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Genética

1) Introdução à genética

Genética (do grego genno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e
da variação dos organismos. Ramo da Biologia que estuda a forma como se transmitem as
características biológicas de geração para geração.

2) Breve Histórico da Genética

 Gregos (Hipócrates, entre outros):


 Teoria da Pangênese  a atividade sexual implicava na transferência de miniaturas
dos órgãos do corpo.

 Segunda metade do séc. XIX:


 Darwin  retomou a teoria da Pangênese, explicando que cada órgão produziria
gêmulas que se acumulariam nos órgãos sexuais e seriam transmitidas durante a
relação sexual se desenvolvendo no embrião.
 Teoria do pré-formismo  o espermatozóide ou o óvulo continham um indivíduo
completo em miniatura chamado homúnculo. O desenvolvimento embrionário seria
apenas o crescimento desse homúnculo.

 Início do século XX:


 O surgimento de microscópios mais aperfeiçoados derruba de vez a teoria do pré-
formismo.
 A teoria da pangênese foi descartada por August Weismann, quando demonstrou
que ratos com caudas cortadas continuavam produzindo prole com cauda normal.

 Gregor Mendel (1822-1884):


 Publicou seu estudo sobre a hereditariedade das ervilhas em 1866 no periódico de
História Natural de Viena. Mendel abordou o problema da hereditariedade do ponto
de vista matemático.
 Seus trabalhos permaneceram esquecidos por 34 anos.
 Ele percebeu que existem fatores específicos que são transmitidos pelos pais à
prole.
 Constatou que estes fatores ocorrem aos pares e que os descendentes recebem um
de cada genitor.
 O que eram os fatores específicos, que podiam ser transmitidos de pais para filhos?

 Final do séc. XX:


 Utilização de microscópios cada vez melhores  o estudo das células permitiu a
identificação de corpos finos e compridos, que eram identificados durante a divisão
celular e ficavam armazenados no núcleo da célula.
 Por se corarem intensamente estas estruturas foram denominadas: cromossomos.

 1900:
 Redescoberta dos trabalhos de Mendel por três botânicos  Hugo De Vries
(holandês); Karl Correns (alemão); Erich Tschermak (suíço).

 1902:
 Teoria de Sutton-Boveri  Afirmava que os fatores de Mendel estavam nos
cromossomos. Estes fatores passaram a se chamar: genes.

 1907:
 Morgan descobriu que durante a formação dos gametas os cromossomos homólogos
se recombinam, trocando segmentos entre si.
 Descobriu, também, que os genes ocupam locais específicos (“endereço”) nos
cromossomos; tais locais foram chamados então de loci gênico.
 1928:
 Fred Griffith descobriu que estrato de bactérias patogênicas podia transformar
linhagens inócuas em patogênicas.

 1944:
 Avery, MacLeod e McCarty identificaram que o DNA era a substância capaz de
realizar as transformações das bactérias descritas por Griffith.
 Esse experimento revelou que o DNA era a molécula da hereditariedade.

 1953:
 James Watson e Francis Crick, publicaram na revista Nature o modelo da molécula
de DNA.

 1954:
 Gamow idealizou o modelo no qual uma trinca de nucleotídios do DNA serve para
codificar um aminoácido de uma cadeia polipeptídica.

 1959:
 Arthur Kornberg recebeu o Prêmio Nobel pela descoberta da enzima e do processo
de duplicação semiconservativa do DNA.

 1960:
 Foi descoberto o RNA mensageiro.

 1961:
 Foi comprovado que o código era formado por trincas de nucleotídios.

 Início da década de 70:


 Iniciaram as pesquisas sobre tecnologia de DNA recombinante (engenharia
genética).

 1988:
 Início do projeto Genoma Humano, que foi concluído em 2003, identificando que
maior parte da molécula de DNA não estava envolvida na codificação de proteínas,
sendo, portanto designada como DNA lixo.

 2005:
 A revista Ciência Hoje publicou um artigo sobre os achados do biólogo Peter
Andolfatto, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA), os quais levam a
crer que a contribuição do DNA ‘lixo’ é muito significativa, especialmente para a
evolução.
 “Segundo o autor, ele é responsável por tantas diferenças adaptativas entre
espécies quanto as alterações nas proteínas, consideradas a principal força por trás
desse fenômeno. Ele acrescenta que, na totalidade, as regiões não-codificantes
podem ser cinco vezes mais importantes para o processo.

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