Sex 28 Ago 09

Ano II,115.ª Edição

Director
FRANCISCO COELHO DA ROCHA

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geral@verdadeiroolhar.pt

EUR 0,60 (IVA incluído)

Semanário de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel

Julgamentos com juri começam em Setembro paredes

assaltos Mulher vítima

de carjacking

aos ctt
Os carjackings voltaram à região
do Vale do Sousa. Desta vez, a
vítima foi uma mulher com uma
idade compreendida entre os 30

Podem
e os 35 anos a ser ameaçada com
uma arma por quatro indivíduos
que se deslocavam em duas via-
turas diferentes.

paralisar
Pág. 02

penafiel

tribunais
Agrival
até domingo

da região
Vai começar o julgamento dos
homens acusados de terem rea-
lizado quase duas dezenas de as-
saltos às estações dos CTT e su-
permercados, entre Dezembro de
2007 e Junho de 2008.
Paços de Ferreira
No banco dos réus estarão um
desempregado, residente em Mou-
riz e com 37 anos, um jovem de 28
anos de Lordelo e um operário da
construção civil também com 28
anos, mas residente em Paredes.
Decorre até domingo aquela que
se afirmou como a maior feira
agrícola do Vale do Sousa, mas
que hoje se transformou no prin-
cipal evento popular desta região
que agrega seis concelhos.
O certame contou já com a
Será pre- actuação de Herman José. O hu-
cisamente em Paredes que, morista protagonizou um espec-
a 17 de Setembro, um Tribunal de táculo entre tractores e exem-
Júri julgará apenas os assaltos plares de gado bovino e cavalar,
cometidos neste concelho. Pág. 03 situação que foi repetida na noite
seguinte pelos Irmãos Verdades
Pág. 11
penafiel

mulher assassinada apreendidos paços de ferreira

por divergências 75 quilos de cannabis Marisa Barros
familiares A GNR de Penafiel não tem ção Criminal (NIC) descobriram melhor europeia
dado descanso aos produtores de
cannabis. Só neste mês, os ele-
quatro plantações caseiras em
Penafiel e Paredes e apreendeu 75
nos Mundiais
mentos do Núcleo de Investiga- quilos de droga. Pág. 09 de Atletismo
A pacense, Marisa Barros, con-
lousada quistou esta semana o sexto lu-

comerciante dispara gar na Maratona dos Mundiais

de Altetismo em Berlim. A atleta,

sobre assaltantes que já é a melhor maratonista

O dono de um café em Alvaren-
ga, Lousada, disparou sobre um
grupo de quatro homens que, na
madrugada de terça-feira, esta-
vam a assaltar o estabelecimento
Pág. 16
comercial.
Todos conseguiram fugir, mas
dois dos indivíduos deram entrada,
na manhã seguinte, no Hospital S.
João, no Porto, e foram constituí-
dos arguidos. A mesma medida foi
aplicada ao dono do café. Pág. 14
portuguesa desde Rosa Mota e
Manuela Machado, terminou a
prova com 2:26:50 horas, a ape-
nas um minuto e meio da campeã
mundial Xue Bai (China) e a um
minuto e 18 segundos da meda-
lha de bronze. Pág. 15

PUB
02 Sexta-feira, 28 Ago 2009
paredes
Em Cucujães
Atletismo
do Astronomil
participou
na Corrida
do Mártir
Após algumas semanas sem
competir, até porque em Agos-
to são poucas as provas que
se realizam, o Casas Adriano
Astromil Clube participou pe-
la primeira vez na Corrida do
Mártir, em Cucujães.
“A prova principal, com uma
distância de nove quilómetros,
tem um percurso muito exigen-
te, com uma longa e dura subi-
da logo no início. O calor que se
fazia sentir tornou as condições
ainda mais difíceis”, informou
o Astromil.
Segundo o clube, os oito
atletas que competiram obtive-
ram os seguintes resultados:
Infantis masculinos
Miguel Silva – 7.º
Alexandre Silva – 8.º
Mário Oliveira – 9.º
Colectivamente – 2.º lugar
Juvenis femininos
Rita Silva – 4.ª
Juniores/seniores femininos
Sílvia Cavadas – 7.ª
Juniores/seniores
masculinos
João Cavadas – 5.º
José Areias – 23.º
Veteranos 40-49
Ilídio Oliveira - 7º
Em Julho, no dia 26, a equipa
fez-se representar na Ultra Ma-
ratona Atlântica, em Grândola.
João Cavadas foi o represen-
tante do Astromil nesta prova
de 43 quilómetros, desde Me-
lides até Tróia, percorrendo to-
das as praias do concelho. Em
2008, o atleta foi o 10.º da geral
e o vencedor em veteranos 40-
44, e este ano desceu um lugar
em ambas as classificações: foi
11.º da geral e 2.º em veteranos
40-44. Ainda assim, bateu o re-
corde nesta prova, terminando
com o tempo de três horas, 30
minutos e 38 segundos, menos
16 minutos que a sua anterior
melhor marca.
Jovem seguia no sentido Paredes – Paços de Ferreira quando foi parada por quatro homens
Mulher vítima de carjacking
em pleno Barro Branco
● Vítima foi ameaçada com uma arma por quatro indivíduos
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
Os carjackings voltaram à re-
gião do Vale do Sousa. Desta vez,
a vítima foi uma mulher com uma
idade compreendida entre os 30
e os 35 anos a ser ameaçada com
uma arma por quatro indivíduos
que se deslocavam em duas viatu-
ras diferentes.
Em poucos minutos, a vítima
Núcleos de Rebordosa e de Paredes/Cidade não sabem o que aconteceu às propostas entregues há três meses
Núcleos acusam:
Mais de uma centena de novos
militantes “retidos” na sede do PSD
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
Dois dos cinco núcleos do
PSD/Paredes estranham o facto
de a Comissão Política Concelhia
manter retida, desde Maio, mais
de uma centena de fichas de ins-
crição de militantes. O Núcleo de
Rebordosa diz mesmo que não es-
tá satisfeito com uma situação ne-
gada, no entanto, pelo presidente
do PSD/Paredes.
Celso Ferreira avisa mesmo os
social-democratas rebordosenses
para se manterem concentrados
na campanha eleitoral.
Núcleo Paredes/Cidade
também tem militantes retidos
O caso remonta à data do último
Plenário do PSD, realizado em Re-
bordosa. Nessa altura, o Núcleo
local anunciou a angariação de 73
novos militantes, mas recusou-se
a entregar as respectivas fichas
de inscrição à Comissão Políti-
ca Concelhia. “Já na altura não
confiávamos na actual Comissão
Política”, explica, hoje, Arnaldo
ficou apeada no meio da estrada e
teve de recorrer à ajuda dos habi-
tantes das casas mais próximas.
Audi A4 ficou bloqueado
no meio de duas viaturas
Às 23h50 de sexta-feira da se-
mana passada, uma carrinha
Audi A4 de 2005 subia o Barro
Branco, na freguesia de Bestei-
ros, concelho de Paredes. No
seu interior, seguia uma mulher
● António Ferreira foi fiel depositário das fichas de inscrição
Barbosa, dirigente daquele órgão
rebordosense.
Assim sendo, o Núcleo de Re-
bordosa concordou em entregar
as fichas dos novos militantes ao
presidente do Plenário, António
Ferreira, que, entretanto, se tinha
disponibilizado para ser o fiel de-
positário dos documentos.
Essa entrega realizou-se sema-
nas mais tarde, durante a apre-
sentação de Celso Ferreira como
que, de repente, viu-se ultra-
passada por um Renault Méga-
ne. Instantes depois, esse carro
parou abruptamente a marcha,
obrigando a condutora da Audi
A4 a fazer o mesmo.
Atrás, seguia uma outra viatu-
ra que, de igual modo, impediu a
mulher de inverter a marcha. E foi
precisamente desta viatura que
saíram dois indivíduos, que logo
foram ao encontro da jovem.
candidato à Câmara Municipal
de Paredes, e é confirmada pelo
próprio António Ferreira. “Recebi
as fichas de inscrição e entreguei-
as na Comissão Política, na sede
do partido. O funcionário poderá
confirmar a recepção, mas daí pa-
ra a frente tudo o que aconteceu já
me transcende”, refere Ferreira.
Três meses depois, porém, as
mesmas fichas continuam sem
chegar à sede nacional do partido,
A estes juntaram-se outros
dois homens do carro da frente e
todos, um dos quais recorrendo
à ameaça de uma arma, obriga-
ram a mulher a sair da viatura.
Acto contínuo, um dos assal-
tantes sentou-se ao volante da
Audi A4, enquanto os outros re-
gressaram às suas viaturas, e os
três carros colocaram-se em fuga
em direcção a Paços de Ferreira,
cidade com vários nós de acesso à
auto-estrada A42.
Vítima apresentou-se confusa
e sem conseguir identificar
os criminosos
A vítima de carjacking não foi
alvo de qualquer agressão, mas
acabou por ficar abandonada em
plena EN 319. Sem telemóvel para
alertar a GNR, a mulher recorreu
aos habitantes daquele lugar da
freguesia de Besteiros e acabou
por apresentar queixa no posto da
Guarda de Paredes.
A viatura roubada pertencia a
um homem residente em Mouriz,
outra das freguesias do concelho
de Paredes, e até ao momento as
forças da autoridade ainda não
têm qualquer suspeita dos autores
deste carjacking.
onde têm de ser aprovadas pela
Comissão Política Nacional. “Já
confirmámos em Lisboa e as fichas
ainda não foram entregues. Não
estamos nada contentes com esta
situação”, refere Arnaldo Barbosa.
Também o Núcleo Paredes/
Cidade entregou 52 militantes no-
vos que continuam sem ver a sua
militância aprovada. “Aguardo
pacientemente que os mesmos dê-
em entrada na Comissão Política
Nacional”, afirma, simplesmente,
José Henriques Soares.
Celso ferreira:
“Desminto categoricamente”
Contactado pelo VERDADEIRO
OLHAR, Celso Ferreira refuta
a retenção das fichas dos novos
militantes. “Não tenho conhe-
cimento de nada. Desminto ca-
tegoricamente”, frisa, apelando,
em seguida, à concentração dos
militantes na campanha eleitoral.
“Exorto os militantes para aquilo
que é importante e é importante
que Arnaldo Barbosa esteja do la-
do certo da barricada e não ande a
dar tiros nos pés”, concluiu.

Réus são de Paredes, Lordelo e Mouriz
Suspeitos dos assaltos aos CTT e aos
supermercados Minipreço julgados
Vai começar o julgamento dos
homens acusados de terem rea-
lizado quase duas dezenas de as-
saltos às estações dos CTT e su-
permercados, entre Dezembro de
2007 e Junho de 2008.
No banco dos réus estarão um
desempregado, residente em Mou-
riz e com 37 anos, um jovem de 28
anos de Lordelo e um operário da
construção civil também com 28
anos, mas residente em Paredes.
Será precisamente em Paredes
que, a 17 de Setembro, um Tribu-
nal de Júri julgará apenas os as-
saltos cometidos neste concelho.
Um ficava no carro, o outro
ameaçava com uma arma
Os primeiros assaltos ocorreram
ainda em 2007, primeiro no Mi-
nipreço de Lustosa, em Lousada,
e depois, no Supermercado No-
gueira, ainda no concelho lousa-
dense. Já em 2008, foi a vez da
primeira estação dos CTT, em
Baltar, assim como de mais um
Minipreço, mas em Castelo de
Paiva, serem assaltados.
O Nosso Talho, em Modelos,
Paços de Ferreira, e outro Mini-
preço, mas em Carvalhosa, foram
os estabelecimentos que se segui-
ram nesta onda de assaltos que
passou igualmente pelos CTT de
Lordelo, e Aparecida.
Em todos os casos, o método
utilizado para realizar o assalto foi
Suspeito de assaltos aos CTT acusa PJ de detenção ilegal
Tribunais do Vale do Sousa poderão paralisar
devido a vários julgamentos com júri
Alguns dos tribunais do Vale do
Sousa poderão paralisar. Isto devi-
do a vários julgamentos com júri re-
queridos pelo advogado de um dos
suspeitos da autoria de 19 assaltos
a balcões dos CTT e supermercados
Minipreço. Fernando Moura justi-
fica o recurso a esta prerrogativa
da lei com a vontade de denunciar
uma detenção que ele considera
ilegal pela Polícia Judiciária (PJ).
Ilegalidade essa que, defende, está
a ser encoberta pelo Ministério Pú-
blico de Paredes e por uma juíza da
mesma comarca. O primeiro julga-
mento com júri está marcado para
17 de Setembro, em Paredes.
Arguido foi interrogado
sem a presença do advogado
Fernando R. foi detido, juntamente
com outro homem, a 11 de Junho
deste ano, depois de um assalto ao
balcão dos CTT de Rebordosa, Pare-
des. Levado em primeiro lugar para
o posto da GNR de Paredes, o cozi-
nheiro desempregado foi transferido
para as instalações da PJ do Porto,
● Réus são suspeitos de 19 crimes
o mesmo. Dois indivíduos paravam
um Ford Fiesta cinzento junto aos
espaços comerciais e, enquanto um
se mantinha ao volante da viatura,
o outro entrava no estabelecimento
disfarçado com uns óculos de sol e
um chapéu.
Lá dentro, e segundo a acusação
do Ministério Público, Fernando
R., desempregado e residente na
onde foi interrogado pelos inspec-
tores e, posteriormente, detido nos
calabouços até ao dia seguinte.
O problema é que, segundo o ad-
vogado de defesa, quer o interroga-
tório na PJ, quer o que se realizou
no Tribunal de Paredes no dia se-
guinte são nulos, porque o homem
de 37 anos prestou declarações sem
a presença de um advogado.
Fernando Moura diz mesmo que
o seu cliente foi surpreendido pela
PJ em flagrante delito às 13h30, mas
que só foi alvo de um mandado de
detenção às 23h00 do mesmo dia.
Por sua vez, Fernando R., que
na participação criminal assume a
autoria dos assaltos, acusa a PJ de
o ter aconselhado a prescindir de
um advogado e diz-se enganado
também pelo facto de, tal como exi-
ge a lei, não ter sido informado de
uma busca domiciliária efectuada à
mesma hora da sua detenção.
O primeiro julgamento relacio-
nado com este caso está marcado
para 17 de Setembro próximo, no
Tribunal de Paredes, mas outros
freguesia paredense de Mouriz,
utilizava uma arma de alarme
adaptada para balas de 8mm, para
ameaçar os funcionários e obrigá-
los a dar-lhe o dinheiro das caixas
registadoras.
O mais depressa possível, Fer-
nando R., regressava ao carro, que
de imediato se punha em fuga.
Nalguns dos assaltos, o homem
cinco aguardam apenas a marcação
de data nas comarcas de Paços de
Ferreira, Lousada e Felgueiras. Para
Fernando Moura, a distribuição dos
processos por diferentes comarcas
pretende disfarçar a ilegalidade co-
metida e manter o máximo de tem-
po possível os arguidos em prisão
preventiva. “No fundo, é um cidadão
que está de mãos atadas. Por que ra-
zão a Procuradoria de Paredes deci-
diu espalhar os processos por várias
PUB
de 37 anos entrava nas estações
de correios acompanhado e usava
uma caçadeira de canos serrados.
Foi também assim que, em
Março de 2008, foram assalta-
dos os supermercados Minipreço
de Rebordosa e de Amarante e os
CTT de Longra, Vila Meã, Santa
Marinha do Zêzere e Recarei.
Os dois homens foram detidos
comarcas? É estranho”, refere.
Como o Tribunal lhe negou a jun-
ção de processos, Fernando Moura
decidiu requerer a composição de
um júri em todos os julgamentos,
apresentando três razões para o ter
feito. “Em primeiro lugar, quatro ca-
beças pensam melhor do que uma.
Em segundo, se esta possibilidade
está na lei é porque serve para algu-
ma coisa. Em terceiro, porque estou
totalmente em desacordo com o
Sexta-feira, 28 Ago 2009 03
paredes
Tribunal de Júri
é pouco visto
em Portugal
Os dois principais arguidos estão
acusados de sete crimes de rou-
bo, três de falsificação ou contra-
facção de documentos e um crime
por detenção de arma proibida.
O terceiro homem, de 28 anos,
tem sobre si a acusação de um
crime de roubo e um outro por de-
tenção de arma proibida.
O julgamento no Tribunal de
Paredes está marcado para 17 de
Setembro e, para além do tradi-
cional colectivo de juízes, contará
com um júri, facto pouco comum
nos tribunais portugueses.
A lei portuguesa só permite a
constituição de um júri em crimes
com uma pena máxima superior a
oito anos de prisão.
Para além do arguido, como
acontece neste caso, também o
Ministério Público ou o assistente
podem requerer a constituição de
um júri.
em Junho último, no mesmo dia
que terão assaltado os CTT de Re-
bordosa e, logo de seguida, o Mi-
nipreço de Meixomil.
No Ford Fiesta apreendido es-
tava ainda um par de luvas, cha-
pas de matrícula falsas, uma ca-
çadeira e uma pistola carregadas
com munições.
Na busca domiciliária à casa de
um dos arguidos foi ainda encon-
trada uma besta, partes de outras
armas e mais munições. RBM
facto de os juízes não serem eleitos,
auto-julgarem-se e de criarem asso-
ciações sindicais apesar de serem
órgãos de soberania”, afirma.
O causídico realça ainda “os
custos para o erário público” que
esta situação acarreta, assim como
as consequências administrativas
que poderão advir da existência de
vários julgamentos com júri. “As
comarcas mais pequenas poderão
paralisar”, avisa Moura. RBM
04 Sexta-feira, 28 Ago 2009

Opinião

E se Deus estivesse de verdade

na nossa vida?
Feliciano Garcês
Padre
Durante muitos séculos Deus era uma
evidência vivida. O ateísmo era uma
anormalidade, de tal forma que uma so-
ciedade ateia era impensável. O domingo
era o dia do Senhor, dedicado à oração e
à família.
Hoje é diferente mudou a situação, a
forma de viver.
Deus já não é uma realidade evidente
para muitos homens. O ateísmo tornou-se
uma moda, basta ver que até é chique dizer-
se ateu. Nalguns países ser cristão é uma
excepção. O domingo é dia de desporto, de
passeio, de descanso e de ir às compras. É
quase proibido falar de religião e do que se
acredita. Tem-se vergonha. Do consenso,
sobre Deus e a religião, de outros tempos,
passou-se para a indiferença, para a agres-
sividade em relação a Deus.
O ateísmo tornou-se
uma moda, basta ver
que até é chique dizer-se
ateu. Nalguns países ser
cristão é uma excepção. O
domingo é dia de desporto,
de passeio, de descanso e
de ir às compras. É quase
proibido falar de religião e
do que se acredita.
Diante de tudo isto que marca o nosso
tempo podemos encontrar aqueles que vi-
vem Deus a partir da natureza. Deus é vi-
vido e pensado a partir de uma certa expe-
riência com a natureza; Deus é identificado A história da humanidade está cheia
com a natureza. Por exemplo, identificam- de tentativas de resposta à questão de
se os trovões como Deus a ralhar. Deus, houve até quem anunciasse a mor-
Outros são indiferentes a Deus, encon- te de Deus. O certo é que ao fim de tantos
tram o seu absoluto na realidade deste séculos Ele continua presente no mundo.
mundo. Fecham-se a Deus. Entre as re- Deus respeita a liberdade do homem,
alidades do mundo permanecem: o ter, o por isso há os que acreditam e aqueles
poder, o gozar. Nos momentos mais di- que não acreditam.
fíceis recorrem a Deus. Depois existem,
também, aqueles para quem Deus é inú-
til. Vêem Deus como projecção alienante
Deus respeita a
dos desejos do homem. liberdade do homem, por
Há, ainda, aqueles que vivem a fé, es-
tão em contacto com Deus. São os que O
isso há os que acreditam
procuram de todo o coração e que apesar e aqueles que não
da sua história pessoal n’ Ele encontram
os fundamentos para a construção do seu
acreditam.
projecto de vida. Não quer dizer que a Quem tem razão? Não
sua vida foi sempre “direitinha”, são co-
mo por exemplo S. Agostinho. Depois de
sei! Mas acredito que
tantas experiências chegou à conclusão: estaríamos bem melhor se
“o meu coração não descansa enquanto
não repousar em vós”.
Deus estivesse de verdade
Deus apresentou o seu projecto para o na nossa vida.
Homem através da vida e pregação de Je-
sus. Todo o Homem sente necessidade de Quem tem razão? Não sei! Mas acre-
um Absoluto a quem recorrer em muitos dito que estaríamos bem melhor se Deus
momentos da vida. estivesse de verdade na nossa vida.
O homem olhando para si e para a na-
tureza pode descobrir Deus, Ele revela-se a
cada Homem das mais variadas formas.

correio do Leitor correio do Leitor

Criticar não é a solução Mudar o presente, construir o futuro!

As eleições autárquicas estão
aí à porta. Por todas as fre-
guesias os candidatos lutam
com os meios que têm para
conseguir a presidência da
junta de freguesia. Em Cris-
telo, essa luta está a ir longe
de mais e sinto que estará a
causar muitos prejuízos na
freguesia.
Não é minha intenção mos-
trar-me defender uma ou
outra candidatura. Em todas
elas existe gente de valor que
merecem o maior respeito.
O que não posso é deixar de
alertar para o que de grave
vai acontecendo na minha
freguesia.
Um dos exemplos desta luta
política é o que está a acon-
tecer no futebol. O clube
quase não existe. Na época
passada, o nosso clube tinha
seis equipas jovens. Hoje, por
causa das lutas, não há nem
uma equipa. Ninguém pen-
sou nas dezenas de jovens
que tinham no futebol uma
forma de passar o tempo
com actividades saudáveis?
Ninguém se questiona sobre
o que fazem agora todos es-
ses jovens nos seus tempos
livres?
Porque é que não deixamos
ficar de lado a politica e aju-
damos a freguesia? Citando
as palavras de Padre Mar-
celino durante uma homilia,
“não é preciso que nos saia o
Euromilhões para se fazerem
grandes obras. Há pequenos
gestos que fazemos e que
significam muito”.
Não são as críticas a tudo e
a todos que vão ajudar a fre-
guesia de Cristelo a crescer
e a desenvolver-se. Se todos
ajudarmos é possível fazer a
freguesia evoluir e não perder
o que de melhor existe.
Voltando à questão do futebol
e das camadas jovens, peço
que ajudem a que a formação
não termine. Estou certo que
formação dos muitos jovens
de Cristelo é muito mais que
um passatempo. A felicidade
que na época passada eu via
naqueles jovens era a mesma
que eu sentia ao os ajudar.
Sei que ao escrever este artigo
não vou resolver grande coisa,
mas pode ser que este texto
sirva para alertar e despertar a
consciência para os problemas
reais da freguesia.
Manuel António Teixeira da Silva
Cristelo
O processo das listas de can-
didatos às próximas eleições
autárquicas, pelo Partido So-
cialista, representa um passo
inédito e importante para o
concelho de Paredes.
Nunca se tinha assistido a
uma renovação tão profunda
como aquela que se verificou
nas listas do Partido Socialista.
É uma clara demonstração da
forma como o PS encara a so-
ciedade civil em Portugal e em
particular no concelho de Pare-
des. O PS trabalha em conjunto
com os independentes, na pro-
cura de soluções e alternativas
para o falhanço que tem sido a
governação de direita nos últi-
mos 30 anos em Paredes.
Artur Penedos e o PS/Pa-
redes souberam agregar nas
suas listas gente jovem, qualifi-
cada, empreendedora e capaz,
reflectindo a capacidade de
saber ouvir e acolher aqueles
que procuram ajudar o con-
celho e os paredenses. É um
partido que não se rege pelos
interesses pessoais e pela pro-
cura de protagonismo político,
na esperança de um dia poder
integrar as listas da Câmara.
A forte presença de militan-
tes da Juventude Socialista nas
listas da Câmara e Assembleia
Municipal e nas diferentes candi-
daturas às Juntas de Freguesia de-
monstra a qualidade do trabalho
que a JS tem desenvolvido desde
a sua tomada de posse, tentando
sempre marcar a agenda política
do concelho, no que concerne aos
temas relevantes para a juventu-
de, discutindo-os e procurando
encontrar as soluções ideais para
resolver os problemas com que os
jovens se debatem.
Já o PSD Paredes, mesmo sen-
do liderado por um ex-vice-presi-
dente da JSD Paredes e JSD de
Queluz, Celso Ferreira (!), parece
esquecer-se, mais uma vez, da
sua juventude.
Terão “jobs for the boys” ocupa-
do a totalidade das listas (há listas
do PSD com mais de 100 nomes)
e/ou a JSD Paredes nada repre-
senta para o partido, tal é o seu
vazio de ideias? Que acha a JSD
da inexistência de uma Bibliote-
ca Municipal, tema que de resto,
apenas tem sido levantado pela
JS? E em relação ao Conselho Mu-
nicipal da Juventude (CMJ), qual a
posição da JSD, pelo facto de este
ter demorado 6 meses a ser regu-
lamentado e depois disso ainda
não ter reunido? A JSD concorda
com a política de urbanismo que
tem sido seguida pelo executivo e
que permite que existam prédios
abandonados e degradados no
centro da sede do concelho,
onde jovens praticam activida-
des que em nada dignificam a
juventude paredense?
Num concelho onde o poder
parece considerar normal os jo-
gos de influência e as ofertas de
mundos e fundos para garantir
os apoios que pretendem, o
Partido Socialista marca a dife-
rença. O PS aposta nos jovens,
nos independentes, nas mulhe-
res e na qualificação, deixando
bem claro que os órgãos autár-
quicos não podem ser palco de
jogos de interesses e negócios
pouco claros. O poder autárqui-
co não pode servir de desculpa
para guerrilhas pessoais e lu-
tas de poder, onde num dia se
insultam e no dia seguinte se
abraçam publicamente continu-
ando a insultar-se pelas costas.
Post Scriptum: Não basta
regulamentar o CMJ. É determi-
nante que ele reúna. A Câmara
deveria ter em conta que é cru-
cial para os jovens que o CMJ
reúna, em vez de se “obrigar”
crianças a gritar o nome de
Celso Ferreira em pleno Par-
que José Guilherme.
João Gomes
Juventude Socialista de Paredes
 Sexta-feira, 28 Ago 2009 05

EDITORIAL

LOUSADA Paços de ferreira paredes penafiel

SOBE

Francisco Coelho da Rocha

Electrificação da linha Marisa Barros Investigadora da CESPU Agrival fcr@verdadeiroolhar.pt

Era uma ânsia da população e vai
ser finalmente levada a cabo. A
linha do Douro entre Caíde e Mar-
co de Canaveses será electrifica-
da trazendo enormes benefícios
a nível de tempo e conforto para
todos aqueles que diariamente
têm que utilizar o comboio como
meio de transporte.
Acresce às boas notícias o facto
de o Túnel ferroviário de Caíde
ser um dos que vai ser alvo de
beneficiação, talvez ainda não
as necessárias, mas uma ajuda
para que se torne um local mais
seguro.
DESCE
Já surgiu várias vezes a subir nes-
ta secção e esperemos que não
seja a última.
As conquistas de Marisa Barros
têm-se sucedido nos últimos
anos e o mérito da atleta já não
pode ser negado por ninguém.
Desta vez conquistou o sexto lu-
gar nos Mundiais de Berlim. Não
chegou ao pódio, mas foi a pri-
meira europeia a cortar a meta,
mostrando que quer seguir o ca-
minho das duas atletas portugue-
sas a quem sucede: Rosa Mota e
Manuela Machado.
Ser investigador em Portugal
nem sempre é fácil, muitas vezes
por falta de meios e não de ca-
pacidade.
Prova de que é possível fazer bom
trabalho no país é a investigação
levada a cabo pela CESPU, com
descobertas importantes na área
da ortodontia. A líder deste grupo
de trabalho, Teresa Pinho é além
de ortodontista (uma das poucas
doutoradas em Portugal), docen-
te e investigadora da CESPU uma
profissional com vasto currículo
que vai com certeza ajudar a fa-
zer mais descobertas importan-
tes para a saúde dentária.
É já a trigésima Feira Agrícola do
Vale do Sousa que o concelho de
Penafiel leva a cabo. A Agrival é já
uma tradição que procura manter
o cariz que lhe deu origem procu-
rando sempre novas formas de
atrair o público e o cativar a voltar
ano após ano.
A componente agrícola, os con-
cursos e palestras estão lá e
mostram de onde veio a feira, a
animação, que procura trazer ao
concelho nomes sonantes, e a
mostra de gastronomia captam
novos visitantes e traçam um fu-
turo diferente para este certame.
Alinhamentos
Quotas I. Num jornal onde a
maioria é constituída por pessoas
do sexo feminino, não é fácil es-
crever sobre quotas para mulhe-
res, principalmente quando eu
sou contrário à coisa. Vou escre-
ver com modo, não vão elas, com
requintes de malvadez, darem-me
cabo da foto que acompanha este
texto. Escrevo sobre isto porque
um dos assuntos desta edição é
o alegado incumprimento da Lei
da Paridade por parte do PS/Pa-
redes, assunto que me leva a crer
não ter a relevância que se lhe
quer imputar.
Quotas II. Interessa-me saber
se, com ou sem quotas, a partici-
pação das mulheres na política é
essencial. Para os defensores da

Lei da Paridade isto parece incon-

Assalto ao café Serfi
Ao sexto assalto, Joaquim Ribei-
ro fartou-se e disparou sobre um
grupo de quatro assaltantes que
já iam com a máquina de tabaco
em braços.
Dois deles ficaram feridos e de-
ram entrada no Hospital S. João.
Acabaram detidos, mas também
o proprietário do café foi consti-
tuído arguido. É verdade que a lei
é para se cumprir, mas não deixa
de parecer uma injustiça.
115.ª Edição . Propriedade: Verdadeiro Olhar, Publicações Periódicas, Lda . Av. Comendador Abílio Seabra, Centro Comercial Vale do Sousa, Entrada 5, 3.º, Sala 14,
4580-029 Paredes . Tel.: 255 777 004 . Fax: 211 454 367 . E-mail: geral@verdadeiroolhar.pt (www.verdadeiroolhar.pt) . N.I.F.: 507975685 . Director: Francisco Coelho
da Rocha (fcr@verdadeiroolhar.pt) . Jornalistas: Cidália Barros (cidalia.barros@verdadeiroolhar.pt), Fernanda Pinto (fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt), Lúcia Cerqueira
FICHA TÉCNICA
Atropelamento mortal
Foi de uma violência extrema o
atropelamento que matou uma
mulher de 58 anos na Seroa. A
GNR suspeita que se tenha tra-
tado de um homicídio provocado
por um relacionamento amoroso
entre o alegado homicida e a filha
da vítima.
Nada, porém, que justificasse
uma morte.
Carjacking
Parece não existir locais seguros.
Agora, foi em pleno Barro Branco,
a uma curta distância do centro
da cidade de Paredes, que uma
mulher foi vítima de carjacking.
Ficou apeada e sem qualquer
meio para pedir ajuda. E até nem
era muito tarde.
Onde é que esta violência pa-
rará?
Plantações caseiras de cannabis
Está de parabéns o NIC da GNR
de Penafiel, que apreendeu, em
algumas semanas, 75 quilos de
cannabis em forma de planta.
Mas a operação dos investigado-
res da Guarda veio demonstrar
que proliferam na região planta-
ções caseiras de uma droga cada
vez mais popular entre os jovens.
Algumas dessas plantações até es-
tão à vista de quem passa na rua.
testável. Para mim, não. Alguém
me consegue mostrar um único
estudo, com provas científicas,
que indique que a participação
das mulheres na vida política é
importante?
Quotas III. Há quatro anos
atrás, quando olhava para o nome
de uma mulher em terceiro lugar
na lista a uma qualquer câmara
municipal, associava o lugar ao
mérito dessa mesma senhora. Ho-
je, quando vejo o mesmo nome,
no mesmo lugar, questiono-me
se estará ali por mérito ou por-
que é necessário o nome dela para
cumprir esta lei patética. Que eu
saiba, a política precisa apenas de
criaturas capazes, independen-
temente do tipo de saliência que
exibam entre as pernas.
Twitter-vassalagem. Na re-
gião, ainda são poucos os utili-
zadores do Twitter. Desses, uma
grande parte são adeptos ferre-
nhos dos candidatos autárquicos.
Ao ler o que escrevem, confirma-
se que nenhum deles aponta um
único erro ou uma única alter-
nativa ao seu candidato. Apenas
adulação e bajulação. E, claro,
muitos ataques aos adversários.
Uma devoção fingida que chega a
roçar o obsceno.
Quanto mais me bates. Vir-

Silva (lucia.silva@verdadeiroolhar.pt), Luís Branco Barros (luis.bbarros@verdadeiroolhar.pt) Maria Meireles (maria.meireles@verdadeiroolhar.pt), Pedro Romano gem Santíssima: agora para
(pedro.romano@verdadeiroolhar.pt), Roberto Bessa Moreira (roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt) . Colaboradores: Alexandra Teté, Antonino de Sousa, Cristela darem porrada aos adversários
Bairrada, Carlos Nunes, Daniel Serrão, Eduardo Vilar, Fernando Sena Esteves, Granja da Fonseca, Jacinto Cruz da Mentira, João César das Neves, José Henriques políticos já metem o nosso jor-
Soares, Luís Martelo, Maria João Fonseca, Miguel Costa, Nelson Correia, Rui Coutinho, Padre Feliciano Garcês, Carlos Nunes, Rui Ferreira Lima, Baptista Pereira, José nal ao barulho. Se continuam
Luís Costa . Dep. Comercial: Paula Cristina Vieira (paula.vieira@verdadeiroolhar.pt) . Dep. Eng. Informática: Altino Soares (altino.soares@verdadeiroolhar.pt) . Dep. a mostrar esta vista larga para
Financeiro: Elisabete Borges (elisabete.borges@verdadeiroolhar.pt) . Design e Paginação: Cristiana Santos (cristiana.santos@verdadeiroolhar.pt) . Tiragem: 10.000 o entulho sazonal, vão acabar
exemplares . Número de Registo de Depósito Legal: 261694/07 . Número de Registo: 125208 por deixar transparecer que ali
só mora ignorância.
06 Sexta-feira, 28 Ago 2009

Opinião

// ANTARTE - Comunicado
Há duas maneiras de fazer jornalismo. Há
os Meios que primam pela isenção e obe-
diência ao Código Deontológico e, como
tal, são merecedores da admiração geral
e do aplauso público, independentemente
de quem criticam. Outros, pelo contrário,
prestam-se ao papel de agitadores, de fa-
zedores de jornalismo sensacionalista e
sem o mais pequeno escrúpulo produzem
notícias encomendadas as quais mais não
visam do que denegrir o bom nome de
pessoas, empresas ou instituições.
Vem tudo isto a propósito da notícia
publicada na última edição do quinzená-
rio “Progresso de Paredes” a qual preten-
de atribuir importância desmesurada a
algo que a não tem, num exercício fútil de
ataque, visando óbvios motivos políticos.
A saber?
“Mérito” s.m. merecimento; valor moral
e intelectual; superioridade; aptidão;
aquilo que alguma coisa tem de bom, de
apreciável?
in Dicionário da Língua Portuguesa ?
Porto Editora
Se o tão falado Acordo Ortográfico não
alterou mais do que a forma como se es-
crevem certas palavras, uniformizando a
sua grafia, o conceito inerente à palavra
MÉRITO mantém-se pelo que, ao atribuir
um diploma de “Mérito Empresarial” à AN-
TARTE, o Ministério da Economia e Finan-
ças mais não terá feito que premiar uma
empresa por aquilo que tem feito ao longo
da sua existência, e já lá vão dez anos.
Uma distinção entregue em cerimónia
pública, da qual a ANTARTE se orgulha e que
resulta da aplicação rigorosa de critérios de
gestão e de produção, de acordo com nor-
mas vigentes, o que lhe vale a condição de
ser empresa certificada. Uma honra que se
deve, em muito, ao labor de uma vasta equi-
pa de profissionais competentes e ao crédi-
to alcançado junto dos seus clientes, fruto
de uma relação de confiança e seriedade.
Foi esta satisfação que a ANTARTE
procurou partilhar com todos quantos se
relaciona, quer através da divulgação de
uma Nota de Imprensa, quer através da pu-
blicação de uma notícia no seu site, dando
conta de tal facto. Fê-lo com o rigor possí-
vel, tomando por base a pouca informação
disponível à data, mas deixando bem claro
que se tratava de um prémio de MÉRITO
EMPRESARIAL. Sem pedirem nada em tro-
ca, registamos com agrado a divulgação
dessa mesma informação em diferentes
Órgãos de Comunicação Social.
Outros meios de comunicação houve
que optaram pelo silêncio, o que é respei-
tável até porque cada empresa define as
estratégias que melhor se adequam aos
fins que persegue. Entendemos que para
o Concelho de Paredes deve ser motivo de
orgulho ter empresas galardoadas e que tal
facto deve ser publicitado. Mas não pode-
mos obrigar ninguém a fazê-lo.
Constatamos, no entanto que a infor-
mação divulgada continha uma imprecisão,
capaz de gerar confusão, como agora se
verifica, mas que nunca colocou em causa
o mérito de outros galardoados nem a jus-
tiça do prémio que nos foi atribuído.
Com efeito a entrega do diploma de “Mé-
rito Empresarial” ocorreu no mesmo local e
cerimónia da entrega dos Prémios PME’s,
não tendo havido o cuidado de “delimitar”
bem o que era uma e outra cerimónia. Em
boa verdade houve apenas e tão somente
uma cerimónia.
A partir desta imprecisão pretender
criar um facto político dando-lhe contornos
de quase “crime” é sinal de mau jornalismo,
desinformação e de servilismo sabe-se lá a
troco de que tipo de favores ou ao serviço
que objectivos.
É pois com estranheza que notamos o
invulgar destaque, que de todo em todo não
julgamos merecer, com direito a manchete
de primeira página e desenvolvida reporta-
gem nas páginas centrais, que é dado à no-
tícia “Verdadeiro Olhar anunciou Antarte
como PME Excelência, mas mentiu”.
Para além de uma de todo em todo
despropositada e disparatada associação
de conceitos/ideias/entidades enferma a
mesma notícia de um estranho sentido de
pertinência, cimentado em suposições que
importa esclarecer/desmontar.
Naturalmente não nos cabe defender
o nome do Semanário “Verdadeiro Olhar”
envolvido e acusado de ter mentido. Certa-
mente ele o saberá fazer pelos meios que
tem ao seu dispor.
Já no que respeita à empresa ANTARTE
devemos deixar claro que a notícia divulga-
da mais não é do que um acto desprovido
de sentido e com laivos de maquiavelismo
manipulador.
A começar pelo uso da “posição política”
por parte de Mário Rocha, administrador da
ANTARTE, para “pedir ao Ministro da Eco-
nomia um ‘prémio’ para a sua empresa.”
Só por uma mente muito retorcida é
que poderia passar a ideia que distinções
como as que estão em causa se dão a tro-
co de pedidos ou de favores. Não é essa a
opinião que temos dos políticos nem dos
governantes dos quais nos podem afastar
convicções mas cuja idoneidade pessoal
permanece intocável e inatacável.
Também no que toca ao empresário
Mário Rocha as coisas são bem diferen-
tes. Honra-se do seu passado e do seu bom
nome, o qual nunca se viu envolvido em
processos menos claros nem foi alvo de
comparações com casos como os de “Dona
Branca” ou outros do género.
Os seus créditos pessoais são cimenta-
dos na construção de uma empresa de im-
portância significativa no contexto local,
regional e nacional, na criação de uma mar-
ca de referência e no projectar de ideias
que sejam capazes de potenciar o mercado
de trabalho e a capacidade produtiva.
E estes são dados irrefutáveis. Conse-
guiu-o por si só, por força do seu carácter e
querer, pela comunhão de interesses com
os seus colaboradores, não tendo herdado
de familiares a empresa. Começou tudo de
raiz, há dez anos, e chegou onde chegou
com Mérito, o mesmo Mérito que, quer se
queira quer não, foi reconhecido pelo Go-
verno através das entidades competentes.
A confusão da notícia é que para ata-
car o inatacável (o desempenho do Vice-
Presidente da Câmara Municipal e, con-
sequentemente, o próprio Executivo) se
enveredou pelo caminho do ataque pes-
soal. Até parece que as empresas devem
ser medíocres e que os seus empresários
não têm direito ao sucesso, como se veri-
fica na ANTARTE.
E para que não sobrem dúvidas não é
demais afirmar que a ANTARTE é uma em-
presa idónea, reconhecida e, ao contrário
de outras, nunca viu o seu bom nome envol-
vido em processos de suspeita de compra
de facturas falsas para fuga ao fisco.
Naturalmente, muito poderia ser dito
em torno dos comentários das pessoas
convidadas a pronunciar-se sobre a “tão
bombástica” mentira. São opiniões pes-
soais, feitas num contexto determinado
e como tal merecedoras da respectiva
importância intrínseca, logo sem mais
considerações.
O mesmo seria possível fazer em re-
lação à forma como se faz jornalismo ou
o falso jornalismo e ao serviço de quem
está certa Imprensa. Mas isso o futuro se
encarregará de julgar.
ANTARTE

EX NIHILO Sempre gostei do que faço (embora nem

sempre faço o que gosto), e corri o Mundo
por essa paixão, com a China imperial, a Ín-
por natureza, sempre imbuído da esperan-
ça de que é possível construir algo de novo
e de bom na maior adversidade. É claro que
jornal e, em específico, desta coluna de opi-
nião. Na era da tecnologia das comunica-
ções, “interactividade” poderá de imediato

A meu ver…
Rui Ferreira Lima
Economista
EX NIHILO – o início
Caros leitores do Verdadeiro Olhar e ilus-
tres gentes desta região do Vale do Sousa,
apresento-me: sou um português de vá-
rias paragens, cidadão errante de diversas
paragens deste Portugal pequeno e desse
Mundo vasto, nascido na África mística do
antigamente (que me valeu uma dupla cida-
dania portuguesa-angolana) e crescido nas
praias de Espinho e ruas de Lisboa, com
uma saudosa estada pelo Porto aqui tão
perto. E Londres, Luanda e, muito espe-
cialmente, Uíje (Norte de Angola) também
me estão no coração. Filho de empresários
e professores, o gosto pelos números, pelo
negócio, pela estratégia e finanças fizeram-
me versado em ciências económicas e em-
presariais, fazendo assim o gosto a um pai
que, como tantos outros na história da hu-
manidade, imaginou o futuro de um filho à
sua semelhança e continuidade.
dia das cores, a Europa das línguas e cultu-
ras, a América da ambição, o Marrocos dos
contrastes, o Moçambique da incerteza, a
África do Sul das surpresas, etc., etc., etc..
Vivo em Paredes, hoje, porque também vi-
vo intensamente a minha família e esta tem
raízes por cá, o que me faz sentir as mesmas
raízes e nos torna num corpo só. Só mais
um bocadinho: trabalho com operações fi-
nanceiras e projectos de investimento desde
que comecei a minha aventura profissional,
sempre num âmbito multinacional e com di-
mensão à mesma escala. Tudo este ego pes-
soal serve apenas o propósito de vos dar a
entender, caros leitores, a minha envolvente
de pensamento, pois pretendo construir nes-
te espaço mediático um canal de ideias e um
desafio á crítica de quem o lê, num mundo de
crises, ciências, políticas e, claro que sim, de
esperança também. Talvez muitos venham a
discordar do que aqui virei a escrever, pelo
que a partir daqui possam entender porque
escrevo o que escrevo e como o escrevo.
O desafio lançado pela direcção deste jor-
nal, há já bastante tempo confesso, parece-
me agora apropriado e estimulante. É supos-
to que esta coluna de opinião aborde temas
da actualidade que afectam o comum dos
habitantes da nossa região, numa perspec-
tiva pessoal e técnica mas também positiva.
Daí o título escolhido – EX NIHILO – do
Latim antigo que significa semanticamente
“partindo do nada”, uma expressão muito
querida pelos teólogos e com aplicação ao
mundo computacional e militar. A ideia é
transmitir um sentimento de construção,
mesmo que reduzindo previamente as si-
tuações ao nada ou desde fazer surgir algo
relevante que antes não existia; ser positivo
se trata ainda de uma ideia muito cristã – eu
sou cristão, católico e praticante, humanista
e viciado na (verdadeira) caridade, para que
conste – (e também o é para as Fés judaica e
muçulmana), mas é também claro para mim
que o mundo ocidental do presente terá de
ser mais cristão, positivo e humanista, se
quiser prevalecer no futuro. Deixo este tema
específico para uma oportunidade futura,
seguro de que muito haverá a dizer. Por ora
fixo-me em salientar temas mais exactos
para comentar, como o são a competitivi-
dade da nossa economia e das empresas
que vemos todos os dias, os empregos que
buscamos ou mantemos, a dignidade da
actividade que exercemos, a condição de ci-
dadão e Português, entre outros. Penso que
haverá espaço para expressar sentimentos e
opiniões sobre muitos factos da nossa vida
corrente, que nos tocam a todos, aqui e em
qualquer parte deste Mundo.
Por fim, devo explicar que esta coluna
se divide em duas partes: a primeira – “A
meu ver…” – fica dedicada à opinião e crí-
tica (preferencialmente construtiva); a se-
gunda – “P&R” - consiste num espaço de
interactividade com a comunidade leitora,
em que esta coloca questões que gostaria
de ver esclarecidas ou espera uma opinião
da minha parte, sendo as questões de cariz
técnico económico.
Espero que possa ser útil para todos e que
todos apreciem positivamente o que irei es-
crever, desde agora já não EX NIHILO pois
algo já escrevi.
P&R
Como referido acima, pretendo criar um es-
paço de interactividade com os leitores deste
trazer a imagem de um blog, Tweeter, vídeo-
conferência ou quejandos semelhantes, mas
não é isso que me parece mais prático para o
comum dos mortais que conheço por aqui. A
comunicação será directa entre as partes por
via da tradicional Pergunta e consequente
Resposta, de forma literal e clara, sem cor-
tes, abreviações e outros termos estranhos
que tenho visto por aí ultimamente. Estou
certo que muitos leitores terão questões a
colocar, mesmo que aparentemente simples
ou absurdas, pelo que será com gosto que
tentarei responder às mesmas. Não sou um
guru (termo também na moda…) mas co-
nheço um pouco dos temas que proponho e
tenho algumas “ajudas” na manga.
Os temas mais gerais são:
Economia & Finanças Públicas
Estratégia & Organização Empresarial
Gestão Financeira
Fiscalidade & Contabilidade
Inovação
Incentivos Públicos
Mas será com agrado que poderei inves-
tigar a melhor resposta para outras ques-
tões mais complexas, como a racionalida-
de dos comportamentos (creio que todos
concordamos que até no casamento ou na
organização do trânsito, por exemplo, há
uma lógica económica), distribuição de
recursos ou bens, escolhas pessoais, etc.
Obviamente, não poderei comentar ques-
tões de astrofísica, parapsicologia ou neu-
rocirurgia, entre muitas outras, por ser um
mero espectador das mesmas, como podem
compreender.
Cá aguardo o vosso repto, por escrito
para a direcção deste jornal ou por correio
electrónico para rlima.finance@gmail.com
.
 Sexta-feira, 28 Ago 2009 07

paredes

Lista da Assembleia foi rectificada para evitar prejuízos financeiros ao partido

Penedos garante que as suas listas

sempre cumpriram a Lei da Paridade
Fernanda Pinto
fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt
As críticas surgiram logo de-
pois da apresentação das listas,
primeiro pelo jornal Grande Porto
e depois pela candidatura de Cel-
so Ferreira. O PS, afirmavam, não
cumpria a Lei da Paridade na lista
apresentada à Assembleia Muni-
cipal (AM).
Confrontado com a situação
Artur Penedos, cabeça de lista à
Câmara de Paredes pelos socialis-
tas, defendeu que não houve viola-
ção da lei. Considerando que a po-
lémica lançada não passa de mais
uma tentativa de fazer política e de
iludir a opinião pública, o também
assessor do primeiro-ministro en-
fatizou que a juíza que analisou as
listas de todos os partidos emitiu
um despacho a confirmar que não
existiam irregularidades. Mas co-
mo a questão podia ser interpreta-
da de forma diferente pela Comis-
são Nacional de Eleições e trazer
prejuízos financeiros ao partido,
com uma redução da subvenção
atribuída, os socialistas optaram
por rever a lista “dentro dos pra-
zos permitidos por lei, para se evi-
tarem quaisquer problemas”.
Além disso, Penedos acentua
que “qualquer análise séria pode-
rá concluir que não houve inten-
ção de desrespeitar a lei. Na can-
didatura à AM teríamos que ter 14
mulheres e apresentamos 17”.
Lista tinha três
elementos
do mesmo sexo
em lugares
consecutivos
A Lei da Paridade, promulgada
em 2006, assenta sobre dois pre-
ceitos. O primeiro de que todas
as listas apresentadas devem ter
uma representação mínima de
33,3 por cento de cada um dos se-
xos. O segundo, de que “as listas
plurinominais apresentadas não
podem conter mais de dois candi-
datos do mesmo sexo colocados,
consecutivamente, na ordenação
da lista”. A violação destes prin-
cípios implica para os partidos
não a impossibilidade de se can-
didatarem, mas uma redução de
até 80 por cento da subvenção
pública prevista para a respectiva
campanha eleitoral.
Ora a lista apresentada por Ar-
tur Penedos à AM estaria então
irregular por apresentar três ele-
mentos do sexo masculino conse-
cutivamente no 3.º, 4.º e 5.º luga-
res; no 9.º, 10.º e 11.º lugares; e no
18.º, 19.º e 20.º lugares.
Apesar das evidências, a juíza
que tratou do processo emitiu um
despacho dizendo que não exis-
tiam irregularidades nas listas
apresentadas. “A juíza considerou
a nossa lista imaculada”, frisou o
candidato socialista. “Se coloca-
mos os candidatos em múltiplos
de três em nenhuma circunstân-
cia estamos a prejudicar um dos
géneros”, reafirmou.
Penedos diz-se irritado com
toda a situação gerada, uma polé-
mica com clara intenção de fazer
política. “A questão foi colocada
por um ‘artista’ que Celso Ferreira
contratou. Rejeito qualquer tenta-
tiva de dizerem que o PS violou a
lei”, continuou.
Até porque, enfatizou ainda, to-
dos os partidos receberam a cópia
do despacho emitido pelo Tribunal
de Paredes e, por isso, o PSD sabia
que não existiam irregularidades.
“Se houvesse seriedade política e
não a vontade de confundir o cida-
dão, a questão teria sido levantada
junto da juíza e não da opinião pú-
blica”, concluiu.

Manter a escola é objectivo PUB

PS apresentou candidatos
às freguesias de Besteiros
e Aguiar de Sousa
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
Mais dois candidatos foram
apresentados pelo Partido So-
cialista de Paredes, desta feita
os cabeças de lista à Assembleia
de Freguesia de Besteiros, Vic-
tor Nogueira, e a Aguiar de Sou-
sa, José Ramos.
O primeiro pretende manter
a escola ainda que com reformu-
lações e critica a existência de
uma ETAR junto ao Parque de
Merendas; o segundo quer apos-
tar no turismo como forma de
combater as insuficiências que
afectam a freguesia.
Manter a escola em Besteiros
Em Besteiros a crítica e indigna-
ção dos presentes, refere a nota
de imprensa socialista, foi para
“a acção do executivo da Câmara
do PSD, relacionada com a colo-
cação de uma ETAR no ‘coração’
do complexo desportivo, separa-
da do parque das merendas por
uns escassos cinco metros”. Esta
ETAR, continuam, realiza cada
vez mais descargas deixando o
ambiente “empestado de cheiro
nauseabundo e indesejável”.
“Foi degradante a observação
de obras mal feitas, descuidadas
e impróprias”, salientou Artur
Penedos, que assumiu, de resto, o
compromisso solene de “pôr fim a
uma das situações que mais deve
envergonhar um poder local, in-
capaz de se adaptar às exigências
da modernidade”.
No discurso de apresentação
da sua equipa, o candidato do PS
à Junta diz-se inconformado com
comportamentos de submissão ao
“chefe” da actual junta, que tam-
bém tinham criticado a instalação
da ETAR, mas que “prejudicam a
população de Besteiros e mantêm
o atraso da freguesia”. Também no
que respeita à manutenção da es-
cola básica em Besteiros, os can-
didatos à Junta de freguesia e à
Câmara Municipal estão de acor-
do, ambos são pela manutenção.
“Marcar a diferença”
em Aguiar de Sousa
José Ramos, apresentado na Se-
nhora do Salto, garantiu que vai
“trabalhar e demonstrar que com
esta equipa é possível “Marcar a
Diferença”. “Não procuramos pro-
tagonistas, somos movidos unica-
mente pelo propósito de melhorar
a nossa terra”, afiançou. “Acção,
mais trabalho e menos discurso”
é o que promete o candidato a
Aguiar de Sousa.
Já o candidato à Câmara evi-
denciou ainda a desatenção dos
autarcas do PSD pela freguesia de
Aguiar de Sousa e recordou que,
“em 16 anos de (des) governo da-
quele partido, foi sendo repetida
uma promessa – a construção do
parque de campismo – sempre
adiada e, a avaliar pelo ar de des-
leixo que se observa, definitiva-
mente abandonada”.
A aposta no Turismo, referen-
ciou Artur Penedos, é “uma das
saídas para combater as insufici-
ências com que nos defrontamos
na actualidade. O desemprego tem
crescido de forma preocupante e a
nossa obrigação é responder com
projectos realizáveis, não com os
irrealizáveis como o golfe e a fór-
mula 1, entre outros”, afiançou. “A
nossa aposta, para além da manu-
tenção da escola de Aguiar de Sou-
sa está orientada para aproveitar
a oportunidade de qualificar os
cidadãos”, concretizou Penedos.
08 Sexta-feira, 28 Ago 2009
paredes
Sobre agenesias dentárias
CESPU realizou
investigação
inédita
● Teresa Pinho
Segundo a Cespu, uma equipa
de investigação desta Coope-
rativa de Ensino Superior Poli-
técnico e Universitário realizou
um estudo inédito em Portugal
em que concluiu que os fami-
liares directos de doentes com
agenesia (ausência) dos incisi-
vos laterais superiores têm um
risco superior de sofrerem do
mesmo problema em relação à
população em geral.
“Para além das implicações
estéticas, a ausência destes
dentes levanta também compli-
cações ao nível funcional, uma
vez que pode causar a atrofia
do maxilar. O próximo passo
da investigação passa por des-
cobrir qual a origem genética
da doença”, refere a Cespu em
nota de imprensa.
Os estudos científicos reali-
zados por esta Cooperativa, em
colaboração com investigado-
res da UnIGENe-IBMC, ICVS-
UMinho e FMUP, tiveram como
base numa amostra de mais de
16 mil processos clínicos e in-
dicaram que 1,3 por cento da
população portuguesa sofre de
agenesia dos incisivos laterais
superiores. “A investigação, li-
derada por Teresa Pinho, inci-
diu ainda num estudo familiar,
numa amostra do Norte de Por-
tugal, de forma a perceber qual
o risco relativo de um familiar
directo de um doente vir a ter
agenesia, ou microdontia [den-
tes menores do que o tamanho
normal] dos incisivos laterais.
Os resultados indicaram a
existência de um risco 15 ve-
zes maior do que na população
geral. Uma conclusão que, de
acordo com Teresa Pinho, deixa
antever uma componente gené-
tica que, contudo, continua por
descobrir”, acrescentam.
Assim, a equipa da investi-
gação está a preparar um “Es-
tudo clínico, genético e molecu-
lar das agenesias dos incisivos
laterais superiores”, submetido
para financiamento à Funda-
ção para a Ciência e Tecnologia.
“Queremos fazer um estudo de
grande amplitude, para perce-
ber qual a componente genética
que está na origem da ausência
congénita destes dentes”, expli-
ca a investigadora. Para isso,
a CESPU está a preparar uma
base de dados de DNA que ser-
virá de amostra para o estudo.
Domingo há jogo para a Taça de Portugal
Rebordosa apresentou-se aos sócios
com empate frente ao Paços de Ferreira
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
O Rebordosa Atlético Clube (RAC)
apresentou-se aos sócios no início
desta semana. O adversário foi o
“velho conhecido” Paços de Fer-
reira, clube com o qual o emblema
rebordosense mantém um proto-
colo para a cedência de jogadores.
Aliás, o plantel desta época
conta sete atletas ainda ligados ao
clube pacense.
O jogo terminou com um empa-
te a uma bola e com pouco público
nas bancadas.
Plantel com novo treinador
e 11 caras novas
O Rebordosa está praticamen-
te a iniciar a época. No próximo
domingo, o clube de Paredes vai
defrontar o Infesta para a Taça de
Portugal, naquele que será o pri-
meiro jogo oficial da temporada.
Enquanto tal não acontece, o
RAC aproveita para se preparar e,
na terça-feira, defrontou o Paços
de Ferreira, naquele que foi o jogo
de apresentação aos sócios.
O encontro começou com um
golo madrugado da equipa que dis-
puta a principal Liga do futebol por-
tuguês marcado por Leandrinho.
Nova reunião com a autarquia agendada para a semana
Câmara disponível para apoiar e evitar
extinção da Associação de Futebol
Popular de Paredes
Fernanda Pinto
fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt
No final da semana passada,
houve uma reunião entre a comis-
são de gestão da Associação de Fu-
tebol Popular de Paredes (AFPP) e
a Câmara Municipal de Paredes,
representada pelo vereador Pedro
Mendes, no sentido de evitar a
anunciada extinção da AFPP.
Esta terça-feira, uma outra
reunião juntou na sede da Asso-
ciação os representantes dos clu-
bes no sentido de lhes ser adian-
tada a disponibilidade da Câmara
em dar o seu apoio. O que é certo
é que a ausência de Pedro Mendes,
que contactado pelo nosso jornal
afirmou que não se tinha compro-
metido a marcar presença no en-
contro, causou “descontentamen-
to”, referia um e-mail enviado à
nossa redacção.
O líder da comissão de gestão
da AFPP, Sérgio Moreira, confir-
mou ao VERDADEIRO OLHAR
o encontro realizado ontem, on-
de Pedro Mendes devia explicar
Apesar da vantagem, o Paços
de Ferreira, que apresentou uma
equipa de segunda linha, nunca
conseguiu dominar por completo
um jogo, no qual predominou a
luta a meio campo.
O Rebordosa acabaria mesmo
por chegar ao empate através de
um penálti convertido por Cafú.
Cafú que é um dos 11 jogadores
que transitam da época passada, o
que significa que o RAC vai iniciar
a época 2009/10 com um figurino
bastante diferente daquele com
que competiu no último campe-
os contornos do apoio concedido.
Entretanto adiantou também a
marcação de uma nova reunião na
segunda-feira.
Os apoios do município, expli-
cou, “que ao fim de três anos de-
cidiu apoiar-nos”, passarão por
áreas como a arbitragem, os testes
médicos e o apoio à direcção. As
ideias apresentadas, disse Sérgio
Moreira, pareceram agradar aos
associados. No entanto, caso não
se chegue a acordo, alertou “tenho
uma acta em meu poder para anu-
lar a Associação”.
Segundo Pedro Mendes, me-
diante o pedido de colaboração da
Associação e de alguns dos clubes
no sentido de manter a AFPP, a
autarquia mostrou-se disponível
para colaborar “dentro da política
de desporto do município”, atra-
vés de apoio logístico e da criação
de condições de funcionamento
para a Associação. As medidas
em concreto serão ainda defini-
das, mas o vereador garantiu que
“há interesse da Câmara em que a
AFPP continue a existir”.
onato. Na terça-feira, o treinador
Manuel Sousa, também ele novo
no clube, escolheu para o onze ini-
cial seis jogadores que chegaram a
Rebordosa recentemente.
Com o objectivo de fazer um bom
desempenho na 3ª Divisão, série B,
o RAC efectuou sete contratações,
às quais se juntam outros sete atle-
tas vindos do Paços de Ferreira.
A estes juntaram-se ainda três
ex-juniores.
O primeiro jogo para o campe-
onato é no dia 6 de Setembro, em
Rebordosa, frente ao Famalicão.
Apoio da Câmara terá a ver
com o período eleitoral,
questionam
No email, enviado à redacção
com alegadas criticas de alguns
responsáveis dos clubes, pode
ler-se “há uma grande curiosi-
dade em saber dos reais motivos
deste súbito interesse da autar-
quia pelo futebol popular. Na
memória estão ainda as ‘trocas
de galhardetes’ entre presidente
da câmara e presidente da AFPP
sobre o apoio à modalidade”
que deu origem, em Fevereiro
de 2008, à queda da designação
“Campeonato Rota dos Móveis”.
O documento questiona ainda
se este interesse da Câmara se-
ria resultado da aproximação do
período eleitoral.
Confrontado com esta ques-
tão, Pedro Mendes garantiu que
este executivo “não vai em elei-
toralismos” e frisou que a Câma-
ra está a dar resposta a uma so-
licitação que lhe foi feita: “acho
de mau tom associarem isto ao
período eleitoral”, concluiu, re-
Plantel:
Transitam da época passada
(Nome – Posição – Idade)
Amado – Defesa – 30
Séninho – Defesa – 19
Moreira – Defesa – 19
Barroso – Defesa – 21
Cerqueira – Médio – 30
Joel – Médio – 23
Mikael – Médio – 19
Gustavo – Médio – 28
Pedro – Médio – 38
Cafú – Avançado – 26
Rui Pedro – Avançado – 19
Transferências
(Nome – Posição – Idade – Antigo Clube)
Hélder – Guarda-redes – 22 – Tirsense
Ruben – Guarda-redes – 19 – Aliança de
Gandra
Paulo Freitas – Guarda-redes – Fafe
Mozer – Defesa – 37 – Covilhã
Marqueiro – Defesa – 25 – Moncorvo
Nini – Médio – 31 – Maria da Fonte
Marco Freitas – Avançado – 22 – Leões
Citânia
Protocolo com o Paços de Ferreira
Tiago Neto – Defesa – 19
Celso – Defesa – 19
Marco – Médio – 19
Cristelo – Médio – 20
Gouveia – Médio – 19
Silvério – Avançado – 21
Diogo – Avançado – 19
Ex-juniores
Dias – Defesa – 19
Marcos – Médio – 19
Rui Filipe – Médio – 19
Treinador: Manuel Sousa
afirmando a disponibilidade da
autarquia em colaborar na reso-
lução do problema.
Fim da associação, mas não
do campeonato
Recorde-se que na semana pas-
sada foi decidido o fim da AFPP,
uma competição com 15 anos de
existência, apesar de se manter
o campeonato concelhio, recupe-
rando o modelo de gestão de há
quatro anos em que o Saudade
era responsável pela organização
dos campeonatos. Desta forma,
na próxima época os clubes de Pa-
redes não participariam nas com-
petições da Federação de Futebol
Popular do Norte. Desde Abril,
altura em que perdeu a direcção,
que a AFPP atravessa tempos con-
turbados. A falta de alguém que
queira liderar a Associação levou
a esta opção por extingui-la man-
tendo o campeonato.
Para essa competição está já as-
segurada a participação de 11 clu-
bes, os mesmos que aprovaram
esta solução em reunião.

Plantas com mais de três metros estavam em plantações caseiras
GNR apreendeu 75 quilos de cannabis
só durante este mês
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
A GNR de Penafiel não tem
dado descanso aos produtores de
cannabis. Só neste mês, os elemen-
tos do Núcleo de Investigação Cri-
minal (NIC) descobriram quatro
plantações caseiras em Penafiel e
Paredes e apreendeu 75 quilos de
uma droga muito popular, espe-
cialmente, entre os mais jovens.
As operações resultaram de de-
núncias que permitiram a deten-
ção de quatro homens, mas apenas
um ficou em prisão preventiva.
A pena para o cultivo de can-
nabis pode chegar aos 12 anos de
prisão.
Homem de 32 anos de Cête
ficou em prisão preventiva
A cannabis é uma planta que pre-
cisa de muita humidade e tempe-
raturas elevadas para se desenvol-
ver. Por isso, é sobretudo no final
do mês de Julho e durante o mês
de Agosto que esta planta atinge o
seu grau de maturidade, podendo
as suas folhas ser arrancadas para
posterior secagem.
É também nesta altura do ano
que a GNR costuma apreender
Centro Hospitalar com kits de limpeza de mãos
Hospital Padre Américo
poderá tratar doentes com gripe A
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
O Centro Hospitalar do Tâme-
ga e Sousa (CHTS) colocou dez
kits de limpeza de mãos nas suas
unidades de Penafiel e Amaran-
te. Os equipamentos, cheios de
uma solução alcoolizada, estão
situados nas principais entradas
e saídas do Centro Hospitalar e,
segundo o secretário de Estado da
Saúde, poderão contribuir para a
mudança dos hábitos higiénicos
dos utentes, fundamentais na pre-
venção da gripe A.
Manuel Pizarro assistiu tam-
bém à inauguração de cinco quios-
ques electrónicos, que permitirão
aos utentes efectivar consultas e
pagar taxas moderadoras sem a
intervenção de qualquer funcio-
nário do hospital.
Utentes passam a poder
efectivar consultas
num quiosque electrónico
O Hospital Padre Américo, em Pe-
nafiel, e o de S. Gonçalo, em Ama-
rante, ainda não têm doentes inter-
nados com gripe A, mas tal deverá
suceder quando a pandemia deixar
de estar controlada. A garantia
● Algumas das plantas atingiam os 3,60m de altura
maiores quantidades desta droga,
o que se confirmou mais uma vez
em 2009, com o NIC de Penafiel
e apreender 85 plantas, num total
de cerca de 75 quilos.
A primeira apreensão aconte-
ceu em Rio Mau, Penafiel, onde
um homem de 32 anos foi detido a
cortar e a regar 54 plantas de can-
● Manuel Pizarro foi o primeiro utilizador dos quiosques electrónicos
foi dada por Manuel Pizarro, na
semana passada, em Penafiel. “A
partir do momento em que existir
a disseminação na comunidade é
provável que haja uma fase em que
todo o Sistema Nacional de Saúde
vai ser chamado a tratar dos do-
nabis que cultivava num terreno
anexo à casa que habitava.
Ao todo, este jovem solteiro e com
antecedentes prisionais por tráfico
de droga tinha mais de 19 quilos de
cannabis e plantas que iam do 1,60
aos 3,60 metros de altura.
Quatro dias depois, a GNR ac-
tuou em S. Martinho de Recezi-
entes. E o Hospital Padre Américo
tem toda a capacidade para tratar
casos de gripe A, mesmo os casos
graves”, disse.
A mesma ideia foi defendida
pelo presidente do CHTS. “Es-
te hospital está já devidamente
nhos, freguesia penafidelense on-
de um homem de 42 anos também
tinha uma plantação de cannabis
num campo contíguo à sua casa.
Foram descobertas sete plantas,
a rondar os dois metros de altura,
que depois de pesadas chegaram
aos 12 quilos.
As informações que a GNR foi
municiado e tem já em stock um
conjunto muito diversificado de
equipamentos que vão ser muito
necessários quando chegarmos à
fase de pandemia”, referiu José
Alberto Marques.
Para já, o Hospital Padre Amé-
Sexta-feira, 28 Ago 2009 09
penafiel
recorrendo, sobretudo através de
denúncias, originou nova operação
no último dia 12. No lugar de Além,
em Cête, Paredes, foram encontra-
das mais 17 plantas de cannabis,
algumas das quais com cerca de
três metros de cumprimento.
Para além dos 19 quilos de
cannabis plantados num terreno
contíguo à sua habitação e prote-
gidos por uma estufa artesanal,
o homem de 32 anos tinha ainda
oito sacos com 600 gramas de
cannabis seca.
André R. foi o único dos detidos
a ficar em prisão preventiva, até
porque com antecedentes de tráfi-
co de droga este homem estava re-
ferenciado por furtos a residências
e por ameaças aos vizinhos, sendo
também acusado de um crime por
detenção de arma proibida.
A última detenção ocorreu na
Sobreira, ainda no concelho de
Paredes. Aqui, sete plantas com
cerca de três metros predomina-
vam num pequeno quintal visível
da rua. A GNR apreendeu 25 qui-
los em plantas e mais 600 gramas
de folhas secas a um homem de
44 anos com cadastro. Apresenta-
ções trissemanais foi a medida de
coação aplicada a este arguido.
rico e S. Gonçalo tentam prevenir
a gripe A com a colocação de kits
de limpeza de mãos nas principais
entradas e saídas das unidades,
acompanhados por um cartaz que
incentiva os utentes à prática de
métodos de higienização.
O secretário de Estado da Saú-
de foi um dos primeiros a lim-
par as mãos, mas também foi o
primeiro a utilizar um dos cinco
quiosques electrónicos colocados
no Padre Américo e S. Gonçalo.
Estes equipamentos, que es-
tarão disponíveis igualmente nos
centros de saúde, são uma espé-
cie de multibanco que permitirá
aos utentes efectivar consultas no
hospital, pagar taxas moderado-
ras e consultar a data de futuras
idas ao médico. “Vai um pouco de
encontro à lógica do Simplex e vai
permitir aos profissionais estarem
mais atentos a outras questões”,
explica José Alberto Marques.
Em Penafiel, Pizarro entregou
ainda 70 certificados de 9º e 12º
anos de escolaridade a alunos do
programa Novas Oportunidades
que frequentaram uma escola cria-
da no próprio hospital e vocaciona-
da para os seus funcionários.
Ao todo, esta escola já certifi-
cou mais de cem profissionais.
10 Sexta-feira, 28 Ago 2009

penafiel

Até 30 de Agosto Equipa é vice-campeã nacional

Pintura, Artes e Equipa de matraquilhos

Cultura expostas
em Boelhe
A Associação de Desenvolvi-
mento de Boelhe e a Fábrica da
Igreja Paroquial da Freguesia de
Boelhe está a levar a cabo uma
exposição de “Pintura, Mostra
de Artes e Cultura”, evento que
vai estar patente ao público,na
Residência Paroquial, em Boe-
lhe, até 30 de Agosto de 2009.
Já em Maio, durante três
dias, a freguesia de Boelhe foi
palco de uma iniciativa inédita
no concelho penafidelense, com
pintores consagrados e crianças
a retratarem em telas “Pintar
Boelhe”, surge agora um novo
evento: “Pintura, Mostra de Ar-
tes e Cultura”.
Agora, esta mostra colectiva
de pintura reúne obras de pin-
tores consagrados oriundos de
todo o país.
Integrado no projecto de transfor-
mar Boelhe na “Terra do Români-
co, das Artes e da Cultura”, este
evento tem como objectivo sensi-
bilizar as crianças e jovens para
as artes, em particular, a pintura
como forma e expressão cultural.
de Irivo venceu torneio
Biblioteca
Paroquial
em funcionamento
A Paróquia de S. Gens de Boelhe
tem vindo a afirmar com dinamis-
mo um novo panorama social e cul-
tural na freguesia. Após a iniciati-
va “Pintar Boelhe”, a constituição
do Grupo de Teatro e a encenação
de “A anunciação a Maria”, e esta
exposição, também está a preparar
uma biblioteca paroquial, aberta a
todos os paroquianos.
Face à doação de espólio de 600
livros e três obras de pintura do
paroquiano João Soares e sua fa- O 3.º Torneio Cidade de Tavi- título conquistado no torneio cipando, há cerca de dois anos,
mília, a biblioteca paroquial reu- ra Matraquilhos, organizado pe- concelhio organizado pela asso- em torneios oficiais organizados
nirá numa das salas da Residência la Associação de Matraquilhos ciação de Matraquilhos de Va- pela Federação Portuguesa de
Paroquial espaço para acolher no- do Algarve, foi conquistado pela longo, responsável pela compe- Matraquilhos.
vas obras, criando condições para equipa BPS de Penafiel. tição oficial no distrito do Porto, A 4 e 5 de Setembro a BPS vai
hábitos de leitura e dinamização Esta equipa, da freguesia de e conquistou também o 3.º lugar participar na última prova de
de acções culturais. Irivo, é vice-campeã nacional, na Taça de Portugal 2009 apuramento para o campeonato
O convite lançado é “Ler, também desde que se classificou em 2.º É constituída por três elemen- nacional que se realiza nos dias
é viver. Faça do livro um amigo”, lugar, em Maio de 2008, no tos - Alberto Ferreira, António 3, 4, e 5 de Outubro, no Porto,
sendo que são aguardados mais campeonato nacional. É ainda Rocha e Mário Silva – e tem se- havendo grandes expectativas
contributos para o enriquecimen- campeã do concelho de Penafiel, de na freguesia de Irivo, parti- em relação ao seu desempenho.
to da Biblioteca Paroquial.

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Alberto Santos valoriza carácter lúdico da Agrival

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Suspeitos dos assaltos aos CTT e aos supermercados Minipreço jul-
gados em Setembro

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GNR apreendeu 75 quilos de cannabis só durante este mês

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Há 20 presos foragidos da prisão de Paços de Ferreira

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Tribunais do Vale do Sousa poderão paralisar devido a vários julga-
mentos com júri

Certame estende-se até domingo
Alberto Santos valoriza
carácter lúdico da Agrival
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
Decorre até domingo aquela
que se afirmou como a maior fei-
ra agrícola do Vale do Sousa, mas
que hoje se transformou no prin-
cipal evento popular desta região
que agrega seis concelhos.
O certame contou já com a ac-
tuação de Herman José. O humo-
rista protagonizou um espectá-
culo entre tractores e exemplares
de gado bovino e cavalar, situ-
ação que foi repetida nas noites
seguintes pelos Irmãos Verdades
e pelo também actor Fernando
Mendes. Nos dias que se segui-
ram, o palco principal da Agrival
foi pisado por artistas como Pau-
lo Gonzo e Quim Barreiros.
Esta noite, sexta-feira, é a vez
de Mikael Carreira, um cantor ro-
mântico que promete atrair mui-
ta gente ao Parque de Exposições
de Penafiel.
Amanhã, sábado, será o gru-
po ABBACadabra Dancing Que-
ens, uma banda de tributo aos
suecos ABBA.
Director regional de Agricultura
e Pescas do Norte salienta
o carácter pedagógico
do certame
“A Agrival é um ponto de encon-
tro e um lugar de sociabilidade”,
afirmou o presidente da Câmara
Municipal de Penafiel durante a
inauguração do certame.
Mas Alberto Santos chamou
ainda a atenção para os mais de
350 expositores que preenchem
o Parque de Exposições de Pena-
fiel, local que acolhe a 30ª edição
do certame, defendendo que a
Agrival é “um sinal positivo para
enfrentar a crise”, essencialmente
pelo “capital de importância que a
feira tem para quem expõe”.
De facto, mais de três centenas
de empresários, agricultores e ar-
tesãos estão na Feira Agrícola do
Vale do Sousa à procura de con-
cretizar diversos negócios, alguns
dos quais na ordem dos milhares
de euros.
Já o director regional de Agri-
cultura e Pescas do Norte salientou
o carácter pedagógico do certame.
“A Agrival é também um espaço
Sexta-feira, 28 Ago 2009 11
penafiel
PUB
de conhecimento, com lugar pa-
ra vários colóquios e seminários
relacionados com a agricultura”,
sublinhou António Ramalho.
A Agrival deste ano, tal como
tem acontecido ao longo das últi-
mas três décadas, fica igualmente
marcada pela feira de S. Bartolo-
meu, efeméride celebrada na se-
gunda-feira e que teve na feira das
cebolas a sua principal atracção.
Ainda faltam os concursos de
Melão de Casca de Carvalho
e o desfile de tractores
Os concursos da Broa de Milho e de
Gado Bovino foram outros pontos
altos de um certame, que será palco
ainda do concurso do Melão de Cas-
ca de Carvalho, hoje, assim como o
desfile de tractores, no sábado.
No domingo, realiza-se o
XVII Grande Torneio de Tiro
aos Pratos, com o patrocínio da
Associação de Caçadores do Vale
do Tâmega: Luzim.
A Agrival encerra com um es-
pectáculo de fogo-de-artifício
que, todos os anos, leva milhares
de pessoas ao recinto.
12 Sexta-feira, 28 Ago 2009
lousada
Último grupo parte na segunda-feira
Colónia de Férias para jovens
carenciados continua segunda-feira
PUB São várias as crianças e jo-
vens que desde meados de Julho
têm participado nas actividades
promovidas pela autarquia na
Colónia de Férias da Praia da
árvore, em Vila do Conde.
Entre os dias 17 e 21 de Agosto
o grupo que participou foi com-
posto por 26 crianças e jovens
provenientes de famílias caren-
ciadas, portadores de deficiên-
cia e com incapacidades.
Actividades
vão desde
expressão
plástica, piscina
e jogos até ao
karaoke
Durante os cinco dias o grupo
teve oportunidade de desenvol-
ver várias actividades, sempre
acompanhadas pelos monitores.
Ateliês de expressão plástica,
idas à piscina, realização de jo-
gos, karaoke, são algumas das
Na Agrival até 30 de Agosto
acções desenvolvidas pelos mais
novos.
A vereadora do pelouro da
Juventude, Cristina Moreira,
destaca “a importância que es-
tas Colónias têm na vida de
muitas destas crianças e jovens,
na medida em que funcionam
como uns dias de diversão que
os encarregados de educação
não poderiam assegurar, na sua
maioria. Mas funciona também
como um estímulo e um modo
de premiar os mais novos pelo
seu esforço diário”.
O último grupo de lousaden-
ses que participa na Colónia de
Férias da Praia da Árvore parte
no dia 31 e regressa no dia 4 de
Setembro.
São mais cinco dias de diversão
e férias para crianças e jovens
sinalizadas pela Comissão de
Protecção de Crianças e Jovens,
provenientes de famílias que
usufruem de Rendimento Social
de Inserção, alunos do primeiro
ciclo que tenham o escalão A e
também que residam nos em-
preendimentos habitacionais.
Este fim-de-semana
Campanha
“Água
da Torneira”
A Câmara de Lousada e a empre-
sa Águas do Douro e Paiva (AdDP)
vão promover a iniciativa “Água da
torneira”, no próximo sábado e do-
mingo, na Praça das Pocinhas, diri-
gida a toda a população.
A iniciativa, que decorre entre as
11h00 e as 19h00, tem como finali-
dade informar os visitantes acerca
da qualidade e vantagens em con-
sumir água da torneira, tendo em
consideração três aspectos que são a
qualidade, a acessibilidade e o preço
deste bem.
Durante os dois dias as pessoas
que passarem por este espaço vão
ter acesso a diverso tipo de informa-
ção sobre a água da torneira num
espaço acolhedor, onde vão ser dis-
tribuídos copos de água fresca e es-
tar em exposição garrafas com água
proveniente da torneira, bem como
a apresentação de um filme sobre
a actividade desenvolvida pela em-
presa AdDP. A parte lúdica vai es-
tar também patente durante os dois
dias com músicas e um jogo relativo
ao ciclo da água, destinado a miúdos
e graúdos que podem levar brindes
alusivos à temática para casa.

Grupo de jovens premiado com estadia em Espanha
Colónia de Férias
em Renteria
juntou 45 jovens
Mais uma vez a Câmara de
Lousada promoveu uma Coló-
nia de Férias em Renteria, Es-
panha, entre os dias 1 e 12 de
Agosto. Esta iniciativa envolveu
os 45 jovens que asseguraram
o funcionamento da Feira do
Livro e também os vencedores
das Olimpíadas da Europa. Os
jovens e respectivos monitores
desenvolveram várias activida-
des durante o período em que
decorreu a Colónia de Férias,
desde rafting, arvorismo, surf,
visitas a povoações e caminha-
das. As visitas à cidade de San
Sebastian foram apontadas pe-
los participantes como um dos
pontos altos da Colónia.
O Vereador do pelouro da Cul-
PUB
Sexta-feira, 28 Ago 2009 13
lousada
PUB
tura, Eduardo Vilar, teve a opor-
tunidade de conviver com o gru-
po durante a estada em Renteria
e afirma que “este intercâmbio
entre os jovens de Lousada e de
Renteria é muito importante, na
medida em que se assume como
uma troca de experiências entre
culturas diferentes”.
Pedro Martins, que participou
pela primeira vez na Colónia de
Férias, ficou com opinião foi bas-
tante positiva. De acordo com o
jovem “a oportunidade, dada pela
Câmara Municipal de Lousada, de
passar 10 dias em Renteria foi re-
almente algo de extraordinário”.
Já André Mota, classificou estes
dias de actividades como “dinâ-
micos, divertidos e adoráveis”.
14 Sexta-feira, 28 Ago 2009
lousada
Um dos assaltantes feridos está detido, enquanto o outro está sob detenção no hospital
Dono de café dispara sobre assaltantes
e é constituído arguido
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
O dono de um café em Alvaren-
ga, Lousada, disparou sobre um
grupo de quatro homens que, na
madrugada de terça-feira, esta-
vam a assaltar o estabelecimento
comercial.
Todos conseguiram fugir, mas
dois dos indivíduos deram entrada,
na manhã seguinte, no Hospital S.
João, no Porto, e foram constituí-
dos arguidos. A mesma medida foi
aplicada ao dono do café.
Grupo furtou carrinha
e loja em Paredes
Já passava das 3h30 da manhã
quando Joaquim Ribeiro acordou
com o barulho de um vidro a par-
tir. Levantou-se para ir à janela
ver o que se passava e deu com um
grupo de quatro homens a sair do
seu café com a máquina de venda
de tabaco em braços.
Ainda gritou para afugentar os
ladrões, mas perante a persistên-
cia do gang voltou ao quarto para
pegar na caçadeira que mantinha
guardada.
O primeiro tiro foi, em forma
de aviso, para o ar, mas os dois se-
Obra vai iniciar em 2010 e implica beneficiação do túnel de Caíde de Rei
Lançado concurso público para a electrificação
da Linha Douro entre Caíde e Marco
Fernanda Pinto
fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt
A REFER lançou o concurso
público para a electrificação da
Linha do Douro entre Caíde de
Rei (Lousada) e Marco de Canave-
ses. O anúncio das empreitadas,
Caíde-Livração e Livração-Marco
foi publicado no Diário da Repú-
blica de 17 de Agosto.
Há muito que a electrificação
da Linha do Douro nesta zona era
reivindicada pela população. A
Comissão de Utentes da Linha do
Douro, em documento enviado no
final do ano passado às várias enti-
dades ligadas à obra, garantia que
se existisse esta linha eléctrica,
há muito prometida, cada utente
pouparia, por ano, 15840 minutos
o que corresponde a 21 dias.
Com estas duas empreitadas,
orçadas em 70 milhões de euros e
que deverão iniciar em 2010, serão
eliminadas passagens de nível, re-
abilitados túneis e beneficiadas
as estações. O túnel de Caíde de
Rei, que não terá comunicação
garantida no seu interior, nem de
telemóvel nem entre o comboio e
a própria REFER, não existindo
também meios de combate a in-
guintes já foram disparados com
a caçadeira apontada para o chão.
O dono do café Serfi, igualmente
proprietário de um estabeleci-
mento que comercializa material
agrícola, garante que nunca foi
sua intenção acertar nos ladrões,
mas o certo é que dois deles fica-
ram feridos.
Apesar dos ferimentos, o grupo
conseguiu fugir ao volante de uma
Toyota Hiace furtada em Paredes,
e que apareceu horas depois total-
mente carbonizada na Maia. Já um
● Túnel de Caíde vai sofrer obras
Ford Escort furtado na Maia foi
abandonado em frente ao café Serfi,
tendo no seu interior objectos rela-
cionados com um furto que o gang
tinha realizado, nessa mesma noite,
numa loja de Lordelo, Paredes.
Na manhã de terça-feira, os in-
divíduos feridos, ambos com 20
anos, deram entrada no Hospital
S. João, dizendo que tinham sido
baleados junto à estação de metro
da Senhora da Hora, em Matosi-
nhos, por desconhecidos.
Porém, PSP, PJ e GNR cruza-
ram diversas informações e de-
ram os dois jovens como suspeitos
dos assaltos em Paredes e Lousa-
da. O sangue recolhido em frente
ao café Serfi poderá confirmar es-
ta hipótese.
Entretanto, um dos indivíduos
foi detido e presente a interrogató-
rio judicial, enquanto o outro está
internado no hospital, mas sob
detenção, por contra ele pender
mandado de captura no âmbito de
outro processo.
Em comunicado, a PJ informou
cêndio e de extracção de fumos,
será um dos que vai receber obras
de reabilitação.
Este investimento na linha
permitirá melhores tempos de
percurso e maior segurança para
os passageiros e para quem atra-
vessa a via-férrea.
Maior rapidez e conforto
nas deslocações
Até agora, a linha estava electrifi-
cada apenas entre Porto e Caíde,
algo que levava muitas pessoas a
deslocar-se de carro até à estação
lousadense para só aí apanhar o
comboio. Para quem se desloca-
va de ou para o Marco a viagem
implica transbordo na estação de
Caíde onde deixavam o comboio
movido a electricidade e passa-
vam para uma composição a die-
sel, perdendo tempo e conforto.
A obra que agora avança, divi-
dida em duas empreitadas, ambas
superiores a 30 milhões, permi-
tirá trazer comboios suburbanos
de tracção eléctrica até ao Marco,
sendo que o haverá um aumento
de comboios disponíveis. O pra-
zo de execução é de dois anos e a
intervenção incluiu “rectificações
do traçado e pequenas variantes
ainda que também o comerciante
de 50 anos foi identificado e consti-
tuído arguido devido aos disparos
feitos na direcção das viaturas fur-
tadas e que a espingarda utilizada
foi apreendida. Esta força policial
justifica esta medida com o facto
de a licença da arma estar caduca-
da há mais de dois anos e meio.
Antes mesmo de a PJ o anun-
ciar, Joaquim Pinto já contava
com esta medida de coacção, mas
referia que só pretendeu defender
o que era seu.
de modo a melhorar a capacida-
de de exploração da linha e per-
mitir velocidades médias para
comboios convencionais de 120
Km/h na generalidade do troço
e de 140 Km/h para comboios de
pendulação activa, a renovação
integral da via, a sua electrifica-
ção, a remodelação das estações
de Vila Meã, Livração e Marco de
Canaveses, e dos apeadeiros de
Oliveira e Recezinhos, a constru-
ção de interfaces rodo-ferroviá-
rios, a beneficiação dos túneis de
Caíde, Gaviara e Campaínha e a
supressão das passagens de nível
ainda existentes no troço, me-
diante a construção de passagens
desniveladas e restabelecimentos
rodoviários”.
Recorde-se que o túnel fer-
roviário de Caíde não tem boas
condições de acesso caso seja ne-
cessário socorro, não existindo
actualmente um plano de emer-
gência. Com cerca de 1,2 quiló-
metros de extensão, o túnel tem
acesso apenas pelas duas extre-
midades e testemunhas afirmas
que existem apenas resguardos,
de cem em cem metros, do lado
direito da estrutura, onde cabem
“meia dúzia de pessoas”.

Atleta pacense ficou em sexto lugar na maratona
Marisa Barros foi a melhor da Europa
nos Mundiais de Atletismo de Berlim
Fernanda Pinto
fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt
A pacense, Marisa Barros, con-
quistou esta semana o sexto lugar
na Maratona dos Mundiais de Al-
tetismo em Berlim. A atleta, que
já é a melhor maratonista portu-
guesa desde Rosa Mota e Manuela
Machado, terminou a prova com
2:26:50 horas, a apenas um minu-
to e meio da campeã mundial Xue
Bai (China) e a um minuto e 18 se-
gundos da medalha de bronze.
Apesar de só ter disputado qua-
tro maratonas, Marisa Barros foi
a melhor europeia nesta prova de
42,195 metros, ficando atrás de
três chinesas, uma etíope e uma
japonesa.
Atleta recuperou
posições
nos últimos
quilómetros
A atleta pacense, de 29 anos, an-
dou sempre no primeiro grupo até
pouco depois dos 30 quilómetros,
fase em que não respondeu a um
ataque e a uma mudança de ritmo
impostas pelas líderes da corrida
e perdeu uma centena de metros,
passando para o segundo grupo.
Marcando o seu próprio ritmo,
a atleta de Sanfins de Ferreira foi
recuperando lugares até chegar à
sexta posição com que concluiu a
prova. Prova esta realizada com
“um sacrifício enorme”, já que,
recorde-se, a pacense teve um
problema no calcanhar que limi-
tou um pouco a preparação nas
últimas semanas. Nos últimos
quilómetros a maratonista ainda
recuperou duas posições.
Felicíssima por ser a sexta do
mundo nesta prova, Marisa Bar-
ros lembrou logo no fim da pro-
va: “Quando era mais jovem dizia
‘eu hei-de fazer uma maratona’, e
agora vejo-me a terminar a minha
quarta… só por si terminar já é
uma sensação de muita alegria, e
ser sexta é fantástico”.
Porque “cada maratona é uma
maratona e depende muito da pre-
paração”, a atleta vai já começar a
preparar a maratona dos Euro-
peus, em 2010. “Vou para lá con-
fiante de fazer um bom resulta-
do. Tudo depende das maratonas
que fizer até lá, a maratona é uma
aprendizagem, quero aprender e
rápido”, frisou ainda.
Com a conquista deste 6.º lu-
gar, a atleta trouxe para o país o
terceiro melhor resultado de sem-
pre de Portugal numa maratona
de um mundial, atrás do 4.º lugar
de Luís Novo, em 1999, e Alberto
Chaíça, em 2003.
Recorde-se que Marisa Barros
conseguiu os mínimos para par-
ticipar neste mundial ao vencer a
Maratona de Sevilha, altura em
que conseguiu também a terceira
melhor marca de sempre de uma
atleta portuguesa na distância,
terminando com sete minutos de
avanço sobre a segunda classifica-
da e batendo o recorde da prova.
Mini-estrevista
“Quero melhorar
e fazer algo na maratona”
Esperava chegar ao sexto lugar?
Ou ambicionava ainda mais?
Eu já estava no ranking das 20 pri-
meiras, por isso, tudo podia acon-
tecer. Mas haviam atletas com
melhores marcas que ainda não
tinham feito maratona este ano. O
sexto lugar foi muito bom. E correr
no Mundial é sempre diferente.
Não depende só de nós.
Como correu a preparação?
A preparação correu bem. Estáva-
mos optimistas. No final da prepa-
ração tive um pequeno problema
no calcanhar, originado por umas
sapatilhas, e tive que abrandar.
É que o importante era estar lá e
correr. Com o apoio médico con-
segui resolver parte do problema.
Mas, apesar disso, estava receo-
sa porque antes da prova não me
sentia a cem por cento. Esse pro-
blema retirou-me um bocadinho
de confiança.
Se não fosse isso, resultados po-
diam ter sido diferentes?
Nunca se sabe. Ia com mais con-
fiança para a prova e teria des-
cansado mais. A semana antes da
prova não foi fácil. Mas não sei se
seria melhor ou pior.
O que traz deste Mundial de Ber-
lim?
Este foi o primeiro Mundial e foi
diferente dos Jogos Olímpicos de
Pequim. Em termos de partici-
pação foi o máximo, trago muita
alegria e correu tudo muito bem.
Criou-se uma onda muito positiva,
com esperança e expectativa num
bom resultado. Isso ajudou muito.
Adorei estar lá, foi magnífico e
quero repetir. Ter o treinador comi-
go também foi muito importante.
Quais são os próximos objecti-
vos? A preparação para os Euro-
peus de Barcelona 2010?
Para já vou recuperar e não sei se
farei mais maratonas antes do Eu-
ropeu, vai depender do programa
do meu treinador. O grande objec-
tivo será Barcelona. Entretanto ir
fazendo atletismo porque quando
atingimos um patamar destes não
é fácil. Temos que estar concen-
trados só nisto e trabalhar só para
isto, porque estamos a competir
com atletas que também só vivem
para isto.
Sente-se reconhecida pelo seu
trabalho, em Portugal e em Pa-
ços de Ferreira?
Sinto que sim. No ano passado,
apesar de a classificação nos Jo-
gos ter sido boa não foi nada de
especial e aqui tive homenagens
e a comunicação social mostrou-
se interessada. Com a conquista
deste sexto lugar isso notou-se
ainda mais. Mas só quando che-
guei a Portugal é que percebi que
muita gente viu a minha prova. E
não estou a falar de pessoas li-
gadas ao atletismo, mas pessoas
comuns.
E sente que está a contribuir pa-
ra um maior reconhecimento da
modalidade?
Já tivemos bons maratonistas e
há no país gente que gosta da ma-
ratona. Acho que as pessoas sen-
tiam falta de alguém no pelotão
da frente, depois da Rosa Mota e
da Manuela Machado.
Estar logo atrás desses dois no-
mes do atletismo português é
uma grande responsabilidade?
É muito bom saber que estou
atrás de duas atletas que foram
medalhadas, e por outro lado a
responsabilidade é grande. Quero
melhorar e fazer algo na marato-
na. E sei que para isso tenho que
estar nisto a cem por cento.
Até onde quer chegar?
Sonho com Londres 2012. Mas
adoraria fazer ainda mais uns Jo-
gos Olímpicos se tiver saúde. Acho
que é possível ainda fazer mais
nove ou dez anos de carreira, mas
isso vai depender de muita coisa.
Por mim é para continuar.
Sexta-feira, 28 Ago 2009 15
paços de ferreira
“Passos
Para Integrar”
termina
primeira acção
Na sequência do protocolo de
compromisso assinado entre
a Câmara Municipal de Paços
de Ferreira e o Ministério do
Trabalho e da Solidariedade
Social, a 30 de Março de 2009,
iniciou-se o Contrato Local de
Desenvolvimento Social de Pa-
ços de Ferreira, denominado
“Passos Para Integrar”.
Este programa, coordenado
pela Associação Paços 2000,
destina-se essencialmente à
promoção da inclusão social
dos cidadãos, de forma multis-
sectorial e integrada, através de
acções a executar em parceria.
Prevista está a criação de
um Gabinete para a Emprega-
bilidade, uma Plataforma In-
teractiva para a Formação, um
Centro de Recursos e Qualifica-
ção para o desenvolvimento de
acções de formação destinadas
a famílias, formação em T.I.C.
para jovens e adultos, uma ac-
ção integrada (aluno-escola-
família) de combate à saída
precoce da escola, criação de
uma associação juvenil e de um
grupo musical, entre outras.
O objectivo é combater a po-
breza persistente e a exclusão so-
cial em territórios deprimidos.
O Contrato Local de Desen-
volvimento Social iniciou a sua
acção a 1 de Julho de 2009, com
actividades diárias de ocupação
dos tempos livres de Verão, para
jovens entre os 10 e os 16 anos,
encaminhados pelos Serviços
de Acção Social do concelho.
Foram criados cinco pólos de
actividades lúdico-desportivas
(Pavilhões das E.B. 2,3 de Paços
de Ferreira, Eiriz, Frazão, Fre-
amunde e Pavilhão Desportivo
de Arreigada), dinamizadas por
professores de educação física,
disponibilizados pela Câmara
Municipal de Paços de Ferreira,
animadores voluntários e técni-
cos do programa.
Assim, cerca de 120 jovens
tiveram oportunidade de fre-
quentar actividades despor-
tivas e radicais, idas à praia,
bem como visitas culturais e
de cidadania, nomeadamente
aos Bombeiros Voluntários de
Paços de Ferreira, Ecocentro,
Castro de Monte Mozinho e Ci-
tânia de Sanfins.
Estas actividades de Verão
terminam com uma festa de
encerramento, na qual, para
além da entrega de prémios e
diplomas, os jovens farão al-
gumas apresentações ligadas à
música, dança, moda e teatro.
Esta festa realiza-se hoje,
sexta-feira, no auditório da Bi-
blioteca Municipal Prof. Vieira
Dinis, em Paços de Ferreira,
pelas 17h30.
16 Sexta-feira, 28 Ago 2009
paços de ferreira
Tony Carreira
no Parque
Urbano
Tony Carreira estreia, em Paços
de Ferreira, no próximo dia 3,
pelas 21h00, o seu mais recente
conceito em concerto. Trata-se
do “Concerto das Energias Re-
nováveis”, projecto inédito do
cantor português que arrasta
multidões.
O próprio cantor propôs ao
município esta ideia de associar
música e público a esta men-
sagem, relacionada com a ur-
gência de um modelo energético
mais sustentável e menos depen-
dente dos combustíveis fósseis.
Neste concerto, com entrada
gratuita, são esperadas mais de
20 mil pessoas, no Parque Ur-
bano de Paços de Ferreira.
Acusa o PS
PSD desbarata
fundos
comunitários
Na visita realizada à freguesia
de Eiriz, o candidato indepen-
dente apoiado pelo PS, Hum-
berto Brito, aproveitou para
lançar algumas criticas à ges-
tão de Pedro Pinto.
O candidato à Câmara acu-
sou os sociais-democratas de
“falta de credibilidade” por
lançarem “livros de propagan-
da eleitoral empanturrados de
mentiras” e “falsidades”, entre
elas o facto de dizerem que os
novos centros escolares são
obra do PSD. “Com o actual PSD
não há credibilidade, não há se-
riedade. Há apenas vaidade,
auto promoção e desperdício de
dinheiros públicos”, adicionou.
Nos últimos 35 anos o con-
celho não evoluiu da melhor
forma e está “parado no tem-
po”, sustenta Humberto Brito.
Por isso, a candidatura socia-
lista tem a obrigação de tirar
Paços de Ferreira do marasmo.
“Paços de Ferreira não pode
continuar a viver de fundos co-
munitários de papel e no papel,
que a autarquia incompetente
não aproveita nem executa. De
1982 a 2009 o PSD de Paços
de Ferreira gastou os fundos
comunitários em inutilidades,
em obras de regime, em mega-
lomanias, que não servem nem
as empresas nem as pessoas,
servem apenas os amigos do
partido”, sublinhou.
O PS apresentou também um
projecto que visa ligar a fregue-
sia de Eiriz (via panorâmica) a
Carvalhosa e daqui a Ferreira.
O financiamento seria garantido
com o recurso a fundos comuni-
tários, obra cujo custo/benefício
é elevado uma vez que se trata de
dar resposta a um movimento
pendular diário entre o centro
das duas maiores cidades e as
freguesias a norte do concelho.
Mulher foi esmagada por ex-namorado da filha
Divergências familiares
acabam com atropelamento mortal
● Local do atropelamento foi assinalado com flores e velas
Roberto Bessa Moreira
roberto.moreira@verdadeiroolhar.pt
As autoridades policiais ainda
estão à procura de clarificar tudo
o que aconteceu na tarde de terça-
feira, quando uma mulher de 58
anos morreu na sequência de um
atropelamento, na Seroa, Paços de
Ferreira.
Para já, a linha de investigação
vai no sentido de ter havido um ho-
micídio causado por um relaciona-
mento amoroso da filha da vítima.
Entretanto, na freguesia da
Agrela, Santo Tirso, as dúvidas
Conservador do Museu Arqueológico da Citânia satisfeito com adesão
1.º Festival das Tradições em Sanfins
com mais de duas mil pessoas
Fernanda Pinto
fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt
Mais de duas mil pessoas te-
rão passado pelo Jardim com His-
tória do Museu Arqueológico, em
Sanfins, este fim-de-semana, para
visitar o 1.º Festival das Tradi-
ções, adiantou ao VERDADEIRO
OLHAR o conservador do Museu,
Joaquim Mário.
A iniciativa, promovida em con-
junto com a Câmara Municipal de
Paços de Ferreira e a Junta de Fre-
guesia de Sanfins, pretendeu aliar,
numa mostra, o património gastro-
nómico e etnográfico de uma fre-
guesia com muita tradição agrícola.
Abrir o Museu
à comunidade local
A proximidade das festas de Carva-
lhosa terá aumentado o número de
visitantes que no sábado e no do-
mingo decidiram visitar Sanfins, à
tarde e noite, para descobrir a mos-
tra e venda de produtos tradicionais
e artesanais daquela freguesia. Es-
são maiores do que o choque, até
porque Gracinda de Araújo Car-
neiro não mantinha grandes ami-
zades desde que, há 32 anos atrás,
matou um vizinho com um ferro.
Vizinhos lamentam morte
de vizinha distante
A única certeza é que Gracinda
Araújo Carneiro estava, por volta
das 16h30, numa das bermas da
via que liga a freguesia da Seroa à
A42. Estaria com um pau na mão
à espera de um homem de 34 anos
que, obrigatoriamente, tinha de
passar naquele local no trajecto
paço de artes e espaço de sabores
foram também as propostas nesta
iniciativa, com entrada livre.
Produtos da horta, artesana-
to, etnografia, cabrito à moda de
Sanfins e pintura sobre roupa,
sempre acompanhados de anima-
ção e cantares ao desafio, lembrou
Joaquim Mário, foram algumas
das ofertas desta mostra.
Pelos visitantes que recebe-
entre o emprego e a sua casa.
Na base da divergência entre
os dois está um alegado relaciona-
mento amoroso entre o jovem de
Felgueiras e a filha da vítima, uma
mulher divorciada, a morar com o
filho em Lordelo, Paredes, e que,
tal como o agressor, trabalha no
entreposto do Intermaché em Pa-
ços de Ferreira.
A divergência já vinha de há al-
gum tempo, mas, contrariamente
ao que foi avançado inicialmente,
nunca foi concretizada em quei-
xas-crime na GNR. Na terça-feira,
Gracinda Carneiro iria pedir al-
ram, de dentro e fora da freguesia
e do concelho, Joaquim Mário faz
um balanço bastante positivo do
evento que pretendem repetir de
forma anual.
“Esta é uma forma de abrir as
portas do Museu à comunidade
local. Há pessoas da freguesia que
não vinham cá há muito tempo e
regressaram e outros, que moran-
do cá, vieram pela primeira vez”,
gumas explicações, mas acabou
esmagada entre o carro conduzido
pelo jovem e a sua própria viatura,
estacionada na berma.
O embate foi tal que os carros
foram arrastados mais de uma
dezena de metros, provocando a
morte imediata da mulher.
A GNR deteve logo no local o
condutor de Felgueiras por suspei-
ta de homicídio, mas o caso está
agora entregue à Polícia Judiciária.
Na Agrela, de onde Gracinda
Araújo era natural, a população
também tenta perceber o que terá
sucedido mas, embora lamentem
a morte da conterrânea, poucos
são os que se mostrem abalados
com o sucedido. “É gente que se
mete na sua vida e que pouco
convive com as restantes pesso-
as”, explica um vizinho.
Na base deste afastamento está
uma desavença entre a família de
Gracinda Araújo e um vizinho, há
32 anos atrás, causada pela cons-
trução de um muro. Nessa altura,
Gracinda e o sogro agrediram um
homem que acabou por falecer.
Gracinda foi condenada por homi-
cídio e presa por vários anos.
“Desde essa altura que se mete-
ram a casa”, afirma um dos clien-
tes do café S. Pedro.
O corpo de Gracinda Araújo vai
ser autopsiado hoje, no Gabinete de
Medicina Legal de Penafiel, e o fu-
neral está marcado para amanhã.
realçou. Esta foi assim também
uma forma de sensibilizar para o
património da freguesia.
O objectivo é agora que o
Museu continue a ajudar com a
logística, mas passem a ser as
colectividades a organizar a ini-
ciativa. Recorde-se que qualquer
habitante da freguesia pode par-
ticipar neste certame, mostrando
a amigos e vizinhos as suas habi-
lidades artesanais, muitas vezes
desconhecidas da maioria.
O Festival juntou gastronomia
e etnografia para dar a conhecer as
artes e os sabores tradicionais, di-
namizando também o recentemen-
te inaugurado Jardim com história
do Museu Arqueológico. O stand
das artes permitiu ao Rancho Fol-
clórico Independente de Sanfins e
ao Rancho Folclórico da Citânia de
Sanfins darem a conhecer a sua et-
nografia. Alguns artesãos tiveram
a oportunidade de dar a conhecer
artes como a cestaria, a olaria, a
latoaria, as rendas e os bordados,
entre outros.
 Sexta-feira, 28 Ago 2009 17

ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PAÇOS DE FERREIRA

Parque de Exposições Capital do Móvel
Rua da Associação Empresarial, n.º 167 — Carvalhosa
4591-909 Paços de Ferreira
Tel. +351 255 862 114/6 | Fax. +351 255 862 115

www.aepf.pt | aepf@capitaldomovel.pt

Feira Capital do Móvel

celebra 25 anos de vida

ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PAÇOS DE FERREIRA

Espaço Infantil e Stock-Off Da edição original em 1984 sobram, apenas cin-

do Comércio Tradicional co empresas que, ano após ano, têm participado em

todas as feiras promovidas pela Associação Empre-
enriquecem a maior feira sarial de Paços de Ferreira (AEPF) no seu Pavilhão

de mobiliário aberta de Exposições. Armando & Filhos, A. J. Meireles &

Filhos, António Alves, Argopin e Antonino da Maia
ao público a partir do dia Costa são as cinco empresas que acreditam na qua-

29 de Agosto lidade do evento, entendem que devem assegurar e

Está à porta mais uma edição da principal feira
de mobiliário e decoração do país. A 33ª Capital do
Móvel é ainda maior por ser ano de aniversário. A
primeira Capital do Móvel realizou-se em 1984 e, de
então para cá, o mobiliário da região desenvolveu-
se, apostou na inovação e no design, internacionali-
zou-se e alcançou um patamar de qualidade inimagi-
nável em meados da década de 90.
sedimentar o seu espaço na maior feira de mobiliário
do país e que só a união dos comerciantes poderá
fazer com que a Capital do Móvel seja, ainda, maior.
Para quem procura mobilar a sua casa, reformular
a decoração, encontrar uma peça solta ou uma so-
lução integrada, a feira Capital do Móvel é a solução
de prestígio que não pode ser desperdiçada. Mobili-
ário em todos os estilos – contemporâneo, moderno,
clássico, rústico – ao alcance da maioria dos orça-
mentos familiares é o que lhe oferece esta mostra.

Mais duas vantagens

Esta edição conta com duas vantagens adicio-
nais: Espaço Infantil e feira de Stock-Off. A primeira
destina-se às famílias que pretendam visitar a fei-
ra de mobiliário e decoração e desejem entregar a
guarda os seus filhos menores de 12 anos duran-
te algum tempo. Este serviço é gratuito mediante a
apresentação do bilhete de entrada na feira e está
em funcionamento durante a Capital do Móvel, com
uma tolerância adicional de 30 minutos após o en-
cerramento. A segunda vantagem prende-se com a
utilização do pavilhão 4 para acolher uma feira de
stock-off de vestuário, calçado e acessórios de mo-
da do comércio tradicional de Paços de Ferreira. A
esta solicitação por parte dos comerciantes locais,
a AEPF entendeu por bem responder afirmativamen-
te e enriquecer a feira de mobiliário com mais uma
oferta adicional para os visitantes.
A feira poderá ser visitada entre 29 de Agosto e
6 de Setembro, no Parque de Exposições da Capital
do Móvel, em Paços de Ferreira no seguinte horário:
domingo a quarta – 10h às 20h; quinta a sábado
(10h às 23h.
18 Sexta-feira, 28 Ago 2009
Olhar (Im)Parcial
Terminadas que estão as tradicionais fé-
rias de Verão, o trabalho dos Partidos Políti-
cos no âmbito das campanhas para as elei-
ções legislativas e autárquicas entra agora
em fase de cruzeiro. No caso particular de
Paços de Ferreira, o mês de Agosto não foi
desperdiçado. Com a força e a dinâmica a
que a candidatura do PS e de Humberto Bri-
to já nos habituou, este mês foi aproveitado
para continuar o contacto pessoal com os
eleitores. E à medida que
as visitas às freguesias
se vão realizando, cada
vez estou mais convicto
de que em Outubro se
fará história. A mudança
nunca foi tão desejada
e a crescente adesão às
propostas que Humberto
Brito tem vindo a apre-
sentar é para mim um
claro sinal de que é pos-
sível vencer as eleições.
Naturalmente que,
para além das propostas
e do projecto político, é
necessário que as equi-
pas que se apresentam
a eleições demonstrem
qualidade e capacidade.
E neste ponto, analisan-
do a equipa que acom-
panhará Humberto Brito
à Câmara Municipal, dú-
vidas não restam de que se trata de gente
com provas dadas.
Do candidato à Presidência da Câmara
e para quem, como eu, o conhece há mui-
tos anos, podemos contar com uma enor-
me capacidade de trabalho e uma vonta-
de sem limites em ajudar o concelho e os
pacenses. O projecto está definido e as
prioridades claramente escalonadas. Com
Humberto Brito à frente dos destinos da
autarquia, tenho a certeza que daqui a 4
Esta é seguramente a crónica mais
mal cheirosa que escrevo nesta coluna.
E já irão perceber porquê. A candidatura
de António Sousa Pinto convocou recen-
temente uma conferência de imprensa
para, supostamente, apresentar as linhas
programáticas aos penafidelenses. Pen-
sava eu que iria finalmente conhecer as
A propósito
de maus cheiros…
propostas e os projectos daquela candi-
datura à Câmara Municipal e que, final-
mente, a estratégia da maledicênciae da
politiquice iria terminar. Pensei que o nível
do combate eleitoral se iria elevar, que se
iriam debater os projectos e as propostas
para o concelho, que se iria finalmente co-
anos os pacenses dirão que valeu a pena relação de enorme proximidade que man-
mudar, valeu a pena dar uma oportunida- tém com todos aqueles que necessitam de
de ao PS para demonstrar que é capaz de cuidados médicos, a Dra. Filomena Silva é
fazer mais e melhor. a pessoa certa no lugar certo.
Mas sem ovos não se fazem omoletas João Vasconcelos dispensa apresenta-
e por isso era fundamental que Humberto ções. Conhecido jornalista e director de um
Brito tivesse a seu lado uma equipa forte jornal local (funções que abandonou pelo
e competente. E isso foi conseguido e com facto de ter aceite integrar as listas do PS),
distinção. Paulo Sérgio Barbosa, pela larga João Vasconcelos sempre foi um lutador.
experiência que tem na gestão de várias No seu trabalho sempre se pautou pelo ri-
UMA GRANDE EQUIPA
UNIDA POR UMA GRANDE
MUDANÇA
Miguel Costa
Deputado do PS na Assembleia Municipal
de Paços de Ferreira
empresas, pelo rigor que aplica no seu gor e pela competência. Mas para além da
trabalho e pela seriedade que ao longo da vida profissional, João Vasconcelos nunca
sua vida profissional sempre demonstrou, deixou de participar na vida do concelho.
é uma mais valia nesta equipa. Na cultura, na educação e no movimento
Filomena Silva, conhecida e reconhe- associativo, João Vasconcelos tem provas
cida médica no Centro de Saúde de Fre- dadas. O facto de aceitar integrar a equipa
amunde, é uma peça fundamental neste do PS foi, para mim e para muitos pacen-
projecto. Trata-se de uma área em que ses, uma grande notícia.
será necessário uma forte e permanente Manuel Monteiro, é também uma perso-
atenção. Pela forma empenhada como nalidade bem conhecida no concelho. Con-
sempre se dedicou ao seu trabalho e pela tabilista de profissão, com uma vastíssima
nhecer o desígnio de António Sousa Pinto o maior parque de diversões de Portugal
para o concelho de Penafiel. Foi, assim, e um dos maiores do noroeste peninsu-
com expectativa, que aguardei pela che- lar. O parque de diversões da Bracalândia
gada dos jornais do fim-de-semana para que vai trazer a Penafiel mais de 300 mil
me inteirar de todas as revelações que, visitantes por ano, que vai criar tantas
julgava eu, iria encontrar. Afinal a confe- centenas de postos de trabalho direc-
rência de imprensa não era para apresen- tos e indirectos e que tem um potencial
tar as tais linhas programáticas. Essas imenso para a dinamização da economia
Antonino de Sousa
(antoninodesousa@gmail.com)
Vereador na Câmara Municipal de Penafiel
pela Coligação Penafiel
ainda estarão em elaboração, segundo local. Mas para o candidato António Sou-
revelou o candidato aos jornalistas. Mas, sa Pinto este investimento não passa de
já que os senhores jornalistas tinham sido uma “barracalandia”. Fazer trocadilhos e
convocados, o candidato tratou de fazer querer ser engraçado com um projecto
aquilo que melhor sabe: dizer mal. Vai dai, que vai trazer emprego para tantos pena-
ligou a “cassete” e toca a disparar. Come- fidelenses que o não têm, numa altura em
çou por atacar aquele que é seguramente que o país ultrapassou a barreira do meio
experiência nesta área, aceitou dar o seu
contributo para este grande projecto do PS.
A sua relação com centenas de empresas
do concelho de Paços de Ferreira e o conhe-
cimento e experiência adquiridos ao longo
de uma vida, reforça a qualidade e transver-
salidade da equipa de Humberto Brito.
Anabela Freire, assistente social, San-
dra Ribeiro, empresária, Nelson Gomes,
estudante universitário e Presidente da JS,
Carla Dias, professora, José Matos, médico
dentista, Eliana Ribeiro, enfermeira e Fran-
cisco Gomes, engenheiro civil, completam
a lista do PS à Câmara Municipal. Trata-
se, sem dúvida, de uma grande equipa,
constituída por homens e mulheres que
ambicionam dedicar muito do seu tempo
à causa pública e que se comprometem a
trabalhar para e pelas pessoas. Com esta
equipa, com Humberto Brito e com o PS, o
concelho de Paços de Ferreira vai ganhar.
milhão de desempregados, demonstra
pouco sentido de responsabilidade.
Depois o candidato puxou pela sua
inspiração mais demagógica e populista
e tratou de afiançar que as tarifas dos
resíduos em Penafiel são muito eleva-
das. O que não disse foi que este valor
das tarifas foi imposto pelo governo atra-
vés da Lei das Finanças
Locais e que o mesmo
governo publicou no pas-
sado dia 10 deste mês
de Agosto uma portaria
que aumenta a taxa de
gestão de resíduos que
aplica aos municípios
em mais 50%! No com-
bate político não vale
tudo e não dizer toda a
verdade mostra muita
falta de seriedade.
Para terminar com bri-
lho a sua comunicação
aos jornalistas, o candi-
dato disse ainda que exis-
tem no concelho vários
atentados ambientais, so-
bretudo na área do sane-
amento. E logo tratou de
exemplificar com a freguesia de Peroselo,
onde, segundo António Sousa Pinto, “sen-
tir Penafiel é sentir o cheiro da m…”.
Seria bom que alguém de bom senso,
ligado à candidatura de Sousa Pinto, lhe
explicasse que esta forma de fazer poli-
tica começa a cheirar mal…

As listas apresentadas pelo Partido So-
cialista às próximas eleições autárquicas
são caracterizadas por grande qualidade,
equilíbrio e fiabilidade.
São de qualidade por reunirem um gru-
po significativo de Lousadenses, conhece-
dores dos problemas da terra, motivados e
capacitados para a sua
resolução, com ideias
e disponibilidade pa-
ra ser dado prosse-
guimento ao ritmo de
desenvolvimento por
todos reconhecido.
São de equilíbrio
por conciliarem a ex-
periência com a juven-
tude, por agregarem
cidadãos de diferen-
tes estratos etários
e das mais diversas
proveniências socio-
profissionais, por con-
cederem representati-
vidade às freguesias e
por todos os candida-
tos estarem imbuídos
do mesmo espírito de
motivação e idealis-
mo, de partilha de pro-
postas e de soluções
para os desafios que
se avizinham. Na heterogeneidade da sua
composição, sobressai a homogeneidade
da sua harmonia e complementaridade
das experiências dos seus elementos.
São, portanto, listas que apresentam
grande fiabilidade, dado terem sido con-
gregadas as pessoas mais competentes
No tempo em que andei na escola,
antes de acontecer o 25 de Abril, apren-
dia-se como se organizava administrati-
vamente o nosso país, o que era a Cons-
tituição (naquele tempo a de 1933), o
que representava, o que continha, a di-
ferença entre os diversos sistemas polí-
ticos e, naturalmente se fazia a apologia
Votar esclarecido
é um direito
e um dever…
do regime que mais agradava naquela
altura - a Ditadura do Partido Único. Ape-
sar de tudo, havia uma formação básica
sobre política e sobre a organização ad-
ministrativa que nos era ministrada em
disciplinas obrigatórias ao longo dos vá-
rios anos de formação, do básico ao Se-
e mais empenhadas para contribuírem,
de forma activa e dinâmica, no prosse-
guimento do processo de modernização
do concelho.
Em resumo, os candidatos aos di-
ferentes órgãos autárquicos oferecem
garantias de confiança, rectidão e efici-
Provas de confiança!
Eduardo Vilar
Vereador da Câmara Municipal de Lousada
pelo Partido Socialista
ência, pelo que merecem reunir a plena
aprovação do eleitorado.
No entanto, o projecto do PS/Lousada
não se esgota, naturalmente, nas listas
que irão ser submetidas a sufrágio. Elas
apenas interpretam e personificam a ínti-
ma ligação com a população e as suas or-
cundário, da História de Portugal à OPAN
– Organização Politica e Administrativa
da Nação. Desta forma, todos os cida-
dãos que frequentassem a escola, ti-
nham algum conhecimento, mesmo que
básico, sobre estes assuntos. O resto
aprendia-se por fora. Apesar de todas as
restrições da liberdade a que estávamos
J. A. Baptista Pereira
Vereador da Câmara Municipal de Paredes
pelo Partido Socialista
sujeitos sempre houve, para quem quis,
forma de aprender ou saber mais sobre
politica e sobre tudo o que era censu-
rado. A restrição aguçava a curiosidade,
a censura apurava o engenho de cada
um em fintar o seu controlo. Não havia
Internet nem telemóvel e a informação
Sexta-feira, 28 Ago 2009 19
Olhar (Im)Parcial
ganizações representativas: associações exerce o poder local.
culturais e desportivas, estabelecimentos Na verdade, e a atitude coerente aqui
de ensino, empresas, serviços públicos e assumida ao longo dos anos testemunha
uma plêiade de cidadãos descomprometi- fielmente este princípio, não são os elei-
dos com a vida política e partidária, mas tos que governam: é o povo que governa
profundamente vinculados ao crescimento através deles.
e afirmação das potencialidades locais. Numa autêntica democracia repre-
Sendo candidaturas elaboradas com sentativa, deveria ser sempre assim,
o povo e para o povo, dão um sinal ine- mas sabemos que nem sempre assim é
quívoco de que a aproximação entre elei- em muitos lados. Mas também sabemos
tores e eleitores será uma componente que, em Lousada, a cultura democrática
estruturadora da vida autárquica, confir- se encontra enraizada e os órgãos au-
mando, assim, a intensa e permanente tárquicos constituem, nesse aspecto,
proximidade com que, em Lousada, se um excelente exemplo.
televisiva a que se tinha acesso era limi- leçam restrições da liberdade de expres-
tada à produção nacional e de conteúdo são ou de aprendizagem, mas também
censurado. A formação básica era com- não ensina como participar politicamen-
plementada ou por um ambiente fami- te na sociedade e que essa participação
liar mais esclarecido, ou pelos convívios é um dever cívico de todos. O que seria
estudantis, ou pelas viagens de férias. de um povo sem líderes ou sem regras?
Reinava uma aparente acalmia e esta- E que líderes? E que regras? A resposta
bilidade. Fervilhava, na clandestinidade está no seio do próprio Povo. Só parti-
cipando activamen-
te na política, seja
votando de forma
esclarecida ou dispo-
nibilizando-se para
ser votado, podemos
usufruir do direito de
participar na escolha
do rumo que preten-
demos para nós pró-
prios. Esta é a força
de um regime demo-
crático. Se não fos-
semos democratas e
tolerantes, defenderí-
amos com proprieda-
de que quem não vo-
ta, quem não procura
ser esclarecido para
votar em consciência,
quem se nega a parti-
cipar na vida pública,
quem escarnece do
trabalho e do esforço
dos que se dão pelo
bem comum, nunca
ou em pequenos grupos familiares ou deveria ser livre. E de certa forma não o
estudantis, a consciencialização cívica é. Quem assim se posiciona é um egoís-
da juventude e da população mais activa ta social, um recluso do seu egocentris-
para os problemas criados pelo regime mo e petulância. Façamos das próximas
imposto pelo Estado Novo de Salazar. eleições mais um exercício de cidadania
Actualmente, o regime democrático em e liberdade e votemos em consciência
que vivemos, não aceita que se estabe- mas depois de esclarecidos.
20 Sexta-feira, 28 Ago 2009
Paulo Silva diz que foi obrigado
a presenciar convite a Granja
“Eu só digo que não queria, não
queria mesmo. Mas depois de
uma refeição bem regada tornou-
se difícil perceber quem estava a
convidar a quem e para quê… e
levantar da mesa então…”, disse
(em off) Paulo Silva, membro da
Assembleia Municipal pelo PS,
sobre o convite feito a Granja da
Fonseca para ser candidato à Câ-
mara pelos socialistas.
Confirmado que foi o almoço par-
tilhado entre o social-democrata,
Paulo Silva e Amílcar Granjo
(membro da Assembleia de Fre-
guesia de Castelões de Cepêda),
Cadeia de Paços de Ferreira vai oferecer aparelhos de GPS aos reclusos
A medida surgiu depois de o
VERDADEIRO OLHAR ter aler-
tado a semana passada para o
facto de que já 20 reclusos estão
foragidos da cadeia de Paços de
Ferreira. Os responsáveis pelo
estabelecimento prisional, que
nem tinham dado falta destes
ficam ainda por esclarecer os con-
tornos do que lá se passou. Gran-
ja diz que houve convite, Paulo
Silva diz que só foi ver a bola e
que foi Amílcar quem “mandou a
boca” pra irem ao tacho e o mem-
bro da AF de Castelões de Cepeda
nem a boca abre para falar deste
assunto.
De certeza há apenas a
ementa: rojões à minhota
com vinho verde da região
e salada de fruta para a
sobremesa.
Pelo sim pelo não, Paulo Sil-
va, adiantou ao FALSO OLHAR
presos, pois são cerca de 300, ou
seja “mais que as mães”, chegaram
à conclusão que a culpa era deles
próprios.
“Pois é, a culpa é nossa”, garan-
tia ao FALSO OLHAR o director
da prisão. “Nossa e da Câmara”,
acentuou. “É que a nossa pequena
Verdadeiro Olhar
é manchete
em jornal de Paredes
O jornal Verdadeiro Olhar, o pas-
quim que costuma sair encartado
com o FALSO OLHAR, volta a
triunfar no Vale do Sousa. De-
pois de já ter sido referen-
ciado no semanário
“Fórum”, atingiu
o zénite do
seu his-
que foi obrigado a estar no almo-
ço e a presenciar o convite pri-
meiro porque estava amarrado à
cadeira e depois porque “estava
com muita fome e aqueles rojões
cheiravam tão bem….”.
prisão, que muitos reclusos con-
sideram como o lar, pois passam
mais tempo aqui que em casa, es-
tá muito mal sinalizada. A nossa
secretaria passa 85 por cento do
tempo a olhar para mapas e expli-
car aos guardas como trazer cá os
presos”, informou.
Objectivo era ser capa no “Dica da Semana”
torial ao ser manchete n’ “O Pro-
gresso de Paredes”. A redacção do
FALSO OLHAR sabe que os admi-
nistradores do Verdadeiro Olhar
pretendem, agora, ser referência
em outro jornal da região, prova-
velmente na “Gazeta de Paços de
Ferreira”, no “Freamundus” ou,
ambição maior do seu director, no
“Dica da Semana”.
Infelizmente, os responsáveis
editoriais por aquele periódico
paredense confundiram a nu-
vem com Juno e atribuíram ao
Verdadeiro Olhar caracterís-
ticas intrínsecas ao seu irmão
mais novo, o FALSO OLHAR. É
que é de nós que podem esperar
Por isso, o mais certo é que os re-
clusos foragidos não tenham na
realidade fugido. “Eles devem é
ter-se perdido quando voltavam
para cá”, justificou o responsável
pela choldra pacense.
Entretanto a decisão tomada foi a
de que sempre que um recluso tem
Jacinto Cruz da Mentira
cruzdamentira@verdadeiroolhar.pt
a mentira, o aviltamento, a hu-
milhação e o despudor. A silly
season também deve ter atingi-
do alguns jornaleiros daquele
título, provavelmente mais de-
sejosos de ir a banhos do que
em fazer dois jornais ao mesmo
tempo, apesar de algumas notí-
cias repetidas que, reconhece-
mos, fica sempre bem.
De qualquer modo, apesar da in-
veja com esta notícia foi recebida
na redacção do FALSO OLHAR,
humildemente nos curvamos pe-
rante a magnitude do acto do pas-
quinzito, augurando-lhe um futu-
ro risonho na imprensa regional e
mundial, quiçá até da Europa.
direito a precária é-lhe oferecido
um GPS com a morada da prisão
nos favoritos. Um dos presos dis-
se ao FALSO OLHAR estar muito
satisfeito com a medida: “ao me-
nos a gente já não temos que rou-
bar um e se o vendermos inda ga-
nhamos uns trocos pro tabaco”.
 Sexta-feira, 28 Ago 2009 21

o
A sede do Partido Socialista
de Paredes mudou. Há mais de

id
três anos que a sede não é na

d
Rua 1º de Dezembro. O FALSO

n
OLHAR reparou que ainda lá

ve
continua o letreiro a anunciar
que ali se reúnem os homens
da rosa, o que não é grave. Gra-
ve é ter um letreiro no vidro a
dizer “VENDE”. Em Paredes,
há muito que o PS foi vendido
a dissidentes do PSD.

Peixeiras de Paços de Ferreira

revoltadas com Joaquim Mota
As peixeiras de Paços de Ferrei-
ra estão revoltadas com o que
dizem ser uma concorrência
desleal protagonizada pela Jun-
ta de Freguesia de Lordelo. As
vendedoras de peixe já estão a
programar uma acção de protes-
to para a frente da sede da au-
tarquia lordelense, onde depo-
sitarão milhares de boletins de
voto com a cruz no PSD, depois
de Joaquim Mota ter despejado
vários baldes de peixe em frente
à Câmara Municipal de Paços de
Ferreira.
“Já não bastava a crise e o
preço alto do chicharro e ago-
ra também temos esse Joaquim
Mota a estragar-nos o negócio.
Se ele quer vender peixe que o
faça na terra dele”, afirmou, in-
dignada, a D. Maria, para quem
o despejo de peixes nos paços do
concelho não passou de uma ac-
ção promocional levada a cabo
por Mota. “Ele sabe é muito. Pri-
meiro deu os peixes para se tor-
nar conhecido, mas de certeza
que daqui a uns dias vai apare-
cer com uma carrinha a vender
pelas portas”, continuou.
Numa peixaria do centro da
“Capital do Móvel”, a D. Ger-
trudes, mais do que revoltada,
sentia-se traída. “Nós sempre o
vimos como um dos nossos. Ele
OS TEXTOS PRESENTES NESTA SECÇÃO SÃO FICÇÃO E AS IMAGENS, FOTOMONTAGENS.

falava como nós, era parecido

com nós e também não perce-
bia nada de política. Mas nunca
pensámos que ele fosse fazer-se
peixeiro e que vinha roubar-nos
a clientela”, desabafou.
Solidário com as peixeiras,
Pedro Pinto já anunciou que vai
permitir que estas comercian-
tes montem as suas bancas em
frente à Câmara dois dias por
semana. “Depois do Mota ter
despejado o peixe, o pessoal ha-
bitou-se ao cheiro rapidamente.
Por outro lado, com as bancas
montadas ninguém dará pelas
manifestações que o M6N está a
pensar fazer na rotunda”, expli-
cou o presidente da Câmara.
22 Sexta-feira, 28 Ago 2009
Um dia na vida de...
e B a sq u e te bo l d e P e n a fi e l
Clubobejecdtivos são manutenção com a esperança de chegar aos playoffs
Proliga:
Fernanda Pinto
fernanda.pinto@verdadeiroolhar.pt
Nasceu a 6 de Janeiro de 1999,
para continuar um projecto de des-
porto escolar, iniciado na Escola D.
António Ferreira Gomes, que pro-
curava implementar a modalida-
de no concelho. Actualmente tem
250 atletas em formação e é já o
segundo maior clube (em número
de atletas praticantes) a seguir ao
Futebol Clube de Penafiel, mas is-
so, “infelizmente”, não se reflecte
em visibilidade no concelho.
Mas o reconhecimento veio da
Federação Portuguesa de Basque-
tebol que, depois de o Clube de
Basquetebol de Penafiel (CBP) ter
conquistado dois terceiros lugares
no campeonato, aceitou a sua can-
didatura para ingressar na Proliga,
● Clube foi apresentado esta semana
a 2.ª divisão nacional. Um projec-
to novo, sólido e credível, que pre-
tende elevar o nome do concelho,
foi o apresentado esta semana pelo
Clube, juntamente com o plantel e
equipa técnica. “Um projecto am-
bicioso” que quer enraizar o bas-
quetebol em Penafiel e tornar este
clube em referência.
O presidente da direcção do
CBP, Sérgio Rodrigues, deixou
também claros os objectivos: a
manutenção, ganhar experiência,
sempre com a esperança de che-
gar aos playoffs.
Aposta em formação
para “alimentar” os seniores
O CBP foi criado há 10 anos e
tem sede no Pavilhão Desportivo
Municipal Fernanda Ribeiro. No
início funcionava muito ligado ao
desporto escolar, mas desde que
está na direcção, há seis anos,
que Sérgio Rodrigues quis impri-
mir ao clube uma outra dinâmica
para que o projecto crescesse. “A
preocupação tem sido ter melho-
res treinadores e dar aos atletas
da casa uma especialização em
basquetebol que antes não exis-
tia”, referiu.
A aposta foi assim na formação
para melhorar os índices de prá-
tica e também para que daqui a
dois ou três anos, passem a ser os
jogadores da casa a “alimentar” a
equipa sénior. “Temos três joga-
dores da casa na equipa e quatro
jogadores nos juniores que já têm
alguma experiência de seniores
e que poderão ser chamados à
equipa principal”, disse Sérgio
Rodrigues.
Ao longo dos anos o número de
jogadores foi aumentando. Neste
momento são 150 no basquetebol
e 100 no andebol, que passou a
ser parte integrante da estrutura
desde 2003. Este ano, também
o andebol já terá equipa sénior,
ficando com equipas que compe-
tem em todos os escalões, só com
formação da casa.
Basquetebol ainda é
modalidade alternativa
O crescimento do basquetebol tem
sido sustentado na formação. A
equipa sénior foi formada há qua-
tro anos e nos dois primeiros anos
a competição foi feita com a pra-
ta da casa, explicou o presidente.
“Acaba por ser sempre um pouco
ingrato porque não vivemos numa
grande cidade. Aos 18 e 19 anos
perdemos sempre muitos atletas
que vão para fora”, acrescentou.
Só há dois anos o clube fez a
aposta na subida de divisão, com
a contratação de alguns jogado-
res. Acabaram o campeonato em
terceiro lugar nas últimas duas
épocas e a subida à Proliga é fruto
“dessa aposta e reconhecimento”
da Federação.
Em Portugal, o basquetebol é
ainda uma modalidade alterna-
tiva e há “pouca aposta e media-
tismo” em torno do jogo, mas “as
pessoas cada vez mais gostam
de basquetebol”, garante Sérgio
Rodrigues. “Este jogo é dos mais
emotivos, tudo pode ficar decidi-
do nos minutos finais”, adicionou,
dizendo que as pessoas gostam
de ver o jogo mesmo quando não
percebem as regras: “Na outra
época tivemos jogos com 300 e
400 pessoas”.
Treinos descentralizados para
captar jogadores noutras
freguesias
Sustentar o clube na Proliga não
vai ser fácil, não esconde, mas
contam já com alguns apoios,
nomeadamente do município,
pelo que a equipa se designará
CBP Sentir Penafiel. Entretanto
continuam a estabelecer outras
parcerias com empresas privadas
através de oferta de publicidade.
“Queremos tornar-nos num clube
de referência”, enfatizou o presi-
dente do CBP.
Levar a modalidade a todo o con-
celho é objectivo. Isso passará por
treinos descentralizados que per-
mitam chegar às freguesias.
Desta forma, as equipas de ande-
bol vão já nas próximas semanas
treinar no Gimnodesportivo de
Rio de Moinhos.
Plantel por fechar,
treinador escolhido
O plantel não está fechado, dis- levar a equipa a bom porto. O téc-
se desde já o presidente do CBP, nico, que foi a primeira escolha da
adiantando que estão à procura equipa para ocupar esta posição,
de novos jogadores e tendo já em aceitou o convite pela vontade de
vista dois internacionais e estan- regressar a Portugal, por achar
do outro jogador à experiência, que era um projecto válido e por
um inglês, de 2,06 metros. Inter- gostar de novos desafios, explicou
nacional é também o treinador e Sérgio Rodrigues.
coordenador técnico do CBP. O A equipa sénior vai em breve
ucraniano Valentyn Melnychuk, arrancar com treinos bi-diários.
ex-selecionador nacional, “uma Todas as outras treinam no Pavi-
referência que dá credibilidade ao lhão Fernanda Ribeiro, diariamen-
projecto”, será o responsável por te, entre as 18h00 e as 24h00.
O plantel:
Novas contratações:
- Mário Gonçalves – poste, 2,03 metros; ex-CAB-Madeira. “Experiente” e
“outra das principais armas” do CBP para esta época.
- Fábio Fernandes – extremo; 2,01 metros ex-Futebol Clube do Porto. 23
anos e “uma das principais promessas da modalidade em Portugal”.
- João Pereira – extremo; 1,87 metros; ex-Barcelos
- Alexander Kratvsov – extremo; 1,95 metros; ex- Illiabum. 22 anos e
“conta com um percurso assinalável em Portugal ao serviço do FC Porto
e Illiabum”.
Mantêm-se:
- Vladimir Teixeira – base; 1,80 metros; CBP
- Paulo Pesqueira – base; 1,75 metros; CBP
- Luís Oliveira – extremo; 1,85 metros; CBP
- Miguel Repinaldo – extremo; 1,90 metros; CBP
- Ulisses Ribeiro – extremo; 1,75 metros; CBP
- André Moreira – extremo; 1,90 metros; CBP
- Fábio do Bem – extremo; 1,79 metros; CBP
- Nuno Marques – poste; 1,95; CBP
- Maurício Rocha – poste; 1,98; CBP
O presidente
Sérgio Rodrigues é actualmente clusive sendo treinador dos senio-
presidente e coordenador técnico res, embora actualmente treine
do CBP. Tem 31 anos e é forma- apenas a equipa feminina.
do em educação física, tendo em Há seis anos surgiu o convite para
2001 feito uma especialização a direcção. Com pouca experiên-
em basquetebol. Chegou ao Clube cia, referiu, tentou fazer um traba-
para estagiar e pela relação próxi- lho que levasse ao crescimento do
ma com o clube, onde já tinha trei- C. BP. “Não é por acaso que em
nado e onde o irmão era jogador, três anos o clube chegou à Proli-
foi ficando. “Fiquei responsável ga”; frisou. O terceiro mandato de
pelo projecto do mini-basquete, dois anos termina agora e, por ser
durante dois anos, e entretanto já um trabalho gratificante, mostra-
passei por todos os escalões”, in- se disposto a continuar.
 Sexta-feira, 28 Ago 2009 23

Olhar Indiscreto

doNorte
rnadonCavalo
FeAmigos a)
Co(ADsRAtCN
e Recreativa
Presidente da Associação Desportiva

a
própria. A curto e médio prazo
Quantos cavalos tem? Desde quan-
? Viagem de sonho (realizada ou por aposta é na cont inuid ade da Feir a
O que lhe dá mais prazer na vida do aprendeu a montar a cavalo? -
, realizar)? Porquê? do Cavalo da Avel eda e na organiza
Viver. Adoro desporto, como caça a Tenho oito cavalos. Montar e andar
a
r Está por realizar. Gostava de dar idas de cava los.
pesca e equitação e também esta ecer os cavalo são coisas diferente s. And o a ção de corr
volta ao mundo para conh a mon - Quais as maiores dificuldades?
com os amigos. e cavalo desde que nasc i, mas
outros países, as suas culturas apre nder agor a. A falta de apoios.
tar a cavalo estou a
gentes.
Qual o melhor e o pior momento
Qual a sua maior ambição?
da sua vida? Que projectos para a associação?
O melhor momento foi terminar o cur- Ser feliz até morrer.
A longo prazo queremos uma sede
so. O pior acho que ainda não tive.

Na infância o que queria ser?

Porquê?
Electricista. Sempre gostei de faís-
o
cas (risos). O meu pai é desse ram
e talvez tenha sido influenciado por
r
isso. Comecei muito cedo a apanha
choques e gosto de electricidad e.

Qual a situação mais caricata que

já viveu?
Dar cinco tiros a um coelho e ele
continuar a fugir…

Que pessoa ou pessoas mais ad-

mira? Porquê?
Os meus pais e irmãos, porque são
e
as pessoas com que posso contar
as. Qual o seu maior
que nunca me irão virar as cost
vício?
A caça.
Qual o objecto pessoal preferido?
Uma Nossa Senhora pequenina,
Qual o seu maior medo?
daquelas florescentes, que encon-
o Não tenho.
trei no quintal quando era pequen
i-
e que está sempre na minha mes
Já alguma vez viu a mor-
nha de cabeceira.
te à sua frente?
Já fui atropelado uma vez
Qual o último livro que leu?
quando ia a atravessar a rua
O Código Da Vinci.
com os meus irmãos à noite. A
sorte é que o carro vinha deva-
Tem algum hobby? Qual ou quais?
gar.
Caça, pesca e equitação e também
futsal, que jogo todas as semanas. -
Os cavalos são uma paixão? Des
de quando?
Se tivesse de encarnar numa per- lo
Sim, nasci em cima de um cava
sonagem de banda desenhada
(risos).
qual seria? Porquê?
O Lucky Luke. Porquê? Sei lá… por-
O que o atrai nesse animal?
que tem cavalos e armas talvez.
A sua nobreza.
l
Se fosse primeiro -ministro, qua
Se os cavalos falassem, o que po-
seria a sua primeira medida?
deriam ensinar ao Homem?
Educação e saúde de graça para s.
Podiam ensinar a ser submisso
todos. Se nos outros países há, por- de sere m mai s
Os cavalos, ape sar
que é que aqui não há-de haver. -se a vári as coi-
forte s submetem
a
o seu sas. O Homem também se devi
Qual a sua maior virtude e qua ndo as opin i-
saber submeter
maior defeito? mel hore s que
ões dos outros são
O defeito é ser perfeccionista de-
as suas.
mais. A virtude é ser sincero.

Quem deixava ficar numa ilha de-

Qual foi a pior coisa que já lhe
serta? Porquê?
aconteceu com um cavalo?
Um colega de trabalho, o Nélson Go-
e Cair abaixo de um, para aí há 15
mes. Porque é egoísta, insensível
” os dias. Por azelhice minha e burrice
arrogante. E gosta de “queimar
do cavalo.
colegas para ficar bem visto.

.
“Na infância queria ser electricista
m ec ei m ui to cedo a ap an ha r ch oq ues…”
Sempre gostei de faíscas e co z”. É natural da freguesi a de Avel eda , Lous ada , ond e aind a reside. Formado em Engenharia
Electrónica e Redes de Computadore
s, Fernando
um dos seus oito animais, o Apito.
Tem 28 anos e é “solteiro e bom rapa . Lida com cavalos desd e que nasceu. Na fotografia aparece com
nte formação em Vila Nova de Gaia
Costa é actualmente dá actualme
24 Sexta-feira, 28 Ago 2009

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