Você está na página 1de 11

Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado.

Este material pode ser protegido por


direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

Programação:
PSICOLOGIA FORENSE:
• Breve Histórico;
• Implicações criminológicas e correlações com o direito e saúde mental;
• Contexto Atual da Violência no Brasil;
• Impactos da Doença Mental;
• Responsabilidades do Psiquiatra Forense;
• Fatores modificadores da Responsabilidade Penal e da Capacidade Civil.

HISTÓRIA DOS PERFIS CRIMINAIS:


• Classificações Criminológicas;
• Identidade do Criminoso;
• Abusadores Sexuais de Crianças;
• Serial Killers e suas Características.

HOMICÍDIO E SUICÍDIO SOB A PERSPECTIVA PSICOLÓGICA:


• Transtornos de Personalidade;
• Fenômenos Psíquicos;
• Formação da Personalidade;
• Formação do Caráter;
• Homicídio Durante o Abuso de Substâncias;
• Doença Mental;
• Intervenções Profissionais;
• Suicídio.

A PSICOPATIA NO SISTEMA PRISIONAL:


• A Psicopatia Dentro do Sistema Penitenciário, o que Fazer?
• A Biotipologia Criminal;
• É Possível a Reabilitação Dentro de um Presídio? Reincidência Criminal, Por Quê?
• Tratamento Penitenciário Diferenciado por Perfis.
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

História da Psicologia:
A palavra Psicologia renomeada em grego:
 Psyché: alma/mente
 Logos: estudo

PSICOLOGIA: ESTUDO DA ALMA/MENTE

OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA:

SUBJETIVIDADE:
1. COMPORTAMENTO
2. INCONSCIENTE
3. PENSAMENTO
4. SENTIMENTOS

PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA:

A Psicologia, como área da Ciência, vem se desenvolvendo na história desde 1875, quando
Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em
Leipzig, na Alemanha.

A Psicologia, no Brasil, é uma profissão reconhecida pela Lei 4.119, de 1962, reconhece a
existência da Psicologia como profissão, como ciência. E com ela nasceram diversas abordagens
psicológicas e áreas de atuações.

Psicologia Forense:
A Psicologia Jurídica é um campo de atuação da Psicologia que se articula com o Direito; Em 1868,
o médico francês Prosper Despine através de pesquisas com criminosos lançou seu livro
“Psychologie Naturelle” e foi considerado o fundador da Psicologia Criminal – denominação dada
naquela época às práticas psicológicas voltadas para o estudo dos aspectos psicológicos do
criminoso; Dividiu os criminosos em grupos de acordo com o motivo que desencadearam os crimes
e investigou também as características psicológicas de cada um.

Segundo ele os delinquentes agem por conduta nocivas, ódio, vingança avareza e aversão ao
trabalho, etc. Só se importam com si mesmo e tem apatia a seus semelhantes, não tem consciência
moral e nem sentimento de dever.

• Em 1962 Psicologia foi reconhecida no Brasil;


• Em meados de 1979, Psicólogos trabalhavam de forma voluntária e informal com famílias em
vulnerabilidade no TJSP;
• Em 1984 a Psicologia entrou na área Penitenciária;
• Em 1985 surgiu o primeiro concurso para Psicólogo no TJSP.

A psicologia forense se divide entre:


• Psicologia Jurídica
• Psicologia Investigativa
• Psicologia Criminal
• Psicologia Penitenciária
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

Psicologia Jurídica:
• Perícia Psicológica Forense;
• Laudo e Pareceres Judiciais;
• Direitos da Criança e Adolescente;
• Adoção e Guarda;
• Alienação Parental;
• Dano Psíquico.

Psicologia Investigativa:
• Investigação Criminal;
• Tipos de Crime;
• Perfilamento criminal;
• Análise da Cena do Crime;
• Sequestro e técnicas de negociação;
• Entrevistas e interrogatório com vítimas, testemunhas e suspeitos...

Psicologia Criminal:
• Comportamento criminal;
• Vitimologia;
• Violência Sexual;
• Violência Doméstica e contra a mulher;
• Violência contra crianças e adolescentes;
• Adolescente em Conflito com a Lei;
• Toxicomania e Drogadição;
• Personalidade Criminosa.

Psicologia Penitenciária:
• Crime, Sociedade e Reintegração Social;
• Encarceramento e Prisão: Penas;
• Prisionização e seus efeitos;
• Exame criminológico;
• Cárcere e tratamento penal;
• Políticas Públicas e Projetos Sociais...

História da Psicologia Jurídica:

Em 1911, no Tribunal de Flandes, localizado na Bélgica, quando um juiz fez a convocação de um


especialista (que usou de um saber diferente do Universo do Direito) para gerar um laudo pertinente
à validade do testemunho de crianças sobre um caso de homicídio.

Esse foi o passo inicial da emergente Psicologia do Testemunho, da Psicologia Forense..

ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO:

• Direito de Família: processos que envolvem separação e divórcio, especialmente os


litigiosos; disputa de guarda, regulamentação de visitas, alienação parental (Varas da
família)
• Direito da Criança e do Adolescente: processos que abranjam adoção, acolhimento,
destituição do Poder Familiar; violência contra crianças e adolescentes, desenvolvimento de
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

medidas socioeducativas a adolescentes que cometeram atos infracionais (Vara da Infância e


Juventude)
• Direito Civil: processos que envolvam indenizações decorrentes de danos psíquicos, assim
como os casos de interdição judicial (Ex. indivíduo incapaz de tomar decisões).
• Direito Penal: perito na verificação de periculosidade, para revisão de penas; de condições
de discernimento ou sanidade mental das partes em litígio ou em julgamento.
• Direito do Trabalho: perito em processos trabalhistas que envolvam acidentes no trabalho;
nexo causal entre condições de trabalho e saúde mental; investigação acerca de afastamentos
oriundos do sofrimento psicológico no trabalho.
• Vitimologia: avaliação do comportamento e da personalidade da vítima e de suas reações
diante da infração penal sofrida.
• Psicologia do Testemunho: avaliar a veracidade dos testemunhos, incluindo o estudo e
análise das falsas memórias.
• Psicologia Penitenciária: penas alternativas, intervenção junto ao recluso, egressos,
trabalho com agentes de segurança;
• Psicologia Policial e das Forças Armadas: seleção e formação da polícia civil e militar,
atendimento psicológico;
• Mediação: mediador nas questões de Direito de Família e Penal;
• Psicologia Jurídica e Direitos Humanos: defesa e promoção dos Direitos Humanos;
• Formação e Atendimento aos Juízes e Promotores: avaliação psicológica na seleção,
consultoria e atendimento psicológico aos juízes e promotores;
• Autópsia Psicológica: avaliação de características psicológicas mediante informações de
terceiros. Ex: casos de suicídio.

Documentos e instrumentos utilizados pelo Psicólogo Jurídico:


• Observação;
• Entrevistas;
• Escuta;
• Dinâmicas;
• Estudo de campo;
• Uso de testes psicológicos (favoráveis no CFP - Satepsi);
• Intervenções verbais;
• Crianças até 6 anos deve-se observar o comportamento. São difíceis de serem entrevistadas.
• Protocolo NICHD (Entrevista com crianças vítimas de violência)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA:
Resolução 09/2018:
Art.1: Avaliação Psicológica é definida como um processo estruturado de investigação de
fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o objetivo de prover
informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou institucional, com base em
demandas, condições e finalidades específicas.

Elaboração de documentos
Resolução 06/2019 :

1. Declaração:
Declaração consiste em um documento escrito que tem por finalidade registrar, de forma objetiva
e sucinta, informações sobre a prestação de serviço realizado ou em realização, abrangendo as
seguintes informações:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante;
b) Acompanhamento psicológico realizado ou em realização;
c) Informações sobre tempo de acompanhamento, dias e horários.
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.

2. Atestado psicológico:
Consiste em um documento que certifica, com fundamento em um diagnóstico psicológico, uma
determinada situação, estado ou funcionamento psicológico, com a finalidade de afirmar as
condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita.
• Os Conselhos Regionais podem, no prazo de até cinco anos, solicitar à(ao) psicóloga(o) a
apresentação da fundamentação técnico-científica do atestado.

3. Relatório:
a)Relatório Psicológico: O relatório psicológico consiste em um documento que, por meio de
uma exposição escrita, descritiva e circunstanciada, considera os condicionantes históricos e
sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo também ter caráter informativo. Visa a
comunicar a atuação profissional da(o) psicóloga(o) em diferentes processos de trabalho já
desenvolvidos ou em desenvolvimento, podendo gerar orientações, recomendações,
encaminhamentos e intervenções pertinentes à situação descrita no documento, não tendo como
finalidade produzir diagnóstico psicológico.
b)Relatório Multiprofissional: O relatório multiprofissional é resultante da atuação da(o)
psicóloga(o) em contexto multiprofissional, podendo ser produzido em conjunto com profissionais
de outras áreas, preservando-se a autonomia e a ética profissional dos envolvido

4. Laudo Psicológico:
O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação psicológica, com finalidade de
subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda. Apresenta informações
técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos, considerando os condicionantes históricos e
sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida.

5. Parecer Psicológico:
O parecer psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem como finalidade apresentar uma
análise técnica, respondendo a uma questãoproblema do campo psicológico ou a documentos
psicológicos questionados.
I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema ou documento
psicológico que estão interferindo na decisão do solicitante, sendo, portanto, uma resposta a uma
consulta.
II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) psicóloga(o), conhecimento específico e
competência no assunto.
III - O resultado do parecer psicológico pode ser indicativo ou conclusivo.
IV - O parecer psicológico não é um documento resultante do processo de avaliação psicológica ou
de intervenção psicológica.

OBSERVAÇÃO:

Resumindo, o Laudo psicológico: Resumindo, o Parecer psicológico:


• É emitido por técnico especializado no • É emitido por técnico especializado no
assunto; assunto;
• Descreve os fatos; • Analisa o laudo e documentos
• Tem caráter objetivo; complementares;
• Resultado do trabalho do Perito. •Tem caráter consultivo;
•Resultado do trabalho do Assistente Técnico.
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

Atuação do Perito e Assistente Técnico:

Perito: Assistente Técnico


Justiça Partes
Concurso ou autônomo Autônomo
Resolução 008/2010: O Perito, deverá: analisar,
avaliar, pesquisar, investigar pontos controversos e os
demais quesitos apresentados pelas partes para
posteriormente elaborar o laudo técnico pericial com Resolução 008/2010:Os assistentes técnicos são de
o fim de fornecer ao magistrado o conhecimento confiança da parte para assessorá-la e garantir o
técnico específico para elucidar as questões direito ao contraditório, não sujeitos a impedimento
apresentadas. ou suspeição legais.
A prova pericial não pode se confundir com a mera
opinião do Perito, mas consiste na resposta aos A utilização de quaisquer meios de registro e
quesitos expressamente formulados. O Juiz não fica observação da prática psicológica obedecerá às
adstrito às conclusões ofertadas pelo Expert no Laudo normas do Código de Ética do psicólogo e à
Pericial, portanto a prova pericial não vincula a legislação profissional vigente, devendo o periciando
decisão do juízo ou beneficiário, desde o início, ser informado.
A Avaliação Pericial é realizada por profissional,
nomeado pelos magistrados. O Perito, renomado
profissional em sua especialidade deve primar pelo
domínio da complexidade das questões que serão
avaliadas.
O psicólogo perito é profissional designado para
assessorar a Justiça no limite de suas atribuições e,
portanto, deve exercer tal função com isenção em
relação às partes envolvidas e comprometimento
ético para emitir posicionamento de sua competência
teóricotécnica, a qual subsidiará a decisão judicial
É vedado ao psicólogo estabelecer com a pessoa
atendida, familiar ou terceiro que tenha vínculo com
o atendido, relação que possa interferir
negativamente nos objetivos do serviço prestado

Os psicólogos peritos e assistentes técnicos deverão fundamentar sua intervenção em referencial


teórico, técnico e metodológico respaldados na ciência Psicológica, na ética e na legislação
profissional, garantindo como princípio fundamental o bem-estar de todos os sujeitos envolvidos.

É vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado
ou a fidelidade aos resultados da avaliação

O Psicólogo que atua como Psicoterapeuta das partes:

Art. 10 – Com intuito de preservar o direito à intimidade e equidade de condições, é vedado ao


psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio: I – Atuar
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros envolvidos na
mesma situação litigiosa; II – Produzir documentos advindos do processo psicoterápico com a
finalidade de fornecer informações à instância judicial acerca das pessoas atendidas, sem o
consentimento formal destas últimas, à exceção de Declarações, conforme a Resolução CFP Nº
07/2003.
Parágrafo único – Quando a pessoa atendida for criança, adolescente ou interdito, o consentimento
formal referido no caput deve ser dado por pelo menos um dos responsáveis legais.
DISPOSIÇÕES FINAIS: Art. 11 – A não observância da presente norma constitui falta ético-
disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício profissional do Código
de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser arguidos.

Documentos psicológicos:

Os documentos psicológicos serão apresentados em Processos judiciais ou à pedido de alguém;


• Antes de emitir um laudo o Psicólogo deve analisar se existe um conflito psicológico;
• Os documentos psicológicos são um meio de prova de um fato;
• Código Processo Civil (CPP): perícia, como se deve apresentar;
• Art. 466 (CPP) deveres do perito;
• O laudo e parecer devem ser fundamentados;
• Conclusão: Não dar conclusão exata e sim argumentos para o juiz chegar a uma conclusão.
• Evitar termos técnicos;
• Responder somente o que foi perguntado.

ERROS:
• Laudo incompreensível ao juiz e às partes, não comunicam saberes, nem fornecem elementos que,
submetidos ao Direito, permitem aplicar a Lei;
• Falta de fundamentação;
• Afirmações com base em Senso Comum;
• Falta de cuidado com o português;
• Excesso de jargões técnicos.

Imputabilidade, Inimputabilidade e Semi-imputabilidade:


Imputabilidade:
Imputar:
• Significa atribuir a um sujeito como causa, uma ação, um fenômeno, como efeito.
Imputabilidade:
• É uma qualidade que tem em si uma ação ou um fenômeno qualquer que o torna atribuível àquela
causa A imputação, ou imputabilidade, estabelece uma relação causal entre um sujeito e uma ação,
no caso, uma ação delituosa
Inimputabilidade:
Inimputabilidade: Quando a capacidade de imputação for nula, isto quer dizer que o agente era, à
época do delito, totalmente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Quem pode ser inimputável?
• Código Penal: Artigo 26:
“É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento Aquele que por anomalia psíquica,
retardo mental não pode responder por si judicialmente.”
São também o também considerados inimputáveis nos termos da lei os menores do 18 anos.
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

Avaliação de Periculosidade: Hospitais de Custódia (Manicômio Judicial) ou Tratamento


Ambulatorial
Semi-imputável:
Semi-Imputabilidade:
• São aqueles que, sem ter o discernimento ou autocontrole abolidos, têm-nos reduzidos ou
prejudicados por doença ou transtorno mental.
• Quer dizer que o agente era, à época do delito, parcialmente capaz de entender o caráter criminoso
do fato e/ou parcialmente capaz de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Violência:
É o uso intencional de poder ou força física, de fato ou como uma ameaça, contra si mesmo, outra
pessoa, um grupo ou comunidade, que causa ou é passível de causar danos, distúrbios psicológicos
ou de desenvolvimento, privação ou morte.

Crimes que mais ocorrem no Brasil:


• Tráfico de Drogas: 28% da população carcerária;
• Roubos e Furtos: 5%
• Homicídios: 11%
• Latrocínio
• Crimes Sexuais: menor volume, maior repercussão;
• Violência Doméstica;
• Crimes de Colarinho Branco;

Vários fatores contribuem para que a violência no Brasil:


• A grande desigualdade social provocada pela má distribuição da renda;
• Aumento das taxas de desemprego;
• Leis e sistema judiciário com falhas que podem favorecer a impunidade e incentivar indiretamente
a violência;
• Problemas na assistência ao mais pobres e às vítimas da violência, que, em alguns casos,
ingressam no mundo do crime ou acabam reproduzindo a violência sofrida;
• Alto índice de corrupção de órgãos públicos e políticos brasileiros, o que pode contribuir com o
sentimento de revolta e desobediência;
• Aumento do uso de drogas, haja vista que inúmeros crimes estão relacionados com essa prática no
país;
• Deficiências no controle do porte de armas, o que pode ampliar as consequências da violência.

Tipos de violência:
• Violência auto infligida;
Violência dirigida contra si mesmo: pensamentos e comportamento suicida, autolesões e
automutilação

• Violência comunitária/coletiva:
Isso acontece entre indivíduos não relacionados, sejam eles conhecidos ou não, geralmente ocorre
fora de casa e inclui violência entre jovens, agressão sexual por estranhos e violência em
ambientes institucionais.

• Violência interpessoal (Violência doméstica) :


Ocorre entre membros da família ou parceiros sentimentais, geralmente ocorre em casa, inclui
violência contra mulheres, crianças e idosos.
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

Violência contra a mulher:


Conceito: Qualquer ato de violência baseado no gênero, que resulte em dano psicológico, físico ou
sexual possível ou real, incluindo ameaças, coerção ou privação arbitrária de liberdade, seja na vida
pública ou privada.
Ligado à desigual distribuição de poder e relações assimétricas entre homens e mulheres.
Desvalorização do feminino e subordinação ao masculino.
A forma mais persistente, excessiva e infundada de violação dos direitos humanos no mundo.

Feminicídio:
Morte de MULHER por razão da condição de sexo FEMININO;
Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

IMPORTANTE:
FEMINICÍDIO: morte de mulher por ser mulher FEMICÍDIO: Morte de mulher

Tipos de violência contra a mulher:

1- Física:
Ocorre quando uma pessoa causa dano não acidental a outra, usando força física ou algum tipo de
arma que pode ou não causar dano (interno ou externo).

2- Psicológica:
Qualquer comportamento que cause dano emocional, diminua a autoestima, prejudique ou perturbe
o desenvolvimento saudável da mulher ou de outro membro da família (comportamentos
realizados em desonra, descrédito ou depreciação do valor pessoal, tratamento humilhante,
isolamento, ameaças, privação de meios econômico indispensável).

3- Sexual:
Qualquer ato ou tentativa sexual indesejada e insinuações ou ações para comercializar ou usar a
sexualidade de outra pessoa através da coerção (ocorre em qualquer ambiente, incluindo casa,
local de trabalho, estupro por estranhos, durante conflitos armados casamento forçado, negação da
contracepção, aborto forçado, entre outros)

4- Econômica e patrimonial:
Inclui as medidas tomadas pelo agressor ou omissões que afetam a sobrevivência dos membros da
família. O homem não deixa a mulher ter seu próprio sustento e quando tem não deixa ficar com o
dinheiro.

CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR EM MULHERES:


Consequências para a saúde física:
• Doenças sexualmente transmissíveis / HIV
• Lesões
• Doenças inflamatórias pélvicas
• Gravidez indesejada e aborto espontâneo
Impresso por Déborah Miriam, E-mail leitoravorazesjace@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/03/2024, 10:58:04

• Dores de cabeça
• Abuso de álcool, sustâncias tóxicas e comportamentos prejudiciais à saúde.
Impacto da violência intrafamiliar no lar:
• Transmissão intergeracional da violência.
• Imparidade da qualidade de vida.
• Baixa participação de membros do domicílio na tomada de decisões.
• Repetição e baixo desempenho escolar das crianças.
• Abandono de crianças e adolescentes.
• Comportamentos negativos para a saúde.

Fatores que interferem na violência (Modelo Ecológico):

A Vítima de Violência:
• Uma mulher vítima de violência conjugal demora, em média, 13 anos para terminar a relação;

• Religião: Quantas mais forem as crenças, maior é o tempo que uma mulher ficará na relação, pois
essas crenças "facilitam" e "banalizam" a violência.

• "As mulheres banalizam a violência, aceitando o seu papel na relação agressora, atribuindo a culpa
dessa violência a elas próprias“;

• A importância da crença diminui mais. quanto maior for o nível de escolaridade.

Abuso Sexual Infantil:


A Organização Mundial de Saúde define os maus-tratos sexuais como:
“[…] as atividades de caráter sexual exercida por uma pessoa mais velha, contra a criança, com fins
de prazer sexual. São classificados como abusos sensoriais (pornografia, exibicionismo, linguagem
sexualizada); estimulação sexual (carícias inapropriadas em partes consideradas íntimas,

Você também pode gostar