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Queimadas como estratégia

de manejo: Prática antiga,


mas com consequências
negativas
Na agricultura brasileira, as queimadas controladas representam uma
prática que foi, por muito tempo, bastante comum, sendo ainda muito
usada em propriedades com o objetivo de limpar a superfície da terra
e “prepará-la” para um novo plantio.

O que ocorre, porém, é que muitas vezes, essa prática foge do


controle, pois é feita de maneira totalmente indiscriminada e sem
acompanhamento, causando danos ao solo, como a eliminação de
nutrientes essenciais às plantas. As queimadas também trazem uma
série de prejuízos à biodiversidade, à dinâmica dos ecossistemas e à
qualidade do ar.

Em curto prazo, o uso da queimada pode até favorecer a renovação


da vegetação, principalmente por essa ser uma ferramenta acessível e
de baixo custo, mas, em longo prazo, as consequências não são tão
positivas.

Especialistas indicam que as queimadas geram degradação do solo


pela exposição direta à chuva, além da eliminação da biodiversidade
animal e vegetal, fatores importantes para o controle de pragas e
doenças, e perda de nutrientes essenciais ao crescimento das plantas.

Mas o problema se torna ainda maior quando as queimadas fogem do


controle e podem devastar gigantes áreas, ou quando há queimadas
acidentais, que causam intensas perdas da produção das lavouras,
com consequente perdas econômicas de grandes proporções.
Consequências agronômicas
das queimadas em solos
agrícolas
Mesmo quando controladas e devidamente autorizadas pelos órgãos
ambientais, as queimadas, principalmente quando ocorrem de forma
recorrente, podem danificar o solo e, consequentemente, aumentar os
custos de produção. Alguns são os motivos destas consequências,
das quais vale citar:

 Degradação dos solos

O fogo decorrente das queimadas provoca alterações físicas,


químicas e biológicas no solo, principalmente por eliminar diversos
nutrientes deste solo, como nitrogênio, potássio e o fósforo,
considerados elementos essenciais para melhor desenvolvimento da
planta;

 Compactação

As queimadas são fatores que contribuem para a redução da


umidade, com consequente compactação dos solos. Estes, por sua
vez, ficam suscetíveis a processos erosivos e outras formas de
degradação que comprometem a produtividade;

 Eliminação da biodiversidade

O fogo, quando presente em florestas e lavouras, destrói a


biodiversidade do micro, meso e macrofauna, considerados bastante
importantes para o controle de pragas e doenças, além de preservar a
fertilidade da terra.

Mas, além dos danos ao solo, as queimadas também trazem sérias


consequências ao meio ambiente. Entre elas, a liberação de gases de
efeito estufa, poluição de nascentes, rios e águas subterrâneas e
destruição de habitats naturais.
As queimadas e suas consequências. Fonte: Revista Galileu

Sob o ponto de vista agronômico, as queimadas não proporcionam


benefícios, pelo contrário, são responsáveis por trazer sérias
consequências às lavouras. As consequências principais neste
contexto estão associadas à:

 Desencadeia o processo erosivo e outras formas de degradação do


solo;
 Aumenta da liberação de dióxido de carbono, considerada uma das
principais causas do aquecimento global;
 Poluem nascentes, águas subterrâneas e rios por meio das cinzas;
 Destrói habitats naturais.

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