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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO

CMO - 9o DE
(9o BATALHÃO DE ENGENHARIA DE COMBATE -
9oBE/1942)
BATALHÃO CARLOS CAMISÃO
ESTÁGIO DE MOTO-SERRA

Introdução

1) A presente publicação contém instruções sobre operação e manutenção orgânica de moto-


serra, com vista a informar aos estagiários, o correto emprego do equipamento.

a. Instruções Gerais

Todas as técnicas e conhecimentos adquiridos com o machado e com a serra manual valem
também para a moto-serra. Entretanto, o rápido desenvolvimento do trabalho e a alta velocidade da
corrente podem provocar acidentes, se não for tomado o cuidado necessário.

Toda pessoa que trabalha pela primeira vez com uma moto-serra deve ser orientada por
operador experiente ou participar de um curso para operador de moto-serra.

Não fume nem derrame combustível ao abastecer. Se for derramado combustível, limpe
imediatamente a máquina e dê o arranque em outro lugar.

A moto-serra foi construída para ser manuseada por um só operador. É proibida a


permanência de qualquer outra pessoa na zona de alcance da serra.

Transporte a moto-serra sempre com o motor desligado.

Quando a moto-serra for carregada ladeira acima, o sabre deve apontar para trás; ao descer
uma ladeira, o sabre deve apontar para a frente.

Durante o trabalho, segure a moto-serra com as duas mãos, para tê-la sobre controle a todo
momento.

Conduza a moto-serra de tal maneira que nenhuma parte do corpo fique exposta na região de
alcance do movimento da corrente.

Cuidado com terrenos escorregadios. Trabalhando em declives o operador deve-se colocar


sempre acima do tronco a ser cortado.

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Cuidado ao cortar troncos rachados. Existe o perigo das lascas de madeira cortada serem
atiradas para trás.

Ao controlar a tensão da corrente, ao reapertar a corrente ou ao troca-la, o motor deve estar


desligado.

Para o trabalho com a moto-serra é necessário utilizar vestimenta e equipamento adequado.

Use sempre capacete durante os trabalhos em que exista perigo de ferir a cabeça. Para
proteger os olhos, devem ser usados óculos ou protetores faciais.

Para evitar danos aos ouvidos devem ser usados protetores adequados(tampões ou protetores
auriculares).

Mantenha o cabo e o punho limpos e secos, principalmente sem óleo e resina. Isto facilita o
transporte seguro do equipamento.

b. Apresentação

1) Características

- É portátil, serve para derrubar árvores, fazer toras e outras opções afins;
- Motor a gasolina, monocilídrico a dois tempos, refrigerado a ar;
- Partida manual;
- Rotação máxima permitida 12000 RPM;
- Tanque de combustível com capacidade para 680 ml.

2) Nomenclatura

Está para afins didáticos, dividida em três partes:

a) Motor e órgão anexos


- Motor dois tempos;
- Tanque de combustível;
- Tubulações;
- Ignição eletrônica ;
- Vela de ignição;
- Bombas de combustível e carburador;
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- Filtro de ar .

b) Comandos

- Alavanca do acelerador;
- Trava do acelerador;
- Interruptor combinado;
- Manípulo de partida.

c) Cadeia de corte

- Sabre;
- Corrente;
- Pinhão da corrente;
- Porca tensora da corrente.

c. Funcionamento

Durante a primeira meia volta da árvore de manivelas, na parte superior do êmbolo realiza-se
a compressão e a expansão caracterizado o primeiro tempo.

Na Segunda meia volta da árvore de manivela realiza-se o escapamento e a admissão da


mistura ar-combustível.

1º Tempo - Compressão e Expansão

2º Tempo - Escapamento e Admissão

d. Partida da Moto-serra

Acione o freio da corrente e pressione a trava do acelerador.

Para dar a partida, segure a moto-serra firmemente no cabo com a mão esquerda e coloque o pé
direito no quadro da carcaça do tanque.

Com a mão direita, puxe lentamente o manípulo até o encosto, depois puxe com rapidez e
força. O cordão deve ser puxado somente até um comprimento de 70 cm , caso contrário pode romper.

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Não largue o manípulo mas conduza-o de volta em sentido vertical para que o cordão possa
enrolar-se corretamente.

Faça várias tentativas de partida até que o motor dê a primeira explosão. Em caso de partida
com motor frio, abra imediatamente a borboleta do afogador.

Quando o motor funcionar dê uma breve acelerada, pressionando rapidamente a alavanca do


acelerador.

e. Processo de Arranque

1) Para dar a partida, coloque a moto-serra no chão, procure uma posição segura e cuide para que
a corrente não encoste em nenhum objeto ou no chão;

2) Acione o freio da corrente movimentando a proteção da mão na direção do sabre;

3) Se o motor estiver frio, coloque o interrupto combinado em CHOK. Se o motor estiver quente,
coloque o interruptor combinado em START. Isto também vale quando o motor estiver
funcionando, mais ainda estiver frio. Em ambas as posições START ou CHOK, a alavanca do
acelerador passa automaticamente para a posição de arranque, por isto a trava do acelerador
deve ser pressionada antes de acionar o interruptor combinado;

4) Para dar a partida na moto-serra, segure firmemente o cabo com a mão esquerda e coloque o
pé direito no punho da carcaça do tanque;

5) Com a mão direita, puxe lentamente o manípulo de arranque até o encosto, depois puxe com
rapidez e fortemente. Não largue o manípulo de arranque, conduza-o de volta para que o
cordão possa enrolar-se corretamente. Quando houver a primeira explosão coloque
imediatamente o interruptor combinado em START e continue com a partida;

6) Quando o motor der partida, dê uma breve acelerada com a alavanca do acelerador. O
interruptor combinado vai automaticamente para a posição normal e o motor passa para a
marcha lenta;

7) Nos modelos com freio de corrente, destrave o freio antes de iniciar o trabalho de corte. Para
isto, movimente a proteção da mão para trás , no sentido do cabo;

8) Para desligar o motor, coloque o interruptor combinado em STOP.

f. Comportamento durante o trabalho

Durante o trabalho, segure a moto-serra com as duas mãos; a mão direita no cabo traseiro.
Somente assim, o equipamento estará totalmente sob controle. Isto também vale para os canhotos.
Envolva firmemente o cabo e o punho com o polegar.

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Procure uma posição firme e segura durante o trabalho. Conduza a moto-serra de tal forma que
nenhuma parte do corpo fique exposta na região de alcance do movimento da corrente.

Em cada corte, firme bem as garras. Somente depois disto comece a serrar. Retire a moto-serra
do corte com a corrente em movimento. Quem trabalhar sem o batente de garras, poderá ser jogado para a
frente.

A moto-serra não deve ser trabalhada na posição de meia-aceleração, pois com a alavanca do
acelerador nesta posição regular a rotação do motor.

Trabalhe calma e concentradamente para eliminar a possibilidade de acidente. Trabalhe somente


sob boas condições de luminosidade e visibilidade.

Serre somente madeira ou objetos de madeira e cuidado para que a corrente não toque nenhum
objeto estranho (pedras, pregos, etc). Estes podem saltar e danificar a corrente, podendo o sabre também
ser rebatido para cima . O trabalho sobre uma escada, na árvore, ou em outros locais não seguros são
proibidos. Não serre acima da altura do ombro, nem com uma só mão.

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Utilize a moto-serra unicamente para aplainar ou empurrar ramos caídos, raízes e outros objetos.

Utilize, de preferência, um sabre curto. A corrente, sabre e o pinhão (rolete) devem combinar
entre si e servir na moto-serra.

Cuidado com superfícies escorregadias , em declives ou terrenos irregulares. Trabalhando em


declives, o operador deve-se colocar sempre acima ou ao lado do tronco a ser cortado.

g. Cuidados Especiais

1) Rebote

Uma das situações mais perigosas que pode ocorrer durante o trabalho com a moto-serra é
o rebote.
Com rebote, a moto-serra é jogada para trás num movimento em forma de arco em direção
ao operador podendo provocar um grave acidente.

O rebote acontece, quando a corrente, na 4ª parte superior da ponta do sabre, encontra


involuntariamente, madeira ou qualquer outro objeto duro. Este perigo existe sobretudo durante o
desgalhamento, quando outro galho é tocado sem querer,

Evita-se rebote, trabalhando calmo e concentradamente da seguinte forma:

- segure a moto-serra firmemente com as duas mãos. Serre unicamente com rotação
máxima;

- observe sempre a ponta do sabre;

- não serre com a ponta do sabre. Cuidado com os galhos duros e pequenos, com
macegas e brotos. A corrente pode prender-se facilmente neles. Nunca serre vários ramos de um
vez;

- não trabalhe com o corpo demasiadamente inclinado para frente e não serre acima
da altura dos ombros;

- tome um cuidado especial, quando o sabre tiver que ser colocado num corte já
iniciado ;

- só empregue a técnica de entalhe se a conhecer bem;

- atente para as condições do tronco e para as forças que podem fechar a fenda do
corte e, com isto, prender a corrente;
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- trabalhe somente com a corrente corretamente afiada e tencionada.

Uma corrente não afiada corretamente aumenta o perigo de rebote, principalmente,


quando a distância dos limitadores de profundidade está maior.

2) Empurro (Pressão)

O empurro pode ocorrer, quando se usa a parte superior do sabre para serrar e a corrente
trancar ou encontrar um objeto duro na madeira. A moto-serra é empurrada para trás contra o operador.

3) Tração (Puxar para dentro do corte)

O sabre é puxado fortemente para dentro do corte, quando se usa sua parte inferior para
serrar e a corrente tranca ou encontrar um objeto duro na madeira.

Neste caso, a moto-serra pode ser subitamente puxada para frente. Por esta razão,
sempre coloque o batente de garras firmemente .

i. Técnica de Corte

Trabalhos de abate e desgalhamento só poderão ser executados por pessoas que receberam
formação e instrução a respeito.

Antes de iniciar o corte de abate, cuide para que a árvore a ser derrubada não ponha ninguém
em perigo.

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Primeiramente, livre o tronco e local de trabalho de galhos e ramos. Areia, pedrinhas e outros
corpos estranhos cegam a corrente, por isso, limpe bem o pé do tronco, utilizado o machado.

Depois, determine cuidadosamente a direção da queda da árvore. Prepara dois caminhos de


fuga, sem obstáculos, para cada operador. Os caminhos de fuga devem estar num ângulos de
aproximadamente 45º, para trás, em sentido transversal e no lado oposto à direção da queda da árvore.

Limpe bem os caminhos de fugas e retire os obstáculos existentes.

Coloque a ferramentas e os aparelhos a uma distância segura, mas não no caminho de fuga.

Corte as raízes grandes. O primeiro corte deve ser feito na raiz maior. Primeiro em sentido
vertical, depois horizontal.

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O entalhe direcional determina a direção da queda do tronco. Ele é feito em ângulo reto em
relação à direção da queda, devendo estar situado próximo do solo e atingir aproximadamente 1/5 do
diâmetro do tronco. O entalhe direcional deve ser feito com máximo cuidado. Sob hipótese alguma a
abertura do entalhe direcional pode ser mais alta do que profunda

Uma vez feito o entalhe direcional, faça os chamados cortes de cunha em ambos os lados do
tronco no sentido perpendicular ao entalhe. Estes cortes de cunha devem ser feitos principalmente em
árvores de madeira resinosa que não são abatidas no verão. Os cortes de cunha evitam rachaduras da
entrecasca do tronco durante a derrubada. O corte de cunha não deve ser mais fundo que a largura do
sabre e precisa ser feito no plano do corte de abate seguinte.

O corte de abate é feito um pouco mais alto que a superfície do entalhe direcional e deve ser
horizontal. Entre o corte de abate e o entalhe direcional deve permanecer aproximadamente 1/10 do
diâmetro do tronco. Este é o filete de ruptura que funciona como uma dobradiça e possibilita o controle da
queda da árvore. O filete de ruptura não deve ser cortado, pois, neste caso, não seria possível o controle
da direção da queda e perigo de acidente.

Em árvores finais, coloque a moto-serra com as garras diretamente atrás do filete de ruptura e
gire-a em relação a este centro num movimento de leque simples. Assim, a garra gira sobre o tronco.

j. Desgalhamento

Durante o desgalhamento, a moto-serra deve ser apoiada, sempre que possível, por isso nunca
serre com a ponta do sabre. Cuidado com os galhos que se encontram sob tensão.

Madeira na horizontal ou na vertical, que está sob tensão, deve ser cortada primeiro no lado da
pressão e só depois fazer o corte de separação no lado da tração, caso contrário, a serra poderá trancar ou
rebater para trás.

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l. MANUTENÇÃO

1) Ferramentas

- Bolsa de ferramentas;
- Chave combinada;
- Chave de fenda;
- Chave torx 5x130x70;
- Calibrador de corrente.

2) Generalidades

A moto-serra nova deve funcionar até o terceiro abastecimento com uma regulagem do
carburador mais rica, para que haja uma boa lubrificação durante a fase de amaciamento na superfície
interna do cilindro e nos rolamentos.

Como todas as peças moveis precisam primeiramente, adaptar-se às outras, existem uma
grande resistência à fricção do mecanismo propulsor durante a fase de amaciamento. O motor, por isto,
somente alcança sua potência máxima após um tempo de funcionamento de aproximadamente 5 (cinco)
até 15 (quinze) tanques de combustível. Para aumentar a potência , a regulagem do carburador não deverá
de forma alguma ser empobrecida a ponta de fazer com que a rotação máxima permitida seja ultrapassada.

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Após funcionamento prolongado a plena carga, recomenda-se não desligar o motor
imediatamente, mas deixá-lo funcionar em marcha lenta ainda por algum tempo. Assim o calor produzido
durante a fase de plena carga no mecanismo propulsor é conduzido pela corrente de ar de refrigeração,
sendo evitada uma grande carga de calor sobre as peças que se encontram diretamente no mecanismo
propulsor .

3) Combustível

O motor a dois temos precisa ser acionado com uma mistura de gasolina e óleo para motores a
dois tempos, numa proporção que varia de acordo com o fabricante. Normalmente a relação de mistura é
de 01 (uma) parte de óleo para 20( vinte) à 25 ( vinte e cinco ) partes de gasolina.

É permitida somente o uso de gasolina comum. Não deve ser usada gasolina super, pois o teor
de benzol contido na gasolina super ataca as membranas do carburador.

Nunca faça a mistura dentro do próprio tanque de combustível. Se a moto-serra estiver parada
durante vários dias com o tanque cheio, sacuda bem todo o motor, a fim de misturar novamente o óleo à
gasolina.

4) Corrente

a) Óleo lubrificante

A corrente e o sabre devem ser lubrificados continuamente durante o serviço para evitar um
desgaste excessivo. Isto é feito através da lubrificação automática da corrente. Com qualquer velocidade
da corrente, a bomba de óleo que trabalha conforme a rotação, aspira do tanque a quantidade de óleo
necessária, transportando até a ranhura do sabre.

O tanque de óleo é dimensionado de tal forma que sempre fique um resto de óleo lubrificante
da corrente quando o tanque de combustível estiver vazio. Evita-se, assim, serrar involuntariamente sem
lubrificação da corrente.

Sempre que abastecer a moto-serra com combustível, reabasteça também o tanque de óleo.

Atenção: Se o tanque de combustível estiver vazio e o tanque de óleo até a metade, poderão
estar ocorrendo problemas na vazão do óleo de lubrificação. Neste caso verifique a lubrificação da
corrente e limpe os canais de óleo.

A duração da corrente e do sabre depende muito da qualidade do óleo lubrificante utilizado.

É proibido utilizar óleo queimado.

Excepcionalmente, se não houver óleo especial para corrente, poderá ser utilizado um dos
óleos HD para motores de viscosidade SAE 30.

Quando a corrente da moto-serra estiver em funcionamento deverá respingar óleo pela ponta
da lâmina. Isto pode ser facilmente observado apontando a lâmina para o solo limpo ou um pedaço de
madeira.

b) Tensão da corrente

Além da lubrificação, a tensão da corrente influi sobre o tempo de vida útil de todo o conjunto
de corte, por isto deve ser controlada no início e várias vezes durante o trabalho de corte. A tensão da
corrente estará correta, quando, em temperatura ambiente, a corrente encostar na parte inferior do sabre e
ainda puder ser puxada com a mão sobre o mesmo( utilize luvas ).

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Com a temperatura de trabalho, a corrente dilata e forma um arco na parte inferior do sabre.
Se o alongamento for tão grande a ponto de fazer com que os elos de tração saiam da canaleta na parte
inferior, a corrente terá que ser reesticada , caso contrário poderá saltar para fora.

Se a corrente for reesticada durante o trabalho, deverá ser folgada logo após o término dos
trabalhos de corte. Com o resfriamento em temperatura ambiente, principalmente em temperaturas muito
baixas, a contração da corrente levaria a uma grande tensão que ocasionaria problemas técnicos no
virabrequim e nos rolamentos.

Uma corrente nova deve ser reesticada com mais freqüência do que uma corrente que já está
em funcionamento há mais tempo.

5) Sabre

As partes que estão mais expostas ao desgaste são a ponta e a parte inferior do sabre. Para
evitar um desgaste unilateral, vire o sabre após cada afiação ou troca de corrente. É também importante
limpar regularmente os furos de entrada de óleo e a canaleta do sabre. Nesta ocasião verifique o desgaste
do sabre.

A canaleta do sabre deve ter uma profundidade mínima de 6mm para evitar que o elos de
tração encoste em sua base.

a) Montagem do sabre e da corrente

Para montá-los, desaparafuse as porcas sextavadas e retire a tampa do pinhão.

A porca tensora da corrente encontra-se atrás da chapa lateral. Ela deve ser recuada até o
fim da rosca, girando-se o parafuso tensor à esquerda até o encosto. Segure o sabre com a ponta para cima
e coloque a corrente iniciando pela ponta.

Monte agora o sabre com a ranhura ovalada sobre os parafusos prisioneiros. Coloque a
corrente sobre o pinhão . os gumes dos dentes da partes superior da corrente devem apontar para a cabeça
do sabre o pino da porca precisa engatar no furo inferior.

Para tencionar a corrente, gire o parafuso tensos à direita até que a corrente encoste no lado
inferior do sabre. Cuide para que as partes inferiores dos elos de tração entrem na canaleta do sabre.
Depois, coloque novamente a tampa do pinhão sobre os parafusos prisioneiros, parafuse as porcas
sextavadas e aperte-as com a mão.

b) Regulagem da vazão de óleo

A vazão de óleo da bomba pode ser ajustada através do pino de regulagem, que se encontra
na parte inferior da moto-serra. Girando-se o pino para a direita ( + ), a vazão de óleo aumente. Girando-
se o pino para a esquerda ( - ), a vazão de óleo diminui.

Para garantir uma perfeita lubrificação do conjunto de corte, o pino de regulagem deveria
sempre na marcação ( + ), vazão máxima. Uma vazão menor só é aconselhável, quando for utilizado um
sabre muito pequeno.

Se o sistema de vazão de óleo tiver que ser totalmente desligado, por exemplo, durante
testes sem corrente e sem sabre, coloque o pino de regulagem na marcação ( - ).

6) Filtro de ar

Para proteger as peças do mecanismo propulsor de um desgaste anormal, é importante que o


pó e a sujeira aspirados com o ar de combustão sejam retirados.

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Filtro de ar sujo diminui a potência do motor, aumenta o consumo de combustível e dificulta a
arranque.

Limpe o filtro de ar, assoprando-o, e com um pincel lave-o com gasolina pura. Proceda esta
limpeza diariamente, pois somente um filtro limpo garante um maior rendimento do motor.

7) Carburador

O carburador vem regulado da fábrica de acordo com as condições atmosféricas da região


para obter melhor rendimento do motor com menor consumo de combustível.

No carburador possui três parafusos para sua regulagem:

- Parafuso de regulagem principal H;


- Parafuso de regulagem da marcha lenta L e;
- Parafuso de encosto da marcha lenta.

Para regulagem básica que deve servir como referência a uma nova regulagem, dois parafusos
devem ser girados até o encosto. Depois faça as seguintes regulagens:

 Parafuso de regulagem principal H: 01 (uma) volta aberta


 Parafuso de regulagem da marcha lenta L: 01 (uma) volta aberta

Os parafusos de regulagem não devem ser confundidos.

Regule o carburador somente com o motor quente e com o filtro de ar limpo.

a) Instruções para regulagem do carburador:

 O motor apaga na marcha lenta:

Com o motor em movimento, gire o parafuso de encosto da marcha lenta um pouco à


direita. No sentido dos ponteiros do relógio (a corrente não deve movimentar-se).

 A rotação é irregular na marcha lenta:

Faça a regulagem no parafuso da marcha lenta L. Girando o parafuso à direita. A mistura


fica pobre. Girando o parafuso a esquerda a mistura fica rica.

Atenção: A regulagem do parafuso principal atua na rotação do motor sem carga. Se a


mistura ficar muito pobre (parafuso de regulagem foi girando demais para à direita ), a rotação permitida
de 12000 RPM é ultrapassada. Isto pode trazer danos ao mecanismo de acionamento, principalmente
devido à falta de lubrificação.

8) Sistema de arranque

a) Troca do cordão de arranque partido:

- Retire a carcaça do ventilador;

- Retire cuidadosamente o grampo elástico do eixo recartilhado com uma chave de


fenda ou com um alicate apropriado;

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- Retire da polia com a peça de engate;

- Retire da polia os restos do cordão, enfie um cordão novo de 4,5mm de diâmetro e um


metro de comprimento;

- Prenda o cordão na polia com um nó simples;

- Pelo lado interno, enfie a outra ponta do cordão através da bucha que se encontra na
carcaça do ventilador;

- Passe o cordão pelo manípulo de arranque e prenda-o com um nó especial. Não enrole
o cordão;

- Lubrifique a bucha da polia com um óleo sem resina;

- Monte a polia sobre o eixo recartilhado e, fazendo um movimento para frente e para
trás, enganche o engate da mola de recuo no entalhe da nervura;

- Coloque a peça de engate na polia, a arruela sobre o eixo e pressione o grampo elástico
sobre o eixo recartilhado com um chave de fenda ou com um alicate apropriado. O
grampo elástico deve engatar no pino-guia da peça de engate e indicar no sentido dos
ponteiros do relógio.

b) Troca da mola de recuo quebrada

- Retire a polia;

- Retire a tampa da mola juntamente com a mola de recuo da carcaça do ventilador;

- Coloque a mola de recuo com a tampa ( fundo para cima ) na carcaça do ventilador;

- Engate a ponta externa no ressalto da carcaça do ventilador. Se ao montar, a mola


saltar da tampa, deverá ser novamente colocada de fora para dentro no sentido
contrário aos ponteiros do relógio. Depois, monte novamente a polia.

OBS: A mola de reposição já é fornecida pronta para a montagem com a tampa e deve
ser umedecida com algumas gotas de óleo antes da montagem.

c) Armar a mola de recuo

- Coloque o cordão de arranque na canaleta da polia;

- Gire a polia com o cordão para a direita, com isto, a mola de recuo fica armada;

- Segure a polia, ajeite o cordão torcido e puxe-o todo para fora;

- Solte a polia e solte lentamente o cordão de arranque para que ele possa enrolar-se
sobre a polia pela ação da mola;

- Monte novamente a carcaça do ventilador.

OBS: A mola de recuo está armada corretamente, quando o manípulo de arranque


encostar firmemente na bucha e não inclinar para o lado. Caso contrário, dê mais uma volta. Uma mola
armada demais pode quebrar facilmente.

9) Troca do rolete

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- Nos modelos com freio da corrente, o freio deve ser destravado antes da desmontagem do
pinhão, movimentando a proteção da mão até encostar no cabo.

1) Retire a tampa do pinhão, a corrente e o sabre;


2) Com uma chave de fenda, retire o anel de retenção do eixo do virabrequim;
3) Retire a arruela e o rolete;
4) O rolete novo deve ser montado com as cavidades para fora;
5) Coloque a arruela e o anel de retenção novamente sobre o eixo do virabrequim.

AFIAÇÃO E MANUTENÇÃO DA CORRENTE

Descrição da corrente

As correntes STIHL são correntes formadas por 3 elementos dispostos de acordo com um
mesmo princípio. Quando ao formato dos dentes, as correntes diferenciam-se em correntes com dentes
arredondados e correntes com dentes semi-quadrados que levam a denominação STIHL de : Rapit-
Standard e Rapit-Micro.

A característica principal que diferencia as correntes é o passo. Para determinar este passo,
mede-se a distância de um rebite ao terceiro, dividindo esta medida por 2. O resultado é o passo que
também é indicado em polegadas conforme uso internacional (9,32mm=3/8”).

Como toda a ferramenta de corte, a corrente também está sujeita a um desgaste natural. Uma
corrente corretamente afiada penetra facilmente na madeira com uma leve pressão de avanço. Por este
motivo, não se deve tentar trabalhar com uma corrente cega ou defeituosa.

Para obter uma perfeita afiação da corrente, devem ser observados algumas mediada
importantes durante a afiação dos dentes de corte que vamos explicar a seguir.

Ângulo de afiação

Nas correntes Rapit-Standard e Micro, o ângulo de afiação deve ser de 35º, sendo as
correntes já fornecidas da fábrica com este ângulo. Quando se trabalha, principalmente em madeira de lei
ou gelada, recomenda-se um ângulo de afiação
de 30º.

Deve-se ter o cuidado para que ângulo de afiação seja igual em todos os dentes de corte.
Ângulo diferentes ocasionam um funcionamento irregular da corrente, aumentam o seu desgaste o
provocam rupturas na corrente. Durante a afiação manual, lime os gumes somente de dentro para fora.

O ângulo frontal

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O fio corte lateral que desce da aba superior do dente denomina-se face do dente. Por isto, o
ângulo que se forma desta face à superfície de deslizamento dos dentes de corte é chamado de ângulo
frontal. O ângulo frontal da corrente Rapid-Standard é de 90º e o da corrente Rapid-Micro 85º sendo
obtidos automaticamente quando se utiliza um suporte de lima com a lima especificada e quando ambos
forem conduzidos corretamente durante o processo de afiação.

Ângulo de aba superior do dente

O ângulo da aba superior do dente de 60º vale para todas as correntes e também é obtido
automaticamente, quando a afiação com o suporte de lima ou com o afiador STIHL é feita com precisão.

Afiação da corrente

Para afiação devem ser utilizada somente limas especiais para correntes, apropriadas para o
respectivo passo. As limas para oficinas são inadequadas para a afiação de correntes devido ao seu
formato e ao tipo de picadura. Para a afiação, utilize um suporte com lima ou um aparelho de afiar.

Limitador de profundidade

O limitador de profundidade determina a profundidade de penetração do dente de corte na


madeira, ou seja, a espessura da apara. Rendimento e tempo de vida de uma corrente dependem, por essa
razão, também da distância entre limitador de profundidade e foi de corte. Esta distância é diferente
conforme o passo da corrente. Para fins de controle é utilizado o respectivo calibrador de correntes.

No corte de madeira macia, fora do período de geadas, a distância dos limitadores de


profundidade pode ser aumentada 0,2mm.

Visto que a distância dos limitadores de profundidade diminui com a afiação dos gumes, a
altura dos limitadores de profundidade deve ser controlada logo após e se necessário, retocada com uma
lima. Se o limitador de profundidade sobressair do calibrador, deverá ser limado com uma lima chata o
triangular. Também os arredondamentos devem ser retocados.

Manutenção geral da corrente

A manutenção já começa com a colocação da corrente no sabre e no pinhão da corrente.


Especialmente importantes são a correta tensão da e a boa lubrificação.

Depois da afiação, a corrente deve ser limpada cuidadosamente com gasolina, para que as
limilhas e o pó sejam retirados. Em seguida, lubrifique a corrente intensivamente, dando-lhe um banho de
óleo . se houver intervalos prolongados no trabalho, limpe a corrente com uma escova e coloque-a em
óleo e querosene.

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Todos os dentes de corte devem ter o mesmo comprimento. Pelo fato da aba superior do
dente ter um declive para trás (ângulo livre), é normal que haja dentes com comprimentos diferentes e,
portanto, com alturas também diferentes. Dentes de corte com alturas diferentes ocasionam um corte
irregular e causam rupturas na corrente.

Como é muito importante que os dentes tenham todos o mesmo comprimento, deve-se medi-
los com um paquímetro. O dente de corte mais curto é afiado primeiro e serve de referência para todos os
restantes. Todos os dentes de corte devem ser reduzidos a este comprimento. Afie primeiramente, todos
os dentes de cortes de um lado e depois os restantes.

Nas correntes Rapid-Standard a lima deve ser conduzida paralelamente à aba do dente e num
ângulo de 90º em relação às superfícies laterais dos elos da correntes.

Nas correntes Rapid-Micro, a lima com o suporte deve ser conduzida de forma que a direção
de limar seja de 10º inclinados em relação à aba do dente.

Afie firme e continuamente, cuidando para que a lima corte unicamente no sentido “para a
frente”. Ao ser puxado para trás, a lima deve ser levantada. Cuide para não limar os elos de ligação e de
tração. A rebarba no dente de corte é retirada com um pedaço de madeira dura.

Para evitar um desgaste unilateral, gire a lima um pouco de vez em quando.


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Importante Afie freqüentemente, tirando pouco. Para uma afiação simples bastam 2 ou 3
passadas com a lima.

A maneira mais fácil de afiar uma corrente é utilizando o afiador elétrico STIHL.

Durante a afiação e a limpeza, verifique sempre se os elos da corrente não apresentam


rachaduras e se não existem rebites defeituosos. As peças defeituosas ou gastas da corrente devem ser
adaptadas às restantes quanto à forma e ao tamanho, devendo, por isto, serem retocadas de acordo.

A rebitagem e o descravamento dos rebites da corrente podem ser facilmente executados com
o rebitador STHIL.

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Ferramentas para a manutenção das correntes

Ao utilizar o afiador STIHL, os afiadores elétricos STIHL HOS e USG ou o rebitador STIHL
convém orientar-se pelas instruções de manejo do respectivo aparelho.

O calibrador de corrente é uma ferramenta universal utilizada para o controle do ângulo de


afiação e do ângulo frontal como também da altura dos limitadores de profundidade e do comprimento
dos dentes. Além disto, pode ser utilizado para limpar a canaleta e o furo de entrada do óleo no sabre.
Pode ser empregado para diversos tipos de correntes.

Elementos de Manejo

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