal digital possa informada do desligamento um ano Digital.
ser recebido por, no mínimo, 93% antes que ele ocorra a partir de in- Se a televisão nova contiver um con-
dos domicílios da região. “Mas, serções diárias na programação tele- versor de TV Digital integrado, poderá
ser preciso providenciar a antena ade-
quada para a recepção neste formato,
© Foto: Divulgação

caso ainda não tenha.


A grande maioria dos modelos mais
novos de TV, ditos de tela fina (plas-
ma, LCD, LED etc.), já possui um con-
versor de TV Digital integrado, mas é
recomendável consultar o manual do
produto para ter certeza.
Dois meses antes que os telespec-
tadores tenham apenas sinal digital,
será possível ver também uma indi-
cação no alto da tela com a conta-
gem regressiva para o desligamento
analógico. Ainda como parte da cam-
panha, o telespectador poderá tirar
dúvidas por meio de uma central
Presidente da Anatel, João Rezende, ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, de atendimento, que vai funcionar
e o presidente do Gired, Rodrigo Zerbone em coletiva de imprensa para iniciar 24 horas por dia. O telefone é o 147.
a conta regressiva para o apagão É possivel, também, consultar informa-

8 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Notícias SET

A campanha é uma determinação


do Ministério das Comunicações para
que todos os brasileiros sejam infor-
mados de forma eficaz e possam se
adequar para receber as transmissões
digitais. “Todo o processo para o des-
ligamento deve ser feito com respon-
sabilidade, eficiência e carinho com
os telespectadores”, ressaltou Ricar-
do Berzoini.
Para receber o sinal digital, é preci-
so ter um aparelho de TV adaptado.
No caso das televisões mais novas,
o conversor já vem integrado. Basta
apenas ter uma antena que permita
a recepção digital. Já para quem tem
uma televisão mais antiga, de tubo,
além da antena, também precisa ad-
quirir um conversor.

Cronograma
O desligamento analógico deve
terminar apenas em 2018. O proces-
so todo será feito de forma escalo-
nada. Pelo cronograma previsto, no
ano que vem, também começam as
transmissões exclusivamente digitais
nas regiões metropolitanas de São
Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Rio
de Janeiro.
ções sobre o assunto por meio do site ser adotadas para permitir que todos O processo de digitalização total
www.vocenatvdigital.com.br. possam continuar assistindo à TV da TV aberta brasileira com a sub-
A página e a central de atendimen- aberta em seu formato digital. sequente implantação do 4G LTE é
to são responsabilidade da Entidade Essa associação é formada por coordenado pelo Grupo de Implanta-
Administradora do Processo de Redis- empresas de telecomunicações que ção do Processo de Redistribuição e
tribuição e Digitalização de Canais de utilizarão a faixa de radiofrequência Digitalização de Canais de TV e RTV
TV e RTV (EAD), associação responsá- hoje ocupada pela TV analógica para (GIRED). O Grupo é presidido por um
vel por auxiliar os brasileiros a com- a prestação de serviços móveis de Conselheiro Diretor da Anatel e conta
preender as providências que devem quarta geração. com representantes do Ministério das
Comunicações, das empresas de tele-
© Foto: Divulgação

comunicações que adquiriram a sub-


“Vamos trabalhar faixa na licitação e dos radiodifusores.
para que não haja Cabe ao Grupo acompanhar, discipli-
exclusão de nenhum nar e fiscalizar o trabalho da Entidade
domicílio neste Administradora do Processo de Re-
processo e que todos distribuição e Digitalização de Canais
possam ter acesso de TV e RTV (EAD), que é também
ao sinal digital responsável por comprar e distribuir
de televisão até conversores de TV Digital e antenas
o fim das transmissões
de recepção às famílias beneficiárias
analógicas”,
do Programa Bolsa Família do Gover-
afirmou o Ministro
das Comunicações,
no Federal - uma medida importante
Ricardo Berzoini para garantir acesso de todos à nova
tecnologia da TV aberta e gratuita. n
• Com MiniCom/Anatel

10 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Emiliano José assume como titular da Secretaria
de Comunicação Eletrônica do MiniCom

J
á esta em funções o novo secre- Emiliano, será acompanhar
tário de Comunicação Eletrônica o processo de desligamen-
do Ministério das Comunicações to do sinal analógico de TV
(SCE), Emiliano José, quem afir- e implantação da TV Digital
mou que “a nossa grande missão é no Brasil.
a de garantir o direito à comunicação Emiliano José é jornalista,
para o nosso povo. Esse é o traba- com mestrado e doutorado
lho-chave do Ministério das Comuni- pela Universidade Federal
cações”. da Bahia, foi eleito depu-
Para José as prioridades da sua ges- tado federal pelo PT por
tão à frente da Secretaria de Serviços três mandatos e também
de Comunicação Eletrônica passam já exerceu os cargos de de-
por abrir o debate para a sociedade putado estadual da Bahia
sobre o setor de comunicação no Bra- e vereador de Salvador. Ele
sil. Segundo ele, a Constituição já es- é professor aposentado da
tabelece regras claras, mas ainda não Universidade Federal da Bahia (UFBA) Pereira. Eles substituem João Paulo
regulamentadas para a área de comu- e possui nove livros publicados. Andrade e Denise de Oliveira, respec-
nicação. “Se olharmos cada um dos tivamente.
artigos, percebemos o quanto há de Novos diretores A cerimônia de posse, que contou
avançado, basta que seja aplicado.” Durante a solenidade de posse com a participação de servidores do
O novo secretário apontou também também foi feita a apresentação ministério, foi comandada pelo se-
outros desafios da SCE. Um deles é dos novos diretores da Secretaria de cretário-executivo Luiz Antonio Alves
a ampliação do número de rádios co- Comunicação Eletrônica. O Departa- de Azevedo. Ele apresentou o novo
munitárias. Ele anunciou que vai atu- mento de Acompanhamento e Ava- secretário e diretores da SCE e refor-
ar para desburocratizar a análise dos liação de Serviços de Comunicação çou a importância da colaboração e
processos, com a formação de um Eletrônica (DEAA) será dirigido por participação de cada um dos servi-
grupo de trabalho para tornar esse Adolpho Loyola. Já o Departamento dores na concretização dos projetos
trabalho mais ágil. Outra atuação de Outorga de Serviços de Comunica- prioritários da secretaria. n
importante da secretaria, segundo ção (DEOC) terá como diretor Jovino • Com Minicom
© Foto: Divulgação
As primeiras impressões
de uma indústria que
cada dia procura maior
qualidade de imagem
A corrida pela qualidade de vídeo com soluções 4K e 8K, estruturas
IP, nuvem, virtualização, drones, plataformas de conteúdo,
soluções baseadas em software, o declínio do hardware e novas
formas de roteamento de sinal marcaram o show mais importante
do ano realizado em Las Vegas Por Fernando Moura e Francisco Machado Filho em Las Vegas

A
s mudanças na indústria con- que deixou esta edição é que a TV ras ou dos produtores de conteúdos
tinuam a passo firme e ace- mudou, e que nos próximos anos para multiplataformas, senão porque
lerado. Na edição 2015 da será definido o seu futuro e, com ele, cada vez mais estes produtores, nas
NABShow, realizada no Las o futuro da TV aberta no mundo. suas estruturas de engenharia inter-
Vegas Convention Center, na cidade As 103.042 pessoas que visitaram na, começam a trabalhar com solu-
de Las Vegas, Estados Unidos, ficou a NABShow entre os dias 13 e 16 de ções que contêm mais software e
ainda mais claro que a tendência é abril de 2015 perceberam rapidamen- menos hardware, a tal ponto que a
avançar cada dia mais com a quali- te que o rumo da indústria broadcast reportagem perguntou-se várias ve-
dade de captação de vídeo, aumen- caminha para novos horizontes, mui- zes nos corredores da feira se aquilo
tar os processos virtualizados através tas vezes, não tão broadcast como era ainda uma exposição broadcast.
de soluções na nuvem e percebeu-se sempre foi e sim mais broadband. Mesmo com este dilema por resolver,
ainda que as estruturas baseadas em Isso não só pela tendência cada vez a exposição mais importante do mun-
soluções via IP tendem a ser o futu- maior para apresentar soluções que do, que ano a ano é realizada pela
ro das emissoras. Outra das certezas permitam enviar o sinal das emisso- National Association of Broadcasters

12 REVISTA DA SET | Abril


Abril/Maio
2015 2015
A corrida já começou. Nós podemos ajudá-lo a ficar à frente.

Você está em uma corrida difícil. Novas tecnologias.


Novos concorrentes. Novos desafios.

Para manter a sua liderança, você tem que integrar


perfeitamente o IP em ambientes exigentes de produção B4 lens mount Telecast Fiber Karrera/Kayenne EDIUS NLE
LDX Camera Copperhead Production Switchers
ao vivo.

A nossa solução Glass-to-Glass IP permite o uso de


GV Convergent
gateways para criar facilmente fluxos de trabalho
Kaleido Monitoring

híbridos SDI/IP e sistemas de controle SDN-enabled


para aproveitar roteadores COTS e switches. Além disso,
estamos integrando suporte para IP em todas as nossas NVISION Routing Densité Modular K2 Dyno Replay K2 Summit Servers

principais categorias de produtos.


O novo controle GV Convergent SDN-enabled simplifica
O IP é o seu caminho para chegar e permanecer à frente, o controle de fluxos de trabalho híbridos SDI/IP
com maior flexibilidade, escalabilidade e agilidade nos
seus negócios.

Mark Hilton
Vice-Presidente, Broadcast Infrastructure

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Grass Valley, Densité, EDIUS, K2 Dyno, K2 Summit, Kaleido, Karrera, Kayenne, LDX, NVISION e Telecast são marcas comerciais ou marcas registradas da Grass Valley.
NAB 2015

logia de uma forma frenética e as


soluções parecem que se tornam
O Presidente da NAB, obsoletas ou precisam imprete-
Gordon Smith disse rivelmente de upgrade de 12
na cerimônia de abertura em 12 meses, ou seja, cada
que “com grande certeza:
vez que se abrem as portas
Rádio e Televisão
da NabShow. Para fazer uma
são mais importantes
hoje do que nunca”
cobertura mais ampla, a Revis-
ta da SET convocou alguns dos
seus associados para realizar uma
série de artigos de opinião que ire-
mos publicar nas próximas edições
mostrando como profissionais bra-
sileiros viveram o frenesi da expo-
© Foto: Divulgação

sição e olharam para os principais


lançamentos da indústria.
A exposição esteve dominada pe-
los equipamentos e soluções em
(NAB), continua crescendo. Este ano sados cinco anos, agora posso dizer: 4K, desde a captação até a edição,
voltou a superar a marca dos 100 mil Rádio e Televisão são mais importan- pós-produção e transmissão e che-
visitantes e contou com 1.789 em- tes agora do que nunca”. gando à recepção. Todo o workflow
presas expositoras cobrindo mais de A principal razão para esta decla- com esta tecnologia foi apresenta-
1 milhão de metros quadros de área ração é evidente: as pessoas estão do, com soluções de todo tipo e
de exposição e registrando um au- consumindo cada vez mais conteúdo tamanho dependendo do orçamen-
mento de mais de 5 mil visitantes em todos os lugares e em diversas to do visitante. Nos corredores se
com respeito a 2014, sustentando plataformas. “Somos bombardeados demonstravam soluções de har-
seu crescimento depois da crise que constantemente com enormes quan- dware e software para grandes e
atingiu a indústria no final da década tidades no Youtube, Twitter, mas pequenas emissoras, as principais
passada. quando as pessoas querem coerên- companhias avançaram com no-
Assim, os mais de 100 mil partici- cia e confiabilidade nas informações, vos equipamentos e soluções que
pantes, dos quais 26.489 chegaram é na radiodifusão que as pessoas iam além do Ultra High Definition
desde 164 países, mostraram, se- confiam.” (UHD) chegando ao Super HI-Vision
gundo o Vice-Presidente Executivo Smith é um defensor da radiodifusão 8K, com a apresentação de câmeras
de Comunicação da NAB, Dennis local, por isso reafirmou a importância de estúdio, portáteis e sistemas de
Wharton, que “este ano, a NAB Show desta indústria na divulgação de men- captação e edição neste formato de
demonstrou mais uma vez o seu po- sagens de alertas e de um jornalismo vídeo.
der e alcance global. Estamos entu- mais comprometido com informação No que diz respeito às soluções
siasmados com o feedback dos par- e não com o espetáculo. Ele vê com baseadas em redes IP, elas aparece-
ticipantes e expositores, e estamos expectativa e alegria a confirmação da ram nos quatro cantos da exposição
orgulhosos de sediar o maior evento TV em UHD, mas com apreensão as marcando uma tendência clara de
global de mídia, entretenimento e políticas e regulações que aumentam que o futuro passa pela instalação
tecnologia do mundo”, disse. os desafios para a indústria. de redes, não só no interior das
Na cerimônia de inauguração da Contudo, mesmo nesta fase transi- emissoras, senão também nas suas
NAB 2015, o Presidente e CEO da en- tória e com desafios em diferentes estruturas externas e até móveis e,
tidade, Gordon Smith, afirmou que a frentes, Smith confirma que a radio- claro, na proliferação de sistemas
indústria está no meio de um proces- difusão é a mais importante e mais de IPTV. Ainda, destaque para o au-
so de transição e reafirmou a impor- valiosa para as comunidades do que mento de empresas que ofereciam
tância da radiodifusão. No quinto dis- sempre foi e continuará a ser para as soluções de drones, estas ganharam
curso como presidente da NAB, Smith gerações futuras. em 2015 um espaço considerável na
realizou um balanço da gestão e da exposição.
indústria. “Foi há cinco anos, quase A exposição Nesta primeira etapa, a Revista da
neste mesmo dia, que falei sobre este Fazer uma análise rápida do ocor- SET levará os seus leitores pelos
mesmo palco em meu primeiro ano rido nos quatro dias de exposição corredores da NAB 2015 com uma
de NAB sobre os problemas que po- é quase impossível, porque a in- pequena foto-reportagem realizada
deriam afetar a nossa indústria. Pas- dústria está desenvolvendo tecno- na maior exposição da indústria.

14 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Fernando Moura
NAB 2015

© Foto: Fernando Moura


No espaço “NAB Future”, a NHK apresentou todo o workflow Shinji Takitani afirmou que a câmera pode vir a ser utilizada
de produção em 4K, com destaque para o seu processador pela NHK nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016
de áudio 8K de 22.2 canais

8K Snell, Tim Thorsteinson é uma con- Segundo explicaram os responsá-


Se bem se fala da tecnologia Su- sequência do avanço tecnológico. “O veis da companhia à reportagem da
per Hi-Vision (SHV) há pelo menos Pablo Rio 8K chega ao mercado com Revista da SET, o sistema, inicial-
5 anos e, nestes últimos, a NHK uma capacidade de transmissão de 5 mente, suportará até 160 minutos
(emissora pública japonesa) tem rea- Gigabytes/s de vídeo, com entradas de vídeo 8K 60p em storage, mas a
lizado uma série de testes e mostra- e saída de vídeo de 8K (7680x4320) tendência é que isso aumente pro-
do os seus resultados nas grandes para um monitor Sharp 85”. gressivamente.
feiras, esta foi a primeira vez que os Assim, no estande que pela primei- Outra das novidades de destaque
fabricantes colocaram nos seus es- ra vez se apresentou de forma con- estava no estande da Hitachi, onde
tandes equipamentos e soluções que junta após a fusão das duas gigantes se falava, ou pelo menos se tentava
comportam vídeo e áudio em 8K. registrada em 2014, muitos visitan- falar português. Shinji Takitani, ge-
No pavilhão do futuro, represen- tes queriam ver a plataforma que rente de Vendas da Hitachi Kokusai
tantes da Nihon Hoso Kyokai (NHK) trabalha com 3 aceleradores gráficos Linear Equipamentos recebeu a Re-
mostravam orgulhosos os desenvol- NVIDIA Tesla K80 GPU e três RAID 60 vista da SET afirmando que a nova
vimentos alcançados na última Copa que são controlados pelo sistema câmera SK-UHD8060 pode ser umas
do Mundo no Brasil com as transmis- Quantel FrameMagic, uma tecnologia das que a NHK utilize nas transmis-
sões realizadas em 8K e transmitidas desenvolvida pela marca para este sões dos Jogos Olímpicos Tóquio
ao vivo em alguns teatros do Japão tipo de fluxo de vídeo; e suporta, 2020 e, talvez, nas provas que reali-
(como noticiado anteriormente na também, workflow 6k, 4K e 2K. zem no Rio de Janeiro em 2016.
Revista da SET).
Entre os principais desenvolvimen-
© Foto: Francisco Machado Filho

tos, destaque para o processador de


Headphones de 22.2 FB T-1106, um
processador de áudio que permite ou-
vir áudio surround com 22 canais, e
permite controlar, entre outras coisas,
os filtros de áudio dos canais, o tra-
cking, se a entrada é SDI/DIG ou Madi
e permite, ainda, criar através de inter-
faces externas, codificação de tracking.
Em uma das primeiras coletivas de
imprensa, mesmo antes de abrir as
portas da NAB2015, Quantel/Snell
apresentou o upgrade da sua plata-
forma Pablo Rio para edição em 8K
60p. De fato, foi o primeiro lançamen-
Pela primeira vez, as duas
to de um sistema de edição nesta re-
gigantes se mostraram juntas
solução anunciado pela indústria que
na NAB, um ano depois da fusão
segundo afirmou o CEO da Quantel/

16 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Fernando Moura
NAB 2015

© Foto: Fernando Moura


O SSD Pack permite gravar até 40 minutos em 8K No pavilhão do Futuro, a NHK exibia imagens 8K captadas
pela câmara Ikegami SHK-810

De fato, a SK-UHD8060, a segun- CA-UHF-8060S com um máximo de Pack que foram criados especialmen-
da geração de equipamentos SHV 100 metros e uma caixa de extensão te para a câmera 8K com 2TB de
da marca, já foi apresentada para (AC/DC) que se utiliza quando a câ- memória, o que permite gravar até
ser utilizada tanto em estúdio como mera funciona de forma portátil, ou 40 minutos de vídeo e áudio em 8K.
de forma portátil, e com seu sistema quando se utiliza a câmera portátil Tadaaki Yanagi, um dos desenvolve-
completo, incluindo sistema de gra- para gravação em externa”, explicou dores da SK-UHD8060, afirmou que
vação. Nas duas versões, a Hitachi Takitani. o CCU pode ser controlado de for-
colocou em exibição o 8K Super-Hi- O executivo da Hitachi, que está ra- ma remota mediante o RU-8000VR e,
gh Vision Camera System completo dicado no Brasil, afirmou que como com isso, a câmera está pronta para
que trabalha com 33 Megapixels de a câmera foi criada de forma modu- ser utilizada “tanto em estúdio como
resolução que são obtidos mediante lar, ela permite ser usada tanto em em caminhões de externa. Como nos
a utilização de três sensores CMOS estúdios como produções externas sistemas de CCU tradicional, o ope-
Super 35MM a 60p, o que permite ou ao vivo mediante a utilização do rador pode controlar até em que for-
que a câmera grave simultaneamente adaptador antes mencionado e ain- mato grava a câmera”.
vídeo em 8K, 4K e 2K, “além de um da colocar, se a pretensão é utiliza A saída 8K da câmera é realizada
sistema de CCU completo, o 8K Ca- -la para reportagem externa, o 8K através de dois sinais que podem
mera Control Unit CU-UHD8060 per- RAW SSD Recorder que acoplado ao ser comutados entre si, 1.5G-SDI
mite aceder desde três lugares me- CA-UHF8060S permite enviar ao CCU (1 sistema) e 2 sistemas 3G-SDI que
diante fibra óptica (SMPTE304/311). as imagens captadas em externa. podem realizar o output simultâneo
A conexão e controle podem ser Se a ideia é gravar para uma pos- em 8K, 4K, e HD (2K). O equipamen-
realizados desde o adaptador da terior edição, podem ser utilizados to utiliza lentes PL Mount mediante
própria câmera, desde o adaptador os cartões de memória 8K RAW SSD a utilização de um adaptador 4KVF.
© Foto: Fernando Moura

© Foto: Fernando Moura

A SK-UHD8060 é a segunda geração de câmeras SHV da Ikegami apresentou a SHK-810, uma câmera portátil Super
Hitachi que foi desenvolvida em colaboração com os High Vision 8K com sensor CMOS 35mm, sistema de lentes PL
engenheiros da NHK STRL, o Laboratório de Desenvolvimento mount e sistema de fibra óptica de 40Gbits que permite saídas
da emissora pública japonesa (Science and Technology de vídeo em 8K, 4K e 2K
Research Laboratories)

18 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Fernando Moura
NAB 2015

© Foto: Fernando Moura


Panasonic guardou muito bem a sua nova câmera AK-UC3000, que se podia ver
detrás de uma grande caixa de vidro no estande da marca que se prepara
para a realização da transmissão dos Jogos Olímpicos Rio 2016
© Foto: Fernando Moura

A empresa norte-americana FOR-A


mostrou na NAB a FT-UNO-S,
uma versão mais econômica da FT-UNO,
que trabalha com um sensor Super
35mm e grava 3G-SDI (Level-A), 3840 ×
2160, BNC × 4 até 360fps. No estande,
a empresa mostrava algumas soluções
associadas, como a FT-ONE Cartridge
Doking Station

4K
As soluções 4K apareceram em todos
A Sony apresentou a HDC-4300 uma câmera 4K de 2/3”, 9.8 megapixel, 3CMOS os cantos da NAB, mas algumas em-
que permite gravar em Super 2x, 3x Super Slow Motion Vídeo presas se destacaram. Uma delas foi
a Panasonic, que apresentou soluções
© Foto: Fernando Moura

integrais para a produção 4K pensan-


do claramente em 2016, quando se
realizarão os Jogos Olímpicos Rio 2016
dos quais a empresa é parceira oficial
e será quem disponibilizará a parafer-
nália tecnológica para a realização dos
Jogos em 4K, como foi anunciado por
seus executivos no fim de 2014.
Assim, pela primeira vez a Pana-
sonic disponibilizou no seu estande
uma linha completa de soluções 4K
para cinema e TV, com destaque para
o sistema integrado AK-UC3000 com
uma câmera que incorpora um sen-
sor desenvolvido pela empresa que
A Canon continua apostando no Cinema digital com o lançamento da EOS C300 permite a captação de imagens até
Mark II, um upgrade da C300 que trabalha com um sensor CMOS 8.85 megapixel; 3840×2160/60p; o novo sensor 4/3
15-stop de range dinâmico; gravando no codec XF-AVC H.264 em dois cartões da câmera 4K AG-DVX200; e a câme-
de memória ra multi-propósito AK-UB300 4K.

20 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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NAB 2015

© Foto: Francisco Machado Filho

© Foto: Francisco Machado Filho


Patrick Harshman, CEO da Harmonic A NAB teve pela primeira vez um estande conjunto da Belden/Grass Valley e nele,
afirmou em Las Vegas que as aplicações as soluções IP e 4K tomaram conta do espaço. O objetivo da empresa é a integração
de software são o futuro da indústria. de sistemas, afirmou Leonel Da Luz, VP de Vendas para LATAM de companhia
“Não há volta atrás”

A câmera AK-UC3000 chega ao mer- Ainda foi incorporada a camcorder “O 4K não é só resolução” afirmou
cado com um sistema de montagem AG-DVX200 equipada com um sensor Alec Shapiro, presidente da Sony
B4 que permite que seus utilizado- 4/3 que permite gravar vídeo UHD Professional Solutions. “Esta tecno-
res incorporem lentes 2/3, reduzindo (até 3840×2160/60p), curva de gama logia é muito mais que uma reso-
custos. Ainda foram introduzidas al- logarítmica V-Log, até 12 stop de lati- lução de vídeo. É um conjunto de
gumas funções de ajuste de gama, tude, e zoom óptico de até 13 vezes. soluções de criação de conteúdos
correção de cor, um pedestal para A concorrente Sony, pioneira no audiovisuais”. Por isso, segundo o
redução de ruído digital e ganho na lançamento das tecnologias 4K, lan- executivo, a aposta no 4K não é a
hora da captação, explicou à Revista çou na sua coletiva de imprensa in- aposta em captação, “mas sim em
da SET Sérgio Constantino, gerente ternacional, realizada antes do início um conjunto de soluções que per-
de vendas para o mercado broadcast da NAB, a HDC-4300,a nova câmera mitem chegar a um workflow com-
da Panasonic. 4K para esportes. pleto”.
Para justificar as suas palavras, o
© Foto: Francisco Machado Filho

executivo passou em revista as tec-


nologias desenvolvidas pela empre-
sa nos últimos anos e analisou as
vantagens da tecnologia com desta-
que para o XAVC Codec, um encoder
próprio criado pela empresa japone-
sa para desenvolver seu workflow
completo com vídeo capturado em
4K (Ultra High Definition - UHD). Ain-
da foi apresentado o trailer do pri-
meiro filme da Disney realizado com
tecnologia 4K (Monkey Kingdon)
que estrearia no mundo todo pela
Disneynature, no dia 17 de abril de
2015. Isso que mostra que o cinema
e as grandes empresas do sistema,
segundo Shapiro,“apostam na nossa
tecnologia”.
Outro dos pontos destacados na
A Streambox apresentou soluções de streaming de vídeo tanto em 4K como em HD, coletiva da Sony, e que se viu espa-
sendo que o HD cada dia parece estar mais distante lhado nos corredores da NAB 2015,

22 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Francisco Machado Filho
NAB 2015

© Foto: Fernando Moura


Soluções IP e drones dominaram os corredores da NAB2015 numa indústria A Ateme mostrou as suas soluções
em transição onde a virtualização dos processos está cada dia mais presente de codificação HEVC na Nab2015

foi a diferença do range dinâmico mediante IP por meio de Live Stre-


© Foto: Divulgação

que gera a tecnologia 4K, e para am com o IP Live Production System


isso a Sony introduziu o monitor 4K da companhia.
BVM OLED. O BVM-X3000, o monitor A maior novidade, no entanto,
com maior resolução da companhia. foi a apresentação da nova câmera
A tecnologia IP também esteve pre- para eventos esportivos ao vivo, a
sente. Outro dos produtos destaca- HDC-4300, uma câmera 4K de 2/3”,
dos foi a camcorder PXM-FS7 com 9.8 megapixel, 3CMOS que permite
sensor S-35, DCi 4K, XAVC, que tra- gravar em super 2x, 3x Super Slow
balha de forma flexível e rápida e Motion Vídeo. A câmera tem saída
a PXW-X320, uma nova câmera da de fibra óptica, e é, segundo Erick
Um dos equipamentos que ganhou linha XDCAM. Com as duas câmeras Soares (Sony Brasil), uma “câmera
mais espaço na feira foram os drones, a Sony realizou links diretos de Las especialmente preparada para tra-
havia de todas as formas, cores, Vegas e Nova York mostrando como balhar em eventos esportivos por-
utilidades e dimensões é possível realizar conexões ao vivo que possui uma tecnologia única de
3 sensores CMOS nativos em 4K,
A Freefly que tornando-a mais versátil e traba-
há poucos lhando com um espaço de cor me-
anos começou lhorado, que permite que esta seja
timidamente integrada facilmente aos workflows
na NAB com a 4K existentes”.
apresentação
de soluções IP
de drones, na Outro dos pontos altos da NAB2015
edição 2015 foram as estruturas IP e a virtualiza-
da NAB contou
ção da gestão das emissoras. Esta
com um estande
foi uma das tendências que se con-
do tamanho
da demanda firmaram em 2015, a implantação de
da indústria plataformas de software e estruturas
© Foto: Fernando Moura

por soluções IP que, ao que parece, poderão vir


que permitam a dominar a indústria nos próximos
a captação tempos. “Focamos na inovação e na
de imagens em sofisticação dos nossos produtos”
movimento quando pensamos em plataformas

24 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


NAB 2015

virtuais de vídeo e o que elas signi- NAB 2015 por soluções para work- plataforma VOS em associação com
ficam para os consumidores, afirmou flows Ultra HD (UHD – 4K) baseadas a Intel para desenvolver arquiteturas
em Las Vegas Peter Alexander, CMO em arquiteturas de software pensa- de software como o “Spectrum X”
de Harmonic. das em soluções de “cloud”, tanto que trabalha tanto em SD, como HD
“Estamos em um momento em que públicas como privadas que sirvam e UHD com 3G SDI nativo e interfa-
a indústria caminha para funções in- para consumir diferentes conteúdos ce IP. “Esses sistemas permitem aos
tegradas de software com encoders em multiplataformas.” usuários ter agilidade no workflow e
que façam trabalhos integrados” Bart Spriester (VP de inovação da flexibilidade mediante a simplifica-
para gerar “virtualização”. Assim, as Harmonic) explicou à Revista da SET ção da migração, mediante uma so-
novidades da Harmonic passam na que a empresa desenvolveu a sua lução end-to-end em UHD”. n

Avid adquire Orad como parte da sua estratégia Everywhere

© Foto: Francisco Machado Filho


O CEO da AVID, Louis Hernandez
redobrou a aposta na “estratégia
Avid Everywhere” em Las Vegas

Uma das notícias mais comentadas pelos exposito- Como parte da sua estratégia Avid Everywhere, a
res e visitantes da NAB 2015 foi o anúncio da compra empresa realizou pelo segundo ano consecutivo o
da ORAD Hi-Tec Systems Ltd pela Avid, o que mais Avid Connect 2015, um evento organizado pela Avid
uma vez confirma a tendência de que os grandes Customer Association para reunir aos seus parceiros de
players da indústria tendem a concentrar esforços em negócio. Nesta edição, Luois Hernandez, CEO da Avid,
mega-empresas que não só comercializaram produ- explicou a segunda fase da estratégia global da marca,
tos, senão forneceram soluções integradas ao merca- lançada no ano passado.
do. Hernandez disse que a ideia continua sendo a de
A empresa israelense teria sido comprada por aproxi- “criar um sistema participativo onde o workflow seja
madamente 60 milhões de dólares. O principal objeti- aberto e global”. Para isso, fez uma análise rápida so-
vo da aquisição é a entrada da Avid em um novo mer- bre a experiência de como o vídeo é distribuído hoje e
cado, o de cenários virtuais e grafismo, setores onde como os consumidores chegam a ele. Ainda explicou o
até agora não intervinha e se encaixam na estratégia fundamento do Avid Everywhere, pensado como uma
comercial da empresa, lançada em 2014. plataforma colaborativa onde os conteúdos podem ser

26 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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NAB 2015
© Foto: Fernando Moura

Veneu 6, novo switcher de áudio modular e escalável com conectividade total de Avid

criados, distribuídos, maximizados comercialmente e Avid Cloud Collaboration: um conjunto de fluxos de


com a maior eficiência possível. trabalho integrados que deixa mais fácil o trabalho em
“Em um mundo cada dia mais conectado é preciso equipe de grupos de artistas e profissionais de áudio
aproveitar as oportunidades e a Avid está atenta a essa no mesmo projeto, em qualquer lugar em qualquer
situação e pensa em como os seus clientes podem criar momento.
conteúdos e monetizá-los da melhor maneira”, afirmou Avid Marketplace e Avid Artist Community: entrega
o CEO da Avid ante várias centenas de presentes. “A uma conveniente experiência de compras dentro do
solução está em criar “workflows inteligentes” e capazes aplicativo para o Pro Tools para Plug-ins e outros apli-
de trabalhar de forma aberta”. cativos de parceiros Avid Connectivity, e uma comuni-
Ele apresentou ainda, agora formalmente, a nova for- dade para conectar talentos com colaboradores, para
ma de licenciamento do Pro Tools 12, que, segundo ele, comprar e vender conteúdo e para armazenar.
marca um grande passo na história do software porque Foi ainda apresentado mundialmente o Avid Artist
pela primeira vez seus usuários terão acesso a opções / DNxIO, que trabalha com vídeo UltraHD, 2K e 4K,
de licenciamento flexíveis. Além da compra da licen- um desenvolvimento da marca em conjunto com a
ça perpétua, os clientes agora podem escolher fazer a Blackmagic que permite o encoder de hardware em
assinatura do Pro Tools 12 mensalmente ou realizar a tempo real.
compra completa com um plano de atualizações anual, A companhia apresentou, também, o que deno-
tornando mais fácil estar com as atualizações em dia minou a nova geração de “venue”, o Venue S6L, um
no mesmo instante em que elas são lançadas, sem pa- switcher de áudio modular e escalável com conectivi-
gar nada a mais por isso. dade total para trabalhar com interfases touchscreem,
Desta forma, o Pro Tools 12, afirma Hernandez, mos- com plug-in onboard e broad range.
tra o comprometimento da empresa em proporcionar Finalmente foi apresentado o ISIS 1000, uma platafor-
mais opções para os clientes acessarem e usarem suas ma de áudio que suporta Pro Tools, media Composer,
ferramentas criativas. Ele ainda explicou os conceitos Adobe Premier e Apple Final Cup Pro e que “foi criada
de Cloud Collaboration, Avid Marketplace e Avid Artist para ser utilizada por pequenos produtores de vídeo e
Community. áudio”, afirma Hernandez.

28 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Francisco Machado Filho
NAB 2015

So Vang apresentou à reportagem


da Revista da SET como funcionará
a TV hibrida nos Estados Unidos.
Esta prevê a personalização
do conteúdo e da publicidade
por gênero, idade e região

Congresso NAB:
TV Híbrida também
no mercado norte-americano
De pequenas apresentações no congresso de 2014 para sessões
e testes em 2015, o sistema híbrido de televisão vem ganhando
destaque e já se mostra como grande tendência para a TV mundial
Por Francisco Machado Filho

D
urante o SET e trinta de americano, apresentava quais seriam sobre este formato de transmissão.
2014 a sessão “Desafios e as características do novo sistema. Várias sessões abordaram as ques-
oportunidades para a televi- Dentre eles, Chernok apontava para tões que envolvem a TV Híbrida, des-
são” coordenada por Liliana a possibilidade do novo padrão utili- de os aspectos técnicos, aos mode-
Nakonechnyj (SET), abordou temas zar o sistema broadcast e broadband los de negócio diretamente ligados
como a segunda tela e a evolução do em emissões integradas, ou seja, a a ela.
padrão ATSC 3.0. Naquela ocasião, TV híbrida. De poucas apresentações A própria NAB em seu stand tec-
Rich Chernok, engenheiro da Triveni como esta, o que se pode perceber nológico, NAB LABS, apresentou um
Digital e principal responsável pelos no congresso NAB 2015 foi um au- sistema híbrido que estará disponí-
grupos de estudo do novo padrão mento considerável nas discussões vel para o público em 2016 quando

30 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Francisco Machado Filho
NAB 2015

Sistema Hybridcast: Sistema de distribuição simultânea Broadcast/Broadband com decoder MMT em sistemas Ultra HD

o ATSC 3.0 for implementado. Este sua região, alertas de catástrofes e (Nihon Hoso Kyokai) desde 2013 já
sistema integra a emissão tradicio- conteúdo interativo via segunda tela. oferece seu sistema híbrido no Japão
nal pelo ar com a conectividade via A FOX Sport preparou um conteúdo e vem aperfeiçoando o sistema para
rede, trazendo benefícios tanto para específico para esta apresentação ser utilizado com as futuras trans-
o emissor, quanto para o telespec- com aplicações interativas para se- missões em 4K e 8K, aproveitando-
tador, principalmente pela persona- gunda tela, inclusive com anúncios se do tamanho dos aparelhos, com
lização dos serviços oferecidos pela publicitários diferenciados entre a telas gigantes capazes de fornecer
transmissão. Ao iniciar o sistema programação broadcast e o conteú- várias informações ao mesmo tem-
híbrido o usuário é convidado a in- do via broadband. po e transmitindo simultaneamente
formar seu gênero, idade e o CEP Mas a TV norte-americana não é a imagens em Ultra Alta Definição e
de seu endereço. Desta forma ele primeira a apresentar sua solução imagens broadband Full HD. O siste-
recebe publicidade direcionada para híbrida para a radiodifusão. A NHK ma apresentado por Shinya Takeuchi,
engenheiro da NHK, utiliza a tecno-
logia de transmissão MMT – MPEG
© Foto: Francisco Machado Filho

Media Transport – com especificação


ISSO/IEC 32008-1 e ARIB STD-B60.
O sistema foi adotado como padrão
para o transporte de mídia nos tes-
tes de satélite em 8K em 2016.
A emissora pública japonesa afirma
que o sistema permite a integração
entre os serviços broadcast e broad-
band com baixa latência, sincroniza-
ção otimizada, conteúdo para segun-
da tela e close-caption com suporte
a vários idiomas. A transmissão hí-
brida em telas de Ultra Alta Definição
Slide de apresentação de Shinya Takeuchi, engenheiro da NHK mostra como as telas (UHD) permitirá acompanhar eventos
gigantes e a alta resolução 4K e 8K permitem uma perfeita integração entre texto, em altíssima qualidade via transmis-
imagem broadband e eventos em Ultra HD são broadcast e ao mesmo tempo

32 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Francisco Machado Filho
NAB 2015

Espaço da Sprockit com empresas escolhidas


por líderes da indústria broadcaster apresentam
suas soluções de conteúdo e monetização
para o mundo híbrido e por IP da televisão

imagem, via broadband, em resolu- do espaço limitado ofertado pelo es- Bob Harrison (Symphony Teleca)
ção menor do mesmo evento, mas pectro. E uma destes novos terrenos afirmou na sua alocução que a inte-
em ângulos ou pontos de interesses é a chamada Internet das Coisas. gração entre a televisão e a Internet
diferentes da transmissão principal. Na sessão “Broadband and the das Coisas agrega valor para o es-
Além disso, as grandes telas permi- Internet of Things: Realities and pectador, para o radiodifusor e para
tirão o uso de textos de fácil leitura Myths”, estes tópicos foram levan- o anunciante. Como? Para o espec-
e assimilação com estatísticas, salas tados e discutidos durante mais de tador, fazendo a transmissão pelo
de bate-papo, mensagens de presta- uma hora e meia de sessão. Um dos ar fornecer uma experiência mais
ção de serviços, alertas e close-cap- principais pontos em comum entre significativa do que a transmissão
tion e, evidentemente, interatividade os debatedores é que a Internet das pelo cabo, satélite ou IP, com con-
via conteúdo para segunda tela. Coisas é algo que irá fazer parte da teúdo interativo, personalizado e
Além de soluções técnicas mais vida das pessoas de uma maneira no momento desejado por ele e em
aprimoradas para o sistema híbrido simples e desapercebida. Ela estará qualquer lugar, sem a necessidade
de transmissão, o congresso este em nossos escritórios, casas, car- de aplicativos móveis e com a gra-
ano também apresentou alternati- ros e se a televisão não incorporar tuidade do sistema broadcast. Para
vas para implantação de modelos esta realidade ela perderá valor para o radiodifusor, a possibilidade de
de negócios associados à TV híbri- muitas pessoas. Principalmente a TV controle e acumulo de informação
da. Ao integrar o mundo broadcast broadcaster, pois diversos dispositi- de dados de uso dos espectadores
com o mundo IP, este novo canal vos conectados à internet hoje e no o que pode alavancar o valor dos
de distribuição não pode ser visto futuro, irão oferecer o conteúdo an- espaços comerciais com publicidade
apenas como uma nova plataforma tes transmitido apenas pela televisão dirigida para espectadores anôni-
de distribuição eficiente, de menor terrestre. Pesquisas apontam que até mos ou logados nos sistemas. Para
custo e de prestação de serviços. Ao 2020 a população mundial atinja a os anunciantes nacionais e locais,
utilizarem o mundo broadband para marca de 7.5 bilhões de pessoas e medição em tempo real das ações
alcançar as audiências a indústria de 85% delas (6.4 bilhões) serão afe- dos espectadores, ações crossmídia,
televisão irá se deparar em um ter- tadas diariamente pela Internet das mais pessoas frente à televisão com
reno novo, completamente diferente Coisas. experiências personalizadas. Princi-

34 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Francisco Machado Filho
NAB 2015

lizou a terceira edição da SPROCKIT.


Uma startup que vem promovendo
empresas escolhidas por líderes da
indústria broadcast para se apresen-
tarem na feira. A SPROCKIT fornece
a empresários ampla exposição e
cria condições para que as empresas
possam apresentar suas inovações
focadas em novos formatos e mode-
los de negócios aplicados principal-
mente às plataformas digitais, on-de-
mand, Over-the-Top (OTT) e segunda
tela. Empresas como a Spot.tv que
é uma plataforma de medição em
tempo real da propaganda na TV na-
cional que mensura as ações digitais
entre as principais plataformas de
vídeo, redes sociais e de pesquisa.
Tela inicial do conteúdo disponível por IP nos hotéis cassinos de Las Veja Além da Videogram, uma plataforma
que analisa qualquer arquivo de ví-
palmente para os anunciantes locais, integrante do sistema híbrido com deo e gera novos arquivos com tama-
na opinião de Harrison. conteúdo personalizado e interativo. nho e resolução adequadas em sites,
Para o mercado norte-americano de Não por acaso, algumas sessões reali- redes sociais, banners de anúncios,
televisão a TV híbrida pode repre- zadas no congresso já tratavam como transmissões ao vivo, guias de pro-
sentar uma virada nos negócios que TV híbrida qualquer interação entre o gramação e aplicativos aumentando
envolvem a primeira e segunda tela. usuário e a televisão broadcast pro- o engajamento e otimizando o com-
Como naquele país o ecossistema da movida por ações via internet e não partilhamento e monetização do ví-
segunda tela é bem desenvolvido e já necessariamente uma transmissão si- deo online. Pequenos exemplos que
apresenta perspectiva de mercado de multânea como nos sistemas japonês demostram que não se pode tentar
US$ 6 bilhões de dólares para 2017, (Hybridcast) e europeu (HbbTV). aplicar o modelo de negócios antigo
a TV híbrida encontrará um ambiente das mídias de massa às novas plata-
muito favorável para adoção da au- Monetização das OTTs formas de distribuição e ao mundo
diência e das empresas que comer- Como forma de aproximar empre- IP que está tomando forma.
cializam conteúdo para outros dispo- sas desenvolvedoras de soluções de É provável que todos os membros
sitivos, pois a segunda tela é parte conteúdo e monetização, a NAB rea- da delegação brasileira que se hos-
pedaram em um dos hotéis cassinos
de Las Vegas experimentaram a TV
© Foto: Francisco Machado Filho

por IP disponível para os hóspe-


des. Não há mais televisores ligados
a cabos ou com set-top boxes nos
quartos dos hotéis como em 2014.
A programação da TV é distribuída
pela rede Ethernet e o aparelho de
televisão é utilizado para serviços
de checkout, vídeo on-demand, in-
formações das condições do tem-
po, chegadas e partidas dos voos
no aeroporto principal da cidade e
um guia de canais com as principais
emissoras nacionais e o canal local
de Las Vegas. Não se trata de uma
emissão híbrida, mas já demonstra
que a televisão pelo ar nos Estados
Unidos será cada vez mais pressiona-
Guia de canais disponíveis no “pacote” gratuito disponível para os hóspedes da a migrar para o mundo IP. n

36 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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NAB 2015

Congresso NAB 2015: FCC mantem compromisso


com a radiodifusão dos Estados Unidos
Por Francisco Machado Filho
Paralelo as questões tec-
nológicas e econômicas,
a regulamentação do uso
do espectro é um proble-
ma mundial. Com desafios
em várias frentes, a indús-
tria broadcasting ainda
tem pela frente algo que
define sua própria existên-
cia: a transmissão terrestre
pelo ar. Por isso, impor-
tantes setores do sistema
broadcaster tem unido
© Foto: Francisco Machado Filho

esforços para otimizar o


uso de um espaço que
é finito e muito valioso.
Assim, quando ninguém
menos de que o Chairman
da Federal Communica-
tions Commission (FCC) Tom Wheeler durante sua apresentação no Congresso NAB2015 em Las Vegas
profere seu discurso em
um congresso da importância da NAB, os executivos respeito ao leilão marcado para 2016. “Após cinco anos
mais importantes das maiores empresas mundiais en- de especulação sobre o Leilão de Incentivo, que está pres-
volvidas no ecossistema televisivo ouvem-lo, porque tes a acontecer, eu não poderia estar mais satisfeito por-
Tom Wheeler, tem sob seus ombros a responsabilida- que a indústria de radiodifusão, está envolvida em um
de do que virá a ser a televisão broadcaster no futuro. diálogo produtivo com a FCC sobre isso. Nós estamos
O que em alguns aspectos, também definirá o que virá fazendo todos os esforços para fornecer informações
a ser a televisão mundial. Sob a decisão da FCC está o sobre como vai funcionar, incluindo estimativas dos
futuro de uma indústria que emprega mais de 3 milhões potenciais benefícios financeiros do participante.
de pessoas nos Estados Unidos e que fatura mais de No ano passado, eu descrevi o leilão como uma opor-
1 trilhão de dólares. tunidade única, praticamente livre de risco para expan-
E Wheeler disse aquilo que os radiodifusores norte- dir o seu modelo de negócio. Eu não vejo nenhuma ra-
-americanos queriam ouvir. Principalmente no que diz zão para alterar essa conclusão”, afirmou.
Outro ponto que vai ao encontro do pensamento dos
radiodifusores é quanto ao uso da televisão broadcas-
© Foto: Francisco Machado Filho

ter como agente local de informação e nos sistemas de


alertas. “Emissoras locais de Radio e TV ainda são as mais
importantes fontes de notícias em cidades e bairros.
As emissoras são o primeiro lugar que nos voltamos
em momentos de emergência. As emissoras também
desempenham um papel fundamental na econo-
mia local, conectando as pessoas com as empresas e
viceversa como poucos outros meios podem fazer.
O broadcasting é uma parte importante do nosso futu-
ro, assim como fora uma parte indispensável do nosso
passado. A partir de uma perspectiva histórica, a radio-
difusão tem contribuído imensamente para fornecer a
Gordon Smith (NAB) e Tom Wheeler (FCC) discutem os nossa sociedade excepcionalmente diversa, um senso
rumos da radiodifusão norte-americana na NAB 2015 de comunidade e sentido de compartilhamento”.

38 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


NAB 2015

Congresso NAB 2015: Impactos do MER debatidos


por brasileiros em Las Vegas
A interiorização da TV Digital no Brasil foi tema de palestras durante uns dos principais congressos de engenheira
do mundo, o Congresso NAB que se realiza anualmente em Las Vegas Por Fernando Moura

Na tarde de terça-feira, 14 de abril de 2015, José Fre-


Engenheiro da RPC TV
derico Rehme (diretor de Ensino da SET/RPC TV) minis-
apresentou estudo sobre
trou a palestra “Influência do MER vs. Área de Cobertu-
cobertura de TV Digital
ra” onde explicou aos presentes os motivos pelos quais na Broadcast Engineering
durante muito tempo observou o impacto do TX MER Conference organizada
na capacidade de recepção de TV Digital e como isso pela National Broadcasting
ajudou a emissora a “interiorizar a TV Digital no Estado Association (NAB)
do Paraná”
No marco do Broadcast Engineering Conference orga-
nizada pela National Broadcasting Association (NAB)
Rehme disse que a pesquisa permitiu estabelecer o
error do vector que provoca a degradação do sinal de © Foto: Fernando Moura
TV Digital. Para isso o engenheiro trabalhou o conceito
do MER e discutiu que tipo de MER precisa ser recebida
pelo telespectador para ter um boa sinal de TV Digital.
No Las Vegas Convention Center, o pesquisador pa-
ranaense disse que foi preciso reduzir os parâmetros MER deve ser transmitido. Para isso realizou estudos
do MER para, entre outras coisas, evitar a distorção, e em laboratório e no campo em Curitiba, Paraná onde
isso é possível mediante MER (Tx), MER (Rx), e no ca- é Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento em
nal o que pode reduzir o MER e aumentar a eficiência Telecomunicações na RPC (Rede Paranaense de Comu-
energética dos equipamentos gerando um aumento nicação), Curitiba, Paraná.
do espaço, no tamanho do sinal e reduzindo os custos. Rehme disse, ainda, que o mais “importante é ter uma
O diretor de Ensino da SET afirmou na sua palestra em meta numérica para os parâmetros técnicos, espe-
uma das salas do Congresso NAB 2015 que as emisso- cialmente MER, e o conhecimento da influência deste
ras precisam avaliar as condições de emissão e recep- número no desempenho global de TV Digital”, porque
ção e a partir disso tomar decisões sobre que tipo de com isso podemos ter melhores resultados.

José Frederico Rehme (diretor de Ensino da SET/RPC TV)


afirmou que a apresentação do estudo em Las Vegas
é um dos pontos mais altos da sua carreira
© Foto: Fernando Moura

40 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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Reportagem

© Foto: Fernando Moura


RioContentMarket maior
evento de conteúdos
audiovisuais
da América Latina
SET participa do maior evento de conteúdo audiovisual da região
com palestra sobre 4K que gera grande expectativa da assistência.
A edição 2015 do RioContentMarket mostrou mais uma vez a força
do mercado brasileiro e o interesse do mundo para as suas produções
Por Fernando Moura no Rio de Janeiro

O
RioContentMarket fechou ses, incluindo 6 delegações interna- A quinta edição do RioContent-
sua quinta edição com nú- cionais (Reino Unido, Canadá, Argenti- Market contou assim com executi-
meros de expressão que o na, África do Sul, França e Itália). vos de mídias digitais, broadcast e
colocam entre os principais Os participantes realizaram em mobile, programadores, publicitários,
eventos de seu tipo a nível mundial. um importante hotel da Barra da distribuidores, criadores, produtores,
Este ano, afirmam os organizadores, Tijuca, zona sul do Rio de Janeiro, compradores de conteúdo e diversos
“o evento mergulhou fundo no mer- 860 rodadas de negócios nos três profissionais da indústria audiovisu-
cado audiovisual e superou as expec- dias do evento, participaram de al, que apresentaram ideias, cases e
tativas”. 130 painéis realizados em 6 salas modelos de negócios relevantes para
Realizado pela Associação Brasi- simultâneas com 275 palestrantes. o desenvolvimento de parcerias e co-
leira de Produtoras Independen- Ao todo, estiveram presentes, na -produções. A SET, como em 2014, re-
tes de TV (ABPITV), o RioContent- capital fluminense, executivos de alizou uma sessão que é parte de um
Market reuniu este ano 3500 parti- 70 canais de televisão nacionais e acordo de cooperação assinado por
cipantes chegados desde 36 paí- internacionais. ambas associações no ano passado.

42 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Divulgação
Reportagem

© Foto: Fernando Moura


O presidente da ABPITV, Marco Altberg,
abriu o evento relembrando a história
da criação do RioContentMarket, que
surgiu da necessidade de oferecer
ao mercado internacional uma De Esq. à Dir.: Olímpio Franco (Presidente da SET), Carlos de Andrade (Visom Digital);
contrapartida à presença brasileira Celso Araújo (SET); Tony Viegas (Conspiração) e Nelson Faria (SET/PetChannel)
em outros países. “Começou como uma
iniciativa singela e hoje estamos na
quinta edição, mostrando toda a força e que as novas tecnologias de pro-
da produção independente dução e transmissão estão “ajudando
e do setor audiovisual” a que essa transformação seja ainda
“O futuro é promissor
mais rápida, mas elas não são o prin-
Por tudo isso, “o RioContentMarket cipal ponto da mudança, que passa porque haverá mídias
se consolidou como o maior evento por novos hábitos de consumo de para poder exibir o 4K
audiovisual na América Latina e en- conteúdos audiovisuais”. nas telas da TV”
trou definitivamente para o calendá- Ele afirmou que “está mudando Olímpio Franco
rio Internacional”, afirmou à Revista a forma como o telespectador as-
da SET, Marco Altberg, presidente de siste TV” e como “surfa (utiliza) o O conteúdo ainda é o rei, e este ain-
ABPITV. controle remoto”. A tecnologia das da é desenvolvido pela TV tradicio-
Em uma das principais palestras do grandes distribuidoras de conteú- nal”.
evento, o presidente da Viacom Inter- dos e operadoras de TV por Assina- A edição 2015 do evento contou
national Media Networks – The Ame- tura do “México, Brasil e alguns dos com a presença de empresas como
ricas (VIMN), Pierluigi Gazzolo, disse principais países da América do Sul AD Digital, BNDES, Bossa Nova Films,
que a televisão está se transformando já possuem set-top boxes que pa- Canal Futura, Côte Ouest Audiovisuel
recem uma plataforma de OTT para Mauritius, FremantleMedia, Kaltura,
© Foto: Fernando Moura

concorrer com essas plataformas. HBO, Megatrax, PetChannel, TV Re-


O que interessa agora é definir o cord, Samsung, TQTVD, Turner, TV
que se assiste, como e onde? O 75% Globo, Universal Channel, Viacom e
dos espectadores continuam desco- YouTube, entre outras.
brindo os conteúdos nos sistemas
tradicionais, na TV Lineal”, e só de- Tecnologia das Séries em 4K
pois disso é que convergem “para A SET debateu no RioContent-
outros dispositivos procurando con- Market o futuro da TV e junto com
teúdos adicionais”. ele, como o 4K se posiciona nesse
Gazzolo afirma que por este moti- campo, para isso convocou profis-
vo a “TV tradicional continua sendo sionais destacados do mercado que
muito importante, porque nela radica debateram sobre o futuro das tec-
a pressão pela qualidade, seja aber- nologias de captação de imagem e
Pierluggi Gazzolo (Viacom Internacional)
afirmou em uma das principais
ta ou fechada. Na internet não há apresentaram as tecnologias dispo-
palestras do RioContentMarket pressão pela qualidade porque de- níveis através do estudo de duas
que a TV passa por um processo pende da conexão e o usuário sabe séries produzidas por produtores do
de redefinição no mundo, mas que disso. Por isso, a TV tradicional con- Rio de Janeiro com tecnologia 4K em
o conteúdo continua “sendo rei” tinua sendo quem marca tendências. uma sala cheia e com muitos pro-

44 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


an_phase_institucional_210x140mm.pdf 1 19/09/14 16:44
© Foto: Fernando Moura
Reportagem

O presidente de SET, Olímpio Franco


afirmou no RioContentMarket 2015
que a tendência da indústria é para
a produção das Séries em 4K

dutores interessados em descobrir


Figura 1 - Tendência de crescimento das TVs 4K
esta tecnologia.
“Nossa ideia é mostrar aqui o Esta- internacionais que demonstram que o afirmou que “os consumidores estão
do da Arte do 4K, não só como tec- 4K é uma tecnologia que se está de- procurando a intersecção da tecnolo-
nologia, mas também com a visão do senvolvendo rapidamente. (Figura 1) gia e do conteúdo” pelo que é neces-
usuário e o produtor de vídeo profis- Segundo Franco, as vendas de TVs sário que as emissoras e produtoras
sional“, afirmou Celso Araújo, diretor 4K estimadas pela Futuresource Con- de conteúdos “adicionem algum con-
de Cinema da SET, na abertura da sulting em 2014 chegaram aos 11.6 teúdo exclusivo as suas programa-
sessão. milhões de aparelhos de TV, com um ções” e que os usuários “possam se
Olímpio Franco, presidente da SET crescimento de 7000% comparado deslocar entre os dispositivos”.
disse que o “4K já é uma realidade com 2013, o que representa 5% do Carlos Andrade, da Visom Digital,
e no futuro haverá mídias para poder número de aparelhos vendidos no afirmou que se o produtor “tem uma
exibir o 4K nas telas da TV e com mundo, assim “até 2018 deve repre- nova tecnologia a disposição deve
isso será possível viabilizar a produ- sentar 72% com 100 milhões de uni- usá-la porque tem de estar na crista
ção com esta tecnologia de capta- dades no mundo”. (Figura 2) da onda. O 4K é o futuro, ela está no
ção”. De fato, o presidente da SET Parafraseando um executivo da limiar dos 35mm com uma resolução
mostrou aos presentes estatísticas Samsung nos Estados Unidos, Franco de 17×9 com uma certa latitude que
© Foto: Divulgação

Para Carlos Andrade (Visom Digital)


“o futuro é o 4K, esta tecnologia
é de fato o limite que a gente tem,
porque o 8K não é factível para ser
utilizado em TVs pois, seria necessário
ter uma TV de 300 polegadas” Figura 2 - Aumento da demanda do mercado de TVs no mundo

46 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Tektronix ganha o TV Technology Best of Show Award na
NAB 2015 com o Monitor de Forma de Onda WFM8300.
A TV Tecnology selecionou o monitor de forma de onda Tektronix
WFM8300 como um dos vencedores do Best of Show Award na NAB 2015.
Foram selecionados apenas um pequeno número de produtos para receber
o prêmio entre centenas de novos produtos na competição.
Para a comissão julgadora o WFM8300 impressionou com sua
capacidade de suportar 4K facilmente, atualização de software instalável
em campo, eliminando a necessidade de que os
clientes comprem substituições de hardwares caros
para 4K.
O WFM8300 tem inúmeras aplicações,
incluindo:
- Acompanhamento e verificação de conformidade
em distribuição de conteúdo e transmissão
- Controle de qualidade na produção e pós
produção de conteúdo.
- Qualificação da infraestrutura e resolução de
Destaques problemas para manutenção das instalações de
criação e distribuição de conteúdo
- Pesquisa e desenvolvimento de equipamentos de
vídeo profissional

Destaques Tektronix na NAB 2015


Resolução de problemas mais rápido com o WFM2300
A Tektronix também apresentou mais recursos para o monitor de forma de onda portátil
WFM2300. Os novos recursos do equipamento incluem a análise de interface serial assíncrona
(ASI), uma ampla gama de teste de sinais (incluindo Dolby E), Lip Sync e medições de atraso de
propagação e conectividade HDMI. O WFM2300 determina automaticamente o formato do sinal
ligado à entrada ativa (ASI ou SDI) e exibe as medidas adequadas.

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Reportagem

© Foto: Divulgação
© Foto: Fernando Moura

No estande da TV Brasil o ministro


da Cultura, Juca Ferreira, falou sobre
a expansão da produção audiovisual
no Brasil e a necessidade de melhorar
a qualidade da programação na TV
aberta. O bate-papo foi conduzido
Tony Viegas afirmou na sessão da SET no RioContentMarket que “a produção 4K pelo presidente Nelson Breve e o
é inevitável, já está acontecendo e será o futuro da TV” diretor-geral da EBC, Américo Martins

permite estabilizar o vídeo e gravar por ter sido gravada em formato mond, Cristina Gomes, Bruno Passeri
formatos RAW donde através dos RAW, podíamos mexer nos metada- e pelo experiente Bosco Brasil, a sé-
metadados pelo que podemos fazer dos e com ele mexer na correção de rie tem direção de Rudi Lagemann e
diferentes processos que no forma- cor e dar maiores detalhes”. fotografia de Marcelo Guru Duarte e
to anterior era impossível de fazer “Conselho Tutelar” foi criada por foi um negócio concretizado no Rio-
dando ao produtor uma flexibilidade Marco Borges e Carlos de Andrade, ContentMarket.
nunca antes tida na produção”. roteirizada pelo próprio Marco Bor- Na minissérie em cinco episódios
Para Andrade, “o futuro é o 4K, esta ges em parceria com Mariana Viel- produzida pela carioca Visom Digital
tecnologia é de fato o limite que a em coprodução com a TV Record, ex-
gente tem, porque o 8K não é factí- plicou Andrade, “aumentamos a pro-
vel para ser utilizado em TVs porque fundidade dos pretos e avançamos
seria necessário ter uma TV de 300” “Na minissérie Conselho para outras coisas, como quando
e porque, afirma, seria “mudar a ma- Tutelar aumentamos a demos um “grão” na imagem que
neira de filmar, seria chegar a uma profundidade dos pretos suavizou os contornos dando uma
maneira absoluta”. suavizando a cor até o preto progressão que permitiu suavizar a
O produtor da série exibida pela TV cor indo na imagem até o preto e
e branco gerando contrastes,
Record em 2014, “Conselho Tutelar”, branco gerando contrastes, e assim,
afirmou que “esta foi a nossa primei-
e assim, avançando para uma avançando para uma nova concep-
ra série produzida em 4K. Nela mos- nova concepção de cor” ção de cor”.
tramos como funciona o 4K e como Carlos Andrade Tony Viegas, coordenador de Pós
Produção de TV e Multiplataformas
© Foto: Fernando Moura

da Conspiração, afirmou no painel


da SET no RioContentMarket que
“a produção 4K é inevitável, já está
acontecendo e será o futuro da TV”.
Ele explicou como após um pedido
da HBO a produtora começou “a pen-
sar em como se faria o processo e de
que forma? O primeiro que fizemos foi
testar o “workflow” de ponta a ponta
em 4K com a câmera Sony F55, de-
pois consultamos a produção sobre a
quantidade de horas seriam necessá-
rias, e trabalhamos muito nesse pon-
to. Tivemos de ter atenção a logagem,
André Barbosa, superintendente de Relações Institucionais da EBC, explicou geração dos dailies, e o arquivamento
o que é o Brasil 4D, projeto de interatividade na TV digital desenvolvido pela EBC em 4K, tendo em conta que a finali-

48 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Reportagem

Moony, um novo ecossistema de negócios com uma plataforma


diferenciada
Lançada em março de 2015, a plataforma de Samsung colocou a empresa em um outro negócio, desta vez,
o dos conteúdos, assumindo que um dos maiores diferenciais do projeto é que as produtoras podem colocar
conteúdos ao vivo através da plataforma e monetizá-los.

A nova plataforma tem como demanda crescente no Brasil por


principal objetivo colocar a conteúdos que cheguem aos
disposição dos usuários de dis- usuários via VoD. “O diferencial é
positivos da Samsung a par- que este conteúdo será exclusi-
tir de um sistema VoD (Vídeo vo e será selecionado segundo o
on-demand) mais de 30 canais perfil do público”.
– no inicio do serviço – que per- A aplicação foi desenvolvida
mitirão aos produtores indepen- pela Samsung em parceria com
dentes mostrarem seu trabalho a Samba Tech, empresa brasilei-
e que “permitirá que o celular ou ra que realizará o suporte técni-
a SmartTV deixem de ter mais co e de engenharia do projeto e
uma aplicação, mas que esta se é a responsável pelo streaming
converta na primeira tela da TV” de vídeo necessário para abas-
afirmou Marcelo Mattar, gerente tecer a plataforma e “garantir a
de Vídeos e Esportes da área de qualidade e escalabilidade do
Conteúdo da Samsung. serviço”, comentou Mattar.
Mattar disse à Revista da SET Segundo explicou Rodrigo
que o “Moony, oferece conteú- Stoqui, responsável pela área
do de nicho de alta qualidade, onde o usuário encontra de Customer Success e Business Development da
conteúdo gratuito ou pago. Surgimos para aproveitar o Samba Tech, a plataforma foi construída com “uma es-
conteúdo de nicho e avançar para um novo conceito de trutura elástica que nos permita trabalhar em diferen-
vídeo, uma plataforma de “vídeo a la carte” onde o usuá- tes situações, em momentos de grande demanda de
rio usufrui de conteúdos premiums”. streaming e com um setup totalmente transparente para
Entusiasmado com o projeto pioneiro no Brasil e no o nosso cliente”.
mundo, o executivo da Samsung recebeu a Revista da Para suportar diferentes tipos de demanda, e assumin-
SET nos escritórios da multinacional na capital paulista do que todo o conteúdo disponibilizado na plataforma
e disse que o “Moony mudará a forma como os usuários tem de ser HD, a empresa trabalha com um sistema de
assistem vídeos na TV” e que este serviço atenderá uma multi-CDN para “assegurar o tráfego”, com um serviço
armazenado em “uma nuvem dedicada que trabalha
mediante uma rede privada e que entrega ao usuário
Para Marcelo Mattar,
um streaming adaptativo que pode ir dos 1080p até um
o Moony mostrará
mínimo de 320p, segundo a banda que o cliente tenha
que é muito mais
que um aplicativo na hora de assistir ao vídeo”, referiu Stoqui.
“O próximo passo será a exibição de eventos ao vivo,
para isso já tenho a estrutura montada e testada” afir-
mou Stoqui, e Mattar reforçou: “Nossa ideia é no futu-
ro disponibilizar aos nossos usuários eventos ao vivo,
como por exemplo a ópera de Nova York. Eventos espe-
ciais e de alta qualidade que possam ser exibidos exclu-
sivamente para os usuários do Moony”.
Ante a pergunta da Revista da SET de porque cruzar a
fronteira de fabricante de equipamentos e dispositivos
móveis para, ainda, oferecer conteúdos, Mattar afirmou
© Foto: Divulgação

que é uma nova corrente de negócios, uma nova forma


de rentabilizar um potencial “enorme que tem a empre-
sa já que somos lideres no mercado e podemos ofere-

50 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Reportagem

Ele explica que a ideia da Samsung é “criar uma cadeia


produtiva intermediaria monetizada para as produtoras
independentes, que possuem o conteúdo que muitas
vezes está ocioso. Nós teremos uma plataforma de VoD
baseada no conceito de curadoria, onde os conteúdos
que sejam exibidos serão escolhidos e disponibilizados
uma vez aprovados”.
A curadoria será realizada por uma das empresas da
Samba Tech, a Samba Ads, com o objetivo de oferecer
a curadoria do conteúdo para a plataforma a venda de
publicidade online direcionada para os vídeos sob de-
manda e canais de conteúdo que irão funcionar como
© Foto: Fernando Moura

programação de TV (modelo linear).


Para assegurar a perfeita utilização do Moony, afirma
Stoqui, a Samba Tech além de fornecer toda a tecnologia
e publicidade online, também contratou um time com-
pleto de profissionais dedicados ao atendimento perso-
Rodrigo Stoqui afirma que a plataforma da Samba Tech
nalizado dos usuários do produto nos devices Samsung,
permitirá que nos próximos meses possam ser
esclarecendo dúvidas e mantendo um canal aberto com
transmitidos eventos ao vivo por streaming no Moomy
cada um deles.
cer assim um produto diferenciado aos nossos clientes. O serviço é compatível para celulares Android 4.0
A nossa ideia foi criar um novo conceito de canal online ou superiores e que tenham pelo menos 4 polegadas.
na qual o usuário possa construir a sua própria TV” por- Nas SmartTVs, os modelos da marca a partir de 2012
que “mudamos o conceito, estamos renovando e dando com Tizen podem rodar o Moony. A aplicação pode ser
mais valor a nosso ecossistema e criando uma nova for- baixada no Samsung Galaxy Apps ou no Google Play
ma de ver TV”. Store.

zação é diferente e precisaríamos de fazer o switch com suas câmaras ali-


uma maior “logagem” devido ao ta- nhando os conteúdos”.
manho do material gravado”. O diretor da SET disse aos presen-
Viegas afirmou a plateia que “para
“A TV está mudando tes que o mundo perfeito seria “se
partir para uma produção 4K é preciso para workflows 4K conseguirmos conciliar o 4K com o
ter o Pich pronto e não pode haver tra- e com eles, tudo precisa 8K. Se isso for possível, estaremos
balho de re-filmagem, além de que au- vir por uma rede IP” olhando para o futuro da produção
mentam os tempos dos “renders” que Nelson Faria dos conteúdos”.
modificam o tempo de pós-produção. Faria explicou que o futuro está na
O trabalho final que fizemos foi de 13 conexão do “workflow” completo em
episódios de 50 minutos com um mas- 4k interligado por IP as emissoras,
© Foto: Fernando Moura

ter em ProRes 4444 UHD sem ser en- por exemplo, “permitindo que se
trelaçado “uma amostra que estamos possa produzir até de forma remo-
evoluindo para formatos melhores”. ta desde um campo de futebol até
Finalmente Nelson Faria (SET/Pet- a emissora sem necessidade de ter
Channel) disse que não há volta atrás, unidades móveis no local”.
o futuro é hoje e “já é uma realidade. Numa indústria com muitíssima
A TV está mudando para workflow 4K mudanças acontecendo ao mesmo
e com eles, tudo precisa vir através tempo, Faria explicou como é possí-
de uma rede IP”. Para ele o sentido vel criar um canal, como o PetChan-
de produzir em 4K é pensando no IP nel, onde todo o conteúdo é 4K e a
como forma de distribuição dos con- forma de distribuição será realizada
teúdos, já que está claro que não ha- através da nuvem da Amazon envian-
Nelson Faria (SET/PetChannel) afirmou verá canalização para emitir 4K por ar, do conteúdos para canais de IPTV.
na sessão organizada pela SET que o 4K por isso devemos adotar o IP porque (ver “PetChannel, primeiro canal 4K
já é uma realidade na indústria já existem tecnologias que permitem da América Latina”).

52 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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PetChannel, primeiro canal 4K da América Latina

© Foto: Fernando Moura


O PetChannel
foi lançado com
grande sucesso no
RioContetMarket2015

O primeiro canal 4K de América Latina é brasileiro e teve Os primeiros 20 programas do PetChannel foram
lançamento oficial no RioContentMarket 2015. O Pet- produzidos integralmente em 4K com 3 câmeras, uma
Channel, um canal 24 horas por internet, IPTV, Facebook, Canon C500, uma Panasonic DMC-GH4 4K e um smar-
Instagram, TVs conectadas – SmartTvs – e para redes pri- tphone Samsung Galaxy Note 4. “No início parecia uma
vadas de TV terá programação 24 horas por dia em 4K. loucura utilizar um celular para uma produção como
O canal foi idealizado por velhos conhecidos da SE- esta, mas depois com testes percebemos que a quali-
T(Nelson Faria, ex diretor de inovação da Rede Globo e dade de imagem era fantástica e seria muito útil como
atual Vice-presidente da direção internacional da SET e câmera complementar ou segunda câmera”.
Júlio Caruso, ex-diretor da seção de Close Caption da TV O canal 100% 4K chegará as emissoras ou programa-
Globo) para ser emitido em múltiplas plataformas via doras que contratem os seus conteúdos “através da
streaming através da nuvem da Amazon. Nuvem da Amazon. Para realizar o streaming de vídeo
Nelson Faria disse à Revista da SET que a plataforma a equipe de engenheiros da PetChannel desenvolveram
contava com mais de 40 canais transmitidos por IPTV um sistema adaptativo a banda larga do usuário que
interessados em reproduzir os seus conteúdos e já con- pode ir dos 4K até os 720p, mas sempre garantindo no
tava com propostas end-to-end uma qualidade UHD”.
© Foto: Fernando Moura

de integração com Para produzir os primeiros 20 programas do canal foi


canais de Ásia, Euro- criado um workflow de trabalho em 4K pelo qual os con-
pa e América do Sul. teúdos captados foram editados com Adobe Primiere 4K
e a correção de cor foi realizada com o sistema DaVinci
da Blackmagic Design.
Após várias décadas
O investimento total não foi revelado por Faria, mas
na TV Globo, Nelson
sim disse que “todo o investimento foi realizado pelos
Faria trabalha
arduamente
sócios do canal e que para seguir crescendo é necessário
no lançamento encontrar investidores externos” que permitam continu-
do PetChannel, ar o projeto e “fazer que este cresça e se expanda”.
primeiro canal 4K O PetChannel estará no ar em junho de 2015 esperan-
de América Latina do ser lançado na América Latina nos próximos meses.

54 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Reportagem
© Foto: Fernando Moura

© Foto: Fernando Moura


anos –, a AD-Digital em conjunto
com a Kaltura, a Megatrax e o SE-
BRAE/APRO.
A TQTVD apresentou aos mais de
3 mil produtores de conteúdos pre-
sentes o AstroTV+ (Plus) a evolução
do AstroTV, middleware Ginga líder
de mercado adotado pelos prin-
cipais fabricantes de TV e set-top
boxes e já presente em mais de 15
milhões de aparelhos no Brasil e na
América Latina.
O AstroTV+ é uma plataforma “oti-
mizada para conversores digitais de
Para a CEO da AD-Digital, Daniela baixo custo, sem por isso limitar-se Para Lars Janér, diretor de operações
Souza, o papel das integradoras é estar da Kaltura Brasil, o “futuro para
a tarefas básicas. Seu pacote com-
cada dia mais perto dos seus clientes, pela convergência e plataformas
pleto oferece recursos de Segunda
e oportunidades como as do de distribuição de conteúdos”
RioContentMarket ajudam a mostrar
Tela (Integra tablets / smartphones);
aplicações para plataformas Over-

© Foto: Fernando Moura


aos produtores os benefícios
e produtos de trabalhar com “uma the-Top (OTT); sistema PushVoD;
empresa que não vende equipamentos, uma loja de Aplicativos – Ginga”
mas sim cria soluções” afirmou David Britto, diretor da TQ-
TVD.
Ele disse que a nova plataforma
Conteúdos e muito mais trabalha com browser HTML5; tem
O RioContentmarket não é só um compatibilidade com TVs de tubo
evento de conteúdos, senão tam- (4:3), Full HD e 4K (UHD), e uma das
bém um evento onde os produtores novidades é o PVR (Personal Video
audiovisuais podem ter acesso di- Recorder) com recurso de Time-Shift
reto a empresas e fornecedores de incorporado.
equipamentos. Entre os principais A AD-Digital esteve presente com
estandes, participaram o da TQT- um estande do evento porque, se-
VD – como o tem feito nos últimos gundo Sonia Poloni, diretora de
Comunicação e Marketing da AD-Di-
Nilson Fujisawa, diretor da LineUp disse
gital, “nossa participação faz todo à Revista da SET que para a integradora
© Foto: Fernando Moura

sentido considerando que é o ponto que dirige é fundamental participar


de encontro dos principais realiza- de eventos como o RioContentMarket
dores, produtores e executivos do porque servem para entender o que as
mercado mundial do setor audiovi- produtoras precisam na hora de investir
sual. Os participantes poderão apro- em equipamentos

O Ministro da Cultura, Juca


© Foto: Divulgação

Ferreira e Alfredo Manevy,


diretor-presidente
da SPCine, Empresa
de Cinema e Audiovisual
de São Paulo,
se mostraram felizes
pela primeira participação
David Britto, diretor da TQTVD da companhia pública de
continua afirmando que o “Ginga fomento ao audiovisual
oferece funcionalidades cada dia paulista que terá um
melhores e mais sofisticadas” e que orçamento anual
“os produtores devem pensar em de mais de R$ 65 milhões
soluções como esta para rentabilizar com a gestão e os investimentos compartilhados entre as três esferas de governo
os seus desenvolvimentos” (municipal, estadual e federal)

56 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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Reportagem

veitar o evento para conhecer as ção de conteúdos, coproduções ou zada. “O player da Kaltura, além de
inovações e os últimos lançamentos para novos modelos de negócio, a garantir a conversão automática dos
em tecnologias. Sabemos que as tecnologia digital tornou-se indis- vídeos, se integra a qualquer websi-
novas mídias trazem novas possibi- pensável”. te, software ou plataforma de tercei-
lidades para produções audiovisu- No RioContentMarket, a Kaltura ros, permitindo diferentes modelos
ais e distribuição de formatos como participou junto a AD-digital com o de monetização e fornecendo relató-
o Vídeo sob Demanda (VoD), stre- objetivo de mostrar aos produtores rios detalhados do consumo do con-
aming e OTT. Seja para produções os serviços oferecidos pela platafor- teúdo”, explica Lars Janér, diretor de
locais, seja para a internacionaliza- ma, e como esta pode ser moneti- operações da Kaltura Brasil. n

Primeira Bíblia Transmídia

A Associação Brasileira de Produção de Obras Audio-


visuais (APRO) e o Sebrae apresentaram no RioContent-
Market 2015 o primeiro Guia Bíblia Transmídia, uma
cartilha que têm por objetivo apoiar o desenvolvimento
de projetos transmídia com a metodologia MAMP (Mul-
ti Audiência Multi Plataforma), criada pelo grupo Era
Transmídia, e “vem sendo aplicada em treinamentos e
consultorias desde 2011, colaborando com as necessi-
dades dos produtores independentes audiovisuais”, ex-
plicou à Revista da SET, Odete Cruz, gerente Executiva
para a área de Capacitação da APRO.
Durante o evento, Rodrigo Dias Arnaut e Rodrigo Man-
darino Terra do Grupo Era Transmídia apresentaram os 6
passos do MAMP, com propostas de moderação para a

© Foto: Fernando Moura


aplicação da metodologia com as equipes envolvidas no
projeto. Em cada etapa foi apresentada uma sugestão
de como aplicar a técnica MAMP, com equipes multidis-
ciplinares, estipulando tempos mínimos e máximos da
duração, conteúdo necessários para o início das tarefas Odette Cruz afirma que é impreterível para o sucesso
e documentados que devem ser apresentados ao final de um projeto transmídia escolher as melhores janelas
das etapas individualmente. e suportes de mídias que esteja dentro
Assim, a metodologia MAMP é composta por 5 etapas, do comportamento no consumo de mídia
afirma Arnaut, “Universo Ficcional Transmídia (Story-
world); audiência; janelas e suportes; estratégia; e em- e criar estratégias de monetização dos seus projetos e
preendedorismo. Após o projeto ser desenvolvido o que “o produtor transmídia deve estar sempre atualiza-
produtor transmídia pode verificar se produto passa do e com ferramentas adequadas ao desenvolvimento
pelos 8 conceitos do grupo Era Transmídia, como uma de projetos transmídia, pelo que se sugere a participa-
forma de validação (checklist) do processo gerado”. ção dos interessados em grupos de discussão, coletivos
Para Arnaut (SET/Era Transmídia) “uma vez que feito de profissionais e pesquisadores da área de transmídia
o checklist, os pontos principais que devem ser obser- que estão presentes em muitos países, no Brasil, e em
vados por um produtor transmídia são os de “estar co- várias capitais no Brasil”.
nectado com o roterista/jornalista; elaborar a “Bíblia A executiva da APRO disse à Revista da SET que a enti-
Transmídia“; conhecer as plataformas de mídia; integrar dade está elaborando um grande mapeamento do mer-
as equipes: criação, tecnologia ao comercial; conhecer cado audiovisual brasileiro, em parceria com a Fundação
as ferramentas transmídias, publicidades; e abrir canais Dom Cabral. “Será uma pesquisa ampla, englobando to-
de comunicação com fãs, engajamento. Ainda é preciso dos os segmentos – TV, publicidade, cinema etc. Quere-
definir estruturas e políticas de moderação; estudar os mos saber o volume de trabalho, geração de emprego,
cases, apreender com os erros/acertos; e experimentar”. faturamento, tudo. Iniciamos no primeiro trimestre de
Odette disse que esta iniciativa inédita visa mostrar 2015 para que tenhamos até setembro/outubro os da-
aos produtores que é possível rentabilizar os conteúdos dos consolidados”.

58 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Reportagem

AcadeMídia, uma nova


forma de entender
o áudio broadcast
Aspa Stagetec do Brasil
© Foto: Fernando Moura

iniciou no Rio de Janeiro


a primeira “AcadeMídia”,
um curso para profissionais
de áudio que pretende ser
um ponto de transferência
de conhecimento entre
os profissionais envolvidos
na produção, operação
e engenharia de áudio e vídeo
do mercado broadcast
brasileiro
Por Fernando Moura no Rio de Janeiro

A
empresa alemã Aspa Stage- principais necessidades do mercado Ele disse no Rio de Janeiro que a
tec iniciou no Rio de Janeiro brasileiro. As sessões serão abertas empresa trouxe ao Brasil “um mó-
uma serie de reuniões com aos profissionais de todo o Brasil”, dulo que atua como um facilitador,
profissionais do áudio. Um afirmou à Revista da SET, Augusto como uma plataforma para troca de
encontro único e pioneiro no país Oliveira, gerente Comercial da Aspa conhecimento que já teve sucesso na
que já é desenvolvido pela empresa Stagetec no Brasil. Malásia e na Rússia. Em países como
em vários países com destaque para
alguns da Asia e Este da Europa.
© Foto: Fernando Moura

O principal objetivo do curso é a tro-


ca de conhecimento entre profissio-
nais do mercado que é hoje uma das
melhores ferramentas na conquista
da excelência e capacitação, afirmam
os seus mentores.
A AcadeMídia é uma plataforma fo-
cada na inovação tecnológica, melho-
res práticas e conceituação acadêmica
para a transferência de conhecimento
entre os profissionais envolvidos na
produção, operação e engenharia de
áudio e vídeo do mercado Broadcast.
“Os temas foram selecionados em
conjunto com engenheiros e ope- Augusto Oliveira, gerente Comercial da Aspa Stagetec no Brasil afirma
radores de áudio para atender as que o mais importante do projeto é profissionalizar “ainda mais o setor”

60 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


*As imagens mostradas são retiradas diretamente das filmagens camera CION

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CION é a nova camera de producao AJA 4K/UltraHD e producao 2K em HD, sendo


cuidadosamente concebida para aproveitar a melhor tecnologia disponível, projetado para ser
lógico, poderoso, e classicamente conhecido. CION oferece controle incrível de imagens de
todos os tipos de produção, incluindo modos de disparo “flat”. Mas CION pode disparar
o mundo que voce vê, a nossa maneira de ver, resultando diretamente em uma correcao minima
de pos-producao CION baseia-se em formas intemporais de filmar, a captura de imagem
artfulness, onde a luz, cor e natureza fundem-se para criar uma riqueza de filmagem profunda,
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Reportagem

o Brasil onde a formação específica porque existem tantos produtos e


em áudio é mais complexa este tipo com tão variados preços?”
de cursos são essenciais para a for- “Nossa ideia é trocar Segundo ele, por uma questão de
mação dos profissionais do setor. conhecimento do mercado, mercado e de funcionalidades que
“Nossa ideia é trocar conhecimento nem sempre respondem aos padrões
do mercado, gerar interação e trocar
gerar interação e trocar que são utilizados. Malleck afirma
ideias para melhorar o trabalho dos ideias para melhorar que o debate da atualidade se centra
profissionais de áudio, este não é o trabalho dos profissionais entre a “capacidade dos switchers e
um produto comercial da empresa, de áudio” dos Throughputs; entre o data rate
é um trabalho aparte que pretende e a velocidade de tráfego, porque
avançar com os conhecimentos dos Augusto Oliveira quanto maior for a capacidade de
profissionais”, afirmou Oliveira. comutação, mais dados podem ser
tância do áudio nas emissoras” e sa- transportados por segundo”.
O Curso ber que cada dia é mais importante
A primeira sessão do curso esteve a que os profissionais “entendam o ne- Pacotes, Ethernet e Frames
cargo de Jurgen Sebastian Malleck, ge- twork da emissora e com ele, como Assim, o executivo explicou aos pre-
rente de Engenharia da Aspa Stagetec funciona a interconetividade. Nos sentes as diferenças entre os pacotes
Brasil. Este trouxe a AcadeMídia, os sistemas de broadcastings as emis- de Ethernet e Frames que podem ser
“princípios de Audio Over IP”, que se- soras e as suas afiliadas precisam ter transportados nos switchers e como
gundo ele são básicos na atualidade programas comuns para trabalhar de hoje já é possível transportar cada vez
do mercado Broadcast. Para o executi- forma simples e permitir que exista maior número de pacotes por cada
vo, na atualidade “todo engenheiro de capacidade de relação entre elas”. porta de 1Gbps, mas “que é muito pe-
áudio precisa conhecer a infraestrutu- O engenheiro da Aspa Stagetec dis- rigoso utilizar a capacidade máxima
ra de TI de suas emissoras para poder se aos profissionais presentes que dos switchers no transporte porque
trabalhar em conjunto com o depar- no momento as empresas se deba- pode haver perdas de pacotes. Nesse
tamento de TI desta” porque já “não tem no mercado para encaixar seus sentido, é muito importante gerenciar
chega ser um profissional de áudio, switchers de áudio aos clientes, mas o transporte e não permitir que o trá-
precisamos entender as restrições de o mais importante não é “o tamanho fego congestione os switchers para
rede necessárias e as diferenças entre do equipamento senão quais as fun- evitar a perca de pacotes. Quanto
tráfego e largura de banda”. cionalidades deste e que pode ser maior for a capacidade de comutação
Malleck disse à Revista da SET que feito com ele. Hoje existem 52 mo- mais dados podem ser transportados.
é preciso entender que a “TV sem delos diferentes de switchers, com 8 Quanto maior a taxa de transferência,
vídeo pode parecer uma rádio, mas a tipos diferentes de produção e tec- mais pacotes enviados”.
TV sem áudio, não é nada. Por isso, nologia por preços que variam dos Ante a pergunta da Revista da SET
é tão importante entender a impor- 200 aos 4800 dólares. A questão é sobre como controlar o tráfego de
áudio e vídeo frente ao constante au-
© Foto: Fernando Moura

mento da quantidade de dados e se


este aumento faz que os sistemas e
plataformas estejam sempre correndo
contra as mudanças tecnológicas que
fazem que aumente a quantidade de
dados que precisam ser transporta-
dos, Jurgen Malleck disse que é uma
discussão filosófica, a questão é im-
portante na indústria porque “todo o
tempo, sobretudo nos últimos anos,
o aumento de capacidade de trans-
porte tem aumentado, mas ao mes-
mo tempo tem aumentado o nível de
dados que devem ser transportados”.
Os temas do AcadeMídia
Outro dos princípios apresentan-
foram selecionados do por Malleck foi o “OSI layers
em conjunto com engenheiros (Open System Interconnection Model
e operadores de áudio – ISSO/IEC 7498-1), assim como os
protocolos streaming em aplicações

62 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Fernando Moura
Reportagem

uma solução cada dia mais necessá-


ria nas emissoras e do RTP (Realtime
Transport Protocol) utilizado para o
transporte de áudio e vídeo por strea-
ming usualmente encapsulado em
pacotes UDP.
Como conclusão, Jurgen Malleck
disse que o mais importante é ter
claro que “95% dos switchers profis-
sionais são compatíveis” e com isso,
o que o profissional precisa é “en-
tender as suas funcionalidades e tra-
balhar com elas para aproveitar ao
máximo o dispositivo”, e que não se
pode esquecer a importância do
Malleck afirma QoS no trabalho diário porque
que a ideia do curso isso “deve ser uma prioridade.
é “brindar aos participantes O profissional tem de assumir
uma visão clara
que é necessário um suporte
e imparcial das soluções
DSCP baseado em 4 pontos
state‐of-the-art para
audio-over-IP” fundamentais, o DSCP 56 para
PTP data; DSCP 46 para áudio
data; DSCP 8 para Control data; e
específicas e quais os tipos de inter- o TCP (Transport Control um que contemple todos os outros”.
conexões que são possíveis de ser Protocol) afirmando que é preciso Ainda disse que o endereçamento
transportadas. trabalhar com redes confiáveis e que IP pode ser estático, usando Xero-
Um dos principais tópicos trata- nos permitam ter autonomia e inclu- Conf, ou um servidor DHCP tendo em
dos neste ponto foi a utilização de am uma fácil comunicação bidirecio- conta que é muito importante ter no
cabos CAT5/6/7 e as suas principais nal. Finalmente trabalho o conceito roteamento das sub-redes que são
diferenças. Que tipo de suportes po- de UDP (User Datagram Protocol) que utilizadas. Ele sugeriu para finalizar
dem ser utilizados com conexões de é um protocolo baseado em mensa- que os profissionais utilizem “áu-
10/100/100Mbps; e como mediante gens que não precisam de conexão dio IP e não via Wi-Fi com conexões
fibra óptica podemos chegar até 10 dedicada end-to-end. CAT6 com um máximo de 100m para
Gbps. Para ele, o ponto é trabalhar “aproveitar ao máximo as redes IP e
com conexões virtuais LANs (VLAN) os switchers que possuem”.
que possam utilizar o mesmo har-
dware; tenham separações de bai- “O mais importante em Dante, Ravenna e outros sistemas
xo nível (low-level) com recursos de Na parte da tarde da primeira ses-
um switcher não é o tamanho
comutação compartilhados com um são do AcadeMídia, Jurgen Malleck
máximo de 4096 VLANs diferentes.
do equipamento senão quais trabalhou com os presentes con-
Mais a frente na longa palestra/aula as suas funcionalidades” ceitos de áudio digital trabalhando
do engenheiro alemão, este explicou “implementações e soluções” com
os principais conceitos sobre redes Jurgen Malleck especificações técnicas e detalhes
IP-Address Routing, afirmando que na implementação dos protocolos
na atualidade são essenciais para A aula extremadamente técnica, mais utilizados no mercado broad-
qualquer operação broadcast e que é mostrou as diferenças entre sistemas cast, como o DANTE, RAVENNA, AVB
necessário pensar que os endereços Unicast e Multicast (one-to-unique e AES-67.
IPv4 estão chegando ao fim pelo que many) e as utilizações do PTP (Preci- Na sessão/aula o engenheiro da
o futuro está em conexões baseadas sion Time Protocol) utilizado para a Aspa Stagetec realizou comparações
em IPv6 = 128 bit = 3402 x 10^38 sincronização de relógios dentro da entre estes sistemas; analisou os
endereços. rede da emissora e como este proto- prós e os contras da utilização de
Malleck explicou, ainda, como assi- colo pode ajudar a antecipar alguns cada um deles, e apresentou os pos-
nar um IP próprio, o IP-Address Assig- problemas no transporte de pacotes. síveis benefícios que os profissionais
nment e a importância que isto tem Para finalizar a palestra da manhã podem encontrar na utilização de
no fluxo de trabalho; como trabalhar falou do QoS (Quality of Service), este tipo de aplicações.

64 REVISTA DA SET | Abril 2015


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acontecer para
o seu negócio…
com os benefícios
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O novo modelo de gestão, distribuição e monetização
de conteúdo de vídeo já está aqui.

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com o IP e a nuvem, oferecendo às empresas de mídia
um caminho evolutivo que alinha os investimentos
atuais com a rede do futuro.

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Reportagem
© Foto: Fernando Moura

cações via VoIP (QoS) e que tem uma


latência garantida de 0.125ms até
10ms que pode ser ajustada pelo
Jurgen Malleck brindou aos sistema que recebe o áudio.
participantes além da aula, um Na análise do sistema Ravenna
workshop com a demonstração disse que um dos seus diferen-
do sistema Delec, um sistema de ciais é o streaming baseado em
intercomunicação de Salzbrenner RTP permitindo enviar median-
Stagetec Mediagroup te áudio estéreo (2ch/44.1 kHz/
16 bit/128 frames/2,9ms).
Por outro lado, trabalhou as prin-
cipais características do sistema
AES- 67 e AVB, destacando que “eu
amo AVB porque é a melhor solução
por ser estândar, mas infelizmente
não é trabalhar com todos os TI sis-
temas pré-existentes no mercado”,
também trabalhando com sincroni-
zação PTP, gerenciamento da latên-
cia e, “mais importante: a atribuição
Falando do protocolo AES/EBU (Au- Dentre as principais desvantagens, automática de portas VLAN”. Ainda,
dio Engineering Society/European a necessidade dos engenheiros das com “uma visão clara e imparcial”,
Broadcasting Union) disse que esta emissoras ter conhecimentos de como ele mesmo disse, trouxe al-
interfase padronizada transmite si- estruturas de TI mudando de esta gumas soluções do atual state-of-
nais de áudio em tempo real traba- forma o perfil dos funcionários já -the-art para audio-over-IP e como
lhando com subframes, e cada um que eles precisam ter habilidades avançar para uma profissionalização
destes está composto com 250 blo- que permitam sustentar estas re- do setor nas emissoras brasileiras.
cos por segundo @ 48 kHz. O execu- des; que o TCP/IP é um protocolo
tivo explicou todas as particularida- baseado em pacotes o que faz que Conclusões
des do protocolo. o paradigma da emissora mude. Ain- Entre as principais conclusões de
da falou da mudança de Timing e de Malleck referir que para o engenheiro
Porque utilizar áudio sobre IP? muitos gargalos que surgem devido um dos itens principais é realizar um
Malleck afirma que o IP é uma a outros serviços na rede que estão esforço substancial por ter um plane-
tendência ser volta, um fato não só inclusos e a utilização de conecto- jamento claro e definido; deve haver
tecnológico, mas também económico res RJ45 que não são de utilização um relógio mestre em todas as redes
que permite o transporte de maior profissional. para assegurar o sincronismo; as re-
quantidade de dados em menos tem- Falando dos sistemas, realizou uma des devem contar com um contador
po e de melhor forma. descrição pormenorizada dos siste- de canal por dispositivo (máximo
Definindo prós e contras disse que mas DANTE, RAVENNA, AVB e AES-67. 42 canais, a 48 HK) e determinar o
as redes podem ser acessíveis porque Deles, destaque para o primeiro por número de fluxos por transmissor.
cada dia mais os componentes são fá- ter sido o primeiro a ser aplicável Para finalizar a primeira sessão
ceis de arranjar e o preço destes esta a sistemas de networks preexisten- do AcadeMídia, Malleck realizou um
baixando; porque as redes IP permi- tes no mercado, e que este sistema workshop explicando as principais
tem estabelecer sinergias com as in- trabalha com os sistemas AVB e o funcionalidades do sistema Dante
fraestruturas existentes nas emissoras AES-67. Ainda, destacou a sua sim- da empresa Audinate, e sua plata-
e com isso avançar para uma migra- ples configuração e o controle de forma Dante Controller (um software
ção. Os principais prós enumerados ferramentas, o “Dante Controller”, gratuito que permite enviar áudio e
foram: a existência de componentes além de sua opção de operação para configurar dispositivos em uma rede
mais acessíveis; sinergias com a in- múltiplos usuários ao mesmo tempo Dante) e, ainda, a interfase Nexus da
fraestrutura existente; participação do e redundância através de “Fail-Over” Aspa StageTec que permite trabalhar
progresso da indústria de TI; é simples (tanto primaria como secundaria). com diferentes redes de áudio basea-
de expandir; o backbone é fácil de Finalmente, falando do sistema Dan- da em IP, que como ele próprio dis-
controlar; possui roteamento flexível; te disse que é escalável, tanto para se, “depois de tanta teoria, finalmen-
e a interface Ethernet pode, também, sistemas Unicast como Multicast; e te colocamos a mão no equipamento
ser utilizada para o controle de dados. que pode ser utilizado para comuni- e vemos o que eles podem fazer”. n

66 REVISTA DA SET | Abril 2015


Reportagem

Energia lança
nova linha
de LED com
desenvolvimento
nacional
Empresa carioca inova com o lançamento de uma nova linha
de luminárias para externas e estúdios com tecnologia brasileira.
A Revista da SET esteve nas novas instalações da empresa
na capital fluminense e conta em primeira pessoa
as características destes novos equipamentos desenvolvidos
no país por engenheiros brasileiros Por Fernando Moura no Rio de Janeiro

N
a indústria broadcasting Luz” desenvolvido por Ricardo Kauf- Prolites estão mais potentes em lu-
muito se fala sobre as mar- fmann, diretor e fundador da Energia. minosidade e com uma qualidade de
cas internacionais, os seus “As câmeras de cinema e TV neces- branco infinitamente superior as de-
equipamentos e o difícil que sitam menos luz a cada dia, por isso mais no mercado”, afirmou à Revista
se torna, as vezes, ter serviços pós- a empresa se concentrou na qualida- da SET, Kauffmann nos escritórios da
venda rápidos e com manutenção. de dos LEDs. Mesmo não precisan- firma nas instalações da empresa no
Também se sabe que são poucas do de muita luminosidade, os novos Rio de Janeiro.
as empresas brasileiras que desen-
© Foto: Fernando Moura
volvem tecnologia no país para a
indústria, mas das poucas que exis-
tem, algumas, o fazem e muito bem.
A Energia é uma dessas empresas.
Com mais de duas décadas de exis-
tência, a companhia carioca continua
inovando e produzindo equipamen-
tos de alta qualidade para o mercado
brasileiro, tanto com baterias como
com luminárias.
No início de 2015, a Energia lançou
uma nova linha de painéis, fresnels e
COBs de LED inovadores com tecno-
logias como Full Spectrum com CRI
de 98%, single LED, no Fan, chip On
Board, controle remoto via DMX-512.
O projeto dessa nova linha foi ba-
seado no conceito de “Qualidade de Ricardo Kauffmann foi um dos fundadores da SET na década de 1980

68 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Fernando Moura
Reportagem

com CRI (Color Rendering Index) aci-


ma de 95%, o que significa uma luz
de alta-fidelidade de cor, equivalente
à luz do sol, e a adoção de COB -
Chip On Board, que permite a subs-
tituição dos antigos painéis de LEDs
por luminárias com um único chip -
high intensity/single shadow”.
O Chip On Board dos COBs repre-
senta, afirma Kauffmann, “a mais re-
cente e mais completa solução em
iluminação de LED. Um único chip
de LED, como se fosse uma lâmpa-
da de alta intensidade produzindo
uma única sombra. Essa linha é a
mais potente da categoria podendo
chegar a 17 mil lux. Possui ajuste de
temperatura de cor e controle remo-
A Energia conta com 10 funcionários no Brasil e mais 3 na China. No Brasil são to sem fio para até 10 luminárias.
desenvolvidos os equipamentos e na China, produzidos E para facilitar a vida em externas, há
um Kit com 2 luminárias, tripés, con-
O executivo explica que estamos trole remoto, difusor tipo Softbox,
frente a uma mudança de paradig- Umbrella Reflector e Carry-on Case”
ma na iluminação. “Não há retorno, Ele explicou que “essas inovações
O Chip on Board é capaz
o LED veio para ficar, neles temos trazem também uma significante re-
controle geométrico da luz, maior
de gerar com uma única dução no custo do lux gerado, se com-
aproveitamento e redução de ener- fonte de luz um espectro parado com as luminárias anteriores.
gia, além de uma reprodução da luz completo como as antigas As luminárias da Linha 2015 permi-
solar que as vezes chega a ter maior lâmpadas de tungstênio tem a substituição das fluorescentes
qualidade que a natural”. e com CRI entre 95% e das incandescentes de tungstênio
Kauffmann explicou a reportagem da com inúmeras vantagens, como, por
e 98%
Revista da SET que os projetos e de- exemplo, a redução no consumo de
senhos de engenharia das luminárias energia elétrica em 90% em relação
são desenvolvidos no Brasil e produ- às incandescentes, e de 70% em re-
zidos na China desde os escritórios lação às fluorescentes; aumento na
de engenharia que a empresa possui qualidade da luz com incremento no
na Asia. “Temos 10 funcionários tra- CRI 74% para acima de 95%; e au-
balhando no Brasil e mais três nos mento no controle da iluminação com
nossos escritórios da China. Desde lá ajuste eletrônico de temperatura de
eles comandam a produção que é cor e de intensidade”.
feita em uma fábrica que produz os Outro dos lançamentos da Energia
equipamentos para nós. Cá no Bra- é a nova geração de NF Fresnel Ener-
sil distribuímos e realizamos o tra- gia. “O objetivo da linha é oferecer
balho de pós-venda e suporte ao a melhor qualidade na luz irradia-
cliente. Os nossos engenheiros na da com um CRI 98% e sem utilizar
China supervisionam todo o proces- ventilação, ou seja, sem barulho.
so de produção e criação dos nossos Além dessa nova tecnologia, explica
produtos, e cá desenvolvemos os pro- o fundador da Energia, este Fresnel
jetos de engenharia. A produção é lá oferece controle remoto por DMX-
porque é a forma que encontramos de 512, temperatura de Cor de 5600
produzir nossos próprios produtos”. Kelvin com potência de até 75 mil
O diretor da Energia explicou que a lux. A empresa disponibiliza opções
“linha 2015 está fundamentada em de controle remoto em 2.5G de 10
dois pontos: O aumento de qualida- canais e temperatura de cor ajustável
de da luz, com a utilização de LEDs de 3000 à 7000K.

70 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


© Foto: Fernando Moura
Reportagem

Ele participou de grande


parte dos SET Regionais
realizados em 2014, e em
quase todos eles, avançou
com a ideia de profissiona-
lização da iluminação nas
estruturas das emissoras
e como a mudança para o
LED pode ser importante na
hora de pensar em custos
de energia e manutenção
do equipamento.
Kauffmann afirma que um
dos pontos que serão dis-
cutidos nos próximos tem-
pos na cadeia produtiva
audiovisual são os custos,
e entre eles, “a conta da
energia que vai precipitar a
mudança” e gerará “a subs-
tituição de talentos huma-
nos pelo custo, a substitui-
ção da qualidade por custo,
a substituição da confiabi-
A Energia produz na China painéis, fresnels e COBs de LED, e baterias lidade e da segurança por
custo irá resultar numa
Mudanças no mercado broadcast inevitável degradação da indústria.
O fundador da Energia, Ricardo Kau- O problema é que justificar a op-
ffmann é engenheiro de telecomuni- ção pela qualidade, demanda co-
“O que faz a diferença
cações, especializado em televisão, nhecimento, pesquisa científica, em
com mais de 40 anos de experiência nos LEDs é o fosforo que suma, dá muito trabalho! Ao passo
como operador, técnico de manuten- se utiliza neles. O paradigma que a opção pelo mais barato é mui-
ção, projetista de sistemas de televi- da iluminação mudou” to simples e inicialmente elogiável e
são e responsável pela implantação às vezes gera até uma promoção”.
de mais de 40 emissoras de televisão. Ricardo Kauffmann De fato, afirma o empresário, a op-
ção pelo LED nem sempre é a mais
barata na primeira instância e que os
produtos de qualidade nem sempre
são reconhecidos. “Estamos obser-
vando que está muito difícil vender
qualidade, tem muita gente boa de-
sistindo e começando a fabricar pre-
ço. Se os responsáveis técnicos (ou
os culpados técnicos) não assumirem
o seu papel veremos em curto prazo
a degradação da Televisão Brasileira.
Assim como na análise Custo-bene-
ficio, o benefício é que deve ditar o
rumo, nas Emissoras de Televisão,
a engenharia tem que se impor aos
“economistas” de plantão”.
Mas Kauffmann está confiante, já
que acredita que “existem profissio-
nais corajosos e determinados na
sua missão. n

72 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

Os desafios
da Reportagem Externa
O Setor de Radiodifusão aguarda a análise da Anatel relativa
aos pleitos que podem equacionar as dificuldades da Reportagem
Externa. Neste artigo apresentamos a visão da SET sobre a questão
e os principais tópicos apresentados a Anatel.
por Tereza Mondino, Camilla Cintra, Deisi Wosch e Adones Guerra*

A
Reportagem Externa enfren- sistemas de spread spectrum, o que estúdios e se transferindo para as
ta, hoje, um desafio diário inviabilizou seu uso pela radiodifu- ruas.
para ser realizada. O prin- são, em função das interferências, Além do Jornalismo diário, a situa-
cipal motivo é a redução demonstrando a necessidade de ex- ção também é crítica para a cobertu-
gradual do espectro que vem acon- clusividade em faixas de Reportagem ra de eventos, como, por exemplo,
tecendo para essa modalidade de Externa, e mais 200 MHz foram des- os Jogos Olímpicos Rio 2016. Evento
Serviço Auxiliar de Radiodifusão e tinados para MMDS (posteriormente único, histórico, que exigirá, por sua
Correlatos (SARC), fundamental para para outros serviços, agora incluindo relevância, uma cobertura jornalística
as transmissões de TV no Brasil. o 4G), resultando na disponibilidade impecável, com a melhor qualidade
Basta observar que, em 1978, quan- atual, de somente 100 MHz livres de possível de sons e imagens, o que
do as faixas do SARC foram canali- interferência. está diretamente ligado à disponibi-
zadas pela primeira vez, a faixa de Apesar da redução do espectro lidade de espectro, atualmente longe
2 GHz se estendia de 2300 a 2700 disponível para o serviço, as trans- de atender à demanda das emissoras.
MHz. Tínhamos, então, 400 MHz missões ao vivo aumentam cada vez
disponíveis. De lá para cá, 100 MHz mais, tendência geral do Jornalismo, A Difícil Realidade da Operação da
da faixa foram compartilhados com que vem gradativamente saindo dos Reportagem Externa das Emissoras
Nos grandes centros, a subfaixa de
2GHz destinada ao SARC não é ca-
paz de atender às necessidades das
emissoras para transmissões ao vivo
de telejornais e eventos, devido às
citadas interferências provenientes
dos sistemas de spread spectrum
operando em 2,4 GHz. Com isso, a
maior parte das transmissões, por
volta de 70%, acaba utilizando ou-
tras subfaixas da faixa de 2,0 GHz,
não destinadas ao SARC, ou ainda,
outras faixas de frequências, princi-
palmente a de 7 GHz.
Apesar de haver destinação ao
SARC em outras faixas de frequên-
cias, mais altas, a faixa de 2,0 GHz é
fundamental para o Serviço Auxiliar
de Reportagem Externa, pois somen-
te ela permite a agilidade necessária
na cobertura diária do Jornalismo e
Linha do tempo ilustrando a progressiva redução da faixa disponível para o SARC viabiliza a transmissão, em tempo

74 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

levando situações práticas, que


mostraram os problemas enfrenta-
dos por uma estação de televisão
para colocar reportagens no ar, nes-
se cenário em que as transmissões
ao vivo são cada vez mais necessá-
rias e corriqueiras, como parte da
evolução natural da Televisão.
Márcio Reis, do SBT e Francisco Sér-
gio Ribeiro, da TV Cultura, definiram
as diferentes modalidades de SARC
e a RpTV.
Deisi Worsh, da RPC, detalhou a
preparação de uma matéria de Re-
portagem Externa, da pauta até a
entrada no ar, com vídeo ilustrando
todo o processo. Também abordou
a necessidade de regionalização do
conteúdo, da cobertura ao vivo e da
autorização de Reportagem Externa
Número solicitações de uso temporário de frequências de uma emissora de TV para as retransmissoras do interior.
nos últimos anos Carlos Lobo e Josemar Cruz, da TV
Globo, descreveram, com riqueza de
real, de eventos, como shows, aci- transmissoras. A SET (Sociedade Bra- detalhes, as dificuldades de opera-
dentes, catástrofes e esportes. sileira de Engenharia de Televisão) ção da Reportagem Externa, no Jor-
Como consequência, houve um propõe que a regulamentação torne nalismo do dia a dia e dos grandes
aumento significativo de solicita- isso possível, permitindo que maté- eventos, mostrando os problemas de
ções para uso temporário de es- rias ao vivo, enviadas das localida- interferência, os equipamentos mais
pectro, o que trouxe um impacto des das retransmissoras do interior, utilizados, os equipamentos e servi-
econômico muito grande para as sejam veiculadas pela geradora e ços alternativos, com suas vantagens
emissoras, ao mesmo tempo em retransmitidas por todas as suas re- e desvantagens.
que essa operação não tem prote- transmissoras. Adones Guerra, também da TV
ção contra interferências, uma vez Globo, mostrou a distribuição de
que se tratam de autorizações em Workshop sobre SARC na Anatel frequências nas grandes capitais
caráter secundário. Há alguns anos, um grupo forma- face à necessidade de espectro para
do por diversas emissoras de tele- a Reportagem Externa e a distorção
Regionalização do conteúdo visão vem se reunindo, com o obje- existente na frequente adoção de
Não só nas capitais dos Estados o tivo de preparar propostas à Anatel uso temporário de espectro como
SARC enfrenta dificuldades. A neces- de canalização digital nas faixas de solução para os problemas diários e
sidade pela regionalização do jorna- SARC e RpTV e de solução para a eventuais.
lismo é crescente, e a tendência é de demanda de faixas adequadas para Fabíula Andrade, da Band, apresen-
se intensificar no futuro. esses serviços. Esse grupo iniciou tou as alternativas adotadas para
Dentro dessa tendência, as emis- os trabalhos sob a coordenação da alguns dos grandes eventos cober-
soras necessitam cada vez mais uti- ABERT, e em 2014 passou à coorde- tos pela emissora, os problemas de
lizar o Serviço Auxiliar de Reporta- nação da SET. interferência ocorridos e as soluções
gem Externa, não só nas localidades Essas propostas foram finaliza- adotadas.
das próprias geradoras, mas também das e submetidas à Anatel em do- Novamente Francisco Sérgio Ribei-
em municípios menores, onde estão cumento protocolado na Agência. ro, da TV Cultura, apresentou a solu-
suas retransmissoras. Atendendo a solicitação do grupo, ção adotada em 1992, estabelecida
A legislação atual, que é antiga e a Anatel possibilitou a realização de em acordo operacional firmado entre
traz o conceito de realização de re- um workshop, que aconteceu no dia o Ministério das Comunicações e as
portagem externa apenas na locali- 14 de outubro e contou com enge- emissoras da Grande São Paulo, de
dade da geradora de televisão, não nheiros de operação de Reportagem autogerenciamento das frequências
permite realizar reportagem externa Externa, que puderam passar a sua de Reportagem Externa. Mesmo com
em localidades onde estão as re- vivência pessoal das dificuldades, os 400 MHz de largura de faixa dis-

76 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

Proposta da SET para ampliação


e Canalização das Faixas de SARC
Para a faixa de 2 GHz, foi proposta
a inclusão de 2 subfaixas, 2025 MHz
a 2110MHz e 2200 MHz a 2290 MHz,
atualmente muito utilizadas para co-
bertura de eventos, além da faixa
já destinada ao SARC, 2290 MHz a
2500 MHz.
Uma nova canalização também foi
proposta, com canais de 20 MHz,
possibilitando manter o legado ana-
lógico nas faixas já existentes e a uti-
lização de transmissores digitais com
taxas mais altas, e canais de 10 MHz
que atendam a demanda atual para
vídeos SD e HD.
Destinação atual e proposta de novas faixas para uso do SARC na faixa de 2 GHz Para a faixa de 3 GHz, foi proposta
a inclusão da atribuição para Serviço
ponível para o serviço na época, difi- Fábio Fonseca, da Rede Vida, Móvel e da destinação para Repor-
culdades já eram enfrentadas com o levantou os problemas existentes tagem Externa, já que essa faixa é
uso do espectro. para o autocadastramento e apre- utilizada atualmente pelo SARC ape-
Francisco Peres, da TV Globo, apre- sentou diversas sugestões para nas para enlaces fixos, além de uma
sentou as Propostas de Destinação melhoria do tratamento das auto- nova canalização que possibilite a
de novas Faixas para Reportagem Ex- rizações. digitalização do serviço.
terna em 2 e 3 GHz e da Canalização As apresentações do Workshop es- Para a faixa de 7GHz, atualmente
Digital para todas as faixas. tão disponíveis no site da SET. já destinada ao SARC, foi proposta

Bloco 1

Bloco 2

78 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


I D A D E
O R T U N
O P R E CE O
S M E
N A
E S T RAN
LHOR L, SOMA FÍCIO
A
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Artigo

dos os problemas para a ope-


racionalização do Serviço Auxi-
liar de Reportagem Externa.
A expectativa é que seja
possível a Radiodifusão con-
tinuar utilizando as subfaixas
de 2.027,5 – 2.107,5 e 2.200
– 2.290 MHz, mas com elas
destinadas à Reportagem Ex-
terna e não ao uso eventual.
A destinação das subfaixas
para outros serviços compro-
meteria irremediavelmente o
uso da faixa de 2 GHz, even-
tual ou não, inviabilizando a
evolução da Reportagem Ex-
terna dentro das tendências
Faixa Existente atualmente observadas. n

uma nova canalização possibilitando devido às características bidirecionais


* TerezaMondinoda TM Consultoria.
a digitalização do sistema, mantendo dos equipamentos. E para faixas aci- Contato: tmondino@terra.com.br
a faixa exclusiva e de uso unidirecio- ma de 13,5 GHz, o compartilhamento *CamillaCintrada TV Globo.
nal, possibilitando que seja utilizada com outros serviços, uma vez que não Contato:
como alternativa à faixa de 2GHz, há muitos equipamentos disponíveis camilla.cintra@tvglobo.com.br
principalmente nos grandes centros. nessas faixas, e a entrada de outros *DeisiWosch da RPCTV. 
Para as faixas mais altas, acima de serviços pode estimular sua produção. Contato: deisi@rpctv.com.br
12 GHz, atribuídas ao SARC, foi pro- A SET e todo o Setor de Radiodifu- *AdonesGuerrada TV Globo. 
posta a inclusão das modalidades de são aguardam agora as decisões da Contato:
adones.guerra@tvglobo.com.br
RpTV, Telecomando e Telemedição, Anatel, com esperança de ver diminuí-

80 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

Conceitos e Fundamentos
do HEVC/H.265 por Tom Jones Moreira

N
esta segunda parte, finalizaremos a explicação codificação do segundo LCU na linha anterior estiverem
conceitual do codec e mostraremos o seu desem- disponíveis. A re-inicialização do codificador no início
penho e complexidade. de cada linha torna possível começar a decodificar uma
linha antes que o processamento da fila precedente te-
A importância do Processamento Paralelo nha sido concluído. Assim, como mostrado no exemplo
Como falado anteriormente para aproveitar ao máxi- da Figura 8, várias linhas podem ser decodificadas em
mo o uso cada vez mais generalizado de processadores paralelo com uma demora de dois LCUs entre as duas
multi-core, além do número cada vez maior de núcleos fileiras consecutivas.
utilizados nos processadores da classe de produtos de
consumo, por exemplo o presente em tablets e smart- 3.1 A Estrutura de Telhas
phones, uma grande atenção foi dada às característi- Outra ferramenta que ajuda no processamento para-
cas de paralelização da codificação e decodificação de lelo é a Tiles (telhas) que pode ser utilizada para a co-
vídeo ao se projetar o HEVC, tornando-o computacional- dificação e decodificação paralela, e funciona dividindo
mente mais complexo do que o seu antecessor. Porém, uma imagem em áreas retangulares (as telhas) – como
maximizar a paralelização tem sido um fator chave para mostrado na Figura 9 – onde cada peça é composta por
as soluções de codificação e uma eficiente solução para um número inteiro de LCUs.
decodificação em tempo real no HEVC.
Várias ferramentas no HEVC foram projetadas para tor-
nar a paralelização algo mais fácil do que realmente
é. Os filtros de desbloqueio podem ser aplicados aos
blocos de 8 x 8 pixels separadamente, e os coeficientes
de contextos podem ser processados em paralelo. Além
das estruturas conhecidas como WPP (Wavefront Pa-
rallel Processing) estão entre as várias ferramentas do
HEVC que podem proporcionar alto nível de paralelismo.
As Wavefronts processam linhas de LCU´s em paralelo,
preservando todas as dependências da codificação.
O conceito por trás da WPP é reinicializar o CABAC no
início de cada linha de LCUs. Para facilitar a adaptação
CABAC para o conteúdo do quadro de vídeo, o codifi-
cador é inicializado uma vez que as estatísticas da de- Figura 9:
A Estrutura de telhas em ação.
Fonte: Autor baseado em [2]

As LCUs são processadas em uma ordem de pesquisa


de rastreio da reticula dentro de cada “telha”, e as pró-
prias telhas são processadas da mesma forma. A pre-
dição baseada nas telhas vizinhas está desabilitada, e
assim o processamento de cada telha é independente.
No entanto os filtros in-loop, ainda podem operar atra-
vés das fronteiras de cada coluna de telhas, e como
os filtros deblocking e S.A.O podem ser paralelizados,
a filtragem pode ser realizada de forma independente
Figura 8: dentro de cada telha, dessa forma os limites das mes-
O processo WPP e as dependências de CABAC. mas podem ser processados através dos filtros in-loop
Fonte: Autor baseado em [1] em um passo final.

82 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

O espaçamento dos limites de linha e coluna das da complexidade computacional desse novo codec.
Tiles não precisa ser uniforme, o que oferece maior Porém isso não chega a ser exatamente uma má notí-
flexibilidade e pode ser útil para corrigir erros de resi- cia, pois é exatamente esse aumento de complexidade
liência. Além disso, a o suporte a slices (fatias) seme- computacional que permite o HEVC tratar taxas de bit
lhante ao H264, porém para suportar o processamento rate antes abusivas e proibitivas para o H264. E ainda
paralelo, cada slice no HEVC pode ser subdividido em temos a lei de Moore a nosso favor, e em algum tempo
pequenas fatias chamadas de Entropy Slices (ES). Cada essa demanda computacional de maior complexidade,
ES pode ser independentemente decodificada sem re- deve deixar de ser um problema.
ferência a outra ES. Portanto em tese cada núcleo de Uma última coisa que deve ficar clara é que os avan-
um processador/CPU poderia lidar com um processo ços trazidos pelo HEVC, praticamente extinguem a ne-
de decodificação de entropia em paralelo sem afetar cessidade de vídeo entrelaçado. A codificação de vídeo
os demais processos. Por isso, o padrão HEVC permite entrelaçado nos lembra de um tempo em que tanto
tanto a paralelização de nível alto e baixo, o que pode a eletrônica quanto o hardware não tinham capacida-
proporcionar benefícios significativos para a codifica- de para processar a largura de banda exigida para os
ção multisegmentada (a chamada multi-thread) e na padrões da época. Dessa forma a varredura entrelaça-
decodificação de vídeos, como 4K e 8K que tem uma da surgiu como forma de reduzir a largura de banda
resolução maior do que o HD. necessária para se transmitir 60 fps (quadros por se-
gundo) com a metade da resolução vertical (enviando
4. Conclusão: Desempenho e complexidade linhas impares e em seguida linhas pares). Hoje não
Para os que não estão familiarizados com a deno- precisamos mais fazer isso, temos poder computacio-
minação: “Ultra High Definition Television” (UHDTV), nal suficiente para processar 50, 120 ou até 150 fps
ele é composto por dois formatos de vídeo, 4k e 8k. (isso claramente se refere a taxa de quadros padrão
O 4k ao contrário do que se possa pensar, não é 4 para a televisão 4 e 8 K). Dessa forma o entrelaçamen-
vezes melhor que o HDTV (embora tenha 4 vezes mais to se torna uma grande “distorção” na medida que
pixels). O 4K possui 3840 pixels na horizontal, o que pode adicionar ruído e reduzir a qualidade, uma vez
corresponde a duas vezes o número de pixels do HDTV que os modernos algoritmos têm que fazer malabaris-
(1920) e tem 2160 pixels na vertical, o que novamente mos e converter internamente a varredura progressiva
corresponde a duas vezes o número de pixels do HDTV em entrelaçada, como se a imagem fosse ser exibida
(1080). Então o 4K tem duas vezes mais definição que em monitores CRTs, que são um legado de dias pas-
o HDTV (também chamado de 2K. A mesma lógica se sados, e que estão a cada ano sendo substituídos por
aplica ao 8K em relação ao 4k, e a tabela abaixo, ilus- LCD´s, OLED e até mesmo TV´s de Plasma.
tra a relação de pixels entre todos os formatos. Mas é importante ter em mente também, que a cur-
va de adoção do novo padrão (H265/HEVC), não esta
diretamente ligada ao sucesso do 4K, tecnicamente fa-
lando existem ainda alguns impeditivos para que o 4k
aconteça em larga escala:

1) Primeiro deve levar ainda um ano ou dois, para ter-


mos chipset´s que suportem H264 e H265, (até hoje
temos legado em MPEG2, porque alguém acha que
isso não vai acontecer com o HEVC também).
2) HDMI: Embora o atual padrão HDMI 1.4 possa su-
Tabela 2
portar a resolução 3840 × 2160 UHD (onde a reso-
Comparação entre os diversos formatos de resolução
lução 4K nativa é realmente de 4096 × 2160), ele
de vídeo de alta definição.
só suporta até 30fps e com apenas 8 bits por cor.
3) O novo HDMI 2.0, suporta todos os recursos do
UHD, incluindo a maior gama de cores (REC2020) e
A grande eficiência de codificação do HEVC no entan- uma melhor resolução (30 bits devem ser suficien-
to vem com um preço: o aumento da complexidade tes), o que é realmente essencial para melhorar a
computacional. Em comparação com o seu antecessor, imagem.
o HEVC tem entre 50 a 100% a mais de complexidade 4) O HDMI 2.0 foi oficialmente anunciado e lançado
para decodificar e pode chagar até a 400% a mais pouco antes do IBC 2013, com alguns grandes fa-
de complexidade quando se trata da codificação. En- bricantes (exceto a Panasonic), que já anunciaram
quanto essas comparações são baseadas em testes modelos específicos de apoio a ele na IFA 2013 em
preliminares, ainda assim elas nos dão uma indicação Berlin.

84 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

Comparação de desempenho
de vídeo [52]

Padrão de codificação Redução da taxa média de bits em comparação


de vídeo com H.264/MPEG-4 AVC HP

4K
480p 720p 1080p UHD

HEVC 52% 56% 62% 64%

Tabela 3
Desempenho de redução de taxa de bits do HEVC. [4]

Porém a verdadeira massa de monitores com suporte zida pela BBC e a Universidade do Oeste da Escócia.
a HDMI 2.0 foi anunciada apenas na CES em janeiro de As sequências de vídeo foram codificadas usando o
2014, de modo que provavelmente a maioria dos tele- encoder HM-12.1 HEVC e o encoder JM-18.5 H.264 /
visores 4K vendidos hoje nas prateleiras dos mercados MPEG-4 AVC.
estão dotados de HDMI1.4. A tabela acima imprime os valores de redução da
Assim, todas as iniciativas de incluir UHD/4K na sala média das taxa de bits imposta pelo HEVC, que foi de:
dos usuários, provavelmente vão levar pelo menos 52% para 480p, 56% para 720p, 62% para 1080p, e
mais um ano antes de demonstrarem qualquer possibi- 64% para 4K UHD, quando comparado com o mesmo
lidade de ser implantadas. Mesmo assim, este tipo de perfil do H264/AVC, conforme tabela 3. n
solução estaria longe de atingir um mercado de massa
e só seria relevante para um punhado de felizardos,
que podem pagar cerca de US$20.000 dólares por uma Referências:
tela de 80” UHD, pois os preços só devem cair para o [1] Gary J. Sullivan, Jens-Rainer Ohm, Woo-Jin Han, e Tho-
mercado de massa em 2015, no mínimo. mas Wiegand — Overview of the High Efficiency Video
O grande mercado que eu realmente acredito que Coding (HEVC) Standard, Dez 2012
deve usufruir dos benefícios do HEVC é o de IPTV e [2] JCT-VC, “Encoder-side description of test model un-
OTT SD/HD. der consideration”, in Proc. JCT-VC Meeting, Geneva,
Primeiramente pela capacidade demonstrada aqui Switzerland, Julho 2010.
que esse novo codec tem de permitir que se transmita [3] Mahsa T. Pourazad, Colin Doutre — HEVC: The New
o mesmo conteúdo em menor largura de banda, ou Gold Standard for Video Compression, IEEE CONSUMER
ainda, melhorar o conteúdo (resolução) usando a mes- ELECTRONICS MAGAZINE. Julho 2012, Pág. 36 a 47
ma largura de banda. [4] TK Tan; Marta Mrak; Vittorio Baroncini; Naeem Ram-
Se levarmos em conta que a média da largura de zan (2014-05-18). “Report on HEVC compression perfor-
banda dos usuários aumenta de forma consistente em mance verification testing”. JCT-VC. Maio 2014.
todo o mundo, o impulso que o HEVC pode dar (em
qualidade de imagem, ou em redução de banda con-
tratada) aos provedores de TV OTT/IPTV é substancial.
Tom Jones Moreira. Especialista
HEVC não é apenas um alavancador para o UHD/4K
em Sistemas digitais, experiên-
(que como já falei deve demorar para chegar ao merca-
cia de mais de 12 anos no mer-
do de massa), é um alavancador para toda a indústria,
cado de Telecom. Supervisor
pelos reais benefícios que pode trazer de redução do
de Eng. de Aplicação na Tecsys
uso de largura de banda necessária na rede.
do Brasil, membro do Fórum
Em uma comparação subjetiva de desempenho de
SBTVD, e membro da direto-
vídeo o JCT-VC comparou o perfil HEVC principal contra
ria de Ensino da SET. Contato:
o perfil H.264 / MPEG-4 AVC. [4] A comparação utilizou
tom@tecsysbrasil.com.br
valores médios de pontuação de opinião e foi condu-

86 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

Protótipo de Segunda
Tela para usuários
de TV Digital Aberta
no Padrão ISDB-Tb
O presente artigo descreve uma proposta de uma solução para o uso
da tecnologia de Second Screen (Segunda Tela) para disposição
de conteúdos interativos para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital
– SBTVD na qual os usuários possam, de forma síncrona
com o conteúdo exibido na programação da TV digital, acessar
informações auxiliares e interagir com conteúdos relacionados
à programação por meio da internet. por Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues*

A
arquitetura fez uso de um formato específico de Dentre algumas vantagens proporcionadas pela segun-
protocolo de Broadcast Transport Stream – BTS da tela, existe a possibilidade do telespectador interagir
que contem as informações necessárias para com o conteúdo sem perturbar a privacidade dos de-
permitir que o receptor de sinal de TV digital mais. Permitindo a interação de um ou mais telespec-
possa sinalizar sobre a disponibilidade de segunda tela tadores simultaneamente ao mesmo conteúdo exibido,
para múltiplos dispositivos como, por exemplo, smar- através de diferentes dispositivos móveis, aptos para
tphones, tablets e PDA’s - Personal Digital Assistant. efetuar o acesso, oferecendo novas possibilidades de
A motivação deste trabalho é disponibilizar os recursos interação, melhorando a experiência do usuário.
da tecnologia de segunda tela aos usuários de TV digi- Este trabalho propõe isto para os provedores de con-
tal aberta. Estes usuários, de posse de um dispositivo teúdo em broadcast, em um cenário adequado para uso
móvel que contenha o nosso aplicativo de segunda tela, no SBTVD, também conhecido como ISDB-Tb (Integra-
serão capazes de acessar informações complementares ted Services Digital Broadcasting Terrestrial Brazil) [2].
sincronizadas com a programação transmitida ao vivo. Para isto, serão necessárias alterações no sinal gerado
pelos provedores de conteúdo para inclusão da opção
Introdução de segunda tela (BTS) e a criação de um cenário que
O Second Screen ou segunda tela é uma tecnologia possibilite a detecção, sincronização e utilização desta
criada para oferecer ao telespectador a possibilidade tecnologia pelo usuário final. Este mecanismo deve ser
de interagir com o conteúdo apresentado na tela da TV, automático para o cliente, o telespectador em sua re-
utilizando aplicativos criados para este fim [1]. Com a sidência.
evolução dos dispositivos móveis e a mudança da TV
analógica para digital surgiram, além da interatividade, Segunda Tela
outros desafios que refletem diretamente na disponibi- Com o intuito de validar a proposta, e avaliar os re-
lização do conteúdo e na percepção do que é televisão sultados do sistema de segunda tela entre dispositivos
por parte do telespectador. móveis e receptores de sinal digital padrão ISDB-Tb, foi

88 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Artigo

desenvolvido um protótipo funcional do sistema pro- Para realização desta proposta é necessário a confi-
posto. O protótipo é composto de duas partes. guração desde a geração do conteúdo até a recepção
A simulação de uma TV com receptor digital embarca- mostrada na Figura 1.
do na forma de uma aplicação para computador, que re- Os componentes principais envolvidos no sistema
cebe, decodifica e exibe o conteúdo que é gerado pelas são: um ou múltiplos provedores de conteúdo de se-
emissoras, contendo a informação da disponibilidade e gunda tela, representados através de receptores de
identificação de conteúdo para segunda tela. sinal digital de televisão (player), um ou múltiplos
Uma aplicação para dispositivos móveis, desenvolvi- consumidores de conteúdo de segunda tela, represen-
da tanto para smartphones quanto para tablets, capaz tados através de aplicações em dispositivos móveis e
de identificar a disponibilidade de segunda tela, os uma rede local sem fio que interconecte esses disposi-
receptores conectados e dispor o conteúdo interativo tivos com suporte ao uso do protocolo TCP/IP (Trans-
em sincronia com o conteúdo exibido na primeira tela. mission Control Protocol/ Internet Protocol).
A solução proposta garante a interação com conte- No lado da geração do sinal de conteúdo, o Encoder
údo televisivo digital através das suas três principais irá encapsular os dados de áudio e vídeo em pacotes
categorias [3]: Interatividade Local (o recebimento e de TS (Transport Stream) que serão multiplexados pelo
consumo de informações na segunda tela); Interati- Mux ISDB-Tb. Os cabeçalhos destes pacotes de TS con-
vidade com canal de retorno não dedicado (interação tém informações para a decodificação, identificação -
com as informações dispostas na segunda tela através PID (Packet ID - IDentificador de Pacote) e sincronismo
de conexão com a internet) e Interatividade com canal de transmissão, padronizadas pela iniciativa ISO/IEC
de retorno dedicado (utilização da segunda tela como [5]. Existem também informações que são exclusivas
uma extensão de funcionalidades de conteúdo de tele- em cada país ou até mesmo para cada geradora de
visão digital já presentes no dispositivo alvo). conteúdo, estas informações são transmitidas em ta-
Através da interconexão de múltiplos dispositivos belas e estruturadas conforme a Figura 2, que por sua
diferentes em uma rede local, torna-se possível agre- vez também são transportadas como payload do pa-
gar funcionalidades adicionais ao aparelho receptor de cote de TS.
sinal digital. Por exemplo, a capacidade de adquirir No sistema de transmissão proposto de segunda
características de computação ubíqua e pervasiva [4], tela é necessário a inclusão de informações sobre o
através de informações específicas adquiridas pelo dis- provedor de conteúdo na tabela AIT. A sua identifi-
positivo móvel que abriga a segunda tela. Noções de cação no TS, o PID, é informada indiretamente pela
sensibilidade ao contexto, sem necessitar uma inter- tabela PMT (Program Map Table), ou seja, definida
venção do usuário ou uma adição de novos compo- pela emissora no campo table_id. Os demais cam-
nentes no aparelho. pos devem ser configurados com valores fixados pela

Figura 1. Cenário para o sistema de Segunda Tela proposto

90 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


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Artigo

Figura 2.
Estrutura
de Tabelas

norma do padrão [6], com exceção do campo de da- Conclusão


dos privados, também denominado de descritor, onde Esta proposta foi criada visando à facilidade de uso do
estarão as informações utilizadas pela aplicação de cliente final, de modo invisível, sem a necessidade de
segunda tela desenvolvida para os móveis. Este des- conhecimentos específicos para realizar configurações
critor, chamado de IBB Application, tem que obedecer nos dispositivos envolvidos. As emissoras não terão
a uma sintaxe de formação indicada pelas Recomen- que fazer alterações na distribuição do conteúdo, a mu-
dações ITU-T J.205 e ITU-T J206, conforme indicado dança necessária é a criação de um provedor de conteú-
na Figura 3. do que forneça as informações a serem disponibilizadas
para a segunda tela. Pode ser usada em qualquer pa-
drão, desde que este permita sinalizar a disponibilidade
de segunda tela através do BTS. n

Referências
[1] Cesar, Pablo, Dick CA Bulterman, and A. J. Jansen. “Usages of the
Figura 3. Sintaxe de Formação Indicada secondary screen in an interactive television environment: Control,
pelas Recomendações ITU-T J.205 e ITU-T J206 enrich, share, and transfer television content”. Changing television
environments. Springer Berlin Heidelberg, 2008. 168-177.
[2] Costa, Laisa Caroline de Paula, et al. “A technical analysis of
digital television broadcasting in brazil.” Broadband Multimedia
Code é o código binário para executar o descritor. Re- Systems and Broadcasting (BMSB), 2013 IEEE International Sym-
sources é o campo de informações relativo à aplicação, posium on. IEEE, 2013.
em conformidade com a Norma ISO/IEC 8859-15. O cam- [3] NBR 15607-1, ABNT: “Norma para Televisão Digital Terrestre-
Canal de Interatividade-Parte 1: Protocolos.” Interfaces Físicas e
po Meta-data é composto por informações associadas Interfaces de Software”. Avaiable in: http://www. forumsbtvd. org.
à aplicação. Control é um campo utilizado para prover br/materias. asp.
os controles da aplicação disponibilizada. E por final, o [4] Edwards, W. Keith. “Discovery systems in ubiquitous compu-
ting.” Pervasive Computing, IEEE 5.2 (2006): 70-77.
campo User settings são alguns outros parâmetros de [5] Rec, I. T. U. T. “H. 222.0| ISO/IEC 13818-1.” Information Tech-
configuração que a emissora pode disponibilizar. nology—Generic Coding of Moving Pictures and Associated Audio
O receptor de sinal digital será o responsável pela Information: Systems, ITU-T/ISO/IEC (2007).
[6] NBR 15603-1, ABNT. “ABNT NBR 15603-1, Multiplexação e ser-
decodificação do sinal recebido através do BTS e por viços de informação (SI) Parte 1: SI do sistema de radiodifusão.”
sinalizar na rede a existência de conteúdo interativo ABNT, 1. ed. (2007).
disponível de modo passivo. O receptor ISDB-Tb possui [7] Tuler, Diego. “Lua Socket”. Available in: http://luasocket.
luaforge.net.
bibliotecas de extensão com funcionalidades de comu-
nicação em rede, através das camadas de rede TCP e
UDP e da capacidade de conexão do hardware do re- Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues, professor da
ceptor de sinal digital. A biblioteca LuaSocket [7] é utili- Faculdade FUCAPI, Manaus.
zada para implementação da interface de comunicação Contato: claudio.albuquerque@fucapi.br
e pode ser facilmente incluída e adaptada no player.
Como a interface de comunicação faz parte da propos- Eliel de Lima Reis da Faculdade FUCAPI, Manaus.
ta do sistema de segunda tela, através de uma aplica- Contato: eliel.lima@fucapi.br
ção no receptor de sinal digital, os dispositivos móveis Vicente Ferreira de Lucena Jr., do PPGEE - Programa de
estarão aptos a receber e utilizar os devidos avisos da Pós Graduação Engenharia Elétrica, da UFAM - Universi-
emissora. Um endereço específico de rede disponibiliza- dade Federal do Amazonas, Manaus.
rá as informações em formato organizado, para serem Contato: vicente@ufam.edu.br
disponibilizadas nos dispositivos.

92 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Era Transmídia

A fórmula criativa da Netflix


O serviço
de conteúdo
on demand
modificou não
só a forma de
distribuição dos
grandes canais
estadunidenses,
mas introduziu
uma nova
relação entre
o público
e o conteúdo
Fonte Salon

audiovisual
por Daiana Sigiliano

A
produção de narrativas ficcionais seriadas es- Por envolver âmbitos distintos Marshall Kirkpatric
tadunidenses vive na contemporaneidade sua afirma que o impacto da Netflix na indústria do entre-
terceira Era de Ouro. As tramas exigem não só tenimento é amplamente discutido. De acordo com o
maior demanda cognitiva do público, como jornalista, a plataforma modificou não só a forma de
também são fundamentadas em um novo ambiente de distribuição dos grandes canais estadunidenses, como
conectividade em que as barreiras entre produtores e CBS, ABC e HBO, mas introduziu uma nova relação entre
espectadores, antes tão nítidas, se desvanecem entre o público e o conteúdo audiovisual. Já que cada intera-
as potencialidades do ecossistema da cultura da conver- ção do usuário com o serviço de streaming é registrada
gência. Este contexto marca a gênese do participante, e analisada. Os dados coletados revelam desde infor-
o termo, cunhado por Rose (2010), se refere aos novos mações sobre o dispositivo que o serviço está sendo
hábitos de consumo do sujeito midiático. Aquele que acessado até detalhes sobre hábitos de consumo do as-
tem a necessidade de compartilhar, remixar e colaborar sinante. Posteriormente, a partir desses dados a Netflix
com os produtos. Segundo Jenkins (2008) o participante consegue direcionar o conteúdo de acordo com o perfil
se distancia cada vez mais do appointment television de cada um dos usuários.
– a chamada TV com hora marcada - e opta por plata- Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix, comen-
formas de TV Everywhere que lhe oferecem autonomia ta que atualmente grande parte das decisões tomadas
na hora de decidir quando, como e o que irá assistir. pela empresa são pautadas nos dados. Segundo ele
Fundada em 1997 por Marc Randolph a Netflix começou esta é uma das vantagens que a plataforma tem sob
a investir em conteúdos via streaming em 2007. Con- seus concorrentes. Ao processar esses dados o público
siderado um dos grandes expoentes da TV Everywhere, ganha não só uma identidade, como também fica mais
a plataforma oferece aos assinantes um catálogo com vulnerável a influência, uma vez que vários títulos são
filmes, documentários, séries, shows, entrevistas e pro- sugeridos a ele. “Você passa a produzir para um pú-
duções originais que podem ser acessados de forma blico endereçável. Os dados nos mostram quem são,
ilimitada. Segundo dados divulgados pela empresa, no realmente, os nossos assinantes, o que eles assistem e
segundo trimestre de 2014 o serviço teve US$ 1,34 bi- como assistem. Sabemos exatamente quem eles são”,
lhão de renda. Atualmente a Netflix atua em 40 países pontua (SALON, 2013). Atualmente cerca de 75% dos
atendendo mais de 50 milhões de assinantes que po- assinantes são influenciados pelo sistema de recomen-
dem assistir os conteúdos através do computador, TV, dação de títulos. Conforme destaca o diretor de comuni-
smatphones e tablets. cação da plataforma, Jonathan Friedland, “Nós sabemos

94 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


o que as pessoas assistem na Netflix e somos capazes, Além de apresentar as principais caraterísticas da Post-
com um alto grau de confiança, de compreender até que -Network Television tais como: multiplicidade de linhas,
ponto a audiência de uma trama é baseada nos hábitos redes sociais e ausência de setas chamativas, a série
de visualização dos assinantes.” (SALON, 2013). Todas representa a gênese de uma nova forma de produção
essas informações coletadas ajudam a Netflix compre- audiovisual seriada. Fundamentada no Big Data-Dri-
ender os hábitos e as preferências do público. ven, a atração é, em parte, resultado das escolhas dos
assinantes da Netflix. Os algoritmos analisados pela
House Of Cards: uma série desenvolvida plataforma mostravam que os mesmos usuários que
para um público endereçável gostavam da produção original homônima da BBC – mi-
Lançada em fevereiro de 2013 a série House Of Cards nissérie britânica criada por Andrew Davies e exibida
impactou não só o sistema vigente de distribuição de na década de 90 - eram os que acessavam os filmes
conteúdo audiovisual, mas principalmente a forma de protagonizados por Kevin Spacey. Outro ponto indicado
produção e financiamento das narrativas seriadas. En- pelos algoritmos era a predição do público por séries
quanto boa parte da imprensa especializada considera- dramáticas e longas dirigidos por David Fincher. Todas
va uma manobra arriscada, a Netflix tinha como grande essas informações sobre as preferências dos assinantes
pilar algo que nenhum canal possuía: os algoritmos. foram essenciais para que a Netflix estruturasse os ele-
Cada clique do usuário, cada busca realizada, qualquer mentos que iriam compor House of Cards.
interação feita dentro da plataforma era transformada Enquanto os canais tentam presumir o que o público
em informação. Posteriormente, esses dados serviram quer assistir se baseando em palpites dos executivos e
de guia para que o serviço produzisse sua segunda sé- restritos de grupos de discussão para produzir suas no-
rie original. vas apostas para a fall season, a empresa de conteúdo
House Of Cards é protagonizada por Kevin Spacey que on demand investe com a certeza de que irá dar aos
interpreta Francis Underwood, líder do partido majoritário assinantes o que eles querem. Conforme aponta Steve
da câmara dos deputados e tem como principal arco Swasey, vice-presidente corporativo da Neli , “Através
narrativo os bastidores do Congresso estadunidense. de nossos algoritmos podemos determinar quem gosta
Era Transmídia

A série House of Cards


já está em sua terceira
temporada
Fonte Netflix

do Kevin Spacey ou de drama político e lhe dizer: ‘Você sual. House Of Cards é, em parte, a materialização das
irá se interessar por essa série’” (SALON, 2013). A nova preferências do público da Netflix. Os dados coletados
lógica de produção da Netflix tem dado certo, ao cruzar pela empresa fazem com que os assinantes se tornem,
os dados o serviço conseguiu atender prontamente as de certa forma, coautores das obras. Essa forma de
expectativas do público. A primeira temporada de House criação baseada em algoritmos abre um espectro de
of Cards bateu recorde de visualização atingindo o pos- caminhos neste novo ecossistema de conectividade.
to de programa mais assistido na plataforma e arrancou Entretanto, cabe a cada empresa determinar até que
elogios da critica especializada. O thriller político ganhou ponto os dados irão determinar qual será a próxima
o Globo de Ouro de melhor atriz (Robin Wright) em 2014, história a ser contada. n
em 2015 conquistou o de melhor ator, dado a Kevin Spa-
cey, que interpreta o vingativo Frank Underwood. Para saber mais:
ROSE, Frank. The Art of Immersion: How the Digital Generation
Is Remaking Hollywood, Madison Avenue, and the Way We Tell
Remédio ou Veneno? Stories. New York: W W Norton & Company, 2011.
Mesmo sendo um fenômeno recente e estando em ple- JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph,
na rota de colisão, é importante lembrar que uso de 2008.
KIRKPATRICK, Marshall. Netflix’s Big Data Plans to Take Over the
algoritmos no desenvolvimento de narrativas deve ser World. Disponível em: http://readwrite.com/2011/07/26/netflixs_
aplicado com cautela, caso contrário poderá impactar big_data_plans_to_take_over_the_world#awesm=~oHM9BIIyV4T-
seriamente o processo criativo das produções. Vc5
LIEBERMAN,DAVID. Netflix Unfazed By Growing Competition From
A partir do momento em que os dados moldam, ce- Amazon, Exec Says. In: Deadline, 2012. Disponível em: http://www.
gamente, as séries, os roteiristas se tornam reféns dos deadline.com/2012/09/netflix-competition-amazon-ted-sarandos/
hábitos dos assinantes e deixam de criar para transcrever BALDWIN, Roberto. Netflix Gambles on Big Data to Become the
HBO of Streaming. Disponível em: http://www.wired.com/2012/11/
os dados em imagens. É como se as produções fossem netflix-data-gamble/
apenas um reflexo fiel do gosto do público e os showrun- LAWLER, Ryan. How Netflix Will Use Big Data to Push House of
ners realizassem apenas a função mecânica de colocar o Cards. Disponível em: <http://gigaom.com/2011/03/18/netflix-big-
data/>
produto no ar. Se antes as ideias passavam por julga- LEONARD, Andrew. How Netflix is turning viewers into puppets.
mentos subjetivos, os algoritmos se tornam grandes e Disponível em: http://www.salon.com/2013/02/01/how_netflix_is_
implacáveis juízes que se baseiam pragmaticamente em turning_viewers_into_puppets/
‘House of Cards’ is Netflix’s most-watched program’. In: Inside TV,
dados. Outra questão que deve ser considerada neste 2013. Disponível em: http://insidetv.ew.com/2013/02/13/house-of-
novo ecossistema é até que ponto a segmentação mate- cards-is-netflixs-most-watched-program/ Acesso em 20 jun 2014.
rializada pelos algoritmos é benéfica ao usuário. Ao colo- WOLTON, Dominique. Elogio do grande público - Uma teoria crítica
da televisão. São Paulo: Ed. Ática, 1996.
car no ar exatamente o que o público quer, a plataforma
anula toda a diversidade da programação. Como defende
Daiana Sigiliano é jornalista, es-
Wolton (1996) o espectador não fica exposto ao novo, e
pecialista em Jornalismo Multi-
acaba consumindo o mais do mesmo, reprimindo qual-
plataforma (UFJF), mestranda em
quer oportunidade de assistir programas diferentes.
Comunicação na Universidade Fe-
Não há como negar o impacto da Netflix no cenário
deral de Juiz de Fora e pesquisa-
do entretenimento mundial. Enquanto muitos canais re-
dora do EraTransmídia.
lutam em disponibilizar suas séries online, o serviço de
Contato:
conteúdo on demand mostra que o ambiente digital
daianasigiliano@gmail.com
pode oferece novas possibilidades a produção audiovi-

96 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015


Diretoria

DIRETORIA DA SET BIÊNIO 2014/2016


A Diretoria da SET é composta por profissionais que atuam nas diversas áreas
relacionadas com a criação e distribuição de conteúdo, sendo eleitos pelos associados SET,
em assembleia geral ordinária realizada a cada dois anos.

PRESIDÊNCIA
Presidente: Olímpio José Franco
Vice-Presidente: Fernando Bittencourt
Assessoria Institucional: André Barbosa Filho

DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor Executivo: José Munhoz

CONSELHO DE EX-PRESIDENTES
Conselheiro: Adilson Pontes Malta
Conselheiro: Carlos Eduardo de Oliveira Capellão
Conselheiro: Fernando Bittencourt
Conselheiro: José Munhoz
Conselheiro: Liliana Nakonechnyj
Conselheiro: Olímpio Franco
Conselheiro: Roberto Dias Lima Franco

CONSELHO FISCAL
Conselho Fiscal: Antonio C. de Assis Brasil
Conselho Fiscal: João Braz Borges
Conselho Fiscal: Maria Eloisa F. dos Santos
Conselho Fiscal: Moris Arditti
Conselho Fiscal: Ricardo F. de Kauffmann

DIRETORIAS OPERACIONAIS - EDITORIAL DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO


Diretor: Valderez de A. Donzelli - CINEMA DIGITAL - TV POR ASSINATURA E NOVAS MÍDIAS
Vice Diretor: Valdecir Becker Diretor: Celso de Araujo Diretor: Antônio João Filho
Vice-Diretor: Alex Pimentel Vice-Diretor: Rodrigo Arnaut
DIRETORIAS OPERACIONAIS - ENSINO
Diretor: José Frederico Rehme DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO
Vice Diretor: José Raimundo Cristóvam - INTERATIVIDADE
Diretor: David Britto DIRETORIA REGIONAL - NORTE
DIRETORIAS OPERACIONAIS Vice-Diretor: Fabio Eduardo Angeli Diretor: Nivelle Daou Junior
- EVENTOS Vice-Diretor: Ricardo Alberto P. Salles
Diretor: Vanessa Lima DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO
Vice Diretor: Marcio Pinto Pereira - PRODUÇÃO DE CONTEÚDO DIRETORIA REGIONAL - NORDESTE
Diretor: Raymundo Barros Diretor: Esdras Miranda de Araújo
DIRETORIAS OPERACIONAIS Vice-Diretor: Paulo Kaduoka Vice-Diretor: Luiz Carlos de Melo Gurgel
- INTERNACIONAL
Diretor: Liliana Nakonechnyj DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO DIRETORIA REGIONAL - CENTRO OESTE
Vice-diretor: Nelson Faria Jr. - INDUSTRIAL Diretor: Emerson José Weirich
Diretor: Luiz B. Polak Padilha Vice-Diretor: Paulo Ricardo Balduino
DIRETORIAS OPERACIONAIS Vice-Diretor: Yasutoshi Miyoshi
- MARKETING DIRETORIA REGIONAL - SUDESTE
Diretor: Claudio Younis DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO - RÁDIO Diretor: Paulo Roberto M. Canno
Vice-Diretor: Daniela H. M. e Souza Diretor: Marco Tulio Vice-Diretor: Geraldo Cardoso de Melo
Vice-Diretor: Eduardo Cappia
DIRETORIAS OPERACIONAIS DIRETORIA REGIONAL - SUL
- TECNOLOGIA DIRETORIAS SEGMENTO DE MERCADO - TV ABERTA Diretor: Ivan Miranda
Diretor: Carlos Fini Diretor: Fernando Ferreira Vice-Diretor: Caio Augusto Klein
Vice-Diretor: José Dias Vice-Diretor: José Marcelo Amaral

GALERIA DOS FUNDADORES


AMPLEX - CERTAME - EPTV/CAMPINAS - GLOBOTEC - JVC/TECNOVÍDEO - LINEAR - LYS ELETRONIC
PHASE - PLANTE - RBSTV - REDE GLOBO - REDE MANCHETE - SONY - TEKTRONIX - TELAVO

REVISTA DA SET
A SET - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE TELEVISÃO, é uma associação sem fins lucrativos, de âmbito nacional, que tem por finalidade
a difusão, a expansão e o aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos, operacionais e científicos relativos à engenharia de televisão e telecomu-
nicações. Para isso, promove seminários, congressos, cursos, teleconferências e feiras internacionais de equipamentos, além de editar publicações
técnicas visando o intercâmbio e a divulgação de novas tecnologias.

98 REVISTA DA SET | Abril/Maio 2015

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