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0 INTRODUÇÃO
Reconhecimento do problema
Somente após o reconhecimento de um problema podemos iniciar de maneira lógica
a tarefa para uma solução.
Quando o problema é a falta de um determinado material na obra, o motor queimado
da betoneira ou o cheque sem cobertura, o problema está claro. Nestas condições
podemos tomar as providências para resolvê-lo da melhor forma possível.
Definição do objetivo
A definição de um objetivo é o ato de descrevê-lo claramente. Exemplo: Pretendo
concluir a reforma da minha casa até final de junho de 2007.
A construção do modelo
Em algum momento os diversos elementos de decisão devem ser reunidos, dados
relevantes, alternativas viáveis, critério de seleção ou outros. Se por exemplo
estivéssemos pensando em efetuar um empréstimo para adquirir um automóvel, há
uma relação matemática evidente entre as seguintes variáveis: valor do empréstimo,
taxa de juro, prazo e prestação mensal. Em um laboratório pode haver um modelo
físico, mas em uma decisão econômica o modelo é, em geral, matemático.
Se por exemplo, a construção de um modelo matemático expressando a capacidade
de alunos em uma sala de aula da pós-graduação, poderia ser:
Capacidade = a . b/m
EXEMPLO
Um agregado de concreto deve conter ao menos 31% de areia por volume para uma
composição adequada. Um tipo de material, que apresenta 25% de areia e 75% de
agregado bruto, é vendido a R$ 30,00/m3. Outro tipo, tem 40% de areia e 60% de
agregado bruto, é vendido a R$ 44,00 /m3. Determine o custo mínimo, por metro
cúbico, da mistura dos dois agregados?
Solução:
Quantidade de areia:
x = 0,60
F1 F2 F3 F4 Fn
1 2 3 4 n
0 1 2 3 n
A
Figura 3.2 Série Uniforme de Pagamentos
0 1 2 3 n-1 n
A’
Uma série de pagamentos (ou recebimentos) que cresce a uma razão constante G
em cada período, iniciando com o valor G no período 2, e terminando com o valor (n-1)
no período n, é denominada de série em gradiente. ( Figura 3.4). observe que esta série
não apresenta nenhum valor no período 1.
0 1 2 3 4 n
G 2G 3G (n-1 )G
EXEMPLO 3.1. Seja uma quantia de R$ 1.000,00 que rendeu R$ 120,00 de juros após
um ano. A taxa de juros foi de R$ 120,00/R$ 1.000,00 = ou 12% a.a.
Define-se o montante (F) como sendo o principal (P) mais os juros (J) devidos:
F=P+J (3.1)
Onde: J – Juros
i _ taxa de juros
P – principal
n_ número de períodos de capitalização
F – montante
F = P(1 + i) n (3.4)
Onde: J – juros
i – taxa de juros
P – principal
n – número de períodos de capitalização
F – montante
Solução:
Período Montante Montante
0 1.000,00 1.000,00
1 1.000,00 + 0,15 x 1.000,00 = 1.150,00 1.000,00 = 0,15x1.000,00 = 1.150,00
2 1.150,00 + 0,15 x 1.000,00 = 1.300,00 1.150,00 + 0,15x1.150,00 = 1.322,50
3 1.300,00 + 0,15 x 1.000,00 = 1.450,00 1.322,50 + 0,15x1.322,50 = 1.520,88
4 1.450,00 + 0,15 x 1.000,00 = 1.600,00 1.520,88 + 0,15x1.520,88 = 1.749,01
5 1.600,00 + 0,15 x 1.000,00 = 1.750,00 1.749,01 + 0,15x1.749,01 = 2.011,36
Obs.: Este fator de conversão está tabelado. Hoje pela facilidade operacional das
calculadoras , aquelas não são mais tanto usadas.
donde
EXEMPLOS:
Solução:
ianual = (1+ imensal )12 -1 = (1+0,02)12 – 1 = 1,2682 – 1 = 0,2682 ou 26,82%
Solução:
Observação: Pode ser usada uma fórmula genérica para qualquer caso (Vieira
Sobrinho, José Dutra, 1986).
iq = ( 1 + it )q/t – 1 (3.9)
Exemplo
Determinar para 183 dias, equivalente a 65% ao ano.
Solução:
iq = ( 1 + it )q/t – 1
EXERCICIOS PROPOSTOS
4 – Um banco cobra 20% a.a. de juros numa operação de capital de giro. Quanto
cobrará para uma operação em 182 dias? ( considerar o ano 360 dias)
Resp.: 9,656%
in k
i = (1 + ) −1 (3.10)
k
Um outro modo de solucionar o problema consiste em transformar
primeiro a taxa nominal numa taxa efetiva, considerando o período de
capitalização enunciado, e a seguir aplicar a Equação 3.10.
in k 0,3 12
Solução1: i = (1 − ) − 1 = (1 + ) − 1 = 0,3449 = 34,49% a.a.
k 12
i = (1+ik)k -1
onde:
Quando é dado uma taxa “i” para um período maior, calcula-se a taxa ik para um
período menor através da expressão:
ik = (1+i)1/k -1 (3.11)
EXEMPLO 3.9. Qual a taxa mensal efetiva equivalente a taxa de 4 % a.m. com
capitalização anual?
Solução
7.000
1
0
10.000
Figura 3.5
F = P (1 + i ) n
10.000 = 7.000(1 + i )1
i =(10.000/7.000) -1
i =0,4286 = 42,86 % a.a.
i = (1 + i )1 / m − 1 = (1 + 0,4286)1 / 12 − 1 = 0,0302 = 3,02% a.m.
50.000
0
1 2 3 4
43.000
Figura 3.6
Solução:
F = P (1 + i ) n
50.000 = 43.000(1 + i ) 4
i = (50.000 / 43.000)1 / 4 − 1
Neste caso , a TIR encontrada é também a taxa de juros real paga pela
construtora.
0 1
2 3 4 5
2.000 1.000
Figura 3.7
Solução:
Uma solução é arbitrar taxas até zerar o fluxo de caixa entre despesa e receita.
Primeira tentativa:
Seja i=7%
Segunda tentativa:
Seja i=6%
(64,09+37,00) ------ 1%
37,09 ------- X%
X = 0,3669%
Donde: 7% - 0,3669% = 6,6331%
-37,09
6% 6,63% 7%
64,09
Figura 3.8
Terceira tentativa:
Adotando i = 6,63%
VP=-2000 –1000(1+0,0663)-1 + 600(1 + 0,0663)-2 + 600(1 + 0,0663)-3 +
600(1 + 0,0663)-4 + 2000(1 + 0,0663)-5
VP = - 0,21
2
12 − (n − 1) β n.R n +1
i= β (3.12) β= −1 (3.13)
12 − 2( n − 1) β A
60 60 60 60 60
0 1 2 3 4 5
200
Figura 3.9
Solução:
Fórmula:
2
n.R n +1 12 − (n − 1) β
β= −1 i= β
A 12 − 2( n − 1) β
2
5.60 5+1
β= − 1 = 0,14471
200
12 − (5 − 1)0,14471
i= .0,14471 = 0,1524 ou 15,24%
12 − 2(5 − 1).0,14471
3.9. TAXA MINIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)
Solução: Custo do dinheiro: (0,40 x 0,12) + (0,60 x 0,10) = 0,108 = 10,8 % a.a
Remuneração do investimento alternativo: 10,5 % a.a.
F = P (1 + i ) n
O termo entre parênteses na Equação 2.1 representa um fator conversão ,
denominado de “ achar F dado P”, e tem a seguinte notação e significado:
( F / P; i.n) = (1 + i ) n (3.14)
Figura 3.11.
F = P(1+i)n
F=30.000 (1 + 0,045)5
F= R$ 37.385,46
Figura 3.12
Solução:
F
P = F ( p / F ; i; n) =
(1 + i ) n
8.000
P = 8.000( P / F ;2,2%;6) =
(1 + 0,022) 5
0 n 0 n
O valor presente ( P )ou valor atual é obtido ,no caso, somando-se o valor atual
de cada receita (A) pela equação:
F
F = P (1 + i ) n donde P=
(1 + i ) n
Onde : fizemos F=A ( valores futuros uniformes)
A A A A
P= + + +•••+ que representa a soma dos
(1 + i ) 1
(1 + i ) 2
(1 + i ) 3
(1 + i ) n
(3.15)
A A 1
a1 = (3.16) ; an = (3.17); q = (3.18)
1+ i (1 + i ) n 1+ i
a n • q − a1
S= (3.19) donde, temos:
q −1
A 1 A A 1
• − −1
(1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) (1 + i )
n
n
1 − (1 + i ) − n
P= = =A
1 1−1− i i
−1
1+ i 1+ i
1 − (1 + i) − n
P=A (3.20)
i
Pi
Donde: A= (3.21)
1 − (1 + i ) −n
1 − (1 + i ) − n
O termo (3.22) pode ser tabelado e denomina-se fator de valor
i
atual de uma série uniforme.
10.000 15.000
. . . . . .
0 1 2 3 10 11 12 13 14 20
P=?
Figura 3.13
Solução:
1 − (1 + i) − n 1 − (1 + 0,09) −10
P=A = 10.000 = 64.176,57
i 0,09
Cálculo do valor presente (P) da série uniforme de R$ 15.000,00:
1 − (1 + i) − n 1 1 − (1 + 0.09) −10 1
P=A . = 15.000 . = 40.663,32
i (1 + i ) n
0,09 (1 + 0,09)10
Solução:
0
1 2 3 4 5
20.000,00
(1 + i ) n − 1
A=P
i (1 + i ) n
0,02(1 + 0,02) 5
A = 20.000
(1 + 0,02) 5 − 1
A= R$ 4.243,17
1 12
P
(1 + i ) n − 1
Solução: P = A
i (1 + i ) n
(1 + 0,025)12 − 1
P = 1.200
0,025(1 + 0,025)12
P = R$ 12.309,32
O vendedor não deve aceitar a proposta do comprador uma vez que o valor
equivalente das parcelas vincendas é superior a proposta de R$ 12.000,00.
0 1 n 0 1 n-1 n
Figura 3.14
Temos que:
F = P(1 + i) n
1 − (1 + i ) − n (1 + i ) n − (1 + i ) − n+ n
F=A • (1 + i ) = A
n
i i
donde:
(1 + i ) n − 1
F=A (3.23)
i
Solução:
0 1 24
1000
(1 + i ) n − 1
F=A (F/A;i;n) =A
i
F=1.000(F/A;1 %;24)
(1 + 0,01) 24 − 1
F = 1.000
0,01
F= R$ 26.973,47
Solução:
15.000,00
0 1 12
i
A = F ( A / F ; i; n) = F
(1 + i ) n − 1
A=F ( A/F;1,8 %;12)
0,018
A = 15.000
(1 + 0,018)12 − 1
A = R$ 1.131,03
0 1 2 n 0 n
Figura 3.15
(1 + i ) n − 1 n 1
P = G{[ − ] } (3.24)
i 2
i (1 + i ) n
Solução:
O fluxo de caixa pode ser representado em uma série uniforme mais uma série
gradiente
0 1 2 6 0 1 6 0 1 2 6
A=2.000
2.000 200
200
1.000
1.000
(1 + i ) n − 1 (1 + i ) n − 1 n 1
P=A + G{[ − ] }
i (1 + i ) n
i 2
i (1 + i ) n
(1 + 0,01) 6 − 1 (1 + 0,10) 6 − 1 6 1
P = 2.000 + 200{[ − ] }
0,10(1 + 0,10) 6
0,10 2
0,10 (1 + 0,10) 6
P = R$ 10.647,35
1 n i
A = G[ − x ] (3.25)
i i (1 + i ) n − 1
0 1 2 n 0 1 n
Figura 3.16
Solução:
1 n i
A = G[ − x ]
i i (1 + i ) n − 1
1 6 0,10
A = 2.000,00 + 200[ − x ]
0,10 0,10 (1 + 0,10) 6 − 1
A = 2.000,00 + 200 x 2,2235572 = 2000,00 + 444,71
A = R$ 2.444,71
(1 + i ) n − 1 1
P = lim n→∞ A =A
i (1 + i ) n
i
A
P= (3.26)
i
A= iP (3.27)
A 2.000
Solução: P = 10.000,00 + = 10.000,00 + = 10.000,00 + 13.333,33
i 0,15
P = R$ 23.333,33
0
n-1 n 0 n-1 n
A´
P
(1 + i ) n − 1
P = A' (3.29)
i (1 + i ) n −1
i (1 + i ) n −1
A'= P (3.30)
(1 + i ) n − 1
Solução:
i (1 + i ) n −1
A'= P
(1 + i ) n − 1
0,02(1 + 0,02) 6−1
A'= 15.000
(1 + 0,02) 6 − 1
A’ =15.000 x 0,1750253
A’ = R$ 2.625,38
Solução:
6.000
0 4 5
A´
i
A'= F
[(1 + i ) − 1](1 + i )
n
0,025
A'= 6.000
[(1 + 0,025) 5 − 1](1 + 0,025)
A’ = 6.000 x 0,1856066
A’ = R$ 1.113,64
EXERCICIOS PROPOSTOS
R
S
120
90
30 60
c)
T T T T T
4.0 FINANCIAMENTO
a) Quanto ao prazo:
• curto prazo: empréstimos bancários em conta corrente; créditos mercantil ,
operações de desconto de duplicatas;
• médio prazo: empréstimos e créditos diversos:
• longo prazo: empréstimos bancários , debêntures, aporte próprio ( lucros retidos,
ações).
b) Quanto à origem:
• fontes internas: reservas (depreciações , exaustão, outras reservas, etc.), lucros
retidos, outros fundos e provisões;
• fontes externas: aportes novos de capital próprio ( ações), e empréstimos (
instituições financeiras, fornecedores, debêntures, etc.).
ou ainda:
p=a+j (4.1)
Onde: p – prestação
a – amortização
j – juros
J = SD x i (4.2)
Onde:
J – juros
SD – saldo devedor
i – taxa de juros
Os juros variam com o saldo devedor; à medida que este vai decrescendo, os
juros também vão ficando menores.
Alguns financiamentos incluem um prazo de carência durante o qual não há
devolução do principal emprestado. Duas situações podem ocorrer:
Juros
Amortização
Período Peiodo
1 n 1 n
(a) (b)
Figura 4.1. Evolução da prestação (a) e do saldo devedor (b) no Sistema Francês
de amortização.
i (1 + i ) n
p=P ou (4.4)
(1 + i ) n − 1
i
p=P (4.5)
1 − (1 + i ) − n
Onde:
p – valor da prestação ( constante)
P – principal ( divida inicial)
i – taxa de juros
n – número de períodos para amortização da dívida.
A=p–j (4.6)
Após o pagamento a t –ésima parcela, o saldo devedor é o valor presente
das prestações que ainda faltam pagar ( Casarotto & kopitke, 1994), conforme
mostra a Figura 4.2.
Sdk
. . .
k k+1 n
Solução:
i (1 + i ) n i
p=P =P
(1 + i ) − 1
n
1 − (1 + i ) − n
0,01(1 + 0,01)10
p = 10.000 = R$1.055,82
(1 + 0,01)10 − 1
(1 + 0,01) (10− 6) − 1
SD6 = 1.055,82 x[ P / A;1%; (10 − 6)] = 1.055,82 x
0,01(1 + 0,01) (10−6 )
SD6 = 1.055,82 x3,9019655 = R$4.119,77
0 10.000,00
1 100,00 100,00 0,00 10.000,00
2 100,00 100,00 0,00 10.000,00
3 100,00 100,00 0,00 10.000,00
4 1.055,82 100,00 955,82 9.044,18
5 1.055,82 90,44 965038 8.078,80
6 1.055,82 80.79 975,03 7.103,77
7 1.055,82 71,04 984,78 6,118,98
8 1.055,82 61,19 994,63 5.124,35
9 1.055,82 51,24 1.004,58 4.119,78
10 1.055,82 41,20 1.014,62 3.105,15
11 1.055,82 31,05 1.024,77 2.080,38
12 1.055,82 20,80 1.035,02 1.045,37
13 1.055,82 10,45 1.045,37 0,00
Total 10.000,00
F = 10.000(1+0,01)3 = R$ 10.303,01
Este é o novo saldo devedor ( R$ 10.303,01), que deve ser devolvido em dez
prestações.
Valor da prestação:
i (1 + i ) n
p=P
(1 + i ) n − 1
0,01(1 + 0,01)10
p = 10,303,01 = R$1.087,81
(1 + 0,01)10 − 1
Juros
Amortização
Período Periodo
1 n 1 n
(a) (b)
Figura 4.3. Evolução da prestação ( a ) e do saldo devedor (b) no Sistema a amortização
constante.
P
p1 = + iP ( amortização + juros do saldo devedor) (4.8)
n
onde:
Como os juros são sempre calculados sobre o saldo devedor, a prestação tende a
diminuir a cada prestação uma vez que a amortização é fixa.
P
p2 = [i( P − a)] (4.9)
n
onde:
a- amortização (constante)
P- principal (dívida inicial)
n – número de períodos para amortização da dívida
P
a=
n (4.10)
Os juros referentes ao t-ésimo período obtém-se fazendo:
onde: j– juros
Sdev – saldo devedor
i- taxa de juros
Como o saldo devedor no t-ésimo período é dado por:
S .devt = P − a × t (4.12)
jt = [ P − a × (t − 1)] × i (4.13)
(t − 1)
jt = [1 − ]× P × i (4.14)
n
Solução: pt = a + jt
P 10.000
a= = = R$1.000,00
n 10
P i (1 + i ) n 1
p= [( + ( + i )] (4.15)
2 (1 + i ) − 1 n
n
P i 1
Ou p = [( −n
+ ( + i )] (4.16)
2 1 − (1 + i ) n
Onde: p- valor da prestação inicial
P- divida inicial (valor presente)
i- taxa de juros
n- número de períodos para amortização da dívida.
1 i (1 + i ) n P
p = [P + ( + ( P − (a (t − 1)i ))] (4.17)
2 (1 + i ) − 1 n
n
P i (1 + i ) n 1 t −1
Ou p = [ + ( + (1 − )i )] (4.18}
2 (1 + i ) − 1 n
n
n
P
( p − j) +
a= n
( média da amortização do Price e Sac) (4.19)
2
Pi
Como: p= e j = P × i temos:
1 − (1 + i) − n
Pi P
−n
− Pi +
1 − (1 + i ) n
a= (4.20)
2
P i 1
a= − i +
2 1 − (1 + i ) −n n (4.21)
P i (1 + i ) n 1 t −1
p= [ + ( + (1 − )i )]
2 (1 + i ) − 1 n
n
n
10.000 0,01(1 + 0,01)10 1
p1 = [( + ( + 0,01)]
2 (1 + 0,01) − 1 10
10
A tabela 4.2 e a Figura 4.6 mostram o comportamento das prestações nos sistemas SP,
SAC , SAM , e SACRE, para os exemplos vistos.
A tabela 4.3 mostra os saldos devedores nos sistemas SP, SAC, SAM, e
SACRE, para os exemplos estudados.
i (1 + i ) n −(t −1)
pt = Sdevtcorrig
(1 + i) n −(t −1) − 1
jt = Sdev tcorrig .i
at = pt − jt
Sdevt = Sdevtcorrig − at
PERIODO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Correção 1,2 1,4 1,7 2,0 2,1 1,9 2,3 2,2 1,8 2,0
Monetária % % % % % % % % % %
(%)
Solução:
Dados:
P = R$ 10.000,00 i = 1 % a.m. n = 10 meses
i (1 + i ) n
p=P
(1 + i ) n − 1
0,1(1 + 0,1)10
p1 = 10.120,00 x = 1.068,49
(1 + 0,1)10 − 1
0,1(1 + 0,1) 9
p 2 = 9.280,85 × = 1.083,45
(1 + 0,1) 9 − 1
Onde a t , no min al e j
t − no min al são ditos nominais porque no seu
calculo não foi considerada a correção monetária.
PERIODO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Correção 1,2 1,4 1,7 2,0 2,1 1,9 2,3 2,2 1,8 2,0
Monetária
(%)
A prestação devida é calculada antes da incorporação monetária ao saldo
devedor.
Solução:
P =R$10.000,00 i=1 % a.m n = 10 meses
i
pt = P para t = 1, temos:
1 − (1 + i ) −n−( t −1)
0,01
p1 = 10.000 = 1.055,82
1 − (1 + 0,01) −10−(1−1)
jt = Sdevt −1 × i
a t .no min al = pt − jt
0,01
p2 = 9.165,38 = 1069,97
1 − (1 + 0,01) −10−( 2−1)
Solução:
Os cálculos referentes à planilha de amortização da página seguinte, são
explicados abaixo, para os períodos em que há mudança de cálculo da prestação.
Os demais cálculos seguem os princípios já expostos.
Prestação 1 a 12:
Sdev0 30.000
p1 = + Sdev0 × i = + 30.000 x0,01 = R$1.133,33
36 36
Prestações 13 a 24:
Sdev12 21.105,58
p13 = + Sdev12 × i = + 21.105,58 × 0,01 = R$1.090,45
24 24
Correção monetária no período 13: Cmon13 = Sdv12 × TR + j13 × TR
Prestações de 25 a 35:
Sdev24 11.024,30
p 25 = + Sdev 24 × i = + 11.024,30 × 0,01 = R$1.028,94
12 12
5 ENGENHARIA ECONÔMICA
5.1 Introdução:
É também evidente que, como todo modelo matemático que se possa criar para
representar a realidade, existem restrições, ou limitações, que devem ser consideradas.
Segundo Hummel e Taschner as limitações mais importantes que podem ser apontadas
podem assim ser descritas:
- É impossível trabalhar com todas as variáveis encontradas na vida
- Taxas de retorno e taxas de juros, que na realidade, não são as mesmas.( Os
modelos de Engenharia Econômica, que aqui serão estudados pressupõem, a
priori, que as taxas de juros e taxas de retorno existentes no mercado são iguais.
Os retornos sobre investimentos advindos de aplicações fenanceiras
normalmente são menores que o custo do dinheiro para captação no mercado
financeiro)
- O modelo pressupõe que as taxas não variam durante a vida.
- O modelo pressupõe que o fluxo de caixa real é sempre viável.
- Só serão analisados altrnativas de ação tecnicamente viáveis.
- Só serão analisados alternativas de ação para as quais tenhamos capacidade
financeira.
n Ft
VPL = P + t =1
(1 + i ) t
Período 0 1 2 3 4 5 6
Investimentos -200.000,00
Receitas 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00
Valor Residual 20.000,00
Fluxo de caixa -200.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 76.000,00
20.000
56.000
0 1 6
200.000
Solução:
(1 + i ) n − 1 F
VPL = P + A +
i.(1 + i ) n
(1 + i ) n
(1 + 0,12) 6 − 1 20000
VPL = −200.000 + 56.000. +
0,12.(1 + 0,12) 6
(1 + 0,12) 6
Período 0 1 2 3 4 5 6
Investimentos -200.000,00
Receitas 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00
Valor Residual 20.000,00
Fluxo de caixa -200.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 76.000,00
20.000
56.000
0 1 6
200.000
Solução:
i.(1 + i ) n i
VAUE = P. + A + F.
(1 + i ) − 1
n
(1 + i ) n − 1
VAUE = 9.819,37
5.3.3.1 O método
A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que iguala os recebimentos futuros aos
investimentos feitos no projeto, ou seja, é a taxa de desconto para a qual tem-se
VPL = 0.
È determinada por tentativas, testando-se diversas taxas de desconto. Se
para uma tentativa tiver-se VPL > 0, deve-se aumentar a taxa ; se VPL < 0,
deve-se diminuí – la. A taxa final pode ser obtida por interpolação linear entre
uma taxa que fornece VPL > 0 e outra taxa que fornece VPL <0. Na realidade, o
decréscimo do VPL quando se aumenta a taxa de desconto não acontece de
forma linear, por isso, quando mais próximas forem estas duas taxas, melhor
será a interpolação.
n F1
Como: VPL = P + t = 0
(1 + i ) t
Então. A TIR é a taxa i para a qual
n FT
=0
t =0
(1 + i ) t
Período 0 1 2 3 4 5 6
Investimentos -200.000,00
Receitas 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00
Valor Residual 20.000,00
Fluxo de caixa -200.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 76.000,00
20.000
56.000
0 1 6
200.000
Solução:
(1 + i ) n − 1 F
VPL = − P + A + =0
i.(1 + i ) n
(1 + i ) n
(1 + i ) 6 − 1 20000
− 200000 + 56000. + =0
i.(1 + i ) 6 (1 + i ) 6
936,18
18% 19%
x
X % a.a. - 936,18
1 % a.a. ( 19 % - 18 %) -1525,55 (=936,18+589,37)
x 936,18
=
1 1525,55
x = 0,61 % a.a.
A Equação:
n FT
=0
t =0
(1 + i ) t
Pode não apresentar solução no domínio dos números reais. Neste caso, sua solução
será um número imaginário.
Esta equação também pode ter mais de uma solução, pois segundo a regra de
sinais de Descartes, podem existir tantas raízes quantas forem o número de variações de
sinais na equação. Neste caso, utiliza-se o artifício apresentado no exemplo abaixo.
EXEMPLO 4.4. Verifique a viabilidade do investimento abaixo, para um investidor
que tem uma TMA de 20 % a.a, ( Fleischer, 1973).
1.600 10.000
0 1 2
10.000
Tem-se então:
F1 = 1600.(1,2) − 10000 = 1920 − 10000 = −8080
0 1 2 = 0 1 2
10.000 8.080
Período 0 1 2 3 4 5 6
Investimentos -200.000,00
Receitas 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00
Valor Residual 20.000,00
Fluxo de caixa -200.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 76.000,00
20.000
56.000
0 1 6
200.000
Período 0 1 2 3 4 5 6
Investimentos -200.000,00
Receitas 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00
Valor Residual 20.000,00
Fluxo de caixa -200.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 56.000,00 76.000,00
20.000
56.000
0 1 6
200.000
Solução:
56000
PBD1 = = 50.000,00 < 200.000,00
(1 + 0,12)
56000
PBD2 = PBD1 + = 50.000,00 + 44.642,86 = 94.642,86 < 200.000,00
(1 + 0,12) 2
56000
PBD3 = PBD2 + = 94.642,86 + 39.859,69 = 134.502,55 < 200.000,00
(1 + 0,12) 3
56000
PBD4 = PBD3 + = 134.502,55 + 35.589,01 = 170.091,56 < 200.000,00
(1 + 0,12) 4
56000
PBD5 = PBD4 + = 170.091,56 + 31.775,90 = 201,867,46 > 200.000,00
(1 + 0,12) 5
Então p pay-back descontado é de 5 anos.
5.7 Seleção de alternativas de investimentos
Para ser viável, um projeto deve ter VPL ≥ 0 No caso de escolha entre mais de
uma alternativa, a melhor será aquela que apresenta o maior VPL.
Quando compara-se dois projetos, deve-se sempre considerar um mesmo
horizonte de planejamento.
17.000 20.000
0 1 4 0 1 4
35.000 42.000
Investimento A Investimento B
(1 + 0,14) 4 − 1
VPL A = −35000 + 17000. = 14.533,11
0,14.(1 + 0,14) 4
(1 + 0,14) 4 − 1
VPL B = −42000 + 20000. = 16.274,25
0,14.(1 + 0,14) 4
EXEMPLO 5.8. Calcular pelo VPL, qual das alternativas abaixo para a compra de um
equipamento , é mais econômica, supondo que haja repetição. A TMA do investidor é
de 12 % a.a..
Equipamento A Equipamento B
Custo inicial 30.000,00 51.000,00
Vida útil 3 anos 6 anos
Economias Anuais 14.000,00 15.000,00
Valor residual 10.000,00 12.000,00
10.000 12.000
14.000
15.000
0 1 3 0 1 6
30.000 51.000
Equipamento A Equipamento B
Solução:
10.000 10.000 12.000
14.000 15.000
0 1 3 6 0 1 6
(1 + 0,12) 6 − 1 12000
VPL B = −51000 + 15000. + = 16.750,68
0,12.(1 + 0,12) 6
(1 + 0,12) 6
EXEMPLO 5.9 Considere os mesmos dados do exemplo anterior, supondo agora que
não haja repetição ( caso o investidor opte pela alternativa A, ele sairá do mercado após
3 anos, reaplicando seus ganhos à TMA).
Equipamento A Equipamento B
Custo inicial 30.000,00 51.000,00
Vida útil 3 anos 6 anos
Economias Anuais 14.000,00 15.000,00
Valor residual 10.000,00 12.000,00
10.000 12.000
14.000
15.000
0 1 3 0 1 6
30.000 51.000
Equipamento A Equipamento B
(1 + 0,12) 6 − 1 12000
VPL B = −51000 + 15000. + = 16.750,68
0,12.(1 + 0,12) 6
(1 + 0,12) 6
É usada para solucionar a questão de vidas úteis diferentes no Método do Valor Atual.
Considera-se que os eventos se repitam infinitas vezes, ou seja, as vidas úteis dos
investimentos em questão serão consideradas perpétuas, logo, terminado o tempo de ida
útil do primeiro investimento, este continuará se repetindo, de maneira idêntica,
infinitamente. Para sua operacionalização devemos conhecer o valor uniforme (A) ao
longo da vida e trazer este ao valor presente.
Sabemos da Matemática Financeira que o valor atual de uma série infinita ( 3.26) é
expresso pelo modelo matemático:
A
P=
i
Na grande maioria dos casos a Capitalização Infinita poderá ser usada indistintivamente
para comparar alternativas excludentes de ação. É importante ressaltar que os
resultados numéricos obtidos com uma ou outra técnica são diferentes mas a melhor
alternativa não se modificará.
EXEMPLO 5.10: Determinada empresa deseja substituir a frota de veículos a serem
utilizados para o trabalho de seus vendedores. Em uma reunião com o pessoal de
Marketing ficou definido que o veículo mais apropriado seria um carro popular e que
para o serviço a que se prestaria poderia ser utilizado tanto um veiculo zero quilômetro,
como um até cinco anos de vida. Estudos preliminares realizados pelo setor Operacional
determinaram que os custos das manutenções anuais, de acordo com o tempo de vida do
veículo, a serem realizadas ao longo do ano e alocadas ao final de cada ano, são os
expressos na tabela abaixo, bem como a cotação dos veículos, desde que em perfeito
estado de conservação. ( Nivaldo E. Pilão, 2002)
OPÇÃO 1:
Solução:
10.200,00
0 1 2
Pi 15.000 × 0,10
A= −n
= = 8.642,86
1 − (1 + i ) 1 − (1 + 0,10) −2
(1 + i ) n − 1 F ×i
F=A donde A=
i (1 + i ) n − 1
9.900 × 0,10
A= = 4.714,29
(1 + 0,10)2 − 1
4.714,29
0 1 2 = 0 1
2
2.500,00 6.28,57
8.642,57
0 1
6.428,57
Solução:
7.000,00
0 1 2 3
− 12.500,00 − F1 (1 + i ) −1 − F2 (1 + i ) −2 + F3 (1 + i ) −3
VA =
i
EXERCICIO 5.11: Uma fábrica dispõem de duas alternativas para solucionar seu
problema de produção. Ambas podem solucionar o problema e ainda aumentar a
produção atual, que é de 1.000 unidades por mês, insuficientes para atender à demanda.
No caso da primeira alternativa a produção mensal será alavancada em 200 peças; por
sua vez, a segunda possibilitará um aumento na produção atual em 250 unidades.
Considerando-se que cada peça poderá ser vendida por R$ 300,00 e que os custos a
seguir serão os incrementais de cada alternativa, a uma TMA de 20% a. a. , demonstre
qual das duas é a melhor opção.
Opção A:
Comprar uma máquina com 5 anos de uso ao preço de R$1.000.000,00 à vista, com
custos adicionais de mão-de-obra de R$ 3.000,00 por mês, custos extras de energia de
R$ 8.000,00 mensais e gastos adicionais de matéria-prima de R$ 13.000,00 mensais,
considerando-se que após 5 anos de uso seu valor residual e de mercado será nulo?
Opção B:
Comprar uma máquina nova ao preço de R$ 2.000.000,00, com custos adicionais de
mão-de-obra de R$ 3.000,00 por mês? Considerar que nesse caso os custos mensais de
manutenção, energia e matéria prima serão acrescidos respectivamente em R$ 2.000,00,
R$ 6.000,00 e R$ 16.250,00 e que após dez anos o equipamento possuirá um valor
residual e de mercado de R$ 500.000,00.
Considerações iniciais:
1- Tanto a TMA como a vida útil das duas alternativas possuem unidade de medida
anual, enquanto os custos e a produção são medidos mensalmente. Isso nos
obriga a transformar a taxa de juro e a vida útil para mensais, ou a produção e os
custos para anuais. Obtando pelo mês iremos trabalhar com um horizonte de
planejamento de 60 meses para a máquina usada e de 120 meses para a nova,
bem como a taxa de juros anual, que transformada em mensal, conforme
fórmula (3.9) passa a ser:
iq = ( 1 + it )q/t – 1
1
i mes = (1 + 0,20) 12
− 1 = 1,0153095 − 1 = 0,0153095
ou 1,531% a.m.
2- As alternativas em questão podem ser analisadas por qualquer método, no caso será
usado o método do Valor Atual ou Valor Presente. Podemos resolver a questão usando a
Técnica do MMC ( mínimo múltiplo comum) das opções ou a Técnica da Capitalização
Infinita, já que as vidas úteis são de 5 e 10 anos, ou 60 e 120 meses respectivamente
para as opções A e B. No caso do MMC entre as vidas em questão seria de 120 meses.
3- Para esta análise só devem ser consideradas as diferenças de custos e receitas, já que
a s receitas existentes são sustentadas pelos custos existentes, portanto, só será
importante para análise aquilo que exceder o processo atual, tanto em termos de custos,
como em termos de receitas.
60.000,00
0 1 60
24.000,00
1.000.000,00
Pelo MMC ( vidas diferentes) temos que repetir este fluxo inicial
60.000,00
0 1 120
24.000,00
1.000.000,00 1.000.000,00
−n 1 − (1 + i ) − n 1 − (1 + i ) − n
VA = − P − P(1 + i ) −A +A
i i
1 − (1 + 0,01531) −120 1 − (1 + 0,01531) −120
VA = −1.000.000 − 1.000.000(1 + 0,01531) −60 − 24.000 + 60.000
0,01531 0,01531
VA= 569.798,16
Solução da Opção B: - Máquina nova
500.000,00
75.000,00
0 1 120
27.250,00
2.000.000,00
1 − (1 + i) − n 1 − (1 + i ) − n
VA = − P − A +A + F (1 + i ) −n
i i
VA = 695.939,83
Comentário: Os resultados obtidos para um horizonte de planejamento de 120 meses,
respectivamente, para os equipamentos usados e novo, demonstram que ambas as
opções de ação são interessantes e podem ser implementadas. Entretanto, se forem
mutuamente excludentes, a opção deverá recair sobre o equipamento novo, que possui
um VA positivo maior, possibilitando , portanto, em valores de data zero, um ganho
maior de 20% ao ano ou 1,531% ao mês.
Opção A:
Por este Método iremos transformar o Fluxo de Caixa numa série uniforme
P×i
Formula:
A=
1 − (1 + i ) − n
1.000.000 × 0,01531
A= = 25.596,22
1 − (1 + 0,01531) −60
60.000,00 10.403,78
0 1 60 0 1 60 0 1 60 0 1 60
- - + =
25.596,22 24.000,00
A 10.403,78
VA = = = 679.541,47
i 0,01531
Opção B:
Cálculo da série uniforme do valor principal (P=2.000.000,00) :
P×i
Fórmula
A=
1 − (1 + i ) − n
2.000.000 × 0,01531
A= = 36.517,39
1 − (1 + 0,01531) −120
F ×i 500.000 × 0,01531
Fórmula A= = = 1.474,35
(1 + i ) n − 1 (1 + 0,01531)120 − 1
36.517,39
A 12.706,96
VA = = = 829.977,79
i 0,01531
Consideração final: Portanto ficou claro, independente do método a decisão é sempre a
mesma, se utilizarmos de maneira correta . No caso, a Opção B, o equipamento novo,
continuou sendo sempre a melhor alternativa de ação.
Exercícios de aplicação:
1- Suponha que uma empresa que possua uma Taxa de Expectativa (TMA) de 5% ao
mês esteja pensando em abrir uma loja para venda direta de seus produtos aos
consumidores, e que para esse fim existam duas oportunidades: abrir uma loja na Rua
ou uma loja no shopping e que, para tanto, levantou as variáveis envolvidas com cada
uma das opções cujos custos e receitas associados podem ser expressos conforme segue:
5- Qual o equipamento que deve ser escolhido entre as alternativas (1) e (2),
considerando-se ser 10% a.a. a taxa mínima de atratividade? Admite-se a repetitividade
dos ciclos.
Ìtens Alternativa (1) Alternativa (2)
Custo inicial 100.000,00 200.000,00
Custo anual de manutenção 30.000,00 40.000,00
Valor residual 10.000,00 20.000,00
Duração em anos 6 9
7- Uma empresa de fornecimento de água deve decidir entre dois diâmetros de uma
adutora. A adutora de 1,00m de diâmetro terá um custo inicial de $3.000.000,00,
enquanto que a de 1,20m custará $5.000.000,00. Considerando que a adutora de 1,20m
há menos perda de carga, seu custo de manutenção anual é $300.000,00 menor do que o
da adutora de 1,00m. Considerando que a adutora deve durar vinte anos, qual delas deve
ser selecionada, considerando ser a taxa mínima de atratividade igual a 10% ao ano?
Utilizar a análise por valores presentes.
Se um projeto apresenta VAUE > ou = 0, ele é viável. Entre dois projetos, deve-
se escolher aquele que apresenta o maior VAUE.
EXEMPLO 5.12. Calcule a alternativa mais econômica entre as duas mostradas abaixo,
para aquisição de um equipamento. A TMA da empresa e de 30 % a.a. ( Casarotto &
Kopitke, 1994).
5.000,00 6.500,00
0 1 7 0 1 7
14.000,00 18.000,00
Investimento A Investimento B
Solução:
0,30.(1 + 0,10) 7
VAUE A = −14000. + 5000 = 3,77
(1 + 0,10) 7 − 1
0,30.(1 + 0,10) 7
VAUE B = −18.000. + 6500 = 76,77
(1 + 0,10) 7 − 1
EXERCICIO 5.13 – Suponha que uma empresa que possua uma Taxa de Expectativa
(TMA) de 5% ao mês esteja pensando em abrir uma loja, para venda direta de seus
produtos aos consumidores, e que para esse fim existam duas oportunidades – abrir uma
loja na rua ou uma loja no schopping e que , para tanto, levantou as variáveis envolvidas
com cada uma das opções cujos custos e receitas associados podem ser expressos
conforme seguem:
Solução:
Fluxo de Caixa:
50.000,00
35.000,00
0 1 60
24.000,00
230.000,00
P×i
Formula:
A=
1 − (1 + i ) − n
230.000 × 0,05
A= = 12.150,48
1 − (1 + 0,05) −60
Fórmula:
F ×i 50.000 × 0,05
A= donde A= = 141,41
(1 + i ) n − 1 (1 + 0,05) 60 − 1
Fluxo de caixa da série uniforme:
0 1 60
1.009,07
VAUE = -1.009,07
0 1 60
36.000,00
270.000,00
P×i
Formula:
A=
1 − (1 + i ) − n
270.000 × 0,05
A= = 14.263,61
1 − (1 + 0,05) −60
Fórmula:
F ×i 130.000 × 0,05
A= donde A= = 367,66
(1 + i ) n − 1 (1 + 0,05) 60 − 1
104,05
0 1 60
VAUE = 104,05
Consideração final: Os resultados obtidos para a “Loja de Rua” de – $1.009,07 e +
$104,05 para a “Loja de Schopping” representam, na prática, que, embora se obtenha
lucro com a “Loja de Rua” , ela não oferece aos investidores a remuneração mínima
aceitável da TMA não se configurando um investimento interessante. Por outro lado a
“Loja de Schopping” oferece um ganho acima da TMA.
EXEMPLO 5.14. Calcule a alternativa mais econômica entre as duas mostradas abaixo,
supondo uma TMA = 10 % .a.a. ( Casarotto & Kapitke, 1994).
90 90 64
0 1 2 0 1 3
118 120
Investimento A Investimento B
Solução:
0,10.(1 + 0,10) 2
VAUE A = −118. + 90 = 22,00
(1 + 0,10) 2 − 1
0,10.(1 + 0,10) 3
VAUE B = −120. + 64 = 15,75
(1 + 0,10) 3 − 1
Solução 1: Neste caso , transforma-se o fluxo de dois anos num fluxo equivalente de
três anos.
90 X
0 1 2 0 1 2 3
118 118
Investimento A
O Valor Presente da série de 90,00 deve ser igual ao Valor Presente da série de “X”,
temos:
1 − (1 + 0,10) −2 1 − (1 + 0,10) −3
90 × =X× donde X= 62,8
0,10 0,10
90 62,80
0 1 2 0 1 2 3
118 118
Investimento A
0,10.(1 + 0,10) 3
VAUE A = −118. + 62,8 = 15,4
(1 + 0,10) 3
Solução 2 – Transformando o fluxo de caixa de três anos para dois anos, temos:
64 X
0 1 3 0 1 2
120 120
O Valor Presente da série de 64,00 deve ser igual ao Valor Presente da série de “X”,
temos:
1 − (1 + 0,10) −3 1 − (1 + 0,10) −2
64 × =X× donde X= 91,70
0,10 0,10
Exercícios de fixação:
1- Dois processos de tratamento de água estão em estudo. Os custos dos mesmos
estão resumidos a seguir:
O equipamento poderá ser utilizado por cinco anos no final dos quais terá um valor
residual de UM 200.000,00. O produto deverá ser vendido por 25,00 a unidade. Qual
deverá ser a demanda mínima anual para compensar o investimento a uma TMA de
10% a. a.? (Casarotto e Kopitke, 1984)
Resp.: 56.583
5- Suponha que uma empresa, cuja Taxa de Expectativa (TMA) seja de 25% ao ano,
esteja pensando em adquirir uma nova loja para vender seus produtos. Existem dois
locais prováveis: Região Central e Multishop. Os custos e receitas associados a cada
uma das alternativas podem ser descritos da seguinte forma:
Estrutura X Y
Custo inicial dos equipamentos 450.000,00 350.000,00
Vida útil 20 anos 10 anos
Valor de revenda no final da vida útil 50.000,00 40.000,00
Despesas anuais de conservaçã 5.000,00 10.000,00
Considerando-se que a taxa de juros pretendida pela empresa seja de 10% ao ano, qual a
melhor alternativa pelo método do VAUE.
O Método da Taxa Interna de Retorno (TIR) ,( Pilão e Hummel, 2002) é aquele que nos
permite obter a remuneração do investimento em termos percentuais. Em termos
práticos é encontrar a taxa de juros que iguala receitas e despesas na data zero, isto é,
transformando o Valor Atual do investimento em zero.Ao deslocarmos os valores do
fluxo de caixa para a data zero, estamos na verdade, subtraindo daqueles valores os
juros embutidos dede a data zero até seu vencimento efetivo. Se, por exemplo, um valor
de R$ 10.000,00 previsto para vencer daqui a um mês e se submetermos esse valor a
uma taxa de juros qualquer, ao deslocarmos o valor para a data zero
Portanto , para efeito de análise, devemos comparar a TIR encontrada com a
TMA. Se a TIR for maior ou igual à TMA, o investimento deve ser aceito; se for menor,
deve ser recusado.
Para o Método da Taxa de retorno (TIR) existe outro fator que deve ser levado em
consideração quando os investimentos iniciais são diferentes – a questão Incremental,
como veremos a seguir.
25.000,00
15.000,00
0 1 2 3 13 14 15
85.000,00
−n 1 − (1 + i ) − n
VA = − P + P(1 + i ) +A
i
1 − (1 + 0,15) −15
VA = −85.000 + 25.000(1 + 0,15) −15 + 15.000 = 5.782,91
0,15
Com o valor atual acima exposto vimos que se trata de um bom investimento pois paga
$5.782,91 a mais que os 15% ao ano pretendidos pela empresa, mas não sabemos ainda
qual a sua remuneração ao período em termos de taxa de juros. Para saber qual a taxa de
juros (TIR) do investimento, deveremos encontrar uma taxa de juros que, deslocando os
valores do fluxo para a data zero, resulte em um VA = 0.
Sabemos que a taxa é maior que 15%, adotando uma taxa de 17% na primeira tentativa,
temos:
Logo, sabemos que a taxa está compreendida entre 15% e 17%. Fazendo uma
interpolação aritmética, temos:
X 5.782,91
= donde X = 1,353 e a taxa será 15% + 1,353%=16,353%
2 8.547,89
5.782,91
0 1 10 0 1 10
20.000,00 10.000,00
Investimento A Investimento B
Solução:
-20.000+3.116(P/A;TIR;10) = 0 -10.000+1.628(P/A;TIR;10)
0 1 10
10.000 (20.000-10.000)
Projeto incremental (A-B)
Então:
-10.000+1.488(P/A;TIR;10) = 0
(1 + TIR)10 − 1
− 10.000 + 1.488.
TIR.(1 + TIR)10 = 0
Se a empresa optasse por investir em B, teria que aplicar o saldo num projeto que
rendesse 8 % a.a. para equivaler ao projeto A. Como a outra alternativa que a empresa
tem é investir a TMA ( 6 % a.a.) , sua melhor opção é investir em A. Investir em A,
neste caso , traz um retorno equivalente a investir em B e no projeto incremental ( A-B).
Solução:
Se não levássemos em consideração que estamos lidando com investimentos diferentes,
portanto heterogêneos, e passássemos a analisa-los apenas pela TIR, teríamos:
ProcessoA:
13.800,00
0 1
130.000,00
Processo B:
18.000,00
0 1
200.000,00
Processo C:
11.200,00
0 1
100.000,00
VA = -100.000,00+ 11.200,00=0
Como os investimentos iniciais são diferentes não podemos comparar as TIR’s obtidas,
obrigatoriamente devemos utilizar a Taxa de Retorno Incremental, com segue:
Obs.:
Devemos ordenar de maneira crescente, em função dos investimentos iniciais, todas as
alternativas de ação existentes.
Encontrar a TIR da alternativa que possua o menor investimento iniciale:
- Se a TIR encontrada for menor que a TMA, rejeitar o investimento e analisar, ainda
pelo Método da TIR , a alternativa de ação seguinte, e assim sucessivamente, até que
alguma delas seja aceita.
- Se a TIR encontrada for maior ou igual à TMA , aceitar o investimento e analisar a
viabilidade de se fazer a mudança desse investimento para aquele que, por ordem
crescente de investimento inicial, constituir-se como o investimento seguinte,
analisando-se a mudança em função do incremento de investimento necessário à sua
implantação e do incremento de receita que possibilitará a mudança, ou seja, calcular a
taxa de retorno incremental (TRI)
- Agir da mesma maneira com relação à TRI, ou seja, calcular a TRI, comparar com a
TMA; se TRI<TMA, rejeitar a mudança e analisar a viabilidade da mudança desta
opção para a alternativa de ação seguinte; se a TRI>ou= TMA, aceitar a mudança e
analisar a viabilidade de se mudar desta nova posição assumida para a alternativa de
ação seguinte. E assim sucessivamente, até que se esgotem as alternativas de ação
possíveis.
C>>>A
2.600,00
0 1
30.000,00
A>>B
4.200,00
0 1
70.000,00
TIR(A>>B) = 4.200,00/70.000,00=0,06 ou 6%
Como a TRI é exatamente igual a TMA a mudança se justifica, embora todas as três
alternativas de ação sejam interessantes, como são mutuamente excludentes, pelos
cálculos ficou demonstrado que a melhor delas é a alternativa “B”.
Vale ressaltar que a alternativa “B”, escolhida como melhor, paga uma taxa de juros
anual de 9%, contra 10,6153% ao ano oferecida por “A” e 11,2% ao ano por “C”.
É fácil justificar esta decisão. Quando afirmamos que iremos optar pela alternativa “B”
estamos na verdade, afirmando que embora como um todo seremos remunerados a uma
taxa de 9% ao ano sobre os $200.000,00 investidos em “A”, seria como se sobre
$100.000,00 desses $200.000,00 estivéssemos recebeno 11,2% a.a., sobre $30.000,00
dos $200.000,00 8,667% a.a. e sobre os $70.000,00 restantes, 6% a.a., que montariam,
dessa forma, aos 9% .a. propostos pelo investimento.
B
A
Intersecção de Fischer
VPLA=VPLB
7 8 9 10 taxas
Escolher A Escolher B