Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/288166036
CITATIONS READS
30 6,689
2 authors:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Prática Baseada em Evidências em Psicologia Clínica e o Desenvolvimento das Terapias Comportamentais View project
All content following this page was uploaded by Jan Luiz Leonardi on 26 December 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/1982-3703001552014
Artigo
Abstract: Traditionally, the choice of the type of psychotherapeutic intervention for various
clinical conditions fundamentally depends on the professional experience of the therapist
and his/her predilection for certain clinical strategies. However, this scenario has been
changing in the context of evidence-based practice. Despite the extensive and heated debate
in international psychology literature over the past few years, evidence-based practice has
been scarcely discussed in Brazilian Psychology. Hence, this article aims at introducing
the paradigm of evidence-based practice in psychology from a historical perspective, with
particular emphasis on the clash between the different positions on the issue. It also focuses on
the efforts of the American Psychological Association to design a model that is representative of
various theoretical, methodological, conceptual, and practical perspectives in order to bridge
the gap between science and practice that still exists in clinical Psychology. This article seeks
to contribute to a greater participation of Brazilian psychology in this movement.
Keywords: Evidence-Based Practice. Evidence-Based Psychology. Clinical Psychology.
Psychotherapy.
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1141
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1142
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1143
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1144
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
eficaz quando havia: (1) dois estudos que sustentados para diversos diagnósticos, na
demonstrassem que aquele tratamento era elaboração de manuais de tratamento e no
superior a um grupo sem tratamento ou (2) desenvolvimento de recursos de formação
três ou mais experimentos de caso único que e treinamento nos tratamentos listados
demonstrassem que aquele tratamento era (Sanderson, 2003).
superior a placebo ou a outros tratamentos.
Um tratamento também era listado como Apesar dessas conquistas, o produto da
provavelmente eficaz quando atendia aos força-tarefa da Divisão 12 foi contestado
critérios de tratamento empiricamente sus- por diversos pesquisadores e terapeutas, por
tentado, mas os estudos que o sustentavam várias razões. Uma delas diz respeito à inclu-
tinham sido realizados por um mesmo grupo são somente de pesquisas cujos participantes
de pesquisadores. preenchiam os critérios diagnósticos para
alguma psicopatologia descrita no Manual
Em 1995, após a análise de diversos grupos Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Men-
de discussão acerca de seu conteúdo, o tais (DSM; American Psychiatric Association,
relatório da força-tarefa da Divisão 12 da 2013). Alguns autores (cf. Reed, Kihlstrom
APA foi publicado no boletim The Clinical & Messer, 2006) argumentam que os diag-
Psychologist, no qual foram listados 18 tra- nósticos não capturam as particularidades
tamentos empiricamente sustentados e sete que os clientes levam para o consultório
provavelmente eficazes, com a observação e nem os contextos em que os problemas
de que os tratamentos que não haviam sido surgiram e se mantêm. Outros (e.g., Bohart,
incluídos nessas duas categorias deveriam O’Hara & Leitner, 1998) defendem que os
ser considerados experimentais (Task Force diagnósticos não são necessários para des-
on Promotion and Dissemination of Psy- crever os clientes e que rotular um grupo
chological Procedures, 1995). Uma nova de indivíduos apenas por compartilharem
atualização da lista foi publicada pela Divisão algumas características não os torna seme-
12 em 1998, na qual foram relacionados 16 lhantes; ao contrário, cada cliente deveria
tratamentos empiricamente sustentados e 55 ser visto como único e, portanto, receber
tratamentos provavelmente eficazes, além um tratamento totalmente individualizado.
de uma lista atualizada dos manuais que
descrevem as etapas e os procedimentos dos Outros autores explicam que boa parte
tratamentos empiricamente sustentados e de dos clientes costuma apresentar sintomas
um conjunto de informações sobre oportu- de ansiedade, depressão, uso de drogas,
nidades de formação e treinamento nessas alterações de personalidade, etc., que estão
psicoterapias (Chambless et al., 1998; Woody abaixo do limiar para fechar um diagnóstico
& Sanderson, 1998). completo, e que muitos outros buscam a
terapia para resolver questões que sequer
Em 1999, com o intuito de dar continuidade estão descritas no DSM, como insatisfação
à identificação, formação e disseminação de com o emprego, dúvida sobre a permanência
tratamentos empiricamente sustentados, a ou não em um casamento, dificuldade em
Divisão 12 formou um comitê permanente se envolver em relacionamentos afetivos,
que publica atualizações constantes sobre entre outros (Fava & Mangelli, 2001; Stirman,
a eficácia de intervenções psicológicas, DeRubeis, Crits-Christoph, & Brody, 2003;
disponíveis em seu website (http://www. Westen & Arkowitz-Westen, 1998).
psychologicaltreatments.org). Desde a for-
mação da força-tarefa em 1993, o trabalho Outra razão de insatisfação por parte de clíni-
da Divisão 12 resultou no desenvolvimento cos e pesquisadores foi a inclusão somente de
de critérios para a identificação da susten- tratamentos manualizados. Conforme men-
tação empírica de diversas intervenções cionado, os manuais de tratamento apresen-
psicológicas, na identificação de pesquisas tam protocolos padronizados de intervenção
de resultado, na publicação de listas que que devem ser seguidos pelo terapeuta frente
relacionam os tratamentos empiricamente a problemas clínicos específicos. Alguns
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1145
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1146
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1147
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1148
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
técnicas específicas, a importância dos fatores melhor do que nenhuma evidência (Spencer,
comuns, etc. (Norcross et. al., 2006). Detrich & Slocum, 2012).
Em vista disso, a APA desenvolveu o con- A perícia clínica diz respeito ao repertório
ceito de prática baseada em evidências em especializado do terapeuta, construído em
Psicologia (PBEP), definido como o processo sua formação acadêmica, supervisão, experi-
individualizado de tomada de decisão clínica ência clínica e estudo da literatura teórica e
que ocorre por meio da integração da melhor empírica. Esse repertório inclui competências
evidência disponível com a perícia clínica no como avaliação diagnóstica, formulação de
contexto das características, cultura e prefe- caso, identificação de padrões clinicamente
rências do cliente (American Psychological relevantes, planejamento e implementação
Association, 2006). Os três componentes da de intervenções, monitoração do progresso,
definição – evidências de pesquisa, reper- habilidades interpessoais, estabelecimento da
tório do clínico e idiossincrasias do cliente relação terapêutica, compreensão das dife-
– possuem o mesmo grau de importância renças individuais e culturais, comunicação
na determinação da melhor conduta para com outros profissionais envolvidos, domínio
cada cliente. teórico e, em especial, obtenção e aplicação
das melhores evidências disponíveis para
O primeiro componente da definição – cada caso particular. Dessa forma, deve
melhor pesquisa disponível – refere-se haver interação constante entre o julgamento
às evidências empíricas que demonstram profissional e os dados empíricos existentes
quais procedimentos terapêuticos produzem (American Psychological Association, 2006;
resultados positivos e minimizam resultados Reed et al., 2006; Wampold, Goodheart &
negativos (Reed et al., 2006). Tendo em vista Levant, 2007).
que o que constitui a melhor evidência
depende do objetivo em questão, a APA De acordo com Spring (2007), a perícia
(2006) referenda diferentes tipos de métodos clínica é o componente mais controverso
nomotéticos e idiográficos (ensaios clínicos da definição de PBEP, sobretudo porque cos-
randomizados, experimentos de caso único, tuma ser erroneamente concebida como um
estudos de caso), que eventualmente podem conjunto de intuições particularizadas sobre
culminar na listagem de tratamentos empi- quais ações do terapeuta produziriam ou não
ricamente sustentados (Chambless et al., bons resultados. Alguns terapeutas defendem
1998), relações terapêuticas empiricamente que dados de pesquisa não podem guiar a
sustentadas (Norcross, 2002) e princípios prática e que a escolha dos procedimentos
de mudança terapêutica (Castonguay & terapêuticos deveria se basear fundamental-
Beutler, 2006b). mente na intuição oriunda da experiência
profissional, mas há um considerável corpo de
A expressão melhor evidência disponível evidências sugerindo que a intuição não é um
sugere a existência de dados com diferen- bom guia; pelo contrário, a intuição costuma
tes níveis de qualidade, ficando a cargo do estar repleta de vieses, falhas e distorções, a
terapeuta a seleção dos mais relevantes. Neste ponto de o terapeuta enxergar sucesso quando
caso, o valor das evidências é estimado com há indícios de fracasso (Baron, 2000; Herbert,
base em dois critérios: (1) grau de compatibi- Neeren & Lowe, 2007). Em contraponto à
lidade das evidências com o caso em questão ideia de um julgamento clínico escorado
e (2) grau de confiabilidade dessas evidências, apenas na opinião do terapeuta, a perícia clí-
determinada pela quantidade de pesquisas e nica é concebida como um conjunto rigoroso
pela qualidade metodológica das mesmas. de competências que complementa (e não
É fato que os dados de pesquisa podem ser rivaliza com) a melhor evidência disponível
incompatíveis, conflitantes ou incompletos, (Spencer et al., 2012; Wampold et al., 2007).
mas, ainda assim, deve-se buscar o uso da
melhor evidência disponível sob a premissa A racional do terceiro componente da defi-
de que pouca evidência, se bem utilizada, é nição de PBEP – contexto das características,
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1149
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1150
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1151
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1152
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Addis, M. E., & Cardemil, E. V. (2006). (pp. 226-234). Washington, DC: American
Referências Psychotherapy manuals can improve Psychological Association.
outcomes. In J. C. Norcross, L. E. Beutler, &
R. F. Levant (Orgs.), Evidence-based practices Bohart, A. D., O’Hara, M., & Leitner, L. M.
in mental health: Debate and dialogue on (1998). Empirically violated treatments:
the fundamental questions (pp. 131-140). disenfranchisement of humanistic and other
Washington, DC: American Psychological psychotherapies. Psychotheraphy Research,
Association. 8(2), 141-157.
Addis, M. E., Wade, W. A., & Hatgis, C. (1999). Castonguay, L. G., & Beutler, L. E. (2006a).
Barriers to dissemination of evidence-based Principles of therapeutic change: a task force
practices: addressing practitioners’ concerns on participants, relationships, and techniques
about manual-based psychotherapies. factors. Journal of Clinical Psychology, 62(6),
Clinical Psychology: Science and Practice, 631-638.
6(4), 430-441.
Castonguay, L. G., & Beutler, L. E. (Orgs.). (2006b).
American Psychiatric Association (2013). Principles of therapeutic change that work.
Diagnostic and statistical manual of mental New York, NY: Oxford University Press.
disorders: DSM-5. Arlington, VA: American
Psychiatric Publishing. Chambless, D. L. (1993). Task force on promotion
and dissemination of psychological
American Psychological Association. (2006). procedures: a report adopted by the Division
Evidence-based practice in psychology:
12 Board. Washington, DC: American
APA presidential task force on evidence-
Psychological Association. Recuperado
based practice. American Psychologist,
em dia mês ano, de http://www.apa.org/
61(4), 271-285.
divisions/div12/est/chamble2.pdf
Baptista, M. N. (2010). Questões sobre avaliação
________. (2002). Beware the Dodo bird: The
de processos psicoterápicos. Psicologia em
dangers of overgeneralization. Clinical
Pesquisa, 4(2), 109-117.
Psychology: Science and Practice, 9(1), 13-16.
Barlow, D. H., Boswell, J. F., & Thompson-
Chambless, D. L., Baker, M., Baucom, D. H.,
Hollands, J. (2013). Eysenck, Strupp, and 50
years of psychotherapy research: a personal Beutler L. E, Calhoun K. S., Crits-Christoph,
perspective. Psychotherapy, 50(1), 77-87. P.,... Woody, S. R. (1998). Update on
empirically validated therapies, II. The
Baron, J. (2000). Thinking and deciding (3a ed.). Clinical Psychologist, 51(1), 3-16.
Cambridge: Cambridge University Press.
Chambless, D. L., & Ollendick, T. (2001).
Beutler, L. E. (1979).Toward specific psychological Empirically supported psychological
therapies for specific conditions. Journal of interventions: Controversies and evidence.
Consulting and Clinical Psychology, 47(5), Annual Review of Psychology, 52, 685-716.
882-897.
Chambless, D. L., Sanderson, W. C., Shoham, V.,
________. (1998). Identifying empirically Johnson, S. B., Pope, K. S., Crits-Christoph,
supported treatments: what if we didn’t? P.,... McCurry, S. (1996). An update on
Journal of Consulting and Clinical Psychology, empirically validated therapies. The Clinical
66(1), 113-120. Psychologist, 49(2), 5-18.
________. (2002). The Dodo bird is extinct. Cozolino, L. (2010). The neuroscience of
Clinical Psychology: Science and Practice, psychotherapy: Healing the social brain (2a
9(1), 30-34. ed.). New York, NY: W. W. Norton.
Beutler, L. E., & Johannsen, B. E. (2006). David, D., & Montgomery, G. H. (2011). The
Principles of change. In J. C. Norcross, L. scientific status of psychotherapies: a new
E. Beutler, & R. F. Levant (Orgs.), Evidence- evaluative framework for evidence-based
based practices in mental health: Debate psychosocial interventions. Clinical Psychology:
and dialogue on the fundamental questions Science and Practice, 18(2), 89-99.
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1153
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Filippin, L. I., & Wagner, M. B. (2008). Koerner, N., Vorstenbosch, V., & Antony, M.
Fisioterapia baseada em evidência: uma M. (2012). Panic disorder. In P. Sturmey, &
nova perspectiva. Revista Brasileira de M. Hersen (Orgs.), Handbook of evidence-
Fisioterapia, 12(5), 432-433. based practice in clinical psychology,
volume two: adult disorders (pp. 285-311).
Frueh, B C., Ford, J. D., Elhai, J. D., & Grubaugh, Hoboken: John Wiley & Sons.
A. L. (2012). Evidence-based practice in adult
Lilienfeld, S. O. (2007). Psychological therapies
mental health. In P. Sturmey, & M. Hersen
that cause harm. Perspectives in Psychological
(Orgs.), Handbook of evidence-based
Science, 2, 53-70.
practice in clinical psychology, volume two:
adult disorders (pp. 3-14). Hoboken: John
________. (2011). Distinguishing scientific from
Wiley & Sons.
pseudoscientific psychotherapies: evaluating
the role of theoretical plausibility, with a
Gaudiano, B. A., Brown, L. A., & Miller, I. W.
little help from reverend Bayes. Clinical
(2011). Let your intuition be your guide?
Psychology: Science and Practice, 18(2),
Individual differences in the evidence-
105-112.
based practice attitudes of psychotherapists.
Journal of Evaluation in Clinical Practice,
Lohr, J. M. (2011). What is (and what is not) the
17(4), 628-634. meaning of evidence-based psychosocial
intervention? Clinical Psychology: Science
Goodheart, C. D., Kazdin, A. E., & Sternberg, and Practice, 18(2), 100-104.
R. J. (Orgs.). (2006). Evidence-based
psychoterapy: where practice and research Luborsky, L., Rosenthal, R., Diguer, L.,
meet. Washington: American Psychological Andrusyna, T. P., Berman, J. S., Levitt, J. T.,...
Association. Krause, E. D. (2002). The Dodo bird verdict is
alive and well – mostly. Clinical Psychology:
Guyatt, G., Cairns, J., Churchill, D., Cook, D., Science and Practice, 9(1), 2-12.
Haynes, B., Hirsh, J.,... Tugwell, P. (1992).
Evidence-based medicine: a new approach Luborsky, L., Singer, B. H., & Luborsky, L. (1975).
to teaching the practice of medicine. Journal Comparative studies of psychotherapies: is it
of the American Medical Association, true that “everyone has won and all must
268(17), 2420-2425. have prizes”? Archives of General Psychiatry,
32(8), 995-1008.
Herbert, J. D., Neeren, A. M., & Lowe, M. R.
(2007). Clinical intuition and scientific Mattaini, M. A. (2007). The problem with
evidence: what is their role in treating evidence-based practice. Behavior and
eating disorders. The Renfrew Perspective, Social Issues, 16(2), 109-110.
Winter, 15-17.
Melnik,T., & Atallah, A. N. (2011). Psicologia baseada
Kazdin, A. E. (2005). Treatment outcomes, em evidências: provas científicas da efetividade
common factors, and continued neglect of da psicoterapia. São Paulo: Gen/Santos.
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1154
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Melnik, T., Souza, W. F., & Carvalho, M. Sneed, J. R., Fertuck, E. A., Kanellopoulos,
R. (2014). A importância da prática da D., & Culang-Reinlieb, M. E. (2012).
psicologia baseada em evidências: aspectos Borderline personality disorder. In P.
conceituais, níveis de evidência, mitos Sturmey, & M. Hersen (Orgs.), Handbook
e resistências. Revista Costarricense de of evidence-based practice in clinical
Psicología, 33(2), 79-92. psychology, volume two: adult disorders
(pp. 507-529). Hoboken, NJ: John Wiley
Morrow-Bradley, C., & Elliott, R. (1986). & Sons.
Utilization of psychotherapy research by
practicing psychotherapists. American Spencer, T. D., Detrich, R., & Slocum, T. A. (2012).
Psychologist, 41(2), 188-197. Evidence-based practice: A framework for
making effective decisions. Education and
Norcross, J. C. (Org.). (2002). Psychotherapy Treatment of Children, 35(2), 127-151.
relationships that work: Therapist
contributions and responsiveness to patient Spring, B. (2007). Evidence-based practice
needs. New York: Oxford University Press. in clinical psychology: what it is, why it
matters; what you need to know. Journal of
Norcross, J. C., Beutler, L. E., & Levant, R. F. Clinical Psychology, 63(7), 611-631.
(Orgs.). (2006). Evidence-based practice in
mental health: debate and dialogue on the Starcevic, V. (2003). Psychotherapy in the era
fundamental questions. Washington, DC: of evidence-based medicine. Australasian
American Psychological Association. Psychiatry, 11(3), 278-281.
Reed, G. M., Kihlstrom, J. F., & Messer, S.
Stiles, W. B., Hurst, R. M., Nelson-Gray, R.,
B. (2006). What qualifies as evidence of
Hill, C. E., Greenberg, L. S., Watson, J.
effective practice? In J. C. Norcross, L. E.
C.,... Hollon, S. D. (2006). What qualifies
Beutler, & R. F. Levant (Orgs.), Evidence-
as research on which to judge effective
based practices in mental health: Debate
practice? In J. C. Norcross, L. E. Beutler, & R.
and dialogue on the fundamental questions
F. Levant (Orgs.), Evidence-based practices
(pp. 13-55). Washington, DC: American
in mental health: debate and dialogue on
Psychological Association.
the fundamental questions (pp. 57-130).
Washington DC: American Psychological
Richards, D. (2008). Reflecting the evidence.
Association.
Evidence-Based Dentistry, 9(4), 98-99.
Rounsaville, B. J., & Carroll, K. M. (2002). Stirman, S. W., DeRubeis, R. J., Crits-
Commentary on dodo bird revisited: Why Christoph, P., & Brody, P. E. (2003). Are
aren’t we dodos yet? Clinical Psychology: samples in randomized controlled trials of
Science and Practice, 9(1), 17-20. psychotherapy representative of community
outpatients? A new methodology and initial
Sanderson, W. C. (2003). Why empirically findings. Journal of Consulting and Clinical
supported psychological treatments are Psychology, 71(6), 963-972.
important. Behavior Modification, 27(3),
290-299. Strupp, H. H., & Howard, K. I. (1992). A brief
history of psychotherapy research. In D. K.
Sanderson, W. C. & Woody, S. R. (1995). Manuals Freedheim (Orgs.), History of psychotherapy:
for empirically validated treatments: a project of A century of change (pp. 309-334).
the Task Force on Psychological Interventions. Washington, DC: American Psychological
The Clinical Psychology, 48, 7-11. Association.
Silva, G. A., & Otta, E. (2013). Psicologia baseada Strupp, H. H. (1964). The outcome problem in
em evidências: uma abordagem promissora psychotherapy: a rejoinder. Psychotherapy:
a ser descoberta pelos psicólogos. Boletim Theory, Research and Practice, 1(3), 101.
Academia Paulista de Psicologia, 33(84), 20-29.
Stuart, R. B., & Lilienfeld, S. O. (2007). The
Smith, M. L., Glass, G. V., & Miller, T. I. (1980). evidence missing from evidence-based
The benefits of psychotherapy. Baltimore, practice. American Psychologist, 62(6),
MD: John Hopkins University Press. 615-616.
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1155
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Task Force on Promotion and Dissemination of Westen, D., & Arkowitz-Westen, L. (1998).
Psychological Procedures. (1995). Training in Limitations of Axis II in diagnosing personality
and dissemination of empirically-validated pathology in clinical practice. American
psychological treatments: report and Journal of Psychiatry, 155(12), 1767-1771.
recommendations. The Clinical Psychologist,
48(1), 3-23. Westen, D. I., Stirman, S. W., & DeRubeis, R.
J. (2006). Are research patients and clinical
Walker, B. B.. & London, S. (2007). Novel tools trials representative of clinical practice?
and resources for evidence-based practice in In J. C. Norcross, L. E. Beutler, & R. F.
psychology. Journal of Clinical Psychology, Levant (Orgs.), Evidence-based practices
in mental health: Debate and dialogue on
63(7), 633-642.
the fundamental questions (pp. 161-189).
Washington, DC: American Psychological
Wampold, B. E. (2010). The research evidence
Association.
for the common factors models: A
historically situated perspective. In L. B.
Williams, M., Powers, M. B., & Foa, E. B.
Duncan, S. D. Miller, B. E. Wampold, & M. (2012). Obsessive-compulsive disorders.
A. Hubble (Orgs.), The heart and soul of In P. Sturmey, & M. Hersen (Orgs.),
change: delivering what works in therapy (2a Handbook of evidence-based practice in
ed.; pp. 49-81). Washington, DC: American clinical psychology, volume two: Adult
Psychological Association. disorders (pp. 313-335). Hoboken, NJ:
John Wiley & Sons.
Wampold, B. E., Goodheart, C. D., & Levant,
R. F. (2007). Clarification and elaboration Woody, S. R., & Sanderson, W. C. (1998). Manuals
on evidence-based practice in psychology. for empirically supported treatments: 1998
American Psychologist, 62(6), 616-618. update. The Clinical Psychologist, 51(1), 17-21.
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
1156
PSICOLOGIA:
CIÊNCIA E PROFISSÃO,
2015, 35(4), 1139-1156 Jan Luiz Leonardi & Sonia Beatriz Meyer
Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia
das Psicoterapias
View publication stats