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Universidade Federal do Pará

Campus Ananindeua
Faculdade de Química

Docente: Aluísio Fernandes da Silva


Discentes: Ananda Reis, Dalciane
Santos, Raquel Salomão, Katy Wendy
Carvalho,

Disciplina: Fundamentos e Metodologia da Educação Básica


Resenha Crítica

Ananindeua/PA
2023
LIBANO, José Carlos, et, al. Educação Escolar, Políticas, Estrutura e Organização. 10
ed. São Paulo: Revista e ampliada, 2012. P. 231-248

José Carlos Libâneo é um intelectual, educador e escritor brasileiro, nascido em


1945. Através da escrita, contribui para o entendimento do processo educacional
para educadores.

No livro: Educação Escolar, Políticas, Estrutura e Organização, capítulo 3, páginas


231-248, os autores abordam quatro temáticas importantes para o processo de
formação da escola pública sendo elas, “A construção da escola pública”, “As
modalidades de educação”, “Educação escolar”, “As diferentes concepções de
educação escolar”, que trazem de maneira clara e concisa a trajetória das escolas
públicas até os dias atuais.

Assim, a construção das primeiras escolas no Brasil criadas pelos Jesuítas em


1549 quando chegaram ao Brasil, sendo essas escolas missionárias com intuito de
buscar seguidores e catequizar e instruir os índios para que pudessem viver como
cristãos forçando uma imposição de outra cultura, a cristã. Esses primeiros modelos
de escolas eram destinados em especial a Elite.

Apenas no século 18, iniciou-se a educação pública estatal, na França e Alemanha,


mas não atendia ao filho do trabalhador. É mais uma vez a elite saia em vantagem e
a minoria em desvantagem. A partir do processo de industrialização, viu-se a
necessidade de trabalhadores alfabetizados que soubessem ler, escrever e calcular.

Na atualidade não é diferente, a implementação de novos cursos técnicos,


tecnológicos, especializações em diversas áreas do saber tem um interesse maior
que contribuir com a educação, chama-se, capitalismo. A elite quer trabalhadores
que contribuam com o capital de suas empresas e não concorrência, por isso, há
uma preparação direta para o mercado de trabalho em muitas escolas.

As modalidades de educação, estão ligadas a costumes, leis, religião e práticas


familiares, ou seja, as relações e ambientes que formam a vida social do indivíduo.
A educação escolar foi um mecanismo de controle social criado para tornar o povo
obediente e inferior à condição de trabalho (uma divisão de classe baseada em
conhecimento), tudo dosado conforme o capital. Isso fez com que surgisse as
diversas áreas profissionais que conhecemos e que quer queira ou não, acabam por
dividir a sociedade em cargos profissionais superiores ou inferiores.

No entanto, criar um mecanismo de controle social foi um meio que o estado


conseguiu, depois da luta da classe trabalhadora para que seus filhos pudessem ter
acesso à escola, como se fosse uma moeda de troca, a escola prepara para o
mercado de trabalho, o pai trabalha para gerar capital para seu empregador em
troca sua carteira é assinada com um valor salarial fixo, sem direito a falta para que
não seja descontado de seu salário, enquanto o filho é preparado para ser inserido
no mesmo modelo de vida.

Além disso, existem diferentes concepções de educação escolar, cada uma com
suas tendências escolásticas e conceitos diferentes. O autor reafirma que mesmo
existindo tendências escolásticas, todo o processo que a educação sofreu ao longo
da história, a dificuldade da classe trabalhadora em ter acesso a sala de aula e as
dificuldades enfrentadas pelas escolas públicas, a educação é uma chave poderosa
para o desenvolvimento pessoal, intelectual, moral do indivíduo e que o capitalismo
reforçou que a educação podia ser mecanismo de controle social.

Portanto, as tendências relacionadas à escola apresentam- se na atualidade


difusas no âmbito da investigação e prática escolar por conta de um modelo de
escola tradicional, que passa uma ideia que a escola é uma obrigação para se ter
igualdade de oportunidades. E ainda faz, referência que as escolas estão baseadas
em quatro tipos de pedagogia, a tecnicista, tradicional, a nova e a sociocrítica que
estão entrelaçadas a várias correntes de pensamentos. O ensino é uma chave para
o desenvolvimento cognitivo, social, mas para isso precisa trabalhar competências e
habilidades cognitivas do aluno e a participação dele como sujeito da aprendizagem.
O professor em sala de aula, pode incentivar por meio de atividades motivacionais,
competências e habilidades adquiridas ao longo de sua formação para que possa
explorar a habilidade de cada aluno, não com a perspectiva de formá-lo para o
mercado de trabalho, mas para que seja capaz de discutir, resolver e investigar
novos campos de conhecimento com a capacidade de ser um indivíduo ciente de
suas ações e escolhas.

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