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RESUMO
Este artigo procura analisar o alinhamento inédito entre
Estado, finanças e construção civil ocorrido no Brasil nos anos 2000, que permitiu que grandes empreiteiras e incor‑
poradoras passassem a produzir habitação para famílias de rendas média e baixa. Se, por um lado, houve a constituição
de um complexo imobiliário‑financeiro bastante sofisticado, por outro, permaneceram a base produtiva industrial com
elementos arcaicos e a dependência em relação aos subsídios públicos.
PALAVRAS‑CHAVE: construção civil; mercado imobiliário; finanças;
política habitacional.
[*] Universidade de São Paulo, São Nunca tivemos uma combinação de fatores como a atual, os
Carlos, São Paulo, Brasil. luciashim‑
bo@gmail.com
astros finalmente se alinharam. (Declaração do diretor exe‑
cutivo de Negócios Imobiliários do Grupo Santander Brasil,
[1] Landim, 2009. Agradeço imen‑
samente a pista dada aqui por José
O Estado de S. Paulo, 9 ago. 2009.)1
Eduardo Baravelli.
Grandes grupos da construção civil (as conhecidas
empreiteiras) e da incorporação (do mercado imobiliário classe a)
passaram a produzir habitação para famílias de rendas média e bai‑
xa a partir dos anos 2000 no Brasil. Houve um alinhamento inédito
entre legislação, instituições públicas, recursos financeiros e cadeia
produtiva da construção, que já vinham se movendo com diferentes
velocidades desde os anos 1990, que colocou a produção de habitação
em outro patamar de acumulação de capital.
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ESTADO
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PRODUÇÃO
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ESPAÇO
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