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RISCOS

CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM


GRUPOS DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO
DAS CORES CORRESPONDENTES:

RISCOS FÍSICOS: ruídos, vibrações, radiações ionizantes, radiações


não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.

RISCOS QUÍMICOS: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases,


vapores, substâncias compostas ou produtos químicos em geral.

RISCOS BIOLÓGICOS: virus, bactérias, protozoários, fungos,


parasitas, bacilos.
RISCOS

RISCOS ERGONÔMICOS (amarelo): esforço físico intenso,


levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura
inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos
excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho
prolongadas, monotonia e repetitividade, outras situações
causadoras de “stress” físico e/ou psíquico.

RISCOS DE ACIDENTES: arranjo físico inadequado, máquinas e


equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou
defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade
de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais
peçonhentos, outras situações de risco que poderão contribuir para
a ocorrência de acidentes.
RISCOS FÍSICOS – RUÍDO ANEXOS 1 E 2
EFEITOS DO RUÍDO ORGANISMO: age diretamente sobre o sistema nervoso,
ocasionando:
➢Fadiga nervosa;
➢Alterações mentais, perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar
ideias;
➢Hipertensão;
➢Modificação do ritmo cardíaco;
➢Modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
➢Modificação do ritmo respiratório;
➢Perturbações gastrointestinais.
➢Diminuição da visão noturna;
➢Dificuldade na percepção de cores.

Também atinge o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da


audição.
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU
INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO dB MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


(A) PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
NÍVEL DE RUÍDO dB MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA
(A) PERMISSÍVEL
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
RUÍDO DE IMPACTO – ANEXO 2

Definido como aquale que apresenta picos de energia acústica de duração


inferior a um segundo, a intervalos superiores a um segundo.

Limites de tolerância:

➢130 dB, com o medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro)


operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto.
➢120 dB, com o medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro)
operando no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação
“C”.
RUÍDO - MEDIDAS DE CONTROLE

 Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora


de ruído, isolamento de ruído.
 Medida de proteção individual: fornecimento e uso de protetor
auricular.
 Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do
local de trabalho, revezamento.
 Medidas educacionais: orientação para o uso correto do equipamento
de proteção, campanha de conscientização.
 Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso de equipamento de
proteção, controlar seu uso.
RISCO FÍSICO – VIBRAÇÕES - ANEXO 8

LOCALIZADAS (em certas partes do corpo): são provocadas por


ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.

GENERALIZADAS (ou de corpo inteiro): as lesões ocorrem como os


operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões,
ônibus e tratores (máquinas agrícolas).

Consequências: lesões na coluna vertebral, dores lombares etc .

Medidas preventivas: revezamento e diminuição do tempo de exposição.


RISCO FÍSICO - RADIAÇÕES

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas.


Podem ser classificadas em dois grupos:
➢Radiações ionizantes (Anexo 5)
➢Radiações não ionizantes (Anexo 7)

Efeitos: perturbações visuais (conjuntivites, cataratas etc.), queimaduras,


lesões na pele, tumores etc.
MEDIDAS DE CONTROLE - RADIAÇÕES

➢Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (biombo


protetor para operação de solda), enclausuramento da fonte de radiação
(ex.: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-X).

➢Medidas de proteção individual: fornecimento de equipamento de


proteção adequado ao risco (ex.: avental, luva, perneira e mangote de
raspa para soldador, óculos para operadores de forno).

➢Medidas administrativas: dosímetro de bolso para ténicos de raio-X).

➢Medida médica: exames periódicos.


RISCO FÍSICO – TEMPERATURAS EXTREMAS
ANEXO 3

CALOR: Avaliado através do “Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de


Globo” (IBUTG):

Ambiente interno ou externo sem carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambiente externo com carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Tbn = temperatura de bulbo úmido natural


Tg = temperatura de globo
Tbs = temperatura de bulbo seco
RISCO FÍSICO – TEMPERATURAS EXTREMAS

O CALOR pode provocar:

➢Desidratação;
➢Erupção da pele;
➢Fadiga física;
➢Distúrbios psiconeuróticos.
➢Problemas cardiocirculatórios;
➢Insolação etc.
RISCO FÍSICO – TEMPERATURAS EXTREMAS
ANEXO 9

 FRIO: As atividades ou operações executadas no interior de câmaras


frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada.

 O FRIO pode provocar:


➢ Feridas; rachaduras e necrose na pele;
➢ Hipotermia;
➢ Agravamento de doenças reumáticas;
➢ Predisposição para acidentes;
➢ Predisposição para doenças respiratórias etc.
RISCO FÍSICO – TEMPERATURAS EXTREMAS

 FRIO: Artigo 253 da CLT:


“Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e
para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para
o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho
contínuo será assegurado um período de vinte minutos de repouso,
computado esse intervalo como de trabalho efetivo”.

Parágrafo Único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do


presente artigo, o que for inferior, na primeira, segunda, terceira zonas
climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, a 15°C (quinze
graus), na quarta zona a 12°C (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima
zonas a 10°C (dez graus).

RÍSCO FÍSICO – TEMPERATURAS EXTREMAS

 MEDIDAS DE CONTROLE:

➢Proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o


calor; isolamento das fontes de calor / frio.

➢Proteção individual: fornecimento de vestimentas térmicas, capuz,


botas, meias, luvas (todos térmicos).

➢Administrativa: redução do tempo de exposição.


RISCO FÍSICO – PRESSÕES ANORMAIS
ANEXO 6

 BAIXA PRESSÃO: são as que situam abaixo da pressão atmosférica


normal. Ocorrem com trabalhadores que realizrm tarefas em grandes
altitudes.

 ALTA PRESSÃO: são as que situam acima da pressão atmosférica


normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar
comprimido, máquinas de perfuração e trabalhos executados por
mergulhadores.

A exposição pode causar a ruptura do tímpano, liberação de nitrogênio


nos tecidos e vasos sanguíneos e até a morte.
RISCO FÍSICO – UMIDADE – ANEXO 10

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou


encharcados, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à
saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres.

POSSÍVEIS DANOS: doenças do aparelho respiratório, doenças de pele,


doenças circulatórias etc.

MEDIDAS DE CONTROLE:
➢Proteção coletiva: estudo de modificação no processo de trabalho,
colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento.
➢Proteção individual: fornecimento de luvas de borracha, botas, avental
etc.
RISCOS QUÍMICOS - ANEXOS 11, 12 E 13

São substâncias, compostas ou não, que possam penetrar no organismo


do trabalhador pela via respiratória (poeiras, fumos, gases, neblinas,
névoas, vapores), ou que, pela natureza da atividade, possam ter contato
ou serem absorvidas pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Limite de tolerância (absorção pela via respiratória), até 48 horas


/semana:
Exemplos:
Acetaldeído: 78 ppm / 140 mg/m3
Ácido fórmico: 4 ppm / 7 mg/m3
Óxido nítrico: 20 ppm / 23 mg/m3
RISCO QUÍMICO – ANEXO 11

Asfixiantes: substâncias que determinam a presença mínima de 18% de


oxigênio em volume. Se estiver abaixo disto, serão consideradas situações de
risco grave e iminente.
Exemplos:
Acetileno, argônio, etano, etileno, hélio, hidrogênio, neônio, óxido nitroso
etc.

Valor teto: limites de tolerância que não podem ser ultrapassados em


momento algum da jornada de trabalho.
Exemplos:
Ácido clorídrico (4 ppm / 5,5 mg/m3)
Álcool n-butílico (40 ppm / 115 mg/m3)
Formol (1,6 ppm / 2,3 mg/m3)
RISCO QUÍMICO – ANEXO 12
EXPOSIÇÃO RESPIRATÓRIA
➢ ASBESTO
➢ SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA
➢ 1. O limite de tolerância, expresso em milhões de
partículas por decímetro cúbico, é dado pela
➢ seguinte fórmula:
➢ L.T. = _______8,5_________ mppdc (milhões de partículas por decímetro cúbico)
➢ % quartzo + 10
RISCO QUÍMICO – ANEXO 12
 POEIRA RESPIRÁVEL
 L.T. = _______8_________ mg/m3
 % quartzo + 2

 POEIRA TOTAL (respirável + não respirável)


 L.T. = _______24_________ mg/m3
 % quartzo + 3
RISCO QUÍMICO

Exposição pela pele: Portaria 3.311, de 29/11/89 REVOGADA

Tempo de exposição: traduz a quantidade de exposição em tempo a


determinado risco ocupacional sem proteção, multiplicado pelo número
de vezes que esta exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho.
Assim, se o indivíduo ficar exposto durante 5 minutos, por exemplo, a
vapores de amônia, e esta exposição se repete 5 ou 6 vezes durante a
jornada de trabalho, então seu tempo de exposição é de 25 a 30
minutos/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se, entretanto,
ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo se repete por
15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400 minutos/dia
de trabalho, o que caracteriza uma situação de intemitência. Se, ainda, a
exposição se processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem
interrupção, diz-se que a exposição é de natureza contínua.
RISCO QUÍMICO – ANEXO 13
 ARSÊNICO
 CARVÃO
 CHUMBO
 CROMO
 FÓSFORO
 HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE
CARBONO
 MERCÚRIO
 SILICATOS
 SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS
RISCO QUÍMICO – ANEXO 13
 OPERAÇÕES DIVERSAS

 ANEXO 13 –A
 BENZENO
RISCO QUÍMICO

Exemplos de agentes químicos cuja exposição ocorre pela pele:

➢ Hidrocarbonetos;
➢ Ácido cianídrico;
➢ Álcool n-butílico
➢ Álcool isopropílico;
➢ Álcool metílico;
➢ Ciclohexilamina;
➢ Fenol;
➢ Hidrazina;
➢ Metil cellosolve;
➢ Percloroetileno etc.
RISCO BIOLÓGICO - CLASSIFICAÇÃO

➢ Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a


coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano.
(não inclusa no anexo).

➢ Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com


baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar
doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de
profilaxia ou tratamento. Ex.: Enterococcus spp, Salmonella spp etc.
RISCO BIOLÓGICO - CLASSIFICAÇÃO

➢ Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com


probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar
doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Ex.: Rickettsia
rickettsii, Virus da febre amarela.

➢ Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com


probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta
grande poder de transmissibilidade de um indivíduo para outro. Podem
causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios
eficazes de profilaxia ou tratamento. Ex.: Virus da encefalite da Europa
Central, Vírus da varíola do camelo.
RISCO BIOLÓGICO – ANEXO 14

Trabalhos ou operações em contato permanente com:

➢ Pacientes, em isolamento por doenças infeto-contagiosas, bem como


objeto de seu uso, não previamente esterilizados.
➢ Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de
animais portadores de doenças infeto-contagiosas (carbunculose,
brucelose, tuberculose).
➢ Esgotos (galerias e tanques).
➢ Lixo urbano (coleta e industrialização).
RISCO BIOLÓGICO
Trabalhos ou operações em contato permanente com pacientes, animais ou
com material infecto-contagiante, em:

➢ Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, postos de vacinação e


outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana
(aplica-se unicamene ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem
como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não
previamente esterilizados).
➢ Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos
destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao
pessoal que tenha contato com tais animais).
➢ Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro,
vacinas e outros produtos.
➢ Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se apenas ao pessoal
técnico).
RISCO BIOLÓGICO

➢ Gabinetes de autópsia, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se


apenas ao pessoal técnico).
➢ Cemitérios (exumação de corpos).
➢ Estábulos e cavalariças.
➢ Resíduos de animais deteriorados.
RISCO BIOLÓGICO – MEDIDAS DE PROTEÇÃO

➢ Fornecer aos trabalhadores equipamentos de proteção adequados (?).


➢ Limitar o número de trabalhadores expostos ao risco.
➢ Efetuar a vacinação dos trabalhadores expostos (quando possível).
➢ Elaborar planos de ação em caso de acidentes que envolvam agentes
biológicos.
➢ Sinalizar e isolar os locais de risco.

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