Você está na página 1de 17

FONTES DE FINANCIAMENTO

Miguel Lourenço
2

Ciclo Real

INPUT
Ciclo Investimento

TRANFORMAÇÃO
Ciclo Tesouraria

Ciclo de Exploração
OUTPUT
3

Ciclo Investimento

Compra dos equipamentos necessários ao início do projecto:

1. Obras e Projectos

2. Equipamento Básico (máquinas, carrinhas, etc…)

3. Equipamento Informático

4. Ferramentas e Utensílios

5. Mobiliário, Decoração e Publicidade

6. Despesas de Constituição
4

Fontes de Financiamento

1. Fundos Próprios

2. Family, Friends & Fools

3. Apoios ao Empreendedorismo
• Criação do Próprio Emprego
• Outros Apoios Estatais

4. Microcrédito (Estatal e Bancos)

5. Empréstimos bancários e outros “produtos financeiros”

6. Financiamentos online (crowdfunding, KIVA…)

7. Capital de Risco e Business Angels


5

Apoio ao Empreendedorismo

No âmbito do Protocolo celebrado em Setembro de 2009 entre os Bancos, o IEFP -


Instituto do Emprego e Formação Profissional, as SGM - Sociedades de Garantia Mútua e a
SPGM – Sociedade de Investimento, foi criada uma Linha de Crédito para Apoio ao
Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego.

Existem duas tipologias:

• MICROINVEST para financiamentos até 20.000€ por operação, com garantia SGM de 100%;

• INVEST+ destinada a financiar operações de crédito até 200.000€ e que beneficia de uma garantia SGM
de 75%. O financiamento está limitado a 95% do investimento global que será superior a €15.000 e
até 200.000€ .
6

MICROINVEST INVEST +

Montante do investimento total


<=20.000€ >20.000€ e <=200.000€
admissível por projeto

<=100.000€

<=95% do investimento total


Montante de Financiamento <=20.000€
<=50.000€ por posto de trabalho criado a
tempo completo

Desembolso 50% com a assinatura do contrato e duas 30% com a assinatura do contrato e duas
tranches de 25% cada, mediante tanches de 35% cada, mediante
apresentação de documentos de despesa apresentação de documentos de despesa

Prazos 7 anos, com 2 anos de carência de capital mais 5 de amortizações mensais e constantes

Taxa de Juro a cargo do beneficiário Euribor a 30 dias acrescida de 0,25%, com taxa mínima de 1,5% de máxima de 3,5%

Bonificação da taxa de juro No 1º ano estão a cargo do IEFP


Nos 2º e 3º anos é igual à diferença entre a taxa de juro (Euribor a 30 dias +spread de
2,5%) e o juro suportado pelo beneficiário
7

Criação do Próprio Emprego

Antecipação do valor do Subsídio de Desemprego a receber, através da


apresentação de um plano de negócio e sua aprovação pelo IEFP.

Programa PAECPE regulamentado por:

• Portaria n.º 985/2009, de 4 de Setembro

• Portaria nª 58/2011, de 28 de Janeiro

É também complementado com Apoio Técnico à Criação e Consolidação de


Projectos, apoio gratuito de técnicos na criação e desenvolvimento os projectos.
8

Microcrédito
O microcrédito é um pequeno empréstimo bancário destinado a apoiar pessoas que não têm
acesso ao crédito bancário, mas querem desenvolver uma atividade económica por conta
própria e, para isso, reúnem condições e capacidades pessoais, que antecipam o êxito da
iniciativa que pretendem tomar.

Para que seja elegível tem que respeitar os seguintes pressupostos:

•Destinatários: pessoas, que não têm acesso ao crédito bancário normal e desejam
realizar um pequeno investimento, tendente à criação de um negócio através do qual
pretendem criar o seu próprio emprego;

•A iniciativa de investimento a que se propõem tem virtualidades para se poder vir a


transformar numa atividade sustentável, capaz de gerar um excedente de rendimento e
garantir, o reembolso do capital emprestado;

O processo do microcrédito não consiste apenas na atribuição do crédito; os candidatos


têm a garantia de apoio na preparação do dossier de investimento e, após o
financiamento, na resolução dos problemas com que se possam confrontar com o
desenvolvimento do negócio.

* Fonte: ANDC – Associação Nacional de Direito ao Crédito


9

Produtos Bancários

O financiamento do investimento das empresas pressupõe a apresentação ao banco de


projetos que quantifiquem devidamente as componentes do investimento e os fluxos
financeiros previsionais demonstrativos da viabilidade económico-financeira dos mesmos.

Destinam-se essencialmente à criação, expansão, modernização, reforço de capitais


permanentes e desenvolvimento do negócio empresarial.

• Leasing mobiliário e imobiliário;

• Renting automóvel – aluguer operacional de viaturas;

• Microcrédito bancário;

• Outros empréstimos bancários e linhas de crédito especiais;

• Serviços bancários;
10

Financiamentos online

Crowdfunding:

Financiamento de negócios numa plataforma online através da contribuição de


participantes nessa plataforma. As regras variam consoante a plataforma e
também poderá existir um relacionamento mais próximo com os investidores.

Empréstimos online:

Diversas tipologias e variantes desta modalidade (RAISE, KIVA, ….)


11

Capital de Risco

Participação Financeira no Capital Próprio

É um novo sócio/acionista que partilha o risco da empresa e do projeto e


que tem características próprias, já que é:

minoritário
temporário
activo PARCEIRO DE NEGÓCIO
não liderante
e, se necessário,
apoia a gestão
12

Capital de Risco
VANTAGENS PARA A EMPRESA
Vantagens para a empresa:
• sem pagamento de juros, ao contrário do financiamento por capital
alheio;
• sem garantias
• credibilização da empresa pela presença no seu capital de uma
instituição financeira
• aumento da capacidade de financiamento junto da banca
• facilitação no estabelecimento de contactos internacionais
13

Capital de Risco

Enquadramento
O capital de risco é a denominação portuguesa para a actividade de investimento numa
empresa, através da participação temporária e minoritária no seu capital social por uma
Sociedade de Capital de Risco (SCR) ou outro veículo de investimento (fundos de capital de
risco e, no caso Português, através de investimentos directos de particulares ou empresas ou
sociedades gestoras de participações sociais).

Esta forma alternativa de financiamento diferencia-se substancialmente das tradicionais


principalmente devido à assunção directa dos riscos do negócio por parte do capitalista de
risco, mas também, e consequentemente, pela possibilidade de apoio técnico à equipa
dirigente da empresa, através de conhecimento e experiência acumulada.
A este benefício para a empresa participada associa-se ainda a possibilidade de
credibilização do projecto perante terceiros.
14

Capital de Risco

O capital de risco não exige pagamento de encargos financeiros, nem tem


Subjacente qualquer contrapartida sob a forma de garantias reais ou pessoais para
os empresários, sendo a rentabilidade dos investidores baseada na probabilidade de
sucesso da empresa participada, concretizando-se principalmente através das mais
valias a realizar no momento da saída do negócio.

Assim, nem todos os negócios e sectores são motivadores para as SCR, existindo
uma tendência evidente para investimento em empresas com elevado potencial de
crescimento, com necessidades de capital para desenvolvimento ou reestruturação,
em sectores de tecnologia de ponta.
15

Capital de Risco

Fases de investimento

Fase inicial:
Seed Capital - é um financiamento destinado ao desenvolvimento de uma ideia de
negócio, envolvendo por exemplo, a elaboração de um plano de negócio, protótipos e
eventuais pesquisas, análises adicionais, de forma a criar as condições para a posterior
produção economicamente viável. A maioria destes negócios são demasiado pequenos e
exigem um forte apoio por parte do investidor. Normalmente as entidades especializadas
para este tipo de financiamento são os business angels e o recurso à rede de relações
pessoais do empreendedor.

Start up - é um financiamento destinado a apoiar o desenvolvimento dos produtos da


empresa e a apoiar os seus esforços iniciais de penetração no mercado. Temos o exemplo
do desenvolvimento de produtos e o investimento em marketing que visa dar visibilidade
inicial à empresa e ao seu produto. A qualidade de equipa de gestão é um critério de
decisão muito importante, visto ser ele quem terá de desenvolver o potencial de
crescimento da empresa, e é a única garantia que existe para o investidor.
16

Capital de Risco
Fases de expansão e maturidade:

) Early stage - destina-se a empresas que já tenham completado a fase de


desenvolvimento do produto, mas este ainda não foi introduzido no mercado e ainda não
atingiu o break-even point (equilíbrio entre proveitos e custos fixos). Esta fase e a anterior
podem também ser englobados numa só.

Expansão - financiamento destinado ao crescimento de uma empresa já implantada no


mercado. Pode destinar-se ao aumento de capacidade produtiva, desenvolvimento de
novos produtos, expansão internacional da empresa, acréscimo de capitais próprios, etc..

Bridge financing- financiamento de capital para apoiar empresas que se suponha virem a
ser admitidas no mercado de capitais ou se tornem independentes do investidor em
capital de risco num período inferior a 6 meses. São aplicados os meios para estruturar o
balanço de modo a que a empresa possa ser apresentada ao público o mais atraente
possível.

Capital de substituição - visa a aquisição por parte dos accionistas/sócios actuais de parte
ou totalidade do capital dos restantes accionistas/sócios.
17

Capital de Risco

Principais Estratégias de Saída

• Venda da participação aos promotores, tanto de forma espontânea como pré-


negociadas no momento do investimento, sendo as variantes mais comuns a
Management Buy-Out (MBO) e acordos de recompra (geralmente através de contratos-
promessa, mas também opções call e put).

• Venda da participação a terceiros, quer investidores tradicionais (trade sale), quer a


outros investidores de capital de risco (secondary buy-out).

• Venda em Bolsa (OPV – Operação Pública de Venda ou IPO - inicial public offering) em
especial quando o capital de risco assumiu a natureza de bridge financing. Esta é uma das
formas preferidas de desinvestimento nos mercados mais desenvolvidos, principalmente
se existir uma projecção das PME no mercado bolsista.

Há ainda, a amortização de prestações suplementares de capital e a perda do capital


(write-off).

Você também pode gostar