Jerônimo teve um pesadelo em que foi acusado de ser mais ciceroniano do que cristão, ilustrando a luta interna da Igreja primitiva com a literatura e filosofia pagãs. Durante a propagação do cristianismo, os pensadores cristãos tiveram que oferecer explicações mais completas da doutrina para ensinar pessoas com diferentes perspectivas filosóficas. No terceiro século, o cristianismo já não era mais uma pequena seita judaica e estava despontando como rival dos costumes de Roma antiga
Jerônimo teve um pesadelo em que foi acusado de ser mais ciceroniano do que cristão, ilustrando a luta interna da Igreja primitiva com a literatura e filosofia pagãs. Durante a propagação do cristianismo, os pensadores cristãos tiveram que oferecer explicações mais completas da doutrina para ensinar pessoas com diferentes perspectivas filosóficas. No terceiro século, o cristianismo já não era mais uma pequena seita judaica e estava despontando como rival dos costumes de Roma antiga
Jerônimo teve um pesadelo em que foi acusado de ser mais ciceroniano do que cristão, ilustrando a luta interna da Igreja primitiva com a literatura e filosofia pagãs. Durante a propagação do cristianismo, os pensadores cristãos tiveram que oferecer explicações mais completas da doutrina para ensinar pessoas com diferentes perspectivas filosóficas. No terceiro século, o cristianismo já não era mais uma pequena seita judaica e estava despontando como rival dos costumes de Roma antiga
JERÔNIMO, MAIS CONHECIDO POR SUA TRADUÇÃO DA BÍBLIA
para a versão latina Vulgata, foi um monge rigoroso. Mas por volta do ano 374, quando ainda era um novato na vida de abnegação, ele adoeceu durante a Quaresma e teve um pesadelo. Ele sonhou que estava em pé diante do tribunal divino e, de algum lugar, uma voz forte e aterrorizante bradou: — Você, Jerônimo, é ciceroniano, e não um cristão. Aquela foi a voz da consciência, sem dúvida. Jerônimo amava o Senhor, mas também conhecia e amava as obras de autores clássicos: Cícero, Salústio, Lucrécio, Virgílio, Horácio e Juvenal. Seu pesadelo é típico da luta interior que a Igreja primitiva travava com a literatura e a filosofia pagãs — essa é uma luta sem fim. Que comunhão tem Cristo com Belial? O que Salmos tem a ver com Horácio, ou os Evangelhos com Nietzsche, ou Paulo com Hemingway? Durante a propagação da mensagem cristã, os cristãos enfrentaram o desafio espiritual e intelectual de ensinar pessoas com diferentes perspectivas filosóficas, muitas das quais se encaixavam na abrangente categoria do helenismo — o período de cultura e pensamento gregos que se estendeu desde Aristóteles até o surgimento dos romanos. Novos argumentos e críticas levaram os pensadores cristãos a oferecer uma explicação mais completa da doutrina cristã. No terceiro século, o cristianismo já não era mais uma pequena seita judaica, mas estava despontando velozmente como rival dominante dos antigos costumes de Roma. Homens de cultura e poder estavam se fazendo as grandes perguntas: Qual é o papel do cristianismo nos assuntos humanos e imperiais?
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