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Em suma, assentamentos informais são zonas em constante crescimento, que não oferecem
aos seus residentes condições de vida minimamente aceitáveis apesar de existir neles aspectos
bastantes atractivos, sobretudo no que diz respeito a sua localização favorável em relação aos
centros de emprego e de serviço.
Feita análise das abordagens que estes autores colocam pode-se notar que centram as suas
ideias na questão da ocupação e organização da população num determinado espaço
geográfico bem como na forma em que a mesma, usa os recursos neles existentes e
consideram assentamentos informal a todo aglomerado humano, que é feita de forma
acelerada sem observância dos princípios do ordenamento territorial.
MICOA (2010:4), Santos 2009 e MENDES 2011 avançam como características dos
assentamentos informais as seguintes:
A mesma fonte refere que todos os aspectos acima mencionados existem em todos os
assentamentos informais e com o mesmo grau de incidência, mas estes são problemas que
devem ser considerados ao conceber uma estratégia de intervenção para o melhoramento dos
problemas de assentamentos informais.
Assentamentos rurais
O termo assentamento rural para Bergamasco et.al. (1997, p.11), no contexto da reforma
agrária brasileira, diz respeito a um espaço preciso em que a população será instalada, por um
longo período. “É uma transformação num referido espaço físico, contendo assim, o aspecto
de um território realmente habitado e trabalhado por um grupo cujo objectivo é a exploração
deste espaço”. No Brasil a definição de assentamento rural “esteve atrelada a uma actuação
estatal direccionada ao controle e à delimitação do novo ‘espaço’ criado, e, por outro lado, às
características dos processos de luta e conquista de terra, encaminhados pelos trabalhadores
rurais” (LEITE, 2005,p.43). Para esse autor a definição do estado está relacionada como uma
colonização dirigida e regularização fundiária e para os agricultores a definição está mais
fortemente ligada a uma reforma agrária.
Seguindo uma definição sobre assentamento rural, Zimmermann (1994, p.205) destaca que
“O assentamento é estudado enquanto um espaço de relações sociais onde as características
heterogéneas individuais, homogeneizadas no processo de luta pela terra, ressurgem em bases
novas”.