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MANUAL PRÁTICO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO, COM TERMO DE GARANTIA, DA ETE RESIDENCIAL TRACOÁ | SÃO LUIS | MA
GLOSSÁRIO Desaguamento
Desaguamento - remoção da umidade.
Escuma - substância constituída por material graxo ou sólidos em
Adensamento - redução de umidade. mistura com gases, que ocupa a superfície do líquido.
Aeróbio - condição na qual existe oxigênio. Efluente - parcela líquida que sai de qualquer unidade de tratamento.
Águas residuárias - esgotos sanitários ou industriais. Estabilização - redução da matéria orgânica.
Anaeróbio - condição na qual não existe qualquer forma de oxigênio. Microfauna - microrganismos característicos presentes nos
ambientes.
Assoreamento - acúmulo de sedimentos pelo processo físico de
sedimentação. Organismos Patogênicos - microrganismos que podem causar doenças
de veiculação hídrica.
Automonitoração - realização das análises laboratoriais realizadas
pelo empreendedor. Percolado - líquido que escoa através do leito de areia.
Bactérias - organismo microscópico unicelular, universalmente Pós-
Pós-Tratamento - tratamento complementar ao secundário.
distribuído e que consome matéria orgânica. Sobrenadante - material orgânico flutuante encontrado na superfície
Bactérias aeróbias - bactérias que conseguem desenvolver-se apenas líquida das unidades de tratamento.
em ambiente onde existe oxigênio. Tecnologia de Tratamento - tipos de tratamento.
Bactérias anaeróbias - bactérias que podem desenvolver-se em Vertedores - dispositivo utilizador para medir vazão.
ambientes sem oxigênio dissolvido.
DBO5,20 – Demanda Bioquímica de Oxigênio, é a quantidade de
Colmatação - obstrução do leito de filtrante pelo excesso de sólidos. oxigênio utilizado na oxidação bioquímica da matéria orgânica num
Corpo Receptor - rio, lago, riacho para onde é encaminhado o esgoto determinado período de tempo. É normalmente expressa em mg/L
tratado. (miligrama por litro).
Decantação - separação física entre a fase líquida e sólida, proveniente DQO – Demanda Química de Oxigênio, é utilizado para medir a
do fenômeno de sedimentação. quantidade de matéria orgânica das águas naturais e dos esgotos. O
parâmetro de DQO contém o valor da DBO da amostra, por isso é
Digestão - decomposição bioquímica da matéria orgânica em
sempre maior. É normalmente expressa em mg/L.
substâncias e compostos mais simples e estáveis.
Depuração - restabelecimento do equilíbrio no meio pela ação de
mecanismos naturais.
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Tabela 2-
2-10: Características típicas microbiológicas no esgoto bruto
Parâmetro
Parâmetro Concentração
Coliformes Totais (NMP/100 ml) 106 - 109
Tabela 2: Características típicas no esgoto bruto Coliformes fecais (NMP/100 mL) 105 - 108
Esgoto Esgoto Esgoto
NORMAS PERTINENTES
Forte Médio Fraco
Sólidos De maneira geral, para o desenvolvimento de trabalhos
Sólidos Totais (mg/L) 1.160 730 370 relacionados ao tratamento de esgoto, serão observados as normas,
Sólidos Suspensos Totais códigos e recomendações das entidades a seguir relacionadas:
(mg/L)
360 230 120
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9648/86
Compostos Nitrogenados (Estudo de Concepção de Esgoto Sanitário). Rio de Janeiro: 1986;
Nitrogênio Total (mg/L) 85 40 20
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9649/86
Nitrogênio Orgânico
35 20 10 (Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário). Rio de Janeiro:
(mg/L)
1986;
Amônia Livre (mg/L) 50 20 10
Nitrito – NO2 0,10 0,05 0 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12208/92
Nitrato, NO3 0,40 0,20 0,10 (Projeto de Estações Elevatórias Esgoto Sanitário). Rio de Janeiro:
Compostos Fosforados 1992;
Fósforo total (mg/L) 20 10 5 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12209/11
Fósforo Orgânico (mg/L) 7 4 2 (Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário). Rio de
Fósforo Inorgânico Janeiro: 2011;
13 6 3
(mg/L)
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7229/93
Compostos Orgânicos (Projeto, Construção e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos).
DBO5 (mg/L) 400 200 100 Rio de Janeiro: 1993;
DQO (mg/L) 800 400 200
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13969/97
(Tanques Sépticos – Unidades de Tratamento Complementar e
Von Sperling, no livro Introdução à Qualidade das Águas e ao Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e
Tratamento de Esgotos, Volume I, 3ª Edição, informa os valores Operação). Rio de Janeiro: 1997.
típicos do esgoto sanitário do Brasil no seu aspecto microbiológico:
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A ETE deve contar com um técnico responsável pela operação A remoção dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o
e acompanhamento do programa de monitoramento e apresente ao lançamento a uma qualidade desejada ou ao padrão de qualidade
Órgão Ambiental e de Fiscalização, a Anotação de Responsabilidade estabelecido pela legislação vigente, está associada aos conceitos de
Técnica - ART, referente à supervisão técnica do local. nível e eficiência de tratamento. A classificação das instalações de
tratamento está relacionada em função do grau de redução dos
A operação da ETE requer cuidados básicos a fim de se evitar sólidos em suspensão e da demanda bioquímica ou química do
problema para as unidades de tratamento e para a equipe de trabalho. oxigênio proveniente da eficiência do conjunto das unidades de
É fundamental, por exemplo, a permanência de um encarregado, tratamento.
devidamente treinado e capacitado, para o controle operacional da
unidade, além da proibição da entrada de pessoas inabilitadas ou O tratamento dos esgotos é usualmente classificado através
animais na área da estação. dos seguintes níveis: preliminar, primário, secundário e terciário.
Devido aos riscos advindos do contato direto com o esgoto, o O tratamento preliminar objetiva apenas a remoção dos
operador deve estar consciente da necessidade do uso permanente sólidos grosseiros (materiais de maiores dimensões e areia) por meio
dos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs, como máscaras, de mecanismos físicos de sedimentação.
luvas, botas e uniformes. Já os responsáveis pelo empreendimento O tratamento primário visa, por meio de mecanismos
devem promover a vacinação dos operários para prevenção contra estritamente físicos, a remoção de sólidos sedimentáveis e, em
doenças como tétano, hepatites A e B e difteria. decorrência, parte da matéria orgânica.
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O tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes Os principais processos biológicos de tratamento são:
específicos, ou ainda remoção complementar de poluentes não
• Oxidação Biológica
suficientemente removidos no tratamento secundário.
— Aeróbia: Lodos Ativados; Filtros Biológicos Aeróbios, Valos de
A remoção de nutrientes e de organismos patogênicos pode
Oxidação e Lagoas de Estabilização;
ser considerada como integrante do tratamento secundário ou do
tratamento terciário, dependendo do processo adotado. — Anaeróbia: Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente, Tanques
Sépticos e Lagoas Anaeróbicas.
De maneira geral, a maioria das estações construídas alcança
apenas o nível de tratamento secundário, aqui descrito, porém, em • Digestão de Lodo
muitas situações, é obrigatório que esse tratamento alcance o nível
Seja qual for o processo que constitui o sistema, é necessário a
denominado terciário.
implantação de uma rotina operacional contendo as seguintes
Em essência, as operações e os processos descritos destinam- atividades básicas:
se a remoção de sólidos em suspensão e da carga orgânica, restando
ainda, para completar o tratamento, que se cuide da remoção de ROTINA DE OPERAÇÃO
organismos patogênicos. Portanto, se faz necessária à previsão de
• Manter,
Manter na entrada, placa de identificação do
instalações para a desinfecção, que geralmente é efetuada através do
empreendimento;
uso do cloro. A desinfecção dar-se-á através do contato em
reservatório especifico. • Manter,
Manter na ETE, manual de operação e livro de registros de
Os processos biológicos não atuam isoladamente; as ocorrências e paralisações das unidades;
transformações provocadas por um determinado processo de • Manter,
Manter na ETE, meio de comunicação;
tratamento influirão indiretamente nos fenômenos inerentes aos
demais processos. Os processos de tratamento são definidos em • Manter,
Manter na ETE, estojo de primeiros socorros, repondo
função do fenômeno predominante. periodicamente os materiais utilizados e vencidos;
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Em alguns projetos, as unidades de medição de vazão são • Depositar o material retirado em local adequado - caçambas,
instaladas a jusante do tratamento, na saída do efluente para o recipientes tampados, fora do acesso de insetos,
emissário final. especialmente moscas;
IMAGENS AMPLIADAS DAS UNIDADES DO PRÉ-TRATAMENTO • Executar regularmente a manutenção dos equipamentos, tais
como lubrificação de engrenagens, substituição de peças
((a) Calha Parshall, (b) Gradeamento de barras e (c) Canais de sedimentação de desgastadas e verificação dos componentes eletromecânicos,
areia)
caso o gradeamento seja mecanizado;
• Utilizar dispositivos para minimização de impacto pela
emissão de odores, tais como a aspersão de produtos
biológicos que são comercializados ou pelo fechamento do
canal de chegada, caso a estação esteja próxima de
residências;
• Encaminhar o material retido para disposição final adequada
– valas na área da ETE com recobrimento diário, ou aterro
sanitário, preferencialmente licenciado.
(a) (b) (c)
A presença de comportas na saída e entrada de cada canal de
sedimentação de areia, permite a operação de limpeza, sem
necessidade de paralização do processo. Apenas um canal deve
operar por cada ciclo.
Os sólidos retidos na grade, são esguichados e sobrepostos na DESARENADOR (CAIXA DE AREIA)
parte superior da grade, para desidratação e posterior remoção para
aterros sanitários Classe 2. ROTINA DE OPERAÇÃO
• Limpar a caixa de areia sempre que o material acumulado
ocupar a metade da altura da câmara de armazenamento ou
GRADEAMENTO 2/3 de todo o seu comprimento;
• Retirar com pá, enxada, equipamentos pesados, ou mesmo por
ROTINA DE OPERAÇÃO remoção mecânica, a areia e os outros materiais sedimentados
nessa unidade, que deverão ser depositados em local
• Retirar periodicamente o material retido nas grades; preparado para essa finalidade;
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• Dispor a areia e os outros materiais retidos conforme o passivos de tratamento biológico ou químico, ou ainda incineração,
processo licenciado; porém, nesta planta, todo excedente do sistema aerado será
• Garantir a vedação e limpeza da unidade paralisada, em caso submetido a adensamento e digestão pelas próprias estruturas
de desativação. anaeróbias antecedentes, sendo assim, removido praticamente
desprovido de energia e, portanto, sem atividade (estabilizado).
O lodo extraído do reator (lodo anaeróbio e aeróbio) será
TRATAMENTO SECUNDÁRIO conduzido a um poço de lodo, para sofrer processo de desidratação e
posterior descarte em aterros sanitários classe 02, juntamente com os
demais resíduos orgânicos do empreendimento.
LODOS ATIVADOS Uma das principais características do lodo ativado é produzir
A melhoria na qualidade do efluente do UASB em nível um efluente INODORO e bem clarificado.
secundário será obtida através da aplicação de Lodos Ativados,
A implantação da fase primaria anaeróbia, reduz os custos
empregado como pós tratamento.
totais de implantação, enquanto dispõe de um efluente tratado com
O sistema de Lodos Ativados é constituído por um reator melhor qualidade na etapa inicial; por conseguintes, reduz os custos
aeróbio e um decantador secundário. A aglomeração de flocos de energia e o requisito de área para a fase secundária do processo
formados continuamente pelo crescimento de várias espécies de aeróbio, especialmente no caso de Lodo Ativado, reduzindo o número
microrganismos, a partir da matéria orgânica dos despejos, na de unidades do processo e proporcionando ao projeto um Upgrade
presença de oxigênio dissolvidos, caracteriza o processo assim leve, simples e econômico.
denominado.
Esta atual concepção de tratamento aeróbia vem destacando-
Fundamentalmente o processo de lodos ativados consiste na se em todo território nacional, seja pelo amplo número de
metabolização biológica da matéria orgânica de águas residuarias em pesquisadores envolvidos, seja pela economia e facilidade
um reator mantido sob condições aeróbias contendo uma fauna operacional, tanto quanto a requisito de espaço e unidades, quanto às
variada de microrganismos. O suprimento de oxigênio é geralmente atividades de operações inerentes. A Figura a seguir mostra em corte
feito por meio de aeradores mecânicos ou ar difuso, além de outros. o sistema supracitado com vistas aos seus respectivos componentes.
Neste projeto adotaremos o sistema de aeração por ar difuso.
A massa biológica formada (zoogleias) se separa fisicamente
do liquido através de decantação, e retorna através de recirculação ao
tanque de aeração de forma contínua. O liquido clarificado constitui-
se no efluente tratado. Os sólidos removidos (lodos excedentes) são
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incluindo causas e formas de controle, adaptado de Von Sperling • SSTA (sólidos em suspensão no tanque de aeração): expresso
(2005) e Activated Sludge Manual of Practice nº Om-9. em mg/l;
• F/M (A/M):
(A/M) Relação Alimento/Microrganismo, indicando a
proporção entre a Carga Orgânica alimentada ao tanque de
I M P O R T A N T E:
aeração (COAFLUENTE) e a massa de microrganismos presentes
O sistema de lodos ativados é bastante estável e controlável, no mesmo, expressa em kg DBO/d. kg SSTA:
para o tipo de despejo em questão; no entanto, o empreendimento • RS (resíduo sedimentável no tanque de aeração): é o volume
deverá evitar o lançamento excessivo e indiscriminado na rede de de lodo que se sedimenta em 1 hora, em cone Imhoff, do
efluentes com substâncias que possam comprometer a boa efluente do tanque de aeração, expresso em ml/l;
performance do sistema de tratamento, tais como: • OD = Oxigênio Dissolvido no Tanque de Aeração: mg/l;
• desinfetantes • SSRL (sólidos em suspensão no retorno de lodo): expresso em
• detergente mg/l;
• óleos • IVL (índice volumétrico de lodo): representa o volume em ml
• solventes ocupado por um grama de sólidos em suspensão (seco), sendo
obtido pela divisão do valor de RS (ml/l) pelo de SSTA (g/l), e
• ácidos e bases fortes
é expresso em ml/g; indica qualitativamente os padrões de
sedimentabilidade do lodo;
Os parâmetros fundamentais para a operação do processo de
• IL (idade do lodo): representa o tempo médio que uma
lodos ativados são:
partícula de lodo permanece no sistema, e pode ser estimada
• QAFLUENTE, QEFLUENTE, QRECIRCULAÇÃO e QDESCARTTE: Vazões de entrada, grosseiramente dividindo-se a quantidade de lodo (seco)
saída, retorno de lodo, e de descarte de lodo em excesso, em contida no tanque de aeração pela quantidade diária de lodo
m³/d; (seco) retirada do sistema como lodo em excesso; pode ser
• DBOAFLUENTE e DBOEFLENTE: Valores de DBO de entrada e saída; calculada pela seguinte expressão:
• COAFLUENTE e COEFLUENTE: Cargas Orgânicas de entrada e saída, • Va: velocidade ascensional no decantador;
em kg DBO/d;
• CA:
CA Capacidade de Aeração, kg O2/d, propiciada pelo sistema
de aeração, depende do tipo de equipamento; Os valores normais para estes índices variam entre:
• TO:
TO Taxa de Oxigenação: relação entre a quantidade de • TO: 1,0 a 2,2 kg O2/kg DBO.
oxigênio propiciada pelo sistema de aeração e a carga • F/M: 0,07 a 0,45 kg DBO/d. kg SSTA
orgânica de entrada no tanque de aeração, expressa em kg • RS: 300 a 500 ml/l (Cone Imhoff)
O2/kg DBO;
• SSTA: 1,5 a 4,0 g/l SSRL: 4,0 a 8,0 g/l
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• O2D: 1,5 a 2,5 mg/l IL: entre 10 e 30 dias variável. Dependendo do nível de SSTA, essa variabilidade
• IVL (ver tabela abaixo) pode ser prejudicial ao desempenho do sistema em termos
• Va: 0,4 a 0,8 m3 /h.m2 de sólidos em suspensão no efluente;
b) O nível de SSTA afeta tanto a remoção de matéria
carbonácea (DBO), quanto a nitrificação e desnitrificação.
Efetuadas as considerações acima, a operação do sistema Maiores valores de SSTA podem aumentar a eficiência da
secundário deverá obedecer aos seguintes procedimentos básicos: remoção de DBO, mas podem em paralelo causar um
maior consumo de oxigênio dissolvido, causando uma
Tanque de Aeração possível redução na concentração de OD no reator, a ponto
• Manter o sistema de aeração operando ininterruptamente; de afetar a nitrificação.
• Verificar diariamente os valores RS e SSTA, e calcular o IVL
(índice Volumétrico de Lodo); Controle de OD
• Verificar diariamente o OD no tanque de aeração, o qual
Devido às variações diurnas das cargas de DBO e amônia, a
deverá ser mantido em torno de 2,0 mg/l.
demanda de oxigênio apresenta uma variação temporal, seguindo
certo padrão diurno, mas incorporando também componentes não
Controle do SSTA previsíveis ou aleatórios. Caso o oxigênio seja suprido numa taxa igual
à demanda de oxigênio média, haverá períodos durante o dia em que
O objetivo é o de se manter SSTA constante (faixa de projeto
há uma super ou sub-aeração. Ao se evitar isto, adota-se
1.500 a 3.000 mg/l). Caso um adequado nível de SSTA seja mantido, é
frequentemente uma taxa de transferência de oxigênio
normalmente esperado que a qualidade do efluente seja boa.
correspondente à demanda de pico. O controle do oxigênio dissolvido
Para o controle de SSTA utiliza-se, mais frequentemente, a objetiva que o suprimento de oxigênio se aproxime ao consumo do
manipulação da vazão de lodo excedente, embora possa ser utilizada, mesmo no qual os métodos mais utilizados para seu controle são:
dentro de certos limites, a manipulação da vazão de lodo de retorno. A
resposta do sistema a variações de vazão de retorno é lenta (reduzida
massa de sólidos extraída por dia, comparada com a massa total a) Liga-desliga Sopradores;
existente). b) Variação da vazão de ar do sistema através de abertura ou
fechamento de válvula.
A seleção do nível desejado de SSTA é essencial para o sucesso
do controle. Aspectos críticos nesse sentido são: Nota: Não se aconselha o desligamento do conjunto soprador exceto
em casos extremos.
a) Um SSTA constante implica numa carga variável de sólidos
para o decantador, já que a vazão afluente é normalmente Dosagem de Nutrientes
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À entrada do Tanque de Aeração deve apresentar as seguintes amplitude de problemas, a lista não pretende ser exaustiva e muito
proporções de nutrientes: menos aprofundada, servindo apenas como um guia inicial para o
operador.
• DBO:N:P = 100:5:1 (aceitável 100:3,5:0,5)
Decantador Secundário / Elevatória de Lodo
• Regular a vazão de extração de lodo pelas válvulas de FALHAS DE AERAÇÃO
descarga, para valores entre 30 e 150% da vazão média
afluente do efluente bruto. I. BAIXO O.D. E/ OU PRESENÇA DE ODORES SÉPTICOS NO LICOR
• A vazão de recirculação pode ser estimada utilizando-se o MISTO
gráfico a seguir, em função dos Sólidos Sedimentáveis
medidos no tanque de Aeração. Motivação
• Sub-aeração.
• Concentração de SSTA elevada
Monitoramento
• Verificar valor de O.D., deve-se ser da ordem de 1,5 a 2 mg/L
em todo tanque de aeração;
• Verificar adequada mistura no tanque de aeração;
• Verificar taxas de retorno de lodo e da camada de lodo no
decantador;
• Verificar SSTA.
Correção
• Aumentar aeração para manter taxa de O.D. adequada;
• Aumentar a vazão de ar se possível;
• Ajustar taxa de retorno de lodo para manter espessura da
camada de lodo em torno de 30 a 90 cm no decantador;
• Ajustar SSTA para taxa adequada de F/M. Se F/M estiver
CAUSAS, EFEITOS E SUAS SOLUÇÕES adequada, aumentar a aeração no tanque.
Apresentamos uma síntese dos principais problemas
operacionais passíveis de ocorrência em sistemas de lodos ativados,
incluindo as suas causas e formas de controle. Devido à grande
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II. AERAÇÃO EXCESSIVA NECESSÁRIA EMBORA SEM • Verificar se o O.D. também está baixo na saída ou em outras
ALTERAÇÃO APARENTE NA CARGA ORGÂNICA OU NA CARGA partes do tanque
HIDRÁULICA. DIFICULDADE PARA MANTER TAXA DE O.D. Correção
ADEQUADA • Se possível alterar locais de entrada do efluente ou a mistura
do tanque de aeração.
Motivação
• Resíduos incrustados na lamina
• Transferência de oxigênio insuficiente ou inadequada. FORMAÇÃO DE ESPUMAS
• Alta taxa de carga orgânica (DBO, DQO, material suspenso) do
efluente bruto. Ao observar pequena quantidade de espuma leve e recente cor bronze,
Monitoramento deve-se interpretar normalmente como um bom processo de
• Verificar laminas dos aeradores. operação com produção de efluente de boas características.
• Verificar desempenho do sistema de aeração. Sistemas de
aeração mecânica devem prover oxigênio entre 0,45 a 0,55 Kg
de Oxigênio / Kg de DBO removida. I. ESPUMA BRANCA, DENSA, COM ASPECTO SAPONÁCEO,
• Verificar se a carga orgânica das linhas de efluente SOBRE A SUPERFÍCIE DO TANQUE DE AERAÇÃO.
contribuem significativamente para a carga do orgânica total
do processo Motivação
Correção • Lodo jovem no tanque de aeração sob sobrecarga (baixo
• Remover a incrustação da lamina SSTA). Nota: Esse problema ocorre normalmente durante o
• Acrescentar mais aeradores mecânicos. período de partida do reator, sendo temporário. Sem maiores
• Se a carga orgânica for superior a 15%, aperfeiçoar operação problemas caso ocorra nesse período.
ou melhorar processos na ETE.
• Elevado descarte de lodo em excesso causando perda de lodo
III. DIFICULDADE NA MANUTENÇÃO DO NÍVEL DE O.D. NA no processo provocando sobrecarga de carga orgânica no
ENTRADA DO TANQUE DE AERAÇÃO tanque de aeração (baixo SSTA)
• Condições desfavoráveis com resíduos tóxicos (metais ou
Motivação bactericidas), deficiência de nutrientes, pH anormais, O.D.
• Distribuição inadequada da entrada de efluentes no tanque de insuficientes, baixa temperatura ou grandes variações da
aeração mesma provocando redução de SSTA.
Monitoramento
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• Perda não intencional de biomassa, devido ao arraste de • Verificar escoamento superficial no decantador secundário.
sólidos do decantador secundário reduzindo SSTA, causando • Verificar e monitorar distribuição do efluente e RL para cada
sobrecarga no tanque de aeração. tanque de aeração. Disparidades podem causar diferenças nas
• Distribuição inadequada do efluente ou do retorno de lodo e concentrações de SSTA entre os tanques.
consequente formação de espuma em um ou mais tanques de Correção
aeração. • Após calculado F/M e SSVTA necessários, pode-se verificar
Monitoramento que F/M encontra-se alto e SSVTA encontra-se baixo.
• Verificar carga orgânica no tanque de aeração e SSVTA. Incluir Entretanto, não descartar o lodo do processo por alguns dias
qualquer carga orgânica proveniente de outras entradas tais ou manter uma mínima descarga, caso já iniciado o descarte.
como sobrenadante do digestor, sólidos em suspensão, etc. • Manter RL suficiente para minimizar o arraste de sólidos
• Calcular F/M para determinar inventário de SSTA para carga durante períodos de pico de vazão. O arraste de sólidos reduz
orgânica presente. a quantidade de SSTA e aumenta a relação F/M.
• Verificar se o efluente clarificado saindo do decantador • Tentar manter taxa de O.D. entre 1,5 a 2,0 mg/l . Certificar de
secundário se esta arrastando sólidos. Efluente com aparência ocorrência de mistura completa no tanque de aeração
turva. enquanto tenta-se manter valores de O.D.
• Verificar valores de O.D. no tanque de aeração. • Inocular com lodo ativado de outro reator com boa operação.
• Considerar inoculação de semente de lodo ativado de outro • Reduzir perdas/descartes diária para no máximo de 10%, até
reator. que processo atinja valores próximos aos parâmetros de
• Monitorar os parâmetros da ETE e sua tendência para: controle. Aumentar taxa de retorno minimizando arraste de
Redução de SSVTA |Redução de idade do lodo | Aumento de sólidos do decantador secundário. Manter profundidade da
F/M |Redução da aeração para mesmo níveis de O.D. | camada de lodo entre 30 a 90 cm no fundo do decantador.
Aumento da taxa de descarte. • Restabelecer nova cultura de lodo ativado. Se possível
• Verificar taxa de respiração. O distúrbio é devido a tóxicos ou descartar o lodo tóxico do processo sem recirculação ou
bactericidas se a taxa de respiração é extremamente baixa retorno para o processo. Se possível, obter inoculo de outra
(menos de 5 mg/g.h). Coletar amostra de SSTA e testar para unidade.
metais, bactérias e temperatura. • Policiar descartes nas redes de efluentes/esgotos
• Verificar e monitorar afluente para variações significativas de • Corrigir como decorrente de Agrupamento e Flotação de Lodo
temperatura. (contido nesta síntese).
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• Modificar a distribuição de modo a equalizar o efluente e RL III. ESPUMA GROSSA MARROM ESCURA NA SUPERFÍCIE DO
para cada tanque de aeração. Concentrações de SSTA, RL e TANQUE DE AERAÇÃO
O.D. devem ser uniformes para tanques múltiplos.
Motivação
• Tanque de aeração encontra-se criticamente sub-carregado.
II. ESPUMA MARROM ESCURA E BRILHANTE NA SUPERFÍCIE DO Baixíssimo F/M devido a baixa descarga do lodo.
TANQUE DE AERAÇÃO • Entrada de escuma nos tanques de aeração
Monitoramento
Motivação • Verificar e monitorar tendências para: Aumento de SSVTA |
• Tanque de aeração aproximando-se de condições de baixa Aumento de idade do lodo | Redução de F/M |Aumento da
carga (Baixa F/M) devido a insuficiente descarte de lodo no aeração para mesmo valores de O.D. | Redução dos valores de
processo. descarte | Aumento de concentração de nitrato no efluente
Monitoramento secundário (acima de 1,0 mg/l) |Aumento na demanda de
• Verificar e monitorar o efluente e taxas de retorno de lodo
cloro no efluente secundário | Redução no pH do efluente do
para cada tanque. Desequilíbrio pode sobrecarregar de SSTA
tanque de aeração
nos tanques de aeração.
• Verificar e monitorar o efluente e taxas de retorno de lodo
• Verificar e monitorar tendências para: aumento de SSVTA |
para cada tanque. Desequilíbrio pode sobrecarregar de SSTA
aumento de idade do lodo | redução de F/M | aumento da
nos tanques de aeração.
aeração para mesmo valores de O.D. | redução dos valores de
• Verificar: óleos e graxas no efluente | sistema de coleta de
descarte. | Aumento de temperatura.
escuma primário
Correção
Correção
• Aumentar taxa de descarga para até 10% por dia até o
• Aumentar taxa de descarga para até 10% por dia até processo
processo aproximar-se dos valores normais dos parâmetros
aproximar-se dos valores normais dos parâmetros de
de operação e presença de pequena quantidade de espuma
operação e presença de pequena quantidade de espuma clara
clara observada na superfície do tanque de aeração.
observada na superfície do tanque de aeração.
• Equalizar efluente e recirculação para cada tanque de aeração.
• Equalizar o efluente e recirculação para cada tanque de
aeração.
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concentração de nitrato no efluente secundário para constatar • Se a diferença de temperatura exceder 2 a 4 ºC entre topo e
processo de nitrificação, se não ocorre liberação de bolhas, fundo do decantador, tirar de operação 1 ou mais
não está ocorrendo nitrificação. decantadores.
• Verificar a temperatura ao longo do decantador. • Modificar ou instalar chicanas adicionais nos decantadores.
• Verifique as chicanas de entrada e saída para ter uma • Equalizar escoamento ajustando níveis de vertedores,
distribuição apropriada dos sólidos no decantador válvulas, etc.
• Verificar distribuição de vazão para cada tanque de aeração e • Se a velocidade ascensional exceder a capacidade de projeto,
decantador. utilizar decantadores adicionais, se possível.
• Verificar a velocidade ascensional na superfície do decantador • Ampliar o sistema de lodos ativados, com a construção de um
para vazões médias e de pico. novo decantador ou tanque de aeração, ou aumentar o
• Verificar taxa de aplicação de sólidos descarte de lodo de maneira que a reduzir o SSTA para um
• Verificar camada de lodo no decantador F/M apropriado.
• Verificar arredores do decantador para ventos excessivos • Se a carga de sólidos se encontra correta, mas a camada de
• Verificar modalidade do processo lodo está muito alta, aumentar taxa de retorno e, se possível,
• Verificar resultados da JAR-test mudar a alimentação para o processo de estabilização por
• Verificar infiltração ou vazão de alimentação excessivos. contato, de forma a transferir o lodo do decantador para o
Correção tanque de aeração. Aumentar taxa de descarte se a idade do
• Reparo ou troca de equipamento danificado a. recalibrar lodo está muito alta.
medidores de vazão: desentupir bombas ou tubulações | • Providenciar protetor para ventos caso decantador de
reparar equipamento | reparar ou substituir partes grandes dimensões.
danificadas | nivelar vertedores • Se possível, alterar processos para reaeração do lodo ou modo
• Ajustar taxas de retorno e coletor de lodo e velocidade do de estabilização por contato.
mecanismo coletor. Se possível, manter profundidade da • Acrescentar polímero ou sulfato alumínio como medida
camada de lodo de 30 cm a 1 m do fundo do decantador. temporária.
• Dos resultados dos testes: se ocorre nitrificação, verificar • Determinar programa de redução de vazão/infiltração.
tabela agrupamento e flotação de lodo- item 1 | se não ocorre
nitrificação, verificar causa acima e tabela flocos dispersos
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• Verifique a sedimentabilidade do licor misto através de teste • Se O.D. apresenta-se baixo somente à entrada dos tanques que
de sedimentabilidade estão sendo operados com sistema "seqüencial", alterar para
• Verificar O.D. em diversos pontos do tanque alimentação escalonada ou mistura completa, ou usar aeração
• Verificar e monitorar pH do afluente se possível.
• Verificar ocorrência de nitrificação no processo devido a • Clorar o RL em 2 a 3 kg/dia/1000kg SSTA.
elevada temperatura ou baixo F/M • Acrescentar produtos para sedimentação, se possível para
• Verificar a presente de filamentos na água residuária afluente. reduzir efeitos enquanto o problema está sendo corrigido.
• Verificar nos fluxos secundários a presença de aglomerados • Se o pH for inferior a 6,5, verificar a origem do efluente
filamentosos industrial. Se possível parar ou neutralizar descarga na
• Verificar solubilidade de DBO5 ao longo do tanque de aeração origem, ou antes o tanque de aeração.
Correção • Caso impossibilidade de executar item acima, elevar o pH
• Se o nível de nutrientes é menor que a taxa média, realize adicionando produto alcalino como bicarbonato de sódio,
testes procurando dosar nutrientes através da adição de soda caustica ou cal no afluente do tanque de aeração.
nitrogênio (amônia anidra), fósforo (fosfato trisódico) e/ou • Se não há necessidade de nitrificação, aumentar valor de
ferro na forma de cloreto férrico descarte para até 10% por dia para interromper nitrificação.
• Realize teste para melhoramento das características de • Se necessária nitrificação elevar o pH adicionando produtos
sedimentabilidade do lodo através da adição de nutrientes alcalinos como bicarbonato de sódio, soda caustica ou cal no
• Clorar o RL a 2 a 3 Kg /dia/1000 Kg SSVTA. afluente do tanque de aeração.
• Acrescentar produtos para sedimentação, se possível para • Clorar o RL em 2 a 3 kg/dia/1000kg SSTA.
reduzir os efeitos enquanto o problema está sendo corrigido. • Acrescentar produtos para sedimentação, se possível para
• Se a média de O.D. encontra-se inferior a 0,5 mg/l, aumentar a reduzir os efeitos enquanto o problema está sendo corrigido
aeração até obtenção de valores de 1,5 a 4,0 mg/l ao longo do • Clorar o afluente em dosagens de 5 a 10 mg/l. Se necessário
tanque. alta dosagens, efetuar com cautela. Aumentar dosagens em
• Se O.D. próximo a zero em alguns pontos do reator, porém incrementos de 1,0 a 2,0 mg/l
com 1,0 mg/l ou mais em outras localidades: aumentar • Otimizar performance de outras unidades do processo.
velocidade dos aeradores se possível ou aumentar a elevação Expandir processos das unidades.
do vertedor de saída ou a submergência dos rotores. • Avaliar a alteração do processo para alimentação escalonada
ou fluxo pistão.
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• Baixo SSTA nos tanques de aeração devido a partida do • Se grande presença de flagelados ou amebas, sistema pode
sistema. encontra-se sobrecarregado
• Aumento da carga orgânica. • Se o F/M está acima do normal, reduzir taxa de descarte de
• Choque por carga tóxica lodo para até 10% por dia para retornar o processo ao nível
• Aeração excessiva causando cisalhamento dos flocos adequado de F/M e aumentar a taxa de retorno para
• Baixo O.D. nos tanques de aeração minimizar a camada de lodo e transferir sólidos para o tanque
Monitoramento de aeração.
• Consultar guia de resolução de problemas - problemas de • Ajustar a taxa de aeração para O.D. entre 1,5 e 4,0 mg/l
formação de espumas - item 1 • Adicionar coagulantes como sulfato de alumínio, cloreto
• Examinar licor misto e RL no microscópio. Verificar presença férrico ou polímero para ajudar a sedimentação dos flocos
e atividade de protozoários. • Caso protozoários presentes, mas inativos, possível carga
• Verificar F/M Incluir carga de DBO de linhas do processo tais tóxica recente no processo. Reduzir descarga, mas manter
como sobrenadante do espessador, filtrados, etc. operação normal
• Verificar O.D. no tanque de aeração • Se os protozoários forem poucos ou ausentes, e O.D. adequada
• Examinar licor misto e RL no microscópio. Verificar presença indicam carga tóxica no processo. Se tóxicos ainda presentes
e atividade de protozoários. no sistema, manter descarte normal ou aumentar
• Verificar se a taxa de respiração no licor misto teve rápido continuamente o descarte por alguns dias para limpeza do
decréscimo. processo. Se a carga tóxica já passou pelo sistema obter
• Verificar presença de tóxicos em amostras compostas do inóculo de lodo e interromper descarte até crescimento de
afluente e no licor misto. microrganismos.
• Examinar licor misto no microscópio. • Se esta menor que 5mg/g.h, provável ocorrência de choques
• Verificar flocos dispersos ou fragmentados para presença e de toxidade.
atividade de protozoários. • Se constatado presença de metais no licor misto, considerar
• Examinar licor misto no microscópio para presença e aumento de descarte por aproximadamente uma semana para
atividade de protozoários. Verificar F/M e O.D. limpeza do sistema também, tentar localizar fonte geradora
Correção de resíduos tóxicos.
• Se poucos ou ausência de protozoários, provável ocorrência
de choque orgânico.
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• Se protozoários ativos e saudáveis e flocos dispersos, • Verificar se a aeração e mistura são adequadas nos tanques de
consultar guia de resolução de problemas - tabela de aeração.
problemas de aeração item 1. Correção
• Caso poucos ou nenhum protozoário, F/M inferior ou na faixa • Aumentar taxa de descarga para até 10% por dia até processo
normal de valores, baixa O.D., consultar tabela de problemas aproximar-se dos parâmetros normais de operação para os
de aeração itens 2 e 3. valores médios de carga orgânica. Se necessária nitrificação,
evitar descarte excessivo.
• Consultar guia de resolução de problemas - tabela de
FLOCOS DISPERSOS problemas de aeração.
• Adicionar coagulante como sulfato de alumínio, cloreto férrico
I. FLOCO FINO E DISPERSO (APROXIMADAMENTE DO ou polímero para ajudar a sedimentação dos flocos.
TAMANHO DA CABEÇA DE ALFINETES),
ALFINETES), ESTENDENDO-
ESTENDENDO-SE AO
LONGO DO DECANTADOR COM PEQUENOS AGLOMERADOS II. PEQUENAS PARTÍCULAS COM APARÊNCIA DE CINZAS
NA SUPERFÍCIE E SAINDO PELOS VERTEDORES. FLUTUANDO NO DECANTADOR E NO TESTE DE
SEDIMENTABILIDADE RAZOÁVEL. LODO DENSO NAS PARTES SEDIMENTABILIDADE DO LICOR MISTO.
INFERIORES E FLOCOS SUSPENSOS EM SOBRENADANTE
RELATIVAMENTE LIMPO.
Motivação
• Início de nitrificação
Motivação
• Tanque de aeração aproximando-se de condição de sub- • Grande quantidade de gordura no licor misto
alimentação (baixo F/M) devido a presença de lodo velho no • F/M extremamente baixo e além da taxa de aeração
sistema. prolongada (inferior a 0,05)
Monitoramento Monitoramento
• Verificar e monitorar tendências para: aumento de SSVTA • Agitar os flocos do clarificado no teste de sedimentação
|aumento da idade do lodo |redução de F/M |aumento da • Verificar análise de gordura do SSTA, e verificar sistema de
aeração para mesmo valores de O.D. |redução dos valores de remoção de gordura e óleo primários
descarte |redução de carga orgânica (DBO ou DQO) no • Verifique a quantidade de gordura presente no efluente bruto
afluente secundário. • Verificar e monitorar tendências para: aumento de SSVTA
|aumento da idade do lodo |redução de F/M |aumento da
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aeração para mesmos valores de O.D. redução dos valores de LICOR MISTO SEDIMENTA VAGAROSAMENTE, DEIXANDO
descarte |redução de carga orgânica (DBO ou DQO) no FLOCOS LEVES PRESENTES NA SUPERFÍCIE DO VASO.
afluente secundário.
• Verificar sedimentabilidade do licor misto Motivação
• Verificar pequena quantidade de espuma fina na superfície do • Sobrecarga no tanque de aeração (elevada F/M), resultando
decantador em um lodo recente e de baixa densidade.
Correção Monitoramento
• Se os flocos flutuantes liberam bolhas e sedimentam, • Verificar e monitorar tendências para: diminuição de SSVTA
consultar item referente a agrupamento e flotação de lodo, se |diminuição de idade do lodo |Aumento de F/M diminuição
não ocorre sedimentação, consultar causas abaixo. da aeração para mesmo valores de O.D.
• Se a quantidade de gordura superar 15% do peso de SSTA, • Verifique a programação de descarte
aprimorar sistema de remoção de gordura/óleo primário. • Verifique se as cargas orgânicas dos fluxos secundários
• Implantar ou otimizar o sistema de remoção de gordura / óleo contribuem significativamente para a operação de todo o
no tratamento primário ou policiar a geração na origem. processo
• Se presença de lodo como cinzas é significante a ponto de Correção
alterar a qualidade do efluente devido acréscimo de sólidos • Diminuir a taxa de descarte, para não mais que 10% diário, de
suspensos, aumentar taxa de descarga para até 10% por dia maneira a retornar o sistema as condições normais de
para aumentar F/M e reduzir idade do lodo para valores operação.
ótimos de parâmetros • Evitar a descarga no sistema nos momentos em que a carga
• Caso ocorra rápida sedimentação, deixando partículas em orgânica esteja alta.
suspensão, reduzindo a qualidade do efluente, aumentar • Inclua a DBO de todos os contribuintes no cálculo de F/M.
descarga segundo item descrito acima.
• Caso ocorrendo a redução na qualidade do efluente, aumentar
descarga segundo itens acima.
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e não precisa ser removido dentro de um longo prazo de operação da O tratamento do lodo tem como objetivo reduzir o volume
estação, ocorrendo apenas necessidade de eventuais descargas ou (por meio da redução da umidade) e o teor de matéria orgânica (pela
remoção mecânica. estabilização do lodo).
O material gradeado e a areia são respectivamente tirados do Usualmente, o tratamento do lodo inclui uma ou mais das
sistema diária e semanalmente, dependendo das condições climáticas. seguintes etapas:
Esses dois tipos de resíduos devem ser dispostos em valas na área da
• Adensamento: redução de umidade (lodo ainda líquido);
ETE ou em aterros sanitários licenciados.
• Estabilização: redução de matéria orgânica;
No caso de serem armazenados temporariamente em • Desidratação: redução adicional de umidade (lodo sólido).
caçambas, o material gradeado e os sobrenadantes retirados das
unidades devem ser cobertos com cal, de modo que seja minimizada a
geração de odores e de insetos.
A frequência de remoção do lodo varia de acordo com o tipo
LEITOS DE SECAGEM
de sistema, como indica o quadro abaixo: Essas unidades visam a obter condições adequadas para a
disposição final dos lodos. A água é removida para concentrar os
sólidos, diminuindo seu volume. Em resumo, trata-se de separar o
ETAPA DE SISTEMA DE FREQUÊNCIA DE sólido do líquido. É utilizado um meio de areia para o escoamento da
TRATAMENTO TRATAMENTO REMOÇÃO DE LODO água livre e a evaporação pela exposição ao ambiente.
Primário Tratamento Primário Horas
ROTINA DE OPERAÇÃO
Reatores Anaeróbios Semanas
• Remover o lodo, quando seco, encaminhando-o para
Secundário Lodos Ativados Contínuo
disposição em valas na área da ETE, com recobrimento, ou em
Filtros /Biofiltros Horas aterro sanitário preferencialmente licenciado;
• Repor, sempre que necessário, a areia removida junto com o
lodo;
O tratamento e a disposição final do lodo nos sistemas com • Retornar com o líquido percolado para a fase líquida do
remoção frequente são partes integrantes e fundamentais do tratamento.
processo de tratamento dos esgotos. Ampla atenção deve ser dada à
questão.
BIODIG LA 29
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LEITO DE SECAGEM
(a) Leito carregado com lodo fresco; (b) Lodos seco
AMOSTRAGEM
A amostragem constitui-se da coleta de determinada porção
do esgoto em volume tal que permita uma boa caracterização em
laboratório e que seja representativa quanto à determinação da sua
qualidade - esse procedimento, juntamente com a medição da vazão,
permite acompanhar as cargas e a eficiência do tratamento.
A amostragem pode ser:
• Simples: uma única amostra no ponto de coleta;
(a) (b) • Composta: várias amostras coletadas no mesmo ponto, em
horários diferentes.
As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
POÇO DE LODO ABNT, NBR 9897/87 e NBR 9898/87 descrevem o planejamento de
amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores e os
No caso de ETE´s de pequeno porte, a utilização de poços de procedimentos para preservação de amostras e técnicas de
lodo em substituição ao leito de secagem deve-se especialmente pela amostragem, respectivamente.
facilidade de manuseio e operação desse sistema, que, em geral,
envolve apenas um operador. CUIDADOS A SEREM SEGUIDOS
O objetivo é reservar temporariamente o lodo descartado, • O ponto de coleta deve ser, sempre que possível, um ponto de
para em seguida ser removido através de caminhões limpa-fossa. turbulência, de modo a obter-se boa mistura;
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• A coleta de uma amostra deve ser feita a alguns centímetros • Acompanhar a emanação de odores e providenciar medidas
abaixo do nível da água, evitando-se, assim, a influência dos de minimização de impacto, principalmente, em caso de
sólidos flutuantes, que tornariam a amostra não significativa; proximidade de núcleos populacionais.
• As amostras nem sempre poderão ser rapidamente
analisadas, sendo, nesses casos, necessário preservá-las em LAVADOR DE GASES
recipientes com gelo, até o momento da análise, de tal forma
que as características do esgoto não sejam alteradas; É uma estrutura que acopla os tubos de coleta e descarte dos
• Os pontos de amostragem deverão ser locais de fácil acesso, gases dos reatores, composto por um leito de carvão ativado com
simples de serem identificados e selecionados de modo que granulometria 8 x 30 mesh.
caracterizem a evolução do tratamento;
• É essencial a utilização dos EPIs para coletar as amostras. ROTINA DE OPERAÇÃO
• Verificar se há exalação de odores característicos no tubo de
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO saída.
São as instalações algumas vezes obrigatórias nos sistemas de
esgotamento. Devem ser utilizadas nos trechos em que, por razões
técnicas e econômicas, o esgotamento por gravidade não se mostrar
possível. Tais instalações exigem manutenção permanente e
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
cuidadosa.
a) O operador da ETE deverá utilizar equipamentos de proteção
ROTINA DE OPERAÇÃO individual, tais como: luvas, botas, máscara e bata.
b) Devem ser seguidas todas as orientações dos fabricantes
• Verificar o funcionamento dos conjuntos elevatórios; se referentes à manutenção e à operação de equipamentos como:
houver alguma anormalidade, providenciar os reparos; lubrificação, limpeza, conservação, ajustes e recomendações de
• Fazer a manutenção periódica das bombas, sempre deixando uso.
uma de reserva; c) O operador deverá adotar hábitos de higienização adequados e
• Alternar a utilização das bombas, no caso de bomba reserva, suas mãos devem ser lavadas e desinfetadas sempre após o
não deixando equipamentos parados por longos períodos; trabalho na ETE.
• Manter a bomba em funcionamento periódico, evitando d) Não será permitido o acesso de pessoas estranhas e de animais à
grandes períodos de paralisação de alimentação da ETE; ETE.
e) Deve-se evitar o máximo possível, o contato direto com os
esgotos. Caso haja contato, deve-se lavar e desinfetar as partes do
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BIODIG LA 32
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• Régua, tabela de conversão e ficha de campo para registro de Quadro 4.1 – Frequência de monitoramento dos parâmetros físico-químicos
medições de vazão; da ETE
• Rastelo para limpeza da grade;
Reator
• Comparador colorimétrico com escalas para cloro residual (0 Parâmetro Afluente LA Efluente
UASB
a 3 ppm) e para pH (faixa mínima de 4 a 10);
pH Diária Diária - Diária
• Cone Imhoff para medição de sólidos sedimentáveis; Temperatura (°C) Diária Diária - Diária
• Tambor de lixo com tampa para armazenamento temporário Alcalinidade (mgCaCO3/L) Semanal Semanal - Semanal
do material insalubre retido na grade e na caixa de areia; Ácidos graxos voláteis (mg Semanal Semanal - Semanal
HAc/L)
Para as atividades de manutenção, segurança e higiene Sólidos totais (mg/L) - Mensal Mensal -
pessoal: Sólidos sedimentáveis Semanal - Semanal Semanal
(mL/L)
Produção de biogás (m³/d) - Diária - -
• Pá quadrada; OD (mg/L) - - Semanal -
• Enxada; DQO (mg/L) Semanal - - Semanal
• Ferramentas básicas (chave de fenda, alicate, martelo, trena, DBO (mg/L) Quinzenal - - Quinzenal
etc); Nitrato (mg/L) Mensal - - Mensal
• Hastes metálicas para levantar tampas de acesso; Nitrito (mg/L) Mensal - - Mensal
• Kit de primeiros socorros; Amônia (mg/L) Mensal - - Mensal
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Fósforo total (mg/L) Mensal - - Mensal O prazo de vigência da garantia é iniciado a partir da data de registro
Cloro residual (mg/L) - - - Semanal de fabricação dos equipamentos.
Coliformes fecais Mensal - - Mensal
(NMP/100 mL)
__________________________________________________________
FIBRATECNICA
TERMO DE GARANTIA
A FIBRATÉCNICA – FIBRA REVESTIMENTOS E SERVIÇOS TÉCNICOS
LTDA, garante por 05 (cinco) anos todas as estruturas em PRFV, que
compõe o sistema de tratamento. Para os demais acessórios, serão
oferecidos com os prazos equivalentes as garantias ofertadas pelos
próprios fabricantes
Esta garantia não cobre defeitos decorrentes de falhas nas estruturas
de apoio e ou sustentação ou por operações indevidas.
A FIBRA TÉCNICA, garante a funcionalidade dos equipamentos,
condicionado a operação adequada, qualidade sanitária dos afluentes
a ETE, concentrações máximas, vazões afluentes, e conformidade de
todos os demais parâmetros, como adotados no projeto.
Como condicionante dessas garantias, há qualquer tempo, se ocorrer
qualquer vestígio de falhas nas estruturas de PRFV (vazamentos,
trincas, rachaduras, etc.) independentemente do tempo de fabricação,
a FIBRA TÉCNICA deverá ser imediatamente informada, para devidas
providências.
Este termo só é valido quando apresentado o registro que comprove a
operação assistida do sistema, por uma pessoa física ou jurídica,
devidamente qualificado através de Registros de Anotações Técnicas,
com fins específicos, emitidos por um Conselho Profissional,
reconhecido a nível nacional.
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